LF_Ppt_TC_2016_vf

8/18/2019 LF_Ppt_TC_2016_vf

1/38

Luís Ferreira 1

Património Cultural e Turismo Criativo: oportunidades e desafios

“Turismo Criativo: da investigação à implementação”

Porto, 17 de Março de 2016

8/18/2019 LF_Ppt_TC_2016_vf

2/38

Luís Ferreira 2


Agenda

Investigação

Implementação

Oportunidades e desafios

8/18/2019 LF_Ppt_TC_2016_vf

3/38

Luís Ferreira 3


Investigação

8/18/2019 LF_Ppt_TC_2016_vf

4/38

Luís Ferreira 4


A constatação apresentada por Richards (2000) e Richards e

Raymond (2000), citados por Richards e Wilson (2006), do

crescimento do “turismo criativo” como evolução relativamente ao

turismo cultural.

O argumento destes autores que, ao contrário dos turistas culturais,

os turistas criativos procuram experiências interactivas para ajudar

no seu desenvolvimento pessoal e aumentar o seu capital criativo.

8/18/2019 LF_Ppt_TC_2016_vf

5/38

Luís Ferreira 5


Pode-se referir que uma das principais motivações que levam as

pessoas a viajar, são: i) “razões culturais, educativas ou profissionais

(como o desejo de conhecer sociedades diferentes, assistir aacontecimentos especiais, aprender idiomas).

Cunha (2008), refere que o turismo cultural tem como pressupostos

motivacionais a “valorização cultural e a fruição de diversos

atractivos existentes nos destinos, dos quais se destacam:

actividades de animação cultural e visitas a museus, monumentos,

eventos culturais e festividades tradicionais”.

Pereira (2008) destaca a “procura de conhecimento, da cultura, dos

costumes, da tradição e da identidade cultural”.

8/18/2019 LF_Ppt_TC_2016_vf

6/38

Luís Ferreira 6


Segundo a Organização Mundial de Turismo (Richards, 2007), o

turismo cultural refere-se a “todo o movimento de pessoas quesatisfaz a sua necessidade humana de diversidade, com tendência a

elevar o nível cultural do indivíduo e a proporcionar um novo

conhecimento, experiência e encontros”.

Para a ATLAS ( Association for Travel and Leisure Education,

(Richards, 2007), trata-se de turismo cultural quando se está perante

o “movimento de pessoas para atracções culturais fora do seu local

habitual de residência, com a intenção de absorver nova informação

e experiências para satisfazer as suas necessidades culturais”.

8/18/2019 LF_Ppt_TC_2016_vf

7/38

Luís Ferreira 7


De acordo com Richards (2011), o termo turismo criativo foi referido,

pela primeira vez, como uma potencial forma de turismo por Pearce e

Butler (1993), muito embora não tenham definido o termo.

Segundo Richards (1998 e 2005), nos anos 90, cresceu o interesse pela

criatividade não só nas cidades, como também, nas áreas rurais.

Como exemplo foi referido no projecto EUROTEX levado a cabo pela

Finlândia, Grécia e Portugal (1996-1999) e que identificava o crescente

interesse dos turistas sobre a cultura local, o dia-a-dia e a vontade de

serem envolvidos nas actividades e experiências locais.

8/18/2019 LF_Ppt_TC_2016_vf

8/38

Luís Ferreira 8


Foi neste contexto que em 2000, Richards e Raymond fornecem a

primeira análise sobre o turismo criativo com a seguinte definição:

“Um turismo que oferece ao visitante a oportunidade de desenvolver

seu potencial criativo pela participação activa em experiências eaprendizagens, em temas e actividades, que estão presentes e são

características dos destinos de férias que visita (Richards e

Raymond, 2000).”

8/18/2019 LF_Ppt_TC_2016_vf

9/38

Luís Ferreira 9


Em 2006, a UNESCO no âmbito da criação da Rede de Cidades

Criativas, produziu a sua própria definição:

“Turismo criativo é uma viagem orientada para uma experiência

empenhada e autêntica, através de uma aprendizagem participativa,

na arte, no património e no carácter especial do lugar,

proporcionando uma ligação aos residentes e capaz de criar essa

cultura viva”.

8/18/2019 LF_Ppt_TC_2016_vf

10/38

Luís Ferreira 10


Raymond (2007) produz uma versão revista da definição de turismo

criativo, em resultado da sua experiência na Nova Zelândia:

“Uma forma mais sustentável do turismo que proporciona uma

sensação de autenticidade para uma cultura local através de

workshops práticos e experiências criativas informais. Workshopssão constituídos por pequenos grupos pequenos e tem lugar nas

casas dos tutores e nos seus locais de trabalho; eles permitem que

os visitantes explorarem a sua criatividade enquanto se aproximam

mais perto das pessoas locais”

8/18/2019 LF_Ppt_TC_2016_vf

11/38

Luís Ferreira 11


De acordo com Landry (2010), o turismo criativo fornece aoportunidade para o turista se colocar “sob a pele” do local: muitas

das actividades são vulgares, como ver como as pessoas vão para o

trabalho, como esperam na fila por um autocarro, como se

comportam fora do escritório a fumar, a comprar uma bebida ou uma

sanduíche, conversando na rua”

8/18/2019 LF_Ppt_TC_2016_vf

12/38

Luís Ferreira 12


Dada a diversidade de experiências que podem ser descritas como

“Turismo Criativo", vários autores principiaram a identificar alguma

transformação do turismo cultural para o turismo criativo.

