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Janeiro/Fevereiro 2015 Ano XLV - n 372
Directora: ISSN: 1645-443X - Depsito Legal: 86929/95 Praa D.
Afonso V, n 86, 4150-024 Porto - PORTUGAL
Fax: 226165769 - E-mail: [email protected]
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Directora: ISSN: 1645-443X - Depsito Legal: 86929/95 Praa D.
Afonso V, n 86, 4150-024 Porto - PORTUGAL
O MRTIR D. OSCAR ROMERO Frente ordem de matar seus irmos deve
prevalecer a Lei de Deus, que afirma: NO MATARS! Nin-
gum deve obedecer a uma lei imoral (). Em favor deste povo
sofrido, cujos gritos sobem ao cu de maneira sempre mais numerosa,
suplico-lhes, peo-lhes, ordeno-lhes em nome de Deus: cesse a
represso!
(Oscar Romero, em 23 de Maro de 1980)
Nasceu scar Arnulfo Romero Galdmez a 15 de Agosto de 1917, no
municpio de Ciudad Miguel, na Repblica de El Salvador. Em 1930
entrou no Seminrio, tendo depois de termina-dos os estudos sido
enviado para Roma, para a Pontifcia Universidade Gregoriana.
Naquela cidade foi ordenado sacerdote em 4 de Abril de 1942.
Regressado ao seu pais, foi nomeado proco na cidade de Anamors.
Alguns anos depois foi indicado para proco na sua cidade natal de
San Miguel e tambm nomeado secretrio do bispo da sua diocese. Em
1968 foi eleito secretrio da Conferncia Episcopal de El Salvador.
Em 1970, o Papa Paulo VI (que havia sido seu professor em Roma),
nomeou-o bispo auxiliar de San Sal-vador, a capital do pas. Em 1974
foi nomeado Arcebispo da diocese de Santiago de Santa Ma-ria.
Finalmente, em 1977 o Papa Paulo VI no-
meou-o Arcebispo de San Salvador. A sua nome-ao foi em parte
contestada por alguns sectores diocesanos que o consideravam
representante das correntes mais conservadoras, opostas a uma
presena crist mais militante.
O seu pas enfrentava ento uma forte turbu-lncia poltica.
Dominado por um partido politi-co conservador desde os anos 60, na
altura da tomada de posse de Oscar Romero como arce-bispo da
capital, o governo expulsou vrios sacer-dotes e proibiu a entrada
de outros, considera-dos progressistas e perturbadores da ordem
p-blica. Aps a sua eleio para vice-presidente da Conferncia
Episcopal, esta emitiu um comuni-cado pblico denunciando a
perseguio que se efectuava contra a Igreja.
A 12 de Maro de 1977 foi assassinado o padre jesuta Rutulio
Grande, amigo pessoal de Oscar Romero e que durante 4 anos como
proco ha-via dinamizado as comunidades crists de base e o
associativismo dos camponeses. Oscar Romero presidiu a uma missa em
sua inteno, apesar da oposio manifestada pelo Nncio apostlico e de
outros bispos.
Desde ento, Monsenhor Romero passou a denunciar nas suas
homilias os atropelos contra os direitos dos camponeses e dos seus
sacerdotes e a represso que se fazia sentir sobre os que
pro-testavam contra o clima de violncia e represso militar que se
vivia no pas. Nas suas homilias posteriores morte de Rutilio
Grande, recorreu sem hesitao aos textos da Conferncia de Me-deln
(conferencia dos bispos da Amrica do Sul realizada em 1968 onde se
advogava uma inter-veno da Igreja em favor dos mais
desfavoreci-dos, base do que mais tarde se veio a chamar Teologia
da Libertao). As homilias de Oscar Romero eram transmitidas pela
rdio catlica e denunciavam a violncia, tanto dos grupos
para-militares do governo militar como dos grupos armados da
esquerda radical.
