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1. LIGHT STEEL FRAMING
Light steel framing é uma designação utilizada internacionalmente para
descrever um sistema construtivo que utiliza o aço galvanizado como principal
elemento estrutural. São estruturas que não utilizam tijolo ou cimento, sendo
que o concreto (português brasileiro) ou betão (português europeu) é apenas empregue nas
fundações ou caves. O sistema também é conhecido por estruturas em aço leve,
construção LSF ou construção com aço galvanizado.
Índice
1 Definição
2 Origem e história
3 Vantagens
3.1 Segurança estrutural
3.2 Conforto
3.2.1 Isolamento térmico
3.2.2 Isolamento acústico
3.2.3 Equilíbrio da humidade no ambiente
3.3 Rapidez de construção
3.3.1 Ganho em tempo
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3.3.2 Redução de custos
3.4 Versatilidade na construção
3.5 Construção sustentável
3.6 Reabilitação urbana
4 Custos finais
4.1 Não é construção pré-fabricada
4.2 Preços competitivos
4.3 Ligações externas
Definição
Moradia construída segundo o sistema light steel framing podendo observar-se o
esqueleto metálico antes da aplicação do revestimento estrutural.
A palavra steel indica a matéria prima usada na estrutura, o aço. A inclusão de
light (em português, 'leve') indica que os elementos em aço são de baixo peso,
uma vez que são produzidos a partir de chapa de aço com espessura reduzida.
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Também para focar essa característica, muitas publicações usam o termo light
gauge (gauge é uma unidade de medida, agora quase em desuso, que define a
espessura das chapas de metal). Outros designam o aço por cold formed steel,
ou seja, aço moldado ou enformado a frio, como referência ao processo de
moldagem da chapa através de processos mecânicos à temperatura ambiente, tal
como a quinagem ou a perfilagem. O termo light também lembra que não é
necessário utilizar equipamentos e maquinaria pesada na construção. Também
ressalta a flexibilidade, dado que permite qualquer tipo de acabamento exterior
e interior. Além disso, o próprio peso do edifício é baixo, não só porque a sua
estrutura é leve, mas também por que o light steel framing é especialmente
destinado a edifícios de pouca altura, em contraste com as estruturas pesadas de
grandes prédios de apartamentos. Apesar de elementos em aço leve galvanizado
serem usados, para fins não estruturais, em edifícios de maiores dimensões, a
expressão light steel framing é especialmente utilizada com referência a edifícios
residenciais até dois ou três pisos, ou seja, edifícios leves. Também se emprega a
palavra light para lembrar a facilidade com que os materiais são aplicados em
obras de reabilitação de edifícios antigos, cujas estruturas, embora pesadas,
possuem baixa resistência sísmica.
Framing é a palavra usada na língua inglesa para definir um esqueleto
estrutural composto por diversos elementos individuais ligados entre si,
passando estes a funcionar em conjunto, para dar forma e suportar o edifício e o
seu conteúdo. A palavra também se refere aos processos usados para interligar
os referidos elementos estruturais, sejam em madeira, ferro ou aço galvanizado.
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De difícil tradução em português (o termo mais aproximado seria caixilharia),
tem-se optado por dizer 'estruturas'.
Assim, light steel framing poderá traduzir-se por estruturas em aço leve.
Origem e história
Para definir os antecedentes históricos da light steel framing é necessário
remontar aos Estados Unidos, no século XIX. Naqueles anos, a população do
país multiplicou-se por dez, sendo necessário recorrer aos materiais disponíveis
localmente e a métodos práticos e céleres que permitissem aumentar a
produtividade na construção de novas habitações. A madeira, que era já o
material de eleição dos povos colonizadores, passou a ser utilizada no novo
continente como principal elemento estrutural dos edifícios habitacionais e assim
permaneceu até hoje.
Ao terminar a Segunda Guerra Mundial, o aço era um recurso abundante, e as
empresas metalúrgicas haviam obtido grande experiência na utilização do metal
devido ao esforço da guerra. Primeiramente usado nas divisórias dos grandes
edifícios ou arranha-céus com estrutura em ferro, o aço leve moldado a frio
passou a ser usado em divisórias de edifícios de habitação e acreditava-se que
poderia substituir a inteira estrutura de madeira nas moradias.