Jelincic (2009) observa uma fragmentação cada vez maior do turismo

cultural quantas mais actividades criativas são desenvolvidas por

turistas para combinar estilos de vida pós-modernos.

D‘ Auria (2009) vê a ascensão do turismo criativo como uma

evolução do turismo cultural voltada para experiências mais

autênticas.

Fernandez (2010) argumenta que o surgimento de modelos deturismo criativo são resultado de uma evolução do sistema de

produção no turismo.

8/18/2019 LF_Ppt_TC_2016_vf

13/38

Luís Ferreira 13


Mais recentemente, e em resultado da sua experiência criativa na

Croácia, Jelincic e Zuvela apresentam a seguinte definição:

"O turismo criativo é uma projecção de um novo turismo em que

recursos naturais, culturais e pessoais não são manipulados eexplorados, mas valorizados e enriquecidos" (Jelincic e Zuvela,

2012).

8/18/2019 LF_Ppt_TC_2016_vf

14/38

Luís Ferreira 14


Implementação

8/18/2019 LF_Ppt_TC_2016_vf

15/38

Luís Ferreira 15


The UNESCO

Creative Cities

Network (UCCN)

was created in 2004

to promote

cooperation with andamong cities that

have identified

creativity as a

strategic factor for

sustainable urban

development. The

116 cities whichcurrently make up

this network work

together towards a

common objective:

placing creativity and

cultural industries at

the heart of their

development plans

at the local level and

cooperating actively

at the international

level.

8/18/2019 LF_Ppt_TC_2016_vf

16/38

Luís Ferreira 16


The Creative Tourism Network®has a panel of experts in

creative tourism, cultural

tourism, creative industries,

culinary tourism, sustainable

tourism, etc. headed by

Professor Greg Richards, co-

founder of the creative tourism

concept.

Fonte: creativetourismnetwork

8/18/2019 LF_Ppt_TC_2016_vf

17/38

Luís Ferreira 17


A elaboração de um Código de “Boas Práticas doTurismo Criativo” marcou o início da I

Conferencia Internacional sobre Turismo Criativo que se realizou, nos dias 9 e 10 de

Dezembro de 2010, em Barcelona.


8/18/2019 LF_Ppt_TC_2016_vf

18/38

Luís Ferreira 18


The Ist. Brazilian Conference on Creative Tourism, held in the capital of Rio Grande do Sul

in October 2013

8/18/2019 LF_Ppt_TC_2016_vf

19/38

Luís Ferreira 19


The creative tourism consolidates itself as the new generation of tourism at World Travel

Market - London


8/18/2019 LF_Ppt_TC_2016_vf

20/38

Luís Ferreira 20


Last January 22th, the Minister of

Tourism of Morocco, Mr. LahcenHaddad received the Creative

Tourism Award for the Best

Strategy in Creative Tourism

Development, within FITUR-

Madrid, for a project presented bythe Morrocan Tourism

Ingeneering and Investment

Society.


8/18/2019 LF_Ppt_TC_2016_vf

21/38

Luís Ferreira 21


Report on Creative Tourism, written by Ann Ruppenstein for the CanadianTravel Press.


8/18/2019 LF_Ppt_TC_2016_vf

22/38

Luís Ferreira 22


BTL Lisboa welcomes aseminar on creative tourism

– On Thursday March 3, tourismprofessionals and representatives

of local governments had the

opportunity to participate in

the Seminar on Creative

Tourism organized by the Creative

Tourism Network® within theframework of the International

Tourism Fair of Lisbon -BTL.

– More than a hundred participants

could learn further about this new

trend from Caroline Couret,director of the Creative Tourism

Network®.

8/18/2019 LF_Ppt_TC_2016_vf

23/38

Luís Ferreira 23


8/18/2019 LF_Ppt_TC_2016_vf

24/38

Luís Ferreira 24


Created in 2005, Barcelona Creative Tourism was the world’s first

creative tourism platform.

Perform a concert in a prestigious venue in Barcelona!


8/18/2019 LF_Ppt_TC_2016_vf

25/38

Luís Ferreira 25


Fonte: obidoscriativa.com

8/18/2019 LF_Ppt_TC_2016_vf

26/38

Luís Ferreira 26



8/18/2019 LF_Ppt_TC_2016_vf

27/38

Luís Ferreira 27


• F.A.L.A. – Fun Active Local Art Ibiza

• Art crafts: basketry, pottery, traditionnalcrafts.

• Painting and photographic training.• Body Art workshop.

• Graffit class.

• Theater workshops for teenagers.

• D.J. workshop.

• Electronic live production seminar.• Underwater video production course.

