Kátia Michelle Freitas VALIDAÇÃO DE UM INSTRUMENTO (QUESTIONÁRIO) DE ATENÇÃO FARMACÊUTICA PARA PACIENTES EM POLITERAPIA: VISITAÇÃO DOMICILIAR Alfenas, MG Abril, 2008 MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO Universidade Federal de Alfenas. UNIFAL-MG Rua Gabriel Monteiro da Silva, 714 . Alfenas/MG . CEP 37130-000 Fone: (35) 3299-1000 . Fax: (35) 3299-1063
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Kátia Michelle Freitas
VALIDAÇÃO DE UM INSTRUMENTO (QUESTIONÁRIO) DE ATENÇÃO FARMACÊUTICA PARA PACIENTES EM
POLITERAPIA: VISITAÇÃO DOMICILIAR
Alfenas, MG Abril, 2008
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO Universidade Federal de Alfenas. UNIFAL-MG Rua Gabriel Monteiro da Silva, 714 . Alfenas/MG . CEP 37130-000
Fone: (35) 3299-1000 . Fax: (35) 3299-1063
Especialização em Atenção Farmacêutica 9 Universidade Federal de Alfenas
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Kátia Michelle Freitas
VALIDAÇÃO DE UM INSTRUMENTO (QUESTIONÁRIO) DE ATENÇÃO FARMACÊUTICA PARA PACIENTES EM
POLITERAPIA: VISITAÇÃO DOMICILIAR
Monografia resultante da conclusão da especialização Lattu sensu em Atenção Farmacêutica apresentada à Pró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa da Universidade Federal de Alfenas, referente ao período de maio de 2007 a março de 2008.
Área de concentração: Atenção Farmacêutica
Orientadora: Luciene Alves Moreira Marques
Alfenas, MG 2008
Especialização em Atenção Farmacêutica 10 Universidade Federal de Alfenas
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UNIFAL- MG – UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALFENAS
A comissão examinadora, abaixo assinada, aprova a monografia
“Validação de um instrumento (Questionário) de Atenção Farmacêutica
para pacientes em politerapia: Visitação Domiciliar”, elaborada por Kátia
Michelle Freitas, como requisito parcial para a conclusão do curso de
especialização em Atenção Farmacêutica.
Banca examinadora _________________________________________ Prof. _________________________________________ Prof. _________________________________________ Prof.
Alfenas, 28 de Março de 2008
Especialização em Atenção Farmacêutica 11 Universidade Federal de Alfenas
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Dedico essa monografia à Deus , pois sem Ele nada seria possível. Ao heroísmo e virtude do amado Felipe Ferré. À força e dedicação da Professora Luciene no seu papel de educadora e à sua perseverança nos projetos de Atenção Farmacêutica da Universidade.
Especialização em Atenção Farmacêutica 12 Universidade Federal de Alfenas
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Este trabalho não seria possível sem o apoio e amizade da Professora Luciene. Agradeço, também, ao companheirismo do Felipe Ferré pelo seu sólido suporte técnico, emocional e seus valiosos comentários. À minha amada família, em especial: Fofinha, Papi, Bebê e Vovó, agradeço-lhes o apoio incondicional. Às estudantes, Andressa, Cínthia, Marcelle, Mariana, Miliane e Rita do curso de Farmácia da UNIFAL-MG, pois a ajuda foi imprescindível para a concretização desse trabalho.
Especialização em Atenção Farmacêutica 13 Universidade Federal de Alfenas
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“Um dos desafios da categoria
farmacêutica é modificar condutas...”
Especialização em Atenção Farmacêutica 14 Universidade Federal de Alfenas
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RESUMO
A Atenção Farmacêutica é um modelo de prática do profissional farmacêutico,
cuja colaboração com a equipe de saúde visa melhoria na qualidade do serviço
prestado ao paciente, em prol da efetividade do tratamento farmacológico. O
presente trabalho estruturou uma metodologia adaptada ao Dáder de visitação
domiciliar, executou e monitorizou o plano terapêutico, sendo o objetivo do
farmacêutico a detecção, resolução e prevenção de Problemas Relacionados aos
Medicamentos (PRMs). A aplicação do questionário Dáder Modificado estabeleceu
um seguimento efetivo de detecção dos problemas de saúde, orientação ao uso
correto do medicamento e medidas para melhoria da qualidade de vida. Observou-
se uma grande quantidade de problemas causados pelo incumprimento da terapia
por parte do paciente, concluindo que o seguimento farmacoterapêutico permitiu
melhorar o uso dos medicamentos e aderência do paciente aos mesmos.
