Origem das obrigações de investimentos em P,D&I O modelo contratual de concessão estabelece a obrigação de o concessionário realizar despesas qualificadas como pesquisa, desenvolvimento e inovação nas áreas de interesse e temas relevantes para o setor de petróleo, gás natural e biocombustíveis, em montante equivalente a 1% da receita bruta dos campos em que é devido o pagamento da participação especial. Desde 1998 foram gerados R$10,4 bilhões de obrigações de investimento no setor. Conforme dados abaixo, a Bacia de Campos gerou 87,31% dessas obrigações. A Bacia de Santos com 5,07% fica ainda bem distante, porém com as recentes descobertas do pré-sal, irá ter maior participação. As bacias terrestres somam 6,2% do total, com a Bacia de Solimões sendo a maior entre elas. O mapa abaixo localiza os campos, bacias e seus valores e o quadro seguinte mostra mais informações dos 15 campos que mais geraram obrigações de investimento desde 1998. Boletim sobre a aplicação dos recursos provenientes da Cláusula de P,D&I e do PRH-ANP Boletim ANP Edição nº 22 Junho de 2015 Publicação de trabalhos finais no âmbito do PRH p.8 Prêmio ANP de Inovação Tecnológica recebeu 55 inscrições p.8
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Origem das obrigações de investimentos em P,D&I
O modelo contratual de concessão estabelece a
obrigação de o concessionário realizar despesas
qualificadas como pesquisa, desenvolvimento e
inovação nas áreas de interesse e temas relevantes para
o setor de petróleo, gás natural e biocombustíveis, em
montante equivalente a 1% da receita bruta dos campos
em que é devido o pagamento da participação especial.
Desde 1998 foram gerados R$10,4 bilhões de
obrigações de investimento no setor. Conforme dados
abaixo, a Bacia de Campos gerou 87,31% dessas
obrigações. A Bacia de Santos com 5,07% fica ainda
bem distante, porém com as recentes descobertas do
pré-sal, irá ter maior participação. As bacias terrestres
somam 6,2% do total, com a Bacia de Solimões sendo a
maior entre elas. O mapa abaixo localiza os campos,
bacias e seus valores e o quadro seguinte mostra mais
informações dos 15 campos que mais geraram
obrigações de investimento desde 1998.
Boletim sobre a aplicação dos recursos provenientes da Cláusula de P,D&I e do PRH-ANP
Boletim ANPEdição nº 22Junho de 2015
Publicação de trabalhos finais
no âmbito do PRH p.8
Prêmio ANP de Inovação Tecnológica
recebeu 55 inscrições p.8
Edição nº 22 – Junho de 2015
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EXPEDIENTE
Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis
Diretora-geral Magda Maria de Regina Chambriard
Diretores Florival Rodrigues de Carvalho Helder Queiroz Pinto Junior José Gutman Waldyr Martins Barroso
Superintendência de Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico Tathiany Rodrigues Moreira de Camargo - Superintendente Luciana Maria Souza de Mesquita – Superintendente-Adjunta José Carlos Tigre – Assessor Técnico de Mercado e Política Industrial Roberta Salomão Moraes da Silva – Assistente de Comunicação Denise Coutinho da Silva – Assistente de Georreferenciamento
Secretárias Maria de Fátima Marinzeck Barreiros Rosane Cordeiro Lacerda Ramos
Coordenação de Projetos de P&D Anderson Lopes Rodrigues de Lima – Coordenador Geral Antônio José Valleriote Nascimento Claudio Jorge Martins de Souza Joana Duarte Ouro Alves Leonardo Pereira de Queiroz Maria Regina Horn
Coordenação de Fiscalização de P&D Marcos de Faria Asevedo – Coordenador Geral Aelson Lomonaco Pereira Alex de Jesus Augusto Abrantes Luiz Antonio Sá Campos Moacir Amaro dos Santos Filho
Coordenação de Formação e Capacitação Profissional Eduardo Torres – Coordenador Geral Bruno Lopes Dinucci Diego Gabriel da Costa Mirian Reis de Vasconcelos Rafael Cruz Coutinho Ferreira
Coordenação de Estudos Estratégicos Alice Kinue Jomori de Pinho – Coordenadora Geral Jacqueline Barboza Mariano José Lopes de Souza Krongnon Wailamer de Souza Regueira Márcio Bezerra de Assumpção Ney Mauricio Carneiro da Cunha Patricia Huguenin Baran Victor Manuel Campos Gonçalo
Elaboração Denise Coutinho da Silva Roberta Salomão Moraes da Silva Victor Manuel Campos Gonçalo
Edição nº 22 – Junho de 2015
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ANP autoriza R$ 6,2 milhões em investimentos em P,D&I em maio
Em maio de 2015, a ANP concedeu autorização prévia
para 6 projetos de investimento em P,D&I com
implantação de infraestrutura laboratorial. Os valores
autorizados não correspondem ao custo total dos
projetos, já que apenas as despesas enquadradas no item
8.2 do Regulamento Técnico ANP N° 5/2005
necessitam de aprovação da Agência. Assim, autorizou-
se neste mês o valor total de R$ 6,2 milhões para
infraestrutura associada a projetos de P,D&I, conforme
tabela a seguir.