• Language classes.

• Cooking classes.

• Folk dance.

• Belly dance.

• Singular indoor and open air venues

• for concerts and event celebrations.


8/18/2019 LF_Ppt_TC_2016_vf

28/38

Luís Ferreira 28


Cerdeira is a

schist villagein Serra da

Lousã, 40 km

from Coimbra,

Portugal.

The village

belongs to the

Schist Village

Network.

8/18/2019 LF_Ppt_TC_2016_vf

29/38

Luís Ferreira 29


8/18/2019 LF_Ppt_TC_2016_vf

30/38

Luís Ferreira 30


O director regional do Instituto

Português do Desporto e da

Juventude (IPDJ), afirmou que a

Bienal de Arte Jovem de Vila Verdee a Bienal de Cerveira são duas

marcas fortes do ecossistema de

criatividade da região norte.

8/18/2019 LF_Ppt_TC_2016_vf

31/38

Luís Ferreira 31


Blowing glass

in Biot (French Riviera),

dancing Rumba

in Barcelona, baking “croissant” in Paris,

performing a concert in a

church in Rome,

participating in a cooking

class in Bangkok , weaving according to Mayan Tradition

in Guatemala or even

producing chill out music

in Ibiza are some of the

many experiences thecreative tourists are eager to

live when they travel.


8/18/2019 LF_Ppt_TC_2016_vf

32/38

Luís Ferreira 32


Oportunidades e desafios

8/18/2019 LF_Ppt_TC_2016_vf

33/38

Luís Ferreira 33


Comparando-os com "turistas convencionais" os turistas criativos são:

• Mais qualificados - em tecnologias de informação e comunicação,

línguas, ciências humanas.

• Polifacetados: eles pertencem a uma grande variedade de

comunidades sociais.

• Prosumer : eles constroem conteúdos valiosas e as próprias

experiências.

• Eles procuram mais inter-acção.


8/18/2019 LF_Ppt_TC_2016_vf

34/38

Luís Ferreira 34


Fonte: Carvalho, (2011 ).

Este quadro mostra as alterações das

características de consumo, verificando-se que,

apesar do novo tipo de turista criativo reunir

algumas características semelhantes ao turista

cultural, este procura experienciar activamente odestino turístico que elege, o que motiva uma

mudança na forma de organização e estruturação

dos produtos/experiências e dos próprios

destinos turísticos (Carvalho, 2011).

Tendo em conta estas mudanças, na natureza da

produção e consumo da experiência, os destinosturísticos podem, no entanto, continuar a oferecer

os mesmos produtos do Turismo Cultural de

massas, existindo, contudo, o risco da perda de

uma importante parte do mercado. Apesar de ser

difícil para o Turismo Cultural “tradicional” lidar

com as novas formas de turismo, estas são uma

excelente oportunidade, pelo que será maisvantajoso tomá-las em consideração do que

ignorar o Turismo Criativo (Richards, 2009).

8/18/2019 LF_Ppt_TC_2016_vf

35/38

Luís Ferreira 35


A gestão do turismo nos destinos está focalizado em fornecer os

atractivos turísticos mais adequados, as actividades turísticas

desejadas e a melhor qualidade dos produtos/serviços,

conduzindo a um aumento do gasto do turista e do tempo de

estada do turista na região/destino (Yoon, 2002).

8/18/2019 LF_Ppt_TC_2016_vf

36/38

Luís Ferreira 36



A crescente procura pelo turismo criativo desperta o interesse dos gestores de destinos

e dos governos locais, seduzidos pela oportunidade de atrair um turismo de alto valor,

simplesmente promovendo o seu património imaterial e optimização a utilização das

infra-estruturas existentes.

Entre as muitas virtudes do turismo criativo, podemos citar os seguintes:

•Diversificação da oferta turística, sem qualquer investimento, apenas por meio da

optimização do património material e imaterial existente.

•Efeitos positivos sobre a rentabilidade das infra-estruturas, graças a esta nova procura.

•Turismo de qualidade dotado de um elevado valor acrescentado e poder de compra.•Autenticidade e sustentabilidade associada ao uso da criatividade.

•Efeito positivo sobre a auto-confiança da comunidade local, graças a este novo

interesse pela sua cultura e tradição.

•O seu carácter não sazonal permite uma melhor distribuição da actividade turística ao

longo do ano. A terciarização geográfica. O baixo interesse dos turistas criativos pelas

"atracções turísticas" tradicionais contribui para uma melhor distribuição espacial dentro

do destino.

•Recuperação de património imaterial.

8/18/2019 LF_Ppt_TC_2016_vf

37/38

Luís Ferreira 37


O TURISTA recorda:

10% do que ouve,

30% do que lê,

50% do que vê e

90% do que faz.

Fonte:ponlecaraalturismo

8/18/2019 LF_Ppt_TC_2016_vf

38/38

Luís Ferreira 38


“Turismo Criativo: da investigação à implementação”

Porto, 17 de Março de 2016

Muito Obrigado

Luís Ferreira

[email protected]

LF_Ppt_TC_2016_vf

Documents