Especialização em Atenção Farmacêutica 15 Universidade Federal de Alfenas
ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA X ATENÇÃO FARMACÊUTICA ............................................................................. 20 OBSTÁCULOS DA ATENÇÃO FARMACÊUTICA NO BRASIL .................................................................................. 22 MÉTODO DADER ............................................................................................................................................... 24 JUSTIFICATIVA ............................................................................................................................................. 30 OBJETIVOS..................................................................................................................................................... 31
MATERIAL E MÉTODO .................................................................................................................................. 33
PRIMEIRA ETAPA: TRIAGEM .............................................................................................................................. 33 SEGUNTA ETAPA: APLICAÇÃO DO QUESTIONÁRIO “DÁDER MODIFICADO”....................................................... 33
RESULTADOS E DISCUSSÃO......................................................................................................................... 38
PRIMEIRA ESTAPA: TRIAGEM ............................................................................................................................ 38 SEGUNDA ETAPA: APLICAÇÃO DO QUESTIONÁRIO DÁDER MODIFICADO.......................................................... 39
Dados do paciente ....................................................................................................................................... 40 Dados Adicionais ......................................................................................................................................... 41 Sacola de Medicamentos.............................................................................................................................. 46 Perfil de adesão definido pela análise dos medicamentos utilizados .......................................................... 52 Comparação entre os resultados dos dois procedimentos de caracterização de adesão ............................ 53 Acompanhamento farmacoterapêutico ........................................................................................................ 54 Intervenção Farmacêutica ........................................................................................................................... 56 Outras Considerações.................................................................................................................................. 58
ANEXO I .............................................................................................................................................................. 66
TERMO DE CONSENTIMENTO..................................................................................................................... 66
ANEXO II ............................................................................................................................................................ 67
TERMO DE CONSENTIMENTO..................................................................................................................... 69
ANEXO IV ........................................................................................................................................................... 70
HISTÓRIA FARMACOTERAPÊUTICA ........................................................................................................ 72
Portanto, a Atenção Farmacêutica é uma das entradas do sistema de
Farmacovigilância, incluindo a documentação e avaliação dos resultados, gerando
notificações e novos dados para o Sistema, por meio de estudos complementares.
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As classes de medicamentos mais utilizadas pelos pacientes são os
diuréticos (17,8%) e inibidores de ECA (17,8%). 11,0% dos pacientes empregam
hipoglicemiantes, 11,0% empregam anti-coagulantes orais e 11,0% utilizam
antidepressivos. Outras classes identificadas são analgésicos, antiulcerosos,
vasodilatadores cerebrais, medicamentos de controle hormonal e antianginosos.
As associações mais freqüentes de medicamentos foram: inibidores da
ECA com diuréticos. Destaca-se a combinação do captopril com a hidroclorotiazida.
O uso desses dois fármacos, em combinação, é muito eficaz e possui boa
tolerabilidade para ser usado no tratamento da hipertensão leve e moderada (SILVA,
2007).
Figura 12 - Classes dos medicamentos mais utilizadas pelos pacientes
acompanhados.
0% 4% 8% 12% 16% 20%
Inibidor de ECA
Diuréticos
Antidepressivos
Anticoagulantes orais
Antidiabéticos
Antiiflamatórios
B2 adrenérgicos
Antiulceros
Vasodilatador Cerebral
Controle hormonal
Antianginoso
Analgésicos
Especialização em Atenção Farmacêutica 48 Universidade Federal de Alfenas
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O número de medicamentos utilizados cronicamente pelos pacientes
variou de 2 a 8, sendo que 35,0% utilizam cinco medicamentos, 25,0% utilizam
quatro medicamentos e 15,0% utilizam seis medicamentos.
Figura 13 - Número de medicamentos utilizados
cronicamente pelos pacientes acompanhados.
0,0%
5,0%
10,0%
15,0%
20,0%
25,0%
30,0%
35,0%
dois três quatro cinco seis oito
Verificou-se que 70,0% dos pacientes não seguem fielmente a posologia
prescrita e 25,0% fazem uso do medicamento conforme recomendações médicas.
É largamente enfatizado que a politerapia dificulta o cumprimento dos
tratamentos medicamentosos. É assinalado, também, que as medicações múltiplas
(associações) facilitam o cumprimento dos tratamentos. Observa-se que a
prescrição médica ou indicação farmacêutica de especialidades de eficácia duvidosa
pode ter uma influência negativa sobre a correta ingestão de outros medicamentos
simultâneos que demonstram-se eficazes e necessários para recuperar a saúde.
Ademais, a similitude no aspecto das diferentes especialidades (tamanho, forma ou
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cor parecidas) podem contribuir com a confusão da própria politerapia, favorecendo
também o não cumprimento (GABARRÓ,1999). Tais informações complementam-se
aos casos identificados de “não adesão” citados a seguir.
Figura 14 – Fidelidade de conduta relacionada à posologia prescrita aos pacientes
acompanhados.
25%
70%
5%
seguem fielmente não seguem fielmente indeterminado
Os questionamentos relacionados aos medicamentos permitem
estabelecer comparações, como por exemplo a pergunta “como usa o
medicamento?” ou a referência à “posologia prescrita pelo médico na receita”,
avaliando-se, assim, a coerência das tomadas dos medicamentos pelo paciente. Ao
questionar-se “como usa o medicamento?” 75,0% dos entrevistados apresentaram
incoerência com a posologia que se encontrava escrita na prescrição médica. Essa é
uma etapa importante no acompanhamento farmacoterapêutico, porque permite
avaliar a adesão, observando as doses diárias correspondentes ao tratamento,
relacionando-as com o resultado da medicação. A não ser que haja PRM de erro de
prescrição.
Quanto ao uso do medicamento concomitante às refeições, 70,0% dos
pacientes declararam fazer ingestão dos medicamentos logo após a alimentação,
20,0% ingerem antes (de 30 minutos a um hora) e 10,0% ingerem em meio à
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refeição. Tal fato sugere, por exemplo, que a efetividade de medicamentos como o
captopril pode estar comprometida, interferindo diretamente no controle da pressão
arterial. Os pacientes foram orientados adequadamente quanto ao uso de cada
medicamento.
