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Melhoramento genético visando resistência a insetos Melhoramento gen Melhoramento gen é é tico visando tico visando resistência a insetos resistência a insetos Programa de Pós-Graduação em Genética e Melhoramento de Plantas Programa de P Programa de P ó ó s s - - Gradua Gradua ç ç ão em ão em Gen Gen é é tica e Melhoramento de Plantas tica e Melhoramento de Plantas LGN 5799 – SEMINÁRIOS EM GENÉTICA E MELHORAMENTO DE PLANTAS LGN 5799 – SEMINÁRIOS EM GENÉTICA E MELHORAMENTO DE PLANTAS Doutoranda: Michelle da Fonseca Santos Orientador: José Baldin Pinheiro Departamento de Genética Avenida Pádua Dias, 11 – Caixa Postal 83, CEP:13400-9710 – Piracicaba – São Paulo – Brasil Telefone: (0xx19) 3429-4250 / 4125 / 4126 – Fax: (0xx19) 3433-6706 – http://www.genetica.esalq.usp.br/semina.php
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LGN 5799 – SEMINÁRIOS EM GENÉTICA E MELHORAMENTO … · Jackson – herança dominante monogênica Gene de Jackson X Rag 1 ? Tabela 1 – Segregação de progênies F 2:3 de plantas

Jan 24, 2019

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Melhoramento genético visando

resistência a insetos

Melhoramento genMelhoramento genéético visando tico visando

resistência a insetosresistência a insetos

Programa de Pós-Graduação em Genética e Melhoramento de Plantas

Programa de PPrograma de Póóss--GraduaGraduaçção em ão em GenGenéética e Melhoramento de Plantastica e Melhoramento de Plantas

LGN 5799 – SEMINÁRIOS EM GENÉTICA E MELHORAMENTO DE PLANTAS

LGN 5799 – SEMINÁRIOS EM GENÉTICA E MELHORAMENTO DE PLANTAS

Doutoranda: Michelle da Fonseca Santos

Orientador: José Baldin Pinheiro

Departamento de GenéticaAvenida Pádua Dias, 11 – Caixa Postal 83, CEP:13400-9710 – Piracicaba – São Paulo – Brasil

Telefone: (0xx19) 3429-4250 / 4125 / 4126 – Fax: (0xx19) 3433-6706 – http://www.genetica.esalq.usp.br/semina.php

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1782 – 1º registro RI: variedade Underhill de trigo

resistente a mosca-de-Hesse (Mayetiola destructor);

1831 - 1º relato de uso de RPI: macieira Winter Majetin

resistente ao pulgão lanígero (Eriosoma lanigerum);

Panda & Kush, 1995

HISTÓRICO DA RPI

1863 - Caso clássico de sucesso no controle através da

RPI: filoxera-da-videira (Phylloxera vitifoliae);

Variedades americanas – porta-enxertos

Variedades européias – enxertosENXERTIA

Lara, 1991

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1881 – Primeiras pesquisas visando à obtenção de

variedades RI (Califórnia-EUA) M. destructor ;

1916/17 - Primeiros estudos de herança da RPI:

resistência de algodão à cochonilha Saissetia nigra e ao

ácaro Eriophies gossypii;

1931 – Liberação dos primeiros materiais resistentes.

Estação Experimental do Kansas – variedades de trigo

resistentes a mosca de Hesse.Panda, 1979

HISTÓRICO DA RPI

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Períodos de pesquisa em RPI

1º Anterior à II Guerra Mundial

Ortman & Peters, 1980

2º Imediatamente posterior à II Guerra Mundial

3º Atual (a partir de 1960)

HISTÓRICO DA RPI

MARCADORES MOLECULARES e TRANSGENIA

Vendraminm & Nishikawa, 2001

Novo período na RPI:

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Definições:

“RPI é a soma relativa de qualidades

hereditárias apresentadas

pela planta, as quais influenciam

o grau de dano causado pelo inseto”

Painter, 1951

“Planta resistente é aquela que devido a sua

constituição genotípica, é menos danificada que uma

outra, em igualdade de condições”

Rossetto, 1973

RESISTÊNCIA DE PLANTAS A INSETOS

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Graus de resistência

Lara, 1991

• Imunidade

• Alta resistência

• Resistência moderada

• Suscetibilidade

• Alta suscetibilidade

RESISTÊNCIA DE PLANTAS A INSETOS

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Não preferência ou preferência (Antixenose):

Variedade é menos utilizada para alimentação,

oviposição ou abrigo que as outras variedades em

geral.

