PROF.ª DINANCI SILVA PROF.ª MARISTELA MARCHANTE LÍNGUA PORTUGUESA 7 º ANO ENSINO FUNDAMENTAL
PROF.ª DINANCI SILVA
PROF.ª MARISTELA MARCHANTE
LÍNGUA PORTUGUESA
7 º ANOENSINO FUNDAMENTAL
Unidade IICultura: a pluralidade na expressão humana
CONTEÚDOS E HABILIDADES
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Aula 15.1Conteúdo
• Estudos textuais: Cordel, Repente - Interjeição
CONTEÚDOS E HABILIDADES
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Habilidades • Identificar a estrutura do texto de cordel e repente. • Distinguir o valor semântico das interjeições dentro do
texto.
CONTEÚDOS E HABILIDADES
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Sujeitos determinados: • Simples • Composto • Oculto
REVISÃO
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Ele é nordestino, do Vale do Jaguaribe, Ceará.Ganhou a alcunha de Embaixador do Nordeste.Tem encontro marcado todas às sextas-feiras no Encontro com Fátima na Globo.É um poeta renomado em sua arte, a literatura de cordel.Quem é ele?
DESAFIO DO DIA
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Poema de cordel sobre a vida – Bráulio Bessa
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Poema de cordel sobre a vidaBráulio Bessa
Sendo eu, um aprendiz A vida já me ensinou que besta
É quem vive triste Lembrando o que faltou
Magoando a cicatriz
E esquece de ser feliz Por tudo que conquistou
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Afinal, nem toda lágrima é dor
Nem toda graça é sorriso Nem toda curva da vida Tem uma placa de aviso
E nem sempre o que você perde É de fato um prejuízo
(...)
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CordelOrigemO termo “Cordel” é de herança portuguesa. Essa manifestação artística foi introduzida por eles no país em fins do século XVIII.Na Europa, ela começou a aparecer no século XII em outros países, tais quais França, Espanha, Itália, popularizando com o Renascimento.No Brasil, a literatura de cordel representa
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uma manifestação tradicional da cultura interiorana do nordeste que adquiriu força no século XIX, sobretudo, entre 1930 e 1960.
No Brasil, a literatura de cordel influenciou diversos escritores, por exemplo: João Cabral de Melo Neto, Ariano Suassuna, Guimarães Rosa, dentre outros.
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Em relação à linguagem e o conteúdo, a literatura de cordel tem como principais características:
• Linguagem coloquial (informal) • Uso de humor, ironia e sarcasmo • Temas diversos: folclore brasileiro, religiosos, profanos,
políticos, episódios históricos, realidade social, etc. • Presença de rimas, métrica e oralidade
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Principais RepresentantesOs autores da literatura de cordel são denominados “cordelistas”. Segundo pesquisas atuais, estima-se que há no Brasil cerca de 4.000 artistas em atividade, dos quais se destacam:
• Manoel Monteiro • Leandro Gomes de Barros • José Alves Sobrinho • Homero do Rego Barros • Patativa do Assaré (Antônio Gonçalves da Silva)
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Repente: Combate a Corrupção
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Repente entre Amigos
Poeta ASebastião da Silva
O moço não quer que passeO bem que a vida oferece
Por ninguém o tempo esperaLogo a velhice aparece
E na marcha louca do tempoQuem não morrer envelhece.
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Poeta BOdilon Nunes de Sá
Admiro a mocidadeNão querer envelhecer
Velho ninguém quer ficarMoço ninguém quer morrerQuem morre moço não vive
Bom é ser velho e viver.
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O repente, feito pelos repentistas, é baseado na poesia falada e improvisada, geralmente acompanhado de instrumentos musicais.Já o cordel, feito pelos cordelistas, é uma poesia popular, com traços de oralidade divulgada em folhetos.
Nas feiras de antigamente, com o intuito de vender sua arte, os cordelistas utilizavam de técnicas de criatividade para atrair o público.
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A partir disso, a poesia era recitada (e algumas vezes acompanhada de viola, pandeiro, etc.) e dramatizada nos locais públicos como forma de despertar o interesse da população. Foi justamente esse fato que gerou muita confusão em relação à diferença entre o repente.
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Quais as características da literatura de cordel?Em que ela se difere do Repente?
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INTERJEIÇÃOAh! Lá vem ela bela
Oh! Ri meu coração de satisfaçãoOlá! Dizem meus lábios a elaOlé! Diz a presença a solidão.
Avante! Avante! Coragem! Coragem!Cala meu medo, fala meu coraçãoViva! Que maravilha de paisagem
Psiu! É ela chamando minha atenção.
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Chi! Tomou-me paixãoPudera! Estava diante de meu desejo
Silêncio! Era demais a emoçãoBis! Acabara de receber um beijo.