Quando questionados ao uso do café, 80,0% ingerem café e 20,0% não
ingerem cotidianamente. Devido a estudos largamente difundidos, constatou-se que
a cafeína está diretamente correlacionada à hipertensão. Sugeriu-se que os
pacientes fizessem redução do número de xícaras/dia, substituindo o uso por outra
bebida que não interfira na pressão arterial.
Figura 15 – Uso do café pelos pacientes acompanhados
80%
20%
sim não
Dentre os entrevistados, 25% dos pacientes não fazem uso de chás. Dos
75% que fazem uso 25% empregam erva cidreira, 12,5% empregam hortelã e 12,5%
utilizam pata de vaca. Outros chás citados são folha de jamelão, alfavaca, camomila,
funcho, boldo, canela, mate e erva doce. O uso de chás deve ser cauteloso devido à
origem, parte da planta, terreno de cultivo, estação do ano, etc; podendo ser
potencialmente tóxico em muitos casos ou mesmo incorrer em interações com os
medicamentos. Foi orientado a redução do uso quando demonstrou-se necessário.
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Figura 16 – Chás citados pelos pacientes acompanhados que fazem uso.
erva cidreira25,0%
pata de vaca12,5%
hortelã12,5%
camomila8,3%
funcho8,3%
canela8,3% mate
8,3% folha jamelão4,2%
alfavaca4,2%
boldo4,2%
erva doce4,2%
Outros16,7%
Obtendo-se o IMC (índice de massa corporal) baseado no peso em kg
dividido pelo quadrado da altura em metros, obteve-se informações diretamente
correlacionadas à hipertensão arterial, como o nível de obesidade do paciente.
Assim, 40,0% dos pacientes apresentaram algum tipo de obesidade sendo 20,0%
obesidade leve, 15,0% obesidade moderada e 5,0% obesidade mórbida. 40,0%
apresentaram peso normal e 10,0% apresentaram peso abaixo do normal.
Figura 17 – Distribuição do resultado avaliado a partir do índice de Massa Corpórea
(IMC) dos pacientes acompanhados.
0% 5% 10% 15% 20% 25% 30% 35% 40%
Abaixo do peso
Normal
Obesidade leve
Obesidade moderada
Obesidade grave ou mórbida
Não relatado
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A obesidade é um fator de risco associado ao desenvolvimento de
determinadas enfermidades crônicas, como Diabetes Mellitus Tipo 2, enfermidades
cardiovasculares, Hipertensão arterial, também osteoartrites dentre outras.
No presente trabalho, 14,7% dos entrevistados relataram como grande
problema de saúde dores nas articulações, disfunção agravada pelo sobrepeso e
idade avançada.
Perfil de adesão definido pela análise dos medicamentos utilizados Para avaliação da adesão há: “um conjunto dos métodos indiretos que
incluem os processos de medida feitos por meio de entrevistas com o paciente,
informações obtidas de profissionais de saúde e de familiares dos pacientes, os
resultados dos tratamentos ou atividades de prevenção, preenchimento de
prescrições e contagem dos medicamentos. Estes métodos são os mais
frequentemente utilizados, devido à sua facilidade de aplicação. Porém, no caso dos
métodos indiretos, o paciente pode esconder do entrevistador a forma real como
realiza o tratamento, caracterizando, assim, a vulnerabilidade dos métodos de
natureza indireta” (DEWULF, 2005; LEITE; VASCONCELOS, 2004; VERMEIRE et
al., 2001).
Verificou-se que o percentual de casos considerados como menos
aderentes foi superior ao de aderentes. Conforme estipulado, a aderência do
paciente ao tratamento foi avaliada quando o paciente relatou corretamente: 1) o
nome do medicamento; 2) “quanto usa” (dose); 3) o conhecimento sobre o
tratamento prescrito; 4) a utilização do medicamento. Assim, 15,0% dos pacientes
foram classificados com “muita adesão ao tratamento”, 25,0% foram classificados
com “adesão regular” e 60,0% apresentaram “pouca adesão”. Tais informações
sugerem a importância dos farmacêuticos e cuidadores profissionais da saúde
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(enfermeiros, etc) na orientação correta do uso dos medicamentos. Com o serviço
de atenção farmacêutica foi possível acrescentar melhorias e assegurar a
efetividade dos tratamentos medicamentosos.
Segundo os resultados do teste de Morisky, detectou-se percentuais
elevados de pacientes menos aderentes. Apenas 5,0% foram avaliados com nível de
adesão “elevado”, contra 45,0% que apresentaram adesão “moderada” e 50,0%
apresentaram ‘baixa adesão”.
Considerou-se como pacientes mais aderentes os que apresentavam um
comportamento de não esquecer de tomar e de serem cuidadosos com o horário de
tomada do medicamento, bem como de não decidir interromper o tratamento
medicamentoso por conta própria quando houvesse algum efeito colateral, ou
quando os sintomas da doença desaparecessem. Os pacientes em que alguma
destas condições estivessem presentes foram classificados como menos aderentes
Tais estudos foram validados anteriormente, possibilitando a identificação dos
verdadeiros não aderentes (DEWULF, 2005).