(continua na pg.2)
http://es.wikipedia.org/wiki/Anamor%C3%B3s
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Laicado Dominicano Janeiro/Fevereiro 2015
FRATERNIDADE DE ELVAS
Faleceu no passado dia 11 de Janeiro de 2015 o Irmo da
Fraternidade de Elvas, Ablio Augusto Carrilho Nascimento. O Irmo
Ablio nasceu em 27 de Janeiro de 1927, entrou conjuntamente com a
sua esposa Henriqueta Nascimento falecida h 18 anos, como
simpatizantes na nossa
Fraternidade em 17/11/1990, fizeram a admisso em 21/12/1991, a
Promessa Temporria em 15/10/1994 e a Promessa Definitiva em
15/11/1997.
Homem simples e muito amigo do seu amigo, deixa
-nos muitas recordaes e amava muito a Ordem Dominicana a que
pertencia.Rezemos pela sua alma.
Toz, O.P.
FRATERNIDADE DO PINHEIRO DA BEMPOSTA
Foi no dia 8 de Junho de 2014, na nossa reunio
mensal, que tivemos a presena da irm Rosa, a qual nos encheu de
muita alegria e ainda mais por ser portadora de uma carta a dar
autorizao para ser a nova Promotora desta fraternidade, que tanto
precisava, depois da ausncia da irm Engrcia (por motivos de sade),
da qual sentimos muita saudade.
Demos todas as boas vindas a esta nossa irm Dominicana de Santa
Catarina, e desejamos que com a sua ajuda e a de S. Domingos nos
sintamos mais fortes na nossa caminhada.
Catarina Arde
NOTCIAS DAS FRATERNIDADES
RETIRO DAS FRATERNIDADES Vai realizar-se o retiro anual das
Fraternidades Leigas
de So Domingos nos dias 13, 14 e 15 de Maro de 2014 em Ftima, no
Convento de Nossa Senhora do Rosrio (Frades Dominicanos).
O Tema : A Caridade/Amor . O retiro comea no dia 13 de Maro de
2015 pelas
21.00 horas e terminar no Domingo dia 15 de Maro depois do
almoo.
O preo total da diria de 25,00 , dando um total de 50,00 por
pessoa.
Os conferencistas para este retiro so: Frei Joo Peliz O.P. Irm
Irene Catarina O.P. Cremilde Rodrigues O.P. INSCRIES: Fernanda M
Santos R. Neves Carlos R. dos Apstolos, n11 Esq. 7350-032 Elvas
Telef.: 268621347 - Telemvel: 961655939 E-mail :
[email protected]
(Continuao da pg.1)
Em Agosto de 1978 publicou uma carta pastoral onde afirmava o
direito do povo sua prpria orga-nizao e luta pacfica pelos seus
direitos.
No dia 24 de Maro de 1980 foi assassinado durante a eucaristia,
quando celebrava na capela do Hospital da Divina Providncia, em San
Salvador. O seu assassino, veio a descobrir-se anos mais tarde, era
um polcia membro da Guarda do presidente da Repblica, a man-do de
um dirigente militar e funda-dor do partido governamental. O
assassino recebeu 114 dlares para o acto.
Entre 1979 e 1992 foram assas-sinadas ou desapareceram por
mo-tivos polticos mais 75 mil pessoas em El Salvador.
O processo de canonizao de Monsenhor Oscar Romero foi aberto no
dia 24 de Maro de 1990. A 3 de Fevereiro de 2015 o papa Francisco
assinou o decreto da Congregao da Causa dos san-tos declarando
Monsenhor Oscar Romero como mrtir da Igreja, as-sassinado por
motivo de dio f.
Gabriel Silva, com base na Wikipedia
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Laicado Dominicano Janeiro/Fevereiro 2015
Caminho de Pscoa Tempo de Quaresma! Na conversa anterior abri
com o tema deste ano que
conduz ao JUBILEU: o conhecimento da Verdade que
liberta mediante o acolhimento da Palavra de Deus.
Saboreai e vede como o Senhor bom! bom na Palavra e no seu
Po!
