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Centro Universitário Hermínio Ometto UNIARARAS MAURICIO BRAUN VEIT LEVANTAMENTO DE DADOS SOBRE A UTILIZAÇÃO DE IMPLANTES COMO MEIO DE ANCORAGEM EM ORTODONTIA ARARAS/SP DEZEMBRO/2006
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Jul 30, 2020

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Centro Universitário Hermínio Ometto

UNIARARAS

MAURICIO BRAUN VEIT

LEVANTAMENTO DE DADOS SOBRE A UTILIZAÇÃO DE

IMPLANTES COMO MEIO DE ANCORAGEM EM ORTODONTIA

ARARAS/SP

DEZEMBRO/2006

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Centro Universitário Hermínio Ometto

UNIARARAS

MAURICIO BRAUN VEIT CIRURGIÃO DENTISTA

[email protected]

LEVANTAMENTO DE DADOS SOBRE A UTILIZAÇÃO DE IMPLANTES

COMO MEIO DE ANCORAGEM EM ORTODONTIA

REVIEW OF LITERATURE OF MICRO-SCREWS USED AS ANCHORAGE IN

ORTHODONTICS

Dissertação apresentada ao Centro

Universitário Hermínio Ometto –

UNIARARAS, para obtenção do Título

de Mestre em Odontologia, Área de

Concentração em Ortodontia.

Orientadora: Prof. Dr. Mário Vedovello

Filho

e-mail: [email protected]

Co-orientador: Prof. Dr. Ricardo de

Oliveira Bozzo

e-mail: [email protected]

ARARAS/SP DEZEMBRO/2006

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Campus Universitário “Duse Rüegger Ometo”

UNIARARAS

CENTRO UNIVERSITÁRIO HERMÍNIO OMETTO

FOLHA DE APROVAÇÃO A Dissertação intitulada: “Levantamento de dados sobre a utilização de

implantes como meio de ancoragem em ortodontia” , apresentada a

UNIARARAS – Centro Universitário Hermínio Ometto, para obtenção do grau

de Mestre em Odontologia área de concentração em Ortodontia em 18 de

dezembro de 2006, à Comissão Examinadora abaixo nominada, foi aprovada

após liberação pelo orientador.

Prof. Dr. Mário Vedovello Filho - Presidente (Orientador) Prof. Dra. Gisela André Paganini – 1º Membro Prof. Dr. João Sarmento Pereira Neto – 2º Membro

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DEDICATÓRIA

À minha esposa Maria Cristina

Schweitzer Veit, aos meus filhos

Beatriz e Pedro pela constante

compreensão e apoio.

A meu pai Pedro, minha mãe

Odete e ao meu irmão Jéferson que

também fazem parte desta caminhada.

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AGRADECIMENTOS

A Deus, que sempre iluminou o meu caminho em todos os momentos da minha

vida.

Ao Centro Universitário Hermínio Ometto; à Magnífica Reitora Prof. Dra. Miriam

de Magalhães Oliveira Levada; e ao Magnífico Pró-Reitor de Pós-Graduação e

Pesquisa Prof. Dr. Marcelo Augusto Marretto Esquisatto, pela oportunidade de

nos aperfeiçoarmos nos estudos.

Ao Coordenador do Curso de Pós-Graduação em Ortodontia Prof. Dr. Mário

Vedovello Filho, pela oportunidade e confiança.

Ao Professor Dr. Ricardo de Oliveira Bozzo pelo ótima co-orientação

proporcionada.

Aos Professores Doutores Heloisa Cristina Valdrighi, Paulo Cezar Chiavini,

Adriana Simoni Lucato, Sílvia Amélia Scudeler Vedovello, Sandro Augusto

Piragini, Galdino Iague Neto, Eloísa Marcantonio Boeck e Alciara pela sua

amizade, apoio, paciência e dedicação em concretizar este curso, e a

orientação neste trabalho. E à sua equipe de professores, os quais

colaboraram para minha formação.

Ao Centro Universitário São Leopoldo Mandic, pela colaboração e apoio.

Aos meus colegas e amigos: Fabiano, Raul, Flávio, Maurício Proni, Marcelo,

Luis Gustavo, Luis Carlos, Marcio, André, Lívia, Mila, Maira, Estela, Andréia,

Ângela e Suzi pelo convívio harmônico e construtivo tornando esta caminhada

extremamente agradável.

Aos meus sogros, cunhados e amigos que sempre me apoiaram com sua

amizade.

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RESUMO

A proposta da presente pesquisa foi realizar um levantamento sobre a

utilização de implantes como meio de ancoragem em ortodontia. Determinou-

se a prevalência da utilização dos diferentes tipos de implantes para obtenção

de ancoragem nos diversos tipos de movimento dentário realizados pelos

alunos dos cursos de em Ortodontia do Centro Universitário Hermínio Ometto -

Uniararas e do Centro de Pós-graduação/ CPO São Leopoldo Mandic. Foram

distribuídos 75 questionários, os quais foram preenchidos pelos pós-

graduandos. Por meio dos resultados, pode-se concluir que os conhecimentos

em ancoragem ortodôntica por meio de implantes estão cada vez mais se

difundindo , sendo uma realidade entre os pós-graduandos em Ortodontia. Do

total de pós-graduandos (75) que responderam os questionários, 32 % (24)

responderam que utilizam ou já utilizaram implantes como meio de ancoragem

ortodôntica no seu consultório, clínica odontológica ou curso de pós-graduação.

A maioria, 81,5 % (22) já utilizou mini-parafusos ortodônticos. O movimento

mais realizado com a ancoragem por meio de implantes foi retração de caninos

e incisivos superiores e inferiores, 48,4 % (16) e 98,6 % (74) dos entrevistados

desejariam ter mais conhecimentos sobre as técnicas de ancoragem

ortodôntica por meio de implante.

Palavras chaves: Ancoragem / Implante

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ABSTRACT

The proposal of this research was to study the implant’s use as a way of

orthodontics anchorage. It was determined the prevalence of the use of

different kinds of implants to get anchorage in several kinds of dental movement

realized by students from the Orthodontics Post-graduation Course of Hermínio

Ometto University Center – UNIARARAS and from the Post-graduation Center

São Leopoldo Mandic. It was distributed 75 questionaries which were filled in by

the students. Throught the result, one concludes that the knowledge about

orthodontics anchorage through implants has been passed forth more and

more, what is the present reality amidst orthodontics post-graduation students.

Of all the students that answered the questionaries (75), 32 % said that they

use or have already used implants as anchorage means in their own offices,

clinics, or post-graduation courses. Most of these 81,5%(22) have already used

orthodontic mini-screws. The movemente that is most commonly peformed

throught implant anchorage are canine retraction and superior and inferior

incisives retractions, 48,4% (16) and 98,6% (74) of the interviewed would like to

have some more knowledge about the techiques of orthodontics anchorage

through implants.

Key word: Anchorage / Implant.

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Porcentagem e número dos alunos de pós-graduação que já

utilizaram implantes como meio de ancoragem ortodôntica............................. 60

Tabela 2 – Porcentagem e número de alunos de pós-graduação que já

utilizaram implantes como meio de ancoragem em Ortodontia e o tipo de

implante utilizado.............................................................................................. 61

Tabela 3 – Porcentagem e número de alunos de pós-graduação que já

utilizaram implantes como meio de ancoragem em Ortodontia e o tipo de

movimento realizado ........................................................................................ 62

Tabela 4 – Porcentagem e numero de alunos de pós-graduação que gostariam

de ter mais conhecimentos sobre as técnicas de ancoragem ortodôntica por

meio de implantes ............................................................................................ 63

Tabela 5 – Porcentagem e número de alunos de pós-graduação que nunca

utilizaram implantes como meio de ancoragem e por quê? ............................. 64

Tabela 6 - Porcentagem e quantidade dos tipos de movimentos realizados

pelos alunos de pós-graduação que utilizaram mini-parafusos ortodônticos ... 65

Tabela 7 – Porcentagem e quantidade dos tipos de movimentos realizados

pelos alunos de pós-graduação que utilizaram implantes palatais ou de rebordo

alveolar............................................................................................................. 66

Tabela 8 - Porcentagem e quantidade dos tipos de movimentos realizados

pelos alunos de pós-graduação que utilizaram miniplacas .............................. 67

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Gráfico 1 - Porcentagem dos alunos de pós-graduação que já utilizaram

implantes como meio de ancoragem ortodôntica ............................................. 60

Gráfico 2 - Porcentagem e de alunos de pós-graduação que já utilizaram

implantes como meio de ancoragem em Ortodontia e o tipo de implante

utilizado ............................................................................................................ 61

Gráfico 3 - Porcentagem de alunos de pós-graduação que já utilizaram

implantes como meio de ancoragem em Ortodontia e o tipo de movimento

realizado........................................................................................................... 62

Gráfico 4 - Porcentagem de alunos de pós-graduação que gostariam de ter

mais conhecimentos sobre as técnicas de ancoragem ortodôntica por meio de

implantes.......................................................................................................... 63

Gráfico 5 - Porcentagem de alunos de pós-graduação que nunca utilizaram

implantes como meio de ancoragem e por quê?.............................................. 64

Gráfico 6 – Porcentagem dos tipos de movimentos realizados pelos alunos de

pós-graduação que utilizaram mini-parafusos ortodônticos ............................. 65

Gráfico 7 - Porcentagem e quantidade dos tipos de movimentos realizados

pelos alunos de pós-graduação que utilizaram implantes palatais ou de rebordo

alveolar............................................................................................................. 66

Gráfico 8 - Porcentagem dos tipos de movimentos realizados pelos alunos de

pós-graduação que utilizaram mini-placas ....................................................... 67

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SUMÁRIO

Resumo.............................................................................................................. 5

Abstract .............................................................................................................. 6

Lista de Tabelas ................................................................................................. 7

Lista de Ilustrações ............................................................................................ 8

Introdução ........................................................................................................ 10

Objetivo ............................................................................................................ 12

Revisão da Literatura ....................................................................................... 13

Material e Método............................................................................................. 58

Material......................................................................................................... 58

Método ......................................................................................................... 58

Resultados ....................................................................................................... 59

Discussão......................................................................................................... 68

Conclusão ........................................................................................................ 76

Referências Bibliográficas................................................................................ 77

Anexos ............................................................................................................. 83

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INTRODUÇÃO

A importância deste trabalho se justifica pela necessidade de se

conhecer a realidade da utilização de implantes como meio de ancoragem em

ortodontia por alunos de mestrado em Ortodontia, pois pode fornecer subsídios

para elaboração de um conteúdo nos programas curriculares dos cursos de

pós-graduação em ortodontia.

Na ortodontia, as forças são aplicadas com finalidade de movimentar

dentes. Estas forças que se apresentam com determinada intensidade, direção

e sentido apresentam uma reação, que muitas vezes provocam movimentos

indesejados. Inevitavelmente, as forças de reação podem movimentar outros

dentes se o aparelho entrar em contato com eles. Ancoragem em ortodontia,

segundo PROFFIT (2002), é a resistência às forças de reação que são

fornecidas (comumente) por outros dentes, ou (às vezes) pelo palato, pela

cabeça ou pescoço (via extra-oral), ou por implantes em osso, controlando o

movimento dentário. Portanto, no planejamento do tratamento ortodôntico não

é possível considerar somente os dentes nos quais o movimento é desejado.

Um dispositivo de ancoragem ideal seria aquele que pudesse dissipar

completamente as forças de reação, evitando movimentos indesejáveis dos

elementos de resistência.

Existem muitos recursos de ancoragem como o arco extra-bucal, barra

transpalatina, arco de Nance e outros artifícios, mas todos apresentam

algumas desvantagens que vão desde a pouca eficiência do método escolhido

até a falta de cooperação por parte dos pacientes. A ancoragem ortodôntica

por meio de implantes tem sido amplamente pesquisada em substituição aos

procedimentos tradicionais. Este sistema de ancoragem permite a aplicação de

forças contínuas, diminuindo o tempo de tratamento e os movimentos

indesejáveis de forma eficiente. Segundo PARK et al. (2003), a ancoragem

óssea é considerada um procedimento simples, confortável e com bons

resultados. São apontados como desvantagens: o longo período de tempo

entre a implantação e a aplicação da força, a fase cirúrgica e o custo adicional.

Para alcançar os propósitos da pesquisa, os instrumentos utilizados

foram questionários aplicados a 75 alunos do curso de mestrado em Ortodontia

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do Centro Universitário Hermínio Ometto – Uniararas e Centro de Pós-

graduação/CPO São Leopoldo Mandic. Optou-se, nesta pesquisa por um

desenho metodológico qualitativo e descritivo.

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OBJETIVO

O presente estudo se propôs a realizar um levantamento da prevalência:

1 - De alunos de mestrado em Ortodontia que utilizam qualquer um dos

sistemas de implante disponíveis no mercado, com finalidade de ancoragem

ortodôntica;

2 – Do tipo de implante mais utilizado;

3 - Dos tipos de movimentos ortodônticos realizados tendo como

ancoragem ortodôntica os implantes;

4 – De alunos de Mestrado em Ortodontia que desejariam ter mais

conhecimento sobre as técnicas de ancoragem ortodôntica por meio dos

implantes;

5 – E de alunos de Mestrado em Ortodontia que não utilizam implantes

para ancoragem ortodôntica e o motivo.

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REVISÃO DA LITERATURA

A partir dos estudos de BRÁNEMARK (1983) foi comprovada por meio

de experimentos com animais (cães e coelhos) a integração fisiológica do

titânio a superfície óssea. A introdução dos implantes osseointegrados

demonstrou com maior nitidez o contraste das diferenças fisiológicas

diametralmente opostas entre a fixação óssea direta e o suporte pelo ligamento

periodontal.

ADELL et al. (1981) estudaram a aplicação de forças ortodônticas aos

implantes, tendo resultados positivos. Avaliaram por 15 anos 2768 implantes

instalados com finalidades protéticas com o propósito de fazer uma revisão a

respeito dos materiais, métodos e resultados obtidos. Foi feito um

acompanhamento de 371 indivíduos submetidos a tratamentos reabilitadores

com uso de implantes no período de Julho de 1965 a Setembro de 1980. Os

resultados foram os seguintes: Função de ancoragem foi obtida em 81% a 88%

dos implantes na maxila e 91% a 97% na mandíbula; os implantes

apresentaram íntimo contato com osso em avaliações radiográficas; a média

de osso perdido foi de 1,5 mm durante o período de cura e após conexão do

transmucoso e 0,1 mm anualmente após cinco a nove anos e os implantes e

transmucosos permaneceram envolvidos por tecidos moles e duros saudáveis.

Os autores concluíram que: Osseointegração implica em direta e íntima

incorporação de osso vivo na estrutura dos implantes de titânio de geometria e

acabamento definidos; a osseointegração pode ser obtida se os implantes

forem inseridos com técnica cirúrgica delicada seguida de um período de cura

de três a quatro meses na mandíbula e cinco a seis meses na maxila; as

próteses suportadas por implantes demonstram capacidade de restaurar o

sistema mastigatório do ponto de vista estético, fonético e funcional; os

resultados obtidos cumprem e até excedem os critérios de sucesso propostos

na Conferência de Harvard, em 1978 e o tratamento com próteses sobre

implantes não só reabilita o paciente, mas também traz um considerável

impacto positivo na situação psico-social do paciente que precocemente

perdeu seus dentes.

LEKHOLM (1983) apresentou um resumo dos procedimentos usados

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para a instalação de implantes. Os procedimentos foram divididos em: a)

análise pré-operatória, em que são avaliados condições da mucosa, morfologia

maxilo mandibular e história protética prévia combinada com análise

radiográfica da qualidade óssea e topografia do processo alveolar residual,

além de aspectos de saúde geral; b) procedimentos cirúrgicos que envolvem o

retalho, preparo do leito ósseo com alargamento gradual, preparo de roscas no

osso, instalação do implante e reposicionamento do retalho, sendo

imprescindível, para a ocorrência da osseointegração, que o implante

permaneça sem receber força durante o período de cicatrização por seis

meses na maxila e de quatro meses na mandíbula, após isso é feita a

instalação do transmucoso que é coberto pelo cicatrizador; c) procedimentos

protéticos, após duas semanas de exposição do transmucoso, com moldagem,

obtenção dos modelos de gesso, enceramento, adaptação da parte estética e

instalação da prótese, que é parafusada ao implante; e d) acompanhamento

clínico e radiográfico periódico para avaliação das condições gengivais e

higiene, estabilidade da prótese e oclusão. O autor concluiu que os

procedimentos clínicos envolvidos na técnica de instalação de implantes não

são difíceis de obter, mas devem ser feitos com o menor trauma e maior

precisão possível e que é necessário um acompanhamento para se obter

resultados mais previsíveis.

CREEKMORE; EKLUND (1983) descreveram um caso clínico cujo

objetivo foi o de verificar se um implante metálico poderia ser submetido à força

constante por um longo período sem que pudesse ser perdido, infectado,

tornar-se dolorido ou patológico. Um indivíduo do gênero feminino de 25 anos,

maloclusão Classe l com sobremordida acentuada, foi tratado por meio de

intrusão dos incisivos superiores. Foi utilizada ancoragem com implante

(Vitallium™) inserido na região da espinha nasal anterior. Foi obtida uma

intrusão dos incisivos de aproximadamente 6 mm e torque vestibular de mais

ou menos 25º em um ano. O parafuso não se movimentou durante o

tratamento. Os autores concluíram que ainda era prematuro o uso de implantes

como ancoragem para ser feito rotineiramente, mas que o objetivo da descrição

do caso clínico era o de fomentar a investigação sobre o uso da ancoragem

esqueletal como um meio válido e seguro em Ortodontia.

GRAY et al. (1983) fizeram um estudo com propósito de avaliar se

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implantes de Vitallium™ ou Bioglass™ resistiriam ao movimento quando

sujeitos às forças de magnitudes ortodônticas, comparar os desempenhos de

ancoragem entre os dois tipos de implante e observar as reações histológicas

na interface osso e implante e no osso adjacente. Foram implantados um total

de 6 pares de implantes Vitallium™ e 18 pares de Bioglass™ de 7 mm de

comprimento e 1,6 mm de diâmetro nos fêmures de 12 coelhos. Após um

período de quatro semanas, os implantes foram unidos por molas que

desenvolviam forças de 60 g, 120 g e 180 g. Vinte e oito dias após a colocação

das molas, os animais foram sacrificados e preparados para análise

histológica. Decorridos 28 dias iniciais, apenas dois dos 36 implantes de

Bioglass™ apresentavam mobilidade. Todos os implantes Vitallium™ estavam

estáveis. Os implantes não revelaram nenhum movimento estatisticamente

significante após o período de aplicação de força. Todos os implantes

permaneceram firmes no momento da remoção. Quando submetidos a exame

microscópico, os implantes Vitallium™ pareceram estar envolvidos por uma

cápsula de tecido conjuntivo fibroso. A superfície dos implantes de Bioglass™

em áreas corticais era imediatamente adjacente ao tecido ósseo sem cápsula

de tecido conjuntivo fibroso. Nas áreas medulares, o Bioglass™ era envolvido

por uma cápsula de tecido conjuntivo semelhante ao Vitallium™. Para ambos

os tipos de implante, osso compacto irregular recentemente formado poderia

ser visto adjacente ao implante e, também, poderia ser visto proliferando na

medula ao lado dos implantes como um colarinho de osso novo. Não foram

encontradas diferenças histológicas significantes entre implantes submetidos a

cargas diferentes, assim como evidências de alterações de tecidos

relacionadas com movimento.