Comparação entre os resultados dos dois procedimentos de caracterização de adesão
A Figura 18 representa o percentual de casos classificados como menos
aderentes, de acordo com os resultados do teste de Morisky e com a análise dos
medicamentos utilizados pelos pacientes (Método Dáder Modificado). Esta figura
indica a consistência entre os resultados, sendo que a análise dos medicamentos
utilizados indica menor grau de adesão. O teste de Morisky revelou alto percentual
de não-adesão ao tratamento medicamentoso prescrito assim como a avaliação
prescrita pelo método Dáder Modificado. Por intemédio do teste de Qui-quadrado,
expressam apenas uma variação casual nos resultados (p=0,05).
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Figura 18 – Comparação entre métodos de Molisk e Dáder Modificado sobre a
qualificação da adesão ao tratamento pelos pacientes acompanhados
DáderModificado Morisky
Muita/Elevada
Regular/Moderada
Pouca/Baixa
0,0%
10,0%
20,0%
30,0%
40,0%
50,0%
60,0%
Acompanhamento farmacoterapêutico A Figura 19 mostra o resultado negativo associado à medicação (RMN) no
acompanhamento farmacoterapêutico realizado pela pesquisadora. Assim, 40% dos
indivíduos entrevistados apresentaram um problema de saúde não tratado, ou seja,
o paciente não recebeu a medicação que, realmente, necessita. Os 35%
apresentaram tratamento com inefetividade não-quantitativa, 15% tratamento com
insegurança quantitativa e 10% dos pacientes com efeito de medicamento não
necessário. A detecção do RMN foi imprescindível para o planejamento da
intervenção farmacoterapêutica.
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Figura 19 – Distribuição do resultado negativo associado à medicação do
acompanhamento farmacoterapêutico do presente trabalho.
40%
15%
35%
10%
Problema de saúde não tratado Insegurança quantitativaInefetividade não quantitativa Efeito de medicamento não necessário
O gráfico 20 representa os resultados obtidos sobre Problemas Relacionados
aos medicamentos (PRM), ou seja, situações que durante o processo de uso dos
fármacos causaram o aparecimento do RMN. Destaque-se que 25% dos PRMs
estão classificados como outros (outras situações as quais não estão listadas pelo
Terceiro Consenso de Granada), 20% apresentaram uma situação em que o
problema de saúde encontrou-se insuficientemente tratado, os outros 20% com não
cumprimento do tratamento (Ver figura abaixo). No presente trabalho, detectou-se
apenas um PRM para cada RMN.
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‘
Figura 20 – Distribuição do resultado sobre Problemas Relacionados aos
Medicamentos (PRM como causa do RMN).
0,0% 5,0% 10,0% 15,0% 20,0% 25,0% 30,0%
Outros
Problema de saúde insuficientemente tratado
Não cumprimento
Erro de prescrição
Dose, dosagem ou duração não-adequada
Administração errônea do medicamento
Características pessoais
Interações
Intervenção Farmacêutica Considerando que a intervenção farmacêutica é uma etapa que conclui a
avaliação dos resultados clínicos, 80% dos entrevistados receberam uma atenção
Farmacêutico-Paciente, o qual preconizou orientações educativas e sanitárias para a
melhoria da qualidade de vida do paciente: o perigo da automedicação, os
benefícios dos medicamentos quando usados de forma adequada, dentre outras
informações importantes para o aumento do conhecimento sobre os medicamentos
e as patologias que os acometem. Assim, 10% das intervenções foram
Farmacêutico-Paciente-Médico, através da comunicação escrita, porém com o
consentimento do paciente.
Especialização em Atenção Farmacêutica 57 Universidade Federal de Alfenas
‘
Figura 21 – Distribuição dos tipos de Intervenção Farmacêutica realizada, através
resultados clínicos avaliados pela pesquisadora.
0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80%
Farmacêutico-paciente
Farmacêutico-paciente-médico
não houveintervenção
A Figura 22 representa o perfil dos procedimentos que foram realizados no
acompanhamento farmacoterapêutico. Assim, destaque-se que 30% dos pacientes
entrevistados não necessitavam de uma intervenção farmacoterapêutica,
condizentes com os resultados obtidos do tipo de Intervenção do gráfico anterior, o
qual apontou que a maioria dos entrevistados necessitavam de orientações
educativas e sanitárias. A figura também aponta que 20% dos indivíduos
necessitaram apenas de uma mudança nos horários de tomadas dos medicamentos
para que o tratamento tornasse efetivo. E que outros 20%, o acréscimo de
medicamentos é necessário para a eficácia da terapêutica do paciente.
Especialização em Atenção Farmacêutica 58 Universidade Federal de Alfenas
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Figura 22 – Distribuição dos tipos de procedimentos de intervenção.
0% 5% 10% 15% 20% 25% 30% 35%
Necessidade de intervenção nãofarmacoterapêutica
Mudança de horários de tomadas demedicamentos
Acréscimo de medicamentos
Retirada de medicamentos
Farmacoterapêutica e não farmacoterapêutica
Mudança na dosagem do dia
Substituição de medicamentos
Outras Considerações O Método Dáder, sendo bem implementado, requer muito tempo na primeira
entrevista. Optou-se por dividi-la em duas entrevistas, assim, foi possível melhorar a
coleta de dados sem tornar o processo cansativo.