Um grande impulso foi dado nos anos 1980, quando a exploração de florestas
mais antigas foi vedada à indústria madeireira. Isto levou ao declínio da
qualidade da madeira empregue na construção e a grandes flutuações no preço
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desta matéria prima. Em 1991, a madeira usada na construção subiu 80% em
quatro meses, o que levou muitos construtores a passar a usar o aço
imediatamente.
Após este início explosivo mas pouco estruturado, criaram-se associações de
técnicos e construtores e o LSF passou a ser encarado profissionalmente. O
mesmo se pode dizer do mercado em Portugal. Com o aumento da consciência
do público em relação à fraca qualidade de execução de construções em
alvenaria, é de esperar uma contínua procura de alternativas. Desde o início
titubeante do LSF em Portugal no ano de 1995, a procura por casas com
estrutura em aço tem sido constante. Nem sequer os fracassos e erros cometidos
pelos pioneiros nesta área impediram o sucesso do LSF. Com a maior divulgação
também passou a existir um melhor conhecimento por parte do público que
tenderá a escolher os construtores mais bem preparados, para bem da indústria
e dos consumidores.
Vantagens
Segurança estrutural
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Edifício construído segundo o sistema light steel framing, podendo observar-se o
esqueleto metálico parcialmente coberto com o revestimento estrutural, as
placas de OSB.
Este é provavelmente o aspecto em que o futuro utilizador mais rapidamente
pensará ao analisar a possibilidade de construir um edifício com estrutura em
aço. O facto de se usarem materiais leves, em contraste com o peso do betão
(português europeu) ou concreto (português brasileiro), poderá levar muitos a duvidar
imediatamente da resistência desse tipo de construções. No entanto, tal dúvida
não procede, considerando que a resistência da estrutura é assegurada pelo
metal. Neste sentido uma casa no sistema light steel framing não difere de
qualquer outra casa de alvenaria. A resistência estrutural de qualquer casa
vulgar é assegurada pelo uso de varas de ferro embutidas em pilares e lintéis de
cimento. No entanto, no primeiro caso, são usados perfis e vigas de aço
galvanizado com espaçamentos de 60 cm ou menos. Tomando por hipótese uma
habitação de tamanho normal, tendo um piso térreo e um superior, totalizando
200 m² por exemplo, são utilizados cerca de 1.300 metros de perfis ou montantes
verticais, 500 metros de vigas de piso, 500 metros de vigas de telhado e 800
metros de canais além de centenas de outros elementos metálicos essenciais.
Isto representa mais de 10 toneladas de elementos de metal de alta resistência
unidos por milhares de parafusos estruturais. No entanto, neste exemplo, a casa
seria muito mais leve do que uma vulgar, visto não ser necessário todo o peso do
cimento ou do tijolo. Ou seja, praticamente todo o peso de uma construção LSF
é proveniente do seu esqueleto metálico estrutural.
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Pelo facto de não serem necessárias vigas ou colunas isoladas de apoio, todas as
paredes exteriores podem ser consideradas como estrutura do edifício e por onde
se reparte todo o peso das placas e andares. Assim, facilmente se compreende a
extraordinária resistência sísmica destes edifícios. A casa inteira pode ser
comparada a uma enorme caixa metálica reforçada por um revestimento
estrutural, sendo usualmente escolhidas as placas de OSB, ou fitas metálicas de
contraventamento e fechamento em placas cimentícias para esse efeito. Visto
que não são empregues pontos de soldadura, são eliminados pontos frágeis de
ruptura.
Colapso de edifício com estrutura em betão (português europeu) ou concreto (português
brasileiro) devido a sismo, Turquia 1999.
A casa torna-se uma estrutura flexível, adaptando-se às mínimas variações do
terreno, não abrindo fissuras nas paredes e sem apresentar o risco de queda de
colunas ou de placas, na eventualidade de um sismo violento. Para isto também
contribui o baixo peso da inteira edificação e a uniformidade na distribuição das
cargas, atenuando os pontos de concentração de forças e de tensões.