Estamos a iniciar a Quaresma, tempo de graa pela abundncia dessa
Palavra, que cada dia na liturgia nos servida abundante como
alimento. O Papa
Francisco exorta-nos a comer desse Po e deixar que
produza frutos. Na mensagem Quaresmal manifesta
preocupao face a um mundo indiferente ante tanta
desigualdade a que chama globalizao da indiferena. Acontece at
na igreja porque tambm ela por vezes
surda ao apelo do Criador deixa de procurar e ver onde
e como est o teu irmo? (gen.4,9). misso da Igreja, parquias e
comunidades
fazer que todos sintam a misericrdia na proximidade de Deus. Era
um sentimento muito forte no corao
de S. Domingos. Da que sempre falava de Deus ou com
Deus. Aproveitava a graa deste tempo. Deus no indiferente a este
mundo que criou e amou ao ponto de dar a vida! No nos pede nada que
no tenha feito:
amou primeiro. (IJo.4,10). Tempo de graa para sentir e viver
aquela liberdade
que a Palavra acolhida contm. Desde sempre este Deus cultiva e
alimenta a proximidade e comunho connosco, que vai acontecendo na
histria de cada tempo mediante o acolhimento que lhe feito na
histria de cada um. Esta ideia e at as palavras so
repetidas do Laicado anterior. Considero central e
importante para encontrar gente feliz nas fraternidades
maneira de S. Domingos. Feliz por ter aberto a porta
e dado acolhimento quele que tem e s Ele Palavras de
Vida Eterna. O senhor nos diz nestes tempos que so
os nossos o que diz igreja de Filadelfia: Estou porta
e bato. Quem ouvir a minha voz e abrir a porta entro em sua casa
e janto com ele e ele comigo (Ap.3,20). Espetculo, t-lO nossa mesa,
na nossa casa! Lembra-me esta outra passagem em S. Lucas, cap. 19
em que
Ele olha para cima e diz: Zaqueu, desce depressa que
hoje tenho de ficar em tua casa desceu e acolheu-O cheio de
alegria! Sentimentos que nos devem habitar; o olhar de Jesus se faz
sentir em cada um de ns como
um convite a descer para o receber com alegria na nossa casa, ns
que tantas vezes estamos sua mesa na Eucaristia onde se faz nosso
alimento!
Pensamos nisto e na dimenso deste encontro que nos torna um com
Ele! daqui que parte a autntica liberdade crist que nos pe em campo
ao jeito de Domingos, com uma tal felicidade e alegria que no se
pode conter. O imperativo de o comunicar aos outros, mundo fora,
como o fizeram e esto fazendo tantos dos nossos irmos condio de
fidelidade da nossa vocao dominicana.
IMPORTANTE - No fique no esquecimento a
MENSAGEM do Papa para o dia Mundial da Paz:
nunca mais escravos mas irmos! Como sugesto proponho a leitura
da Carta de S. Paulo a Filmon que troca tudo isso em midos
Fr. Marcos Vilar, O.P.
PALAVRA DO PROMOTOR
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Laicado Dominicano Janeiro/Fevereiro 2015
Laicado Dominicano e Pregao (1)
Este texto, e os trs que se lhe s e g u i r o e m outros tantos
n m e r o s d o L a i c a d o D o m i n i c a n o , constituem uma
r e f l e x o partilhada com os participantes da P e r e g r i n a
o Nac iona l do Rosrio e da F a m l i a
Dominicana, que teve lugar em Ftima, nos dias 27 e 28 de
Setembro de 2014. Optmos por manter aqui a sua estrutura inicial,
dividida em quatro partes, subordinada ao tema proposto O Laicado
Dominicano e a Pregao.
1. Parto da dificuldade que eu prprio senti,
durante muitos anos, em rezar o Tero. Achava um exerccio
montono, repetitivo, sem graa nem jeito, aborrecido e no
compreendia como tantas e to repetidas ave-marias, intercaladas com
pai-nossos e pedidos insistentes para o Bom Jesus nos livrar do
fogo do inferno, podiam ser agradveis a Deus. At que chegou uma
altura na minha vida no sei se isto tambm vem com a idade, mas vem
com certeza pela converso pessoal que obra permanente da
misericrdia de Deus em cada um de ns que comecei a perceber que os
mistrios que contemplamos no Rosrio so os mistrios da nossa prpria
vida e da vida daqueles com quem nos cruzamos no dia-a-dia.