Sendo o “problema de saúde” resolvido ou não, o Método Dáder recomenda
apenas um novo “Estado de Situação”. No Método Dáder Modificado, constatou-se a
importância de realizar outro plano de AF com novas entrevistas.
O diagrama do Método Dáder Modificado não aponta uma “saída do serviço”,
mas aborda uma colocação mais abrangente do “fim”, que seria a “saída do serviço”
pelo paciente caso este deseje ou o encerramento do acompanhamento
farmacoterapêutico em questão com as preocupações de saúde sanadas. Tal
informação complementa a metodologia Dáder tornando claro quando inicia e
quando termina um acompanhamento. Se durante o acompanhamento o paciente
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manifestar novas preocupações não torna-se necessário abrir novos
acompanhamentos, bastando inseri-las no acompanhamento em andamento.
Quando o problema de saúde do paciente foi resolvido, não há motivo para
reimplementação da metodologia completa do Dáder. Na prática é realizado um
monitoramento clínico quando há consentimento do paciente. Um novo
acompanhamento é aberto quando uma ou mais novas preocupações de saúde
forem constatadas neste ínterim.
Especialização em Atenção Farmacêutica 60 Universidade Federal de Alfenas
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CONCLUSÃO
A visita domiciliar apresentou-se adequada para aplicação do questionário e
obtenção de informações que contribuíram para identificação de PRMs e RMNs. A
relação Farmacêutico-Paciente viabilizou o surgimento de uma intimidade que trouxe
a melhoria do tratamento com a confiança do entrevistado. A visita domiciliar
permitiu ao usuário um ambiente agradável para discutir os seus problemas de
saúde. Permitiu também, o conhecimento da realidade de vida do paciente pelo
entrevistador conhecer. Assim, tal proximidade proporcionou decisões das
intervenções mais adequadas ao tratamento terapêutico.
O questionário Dáder Modificado deverá novamente ser revisado priorizando
a ordem lógica das perguntas, a redação das mesmas, as categorias de respostas
das perguntas, tendência de opiniões e outros sensos (como o da memória). Assim,
algumas perguntas serão reformuladas, podendo surgir nova redação, eliminando
algumas perguntas potencialmente tendenciosas conforme o entrevistador ou
mesmo abordam informações que de menor relevância, substituindo-as outros
dados mais importantes, advindos do acúmulo de experiência com um maior número
de paciente.
No diagrama modificado, alterou-se o início da entrada no sistema de “razão
da consulta” para “preocupação de saúde”. Considerou-se que a conseqüência da
entrada do paciente no sistema é a identificação do RMN. Sem uma preocupação de
saúde, não é justificado o estudo situacional, tão pouco suposições com a fase de
avaliação do tratamento. Sendo o método Dáder aplicável em pacientes
conscientes, situação oposta a um tratamento de emergência, o papel do paciente
em sua melhoria é fundamental, sem ela não existe acompanhamento
farmacoterapêutico. Fica como sugestão para estudos futuros a aplicabilidade do
Especialização em Atenção Farmacêutica 61 Universidade Federal de Alfenas
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Método Dáder em pacientes problemáticos que não se adaptem ao tratamento
conscientemente.
Especialização em Atenção Farmacêutica 62 Universidade Federal de Alfenas
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26. POSEY,M. Pharmaceutical care: will pharmacy incorporate its philosophy of practise? J. Am. Pharm. Assoc. v. N537 n. 2, p. 145-148. 1997.
27. RANTUCCI M. J. Guía de consejo del farmacêutico al paciente. Espanha: Masson – Williams & Wilkins, 1997.
28. RIERA, M.T.E.; SAAVEDRA, F.A.T.; MARTÍNEZ, A.M.D.; SÁNCHEZ, R.P.; SÁNCHEZ, G.A.; GONZÁLEZ, P.A. Actividades del proceso de Atención Farmacéutica: la visita farmacêutica . Pharm Care Esp 1999; 1: 70-75.
29. ROUGHEAD, L.; SEMPLE, S.; VITRY, A. The value of pharmacist professional services in the community setting: a systematic review of the literature 1990-2002. University of South Australia. 1998.
Especialização em Atenção Farmacêutica 64 Universidade Federal de Alfenas
‘
30. SKAER, T.L., SLAR, D.A., MARKOWSKI, J.K.H. Effect of value-added utilities on rescription refill compliance and Medicaid health care expenditures – A study of patients with non-insulin-dependente diabetes mellitus. J Clin Pharm Ther. v. 18, n. 4, p. 295-9, 1993.
31. SILVA, A. C.; PEREIRA, R. V.; FIGUEIREDO, B. C. P.; COUTO, W. F.; GRAMIGNA, L. L.; SANA, D. E. M.; GOMES, R. S.;ANDRADE, G. F.; BRANT, J. F. A. C.; BREGUEZ, G. S.; SILVA, M. A. R.; BARBEITOS, P. O.; JUNIOR, L. C. P.; REIS, L. E. S.; JAYME, M. F.; CAMARGO, R. S.; FRANCO, M. N.; AMARAL, M. S.; CARNEIRO, C. M.; GUIMARÃES, A G. Medicamentos Anti-Hipertensivos Utilizados na Área Rural de Ouro Preto, MG. Anais Eletrônicos da XV Semana Científica Farmacêutica, Goiânia: UFG, 2007. n.p.3.