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Naturalmente, nem todo o tipo de aço é adequado à estrutura de um edifício ou
corresponde ao exigido na legislação aplicável às estruturas com perfis
enformados a frio, tal como os Eurocódigos, sendo necessário recorrer a
engenharia para a escolha correcta do tipo de perfis a aplicar.
Esta vantagem do light steel framing, fez disparar a construção de edifícios
residenciais com estrutura em aço nos Estados Unidos, especialmente na
Califórnia, na Coreia do Sul ou no Japão, visto que estas são zonas do planeta
que correm graves riscos sísmicos.
Conforto
Pormenor de estrutura de cobertura metálica pelo interior de um edifício
construído segundo o sistema light steel framing.
Espera-se que os edifícios mantenham os seus ocupantes confortavelmente
protegidos dos elementos. Qualquer espécie de construção, desde fábricas a
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supermercados, vivendas a centros comerciais, deverão providenciar um
ambiente interno apropriado para as actividades mantidas no seu interior,
independentemente das condições exteriores.
Portanto, diversos atributos são necessários para que uma casa ofereça aos seus
habitantes o necessário conforto. As construções com estrutura em aço
distinguem-se no isolamento térmico e acústico e na regulação da humidade no
ambiente. Assim, este tipo de estruturas são cada vez mais populares em países
como o Estados Unidos, Canadá, Reino Unido, Países Nórdicos, França,
Alemanha, Coreia do Sul e Japão.
Isolamento térmico
Uma das mais apreciadas qualidades numa casa e talvez a menos conseguida, é
o isolamento térmico. Os materiais deveriam conferir à habitação um completo
escudo contra as variações de temperatura e de humidade sentidas no exterior.
Nestes aspectos, uma casa com estrutura em LSF é completamente isolada do
exterior por placas de poliestireno expandido, OSB e/ou placa cimentícias,
vários centímetros de lã mineral e gesso cartonado. As características tanto do
poliestireno como da lã mineral conferem ao edifício uma proteção térmica
impossível de conseguir numa construção vulgar.
Com todos estes materiais, o interior de uma construção LSF é considerado um
ambiente de clima controlado. Isto representa uma poupança de energia que
será cada vez mais significativa conforme o passar dos anos. Devido a isto,
normalmente as habitações deste tipo são equipadas com ar condicionado ou
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sistemas de recuperação de calor de lareiras visto que se exige um baixo
consumo energético para fornecer aos moradores o necessário conforto.
Isolamento acústico
Quantidade de perfis montantes estruturais num edifício construído segundo o
sistema light steel framing.
Na maior parte das edificações modernas é necessário levar em consideração o
som produzido em outras dependências da casa ou mesmo o ruído proveniente
do exterior. Muitas vezes pensa-se que a única forma de evitar a propagação do
ruído é aumentar a largura das paredes. No entanto, este problema poderia ser
resolvido caso se utilizassem materiais que comprovadamente revelam ser maus
condutores do som, ao contrário do que acontece com o tijolo e o cimento.
As lãs minerais, utilizadas na cavidade interior das paredes, são eficazes não só
pela sua estrutura como também pela sua densidade, sendo consideradas por
testes laboratoriais como possuindo alto poder de isolamento acústico. No
entanto, os restantes materiais também actuam como escudo dispersor dos
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ruídos. Nas paredes interiores, a utilização do gesso cartonado contribui para
reduzir a transmissão do som. Nas exteriores, além do gesso numa das faces, há
ainda que contar com o OSB e/ou Placas Cimentícias e ainda com o poliestireno
expandido. As lãs minerais são também colocadas no espaço entre as vigas de
piso, (com até 250 mm de secção), minimizando bastante os ruídos aéreos,
vantagem que não é possível obter numa construção convencional.
Por estes motivos, uma casa com estrutura metálica tem uma sonoridade
diferente de uma casa vulgar. O som produzido no interior de uma divisão é
reflectido pelas paredes e transmitido por elas, impedindo várias vezes mais a
propagação do ruído do que uma parede de tijolo. Este efeito provoca um som
diferente, dando a sensação de parede oca quando se bate nas paredes, visto que
o som do impacto não é totalmente transferido para a outra face.