Te amo, disse sua bocaNão resisti a vontade louca
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As interjeições são altamente dependentes do contexto, e, muitas vezes, se apresentam isentas de significado lexical, mas expressam valores pragmáticos que são largamente empregadas nos textos visuais e não verbais, e por meio das imagens pode-se perceber os estados emotivos ou os atos expressivos (recursos prosódicos) dos personagens através de sua representação na linguagem.
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São palavras invariáveis, isto é, não sofrem variação em gênero, número e grau como os nomes, nem de número, pessoa, tempo, modo, aspecto e voz como os verbos.
Usadas com muita frequência na língua falada informal, quando empregadas na língua escrita, as interjeições costumam conferir-lhe certo tom inconfundível de coloquialidade.
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Vou dar um aumento de 50% para todos vocês! Adoro o 1° de abril...
OBA! VIVA! UAU!
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Classificação das InterjeiçõesComumente, as interjeições expressam sentido de:
• Advertência: Cuidado!, Devagar!, Calma!, Sentido!, Atenção!, Olha!, Alerta!
• Alegria ou Satisfação: Oh!, Ah!, Eh!, Oba!, Viva! • Alívio: Arre!, Uf!, Ufa! Ah! • Animação ou Estímulo: Vamos!, Força!, Coragem!, Eia!,
Ânimo!, Adiante!, Firme!, Toca! • Aplauso ou Aprovação: Bravo!, Bis!, Apoiado!, Viva!, Boa!
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• Concordância: Claro!, Sim!, Pois não!, Tá!, • Repulsa ou Desaprovação: Credo!, Fora!, Abaixo!,
Francamente!, Xi!, Chega!, Basta!, • Desejo ou Intenção: Oh!, Pudera!, Tomara!, Oxalá! • Desculpa: Perdão! • Dor ou Tristeza: Ai!, Ui!, Ai de mim!, Que pena!, Ah!, Oh!,
Eh! • Espanto ou Admiração: Oh!, Ah!, Uai!, Puxa!, Céus!, Quê!,
Caramba!, Opa!, Virgem!, Vixe!, Nossa!, Hem?!, Hein?, Cruz!, Putz!
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• Saudação, Chamamento ou Invocação: Salve!, Viva!, Adeus!, Olá!, Alô!, Ei!, Tchau!, Ô, Ó, Psiu!, Socorro!, Valha-me, Deus!
• Silêncio: Psiu!, Bico!, Silêncio! • Terror ou Medo: Credo!, Cruzes!, Uh!, Ui! Oh!
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Locução InterjetivaOcorre quando duas ou mais palavras formam uma expressão com sentido de interjeição.Ex.:
Ora bolas!Virgem Maria!
Ó de casa!Alto lá!
Quem me dera!Meu Deus!
Ai de mim! Valha-me Deus!Graças a Deus!
Muito bem!
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Observações:1. As interjeições são como frases resumidas, sintéticas.
Ex.:Ué! = Eu não esperava por essa!Perdão! = Peço-lhe que me desculpe.
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2. Além do contexto, o que caracteriza a interjeição é o seu tom exclamativo; por isso, palavras de outras classes gramaticais podem aparecer como interjeições.
Ex.:Viva! Basta! (Verbos)
Fora! Francamente! (Advérbios)
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3. A interjeição pode ser considerada uma “palavra-frase” porque sozinha pode constituir uma mensagem.
Ex.:Socorro!Ajudem-me! Silêncio!Fique quieto!
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4. Há, também, as interjeições onomatopaicas ou imitativas, que exprimem ruídos e vozes.
Ex.:Pum! Miau! Bumba! Zás! Plaft! Pof!Catapimba! Tique-taque! Quá-quá-quá!, etc.
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5. Não se deve confundir a interjeição de apelo “ó” com a sua homônima “oh!”, que exprime admiração, alegria, tristeza, etc. Faz-se uma pausa depois do ”oh!” exclamativo e não a fazemos depois do “ó” vocativo.
Ex.:“Ó natureza! ó mãe piedosa e pura!” (Olavo Bilac)
Oh! a jornada negra!” (Olavo Bilac)
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1. Quais dos grupos de palavras são formados por interjeição:
a) Vida, Casa, Palavra, Cruzadab) Documentar, Texto, Moscas!, Questione!c) Ei!, Marta, Sai!, Entretantod) Oh!, Claro!, Oba!, Atenção!e) Atenção!, A tensão, Rua Gaspar Dutra
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2. Em quais casos existe a presença de locução interjetiva?
a) Quantos presentes você ganhou!b) Puxa Vida! Como você demorou para chegar!c) Nossa! Quantas pessoas foram à festa!d) Alô! Claro! Certo!e) Bravo! como ela cantou bem!
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