Antibiose: variedade, embora normalmente consumida

pelo inseto, provoca efeito adverso em

sua biologia

Tolerância: variedade menos danificada que as demais,

sob um mesmo nível de infestação do

inseto, e sem provocar efeito no

comportamento ou biologia desta.

Mecanismos de resistência

Painter, 1951

RESISTÊNCIA DE PLANTAS A INSETOS

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RESISTÊNCIA DE PLANTAS A INSETOS

Genética da RPI

Fehr, 1987

Resistência vertical ou específica

• monogênica ou oligogênica (caráter qualitativo)

• vantagem: mais fácil de ser incorporada

• desvantagem: vulnerabilidade a novos biótipos

Resistência horizontal ou geral

• poligênica (caráter quantitativo)

• vantagem: controla amplo espectro de biótipos

• desvantagem: baixa herdabilidade

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MELHORAMENTO VISANDO RPI

Etapas de um programa de melhoramento

Pessoal: equipe multidisciplinar

Definição do inseto praga-chave

Fontes de resistência:

Variabilidade genética do germoplasma inicial

a) Parentes silvestres

b) Populações locais e cultivares primitivas

c) Cultivares obsoletas

d) Linhas avançadas de melhoramento e mutações

e) Cultivares modernas Hoyt, 1992

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Definição do método de melhoramento

Vendramim & Nishikawa., 2001

• Grau de melhoramento das fontes de resistência:

Com boas características agronômicas

Espécies selvagens, raças locais e material exótico

Controle quantitativo (Pré-melhoramento)

• Sistema reprodutivo da espécie

Alógama

Autógama

Etapas de um programa de melhoramento

RESISTÊNCIA DE PLANTAS A INSETOS

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PULGÃO DA SOJA ( Aphis glycines Matsumura)

Hill et al., 2001

Nativo da Ásia

2000: Meio-oeste (EUA) América do Norte

Danos: enrolamento, murcha, amarelecimento e queda prematura das folhas

Hartman et al., 2001

DiFonzo & Hines, 2002

Perda de rendimento > 50%

Redução da qualidade das sementes

Transmissão de vírus

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� Identificar resistência ao pulgão da soja

� Determinar o tipo de resistência

� Examinar a variação entre clones do pulgão

� Comparar a performance agronômica de cultivares

resistentes e suscetíveis sob infestação severa do pulgão e

quando protegidas por um inseticida sistêmico.

1542 acessos de soja

PULGÃO DA SOJA ( Aphis glycines Matsumura)

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Teste com/sem chance de escolha

Figura 1 – Ilustração da escala de classificação visual usada para estabelecer o Índice de Dano (ID)

PULGÃO DA SOJA ( Aphis glycines Matsumura)

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Teste com chance de escolhaTabela 1 – Populações de pulgões da soja sobre planta nos estágios V1 e V2 de três genótipos de soja resistentes e quatro suscetíveis em dois testes com chance de escolha

6127Média

150c71d‘Ina’

152c55cd‘Pana’

187c48c‘Loda’

186c42c‘Williams 82’

53b19bPI 71506

11a15b‘Dowling’

15a9a‘Jackson’

Estágio VcEstágio V1Genótipos

Número de pulgões por planta

PULGÃO DA SOJA ( Aphis glycines Matsumura)

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PULGÃO DA SOJA ( Aphis glycines Matsumura)

Teste sem chance de escolhaTabela 2 – Populações de pulgões da soja sobre plantas V1 e V2 de 5 genótipos de soja resistentes e 4 suscetíveis em 2 experimentos sem chance de escolha