32. SINITOX – Sistema Nacional de Informações Tóxico – Farmacológicas. Estatística anual de casos de intoxicação e envenenamento: Brasil, 1999. Rio de janeiro: Fundação Oswaldo Cruz/ Centro de Informação Científica e Tecnológica, 2000.
33. SOTO, E. Denominación de Pharmaceutical Care. Pharmaceutical Care Esp, v.1, n.4, p. 229-230, jul./ago. 1999.
34. VARMA, S, McELNAY, J.C., HUGHES, C.M., PASSMRE, A.P., VARMA, M. Pharmaceutical careof patients with congestive heart failure: interventions and outcomes. Pharmacotherapy. v.19, n.7, p. 860-9. 1999.
35. VAN VELDHUIZEN, M.K., WIDMER, L.B., STACEY, S.A., POPOVICH, N.G. Developing and implementing a pharmaceutical care model in na ambulatory care setting for patientes with diabetes. Diabetes Educ. v. 21, p. 117-23, 1995.
36. IVAMA, A.M. et al. Consenso brasileiro de atenção farmacêutica: proposta. Brasília: Organização Pan-Americana de Saúde, 2002.
Especialização em Atenção Farmacêutica 65 Universidade Federal de Alfenas
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ANEXOS
Especialização em Atenção Farmacêutica 66 Universidade Federal de Alfenas
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ANEXO I
TERMO DE CONSENTIMENTO
Eu, ______________________________________, carteira de identidade RG n�___________________, ou certidão de nascimento n�___________________, Alfenas-MG, concordo em participar do preenchimento do questionário estabelecido pelo Projeto de Extensão Universitária Farmacêutico em Casa, Farmacêutico na Universidade com objetivo de coletar dados, e posteriormente, utilizá-lo como parâmetro de seleção entre as pessoas, as quais receberão acompanhamento farmacoterapêutico. Os alunos comprometem-se em garantir e preservar as informações contidas no questionário e que tais informações coletadas serão utilizadas única e exclusivamente para a execução do projeto já citado acima.
Estou ciente que esses dados poderão ser usados para fins científicos, resguardando a minha identidade.
___________________________
Assinatura do paciente
__________________________
Assinatura do acadêmico
Data: / /
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO Universidade Federal de Alfenas . UNIFAL-MG Rua Gabriel Monteiro da Silva, 714 . Alfenas/MG . CEP 37130-000
Fone: (35) 3299-1000 . Fax: (35) 3299-1063
Especialização em Atenção Farmacêutica 67 Universidade Federal de Alfenas
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ANEXO II
Modelo de Questionário para seleção dos participantes do Acompanhamento Farmacoterapêutico
Nome do paciente: Idade: Sexo: Estado Civil:
Endereço:
Escolaridade:
Em caso positivo: Paciente sob terapia medicamentosa:
[ ] Sim [ ] Não
Sob prescrição médica: [ ] Sim [ ] Não
Nome comercial do(s) medicamento (s) e concentração:
1)
2)
3)
4)
Forma farmacêutica:
1) Comprimido [ ] Injetável [ ] Outra forma:__________________________
2) Comprimido [ ] Injetável [ ] Outra forma:__________________________
3) Comprimido [ ] Injetável [ ] Outra forma:__________________________
4) Comprimido [ ] Injetável [ ] Outra forma:__________________________
Esquema farmacêutico:
1)
2)
3)
4)
Qual a via de administração? Usa o medicamento com algum alimento?
Você segue rigorosamente o esquema terapêutico? Costuma esquecer de usar o medicamento? Quantas vezes? Sente alguma diferença em caso de esquecimento?
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO Universidade Federal de Alfenas . UNIFAL-MG Rua Gabriel Monteiro da Silva, 714 . Alfenas/MG . CEP 37130-000
Fone: (35) 3299-1000 . Fax: (35) 3299-1063
Especialização em Atenção Farmacêutica 68 Universidade Federal de Alfenas
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Você utiliza algum tratamento não farmacológico? Foi orientado para este tratamento?
Você sabe qual(is) é (são) a (s) sua (s) Patologia (s)? Detalhar o que você sabe.
Antecedentes de moléstia grave?
Estado geral de saúde do paciente:
Ótimo: [ ] Bom: [ ] Razoável: [ ] Debilitado: [ ] Sintomas e sinais após o início da Terapia (Efeitos adversos):
Impressões sobre a entrevista?
O (a) senhor (a) acha importante este tipo de trabalho?
Por quê?
Observações importantes:
Especialização em Atenção Farmacêutica 69 Universidade Federal de Alfenas
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ANEXO III
TERMO DE CONSENTIMENTO
Eu, ______________________________________, carteira de identidade RG nº.___________________, ou certidão de nascimento nº.___________________, Alfenas-MG, concordo em participar do Projeto Atenção à Saúde “Visita Domiciliar”com objetivo de que juntos conseguiremos melhores resultados com relação à terapia.