ROBERTS et al. (1984), em experimento com coelhos, investigaram

uma técnica cirúrgica interiormente irrigada para preparar locais de implante

em osso cortical com os seguintes objetivos: avaliar a biocompatibilidade

óssea de um implante de titânio relativamente simples e barato; determinar um

período curativo adequado para atingir uma interface de osso rígida que possa

resistir a uma carga contínua; descrever a remodelação óssea após a

aplicação de uma carga e determinar parâmetros histológicos e relativos ao

tempo do ciclo de remodelação óssea cortical do coelho. Em cada fêmur dos

14 coelhos utilizados foram preparadas duas cavidades onde foram

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implantados parafusos de titânio puro de 3,2 mm de diâmetro e 8 mm de

comprimento. De um lado seria aplicada força e o outro lado seria o controle.

Após períodos de cura de 6, 8 ou 12 semanas, os implantes eram expostos e

ligados por uma mola de aço que gerava uma força de 100 g por um período

de quatro a oito semanas. Após esse período, os coelhos foram sacrificados e

os fêmures radiografados e preparados para avaliação histológica. Fotografias

estandartizadas foram feitas quando os implantes foram colocados e quando

os animais foram operados novamente para aplicar a carga. A distância entre

os implantes e a largura do córtex era medida em cada fotografia para

determinar a estabilidade dos implantes dentro do osso. Os resultados obtidos

mostraram que a técnica cirúrgica realizada com abundante irrigação preservou

a vitalidade óssea das margens das cavidades preparadas para receber os

implantes. Durante os primeiros três dias depois de cirurgia verificou-se

extensa formação de osso particularmente à margem endosteal do defeito

cirúrgico, indicando preservação de um alto grau de capacidade osteogênica.

Ao final de seis semanas, osso maduro e lamelar aproximou-se da superfície

do implante e uma interface rígida entre osso e implante foi alcançada. Todos

os implantes submetidos à força, com exceção de um, permaneceram rígidos.

Os autores concluíram que: a) implantes de titânio relativamente simples e

baratos desenvolvem uma conexão óssea rígida; b) seis semanas são um

período curativo adequado antes de submeter os implantes à carga para que

eles possam atingir estabilidade; c) implantes continuamente submetidos à

forças contínuas permanecem estáveis dentro do osso; d) formação de osso é

observada em superfícies periosteais sujeitas à forças de compressão, e) osso

trabecular orientado perpendicularmente aos implantes submetidos à força

correspondem aparentemente a linhas de tensão; f) osso secundário novo é

propagado ou se aproxima da superfície de implantes submetidos à força; g) o

ciclo de remodelação ósseo para o coelho é de aproximadamente seis

semanas que equivalem a quatro meses de reparação óssea no ser humano e

h) implante endósseos são potencialmente utilizáveis como ancoragem óssea

estável para Ortodontia e Ortopedia dentofacial.

TURLEY et al. (1988) investigaram o uso de implantes endósseos de

titânio como ancoragem ortodôntica e ortopédica usando técnicas

radiográficas, histológicas e marcadores ósseos. Este estudo se propôs a

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investigar o uso de implante de titânio endósseo como ancoragem para

movimentos ortodônticos e examinar a estabilidade quando colocados em

locais não tradicionais como palato, mandíbula do lado lingual, osso zigomático

e osso temporal. Implantes de titânio foram colocados em seis cães nas

seguintes regiões: a) rebordo mandibular na região de terceiro e quarto pré-

molares; b) cortical lingual mandibular na região de terceiro e quarto pré-

molares; c) palato, entre primeiro e segundo molares; d) osso temporal e e)

osso zigomático. Foram usados Implantes de 6,0 mm de comprimento por 4,75

de diâmetro instalado em dois estágios cirúrgicos e um menor de 6,0 mm de

comprimento por 2,4 de diâmetro em um estágio cirúrgico. Após um período de

20 semanas de cicatrização, bandas ortodônticas foram cimentadas. Arcos

segmentados e molas abertas foram colocados entre o implante e o segundo

pré-molar. A ativação semanal mantinha a força em aproximadamente 300 g.

Medidas clínicas, tomadas radiográficas periapicais e fotografias foram tiradas

a cada ativação. Do lado esquerdo do animal, molas subcutâneas foram

ativadas com 1000 g nos implantes temporais e zigomático. Dos 42 implantes

colocados, 24 permaneceram estáveis sendo que somente oito receberam

ativação; os demais serviram como controle. Todos os oito implantes de 6mm

de comprimento por 4,75 de diâmetro feitos em dois estágios mantiveram-se

estáveis, sendo que quatro implantados no rebordo mandibular sofreram carga

de 300 g após um período de cicatrização de 12 a 24 semanas. Exames

histológicos de 31 semanas mostraram formação óssea nas roscas e

compactação lamelar nas roscas do implante. O osso adjacente mostrou

atividade de remodelação óssea. Dos 34 implantes menores feitos em um

estágio, somente 16 se mantiveram estáveis: cinco intra bucais e 11 extra

bucais. Os resultados indicaram potencial ortodôntico e ortopédico de

ancoragem, uma vez que todos os implantes que sofreram carga mantiveram-

se estáveis durante o período de ativação de forças. O movimento ortodôntico

deu-se em torno de 0,6 mm a 4,0 mm sem movimentos detectáveis do

implante. Os implantes de 6mm x 4,67 mm de dois estágios mostraram 100%

de sucesso comparados com 47% dos implantes de 6mm x 2,4 mm de um

estágio. Esses implantes menores mostraram menor incidência de sucesso

quando implantados em áreas próximas de carga oclusal ou tecido não

queratinizado.

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ROBERTS; MARSHALL; MOZSARI (1990) relataram um caso clínico

onde um indivíduo do gênero masculino com 34 anos de idade apresentava a

ausência do primeiro molar permanente inferior direito. O tratamento proposto

para o caso foi a mesialização do segundo e terceiro molares utilizando como

ancoragem um implante na região do trígono retromolar. Após nove meses, o

implante foi submetido as forças intermitentes por um período de três anos, no

qual os molares foram mesializados 10-12 mm. No término do tratamento, o

implante foi removido e avaliado por tomada microrradiográfica e análise por

luz polarizada revelando que 80% da porção endóssea do implante estava em

contato com osso maduro. Marcadores ósseos mostraram uma alta taxa de

remodelação do osso cortical, que pode ser considerada a forma de manter a

osseointegração. Os autores também verificaram que não houve

movimentação do implante.

LINDER-ARONSON et al. (1990) estudaram experimentalmente

implantes de titânio como ancoragem ortodôntica. Foram usados dois macacos

adultos dos quais foram extraídos os dentes 46, 45 e 35. Na região dos 46 foi

instalado um implante de titânio de 7 mm segundo a técnica prescrita por

Brånemark. Após o período de dois meses foi aplicada força de 60 g entre o

implante e o dente 43. Como controle, a mesma força foi aplicado entre os

dentes 36 e 33. O tempo de aplicação de força foi de oito semanas. Os

espaços foram medidos, os animais sacrificados e foram realizados exames

histológicos das suas mandíbulas. Foi comprovada boa integração do osso ao

implante apesar da força aplicada. Os implantes não apresentaram

movimentação. Os molares que serviram como controle sofreram

movimentação. Os autores concluíram que este experimento demostrou que o

implante foi uma boa unidade de ancoragem.

HIGUCHI; SLACK (1991) avaliaram a eficiência de implantes de titânio

osseointegrados como unidades de ancoragem em sete indivíduos adultos

submetidos a tratamento ortodôntico: Cinco indivíduos do gênero feminino e

dois do masculino, com média de idade de 22 a 41 anos. Foram inseridos

implantes de titânio de 10 mm na região retromolar bilateralmente em seis

indivíduos e na região do primeiro molar em um paciente. Esses implantes

permaneceram em processo de cura por períodos de quatro a seis meses.

Após o nivelamento dos arcos, forças de protração ou retração foram aplicadas

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e ancoradas no transmucoso dos implantes. As forças variaram de 150 a 200 g

inicialmente e depois aumentadas para 400 g por implantes. Todos os

implantes permaneceram estáveis durante o tratamento. Dois implantes foram

usados protéticamente após o tratamento ortodôntico. Unidades de ancoragem

colocadas na região do primeiro molar também foram usadas para facilitar a

correção de um problema transversal. Em todos os indivíduos, as unidades de

ancoragem corresponderam efetivamente, permitindo a correção oclusal

programada. Cefalometricamente, as unidades de ancoragem não sofreram

qualquer tipo de movimentação.

WEHRBEIN; DIEDRICH (1993) avaliaram experimentalmente as

possíveis alterações teciduais da região peri-implante com respeito à

reabsorção e aposição óssea sob aplicação de força ortodôntica. Foram

utilizados dois cães adultos. Os terceiros pré-molares superiores e os terceiros

e quartos pré-molares inferiores foram extraídos. No decorrer de 12 semanas,

seis Implantes Brånemark (10 x 3,75 mm) foram posicionados nas áreas

edêntulas. Os implantes nas áreas dos quartos pré-molares inferiores serviram

como controle. Os implantes das regiões de terceiros molares serviram como

ancoragem para distalização dos segundos pré-molares. Após um período de

cura de 20 semanas, cicatrizadores foram inseridos. Depois de cinco semanas

os implantes e os segundos pré-molares foram unidos por uma mola Sentalloy

que apresentava força de tração constante de 2 N. O período de aplicação de

força foi de 26 semanas. Os animais foram sacrificados e exames histológicos

mostraram que não houve deslocamento significante dos implantes durante o

período de aplicação de força e, uma área estável de contato osso implante foi

mantida ao redor dos mesmos. Os autores concluíram que os implantes

osseointegrados são satisfatórios do ponto de vista da ancoragem ortodôntica.

SOUTHARD et al. (1995) compararam o potencial da ancoragem em

implantes osseointegrados com ancoragem baseada em dentes para intrusão.

Foram colocados implantes na região dos quartos pré-molares de oito cães

adultos. Após um período de três meses de cicatrização, foi colocado um

transmucoso soldado com bráquetes. O lado oposto foi usado como controle,

colando-se bráquetes nos terceiros pré-molares e quartos pré-molares. Foram

ajustados arcos de intrusão de aço conectados entre o implante e o terceiro

pré-molar e entre terceiro e quarto pré-molares do lado oposto com 50 a 60 g

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de forças intrusivas. Uma equivalente força extrusiva e uma dobra de

inclinação distal foram adicionadas aos dentes de ancoragem. Após sete

semanas, a força de intrusão foi aumentada para 100 g. As forças foram

monitoradas a cada duas semanas por um período de 16 semanas. Tomadas

radiográficas periapicais iniciais e finais com marcadores ósseos demonstraram

que os implantes permaneceram imóveis e que houve intrusão do terceiro pré-

molar com movimento distal dos ápices. No lado de ancoragem dentária,

ambos os ápices dos quartos pré-molares sofreram movimento mesial e os

ápices dos terceiros pré-molares moveram distalmente. Os autores concluíram

que o implante endósseo é superior à ancoragem dentária para movimentos de

intrusão e, ainda oferece potencial de intrusão para dentes anteriores em

adultos que apresentam ausência dos dentes posteriores. Os dentes de

ancoragem dentária sofreram movimentos adversos de inclinação distal e o

terceiro pré-molar não foi intruído.

BLOCK; HOFFMAN (1995), em um estudo com cães e macacos,

avaliaram dispositivos de ancoragem denominados Onplants™ para retração

anterior. Foi projetado um disco fino de titânio-alloy com hidroxiapatita

texturizado de um lado e com uma retenção tipo malha do outro para ser

colocado contra o osso a fim de facilitar a osseointegração. Como ele não é

colocado dentro do osso, pode ser indicado para indivíduos em vários estágios

de irrupção. O objetivo desse estudo foi demonstrar a efetividade desse

mecanismo em cães e macacos e determinar a capacidade do Onplants™,

uma vez biointegrado, de se manter estável sob forças ortodônticas. Dois

Onplants™ foram colocados no palato de dois cães. Após 10 semanas de

cicatrização, o parafuso cicatrizador foi removido e o pilar em forma de argola

foi adaptado com colocação de molas até os pré-molares bilateralmente com

11 onças de força. O controle foi semanal durante cinco meses quando os

animais foram sacrificados para avaliação histológica do osso ao redor dos

Onplants™. Já o objetivo do estudo nos macacos foi avaliar o uso dos

Onplants™ como ancoragem dos molares em uma situação similar à retração

anterior em humanos. Cinco macacos foram utilizados, sendo um controle.

Quatro Onplants™ foram instalados em cada macaco. Foram extraídos os

primeiros e segundos pré-molares bilateralmente. Duas barras palatinas em

metal fundido foram soldadas às bandas e encaixadas ao Onplant™ e duas

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encaixadas às bandas e aos Onplant™, foram colocadas em cada animal do

primeiro ao segundo molar oposto para se avaliar a perda de ancoragem de

ambos os molares. No animal controle foi colocado uma barra soldada somente

às bandas dos molares. Molas bilaterais foram ativadas com 250 g dos caninos

aos primeiros molares. Os resultados mostraram grande deiscência nos

Onplants™ com borda em 90° e infecção seguida de perda. Exa mes

histológicos não revelaram diferenças significativas entre os Onplants™ com

carga e sem carga. Os molares ancorados nos macacos moveram de 0,2 a 1,2

mm mensalmente e os não ancorados de 1,4 a 4,1 mm. Os caninos tanto do

lado ancorado como do outro não ancorado moveram em torno de 0,6 a 1,9

mm. A clássica filosofia ortodôntica que afirma que a barra transpalatina

sozinha serve como ancoragem é refutada no macaco controle. Os Onplants™

ofereceram absoluta ancoragem movimentando dentes sob uma força contínua

de 11 onças sem sofrerem qualquer movimento. Eles oferecem ancoragem

suficiente aos molares nos casos de ancoragem máxima.

SORENSON (1995) relatou um caso clínico em que um indivíduo do

gênero feminino de 39 anos foi encaminhado ao tratamento ortodôntico com

finalidade de obter espaço interoclusal para confecção de prótese fixa anterior.

Apresentava perda dos seis dentes anteriores superiores, relação molar Classe

II, curva de Spee acentuada com extrusão dos incisivos inferiores, espaço

entre os incisivos inferiores, desvio da linha mediana inferior para esquerda e

perfil aceitável. Os objetivos de tratamento foram: providenciar espaço para

prótese fixa anterior; nivelar e alinhar os dentes inferiores e fechar os espaços

anteriores e obter Classe I de molares, manter ou melhorar o perfil facial. O

plano de tratamento proposto foi a utilização dos implantes que seriam

instalados para fixação da prótese fixa anterior como ancoragem ortodôntica

para elásticos de Classe II. Esses elásticos seriam usados para mesializar os

dentes posteriores inferiores do lado direito ocupando os espaços inferiores e

evitando a retração dos incisivos, o que iria comprometer o perfil. Dois

implantes Brånemark™ de 21 mm foram instalados na região dos caninos

superiores. Após cinco meses iniciou-se a montagem do aparelho inferior do

tipo Edgewise. Cinco meses depois, os implantes foram descobertos e uma

barra de conexão foi ligada a eles, o que serviu de retenção para uma prótese

removível provisória. Para mesialização dos dentes posteriores inferiores foram

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usados elásticos Classe II de bráquetes colados nos caninos da prótese

provisória aos molares inferiores. Os resultados obtidos foram aceitáveis. A

abertura da mordida proporcionou espaço para prótese fixa anterior, os

espaços inferiores foram fechados e foi obtido o nivelamento e alinhamento do

arco inferior e a Classe l de molares. Os implantes não apresentaram

movimentação. O autor concluiu que os mesmos podem servir efetivamente

como ancoragem ortodôntica para várias magnitudes de força. São

confortáveis e fáceis de serem ligados ao aparelho ortodôntico.

FERNÁNDEZ VALERÓN; FERNÁNDEZ VELAZQUEZ (1996) publicaram

um caso clínico em que foram utilizados implantes no tratamento ortodôntico e

reabilitação em um indivíduo do gênero feminino de 35 anos de idade. Ela

apresentava ausência de dentes posteriores e periodontite moderada, o que

ocasionou protrusão dos dentes anteriores e diminuição da dimensão vertical.

Foram instalados implantes padrão Brånemark™ que serviram como

ancoragem ortodôntica para retração dos dentes anteriores e posteriormente

foram usados para reabilitação. Aguardou-se um período de seis meses para

osseointegração antes da aplicação da força ortodôntica que não passou de

250 g. O período de tratamento foi de 12 meses. Não se notou nenhum sinal de

falha na osseointegração ou perda óssea. Os autores concluíram que, uma vez

obtida a osseointegração, os implantes proporcionam ancoragem ortodôntica

estável.

WEHRBEIN et al. (1996) descreveram um sistema de implante

especialmente projetado para ancoragem ortodôntica denominado:

Ortosystem™. O sistema foi aplicado em um grupo de seis pessoas que seriam

submetidas a tratamento ortodôntico para correção de Classe II por meio de

extrações dos primeiros pré-molares e retração anterior. Um implante de titânio

de 4 ou 6 mm de comprimento por 3,3 mm de diâmetro, com superfície tratada

por jateamento e ataque ácido. O local de implantação foi a região palatina

mediana entre os pré-molares. O implante foi inserido num ângulo de 60° com

o plano palatal em um procedimento cirúrgico de fase única. Após um período

de três meses sem movimentação ortodôntica, um arco transpalatino uniu os

dentes posteriores ao implante, fornecendo ancoragem ortodôntica necessária.

Durante e após o tratamento ortodôntico, o implante não apresentou

mobilidade. No final do tratamento ativo, verificou-se por sobreposições

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cefalométricas que não houve movimentação do implante. Os dentes anteriores

foram retraídos cerca de 8 mm e os pré-molares movimentaram-se

mesialmente cerca de 0,5 mm. Os autores concluíram que o sistema

Orthosystem™ foi de fácil utilização tanto pelo cirurgião quanto pelo

ortodontista. A ancoragem proporcionada foi comparável às obtidas pelo uso

de aparelhos extrabucais ou elásticos Classe II, mas sem a necessidade de

colaboração. Não houve necessidade de montagem de aparelho fixo na arcada

inferior.

ROBERTS; ARBUCKLE; ANLOW (1996) avaliaram implantes

retromolares que serviram de ancoragem para fechar os locais de extração do

primeiro molar em cinco pacientes adultos. As quantidades referentes ao

fechamento do espaço unidirecional para os segundos molares inferiores foram

avaliadas através de tomadas radiográficas periapicais, sobrepostas em pontos

de referência anatômicos e implantes com ancoragem retromolar. A análise de

regressão revelou que o deslocamento mesial da area da raiz média e da raiz

principal foi menos variável (r=0,97) do que para outros pontos de referência

sobre os mesmos dentes: coroa (r=0,83), crista alveolar (r=0,82), ou ápice

(r=0,90). Quando o movimento radicular mesial (verticalização) constituiu a

característica principal do mecanismo inicial (4 dos 5 pacientes), o movimento

mesial do ápice foi de aproximadamente 0.60 mm/m durante os 8 primeiros

meses e apresentou um decréscimo de aproximadamente 0.34 mm/m, visto

que o movimento da raiz distal do segundo molar comprometeu o osso

relativamente compacto formado pela raiz principal (mesial). Durante o último

ano de fechamento do espaço, a área radiolúcida foi observada 1-2 mm á

frente da raiz distal. Estes dados sugerem que a translação ortodôntica segura

compreende uma manifestação fisiológica durante a modelagem e

remodelação óssea do processo alveolar adjacente, e a quantidade de

translação do molar inferior é inversamente proporcional à densidade

radiográfica aparente do osso alveolar resistente.