60c104c‘Loda’

2a1a‘Palmeto’

1113Média

67cnão testado‘Ina’

24bc57c‘Williams 82’

não testado49c‘Pana’

15b35c‘CNS’

28bc29bcPI 71506

1a2a‘Dowling’

1a1a‘Jackson’

Estágio VcEstágio V1Genótipos

Número de pulgões por planta

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• 1º relato - germoplasma da América do Norte

• Resistência – Dowling, Jackson e PI71506

• Palmetto e CNS (ancestrais) – doadores de resistência

• Dowling, Jackson e Palmetto – antibiose

• PI71506 e CNS – antixenose ou não preferência

• Expressão da resistência em todos os estágios

• Dowling Imidacloprid

• 3 clones – único biótipo ou mesmo clone

PULGÃO DA SOJA ( Aphis glycines Matsumura)

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PULGÃO DA SOJA ( Aphis glycines Matsumura)

PI 567543C, PI 567597C, PI 567541B e PI 567598B

antixenose antibiose

2147 acessos de soja

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PULGÃO DA SOJA ( Aphis glycines Matsumura)

Dowling (R) ♀ XLoda (S) ♂

Williams 82 (S) ♂

F1

F2

0, 1 ou 2

F2:3

Teste com chance de escolha

Colonização: 0 - 4

3 ou 4

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PULGÃO DA SOJA ( Aphis glycines Matsumura)

Tabela 1 – Proporção de colonização de pulgões observada e esperada em plantas F2 resultantes de Dowling x Loda e os pais, 21 dias após infestação.

31132Loda

0,1618,01Heterogeneidade0,900,0244,25132,7545132177Grupos

03232Dowling

0,880,023,7511.254111543440,690,164,7514,25415194531

0,720,132,57,5281043100,102,672,06,00884343

18,02Total

0,025,561,54,542643080,410,672,06,03584307

0,630,233,259,7549134309

0,500,443,09,0481243040,053,763,7511,2578154306

02222Dowling x Loda (F1)

0,600,272,758,25291143030,063,672,758,250111143020,560,334,012,03131643010,760,093,510,53111442810,890,024,7514,25514194021

PX2SR SRNo de plantasGenótipos (Família F2)

Esperado (3:1)Observado

3:1

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PULGÃO DA SOJA ( Aphis glycines Matsumura)

0,0910,8Heterogeneidade

0,143,925,55125,5335019102Grupo

14,7Total

0,223,04,258,54,25782174531

0,870,32,755,52,75362114344

0,900,22,552,5352104309

0,055,93,573,5734144306

0,820,42,552,5262104303

0,114,5363390124301

0,780,5363453124281

1,000,0484484164021

PX2SHRSHR

Esperado (1:2:1)ObservadoNo de famílias F2:3Família F2

Tabela 2 – Proporção de colonização de pulgões observada e esperada em famílias F2:3 resultantes de Dowling x Loda 21 dias após infestação.

1:2:1

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PULGÃO DA SOJA ( Aphis glycines Matsumura)

033Dowling x Williams 82 (F1)

20020Williams 82

01919Dowling

0,890,0044,75134,25441351794041 (família F2)PX2SRSR

No de plantasGenótipos EsperadoObservado

0,810,423264323063351284041

PX2SHRSHR

Esperado (1:2:1)ObservadoNo de famílias F2:3Família F2

Tabela 3 – Proporção de colonização de pulgões observada e esperada em plantas F2 resultantes de Dowling x Williams 82 21 dias após infestação pelo pulgão da soja.

Tabela 4 – Reações de famílias F2:3 de soja resultantes de Dowling x Williams 82Loda 21 dias após infestação pelo pulgão da soja.