Estou ciente de que:
• Este serviço é gratuito; • Poderei desligar-me do Projeto, se esta for minha vontade, mediante aviso prévio (30 dias);
• Este serviço de visita domiciliar não inclui modificações de regimes de dosificação ou de recomendações prescritas pelo médico;
• Este serviço inclui: seguimento do tratamento farmacológico, a busca, o encontro e a documentação de problemas relacionados aos medicamentos, informe ao paciente sobre esses problemas, tentativa de resolve-los e, se necessário, o informe do prescritor sobre o problema.
• Estou ciente que esses dados poderão ser usados para fins científicos, resguardando a minha identidade.
___________________________
Assinatura do paciente
__________________________
Assinatura do acadêmico
Data: / /
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO Universidade Federal de Alfenas . UNIFAL-MG Rua Gabriel Monteiro da Silva, 714 . Alfenas/MG . CEP 37130-000
Fone: (35) 3299-1000 . Fax: (35) 3299-1063
Especialização em Atenção Farmacêutica 70 Universidade Federal de Alfenas
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ANEXO IV
INSTRUMENTO ELABORADO PARA SEGUIMENTO FARMACOTERAPÊUTICO (Adaptação do Método Dáder)
Dados pessoais: Data:
Nome do paciente: Nascimento: Feminino [ ] Sexo: Masculino [ ] Solteiro [ ] Casado [ ]
Endereço:
Estado Civil: Viúvo [ ]
Ocupação: Escolaridade: Dados adicionais:
1) Peso: (kg) 2) Altura: (metros) 3) PA atual: mmHg
4) Fez algum exame nos últimos seis meses?
[ ] Sim [ ] Não
Em caso positivo, Quais?
Obs.: os valores dos resultados do exame serão acrescentados nas últimas páginas
5) Já fez alguma cirurgia ou parto? [ ] Sim [ ] Não
Em caso positivo, Qual?
6) Alguma complicação durante a cirurgia e/ou parto?
[ ] Sim [ ] Não
Em caso positivo, Qual?
7) Teve filhos? [ ] Sim [ ] Não
Em caso positivo, Quantos?
8) Apresenta algum histórico familiar relacionado à problema de saúde?
[ ] Sim [ ] Não
Em caso positivo, Qual?
9) Houve algum medicamento que após ter usado desencadeou alguma reação estranha ao seu organismo?
[ ] Sim [ ] Não
Em caso positivo, Qual?
10) Como adquire seus medicamentos?
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO Universidade Federal de Alfenas . UNIFAL-MG Rua Gabriel Monteiro da Silva, 714 . Alfenas/MG . CEP 37130-000
Fone: (35) 3299-1000 . Fax: (35) 3299-1063
Especialização em Atenção Farmacêutica 71 Universidade Federal de Alfenas
13) Você possui algum problema de saúde? (algo que lhe incomoda?)
[ ] Sim [ ] Não
Em caso positivo, Quais?
1 6
2 7
3 8
4 9
5 10
Especialização em Atenção Farmacêutica 72 Universidade Federal de Alfenas
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História Farmacoterapêutica Medicamentos atuais
Obs: As questões poderão ter mais de uma opção como resposta. 1.Medicamento e concentração:
8.Quando iniciou o tratamento?
2.Usa? 9.Até quando será o tratamento?
[ ] uso contínuo [ ] uso determinado (período)
10.Sente algo estranho quando toma o medicamento?
[ ] Sim [ ] Não
3.Quem prescreveu?
O quê?
4.Você sabe pra que serve esse medicamento?
[ ] Sim [ ] Não
Para quê?
11.Sente alguma dificuldade no uso do medicamento?
[ ] para engolir
[ ] gosto ruim
[ ] tenho dificuldade na embalagem (abrir) do remédio
[ ] nda
5.Quanto usa (dose)? 13.Para tomar o medicamento o que você usa pra engolir ou diluí-lo (ex: suco, leite, água)?
6.Como usa? M T N (0-0-0) 14. Anotações do farmacêutico (observações): Posologia (receita médica):
7.Esse uso é próximo de alguma refeição?
[ ] 1 a 2 horas antes
[ ] minutos antes
[ ] minutos depois
[ ] junto com a refeição
[ ] 1 a 2 horas depois
15. Quanto a adesão do tratamento, o farmacêutico considera que o paciente:
[ ] muita adesão ao tratamento
[ ] pouco adesão ao tratamento
[ ] adesão regular ao tratamento
1.Medicamento e concentração:
8.Quando iniciou o tratamento?
2.Usa? 9.Até quando será o tratamento?
[ ] uso contínuo [ ] uso determinado (período)
10.Sente algo estranho quando toma o medicamento?
[ ] Sim [ ] Não
3.Quem prescreveu?
O quê?
4.Você sabe pra que serve esse medicamento?
[ ] Sim [ ] Não
Para quê?
11.Sente alguma dificuldade no uso do medicamento?
[ ] para engolir
[ ] gosto ruim
[ ] tenho dificuldade na embalagem (abrir) do remédio
[ ] nda
5.Quanto usa (dose)? 13.Para tomar o medicamento o que você usa pra engolir ou diluí-lo (ex: suco, leite, água)?