WEHRBEIN et al. (1997) investigaram experimentalmente a estabilidade

de mini-implantes submetidos à ação de forças ortodônticas na região alveolar

posterior da maxila e na linha sagital mediana do palato após um período

relativamente curto de cicatrização. Seis pré-molares superiores de dois cães

foram extraídos e a altura do osso alveolar foi reduzida. Após 16 semanas de

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cicatrização, quatro implantes foram colocados em cada cão em áreas

edêntulas e um na sutura palatina por cirurgias de estágio único. Barras

palatinas passando anteriormente foram fixadas aos implantes após oito

semanas de cicatrização dos mesmos. Durante 26 semanas uma força de 2 N

foi aplicada por molas de Sentalloy inseridas médio sagitalmente entre os

implantes palatais e a barra. A avaliação clínica e histológica revelou que não

houve deslocamento dos implantes com carga. Não houve mobilidade dos

implantes nem no período de cicatrização ou mesmo no período de forças

aplicadas. Os resultados sugeriram que os mini-implantes inseridos em osso

alveolar e região da sutura palatina mantêm a estabilidade durante aplicação

de forças ortodônticas de longa duração, mesmo tendo um tempo de

cicatrização relativamente curto. Os autores sugeriram que forças ortodônticas

de longa duração podem induzir aposição óssea marginal adjacente aos

implantes.

MAZZOCCHI; BERNINI (1998) relataram três casos clínicos em que

foram usados implantes como ancoragem ortodôntica para mesializar dentes

posteriores que posteriormente serviram para substituição de dentes ausentes,

e desimpactar um pré-molar retido. Foi utilizado o sistema de implantes ETA

Exacta™ que está disponível nos diâmetros de 3,3, 4 e 4,7 mm e

comprimentos de 9, 11,13 e 15 mm. Esse sistema possui transmucoso de

acrílico que permite a adaptação de bandas ortodônticas ou coroas temporárias

de forma simples. Após a instalação dos implantes foi aguardado um período

de cura de quatro meses na mandíbula e seis meses na maxila antes da

aplicação de força. Os autores citaram como vantagens do sistema usado:

conforto para o indivíduo que se submete ao tratamento, baixo custo, estética,

baixa ocorrência de quebras, baixa freqüência de ajuste e procedimento clínico

sem necessidade de instrumentos especiais para inserir o transmucoso. Como

desvantagens apresentaram: custo do procedimento cirúrgico, tempo de cura

do implante e a recomendação de que o indivíduo tivesse mais de 18 anos

para colocação dos mesmos.

WEHRBEIN et al. (1998a) estudaram a interface entre as estruturas

ósseas e a superfície do implante sujeito à aplicação prolongada de forças

oblíquas em humanos. Os autores descreveram os resultados histológicos do

primeiro paciente tratado por meio do Straumann Orthosystem™ instalado em

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1994. Quatro indivíduos com idades entre 18 e 27 anos foram tratados

ortodonticamente para correção de maloclusão de Classe II. Para a ancoragem

ortodôntica, quatro implantes médios palatais e dois retromolares foram

colocados através da mucosa usando o Straumann Orthosystem™. O aparelho

ortodôntico consistia em arcos transpalatinos ou linguais conectados aos

implantes por meio de uma tampa. Durante a terapia ortodôntica, os implantes

foram submetidos à forças horizontais de magnitude de 2 a 6 N. Os implantes

foram usados no período de 8 a 20 meses após bem sucedida osseointegração

(três meses). Depois de completado o tratamento ortodôntico, os implantes

foram removidos juntamente com uma camada de osso de 0,4 mm de

espessura ao redor deles e preparados para avaliação histológica. Foram

encontrados sinais de boa osseointegração com bom contato entre o implante

e o osso. Sinais de remodelação foram claramente visíveis na interface do

implante e ao longo da superfície do mesmo. Foi obtido um valor médio de

75,5% de contato direto osso/implante, variando entre 34% a 93%. Nas áreas

da sutura palatina mediana foi obtido um valor médio de 79,3% e para área

retromolar o valor médio foi de 68%. Os dados do estudo revelaram que os

implantes ortodônticos estavam bem integrados ao osso após um longo

período de força. Para isso, o processo de cura para osseointegração foi pré-

requisito. Embora o comprimento dos implantes fosse pequeno e a capacidade

de remodelação da área da sutura palatina mediana serem menores que do

processo alveolar, o desenho do implante combinado com a superfície jateada

e tratada com ácido providenciaram estabilidade suficiente. Embora forças

leves tenham sido aplicadas sempre de forma ortogonal ao longo eixo do

implante, eventualmente, forças da língua, durante a higiêne e a alimentação

podem ter aumentado a carga oblíqua sobre os implantes.

WEHRBEIN; MERZ (1998b) estudaram o uso de implantes palatinos do

tipo Orthosystem™ na terapia ortodôntica conforme os seguintes aspectos: 1 -.

Quantidade e qualidade óssea na região da sutura palatina mediana: os

autores verificaram três variedades morfológicas na região da sutura palatina

mediana: a) sutura larga com corticais ósseas paralelas entre si; b) sutura mais

estreita com maior quantidade de interdigitação e c) sutura estreita com alto

grau de interdigitação. O primeiro tipo é encontrado em adolescentes mais

velhos e os outros dois tipos em adultos na terceira e quarta década de vida,

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sendo que o último tipo é o mais adequado para instalação de implantes devido

à maior possibilidade de obtenção de estabilidade primaria e quantidade de

superfície de ancoragem. A quantidade de osso na região palatina mediana

pode ser avaliada na tomada radiográfica cefalométrica e em geral é 1 ou 2

mm mais alta do que a indicada na imagem. Demanda relacionada ao desenho

do implante: o implante de titânio puro é o elemento de escolha. Devido ao seu

pequeno comprimento, o implante é auto rosqueável com a superfície jateada e

ácido atacada para obtenção da estabilidade primária após instalação

(aumento da superfície de contato). A cirurgia de instalação do implante é de

fase única, o que minimiza o estresse do indivíduo que se submete ao

tratamento. Modalidades de tratamento ortodôntico: pode ser usado em

qualquer caso sem que seja necessário lançar mão de recursos adicionais de

ancoragem como aparelhos extrabucais e elásticos de Classe II, reduzindo

também o número de dentes incluídos na colagem. Foram descritos casos

clínicos de dois indivíduos do gênero feminino tratados ortodonticamente com

ancoragem baseada no Sistema Orthosystem™. Uma adolescente de 16 anos

apresentava maloclusão Classe II e necessitou de avulsões de dois pré-

molares superiores. A outra, de 30 anos era portadora de maloclusão Classe III

com assimetria do arco superior. O plano de tratamento era orto cirúrgico e o

sistema de implante para ancoragem foi utilizado para auxiliar na distalização

de um segmento posterior e obter a simetria do arco superior. Estudos

histológicos realizados após a remoção dos implantes demonstraram alto grau

de contato implante osso, algo entre 34% a 93% com média de 75%.

Considerações periodontais: as unidades de ancoragem que receberam reforço

de implantes apresentaram vantagens como: redução de movimentos de

vaivém causados pelo uso intermitente do extrabucal ou elástico Classe II;

diminuição do número de dentes bandados; possibilidade de retração em

massa diminuindo o tempo de tratamento e aplicação em casos de suporte

periodontal reduzido. Os autores concluíram que a ancoragem proporcionada

pelos implantes reduziu o tempo de tratamento, diminuiu a necessidade de

vários aparelhos, proporcionou melhoria na estética e a cirurgia é pouco

invasiva causando menos estresse aos indivíduos que se submetem ao

tratamento.

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COSTA et al. (1998) descreveram a utilização de mini-parafusos como

unidades de ancoragem ortodôntica. Foram avaliados 14 indivíduos com 16

mini-parafusos instalados. Foram usados parafusos de 2 mm de diâmentro e 9

mm de comprimento. Na cabeça do parafuso encontravam-se 2 sulcos de

0,022” X 0,128”. As inserções foram feitas diretamente sobre a mucosa sem a

necessidade de retalhos, com brocas de 1,5 mm de diâmetro e o parafuso era

posteriormente inserido de forma manual com uma chave. Os locais descritos

para implantação dos mini-parafusos foram: na maxila, abaixo da espinha nasal

anterior para vestibularização de incisivos; na sutura palatina mediana;

lateralmente à sutura palatina na região do canal do nervo incisivo para

retração e intrusão de incisivos vestibularizados e sobre irrompidos,

mesialização de dentes posteriores e reforço de ancoragem de dentes

posteriores; na crista infrazigomática da maxila para retração e intrusão dos

dentes anteriores e para intruir molares que sobre erupcionaram devido à

perda dos antagonistasl; na mandíbula, região retromolar para estabilizar a

dentição no caso de mesialização dos segundos e terceiros molares, para

fechamento de espaço no caso de perda do primeiro molar ou controle vertical

nos casos de verticalização de molares; em regiões edêntulas do processo

alveolar para permitir movimentações detárias sem interferir no restante dos

dentes; na região anterior da sínfise mandibular para permitir movimentos de

vestibularização e intrusão dos incisivos ou servir de ancoragem indireta. Em

todos estes casos a aplicação de carga poderia ser imediata. Os autores

verificaram baixa irritação em relação a outros tipos de ancoragem

transmucosas e relativamente fáceis de serem controladas com uso de

clorexidina. Outras vantagens foram a fácil inserção e remoção. Durante o

estudo, 2 parafusos foram perdidos. As perdas foram associadas a situações

em que os momentos de força gerados atuam no sentido de desrosquear os

parafusos. Os autores concluíram que os mini-parafusos são uma alternativa

de ancoragem em relação às outras formas de implantes.

UMEMORI et al. (1999) introduziram o uso de mini placas como

ancoragem em Ortodontia. Relataram dois casos clínicos onde houve intrusão

de molar para correção de uma mordida aberta. Mini placas de titânio foram

fixadas no osso cortical vestibular em torno da região apical entre os primeiros

e segundos molares inferiores. Uma cadeia de elastômero foi fixada do tubo

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molar à mini-placa propiciando força de intrusão para reduzir a excessiva

extrusão dos molares. Os mesmos foram intruídos cerca de 3 a 5 mm

promovendo o fechamento da mordida aberta anterior. Uma das vantagens

desse tratamento consiste em evitar a cirurgia ortognática da maxila em

ambiente hospitalar, que consiste no tratamento clássico de mordida aberta em

adultos. O procedimento de intrusão dentária promove o fechamento da

mordida, sendo realizado em consultório, oferecendo menor trauma e menor

custo. Apresenta as mesmas desvantagens dos mini implantes, ou seja, risco

de infecção e possibilidade de afrouxamento dos parafusos. Finalmente os

autores concluíram que o propósito do trabalho foi demonstrar o fechamento de

mordida aberta bilateral com uso de mini-placas de titânio como ancoragem

para intrusão dos molares inferiores.

WEHRBEIN et al. (1999a) compararam a espessura óssea da região

sagital do palato, clínica e radiograficamente. Doze indivíduos foram

implantados com o sistema Straumann Ortho de implantes. Clinicamente foi

feita uma sondagem da cavidade que receberia o implante para avaliar

possíveis perfurações da cavidade nasal. Foram feitas telerradiografias e

cefalogramas laterais. Foram avaliados: a posição e angulação do implante e a

distância entre a borda craniana do implante e a borda mais craniana do

complexo palatino. Os resultados permitiram concluir que existe suporte ósseo

adequado na secção anterior e média da região médio sagital do palato para

implantes de 4 a 6 mm de comprimento endósseo e diâmetro de 3,3 mm e que

o suporte ósseo é pelo menos 2 mm mais alto do que o indicado nos

cefalogramas.

WEHRBEIN et al. (1999b) avaliaram, em um estudo prospectivo, a

capacidade de ancoragem de implantes do sistema Orthosystem inseridos

palatalmente para reforço da ancoragem dos dentes posteriores. A amostra

constituiu-se de nove indivíduos classe II dentária de ¾ ou cúspide completa,

idades entre 15 e 35 anos com boa higiene bucal e que se recusavam a utilizar

o aparelho extra bucal. Em cada paciente foi inserido um implante no centro do

palato anterior. A escolha do tamanho dos implantes foi baseada na altura

óssea da região anterior do palato analisada no cefalograma. Após um período

médio de três meses de cicatrização do implante sem carga, foram inseridas

barras transpalatinas para conectar os dentes posteriores ao implantel. A

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retração dos incisivos e caninos foi alcançada sem o uso de outro tipo de

ancoragem. A força utilizada foi de 1,5 N de cada lado inicial nos caninos e 2 N

de cada lado para retração em massa. O grau de perda de ancoragem bem

como a quantidade de retração de canino e incisivo foram avaliados pelas

medidas dos modelos e dos cefalogramas laterais. Os implantes foram

removidos com uma leve camada de osso e avaliados histológicamente. Os

resultados obtidos foram: a perda média de ancoragem foi de 0,7 mm no lado

direito e de 1,1 mm no lado esquerdo (p< 0,05) e no cefalograma foi de 0,9

mm; nos caninos direito e esquerdo foram retraídos 6,6 mm e 6,4 mm

respectivamente; a redução média do trespasse horizontal foi de 6,2 mm;

histologicamente verificou-se íntimo contato entre o osso lamelar maduro e o

implante. Os autores concluíram que os procedimentos de instalação e

remoção dos implantes são simples e rápidos; os implantes mantiveram sua

estabilidade durante o tratamento; a perda de ancoragem foi pequena quando

comparada à quantidade de retração anterior e dos caninos e provavelmente

associada à deformação da barra transpalatina pela movimentação ortodôntica;

o tempo de tratamento foi menor (tempo médio de 11 meses) devido a

possibilidade de retração em massa.

CELENZA; HOCHMAN (2000) fizeram considerações sobre os dois tipos

de implantes indiretos para ancoragem: o OnPlant™ (NobeIBioCare) e o

Ortholmplant™ (Straumann USA). O OnPlant™ assemelha-se a um botão

(diâmetro de 8 e 10 mm) onde sua parte inferior é recoberta por hidroxiapatita

para integração com o osso palatino, Esse botão é instalado sob a mucosa, em

contato direto com o osso, e permanece para integração por quatro meses.

Após esse período, sua parte superior é descoberta e um modelo de

transferência é realizado para que o sistema de ancoragem, que consiste em

barras palatinas ligando os dentes ao Onplant™, seja construído. No final do

tratamento, é removido, rebatendo-se o retalho e destacando o implante. Pelas

suas características, o OnPlant™ é considerado um implante subperiostal, O

Ortholmplant™ é um implante endósseo com superfície jateada e ácido tratada,

que é rosqueado numa loja cirúrgica realizada no palato. Possui comprimentos

de 4 ou 6 mm e diâmetro de 3,3 mm. Após sua colocação, não é recoberto por

nenhum tipo de retalho, permanecendo coberto por um parafuso de cobertura.

Após um período de osseointegração de três meses, pode ser submetido às

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forças ortodônticas. Para confecção do sistema de ancoragem, também é

usado um modelo de transferência. Por ser endósseo, sua osseointegração é

mais confiável em relação ao OnPlant™. Os autores utilizaram três implantes

de cada tipo, entretanto somente os Ortholmplant™ chegaram a ser

submetidos à força. Dois OnPIants™ não se integraram e o outro foi perdido no

procedimento de moldagem. Um dos Ortholmplant™ foi perdido devido a

parafunção, mas foi recolocado e pode ser utilizado. Os autores relataram que

o sistema Ortholmplant™ apresentou maior facilidade de trabalho, sendo

menos sensível a manipulação, principalmente em relação à moldagem de

transferência. Por permanecer descoberto apresenta maior facilidade de

controle da osseointegração, o que não acontece com o OnPlant™, que

somente pode ser avaliado quando exposto. Os autores concluíram que os

ortodontistas estão sendo beneficiados com a inclusão dos implantes para

ancoragem no seu arsenal terapêutico. Com a preservação de ancoragem

garantida, a mecânica ortodôntica fica mais previsível, simples, diminui o tempo

de cadeira e elimina recursos adicionais como aparelhos extra-bucais, placas

lábio ativas e botões de Nance. Elimina também a necessidade de colaboração

do paciente.

BERNHART et al. (2000) avaliaram, por meio de tomografia

computadorizada, o volume ósseo da região anterior do palato para a

colocação de implantes com finalidade de ancoragem ortodôntica. As medidas

foram usadas como base para o procedimento cirúrgico e comparadas com

resultados clínicos obtidos durante a inserção dos implantes. Foram avaliados

22 indivíduos (quatro gênero masculino e 18 gênero feminino) com idades

entre 13 e 48 anos que foram incluídos no estudo devido ao fato de

necessitarem de tratamento ortodôntico que exigia ancoragem máxima na

maxila. As medidas avaliadas foram as seguintes: no plano sagital mediano

quatro medidas foram tomadas (3, 6, 9 e 12 mm), perpendiculares a superfície

do palato, no lado bucal, tomando como ponto de partida a borda posterior do

forame incisivo. Para cada uma dessas medidas, outras três (3, 6 e 9mm)

foram tomadas no plano transversal de cada lado do plano sagital mediano

(usado como ponto de referência). A altura óssea foi avaliada a partir do palato

tendo como limite superior o assoalho nasal, excluindo o septo nasal e nas

laterais, a cortical oposta do assoalho nasal, cortical oposta do processo

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alveolar e raízes de dentes adjacentes. Para cada um dos indivíduos, o melhor

posicionamento do implante foi determinado a partir da borda posterior do

forame incisivo, de acordo com área de maior volume ósseo. Essa medida foi

transferida durante o ato cirúrgico por meio de um calibrador. Após a

perfuração, a loja óssea era sondada para avaliação de possíveis perfurações.

Foram encontrados os seguintes resultados: a) a maior média de volume ósseo

na região paramediana (7,88 mm) foi encontrada no plano três a uma distância

de 3 mm da linha média, e o maior valor absoluto foi de 16,1 mm encontrado

também no plano três, mas a 6 mm da linha média; b) a menor média (3,15

mm) foi encontrada no plano 12 a uma distância de 6 mm da linha média e o

menor valor absoluto foi 0,5 mm medido no plano nove a 9 mm da linha média;

c) em relação a idade nenhuma correlação significativa foi encontrada para as

medidas; d) o risco de uma raiz limitar o volume ósseo disponível decresce a

medida que se desloca para planos posteriores, por exemplo o risco no plano

seis a distância de 9 mm é metade do plano três a distância de 9 mm e no

plano nove a distância de 9 mm è de um terço do plano 3 a 9 mm. Baseado

nos resultados das medidas, 21 indivíduos puderam ser submetidos a

instalação de implantes de ancoragem com 3 e 4 mm sem risco de perfuração

da cavidade nasal, o que foi confirmado clinicamente por sondagem durante o

ato cirúrgico. Apenas um indivíduo (20 anos de idade) teve seu plano de

tratamento alterado devido ao pequeno volume ósseo apresentado. Os autores

concluíram que devido a localização de implantes para ancoragem na região

da sutura palatina mediana ser limitada a pacientes jovens no final de

crescimento e adultos, a região paramediana pode ser perfeitamente utilizada

para esse fim, nos planos seis e nove a uma distância de 3 e 6 mm

respectivamente. Não foi constata nenhuma relação do volume ósseo com a

idade. Os autores recomendam que seja realizada uma avaliação pré-

operatória com Tomografia Dental Computadorizada pela variação individual.

SAITO et al. (2000) determinaram o potencial de ancoragem do implante

de titânio de 3,75mm de comprimento por 7 mm de diâmetro (Brånernark) na

técnica do arco seccionado para movimento dentário ortodôntico mesiodistal.