Na realidade, foi o meu trabalho que me foi despertando para
isso: por vocao, misso e profisso, trabalho com crianas em risco e
com famlias vulnerveis e acompanho de perto gente que procura por
todas as formas resgatar estas vidas, abrir oportunidades para uma
vida melhor. Comecei a tomar conscincia que conheo vidas que so um
infindvel mistrio doloroso, vidas coroadas de espinhos; outras que
so percursos sinuosos procura de luz, vidas que no cessam de
esperar a Boa Nova; outras ainda, que conhecem sbitas e inesperadas
alegrias que as levam a redescobrirem o sentido e a fora para
continuar a caminhar; outras que experimentam em si mesmas mudanas
radicais, o
milagre da ressurreio. No sei se me fao entender: comecei a
rezar o Tero, por exemplo os mistrios dolorosos e a pensar Senhor,
olha para a Rita que tambm ela est coroada de espinhos, vtima de
sndrome fetal alcolico, rf, atrasada mental e entregue aos cuidados
de uma instituio; ou nos mistrios da alegria Senhor, o Miguel vai
ser adotado, encontrou uma famlia que o quer acolher como filho,
uma famlia que est cheia de esperana nele; ou os mistrios da luz
Senhor, a presena e a palavra daquele leigo, daquela irm, daquele
frade, daquela monja, refletem a tua luz e testemunham a tua
palavra de salvao; ou, ainda os mistrios gloriosos Senhor, aquela
jovem que se prostitua para comprar drogas mudou de vida, foi capaz
de virar a pgina na sua histria pessoal em que estava crucificada
contigo e agora ressuscitou para uma vida nova.
Andamos todos a correr de um lado para o outro, com uma agenda
cheia, sem tempo para parar, numa hiperatividade crnica, cheios de
stress, sem tempo nem pacincia para nada nem ningum. A orao do Tero
aparece em contracorrente com esta atividade que s vezes nos mata e
introduz-nos na dimenso contemplativa da vida, ajuda-nos a
contemplar o essencial, os mistrios do Evangelho e o mistrio da
nossa vida, recolocando-a no mistrio de Deus. A orao , assim, uma
condio prvia pregao, porque nos coloca em sintonia interior com
Aquele que anunciamos. De facto, no h pregao da Boa Nova sem um
encontro com Aquele que , em si mesmo, a Boa Nova Jesus Cristo.
Portanto, no o fazemos em nosso nome pessoal. Sendo embora uma
opo pessoal, uma escolha que deve ser feita por cada um, em plena
liberdade que permita dizer sim ou no, vamos em nome dAquele que
nos envia e no em nosso nome pessoal. Estamos, pois, em nome de
algum; somos o rosto de algum; falamos em nome de algum; os nossos
gestos, ainda que sejam nossos, representam algum. Se no estivermos
altura e, num certo sentido, nunca estamos realmente Ele que fica
mal visto, se formos reles Ele que sai prejudicado.
aqui, a meu ver, que reside a importncia do testemunho de vida:
a coerncia profunda, a unidade entre aquilo que pensamos, dizemos e
fazemos, deve radicar nAquele em cuja Palavra dizemos acreditar,
nAquele que , Ele prprio, a Palavra definitiva de Deus.
(Continua na pgina 5)
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Laicado Dominicano Janeiro/Fevereiro 2015
Passa serenamente entre o rudo e a pressa e lem-bra-te da paz
que pode haver no silncio.
Tanto quanto possvel, sem te rebaixares, mantem as boas relaes
com toda a gente.
Diz o que pensas corts e claramente, e escuta os outros, mesmo
os aborrecidos e os ignorantes; tam-bm eles tm a sua histria.
Evita pessoas espalhafatosas e agressivas, so desgas-tantes para
o esprito.
Se te comparares com os outros, arriscas-te a torna-res-te
vaidoso ou amargo, porque sempre haver quem seja melhor e pior do
que tu.
Alegra-te com os teus sucessos e tambm com os teus
projectos.
Mantem o interesse pela tua profisso, por humilde que seja; um
verdadeiro patrimnio nas fortunas inconstantes do tempo.
Age com prudncia nos teus negcios, porque o mundo est cheio de
ciladas, mas no deixes que isto
te cegue porque a virtude tambm existe; muita gente luta por
nobres ideias, e por todo o lado a vida est cheia de herosmo.