Os ruídos de impacto ou de percussão nos pisos podem ser minimizados ou
mesmo eliminados pela aplicação de lã mineral de alta densidade, ou outros
materiais adequados, directamente sob o OSB que reveste a estrutura da laje e
finalmente aplicar o pavimento final.
Equilíbrio da humidade no ambiente
O excesso de humidade proveniente da respiração dos ocupantes e da utilização
de água quente, provoca humidade nas paredes e vidros, muitas vezes chegando
a escorrer água nessas áreas como resultado da condensação do vapor de água
em contacto com as superfícies frias. Visto que o cimento e o tijolo são materiais
frios, exige-se que o ambiente esteja constantemente aquecido para evitar estas
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condensações que, não só enegrecem as paredes devido à proliferação de fungos,
como mostram ser extremamente prejudiciais para a saúde. Numa casa LSF são
empregues materiais isolantes que, por si só, mantêm o ambiente numa
temperatura que evita tais condensações. Adicionalmente, todas as paredes
interiores são revestidas a gesso cartonado que, sendo poroso, pode absorver o
excesso de humidade para depois o devolver ao ambiente quando este estiver
mais seco.
O facto de os edifícios com estrutura em aço galvanizado serem usualmente
revestidos com Rebocos Térmicos pelo Exterior, a acrescentar ao isolamento
com placas de lã mineral na cavidade das paredes entre perfis montantes,
garante que o ponto de orvalho ou de condensação ocorra sempre no exterior da
parede e nunca no seu interior, tal como é habitual nas paredes convencionais
com dois panos de alvenaria em tijolo entre os quais são colocadas placas de
poliestireno. Esta solução deveria ser ventilada e drenada visto que o ponto de
orvalho ocorre no interior das paredes, sendo que isto raramente é feito em
qualquer construção vulgar.
Rapidez de construção
Visto que os materiais empregues na construção LSF são usualmente mais caros
do que os usados na construção convencional, é precisamente esta característica
que torna economicamente acessível e competitiva esta solução construtiva.
Evidentemente, o tempo e a mão de obra estão intimamente ligadas com o custo
final da obra.
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Ganho em tempo
Pormenor de acabamento de telhado numa moradia com estrutura de aço leve.
O baixo peso dos materiais apesar das grandes dimensões dos mesmos, a
utilização de sistemas de fixação mecânica ao invés de cimento, a aplicação de
argamassas de rápida secagem para rebocos exteriores, a facilitada colocação de
tubagens e condutores eléctricos devido a não ser necessária a abertura de roços
e ainda muitas outras técnicas fáceis e rápidas utilizadas nos edifícios LSF,
diminuem consideravelmente a mão de obra e, consequentemente, o tempo
necessário para a conclusão dos trabalhos. Assim, é usual conseguir uma redução
de metade do tempo necessário para a construção quando comparada com a
construção convencional. Nas habitações com estrutura metálica poupa-se na
mão de obra e investe-se na qualidade dos materiais básicos.
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Redução de custos
Apesar de se utilizarem profissionais especializados e experientes, obviamente
com vencimentos superiores aos restantes trabalhadores da construção civil, o
rendimento dos mesmos é superior à média o que se traduz em reduções no
valor da mão de obra e a consequente diminuição do custo final. Além das
vantagens na segurança e no conforto, o aumento previsto no número de
construções com estrutura metálica tornará este tipo de habitações mais comuns
e, portanto, ainda mais competitivas no que concerne ao custo final. O aumento
de consumo de certo tipo de materiais e equipamento obrigará à diminuição do
preço de aquisição de matéria prima até se alcançarem valores semelhantes aos
da construção vulgar. Perspectivam-se, a médio prazo, melhores condições para
futuros compradores e construtores deste sistema.
No entanto, mesmo na actualidade, existem meios de diminuir os custos de
produção de forma a alcançar valores de construção bastante competitivos. Uma
delas é a recorrer a arquitectura e engenharia inteiramente idealizadas para o
sistema LSF. Evidentemente, qualquer tipo de construção concebida para os
métodos vulgares pode ser convertida para o sistema light steel framing sem
encargos para o cliente e sem alterar em nada o aspecto final pretendido. No
entanto, caso a moradia seja concebida desde raiz, segundo o sistema, permitirá
uma melhor racionalização dos espaços e uma substancial poupança na
colocação dos elementos estruturais e de revestimento.