Dois implantes foram colocados cirurgicamente em locais cicatrizados de

extração do segundo e terceiro pré-molares em cada lado da mandíbula de

quatro cães. Os implantes foram expostos cirurgicamente após 18 semanas,

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foram inseridos pilares segundo estágio com tubos Edgewise soldados. Foram

colocados fios retangulares segmentados com uma alça em T ou uma alça em

L entre os implantes e os quarto pré-molares em ambos os lados como uma

unidade de ancoragem. Um segmento em cada cachorro serviu como lado de

carga, e o fio calibrado para produzir 200 g de força lateral sobre o quarto pré-

molar. O segmento contralateral serviu como controle e não foi submetido à

força ortodôntica, Os fios seccionais foram ativados quinzenalmente, em 24,

28, e 32 semanas, respectivamente, dependendo da magnitude e o

aparecimento de movimento de inclinação mesial do quarto pré-molar. Após a

obtenção das moldagens inferiores para medir a distância entre o primeiro

molar e o quarto pré-molar, os animais foram sacrificados e as mandíbulas

dissecadas foram preparadas. A seguir, os espécimes foram envolvidos com

resina de poliéster e cortados para obtenção de imagens por irradiação

induzida por elétron. Com base nessas imagens, foi calculada a porcentagem

de volume ósseo do peri implante e definida como um índice de

osseointegração. As diferenças entre as distâncias iniciais e o final do quarto

pré-molar para o primeiro molar foram de 7,40 mm, 8,85 mm, 10,50 mm, e 3,30

mm no lado com carga considerando que o lado sem carga não mostrou

movimento. Não só não houve diferença estatística na porcentagem de volume

ósseo peri implante entre os lados com carga e sem carga, como também não

houve nenhuma diferença estatística entre os lados de compressão e tensão

em ambos os implantes com carga e sem carga, o que sugeriu que os

implantes mantiveram uma ossisintegração rígida. Concluindo, o presente

estudo demonstrou que os implantes endósseos de titânio podem funcionar

como apoios para movimento ortodôntico mesio distal de longo prazo.

DAIMARUYA et al. (2000) elaboraram um estudo em cães com objetivo

de avaliar os efeitos da intrusão dos molares sobre o feixe vásculo nervoso

mandibular, o nível de osseointegração dos parafusos usados e a reabsorção

radicular desses molares. Foram utilizados 12 cães de 12 meses de idade.

Foram fixadas mini placas na borda inferior da mandíbula por vestibular e um

parafuso por lingual. Após três meses de cura sem aplicação de força os

molares começaram a ser intruídos com utilização de molas fechadas entre os

ganchos das mini placas e coroas adaptadas aos dentes. A força usada variou

de 150 a 200 g por um período de quatro ou sete meses dependendo do grupo.

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Após estudos radiográficos e histológicos, verificou-se uma intrusão média de

2,1 mm após quatro meses e 3,4 mm após sete meses. O feixe vásculo

nervoso reposicionou-se inferiormente em relação ao controle. Quantidades

crescentes de reabsorção apical (até 1/3 da superfície apical) foram

encontradas de acordo com o tempo, mas todas apresentando reparo por

cemento. A diminuição do comprimento radicular foi de 0,1 mm ± 0,1 mm após

sete meses. Os parafusos apresentavam-se estáveis e osseointegrados. Os

tecidos moles peri implante apresentaram leve reação inflamatória. Concluiu-se

então que: mini placas de titânio podem manter-se na cavidade bucal sem

reação inflamatória severa ao redor do implante; a reabsorção radicular é

mínima e reparada por cemento; o feixe vásculo nervoso mandibular não foi

danificado e reposicionou-se com movimento dentário.

SINGER et al. (2000) estudaram os efeitos de implantes de Branemark

em pilares zigomáticos da maxila de um indivíduo do gênero feminino com 12

anos e um mês de idade, com maloclusão Classe III e retrusão maxilar

proveniente de um retardo de crescimento pela reparação da fissura labial

unilateral e fenda de palato. Após um período de espera de 6 meses após a

implantação foi foram colocados suportes feitos sob medida que foram

projetados dentro do sulco bucal. Uma tração elástica (400 g de cada lado) foi

aplicada sobre a máscara facial a partir dos implantes a 39 graus em relação

ao plano oclusal, durante 14 horas por dia, no período de oito meses. A maxila

moveu 4 mm para baixo e para frente, com rotação anterior durante o

deslocamento. A mudança no plano oclusal superior resultou em uma abertura

secundária da mandíbula. Houve um aumento de 2 graus no ângulo Plano

Sela-Násio em relação ao Plano Mandibular e um aumento de 9 mm da

distância nasal para o mento. Houve um aumento da proeminência nasal à

medida que a maxila avançou que resultou em um aumento da convexidade

facial. Não houve alterações dentárias. O tratamento se manteve estável por 1

ano e o perfil do paciente melhorou aos 13 anos e 6 meses.

PARK et al. (2001) descreveram um caso clínico de um indivíduo do

gênero feminino de 28 anos portadora de maloclusão Classe l com biprotrusão

dento alveolar. Foi realizada a extração dos quatro primeiros pré-molares e

retração anterior usando micro implantes para controle de ancoragem. Foram

implantados micro parafusos de 1,2 mm de diâmetro por 6 mm de comprimento

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na vestibular do osso alveolar entre os segundos pré-molares e primeiros

molares na maxila e entre primeiros e segundos molares na mandíbula. Para

evitar danos às raízes, esses parafusos são inseridos num ângulo de 60º com

os dentes. Assim os 5 mm de imersão em osso do parafuso correspondem a

apenas 2,5 mm de aprofundamento real na maxila e na mandíbula. Após duas

semanas, os implantes já foram submetidos à força. Na maxila, os implantes

foram usados para retração do segmento anterior com uma força de 200 g e na

mandíbula, para controle vertical posterior sendo ligados ao arco mandibular.

Após 18 meses de tratamento, a paciente apresentou boa relação dentária e

esquelética com redução da protrusão labial decorrente de retração de corpo

dos incisivos. Os autores concluíram que o uso de micro implantes traz como

vantagens a não necessidade de colaboração no uso de aparelhos extra-

bucais; melhora rápida do perfil estimulando o indivíduo a colaborar; rapidez no

tratamento por permitir a retração simultânea dos dentes anteriores; menor

tempo de cadeira e ancoragem absoluta para o movimento ortodôntico.

GEDRANGE et al. (2001) publicaram um estudo cujo objetivo foi o de

determinar a resistência de ossos jovens à aplicação de um ou dois pontos de

força. Para a realização desse propósito, os seguintes parâmetros foram

investigados em um experimento animal dependendo da idade: tamanho,

número e posição de discos implantados e resistência máxima do osso palatino

à força aplicada. A justificativa, segundo os autores, foi que implantes na região

da sutura palatina têm sido usados para promover ancoragem ortodôntica

estática. O problema inerente a esse tipo de ancoragem em indivíduos em

crescimento é a dificuldade em não provocar danos aos tecidos suturais de

forma a não prejudicar o crescimento da sutura palatina. Foram usados 75

crânios de porcos para exame de resistência. Os crânios foram divididos em 12

grupos. Cada grupo continha de cinco a sete crânios dependendo do diâmetro

do disco (3 e 5 mm), do número de disco tipo Onplant™ (um ou dois), e da

idade dos animais (recém-nascido, jovem ou adulto). A sutura palatina mediana

dos animais utilizados é similar a dos humanos. A qualidade de osso e tensão

na sutura palatina mediana de animais recém-nascidos corresponde a das

crianças de cinco a sete anos; porcos de seis a oito semanas, a das crianças

de 9 a 12 anos e de porcos de 16 semanas a dos adolescentes de 17 anos.

Discos de aço inoxidável de 3 e 5 mm de diâmetro correspondentes a

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Onplants™ foram usados no teste de tensão. A tensão foi aplicada diretamente

sobre o osso do palato na sutura palatina mediana ou na região paramediana

por dois implantes na região de pré-molares. Uma força estática foi aplicada

aos implantes, até que algum dano ocorresse no palato duro (deformação e

fratura). Os resultados em relação à tensão provocada por implantes na região

da sutura palatina mediana demonstraram que usando o método de um ponto

(3 mm de diâmetro) foi possível constatar danos com forças relativamente

baixas nessa região em animais recém-nascidos e jovens. Ambos os lados do

osso palatino e o septo nasal foram danificados, enquanto o complexo naso

maxilar dos animais adultos mostraram conformação estável até a aplicação de

força de 45 ± 2 N. Um significante aumento de resistência da sutura palatina foi

verificado quando o diâmetro do disco foi aumentado para 5 mm. Esse

aumento de resistência foi mais significativo para animais jovens onde o limite

de resistência quase alcançou de animais adultos. No caso de tensão por dois

implantes paramedialmente na região da sutura palatina mediana, o risco de

fratura óssea não pode ser evitado pela colocação paramediana de implantes

de 3 mm. Com o aumento do disco para 5 mm, aumentou a resistência à

tensão significativamente em animais recém-nascidos e jovens. A deformação

palatina com dois discos foi menor quando comparada a um ponto de aplicação

de força. Os autores concluíram que para a inserção de implantes com o

propósito de ancoragem na região da sutura palatina mediana, o osso deveria

ter um grau de maturidade e resistência que só é atingido em humanos por

volta dos 16 anos de idade. Durante o período de desenvolvimento precoce,

Onplants™ submucosos de 5 mm de diâmetro ou dois implantes de 3 mm de

diâmetro com localização paramediana deveriam ser usados para distribuição

da tensão sobre o palato. Onplants™ com diâmetro de 5 mm permitem

suficiente ancoragem e podem ser usados em pacientes jovens.

LEE et al. (2001) descreveram um caso clínico de um indivíduo de

gênero feminino de 19 anos de idade, maloclusão Classe lI com mordida aberta

e biprotrusão dento alveolar. O plano de tratamento consistiu na avulsão dos

primeiros pré-molares superiores e dos segundos pré-molares inferiores. Foi

utililzada mecânica de Classe II com aparelhagem lingual e utilização de um

implante palatino para ancoragem (1,2 mm de diâmetro por 10 mm de

comprimento) no osso alveolar entre o primeiro molar e o segundo pré-molar.

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Para evitar danos às raízes dos dentes os micro-implantes foram posicionados

30-40° em relação à superfície do osso. A retração anterior foi realizada

ligando-se o micro implante a um arco deslizante por uma mola de Níquel-

titânio. Houve relato de maior conforto com os micro-implantes do que em

relação ao arco transpalatino que foi usado no início do tratamento. Foram

obtidas sobremordida e sobressaliências normais. O tempo total de tratamento

foi de 16 meses. O caso demonstrou que os micro-implantes podem fornecer

ancoragem absoluta para tratamento ortodôntico língua, assim como aconteceu

nos tratamentos convencionais por vestibular.

BERNHART et al. (2001) verificaram a eficácia de pequenos implantes

epitéticos na região paramediana do palato para ancoragem ortodôntica. A

amostra foi composta de 21 indivíduos com média de idade de 25,6 ± 9,9 anos

que foram submetidos a implantes para ancoragem ortodôntica. Os implantes

foram posicionados na região paramediana do palato e foram submetidos à

forças ortodônticas diretas ou indiretas após quatro meses. Dos 21 implantes,

apenas 3 sofreram falhas. Dois devido à forças transversais na moldagem de

preparação para o sistema de ancoragem, embora um desses, mesmo móvel,

permaneceu em posição participando do sistema de ancoragem. Quanto à

perda do terceiro implante ocorreu em uma fase posterior do tratamento devido

ao uso de forças excessivas (em torno de 6 N) Nenhuma ancoragem foi

perdida nos caninos quando pré-molares e molares foram distalizados. Os

autores concluíram que: a) as instalações de (flange) são satisfatórias para

ancoragem ortodôntica; b) a região paramediana do palato oferece volume

ósseo adequado o permitem implantes em indivíduos em fase de crescimento;

c) forças aplicadas sobre implantes curtos não devem exceder 6 N; d) infecção

peri implante resultou em perda dos mesmos; e) implantes com mobilidade não

implicam necessariamente em fracasso, devendo nesse caso ser submetido à

forças indiretas e f) implantes temporários com finalidade ortodôntica são

considerados tratamento de pouco risco.

PARK; KYUNG; SUNG (2002) descreveram um método de

desinclinação de molares com auxilio de ancoragem por mini-parafusos

evitando os efeitos secundários mais comuns nestes casos: extrusão dos

molares e movimento das unidades de ancoragem. Apresentaram três casos

clínicos. O primeiro, um paciente do gênero masculino com 35 anos de idade,

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encaminhado por um protesista para desinclinação do segundo molar inferior

direito. Com o auxílio de microparafuso de 1.2mm por 6 mm introduzido na

região retromolar para ancoragem aproximadamente 10 mm da superfície distal

do 2 molar. Foi aplicada uma força de 70 gramas com eláticos no botão colado

ao segundo molar inferior. Em 6 meses o tratamento foi concluído sem a

utilização de aparelhagem nos outros dentes. No segundo caso um paciente do

gênero masculino com 14 anos de idade desenvolveu uma mesialização do 2

molar inferior o qual ficou impactado. Foi utilizado como ancoragem na região

retromolar um micro-implante de 1.2 mm por 8 mm para ancoragem e tração

com elastômero com força de 50 gramas. O segundo molar foi corrigido após

oito meses de tratamento. No terceiro caso uma paciente do gênero feminino

com 23 anos de idade encaminhada por um dentista clínico geral para

desinclinação do segundo molar superior esquerdo para reabilitar com prótese

o primeiro molar perdido. Foi inserido um micro-implante de 1.2 mm por 12 mm

na tuberosidade da maxila para ancoragem (o microparafuso utilizado foi mais

longo que os outros casos pela maior porosidade do osso cortical. Foi utilizada

uma força de 70 gramas (Super Thread). Após 4 meses o segundo molar

estava desinclinado.

PARK et al. (2002) descreveram uma técnica de fixação intermaxilar

utilizando mini-parafusos em uma paciente tratada com aparelho lingual e

submetida a cirurgia ortognática. A paciente do gênero feminino com 18 anos

de idade apresentava diastemas superiores, mordida cruzada total, maloclusão

classe III esquelética e perda dos primeiros molares superiores. Após o preparo

ortodôntico com brackets linguais (0.18”da Ormco) foi realizada a cirurgia

ortognática com redução mandibular. Para fixação intermaxilar foram utilizados

seis mini-parafusos de 6 mm foram inseridos no osso cortical vestibular

bilareralmente na maxila e na mandíbula para fixação com elásticos ou fio de

amarrilho. Os autores relataram algumas vantagens com este sistema:

Facilidade na inserção e remoção dos mini-parafusos; os elásticos ou fios

intermaxilares podem ser colocados imediatamente após a instalação dos mini-

parafusos; facilidade na higiene oral quando comparado a outros sistemas de

fixação intermaxilar; o tempo de cadeira clínica é reduzido; dispensa o uso de

ganchos nos arcos ou brackets ortodônticos; por fim é um procedimento seguro

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e simples para se utilizar junto com tratamentos pela técnica lingual em casos

cirúrgicos.

TOSUN et al. (2002) descreveram um protocolo para instalação de

implantes no palato com finalidade de ancoragem ortodôntica, O estudo

envolveu oito indivíduos do gênero masculino e 15 do gênero feminino entre

19,5 e 25 anos (média de 22,5). Todos apresentavam Classe II molar e de

caninos, padrão mesofacial ou braquifacial e foram tratados com distalização

dos dentes superiores por meio do “Molar Slider” desenvolvido por um dos

autores. Como ancoragem foi usado um implante rosqueado no palato. A

posição do implante foi a região paramediana do palato. Foi evitado a sutura

porque contém tecidos de conexão, no triângulo ósseo formado entre a raiz dos

dentes, palato e cavidade sinusal. Para auxiliar o correto posicionamento foi

construído um guia cirúrgico com auxílio do modelo de gesso e de uma tomada

telerradiográfica lateral. Após um período de cura de três meses, o sistema de

distalização foi instalado. Os seguintes resultados foram obtidos: a) após a cura

não foi verificada perda de nenhum implante assim como durante o

procedimento ortodôntico; b) não foi verificada nenhuma inflamação peri

implante e c) não foi perdida nenhuma ancoragem durante a distalização. Os

autores concluíram que os implantes palatinos podem ser usados para

ancoragem e obtenção de espaço; a região paramediana oferece condições

adequadas para alojar o implante; técnicas cirúrgicas não invasivas facilitam e

reduzem o tempo cirúrgico; o uso do guia cirúrgico de três dimensões elimina o

erro de posicionamento e simplifica as decisões no que se refere à angulação

do implante.

TRISI; REBAUDI (2002) avaliaram clínica e histologicamente a

estabilidade e reação óssea peri implante durante diferentes condições de

terapia ortodôntica. Foram avaliados 41 indivíduos que necessitavam de

correção ortodôntica e implantes com finalidade de ancoragem. O

procedimento cirúrgico foi de fase única, sendo que os implantes ficaram os

períodos de cura (dois meses) não submersos. Tração ortodôntica foi realizada

com uso de elásticos ou molas ligados dos implantes aos dentes a serem

movidos. A força usada foi de 80 a 120 g. Sete desses implantes, após

períodos variados de força, foram removidos juntamente com uma pequena

camada de osso peri implante e avaliados histologicamente. Antes da remoção,

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os indivíduos receberam doses de Tetraciclina para funcionar como marcador

da dinâmica de remodelação. Os movimentos ortodônticos obtidos foram:

distalização de molares superiores e inferiores, distalização em grupo (molares

e pré-molares), inclinação distal, verticalização, intrusão, extrusão e

transferência de ancoragem para outras partes da boca. Nenhum implante foi

perdido. Nenhuma perda óssea foi detectada ao redor dos dentes

movimentados. Radiograficamente verificou-se a presença de uma cortical

óssea ao redor dos implantes. Os movimentos obtidos foram mais rápidos, até

mesmo quando a força era menor em comparação à ancoragem extra-bucal.

Os autores concluíram que: o uso dos implantes permitiu a aplicação de força

contínua sem perda de ancoragem e sem ajuda de dispositivos auxiliares de

ancoragem que dependessem de colaboração; o tratamento dos casos

apresentados foi mais rápido quando comparados ao tratamento convencional;

todos os implantes estavam estáveis após 12 meses de aplicação de força e

todos estavam osseointegrados; micro fraturas e micro calos (reparo) foram

observados ao redor dos implantes que tinham sido colocados em áreas de

alta ou baixa densidade óssea; a taxa de remodelação óssea ainda era elevada

após 18 meses.

BAE et al. (2002) descreveram um caso clínico de um indivíduo do

gênero feminino de 28 anos de idade portador de maloclusão Classe II com

perfil convexo, sorriso gengival, retrognatismo mandibular e perda prévia dos

primeiros molares superiores e inferiores. Os objetivos do tratamento foram

corrigir a protrusão labial, reduzir o sorriso gengival e melhorar o engrenamento

dentário. O tratamento consistiu na avulsão dos primeiros pré-molares

superiores e retração anterior usando micro implantes para controle de

ancoragem. Foram implantados micro parafusos de 1,2 mm de diâmetro por 6

mm de comprimento na vestibular do osso alveolar entre segundo pré-molar e

primeiro molar na maxila, que serviram para auxiliar na retração e controle

vertical dos incisivos e controle vertical dos molares. Para facilitar o ponto

correto de inserção foi usada uma barra guia e tomadas radiográficas

intergráficas. Os micro-implantes permaneceram estáveis por todo o tratamento

e foram facilmente removidos no fim do tratamento. O tempo de tratamento foi

de 26 meses. Os resultados obtidos foram uma Classe II de molar e uma

Classe l de caninos e os incisivos superiores foram retraídos de corpo sem

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perda de ancoragem posterior. Os autores concluíram que micro-implantes

podem providenciar ancoragem absoluta para movimentação ortodôntica.

PARK; KYUG; SUNG (2002) descreveram casos clínicos em que

segundos molares foram verticalizados (após a perda dos primeiros molares)

com a utilização de micro implantes. O tratamento consistiu na inserção de

micro-implantes de titânio (1,2 mm de diâmetro por 6 a 12 mm de comprimento)

na região retromolar mandibular ou tuberosidade maxilar. Após um período de

duas semanas, eles foram ligados aos dentes a serem verticalizados por

elásticos em cadeia que exerciam forças em torno de 70 g. Todos os dentes

foram verticalizados conforme o desejado. Os autores concluíram que a

verticalização dos segundos molares pode ser facilmente conseguida sem

efeitos indesejados sobre os dentes anteriores e sem uso de bráquetes

ortodônticos. Simultaneamente obteve-se a intrusão desses molares,

eliminando assim a necessidade de redução oclusal.