S tu mesmo. Sobretudo no finjas nos afectos. No sejas cnico
acerca do amor, porque em face de
toda a aridez e desencanto, ele tem perene como a relva.
Aceita de boa mente o conselho dos anos, despren-dendo-te com um
sorriso das coisas da juventude; cul-tiva a fora de esprito para te
protegeres contra des-venturas inesperadas.
Mas no te atormentes com ideias sombrias; mui-tos medos nascem
da fadiga e da solido.
Para l de uma s disciplina; s paciente contigo. s um filho do
universo, no menos que as rvores ou as estrelas; tens direito a
estar aqui.
E quer seja claro ou no para ti, sem dvida que o universo vai
evoluindo como deve.
Portanto ests em paz com Deus, seja como for que O concebas.
E sejam quais forem os teus trabalhos e aspiraes, no meio da
barulhenta confuso da existncia, man-tem a paz no teu esprito.
Com todas as suas vicissitudes, frustraes e sonhos despedaados,
ainda assim, um mundo maravilhoso.
S alegre. Esfora-te por seres feliz.
Manuscrito encontrado em 1692, na antiga igreja de S. Paulo de
Baltimore.
Texto enviado pelo Fr. Bernardo Domingues, O.P.
TEOMEDITA
(Continuao da pgina 4) Porque, em ltima anlise, Ele que confere
um sentido ao que fazemos: sentido enquanto contedo,
significado, substncia, razo de ser; mas sentido tambm enquanto
objetivo a atingir, projeto de vida, rumo. No vamos em nome
pessoal, numa empresa prpria, a partir de uma iniciativa privada,
mas como resposta a Algum que iniciou o dilogo, como reao a uma
iniciativa que no foi nossa. Bem vistas as coisas, isto representa
uma garantia, pois podemos sempre dizer-Lhe que cuide do que lhe
pertence, pois a obra no nossa, dEle.
Diz-nos o Papa Francisco que com Jesus Cristo renasce sem cessar
a alegria. E acrescenta: Somente graas a este encontro ou
reencontro com o amor de Deus, que se converte em amizade feliz,
que somos resgatados da nossa conscincia isolada e da
autorreferencialidade. Chegamos a ser plenamente humanos, quando
somos mais do que humanos, quando permitimos a Deus que nos conduza
para alm de ns mesmos a fim de alcanarmos o nosso ser mais
verdadeiro. Aqui est a fonte da ao evangelizadora. Porque, se algum
acolhe este amor que lhe devolve o sentido da vida, como que pode
conter o desejo de o comunicar aos outros?
Esta fora de partir, de nos fazermos ao largo assumindo uma
misso, este impulso missionrio, vem do acolhimento da Promessa de
Deus na nossa vida, da abertura do nosso esprito ao Esprito Santo
de Deus. Percebemos isso ao meditarmos os mistrios da alegria, com
Maria, aps o seu consentimento faa-se em mim segundo a tua palavra
(Lc.1:38).
Jos Carlos Gomes da Costa, O.P.
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Laicado Dominicano Janeiro/Fevereiro 2015
A 3 e 4 de Outubro de 2014 reuniu pela primeira vez o novo
Conselho Europeu em Huissen Holanda). Foram muito bem acolhidos
pelos frades locais e foi uma excelente oportunidade para os
membros do ECLDF (European Council of Lay Dominican Fraternities)
se conhecerem melhor.
Novo logotipo do ECLDF: Foi decidido que como novo impulso e
como o mais lgico adoptar o logotipo da ltima Assembleia europeia
realizada em Bolonha.
Neste logotipo so visveis os elementos tabernculo, fogo e
fronteiras. Tabernculo: na bblia o smbolo a peregrinao. O facto de
o Povo de Deus ser peregrino tambm est expresso na bblia pela
expresso de que o povo vivia em tendas e tambm pela presena de Deus
O Senhor fez de mim um santurio pelo que agora vivo junto a Ele.
Fogo: a bblia usa muitas vezes o smbolo do fogo para demonstrara a
proximidade, presena e revelar-se. Fonteiras: Domingos desejava
atravessar as fronteiras e ir pregar, sendo as linhas a preto e
branco smbolos dessas fronteiras. O autor do logo o Fr. Mannes
Maruk, promotor do laicado dominicano da Eslovquia.