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Outra forma de diminuir custos acontece na construção de vivendas geminadas
ou em banda, em urbanizações ou em prédios. Neste tipo de construção massiva
a maior parte das paredes e secções de piso e de telhado poderão ser fabricadas
previamente em armazém. Este é um método de construção tanto mais eficiente
quanto mais se repetirem os referidos elementos. Os perfis e vigas são fabricados
segundo as medidas necessárias evitando desperdícios de material. Muitos dos
elementos de revestimento são colocados na estrutura antes desta ser erguida e
colocada no local. A velocidade de trabalho neste método pode chegar a ser três
vezes maior do que na construção dos perfis no local e tem ainda a vantagem de
poder ser realizado em local protegido de qualquer tipo de condições
atmosféricas.
Versatilidade na construção
Parafusos de cabeça sextavada com broca, adequados para construção com light
steel framing.
O sistema construtivo LSF possui ainda a vantagem de se adaptar a qualquer
tipo de projecto, desde as mais simples e lineares garagens até vivendas de
arquitectura bastante elaborada. As características de resistência dos perfis
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usados permitem erigir edifícios até um máximo de três pisos acima do solo. Em
casos de altura superior, poder-se-á empregar outro tipo de estrutura metálica,
usando o ferro, tal como se utiliza na construção de pontes.
O sistema pode também ser utilizado em outros tipos de construções tal como
armazéns, fábricas, garagens, hangares, entre outros. Este tipo de estruturas
adaptam-se também a grandes obras de recuperação e reabilitação de edifícios
antigos. Muitos destes foram construídos em estrutura de madeira e ferro
pesado. Mesmo graves deficiências estruturais poderão ser solucionadas pelo uso
de vigas leves de aço galvanizado tanto em pavimentos como em telhados.
Construção sustentável
No ano de 1987, a Comissão Mundial da ONU sobre o Meio Ambiente e
Desenvolvimento apresentou um documento chamado Our Common Future
onde se cunhou o termo agora popular de Desenvolvimento Sustentável. A sua
definição básica é:
"Desenvolvimento Sustentável é o progresso ou desenvolvimento que satisfaz as
necessidades do presente sem comprometer a capacidade das futuras gerações
satisfazerem as suas próprias necessidades."
A ideia de desenvolvimento sustentável começou a difundir-se à medida que
crescia a consciência sobre os limites dos recursos naturais. As muitas frentes de
discussão sobre o assunto enveredaram por aspectos económicos, sociais e
ambientais, tais como a busca de formas alternativas de energia substituindo o
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petróleo, o tratamento de florestas para evitar a sua extinção ou o exercício de
uma arquitectura sustentável.
Quanto à construção, muito pode ser feito para defender o meio ambiente e o
sistema LSF pode, sem dúvida, ser considerado uma construção sustentável, ou
denominada pelo popular termo "green building" visto que promove uma maior
eficiência económica, uma enorme poupança de recursos naturais e humanos e
um menor impacto ambiental nas soluções adoptadas nas fases de projecto,
construção, utilização, reutilização e reciclagem da edificação.
Reconstrução de cobertura com mansardas em edifício antigo, usando light steel
framing.
Numa construção LSF, o baixo peso dos materiais reduz os meios de transporte,
e o consequente consumo de combustível. O peso lançado sobre os solos,
especialmente no caso de encostas ou terrenos instáveis, é extremamente
reduzido. Também os ruídos de máquinas transportadoras e elevatórias é
eliminado. Apesar das grandes dimensões dos mesmos, a utilização de sistemas
de fixação mecânica, a aplicação de argamassas de rápida secagem para rebocos
exteriores, a facilitada colocação de tubagens e condutores eléctricos devido a
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não ser necessária a abertura de roços e ainda muitas outras técnicas fáceis e
rápidas utilizadas nos edifícios LSF, diminuem consideravelmente a mão de obra
e, consequentemente, o tempo necessário para a conclusão dos trabalhos,
diminuindo ruídos, constante movimento de veículos e outros impactos na
vizinhança. Em toda a obra a água é praticamente desnecessária. Todos os
materiais empreguem na estrutura e no elemento térmico são provenientes de
empresas certificadas, gigantes mundiais que se preocupam com o meio
ambiente dedicando grande parte da sua investigação ao desenvolvimento
sustentável. No entanto, todos estes aspectos referem-se apenas ao período da
obra.