SHERWOOD et al. (2002) confirmaram a intrusão de molares em

adultos, testaram a estabilidade das mini placas como ancoragem para intruir

dentes posteriores na maxila e registraram mudanças esqueléticas e dentárias

no fechamento da mordida aberta. Quatro indivíduos adultos cortadores de

maloclusão de mordida aberta foram selecionados para intrusão dos molares

superiores. Foram usadas mini placas em forma de L, Y, ou T de acordo com o

formato das raízes do molar adjacente, o contorno e a densidade do osso.

Após o posicionamento na região vestíbulo bucal do molar selecionado,

aguardou-se oito semanas para cicatrização e integração. Durante esse

período, foi feito o nivelamento com três arcos segmentados até o fio de aço

0,016" X 0,022". Forças de intrusão foram aplicadas até que a correção da

mordida aberta fosse visualmente detectável ou os incisivos fizessem contato

(em torno de 5,5 meses). A estabilização do movimento foi mantida com a mini

placa por um período de quatro meses. Os resultados mostraram intrusão dos

molares em torno de 1,99 mm. O plano mandibular foi fechado em média 2,62°.

O plano oclusal diminuiu em média 2,25°. Não houve movimento das mini-

placas em nenhum momento. Os autores concluíram que o uso das mini placas

permitiu diminuição da altura facial anterior e rotação mandibular para frente e

para cima. A possibilidade de intruir dentes posteriores com mini placas

proporciona um resultado mais estável do que extruir dentes anteriores para

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fechamento da mordida aberta. Os dentes, gengiva e estética labial não são

comprometidos e estruturas periodontais anteriores são preservadas.

SUGAWARA et al. (2002) avaliaram a correção de mordidas abertas

anteriores por meio da intrusão dos molares. Essa intrusão era obtida com o

Sistema de Ancoragem Esqueletal (SAS). O objetivo era: a) analisar as

alterações obtidas em relação à quantia de intrusão molar, altura da coroa

clínica e altura da crista alveolar após o tratamento; b) avaliar as alterações

pós-tratamento da intrusão dos molares um ano após a remoção do aparelho e

c) elucidar as diferenças entre os efeitos da correção da mordida aberta

realizada com o sistema SAS e o MEAW (Multiloop Edgewise Archwire) o qual

é uma técnica de correção de mordida aberta anterior desenvolvida por KlM et

al. (1987). Foram selecionados para o estudo nove indivíduos (sete do gênero

feminino e dois do masculino) que haviam se submetido a tratamento

ortodôntico para correção de mordida aberta anterior através do sistema SAS.

A média de idade era de 19,3 anos ao início do tratamento (variando de 13,3 a

28,9 anos). A média de tempo de tratamento foi de 27,1 meses (15 a 40

meses) e a média de aplicação do sistema SAS foi de 14,9 meses (9 a 22

meses). Os indivíduos apresentavam como características comuns: mordida

aberta anterior com face longa e espaço interlabial aumentado, tratamento

concluído com sucesso, intrusão bilateral de primeiros e segundos molares e

pelo menos 12 meses de controle pós-tratamento. Para intrusão, foram usadas

mini placas de titânio presas com mini parafusos mono corticais de titânio

ligadas por módulos elásticos a arcos 0,019"x 0,026" de aço inox. A aplicação

de força teve início três a quatro semanas após a correlação das placas. As

variações foram analisadas em três momentos: após a colocação do sistema

SAS, no fim do tratamento ativo e um pós-tratamento. Radiograficamente foram

feitas avaliações nas cefalometrias usando referências nos primeiros e

segundos molares em relação ao plano oclusal funcional, além de outras 21

medidas cefalométricas. Nas tomadas radiográficas panorâmicas foram

analisados a altura da crista óssea e o comprimento radicular dos molares. Nos

modelos foi medida a altura da coroa clínica do ponto mais alto da gengiva à

ponta da cúspide mesio vestibular paralelo ao longo eixo dessa cúspide. A

medida também foi realizada nas cúspides mesio lingual, disto vestibular e

disto lingual. Os resultados clínicos mostraram que a média de intrusão dos

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primeiros molares foi de 1,7 mm e dos segundos molares de 2,8 mm. A média

de recidiva após 12 meses foi de 0,5 mm para os primeiros molares

(correspondendo a 27,2%) e 0,9 para os segundos molares (30,3%).

Cefalometricamente verificou-se uma diminuição das medidas da altura facial

anterior, ângulo do plano mandibular e altura dos primeiros e segundos

molares em relação ao plano mandibular. Por outro lado verificou-se aumento

em medidas como sobremordida e altura dos primeiros e segundos molares

superiores. A maioria dessas medidas não se alterou 12 meses após a

conclusão do tratamento, com exceção do ângulo do plano mandibular

(aumento de 0,4°) e altura facial anterior (aumento de 0,6 mm). Nas tomadas

radiográficas panorâmicas não foram verificadas alterações significativas na

altura da cristã alveolar (não excedendo 2,7%). Em relação à reabsorção

radicular encontrou-se uma diminuição média de 5,7%. Não foram encontradas

variações significativas do tamanho da coroa clínica na avaliação dos modelos.

Os resultados obtidos com o sistema SAS demonstraram que a correção da

mordida aberta anterior foi efetiva e foi obtida em sua maior parte pela intrusão

dos molares associada à rotação anti-horária da mandíbula. Ao contrário do

sistema MEAW, no qual verificou-se que a maior parte da correção foi às

custas da extrusão dos incivivos. Apesar dos bons resultados, uma recidiva de

cerca de 30% ainda foi verificada, o que sugere a necessidade de

sobrecorreção.

KELES et al. (2002) descreveram um caso clínico de distalização de

molares superiores baseado na ancoragem de um implante temporário

instalado no palato. O objetivo foi a correção de uma maloclusão Classe II em

um indivíduo do gênero feminino de 17 anos e 8 meses. Para o correto

posicionamento do implante foi utilizado o guia cirúrgico descrito por TOSUN et

al. (2002). Um implante rosqueado de 8 mm de comprimento por 4,5 mm de

diâmetro foi instalado na região paramediana e deixado transmucoso por um

período de cura de três meses. Em um modelo de transferência foi construído o

Keles Slider, aparelho de distalização criado pelo autor baseado em um

sistema de molas comprimidas ancoradas no implante palatino que geram

força de distalização molar em torno de 200 g. Após a cura e durante o

tratamento, o implante manteve-se estável e os molares foram distalizados em

um movimento de corpo em 3 mm durante cinco meses sem haver perda de

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ancoragem do segmento anterior. Os autores concluíram que o implante

palatino foi efetivo no controle da ancoragem para distalização molar. Não

houve necessidade de cooperação, a não ser uma boa higiene. Técnica

cirúrgica não invasiva facilitou e reduziu o tempo cirúrgico. A localização

transmucosa do implante eliminou a necessidade de um segundo tempo

cirúrgico. O uso de um guia cirúrgico em três dimensões eliminou as falhas de

posicionamento do implante, simplificando as decisões a respeito da correta

inclinação do longo eixo do mesmo. A região paramediana pode ser

considerada um sítio adequado para implantes palatinos.

MALUF (2002) revisou a literatura a respeito de implantes

ósseointegrados com finalidade de ancoragem com o objetivo de estudar; a) a

viabilidade de utilização de implantes dentários, como apoio as movimentações

dentárias; b) a mais adequada intensidade de força a ser empregada para

realização das movimentações tendo um implante osseointegrado como

ancoragem; c) a estabilidade dos implantes como retentores de resistência

frente à força aplicada no tratamento ortodôntico; d) a possibilidade da

manutenção destes implantes para aproveitamento nas reabilitações protético

posteriores à fase ortodôntica. Chegou às seguintes conclusões; a) os

implantes osseointegrados podem ser utilizados com sucesso para ancoragem

às movimentações dentárias; b) as forças utilizadas para a realização das

movimentações dentárias variaram de 50g/cm2 a 600 g/cm2; c) os implantes

instalados e utilizados como ancoragem às forças aplicadas durante a

movimentação ortodôntica não apresentaram mobilidade e tampouco perda da

interface óssea e d) sempre que necessário, os implantes poderão ser

utilizados após a finalização do tratamento ortodôntico como pilares para

prótese fixa.

MAINO et al. (2003) descreveram a aplicação de mini parafusos de

titânio Spider Screw™ como ancoragem ortodôntica. Trata-se de um parafuso

de titânio auto rosqueável disponível em três tamanhos (7, 9 e 11 mm) e três

alturas de cabeça. A cabeça possui internamente um slot de 0,021" x 0,025" e

outro redondo de 0,025" e externamente um slot de 0,021" x 0,025". Pode ser

posicionado em áreas como tuberosidade maxilar, área retromolar, áreas

edêntulas, septos interradiculares, palato e processo alveolar anterior acima

dos ápices radiculares. O procedimento cirúrgico é simples e não necessita de

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incisão ou descolamento de retalho. Após a perfuração com uma broca guia, o

parafuso é rosqueado com um contra-ângulo em baixa velocidade ou chave

manual. A carga é imediata e as forças aplicadas variam entre 50 a 200 g.

Após o uso, o parafuso é facilmente removido com chave manual sob

anestesia local. Os autores descreveram casos clínicos em que o sistema foi

utilizado para intruir molares, retrair dentes anteriores e abrir espaços para

substituição protética. Esses casos apresentavam limitações de ancoragem

para mecânica ortodôntica convencional. Concluiu-se que o Spider Screw™

pode ser usado para suportar diferentes mecânicas, especialmente em casos

de ausências dentárias ou falta de colaboração. Seu pequeno tamanho

possibilita o uso quando não há ausências dentárias quando o auxílio de

ancoragem é necessário durante o tratamento.

ENACAR et al. (2003) descreveram o uso de um parafuso de titânio

aplicado no alvéolo como unidade de ancoragem para protração de maxila com

o uso de uma máscara facial. O indivíduo de gênero feminino apresentou-se

para tratamento ortodôntico com retrusão lábio superior e um perfil côncavo.

Apresentava também ausência de vários dentes. O arco maxilar mostrou-se em

relação de mordida cruzada completa com o arco inferior. Cefalometricamente

verificou-se a presença de Classe III esquelética por deficiência maxilar. Os

objetivos do tratamento foram: protração da maxila para obtenção de equilíbrio

e harmonia faciais; instalação de uma prótese removível para conforto, estética

e função e alinhamento dos dentes permanentes. Para protração maxilar foi

utilizada uma máscara de Petit, que pelo número reduzido de dentes foi

ancorada em parafuso de titânio por meio de um aparelho que ligava esses

implantes aos incisivos superiores e segundos molares decíduos, O parafuso

tinha de 2,5 mm de diâmetro por 18 mm de comprimento. O tempo de cura foi

de três semanas, após esse período foi instalada a máscara facial com força de

800 g de cada lado, num ângulo de 30° com o plano o clusal, por um período de

16 horas por dia. O uso da máscara se deu até a obtenção da correção da

mordida cruzada e obtenção de melhorias oclusais e faciais. Após esse

período, uma prótese removível provisória foi instalada para proporcionar

conforto, função e estética. O implante foi então removido porque não seria

usado na reabilitação, entre outros fatores, devido à idade. Foi obtido um

significativo deslocamento anterior do complexo naso maxilar com

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deslocamento da Espinha Nasal Anterior em aproximadamente 3 mm

anteriormente. Cefalometricamente também foram verificados: aumento do

valor da profundidade maxilar, rotação horária da mandíbula e aumento da

dimensão vertical. A melhoria do arco maxilar obtida manteve-se estável por

um ano após o uso da máscara facial, embora o mento tenha sofrido rotação

anterior após o período de tratamento. Conclusões: o uso de implantes

maxilares instalados na maxila para contornar o problema da escassez de

dentes providenciou ancoragem ortopédica eficiente na utilização da máscara

de tração reversa. Não foi necessário aguardar o tempo para obtenção da

osseointegração, tendo sido a aplicação de força realizada três semanas após

o parafuso ter sido instalado.

DEGUCHI et al. (2003) avaliaram histologicamente o osso de suporte de

pequenos implantes de titânio e determinar diretrizes clínicas para cicatrização

antes da aplicação de forças ortodônticas. Foram colocados 96 pequenos

implantes em oito cães. Esses implantes foram divididos em grupos. Um grupo

foi o controle e o outro teve força aplicada ao implante imediatamente. Esses

dois grupos foram por sua vez, divididos em grupos de 3, 6 e 12 semanas. A

cicatrização e a quantidade de osso ao redor da superfície dos implantes foram

avaliadas histologicamente em cada um desses intervalos. A força aplicada foi

de 200 a 300 g por implante. Os resultados mostraram que 3 de 96 implantes

falharam (taxa de sucesso de 97%). Os implantes mandibulares tiveram

significativamente maior contato osso implante que os maxilares. O contato

direto do osso com a superfície dos implantes do grupo controle não foi

significativamente diferente em relação ao grupo de força aplicada. Um

pequeno contato ósseo (5%) foi necessário para que a interface osso implante

resistisse a força ortodôntica. Já que não houve diferenças significativas entre

os grupos os autores concluíram que um período de três semanas é suficiente

para que os implantes sejam submetidos à força ortodôntica em cães. Esse

período corresponde a 4-5 semanas em humanos devido a sua menor taxa de

remodelação.

PARK et al. (2003) descreveram o procedimento de implantação de um

mini parafuso e as precauções necessárias para se obter sucesso como:

anestesia; checagem da localização e avaliação das raízes dos dentes em

tomadas radiográficas panorâmicas ou periapicais; a localização do implante

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perfurando a mucosa com uma sonda periodontal (sempre que possível o local

deve ser em gengiva inserida quando por vestibular), se for por palatino, avaliar

o comprimento necessário de acordo com a espessura de tecidos moles;

assegurar a retenção e evitar fratura usando parafusos de diâmetro igual ou

maior que 2 mm de diâmetro; usar contra-ângulo e método auto rosqueante

para implantar o parafuso; facilitar a cicatrização dos tecidos moles evitando

colocar forças por duas semanas após o implante ter sido colocado; são

indicadas forças leves para intrusão dos dentes anteriores (10-20 g por dente)

e forças pesadas para intrusão dos posteriores (150- 200 g por dente); verificar

a posição do parafuso por meio de tomadas radiográficas periapicais alterando

a posição do cone no sentido mesio distal e radiografar periodicamente para

avaliar reabsorções radiculares. As considerações anatomicamente feitas pelos

autores foram as seguintes: a espessura e a densidade do osso cortical são

críticas para retenção do mini parafuso; sítios com maior espessura e osso

cortical denso são mais estáveis; na mandíbula pode-se citar a área retromolar

e o lado vestibular dos dentes posteriores, enquanto na maxila a área da sutura

palatina mediana foi considerada a mais favorável. Na mandíbula, deve-se

evitar o canal mandibular e o forame mentoniano. As implicações desses

implantes foram avaliadas tendo, freqüentemente se mostrado relacionadas à

inflamação dos tecidos moles ao redor dos mesmos, Os autores apresentaram

casos clínicos de dois indivíduos do gênero feminino que foram tratados com

intrusão de molares devido à extrusão provocada pela perda dos antagonistas.

O método utilizado foi semelhante nos dois casos e os molares intruídos a

partir de ancoragem proporcionada por implantes e mini placas. Os autores

concluíram que simplesmente com a implantação de mini parafusos e

utilizando força de 200 a 300g, consegue-se obter 0,5 a 1 mm de intrusão por

mês. Observaram que, controlando a duração e intensidade de força, a

intrusão de molares será bem sucedida.

MIYAWAKI et al. (2003) examinaram a taxa de sucesso de três tipos de

parafusos e mini placas e encontrar os fatores associados à estabilidade dos

parafusos colocados no osso alveolar vestibular da região posterior corno

ancoragem. Foram analisados 51 indivíduos com maloclusões (9 do gênero

masculino e 42 do feminino, média de idade 21,8 anos ± 7,8), que se

submeteram a cirurgia para colocação de implantes na região alveolar posterior

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para ancoragem. As características clínicas e o progresso do tratamento foram

analisados retrospectivamente por um ano. As variáveis examinadas foram:

idade, gênero, tipo de cirurgia (com ou sem retalho), edema e dor após uma

semana da cirurgia, ângulo do plano mandibular em relação ao plano Sela-

Nasion (alto, médio ou baixo), relação sagital das bases ósseas (Classe l, lI ou

III), controle periodontal com perda óssea horizontal, sintomas de desordens

têmporo-mandibulares como ruídos articulares, dor e dificuldade de abertura e

apinhamento com discrepância até – 6 mm na dentição maxilar e mandibular.

Três tipos de parafusos de diferentes diâmetros e comprimentos (tipo A:

diâmetro 1,0 mm, comprimento 6 mm; tipo B: diâmetro 1,5 mm, comprimento

11 mm; tipo C: diâmetro 2,3 mm, comprimento 14 mm) e mini placas com dois

parafusos (diâmetro 2,0 mm, comprimento 5 mm) foram usados como

ancoragem. Os parafusos foram colocados no osso alveolar em gengiva

inserida na região de segundo pré-molar a segundo molar na maxila ou

mandíbula. As mini placas foram colocadas no Processo Zigomático da maxila

ou osso alveolar vestibular sob a mucosa na mandíbula. O parafuso do tipo A

foi raramente usado nos últimos dois anos por causa de sua baixa taxa de

sucesso. Entretanto, os do tipo B e C foram freqüentemente usados no período

avaliado. Forças contínuas menores que 2 N foram aplicadas aos parafusos.

Se a força ortodôntica pode ser aplicada ao parafuso por um ano ou até a

conclusão do tratamento, foi considerado sucesso. Foram analisados 10

parafusos tipo A, 101 tipo B, 23 tipo C e 17 mini placas. A taxa de sucesso do

tipo A foi significativamente menor (0%) que os do tipo B (83,9%) e C (85%) e

mini placas (96,4%). Não houve diferença estatisticamente significante entre os

tipos B e C e entre esses e as mini placas apesar delas apresentarem

resultados aproximadamente 10% melhores que os parafusos. Indivíduos

submetidos à cirurgia com retalhos queixaram-se mais de dor e edema após

uma semana. Pacientes com ângulo do plano mandibular alto mostraram taxa

de sucesso menor do que aqueles com ângulos médios ou baixos. Não foram

encontradas relações significativas entre as variáveis a seguir: comprimento do

parafuso, tipo de local da cirurgia, força imediata, idade, gênero, apinhamento

dos dentes, relação sagital das bases ósseas, controle periodontal e sintomas

de desordens têmporo-mandibulares. Parafusos com inflamação dos tecidos

peri implante mostraram uma significante taxa de insucesso comparados

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àqueles sem inflamação. Os autores concluíram que: falhas de implantes na

região alveolar geralmente estão associados a diâmetro do parafuso de 1,0 mm

ou menos, inflamação dos tecidos peri implante e ângulo alto do plano

mandibular (associado à cortical óssea mais fina). Para o uso de implantes com

esse fim deve-se: a) usar parafusos com diâmetro maior que 1 mm (é

recomendável usar parafusos de 1,5 mm em pacientes com ângulo do plano

mandibular médio ou baixo por provocarem menos trauma na instalação); b)

parafusos de 2,3 mm de diâmetro ou mini placas são mais desejáveis em

indivíduos com ângulo do plano mandibular alto; c) a prevenção da inflamação

peri implante é um importante fator para prevenir a mobilidade; d) cirurgias sem

retalhos são mais desejáveis por promoverem menos desconforto e e) carga

imediata é possível desde que a força seja de até 2 N.