3:1

1:2:1

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Dowling – herança dominante monogênica

Rag 1

PULGÃO DA SOJA ( Aphis glycines Matsumura)

1º gene de R a A. glycines

Aphis glycines

Introgressão de Rag 1 retrocruzamentos

SAM

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PULGÃO DA SOJA ( Aphis glycines Matsumura)

21rr (F2:3 suscetíveis)4Rr (F2:3 resist. e susc.)1RR (F2:3 resistentes)97Suscetível (3-4)

0rr (F2:3 suscetíveis)82Rr (F2:3 resist. e susc.)

42RR (F2:3 resistentes)247Resistente (0-2)

No de famílias F2:3Genótipo de plantas F2No de plantas F2Fenótipo de plantas F2

3:11:2

Jackson – herança dominante monogênica

Gene de Jackson X Rag1 ?

Tabela 1 – Segregação de progênies F2:3 de plantas F2 de Jackson X Loda para resistência ao pulção da soja, 21 após infestação.

123

26

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Dowling (R) XLoda

Williams 82F1

F2

F2:3

(S) Jackson (R) X Loda (S)

PULGÃO DA SOJA ( Aphis glycines Matsumura)

Objetivos: mapear e localizar Rag1 e o gene de Jackson sobre o mapa genético da soja

F1

F2

F2:3

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Figura 2 - Mapas de ligação mostrando a localização dos genes de resistência ao pulgão da soja em Dowling (Rag1) e Jackson (Rag)que foram mapeados sobre o grupo de ligação M.

PULGÃO DA SOJA ( Aphis glycines Matsumura)

3,3

9,3

D x L D x W

2,1

8,9

J x L

4,2

7,9

D x LD x W

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1º relato da localização de genes de resistência ao pulgão no mapa da soja

Dowling (R) X Loda (S)

F1

F2 (R)

F2:3

X Loda (S)

BC3F2 (R)

PULGÃO DA SOJA ( Aphis glycines Matsumura)

� Dowling e Jackson – não adaptados ao meio-oeste

� SAM

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PULGÃO DA SOJA ( Aphis glycines Matsumura)

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PI 243540 (R): < ou = 2 Wyandot (S) : > ou = 4X

Figura 1 - Géis de agarosemostrando que as bandas SSR de ambos pais estápresente nas plantas F1. P1: Wyandot, P2: PI 243540 e números 1 a 11: plantas F1.

Herança monogênica dominante

PULGÃO DA SOJA ( Aphis glycines Matsumura)

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PULGÃO DA SOJA ( Aphis glycines Matsumura)

--10(Titan x PI 567598B) F1

3,0012(E00075 x PI 567598B) F1

3,306(E00075 x PI 567541B) F1

4,0013‘Titan’4,008E00075

1,01212PI 567598B1,099PI 567541B

ClassificaçãoPlantas resistentesPlantas testadasGenótipos

F2 – 15:1 suscetíveis/resistente

Herança: dois genes recessivos

Tabela 1 – Linhas de soja parentais e F1 classificadas como resistentes ao pulgão da soja.

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PULGÃO DA SOJA ( Aphis glycines Matsumura)

Biótipo de Ohio (0-4)

‘Wyandot’ (S) X PI 243540 (R)

F1

F2

F2:3

Teste com chance de escolha

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F2 - 3R:1S

1,000,000,143,950815746Rag20,152,120,342,132964937Satt4900,670,180,890,242944543Sat_375

0,860,030,960,090944545Sct_1880,370,800,630,931864651Satt3620,600,270,223,038775247Sct_033

0,700,150,124,163815743Satt3340,640,220,461,541875343SOYHSP1760,410,660,601,033844750Sat_234

0,520,410,019,9931052749Sat_229-H (Rr)b (RR)a (rr)

P valorX2 3:1PX2 1:2:1No de F2 em cada

categoria Locus

PULGÃO DA SOJA ( Aphis glycines Matsumura)

Tabela 1 – Teste de X2 da segregação do gene (Rag2) de resistência ao pulgão da soja e 9 marcadores SSR entre 184 plantas F2 de uma população de mapeamento de ‘Wyandot’ x PI 243540.