Programa do ECDLF para os prximos anos: em primeiro lugar estar
o apelo do Mestre Geral e do Papa Francisco: temos de sair e
focar-nos mais na nossa misso. Estar em maior contacto com
aqueles
que nos dias de hoje sofrem da violncia e da insegurana (como na
Ucrnia e no Iraque) e saber junto deles como pode o ECLDF ajud-los.
Ou promovendo uma corrente de orao atravs da Europa por uma inteno
especial; ou estabelecendo uma maior proximidade junto de algumas
Fraternidades. Um projecto bem sucedido foi o da Imagem Peregrina
de S. Domingos realizado no anterior mandato. Iremos fazer tambm
algumas alteraes no nosso site: www.ecldf.net
A prxima Assembleia Europeia estava prevista para 2018. Mas o
Conselho Internacional das Fraternidades decidiu mudar de 2017 para
2018 a data da prxima Assembleia Mundial das Fraternidades, pelo
que estamos a pensar mudar a Assembleia Europeia pra um ano antes,
2017, de forma a as duas no coincidirem, pelo que seria realizada
em principio de 28 de Abril a 3 de Maio de 2017 em local
futuramente a designar.
Fizemos ainda a eleio dos vrios cargos resultando na seguinte
composio do ECLDF: Presidente Leny Beemer de Vos (Holanda);
Secretria Olga Rozhnikova (Rssia); Tesoureiro Aksel Misje (Noruega)
Formao: Eva Zudorova (Eslovquia); Comunicao: Arnaud Kientz
(Frana).
(Resumo da Newsletter do ECDLF por Gabriel Silva)
CONSELHO EUROPEU DAS FRATERNIDADES
CONFERNCIAS DO CONVENTO2014-2015 De onde nos vem a Luz?
(Dominicanos, Lisboa)
21 Fev 2015 - Simblicas da luz na liturgia Joaquim Flix 28 Fev
2015 - Luz e vida na Bblia Fr.Francolino 7 Maro 2015 Iluminao e
budismo zen implicaes para uma mstica crist
Fr.Rui Grcio
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Laicado Dominicano Janeiro/Fevereiro2015
ONDE ESTO OS DOMINICANOS?
So Domingos, preocupado com o alastramento do erro e da
falsidade que dominava grande nmero de conscincias e vastas regies
do seu tempo (heresia ctara), preocupado ao mesmo tempo com a
situao da Igreja que a tornava incapaz de fazer frente a tama-nha
ameaa, So Domingos, inspirado pelo Esprito-Santo e pela sua
genialidade, decidiu fundar uma Or-dem Religiosa que respondesse s
necessidades da Igreja e aos desafios da poca. Fundou uma nova
or-dem religiosa cujo objectivo prioritrio era a evangeli-zao, o
combate ao erro e s ideologias perniciosas, e defesa da F, sendo
que estas prioridades s teriam eficcia com muito estudo, com muito
aprofunda-mento teolgico, e com muita orao.
Nos tempos de hoje, tempos de crise de F dentro da Igreja, de
descristianizao da sociedade humana, e do alastramento de mltiplas
ideologias de morte, tempos por isso muito mais graves que no tempo
de So Domingos, e por conseguinte, tempos ainda mais propcios ao
carisma dominicano, onde esto os fi-lhos de So Domingos? Os
dominicanos, outrora fa-mosos pela sua intrpida defesa da F,
fidelidade Doutrina da Igreja, pela sua actividade missionria, pela
sua produo intelectual ao servio da F, pela corajosa denncia da
mentira e da falsidade presente
em diversas ideologias, onde que eles esto hoje, numa sociedade
humana que vive cada vez mais co-mo se Deus no existisse, e
dominada por ideologias de morte? Estaremos ns, dominicanos de
hoje, a sermos fiis espiritualidade que professamos e vontade de So
Domingos?