KAWAKAMI; MIYAWAKI; NOGUCHI; (2004) relataram um caso clínico

de um indivíduo do gênero feminino com 22 anos de idade, com apinhamento e

biprotrusão alveolar, perfil convexo, desvio de 2 mm da linha média inferior

para esquerda e relação molar de classe I. O tratamento foi realizado com a

mecânica ortodôntica lingual. O plano de tratamento envolveu a extração de

segundos pré-molares superiores e inferiores e a colocação de 2 parafusos

ortodônticos que serviram como ancoragem para retração dos pré-molares,

caninos e incisivos. Ao final do tratamento, obteve-se uma boa oclusão, o perfil

facial foi melhorado, os arcos dentais superiores e inferiores foram alinhados e

nivelados, foi estabelecido uma correta sobressaliência e sobremordida. Houve

melhora nos ângulos interincisal de 106.9 para 130.1 e IMPA de 98.6 para

90.6. Foi relatado uma pequena perda de ancoragem nos molares superiores

enquanto os molares inferiores foram verticalizados e levemente intruídos. Foi

concluído que a introdução de implantes temporários para ancoragem

ortodôntica é uma ótima alternativa para substituir outras formas de ancoragem

como o Aparelho extra-bucal com bons resultados na mecânica ortodôntica

lingual.

PARK et al. (2004) estudaram dois casos de tratamento com ancoragem

ortodôntica por microparafusos sem extrações. O primeiro caso era de uma

mulher de 28 anos de idade que apresentava maloclusão de classe I, 2mm de

overjet, 1 mm overbite, discrepâncias dentárias negativas superior de 4 mm e

inferior de 5,5 mm. Foram utilizados microparafusos de 1,2 mm de diâmetro e

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10 mm de comprimento no arco superior e 6 mm de comprimento no arco

inferior. No arco superior a localização escolhida foi entre os primeiros molares

e os segundos molares. No arco inferior foi implantado na distal e vestibular do

segundo molar. Foi utilizada também bracketes colados pela técnica lingual. Os

dentes posteriores e caninos foram distalizados utilizando-se elastômeros.

Após o ganho de espaço na região posterior, o alinhamento dos dentes

anteriores foi possível. A paciente não relatou desconforto ou dor no que se

refere aos microparafusos. O tempo de tratamento foi de 10 meses e o caso foi

finalizados com um bom alinhamento e engrenamento dentário classe I para

molares e caninos. Não houve alteração no perfil facial. A sobreposição

cefalométrica mostrou 3 mm de movimento dentário posterior e anterior

superior. O segundo caso era um paciente do sexo masculino, 13 anos de

idade apresentando apinhamento anterior, caninos e molares em relação de

classe I, 2 mm de overbite e 1 mm de overjet. Havia discrepância negativa no

arco superior de 6 mm e no inferior de 4 mm. Foram implantados bilateralmente

mini-parafusos de 1,2 mm de diâmetro e 8 mm de comprimento (Absoanchor

AX12-108, Dentos Co) na maxila entre o segundo prémolar e o primeiro molar

na vestibular. Na mandíbula foram implantados bilateralmente microparafusos

de 1,2 mm de diâmetro por 6 mm de comprimento (Osteomed Co) na região

retromolar. Foram utilizadas molas de tração de Niti e elastômeros para

retração dos dentes posteriores e caninos. Após a obtenção dos espaços foi

possível alinhar todos os dentes. Após 17 meses os dentes estavam bem

alinhados e não houve comprometimento do perfil facial. Os dentes superiores

e inferiores foram retraídos 2 mm e 2,5 mm, respectivamente. O paciente não

reclamou de dor ou inflamação com relação ao microparafuso. Os autores

concluíram que o sistema de microparafusos implantados podem fornecer

ancoragem absoluta para movimento em massa para distalizar dentes

posteriores. O tratamento pode ser encurtado e pode ser utilizado tanto na

técnica ortodôntica vestibular como na técnica ortodôntica lingual.

TEIXEIRA; ESCÓCIA JR (2004) relataram o estudo de um caso clínico

de um indivíduo do gênero feminino, 36 anos de idade, ausência do elemento

dental 36, com conseqüente inclinação do 37, o qual apresentava coroa

metálica com sobrecontorno mesial para fechamento do espaço. Foi utilizado

um microimplante de 1,2 mm de espessura pro 10 mm de

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comprimento(Globtek) na região retromolar para tracionamento de

desinclinação distal do 37. A ativação foi feita após 2 semanas da instalação,

com tração por um elático em corrente com força aproximada d 100 a 150

gramas, sendo trocado em intervalos de 3 a 4 semanas. O microimplante

localizou-se levemente acima do nível oclusal o que gerou um efeito colateral

de extrusão do 37 o que exigiu a necessidade de desgante oclusal na coroa

metálica. A correção da verticalização do 37 foi conseguida em 3 meses após o

início do tracionamento, sendo o método considerado efetivo pelos autores.

LEE et al. (2004) estudaram a eficiência do uso do mini-parafuso

implantado na sutura palatina mediana como ancoragem ortodôntica. Dois

mini-parafusos (Martin Tuttlinger, Alemanha) de 2 mm de diâmetro e 7 mm de

comprimento foram implantados na sutura palatina mediana. Foi adaptado uma

armação metálica de fio 0.9 mm com ganchos contornando o palato preso aos

implantes com resina fotoativada. O paciente de 50 anos de idade foi

encaminhado para intrusão dos primeiro e segundo molares superiores

esquerdos, que estavam extruídos pela falta de contatos com os molares

inferiores ausentes. Havia também apinhamento nesta região de molares

superiores esquerda. Foi inicialmente obtido o espaço necessário através de

mola. Um terceiro mini-parafuso foi implantado na região vestibular dos

molares superiores esquerdos para contrabalançar os vetores de força palatais.

Uma força de 150 a 200 gramas foi aplicada. O tratamento ortodôntico levou 7

meses e a radiografia panorâmica revelou sucesso na intrusão. Os autores

concluíram que mini-parafusos implantados na área palatina mediana são

eficientes recursos para auxiliar a intrusão de molares superiores com redução

no tempo de tratamento de tratamento e melhora no conforto do paciente.

SUGAWARA et al. (2004) propuseram: a) medir a quantidade média de

distalização dos molares inferiores por meio do sistema SAS; b) avaliar o tipo

de movimento ocorrido e c) determinar a estabilidade dos molares distalizados

um ano após o tratamento. Foram selecionados 15 indivíduos (12 do gênero

feminino e 3 do masculino), com média de idade de 26,9 anos. Todos foram

tratados ortodonticamente com distalização dos primeiros molares inferiores e

acompanhados por um ano após o tratamento. A ancoragem para a

distalização foi proporcionada por mini-placas de titânio fixadas por dois

parafusos também de titânio instaladas atrás dos segundos molares inferiores,

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na borda anterior do ramo da mandíbula (FIG. 46). A distalização foi obtida por

dois métodos: a) distalizando dente a dente com auxílio de uma mola aberta e

estabilizando os pré-molares ligando-os à mini placa ou b) fazendo a retração

em massa por meio de elástico em cadeia ou molas fechadas ligando os

dentes diretamente à mini-placa (FIG. 47). Os resultados foram obtidos através

de tomadas radiográficas cefalométricas, análise de modelos e fotografias

tomadas no início do tratamento, final e um ano após. Mostraram que se

obteve uma média de distalização de molares de 3,5 mm (± 1,4 mm) em nível

da coroa, e 1,8 mm em nível da raiz. Dos 29 molares distalizados, 9 sofreram

movimentos de inclinação distal, os outros movimentaram-se de corpo. A

média de recidiva após um ano foi de 0,3 mm (9%). Os autores concluíram que

o SAS é uma modalidade nova e viável de distalização de molares inferiores,

efetiva na correção de maloclusões Classe III, apinhamento de incisivos

inferiores e assimetrias dentárias, eliminando a necessidade de exodontias de

pré-molares.

ALDIKAÇTI et al. (2004) avaliaram os tecidos ao redor de implantes SLA

(jateados e ácido atacados) submetidos a forças por 52 semanas, após período

de seis semanas de cura, para avaliar os efeitos de forças contínuas e

prolongadas sobre esses implantes. Foram usados cães, cujos terceiros e

quartos pré-molares foram extraídos para proporcionar espaço para instalação

dos implantes SLA de 10 mm de comprimento por 4,1 mm de diâmetro. Foi

instalado um total de seis implantes (dois na maxila e quatro na mandíbula),

desses, quatro implantes (um na maxila e três na mandíbula) após período de

cura de seis semanas, foram ligados aos caninos por uma mola de Níquel-

Titânio superelástica produzindo força contínua de 200 g por 52 semanas. Os

outros dois implantes serviram de controle. Ao fim desse tempo verificou-se por

meio de avaliações clínicas, tomadas radiográficas periapicais e histológicas

que: a) houve um considerável aumento da inflamação gengival; b) os

implantes não se movimentaram; c) os caninos distalizaram uma média de

11,65 mm na maxila e 7,68 mm na mandíbula; d) nenhuma área radioúcida foi

verificada nos caninos distalizados ou nos implantes; e) aumento do osso

compacto (mais radiopaco) foi verificado na porção coronal dos implantes

testados; f) corticalização do trabeculado ósseo mais espesso nos implantes

submetidos à força; g) diferenças histológicas entre o lado de pressão e de

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tensão não puderam ser observadas; h) a média de contato osso implante foi

de 40,23% na maxila e 49,33% na mandíbula para os implantes submetidos à

força e 67,91% para maxila e 40,23% na mandíbula para os implantes controle.

Os autores concluíram que apesar do curto período de cura e prolongado de

aplicação de força, os implantes permaneceram estáveis, indicando confiança

no uso como ancoragem. O valor do contato osso implante encontrado foi

menor que nos outros estudos indicando que o tempo de cura pode aumentar

esse valor. As alterações histológicas ao redor dos implantes indicam que o

período e a magnitude de força aplicada podem alterar os tecidos ao redor dos

implantes.

FREITAS; CASTRO (2004) realizaram um estudo descritivo com 445

ortodontistas que responderam um questionário com 12 questões, com o

objetivo de se conhecer o grau de experiência dos Ortodontistas com o uso de

implantes como ancoragem ortodôntica, seus sucessos, insucessos e os

receios, tentando identificar os motivos da sua pouca utilização na rotina

clínica. Dentre um total de 152 ortodontistas que responderam os questionários

os principais resultados foram:

1 – 137 (90,1 %) assinalaram possuir algum conhecimento da técnica.

Dentre estes: 22 assinalaram que conheceram a técnica nos seus cursos de

Pós-graduação; 122 conheceram a técnica através de cursos de

aperfeiçoamento teórico; nenhum conheceu a técnica através de curso teórico-

prático; 8 conheceram através de internet ou comunicação com outros colegas.

2 – 115 assinalaram nunca ter utilizado implantes como ancoragem

ortodôntica. Os motivos citados foram: receio de haver aumento de custo para

o paciente (71); receio de haver dificuldade em convencer o paciente (63);

preferem outras técnicas de ancoragem sem implantes (63); receio de haver

aumento no tempo de tratamento (28); falta de dados que mostram o que

acontece com o sítio de instalação quando há falhas(25); receio de haver

dificuldade na indicação de um implantodontista para o procedimento(23);

receio de haver risco de perda óssea (17); receio de haver risco periodontal

(11); outros motivos (20).

3 – 37 assinalaram já ter utilizado implantes como ancoragem

ortodôntica. Quanto aos tipos de implante utilizados os resultados foram: 31

utilizaram para suporte restaurador e como ancoragem também; 12 utilizaram

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53

miniplacas; 10 utilizaram os mini-parafusos; 5 utilizaram implantes palatinos;

um utilizou o implante “provisório”. Quanto ao sucesso da técnica: 32

assinalaram obter sucesso; 2 relataram insucesso e 3 relataram sucesso e

insucesso. Dos 37 ortodontistas que utilizaram a técnica, 24 assinalaram que

estes tipos de ancoragem foram decisivos para o bom andamento do

tratamento, 7 ortodontistas observaram a capacidade de ser evitarem

extrações dentárias e 8 ortodontistas observaram a capacidade de se evitar

cirurgia ortognática.

LABOISSÈRE Jr. et al. (2005) descreve sobre alguns cuidados especiais

que são necessários nas técnicas de controle da ancoragem com

microparafusos ortodônticos, como o controle correto da técnica cirúrgica,

aplicação clínica adequada, boa densidade óssea e controle da inflamação nos

tecidos moles adjacentes. Estes fatores são fundamentais para o sucesso da

técnica. O autor cita também algumas complicações que podem ocorrer. A

fratura ocorre normalmente durante a cirurgia de instalação dos

microparafusos. Sua causa está relacionada a utilização do contra-ângulo e ao

excesso de pressão aplicada durante a inserção do microparafuso, o que pode

ser potencializado pela qualidade e densidade óssea. A mucosite (inflamação

to tecido mole da região ao redor do microparafuso) pode ocorrer quando o

microparafuso é instalado em gengiva jugal. O acúmulo do biofilme de da placa

bacteriana sobre a cabeça do parafuso é o principal fator causal e que pode ser

prevenido com uma boa higienização. A perda de estabilidade está relacionada

aos seguintes fatores: escolha do diâmetro do parafuso, técnica cirúrgica de

instalação, qualidade e densidade óssea e contaminação da superfície durante

a usinagem do microparafuso. Nestes casos está indicada a remoção do

parafuso e sua nova instalação por pelo menos 21 dias após e

preferêncialmente em outro local.

PARK; KWON (2004) descreveram três casos tratados com mecânica de

deslize e ancoragem através de microparafusos implantados na maxila e

mandíbula. O primeiro caso era de um indivíduo do gênero feminino de 13 anos

de idade que apresentava lábios protruidos, incivos superiores e inferiores

proinclinados, com dificuldade em fechar os lábios. Na análise cefalométrioca

apresentava o ANB de 5, o ângulo mandibular elevado (39). Apresentava

relação molar de classe I e canina de classe II. A sobressaliência era de 6mm e

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a sobrermordida era de 2 mm. O plano de tratamento se constituiu na extração

de primeiros pré-molares superiores e segundos pré-molares inferiores com a

instalação de microparafusos implantados na maxila (1.2mm de diâmetro e

6mm de comprimento). A retração foi realizada com uma força de 150g

bilateralmente com molas de tração de NiTi. Os resultados após 19 meses de

tratamento foram: relação de molares e caninos em classe I e um perfil facial

harmônico. O ANB reduziu de 5 para 0.5. Os dentes anteriores superiores

retraíram 7 mm e intruíram 2 mm. O segundo caso era de um indivíduo do

gênero feminino de 11 anos de idade que apresentava apinhamento anterior,

perfil convexo, hiperatividade do músculo mentoniano e aumento na distância

entre lábio inferior até o mento. O ângulo do plano mandibular era de 32. Os

dentes anteriores superiores e inferiores apresentavam severa vestibuloversão.

A análise de modelo revelou os molares e caninos em relação de classe I,

sobressaliência de 3mm e sobremordida de 2 mm. As discrepância eram

negativas de 4mm no arco superior e 2 mm no arco inferior. O plano de

tratamento se constituiu em extrair os primeiros pré-molares superiores e

inferiores e usar o máximo de ancoragem. Inicialmente foram retraídos os

dentes anteriores utilizando-se ganchos anteriores em aparelho pré-ajustado.

Foi utilizado como ancoragem a barra palatina e gancho J com tração alta. Em

nove meses de tratamento não houve a melhora desejada no perfil facial. Foi

considerado importante o controle vertical dos molares inferiores durante o

fechamento dos espaços, o que levaria a uma rotação mandibular no sentido

antihorário melhorando, portanto o perfil facial e a função labial alterada. Para

este propósito foram instalados entre os primeiros e segundos molares

inferiores microparafusos para aplicação de forças intrusivas na distal dos

primeiros molares. Houve melhora no perfil facial após 2 meses de intrusão. O

tratamento foi finalizado após 21 meses com molares e caninos em relação de

classe I. O ângulo ANB foi reduzido para 2, pelo aumento do ângulo SNB. Após

2 anos os resultados se mantiveram estáveis. A sobreposição cefalormétrica

revelou que os molares inferiores foram verticalizados e se moveram

mesialmente o que contribuiu para o fechamento do ângulo do plano

mandibular e um aumento do ângulo SNB. No terceiro caso um indivíduo do

gênero masculino com 15 anos de idade apresentava protrusão labial e

retrusão mandibular. Apresentava padrão dolicofacial com o ângulo do plano

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55

mandibular de 33,5, ângulo ANB de 8, contração do músculo mental.

Intraoralmente, apresentava relação molar e canina de classe II,

sobressaliência de 13mm e sobremordida de 5mm, molares inferiores

apinhados. A curva de spee estava alterada em 3mm negativos. A primeira

opção de tratamento sugerida foi a impactação maxilar e o avanço mandibular

cirúrgico, o que o paciente rejeitou. O tratamento foi realizado com a extração

dos primeiros pré-molares superiores com o auxílio de micro-parafusos

implantáveis de 1.2mm de diâmetro por 6mm de comprimento. Foram utilizados

forças de 150 g de cada lado através de molas de NiTi para retração dos

dentes anteriores. Foram também extraídos os segundos pré-molares

inferiores, pois o 45 se encontrava apenas com o resto radicular. Foram

implantados microparafusos entre primeiros e segundos molares inferiores

(1.2mm de diâmetro e 6mm de comprimento). O perfil facial apresentou uma

melhora após 11 meses de tratamento e o tratamento levou 34 meses com

molares e caninos em relação de classe I com um perfil facial aceitável. O

ângulo ANB reduziu de 8 para 3, obtido pelo decréscimo do ângulo SNA. A

sobreposição cefalométrica revelou uma distalização de 13mm dos dentes

anteriores superiores, com 2mm de intrusão. O paciente apresentou um

crescimento limitado do crescimento. Os autores descrevem que é possível

retrair os 6 dentes anteriores sem perda de ancoragem com o auxílio de

microparafusos implantáveis. É possível também conseguir a intrusão dos

dentes anteriores utilizando forças em direção superior ao centro de resistência

dos dentes. Por isso a posição ocluso-gengival do microparafuso e a altura dos

ganchos vão determinar o grau de retração e o movimento vertical. Os autores

propõem que no arco superior o microparafuso esteja a 8-10mm apical ao slot

do bracket e o gancho anterior no arco esteja a 5-6mm de distância do slot do

bracket para retração e uma leve intrusão. Os autores relatam que o

movimento em massa dos 6 dentes anteriores com a ancoragem com os

microparafusos é vantajosa em relação as outras mecânicas pelo reduzido

tempo de tratamento o que melhora a cooperação dos pacientes. Também se

torna necessário a avaliação da quantidade de retração necessária e sua

relação com a idade do paciente. Nos pacientes adultos a quantidade de

retração pode ser limitada pelo risco de reabsorção radicular ou descência

óssea alveolar. Os autores consideram importante o controle vertical dos

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56

dentes posteriores inferiores, o que gera uma resposta mandibular favorável

melhorando o perfil facial.

CARANO; VELO; LEONE et al. (2005) estudaram as aplicações clínicas

dos mini-parafusos como meios de ancoragem em ortodontia. Os autores

consideram que o mini-parafuso apresenta vantagens por ter sua

osseointegração incompleta permitindo uma ancoragem efetiva com fácil

inserção e remoção. As forças rotacionais associadas ao local de implantação

e a qualidade do osso podem ser responsáveis pelas falhas na implantação. É

importante também planejar o local de implantação de acordo com o tipo de

ancoragem requerida e o tipo de movimento desejado, considerando os vetores

de força utilizados na mecânica ortodôntica. Os autores testaram as

propriedades mecânicas do sistema de ancoragem do mini-parafuso (MAS).