138 R46 SF2:3 - 1:2:1Rag 2

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PULGÃO DA SOJA ( Aphis glycines Matsumura)

Figura 1 – a) Segmento relevante do grupo de ligação (GL) F (Choi et al, 2007), b) Posição de Rag2 sobre o GL F quando Rag2 foi mapeado como um gene dominante, c) Posição de Rag2 sobre o GL F quando Rag2 foi mapeado como um gene co-dominante.

PI 243540 – Rag2

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PULGÃO DA SOJA ( Aphis glycines Matsumura)

Mapeamento fino

Clonagem posicional

Mapeamento fino

Clonagem posicional

Figura 1 – Mapa de ligação para o loco de resistência ao pulgão com SNPs (Single NucleotidePolymorphisms) identificados por hibridização.

Grupo de ligação M

cM Marcadores

Rag1

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Campo - mistura

Casa de vegetação – um clone

Teste com chance de escolha

PULGÃO DA SOJA ( Aphis glycines Matsumura)

PI 567541B (R) Skylla (S)X

F3:4

50 linhagens

melhoradas

PI 567541B (R) E00003 (S)X

F3:4

Validação de QTL

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Figura 1 - Localização dos QTLs de resistência ao afídeo da soja usando

o método de mapeamento por intervalo composto.

PULGÃO DA SOJA ( Aphis glycines Matsumura)

Dowling e Jackson

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Figura 2 - Produtos de PCR amplificados pelos marcadores

Satt299, Satt435, Satt649 e Satt343 para E00003(E), Skylla(S),

PI567541B (P), Jackson (J) e Dowling (D).

PULGÃO DA SOJA ( Aphis glycines Matsumura)

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Limitações do melhoramento convencional

Necessidade de cruzamento de muitas plantas durante

gerações múltiplas;

Restrito ao uso de fonte de resistência nas espécies

selvagens;

Longo tempo para obtenção de variedades;

Transferência de porções indesejáveis do genoma.

RESISTÊNCIA DE PLANTAS A INSETOS

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Redução do tempo para obtenção de novas cultivares;

Transferência de genes entre organismos

filogeneticamente diferentes

> precisão – transferência apenas dos genes desejáveis;

Características podem ser introduzidas de uma única vez

sem complicações de genes extras e retrocruzamento;

RESISTÊNCIA DE PLANTAS A INSETOS

Vantagens da engenharia genética

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Plantas transgênicas

“Aquelas que possuem genes que originalmente não

constituem seu genoma, isto é, sofreram uma

transferência gênica”

� Estratégias de planta RI

Bacillus thuringienses, lectinas, inibidores de α-amilase, inibidores de proteinases, quitinas, peroxidases, entre outras.

ENGENHARIA GENÉTICA PARA RPI

Ribeiro et al, 1991

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Bt

Esporos uma ou várias proteínas Cry

(δ-endotoxinas ou Insecticidal Crystal Proteins (ICPs)

ENGENHARIA GENÉTICA E RPI

Who, 1999

Modo de ação das toxinas Bt em

insetos

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Tabela 1 - Plantas modificadas com genes cry de B. thuringiensis, resistentes a insetos-praga de importância agrícola (adaptado de Fontes et al., 2002).

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Plantas Bt X Resistência a toxina

Piramidação de genes

2002 – Bollgard II (Cry 1Ac e Cry2Ab2)

ENGENHARIA GENÉTICA E RPI

Zhao et al., 2003

Utilização de planta transgênica juntamente com suscetível (refúgio);

RR rr

Rr

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ENGENHARIA GENÉTICA E RPI

Tratamentos:

1) Pirâmide - 80% piramidadas (Cry1Ac/Cry1C) + 20% refúgio

2) Mosaico - 40% Cry1Ac + 40% Cry1C + 20% refúgio

3) Sequencial - 80% Cry1Ac + 20% refúgio / 80% Cry1c + 20% refúgio

� 4 populações de Plutella xylostella

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Geração

Larv

a e

pulp

apo

r pl

anta

Bt

Figura 1 - Populações de Plutella xylostella resistentes a Cry1Ac/Cr1Cem gaiolas com diferentes tratamentos de brócolis Bt.