Depois de pronta, existe grande poupança de energia devido ao bom isolamento
do edifício. Visto que o gesso regula a humidade interior, contribui para um
ambiente mais saudável. Alterar a disposição de paredes permite reutilizar o
metal da estrutura. Também a totalidade dos materiais usados na estrutura e
no isolamento térmico de um edifício LSF pode ser reciclado ou reaproveitado
na totalidade. Tanto o aço como o betão ou o tijolo, possuem muita energia
incorporada, isto é, energia usada na fabricação do material, no entanto, o aço
têm o seu uso justificado pela possibilidade de reciclagem. As placas OSB são
produzidas exclusivamente com árvores plantadas para o efeito utilizando
apenas exemplares jovens e de pequeno diâmetro, o que permite a reposição
frequente da floresta. E isto são apenas alguns exemplos.
Reabilitação urbana
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Edifício com gaiola pombalina recuperado usando light steel framing.
O baixo peso do aço e dos restantes materiais usados na light steel framing,
tornam este método construtivo ideal para reabilitar ou remodelar edifícios
antigos. Especialmente em certas zonas urbanas, algumas delas de difícil acesso
como no centro histórico de certas cidades, a utilização de materiais mais leves
reduz as dificuldades de transporte e elevação. Também, o baixo peso dos
materiais empregues, muitas vezes elimina a necessidade de reforçar a estrutura
do edifício. Em alguns casos, esta vantagem torna o LSF a única alternativa
possível para dividir espaços ou acrescentar um novo piso. O LSF mostra ser
especialmente vantajoso na substituição de pisos em madeira ou telhados já
degradados.
Custos finais
Apesar das vantagens da construção LSF e das preocupações ambientais, o
preço continua a constituir um factor importantíssimo na tomada de decisão .
Algumas pessoas confundem este tipo de edifícios com construções pré-
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fabricadas e imaginam que o preço deverá ser muito mais baixo que os
praticados na construção vulgar.
Não é construção pré-fabricada
Urbanização de edifícios com estrutura em aço indiferenciáveis dos vulgares.
Na verdade, uma construção com light steel framing é tão pré-fabricada quanto
uma em alvenaria. Tal como os tijolos já vêm prontos de fábrica e depois
sobrepostos no local, o mesmo acontece com os perfis, que usualmente
necessitam de ser cortados em obra. As entidades bancárias não financiam pré-
fabricados visto que a obra pode, em teoria, ser desmontada e deslocada. Num
edifício com estrutura metálica só é possível demolir o edifício tal como em
qualquer outro caso, sendo que o aspecto final é rigorosamente igual ao de
qualquer outra casa. E naturalmente o acesso ao crédito decorre como
habitualmente em qualquer construção vulgar. As construções com light steel
framing são completamente iguais, tanto externamente como internamente, a
qualquer outra construção. O que varia é a estrutura metálica que lhe confere
mais segurança e os materiais de isolamento térmico e acústico que lhe
garantem mais conforto.
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Preços competitivos
Empregam-se os mais recentes materiais, eficientes e tecnicamente evoluídos
actualmente disponíveis no mercado da construção civil. Os níveis de segurança
e conforto são muito superiores à habitação média que usualmente se constrói
usando o cimento e o tijolo. Naturalmente, a maior qualidade tem o seu custo.
Apesar disso, as construções com estrutura em aço são comercializadas por
valores semelhantes a qualquer outra habitação. Isto é possível devido à menor
utilização de mão de obra, a uma gestão eficiente dos profissionais envolvidos e
à racionalização dos meios de transporte e maquinaria. Ou seja, menos tempo de
construção resulta numa poupança substancial de recursos o que permite
alcançar valores finais competitivos. Além disso, o custo inicial também pode ser
rentabilizado com o passar do tempo devido a uma menor manutenção e a uma
considerável poupança energética na climatização e luminosidade do ambiente.