Foram testadas falhas na torção. Os resultados sugeriram que os mini-

parafusos (MAS) podem resistir a forças maiores que as aplicadas

clinicamente. Os locais mais utilizados para implantação do mini-parafuso

relatados são: 1 – Na maxila: espaços interradiculares, espaços onde foram

extraídos dentes, superfície inferior da espinha nasal anterior; 2 – Na

mandíbula: espaços interradiculares, ao lado da sínfise mentoniana e espaços

onde foram extraídos dentes. Os autores relatam os principais objetivos de

tratamento quando utiliza-se os mini-parafusos como ancoragem. Alguns deles

são fechamentos de espaços de extração, intrusão simétrica de incisivos,

intrusão assimétrica de um lado do plano oclusal, alinhamento das linhas

médias, extrusão de caninos impactados, intrusão de molares, distalização de

molares, mesialização de molares e ancoragem intermaxilar para utilização de

elásticos. Concluíram afirmando que o tratamento ortodôntico utilizando o

sistema de ancoragem esquelética com implantes não só oferece mais

efetividade como também uma variedade de alternativas de tratamento onde a

mecânica tradicional não pode ser utilizada.

PARK et al. (2005) relataram um caso clínico de uma paciente de 20

anos de idade do gênero feminino com queixa de biprotrusão labial.

Clinicamente apresentava leve apinhamento superior e inferior, relação molar e

canina em classe I, desvio da linha média inferior para direita em 1mm.

Cefalométricamente, a análise de wits se apresentava dentro dos limites

normais, mas os dentes anteriores superiores e inferiores se apresentavam

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com severa labioversão. Os lábios estavam protruídos em relação a linha E de

Ricketts. Foi diagnosticado um caso de maloclusão de classe I esquelética com

biprotrusão alveolar. Foi planejado extração dos 4 primeiros pré-molares e o

máximo de retração possível dos dentes anteriores. Foram utilizados

inicialmente splints anteriores a vácuo (placa a vácuo de canino a canino) com

ganchos adaptados a placa na região de caninos para apoiar elásticos que

incidiriam forças próximo ao centro de resistência no movimento de retração.

Foram instalados mini-parafusos de 2mm por 7mm entre os segundos pré-

molares e os segundos molares. Foi instruído a paciente a utilizar elásticos

3/16 dos mini-parafusos aos ganchos metálicos colados no splint superior à

vácuo na região dos caninos para retração da bateria anterior superior em

massa. No arco inferior os elásticos foram utilizados dos ganchos dos primeiros

molares aos ganchos colados no splint inferior. Após 6 meses de retração,

foram colados brackets cerâmicos para término do fechamento dos espaços,

alinhamento e nivelamento e finalização. O tempo total de tratamento foi de 14

meses. O tratamento foi concluído dom relação molar e canino de classe I,

overjet e overbite de 2mm, linha média coincidente. O lábio superior foi retraído

3,8 mm e o lábio inferior 5,8mm que resultou em melhora no perfil. Os autores

concluíram que a aparelhagem utilizada foi esteticamente aceitável pela

paciente e a biomecânica efetiva, minimizando o tempo de tratamento com

brackets visíveis. Foi possível o controle da direção das forças de retração pelo

uso dos ganchos metálicos e a utilização dos mini-parafusos para controle da

ancoragem.

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MATERIAL E MÉTODO

Material

Foi elaborado um questionário (anexo 1) constituído de 5 perguntas

sobre a utilização de implantes como meio de ancoragem em Ortodontia,

sendo as respostas objetivas.

Método

Os questionários foram distribuídos junto com termos de consentimento

livre e esclarecido (anexo 2) para a utilização dos dados no estudo, sendo que

a identidade foi mantida em sigilo.

Foram distribuídos 160 questionários a todos os alunos presentes do

mestrado em Ortodontia do Centro Universitário Hermínio Ometto - Uniararas e

do mestrado do Centro de Pós-graduação em Ortodontia São Leopoldo Mandic

entre os meses de julho à setembro de 2006. Não houve critérios de exclusão

quanto ao nível de escolaridade (graduados ou pós-graduados). Os

questionários foram respondidos no momento da distribuição ou após alguns

dias. A porcentagem de retorno foi de 46,8 %, sendo respondidos 75

questionários.

As respostas foram tabuladas e tratadas por meio de estatística

descritiva através de porcentagens. Os resultados foram demonstrados por

meio de apresentações tabulares e gráficas.

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RESULTADOS

Após a análise estatística descritiva das respostas obtidas nos 75

questionários foram encontrados os seguintes resultados: 1 – Do total de

entrevistados (75) que responderam os questionários, 32 % (24) responderam

que utilizam ou já utilizaram implantes como meio de ancoragem ortodôntica na

sua rotina clínica e 68 % (51) responderam que nunca utilizaram (Tabela 1 e

gráfico 1); 2 – Dos 32 % (24) que já utilizaram implantes como meio de

ancoragem ortodôntica, 81,5 % (22) já utilizaram mini-parafusos ortodônticos,

11 % (03) utilizaram implantes palatinos ou de rebordo alveolar, 0 % utilizaram

onplants, 7,4 % (02) utilizaram mini-placas associadas a mini-parafusos

(Tabela 2 e gráfico 2 ); 3 - Dos 32 % (24) que já utilizaram implantes , 9,1 %

(03) relataram que o tipo de movimento utilizado foi intrusão de incisivos

superiores; 3,1 % (1) realizaram movimento de intrusão de incisivos inferiores;

18 % (6) realizaram movimento de intrusão de molares superiores, 3,1 % (1)

realizaram movimento de intrusão de molares inferiores, 48,4 % (16) retração

de caninos e incisivos superiores e inferiores, 6 % (2) mesialização de molares

inferiores, nenhum pós-graduando relatou ter utilizado para tração de dentes

inclusos. 12,2 % (4) relataram ter feito movimentos de distalização ou

verticalização de segundos molares (Tabela 3 e gráfico 3); 4 - Do total de

participantes da pesquisa (75), 98,6 % (74) desejariam ter mais conhecimentos

sobre as técnicas de ancoragem ortodôntica por meio de implante e apenas 1

não respondeu a este questionamento (tabela 4 e gráfico 4); 5 – Do total de

entrevistados que nunca utilizaram implantes como meio de ancoragem em

Ortodontia, nenhum deles pensa que implantes não fornecem ancoragem

suficiente; 14,6 % (11) pensam que seus pacientes não aceitariam o tratamento

proposto por necessitar um procedimento cirúrgico e representar mais um

custo durante o tratamento, 56 % (42) não tem conhecimento sobre as técnicas

de implantes como meio de ancoragem ortodôntica e 29,4 % (22) não

responderam (Tabela 5 e gráfico 5); Quando relacionados os tipos de implantes

utilizados e o tipos de movimentos foram encontrados os seguintes resultados:

6 - Para mini-parafusos ortodônticos utilizados, 9,7% (3) dos entrevistados

utilizaram para intrusão de incisivos superiores; 3,2% (1) para intrusão de

incisivos inferiores; 16,1% (5) para intrusão de molares superiores; 3,2% (1)

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para intrusão de molares inferiores; 48,4% (15) utilizaram para retração de

caninos, e incisivos superiores e inferiores; 6,5% (2) para mesialização de

molares inferiores; nenhum utilizou para tração de dentes inclusos; e 12,9% (4)

para distalização ou verticalização de segundos molares(Tabela 6 e gráfico 6).

7 - Para implantes palatinos ou de rebordo alveolar os movimento encontrados

foram: 1 entrevistado usou para intrusão de molares superiores, 1 entrevistado

utilizou para retração de caninos e incisivos superiores e inferiores e 1 não

respondeu a questão (Tabela 7 e gráfico 7). 8 - Para utilização de miniplacas

associadas a mini-parafusos, 1 entrevistado utilizou para distalização ou

verticalização de segundos molares e 1 entrevistado não respondeu (Tabela 8

e gráfico 8). Os resultados estão expressos estatisticamente nas tabelas e

gráficos apresentadas a seguir:

Tabela 1 – Porcentagem e número de entrevistados que já utilizaram implantes

como meio de ancoragem ortodôntica.

Nº DE RESPOSTA PORCENTAGEM

SIM 24 32%

NÃO 51 68%

TOTAL 75 100%

Gráfico 1 - Porcentagem de entrevistados que já utilizaram implantes como

meio de ancoragem ortodôntica

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

SIM NÃO

.

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Tabela 2 – Porcentagem e número de entrevistados que já utilizaram implantes

como meio de ancoragem em Ortodontia e o tipo de implante utilizado.

TIPOS DE IMPLANTES Nº DE RESPOSTAS PORCENTAGEM

Mini-parafusos ortodônticos 22 81,5%

Implantes palatinos ou de rebordo

alveolar

03 11%

Onplants - -

Mini-placas associadas a mini-

parafusos

02 7,4%

Total 27 100%

Gráfico 2 - Porcentagem e de entrevistados que já utilizaram implantes como

meio de ancoragem em Ortodontia e o tipo de implante utilizado.

0,00%

10,00%

20,00%

30,00%

40,00%

50,00%

60,00%

70,00%

80,00%

90,00%

Miniparafusos ortodônticos Implantes palatais ou de rebordo alveolar Onplants Miniplacas associadas a miniparafusos

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Tabela 3 – Porcentagem e número de entrevistados que já utilizaram implantes

como meio de ancoragem em Ortodontia e o tipo de movimento realizado.

TIPOS DE MOVIMENTOS Nº DE RESPOSTAS PORCENTAGEM

Intrusão de incisivos superiores 03 9,1%

Intrusão de incisivos inferiores 01 3,1%

Intrusão de molares superiores 06 18%

Intrusão de molares inferiores 01 3,1%

Retração de caninos e incisivos

superiores e inferiores

16 48,4%

Mesialização de molares

inferiores

02 6%

Tração de dentes inclusos - -

Distalização ou verticalização de

segundos molares

04 12,2%

TOTAL 33 100%

Gráfico 3 - Porcentagem de entrevistados que já utilizaram implantes como

meio de ancoragem em Ortodontia e o tipo de movimento realizado.

0,00%

5,00%

10,00%

15,00%

20,00%

25,00%

30,00%

35,00%

40,00%

45,00%

50,00%

Intrusão deincisivos superiores

Intrusão deincisivos inferiores

Intrusão de molaressuperiores

Intrusão de molaresinferiores

Retração decaninos e incisivos

superiores einferiores

Mesialização demolares inferiores

Tração de dentesinclusos

Distalização ouverticalização de

segundos molares

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Tabela 4 – Porcentagem e numero de entrevistados que gostariam de ter mais

conhecimentos sobre as técnicas de ancoragem ortodôntica por meio de

implantes.

Nº DE RESPOSTAS PROCENTAGEM

SIM 74 98,6

NÃO - -

NÃO RESPONDEU 01 1,4%

TOTAL 75 100%

Gráfico 4 – Porcentagem de entrevistados que gostariam de ter mais

conhecimentos sobre as técnicas de ancoragem ortodôntica por meio de

implantes.

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

SIM NÃO NÃO RESPONDEU

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Tabela 5 – Porcentagem e número de entrevistados que nunca utilizaram

implantes como meio de ancoragem e por quê?

RESPOSTA Nº DE

RESPOSTAS

PROCENTAGEM

Penso que implantes não fornecem

ancoragem suficiente.

- -

Penso que meus pacientes não

aceitariam o tratamento proposto

por necessitar um procedimento

cirúrgico e representar mais um

custo durante o tratamento

11 14,6%

Não tenho conhecimento sobre as

técnicas de implantes como meio

de ancoragem ortodôntica.

42 56%

Não responderam 22 29,4%

Total 75 100%

Gráfico 5 - Porcentagem de entrevistados que nunca utilizaram implantes como

meio de ancoragem e por quê?

0,00%

10,00%

20,00%

30,00%

40,00%

50,00%

60,00%

Penso que meus paci entes não acei tar i am o

t r atamento pr oposto por necessi tar um

pr ocedi mento ci r úr gi co e r epr esentar mai s um

custo dur ante o t r at amento

Não tenho conheci mento sobr e as t écni cas de

i mpl antes como mei o de ancor agem or todônt i ca.

Não r esponder am

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Tabela 6 - Porcentagem e quantidade dos tipos de movimentos realizados

pelos entrevistados que utilizaram mini-parafusos ortodônticos.

Tipo de movimento Nº de respostas Porcentagem

Intrusão de incisivos superiores 03 9,7%

Intrusão de incisivos inferiores 01 3,2%

Intrusão de molares superiores 05 16,1%

Intrusão de molares inferiores 01 3,2%

Retração de caninos e incisivos

superiores e inferiores

15 48,4%

Mesialização de molares inferiores 02 6,5%

Tração de dentes inclusos - -

Distalização ou verticalização de

segundos molares

04 12,9%

TOTAL 31 100%

Gráfico 6 – Porcentagem dos tipos de movimentos realizados pelos

entrevistados que utilizaram mini-parafusos ortodônticos.

0,00%

5,00%

10,00%

15,00%

20,00%

25,00%

30,00%

35,00%

40,00%

45,00%

50,00%

Intrusão deincisivos superiores

Intrusão deincisivos inferiores

Intrusão de molaressuperiores

Intrusão de molaresinferiores

Retração decaninos e incisivos

superiores einferiores

Mesialização demolares inferiores

Tração de dentesinclusos

Distalização ouverticalização de

segundos molares

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Tabela 7 – Porcentagem e quantidade dos tipos de movimentos realizados

pelos entrevistados que utilizaram implantes palatinos ou de rebordo alveolar.

Tipo de movimento Nº de respostas Porcentagem

Intrusão de incisivos superiores - -

Intrusão de incisivos inferiores - -

Intrusão de molares superiores 01 50%

Intrusão de molares inferiores - -

Retração de caninos e incisivos

superiores e inferiores

01 50%

Mesialização de molares inferiores - -

Tração de dentes inclusos - -

Distalização ou verticalização de

segundos molares

- -

TOTAL 02 100%

Gráfico 7 - Porcentagem e quantidade dos tipos de movimentos realizados

pelos entrevistados que utilizaram implantes palatinos ou de rebordo alveolar.

0%

5%

10%

15%

20%

25%

30%

35%

40%

45%

50%

Intr usão de molar es

super ior es

Intr usão de molar es

inf er ior es

Retr ação de caninos e

incisi vos super ior es e

inf er ior es

Mesial ização de molar es

inf er ior es

Tr ação de dentes inclusos Distal i zação ou

ver ti cal ização de segundos

molar es

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Tabela 8 - Porcentagem e quantidade dos tipos de movimentos realizados

pelos entrevistados que utilizaram Miniplacas

Tipo de movimento Nº de respostas Porcentagem

Intrusão de incisivos superiores - -

Intrusão de incisivos inferiores - -

Intrusão de molares superiores - -

Intrusão de molares inferiores - -

Retração de caninos e incisivos

superiores e inferiores

- -

Mesialização de molares inferiores - -

Tração de dentes inclusos - -

Distalização ou verticalização de

segundos molares

01 100%

TOTAL 01 100%

Gráfico 8 - Porcentagem dos tipos de movimentos realizados pelos

entrevistados que utilizaram mini-placas.

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

-Distalização ou verticalização de segundos molares

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DISCUSSÃO

Atualmente, os implantes estão ocupando uma função importante como

ancoragem ortodôntica, substituindo com grandes vantagens outros

dispositivos como o aparelho extra-bucal, botão de Nance, arco palatino e

outros. Muitos estudos têm comprovado sua compatibilidade biológica,

osteointegração e sua imobilidade após aplicação de força, contribuindo para

indicação do implante como ancoragem segura nos movimentos ortodônticos

(BRANEMARK, 1983; ADELL et al. 1981; GRAY et al. 1983; ROBERTS et al.

1984; TURLEY et al. 1988; LINDER-ARONSON et al. 1990; WEHRBEIN et al.

1997; WEHRBEIN et al. 1998; WEHRBEIN et al. 1999; SAITO et al. 2000;

PARK et al. 2001; BERNHART et al. 2001; TRISI; REBAUDI, 2002; BAE et al.

2002; MALUF, 2002; DEGUCHI et al. 2003; KAWAKAMI; MIYAWAKI;

NOGUCHI, 2004; PARK et al. 2004; ALDIKAÇTI et al. 2004).

Segundo a presente pesquisa, os resultados corroboram os achados de

FREITAS; CASTRO (2004). Do total de pós-graduandos (75) que responderam

os questionários, 32 % (24) responderam que utilizam ou já utilizaram

implantes como meio de ancoragem ortodôntica na sua rotina clínica. E 68 %

(51) responderam que nunca utilizaram. Resultados similares à pesquisa de

FREITAS; CASTRO (2004) em que 24,3% dos ortodontistas entrevistados já

utilizaram mini-implantes como ancoragem em ortodontia e 75 % nunca

utilizaram implantes como meio de ancoragem em ortodontia. Dos 24 (32%)

entrevistados que já utilizaram implantes como meio de ancoragem ortodôntica,

81,5 % (22) já utilizaram mini-parafusos ortodônticos, 11 % (03) utilizaram

implantes palatais ou de rebordo alveolar, 0 % utilizaram onplants, 7,4 % (02)

utilizaram mini-placas associadas a mini-parafusos; enquanto que na pesquisa

de FREITAS; CASTRO (2004), 32,4% utilizaram mini-placas, 27% utilizaram os

mini-parafusos; 13,5% utilizaram implantes palatinos. Observou-se uma leve

tendência a um aumento na porcentagem de profissionais que utilizam

implantes como ancoragem, comparando-se as duas pesquisas. Esta

tendência é mais evidente quando comparamos os dados sobre utilização de

mini-parafusos ortodônticos. Provavelmente os motivos deste aumento na

utilização de mini-parafusos encontra respostas na maior quantidade de

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pesquisas divulgadas sobre o assunto, maior número de cursos de pós-

graduação oferecendo o ensino da técnica, tendência a diminuição do custo

destes materiais e facilidade da técnica cirúrgica quando comparada aos outros

tipos de implantes para ancoragem. Estes dados referentes a utilização de

implantes também mostram a que os ensinamentos sobre ancoragem

ortodôntica por meio de implantes nos cursos de pós-graduação do Centro

Universitário Hermínio Ometto - Uniararas e do Centro de Pós-graduação -

CPO São Leopoldo Mandic estão em processo de expansão, já que

comparados a outra pesquisa realizada com profissionais especialistas

formados no ano de 2004 apresenta pequenas diferenças quanto às

porcentagens.

Inicialmente, os primeiros estudos sobre ancoragem ortodôntica com

implantes, se referem aos implantes utilizados para reabilitação protética que

foram utilizados no tratamento ortodôntico (ADELL et al. 1981; LEKHOLM,

1983; CREEKMORE; EKLUND, 1983; TURLEY et al. 1988; ROBERTS;

MARSHALL; MOZSARI, 1990; HIGUCHI; SLACK, 1991; SORENSON, 1995;

FERNÁNDEZ VALERÓN; FERNÁNDEZ VELAZQUEZ, 1996; MAZZOCCHI;

BERNINI, 1998; SAITO et al. 2000; SINGER et al. 2000). Ao passar dos anos

foram se desenvolvendo adaptações, como os implantes para sutura palatina

que ancoravam os dentes interligados por peças metálicas fundidas

(WEHRBEIN et al. 1996; WEHRBEIN et al. 1998; WEHRBEIN; MERZ, 1998;

WEHRBEIN et al. 1999; WEHRBEIN et al. 1999; BERNHART et al. 2000; LEE

et al. 2001; BERNHART et al. 2001; TOSUN et al. 2002; KELES et al. 2002.