Os Dominicanos tm de estar na linha da frente da urgente
re-evangelizao do ser humano, da re-cristianizao da sociedade, na
fidelidade doutrina da Igreja, na sua defesa, no seu
aprofundamento, e na sua proclamao. Perante tantos ataques que vm
no apenas do exterior, mas tambm, infelizmente, do prprio interior
da Igreja, onde muitos baptizados (at mesmo alguns dominicanos) se
dedicam a criti-car e a desobedecer doutrina da Igreja, os
dominica-nos, os verdadeiros filhos de So Domingos, tm de aparecer,
tm de reagir, tm de fazer frente (seguindo o exemplo do seu
fundador), sem medo e com cora-gem, aos mltiplos ataques que sofre
hoje a Igreja de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Meus irmos, sejamos fiis ao carisma dominicano e vontade de So
Domingos, em que a Orao (principalmente a orao do Rosrio), e o
estudo (como aprofundamento teolgico), esto ao servio do objectivo
principal da Ordem dos Pregadores, isto , a Evangelizao. Se no
houver actividade missio-nria, se no houver fidelidade doutrina da
Igreja, se no houver defesa da F, se no houver combate intelectual
s ideologias de morte que dominam a sociedade humana, no estaremos
a ser verdadeira-mente dominicanos.
Nossa Senhora do Rosrio, rogai por ns. So Domingos, rogai por
ns.
Jos Alves
leigosdominicanos.org
Este o endereo do site ou pgina na internet
das Fraternidades de So Domingos portuguesas.
Ali cada um poder encontrar algumas notcias,
consultar a nossa Regra e Directrio, partilhar as car-
tas mais recentes do Mestre Geral, material e textos
teis para formao e algumas oraes dominicanas.
Tambm os nmeros do jornal Laicado Dominica-
no esto ali disponibilizados em arquivo para consul-
ta ou cpia.
O site est ainda a ser acrescentado com algumas
funcionalidades e contedos, pelo que se sugere que
seja visitado com regularidade.
Gabriel Silva, O.P.
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F i c h a T c n i c a Jornal bimensal Publicao Peridica n 119112
ISSN: 1645-443X Propriedade: Fraternidade Leigas de So Domingos
Contribuinte: 502 294 833 Depsito legal: 86929/95 Direco e Redaco
Cristina Busto (933286355) Maria do Carmo Silva Ramos (966403075)
Colaborao: Maria da Paz Ramos
Administrao: Maria do Cu Silva (919506161) Rua Comendador
Oliveira e Carmo, 26 2 Dt 2800 476 Cova da Piedade Endereo: Praa D.
Afonso V, n 86, 4150-024 PORTO E-mail: [email protected] Tiragem:
410 exemplares
O s a r t i g o s p u b l i c a d o s e x p r e s s a m a p e n
a s a o p i n i o d o s s e u s a u t o r e s .
Laicado Dominicano Janeiro/Fevereiro 2015
PEREGRINAO A CALERUEGA Famlia Dominicana de Portugal Dias 26 a
28 de Junho de 2015
A MORTE NO NADA
A morte no nada. Apenas passei ao outro mundo. Eu sou eu. Tu s
tu. O que fomos um para o outro ain-da o somos. D-me o nome que
sempre me des-te. Fala-me como sempre me falaste. No mudes o tom a
um triste ou solene. Continua rindo com aquilo que nos fazia rir
juntos. Reza, sorri, pensa em mim, reza comigo. Que o meu nome se
pronuncie em casa como sempre se pronunciou. Sem nenhuma nfase, sem
rosto de sombra.
A vida continua significando o que significou: continua sendo o
que era. O cordo de unio no se que-brou. Porque eu estaria for a de
teus pen-samentos, apenas porque estou fora de tua vista ? No estou
longe, Somente estou do outro lado do caminho. J vers, tudo est
bem. Redescobrirs o meu corao, e nele redescobrirs a ternura mais
pura. Seca tuas lgrimas e se me amas, no chores mais.
Santo Agostinho
Locais a visitar: Caleruega, S. Domingos de Silos, Osma, Palncia
e Salamanca.
Custo por pessoa: 140,00 Inclui viagem de autocarro, duas
estadias completas
e almoo no dia 27, Sbado. No inclui o almoo de sexta- feira dia
26, e o almo-
o de Domingo dia 28. Sada de Lisboa, dia 26 de Junho, pelas
7h30. Para mais informao, contacte: 962 380 633
(Lurdes Santos).