ENGENHARIA GENÉTICA E RPI

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Tabela 1 – Sobrevivência de larvas de Plutella xylostella resistentes a Cry1Ac/Cr1Cem gaiolas, sobre diferentes plantas de brócolis Bt.

ENGENHARIA GENÉTICA E RPI

[0;0;0;1,0][0;0;0;1,0][69;71;74;78]

0,25 (0,25) B0,25 (0,25) B73 (2,0) BSequencial

[2,1;4,1;4,2;5,1][3,1;6,1;6,3;12][90;95;96;96]

3,9 (0,64) A6,9 (1,9) A94 (1,5) AMosaico

[0;0;0;0][0;0;0;0][3,1;3,2;2,4;6,1]

0 B0 B4,1 (0,7) CPirâmide24

0,25 (0,25) B0,25 (0,25) B87 (0,38) ASequencial

5,9 (2,8) A6,1 (2,5) A98 (0,98) AMosaico

0,25 (0,25) B0,25 (0,25) B4,8 (2,9) BPirâmide18

2 genesCry1CCry1Ac

Sobrevivência média (%) sobre plantas BtTratamentoGeração

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ENGENHARIA GENÉTICA E RPI

0,00,00043Freq r1,835 famíliasCN

5781,2Max RR1992-1993 a 2002-2004

64 biótiposEUA

Helicoverpa zea

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LC50 (µg Cry 1Ac por ml de dieta)

Pro

porç

ão d

e bi

ótip

os

Figura 1 - Resistência de Helicoverpa zea a algodão Bt. a) Antes da comercialização de algodão Bt (1992-1993), b) após a comercialização de algodão Bt (2002-2004).

a

Pro

porç

ão d

e bi

ótip

os

LC50 (µg Cry 1Ac por ml de dieta)

b

ENGENHARIA GENÉTICA E RPI

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ENGENHARIA GENÉTICA E RPI

a

Ano

s pa

ra r

esis

tênc

ia

Refúgio (%)

b

Refúgio (%)A

nos

para

res

istê

ncia

Figura 2 – Efeito simulado de abundância de refúgio (%) sobre resistência de pragas à culturas Bt.

Ha, Helicoverpa amigera; Hz, Helicoverpa zea; Hv, Helicoverpa virescens; On, Ostrinia nubilalis,

Pg, Pectinophora gossypiella; Sn, Sesamia nonagrioides.

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Polipeptídio produzido pelas plantas

Mecanismo de defesa contra insetos e patógenos

Abundantes principalmente em sementes e órgãos de

reserva de gramíneas, leguminosas e solanáceas

Defesa constitutiva ou induzida pelo dano do inseto

ENGENHARIA GENÉTICA PARA RPI

Inibidores de proteinases

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ENGENHARIA GENÉTICA PARA RPI

Mecanismo de ação dos IP

Pompermayer et al., (2001)

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ENGENHARIA GENÉTICA PARA RPI

Inibidores de proteinases

• Classificação: proteinases serínicas; cisteínicas; aspárticas e metalo-proteinases.

• 1ª planta transgênica que expressava um gene de inibidor de proteinase.

Manduca sexta

Tabaco (CpTi)

IP serínica de feijão-de-corda (Vigna unguiculata).

Habibi & Fazili, 2007

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Tabela 2 – Bioensaios de plantas transgênicas expressando genes de inibidores de proteinases introduzidos.

Hilder & Boulter, 1999

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ENGENHARIA GENÉTICA E RPI

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

A engenharia genética aliada ao desenvolvimento

de novos genótipos resistentes nos programas de

melhoramento, contribuirão sobremaneira no manejo

de pragas. Isto porque a incorporação de cultivares

resistentes assume grande importância por ser

compatível com outras táticas de controle

possibilitando a minimização do uso de inseticidas

químicos, o que reflete na redução de custos de

produção e de riscos de impacto ambiental negativo.

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