WEHRBEIN et al. (1996) descreveram um sistema denominado Ortosystem™,

um implante de titânio de 4 ou 6 mm de comprimento por 3,3 mm de diâmetro,

com superfície tratada por jateamento e ataque ácido, implantado na região

palatina mediana entre os pré-molares. A ancoragem proporcionada foi

comparável às obtidas pelo uso de aparelhos extrabucais ou elásticos Classe

II, mas sem a necessidade de colaboração. Concomitantemente, alguns

autores estudaram a utilização de miniplacas para ancoragem nos movimentos

ortodônticos. UMEMORI et al. (1999) introduziram o uso de mini placas como

ancoragem em Ortodontia com o objetivo de intrusão de molares para correção

de uma mordida aberta, evitando a cirurgia ortognática da maxila em ambiente

hospitalar e oferecendo menor trauma e menor custo. As pesquisas de

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DAIMARUYA et al. (2000) e SHERWOOD et al. (2002) confirmaram a intrusão

de molares em adultos e a estabilidade das mini placas como ancoragem para

intruir dentes posteriores na maxila e registraram mudanças esqueléticas e

dentárias no fechamento da mordida aberta. SUGAWARA et al. (2004) afirmam

que a utilização de miniplacas é viável na distalização de molares Inferiores.

BLOCK; HOFFMAN (1995) em um estudo com cães e macacos avaliaram

dispositivos de ancoragem denominados Onplants™ (um disco fino de titânio-

alloy com hidroxiapatita texturizado de um lado e com uma retenção tipo malha

do outro) para retração anterior para ser colocado contra o osso a fim de

facilitar a osseointegração. Como ele não é colocado dentro do osso, pode ser

indicado para indivíduos em vários estágios de irrupção. CELENZA;

HOCHMAN (2000) compararam os sistemas de ancoragem OnPlant™

(NobeIBioCare) e o Ortholmplant™ (Straumann USA) (um implante endósseo

com superfície jateada e ácido tratada, que é rosqueado numa loja cirúrgica

realizada no palato) e relataram que o sistema Ortholmplant™ apresentou

maior facilidade de trabalho, sendo menos sensível a manipulação,

principalmente em relação à moldagem de transferência. Por permanecer

descoberto, apresenta maior facilidade de controle da osseointegração, o que

não acontece com o OnPlant™, que somente pode ser avaliado quando

exposto. GEDRANGE et al. (2001) afirmam que para a inserção de implantes

com o propósito de ancoragem na região da sutura palatina mediana, o osso

deveria ter um grau de maturidade e resistência que só é atingido em humanos

por volta dos 16 anos de idade. Durante o período de desenvolvimento

precoce, Onplants™ submucosos de 5 mm de diâmetro ou dois implantes de 3

mm de diâmetro com localização paramediana deveriam ser usados para

distribuição da tensão sobre o palato. Onplants™ com diâmetro de 5 mm

permitem suficiente ancoragem e podem ser usados em pacientes jovens.

Após anos de estudos comprovando a eficácia dos implantes como meio de

ancoragem, foi desenvolvido mini-parafusos ortodônticos com objetivo

específico para movimentação dentária. Os parafusos tem diâmetro entre

1.2mm e 2mm e comprimentos variando de 6mm a 12mm. A força utilizada

geralmente é próxima a 70 gramas. Diversos estudos têm confirmado a

eficiência, segurança, vantagens e desvantagens. WEHRBEIN et al. (1997)

sugeriram que os mini-implantes inseridos em osso alveolar e região da sutura

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palatina mantêm a estabilidade durante aplicação de forças ortodônticas de

longa duração, mesmo tendo um tempo de cicatrização relativamente curto.

Forças ortodônticas de longa duração podem induzir aposição óssea marginal

adjacente aos implantes. COSTA et al. (1998) verificaram baixa irritação em

relação a outros tipos de ancoragem transmucosas e relativamente fáceis de

serem controladas com uso de clorexidina. Outras vantagens foram a fácil

inserção e remoção. PARK et al. (2001) afirmaram que o uso de micro

implantes traz como vantagens: a não necessidade de colaboração no uso de

aparelhos extra bucais; melhora rápida do perfil estimulando o indivíduo a

colaborar; rapidez no tratamento por permitir a retração simultânea dos dentes

anteriores; menor tempo de cadeira e ancoragem absoluta para o movimento

ortodôntico. PARK; KYUNG; SUNG (2002) sugerem a utilização de

microimplantes para desinclinação de molares. PARK et al. (2002)

descreveram uma técnica de fixação intermaxilar utilizando mini-parafusos em

uma paciente tratada com aparelho lingual e submetida a cirurgia ortognática e

relataram algumas vantagens com este sistema: facilidade na inserção e

remoção dos mini-parafusos; os elásticos ou fios intermaxilares podem ser

colocados imediatamente após a instalação dos mini-parafusos; facilidade na

higiene oral quando comparado a outros sistemas de fixação intermaxilar; o

tempo de cadeira clínica é reduzido; dispensa o uso de ganchos nos arcos ou

brackets ortodônticos; por fim é um procedimento seguro e simples para se

utilizar junto com tratamentos pela técnica lingual em casos cirúrgicos. BAE et

al. (2002) afirmaram que microimplantes podem providenciar ancoragem

absoluta para movimentação ortodôntica.

Na presente pesquisa, dos 32 % (24) que já utilizaram implantes, 9,1 %

(03) relataram que o tipo de movimento utilizado foi intrusão de incisivos

superiores; 3,1 % (1) realizaram movimento de intrusão de incisivos inferiores;

18 % (6) realizaram movimento de intrusão de molares superiores, 3,1 % (1)

realizou movimento de intrusão de molares inferiores. Os movimentos de

intrusão são considerados os tipos mais difíceis de realizar com a mecânica

tradicional. Alguns autores têm sugerido que os implantes, miniplacas e mini-

parafusos como ancoragem são superiores ou mais eficazes que a mecânica

tradicional. SOUTHARD et al. (1995) em seus estudos, concluíram que o

implante endósseo é superior à ancoragem dentária para movimentos de

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intrusão e ainda oferece potencial de intrusão para dentes anteriores em

adultos que apresentam ausência dos dentes posteriores. COSTA et al. (1998)

descreveram a utilização de mini-parafusos como unidades de ancoragem

ortodôntica nos movimento de intrusão sugerindo sua eficácia. UMEMORI et al.

(1999); SHERWOOD et al. (2002) SUGAWARA et al. (2002) confirmaram a

intrusão de molares em adultos com o uso de miniplacas para ancoragem

ortodôntica. Segundo LEE et al. (2004) a eficiência do uso do mini-parafuso

implantado na sutura palatina mediana como ancoragem ortodôntica com

finalidade de intrusão de molares é uma realidade. Os autores afirmaram que

os mini-parafusos implantados na área palatina mediana são eficientes

recursos para auxiliar a intrusão de molares superiores com redução no tempo

de tratamento de tratamento e melhora no conforto do paciente. PARK; KWON

(2004) afirmaram que é possível também conseguir a intrusão dos dentes

anteriores utilizando forças em direção superior ao centro de resistência dos

dentes. Por isso a posição ocluso-gengival do microparafuso e a altura dos

ganchos vão determinar o grau de retração e o movimento vertical. Os autores

consideram importante o controle vertical dos dentes posteriores inferiores, o

que gera uma resposta mandibular favorável melhorando o perfil facial.

Portanto, o movimento de intrusão é certamente viável com a utilização dos

diversos tipos de implantes para ancoragem ortodôntica.

Os movimentos de retração de caninos e incisivos superiores e inferiores

muitas vezes requerem uma ancoragem exelente podendo a ausência desta

comprometer o relacionamento oclusal ou o perfil ao final do tratamento. Muitas

vezes o tratamento requer ancoragem máxima como o aparelho extra-bucal e a

placa lábio ativa, mas o paciente não está disposto a colaborar por motivos

como o incômodo no uso ou ao comprometimento da estética. Na presente

pesquisa, da totalidade dos que utilizaram implantes como ancoragem em

Ortodontia, 48,4 % (16), afirmam ter realizado movimentos de retração de

caninos e incisivos superiores e inferiores. Segundo PARK et al. (2001), o uso

de micro implantes traz como vantagens a não necessidade de colaboração no

uso de aparelhos extra-bucais; melhora rápida do perfil estimulando o indivíduo

a colaborar; rapidez no tratamento por permitir a retração simultânea dos

dentes anteriores; menor tempo de cadeira e ancoragem absoluta para o

movimento ortodôntico. Muitos autores verificaram a eficácia como meio de

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ancoragem dos mini-parafusos para o movimento de retração dos dentes

anteriores assim como algumas vantagens: menor tempo de tratamento e

dispensa a colaboração do paciente (BERNHART et al. 2001; BAE et al. 2002;

KAWAKAMI; MIYAWAKI; NOGUCHI, 2004; PARK et al. 2004; PARK; KWON,

2004 e PARK et al. 2005) relataram um caso clínico de uma paciente de 20

anos de idade do gênero feminino com queixa de biprotrusão labial. Foi

possível o controle da direção das forças de retração pelo uso dos ganchos

metálicos e a utilização dos mini-parafusos para controle da ancoragem.

Nos últimos anos tem aumentado o encaminhamento de pacientes por

parte de clínicos gerais, protesistas e implantodontistas aos ortodontistas com

o objetivo de preparo ortodôntico prévio ao tratamento reabilitador. Muitos

pacientes que sofrem a perda dos primeiros molares tem como resultado o

colapso oclusal decorrente da inclinação mesial do segundo molar. Na atual

pesquisa foi constatado que dentre a totalidade dos entrevistados que

utilizaram implantes como ancoragem em Ortodontia, 12,2 % (4) relataram ter

realizado movimentos de distalização ou verticalização de segundos molares.

PARK; KYUNG; SUNG (2002) descreveram um método de desinclinação de

molares com auxilio de ancoragem por mini-parafusos evitando os efeitos

secundários mais comuns nestes casos: extrusão dos molares e movimento

das unidades de ancoragem. Outros autores descreveram casos clínicos com

sucesso na desinclinação de segundos molares com finalidade protética,

utilizando forças leves e em um tempo curto de tratamento. Os mini-parafusos

era inseridos na região retromolar (PARK et al. ,2002; TEIXEIRA; ESCÓCIA jr ,

2004).

Observou-se também que 6 % (2) entre os entrevistados que utilizaram

implantes como ancoragem em ortodontia realizaram movimentos de

mesialização de molares inferiores e nenhum pós-graduando relatou ter

utilizado para tração de dentes inclusos. Tais tipos de movimento são

discutidos por MAZZOCCHI; BERNINI (1998) que relataram três casos clínicos

em que foram usados implantes como ancoragem ortodôntica para mesializar

dentes posteriores que posteriormente serviram para substituição de dentes

ausentes, e desimpactar um pré-molar retido.

Do total de pós-graduandos que nunca utilizaram implantes como meio

de ancoragem em ortodontia, nenhum pensa que implantes não fornecem

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ancoragem suficiente; 14,6 % (11) pensam que seus pacientes não aceitariam

o tratamento proposto por necessitar um procedimento cirúrgico e representar

mais um custo durante o tratamento, 56 % (42) não tem conhecimento sobre as

técnicas de implantes como meio de ancoragem ortodôntica e 29,4 % (22) não

responderam. MAZZOCCHI; BERNINI (1998) comentam sobre as

desvantagens na utilização de implantes para ancoragem ortodôntica: custo do

procedimento cirúrgico, tempo de cura do implante e a recomendação de que o

indivíduo tivesse mais de 18 anos para colocação dos mesmos. De fato, todos

os procedimentos para inserção de implantes ou miniplacas envolvem um

procedimento cirúrgico mais complexo e de maior custo. Porém, com o

desenvolvimento dos mini-parafusos, a técnica de inserção se tornou mais

simples, mais segura e de menor custo como são descritos nos estudos de

PARK et al. (2001); PARK; KYUNG; SUNG (2002); PARK et al. (2002); BAE et

al. (2002); PARK et al. (2002); MAINO et al. (2003); PARK et al. (2003);

MIYAWAKI et al. (2003); KAWAKAMI; MIYAWAKI; NOGUCHI; (2004); PARK et

al. (2004); TEIXEIRA; ESCÓCIA jr (2004); LEE et al. (2004); PARK; KWON

(2004); CARANO et al. (2005); PARK et al. (2005).

Quando relacionados os tipos de implantes utilizados e o tipos de

movimentos, foram encontrados os seguintes resultados: Para mini-parafusos

ortodônticos utilizados, 9,7% (3) dos entrevistados utilizaram para intrusão de

incisivos superiores; 3,2% (1) para intrusão de incisivos inferiores; 16,1% (5)

para intrusão de molares superiores; 3,2% (1) para intrusão de molares

inferiores; 48,4% (15) utilizaram para retração de caninos, e incisivos

superiores e inferiores; 6,5% (2) para mesialização de molares inferiores;

nenhum utilizou para tração de dentes inclusos; e 12,9% (4) para distalização

ou verticalização de segundos molares. Para implantes palatais ou de rebordo

alveolar os movimento encontrados foram: 1 entrevistado usou para intrusão de

molares superiores, 1 entrevistado utilizou para retração de caninos e incisivos

superiores e inferiores e 1 não respondeu a questão.Para utilização de

miniplacas associadas a mini-parafusos, 1 entrevistado utilizou para

distalização ou verticalização de segundos molares e 1 entrevistado não

respondeu. Observa-se que o movimento mais realizado é o de retração de

dentes anteriores talvez pelo alto índice de problemas oclusais classificados

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como classe II de Angle ou classe I de Angle com apinhamento ou biprotrusão

que necessitem extrações de pré-molares.

Do total de participantes da pesquisa (75), 98,6 % (74) desejariam ter

mais conhecimentos sobre as técnicas de ancoragem ortodôntica por meio de

implante e apenas 1 não respondeu a este questionamento. Estes dados

completam a lógica de que a tendência a se incluir o tema ”ancoragem

ortodôntica através de dispositivos implantáveis” nos cursos de pós-graduação

em ortodontia deve ser observada.

As técnicas de ancoragem ortodôntica por meio de implantes são cada

vez mais estudadas e aprimoradas fornecendo ao profissional maior segurança

em seus tratamentos e por conseqüência aos pacientes. Algumas

considerações sobre riscos e custos têm sua importância reduzida com o

desenvolvimento dos mini-parafusos ortodônticos. Estes de tamanho reduzidos

diminuem o risco de acidentes, os problemas pós-operatórios e os custos. Por

outro lado, quanto a suas vantagens, são discutidas através de inúmeros

trabalhos científicos a ancoragem máxima, a menor necessidade de

colaboração dos pacientes quando comparada as outras técnicas de

ancoragem, a redução no tempo de tratamento, redução no tempo de cadeira

clínica e a efetividade em alguns tipos de movimentos considerados muito

difíceis com as técnicas convencionais.

É de prima necessidade o desenvolvimento de várias pesquisas com

relação aos implantes ortodônticos utilizados como ancoragem intrabucal para

que futuramente seja fácil a decisão do profissional ao oferecer esta opção de

tratamento e que seja mais facilmente aceita pelo paciente.

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CONCLUSÃO

Através deste estudo, podemos concluir que:

1 – Há uma tendência no aumento do número de profissionais que

utilizam implantes como meio de ancoragem em Ortodontia. Porém, a maior

parte dos profissionais ainda não utiliza estes recursos.

2 – A utilização de mini-parafusos ortodônticos vem aumentando

significativamente (81,5%) e os outros tipos de implantes estão cada vez

menos usados.

3 – O movimento ortodôntico mais realizado entre os entrevistados que

utilizaram implantes como ancoragem ortodôntica foram os de retração de

dentes anteriores e superiores, seguido dos movimentos de intrusão que são

citados na literatura como difíceis de serem realizados.

4 – A demanda pelas informações e conhecimentos sobre implantes

como meio de ancoragem em Ortodontia é alta, pois 98,8% desejariam ter mais

conhecimento sobre esta técnica.

5 – O receio de haver aumento de custo para o paciente, o que impediria

o profissional de utilizar esta técnica deve ser revisto, pois os mini-parafusos

tem demonstrado uma redução de custo e um encurtamento no tempo de

tratamento. Por estas razões, são os implantes como meio de ancoragem em

ortodontia uma técnica eficaz e segura ao alcance do profissional em ortodontia

e é recomendável que o estudo da técnica esteja incluída nos programas

curriculares dos cursos de pós-graduação em ortodontia, atendendo assim a

demanda por este tipo de conhecimento.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1

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1 De acordo com a quinta edição das normas do Grupo de Vancouver, de 1997, e abreviatura dos títulos de periódicos em conformidade com o Index Medicus.

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ANEXOS

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ANEXO 1

QUESTIONÁRIO

1 – Você utiliza ou já utilizou implantes como meio de ancoragem ortodôntica no seu consultório, clínica ou curso de pós-graduação? ( ) sim ( ) não 2 – Se você utiliza ou utilizou um dos tipos de implantes como meio de ancoragem ortodôntica, assinale os que utilizou: ( ) mini-parafusos ortodônticos ( ) implantes palatinos ou de rebordo alveolar ( ) onplants ( ) mini-placas associadas a mini-parafusos 3 – Se você já utilizou um dos tipos de implante como meio de ancoragem, assinale os tipos de movimentos ortodônticos utilizados: ( ) intrusão de incisivos superiores ( ) intrusão de incisivos inferiores ( ) intrusão de molares superiores ( ) intrusão de molares inferiores ( ) retração de caninos e incisivos superiores ou inferiores ( ) mesialização de molares inferiores ( ) tração de dentes inclusos ( ) distalização ou verticalização de segundos molares 4 – Você desejaria ter mais conhecimentos sobre as técnicas de ancoragem ortodôntica por meio de implantes? ( ) sim ( ) não 5 – Se você não utiliza implantes como meio de ancoragem em ortodontia assinale por quê? ( ) penso que implantes não fornecem ancoragem suficiente. ( ) penso que meus pacientes não aceitariam o tratamento proposto por necessitar um procedimento cirúrgico e representar mais um custo durante o tratamento. ( ) não tenho conhecimento sobre as técnicas de implante como meio de ancoragem ortodôntica.

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ANEXO 2

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Prezado senhor (a)

Estou levantando dados sobre a utilização de implantes como meio de

ancoragem por ortodontistas.

A sua participação não é obrigatória, mas se o (a) senhor (a) resolver

participar, deve assinar, preenchendo os seus dados nesta folha abaixo. Seu

nome ou qualquer outra identificação não aparecerão na pesquisa. Apenas

suas informações que constarão na folha de resposta. Estes dados serão de

exclusivo uso na minha pesquisa.

Terminada a pesquisa, os dados que são de minha inteira

responsabilidade, estarão a sua disposição. Também estou a sua inteira

disposição para esclarecer dúvidas sobre o trabalho.

Fico desde já agradecido pela sua cooperação.

Atenciosamente,

Mauricio Braun Veit [email protected] Aluno do curso de Mestrado em Odontologia - Uniararas

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ANEXO 3

PARA SER PREENCHIDO PELO VOLUNTÁRIO

Declaro que concordo em participar da pesquisa do Dr. Mauricio Braun

Veit por livre e espontânea vontade, sem qualquer despesa de minha parte, e

sem nenhuma remuneração por minha participação.

------------------------------------------ NOME RG CRO

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ANEXO 4

DECLARAÇÃO DE DIVULGAÇÃO DE PESQUISA

Eu, Mauricio Braun Veit, aluno regularmente matriculado no curso de

Mestrado em Odontologia, área de concentração Ortodontia no Centro

Universitário Hermínio Ometto - UNIARARAS, Centro de Pós-Graduação,

declaro que tornarei público, pelos meios científicos, os resultados de minha

dissertação de Mestrado, intitulada: Levantamento de Dados sobre a Utilização

de Implantes como Meio de Ancoragem Ortodôntica.

-------------------------------

MAURICIO BRAUN VEIT

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