Autorizações prévias em maio de 2015
Concessionária Projeto Instituição Executora
Valor Autorizado (R$)
Sinochem Reservatórios não convencionais, uma proposta de metodologia para identificação e caracterização de jazidas de hidrocarbonetos no Brasil
UFRJ 2.675.040
Sinochem Reservatórios carbonáticos e sua distribuição, características das acumulações e áreas em potencial presença de hidrocarbonetos
UFRJ 1.978.735
Sinochem Investigações geofísicas: a aplicação da interpretação sísmica quantitativa, classificação da forma de onda e análise de atributos sísmicos em reservatórios não convencionais
UFRJ 515.483
Petrobras Estudos de mecanismos de desativação de adsorventes utilizados no processamento de gás natural em unidades tipo FPSO da região do Pré-Sal
UFC 487.200
Sinochem Caracterização Geofísica das Bacias Sedimentares da Margem Leste do Brasil
ON 377.580
ONGC DELTA II - Geoarquitetura do complexo deltaico do Rio Doce e seu papel na transferência sedimentar para águas profundas: um análogo moderno à acumulação dos arenitos reservatórios de Parque das Conchas
UFRJ 218.295
TOTAL 6.252.333
Fonte: SPD/ANP.
Neste mês a Sinochem se destaca com 4 autorizações
concedidas e, entre elas, está o projeto que será
executado pelo Laboratório de Geofísica Aplicada do
Observatório Nacional (ON). Com o título
Caracterização geofísica das bacias sedimentares da
Margem Leste do Brasil, esse projeto tem como
objetivo principal conduzir um estudo regional para
investigar, a partir de dados geofísicos potenciais,
modelos geológicos que possam contribuir para o
entendimento da evolução geológica das bacias
sedimentares marinhas da margem leste brasileira. Para
isso serão adquiridas unidades de processamento e
armazenamento de dados de média e alta capacidade,
sistema de videoconferência, softwares de visualização
e geoprocessamento GOCAD e ARCGIS, além de
melhorias na climatização do Laboratório.
Já a Petrobras apresentou projeto de estudos de
mecanismos de desativação de adsorventes utilizados no
processamento de gás natural em unidades tipo FPSO da
região do Pré-Sal. O projeto será executado pelo Grupo
de Pesquisas em Separações por Adsorção (GPSA) da
Universidade Federal do Ceará (UFC) e terá como
objetivo principal investigar as causas da baixa vida útil
de adsorventes utilizados no processamento de gás
natural em plataformas offshore na região do pré-sal.
Com os recursos autorizados serão adquiridos
equipamentos tais como analisador de área superficial e
distribuição de tamanhos de poros (sortômetro ASAP da
Micrometics) e módulo de TG para instalação em
analisador termogravimétrico com espectrômetro de
massa e bomba de vácuo.
A ONGC também recebeu autorização para o projeto
DELTA II - Geoarquitetura do complexo deltaico do
Rio Doce e seu papel na transferência sedimentar para
águas profundas: um análogo moderno à acumulação
dos arenitos reservatórios de Parque das Conchas, que
será executado pelo Laboratório de Geologia
Sedimentar (Lagesed) da UFRJ. O projeto tem como
objetivo principal determinar a geoarquitetura
deposicional do Complexo Deltaico do Rio Doce e
discutir sua evolução tectonossedimentar, com vistas à
compreensão dessa área de estacionamento sedimentar
fornecedora de sedimentos para águas profundas,
durante o Cenozoico. Com os recursos serão adquiridos
equipamentos de informática, softwares, reposição de
peças da sonda MACH 1200 da UFRJ e adaptações na
infraestrutura para instalação de equipamentos.
De 2006 a maio de 2015, a ANP concedeu 1.314
autorizações prévias, gerando investimentos em várias
instituições e beneficiando diversos estados, conforme
as tabelas a seguir.
AUTORIZAÇÕES PRÉVIAS
Edição nº 22 – Junho de 2015
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Recursos Autorizados por Instituição – 2006 a 05/2015