6.Como usa? M T N (0-0-0) 14. Anotações do farmacêutico (observações): Posologia (receita médica):
7.Esse uso é próximo de alguma refeição? Quanto a adesão do tratamento, o farmacêutico
Especialização em Atenção Farmacêutica 73 Universidade Federal de Alfenas
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[ ] 1 a 2 horas antes
[ ] minutos antes
[ ] minutos depois
[ ] junto com a refeição
[ ] 1 a 2 horas depois
considera que o paciente:
[ ] muita adesão ao tratamento
[ ] pouco adesão ao tratamento
[ ] adesão regular ao tratamento
Especialização em Atenção Farmacêutica 74 Universidade Federal de Alfenas
‘
Medicamentos anteriores
Medicamento 1:
1. utiliza? 4. como foi o uso?
2. quem prescreveu? 5. algo estranho?
3. para quê?
Medicamento 2:
1. utiliza? 4. como foi o uso?
2. quem prescreveu? 5. algo estranho?
3. para quê?
Medicamento 3:
1. utiliza? 4. como foi o uso?
2. quem prescreveu? 5. algo estranho?
3. para quê?
Medicamento 4:
1. utiliza? 4. como foi o uso?
2. quem prescreveu? 5. algo estranho?
3. para quê?
Medicamento 5:
1. utiliza? 4. como foi o uso?
2. quem prescreveu? 5. algo estranho?
3. para quê?
Medicamento 6:
1. utiliza? 4. como foi o uso?
2. quem prescreveu? 5. algo estranho?
3. para quê?
Especialização em Atenção Farmacêutica 75 Universidade Federal de Alfenas
‘
Segundo dia de visita
Revisão
Atenção:
Essa parte do trabalho consiste em apenas perguntas dirigidas ao paciente, não é uma anamnese. É efetuada com a intenção de descobrir problemas de saúde que podem ter correlação com os medicamentos utilizados.
sim não comentário
[ ] [ ] Cabelo: Usa algo especial no cabelo?
[ ] [ ] Sente algo no cabelo?
[ ] [ ] Cabeça:
[ ] dores de cabeça;
[ ] confusão
[ ] tonteiras
[ ] sinusite
Freqüência da dor:
[ ] [ ] Ouvidos, nariz e garganta:
[ ] alteração visual (usa óculos, algum medicamento para os olhos)
[ ] diminuição da audição
[ ] zumbido no ouvido
[ ] apresento inflamações na garganta com uma certa freqüência
[ ] apresento rinite alérgica
Boca: [ ] [ ] [ ] herpes labial
[ ] sinto gosto amargo com frequência
[ ] afta
[ ] boca seca
Mãos: [ ] [ ] [ ] trêmulas
[ ] manchas
[ ] feridas
[ ] dormência
Braços e músculos: [ ] [ ] [ ] cansados
[ ] manchas ou feridas
[ ] dormência
Coração: [ ] [ ] [ ] dor no peito (angina)
[ ] alteração na pressão arterial
[ ] possui válvula cardíaca
[ ] cirurgia cardiovascular ( ponte de safena ou cirurgia de revascularização do miocárdio)
Pulmão: [ ] [ ]
[ ] dor quando respiro [ ] falta de ar
[ ] chiado
Gástrico e intestino: [ ] [ ] [ ] náuseas
[ ] queimação
[ ] diarréia
[ ] intestino preso
Especialização em Atenção Farmacêutica 76 Universidade Federal de Alfenas
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[ ] dor abdominal [ ] dor ao evacuar
[ ] [ ] Rins:
[ ] dificuldade para urinar
[ ] freqüência urinária
[ ] [ ] Fígado:
[ ] hepatite [ ] cirrose
Genitais: [ ] [ ] [ ] coceira
[ ] corrimento
[ ] algum incômodo
[ ] ondas de calor
Pernas:
[ ] trêmulas [ ] manchas
[ ] feridas [ ] dormência
[ ] não [ ] cansaço Pés (dedos, unhas):
[ ] manchas [ ] feridas
[ ] dormência [ ] não Músculos (gota, dor nas costas, tendinitis):
[ ] dor [ ] fadiga (cansaço)
[ ] furmigamento [ ] não Pele:
[ ] erupções [ ] manchas
[ ] feridas [ ] seca
[ ] não Psicológico:
[ ] sente-se deprimida
[ ] considera-se uma pessoa alegre
[ ] considera-se uma pessoa muito preocupada
[ ] nenhuma das alternativas
[ ] não Neurológico:
[ ] considera-se uma pessoa muito nervosa e agitada
[ ] apresenta epilepsias
[ ] apresenta algum distúrbio neurológico
[ ] não Parâmetros bioquímicos: Quando foi realizado o último exame?________________________ Glicose Valor:________________ Valor de referência:________________ Colesterol: Valor:________________ Valor de referência:________________ Triglicerídeos: Valor:________________ Valor de referência:________________
Especialização em Atenção Farmacêutica 77 Universidade Federal de Alfenas
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O exame de sangue apresentou alguma alteração?
[ ] sim
[ ] não Qual?_________________________________ Teve alguma infecção nos últimos meses?
[ ] sim
[ ] não Qual?_________________________________ Outras observações: Cigarro
[ ] sim
[ ] não Quanto?_______________________________ Álcool
[ ] sim
[ ] não Que tipo de bebida que usa?_______________ Quanto?_______________________________ Café
[ ] sim
[ ] não Qual frequência?________________________ Quanto?_______________________________ Chás
[ ] sim
[ ] não Quais?_________________________________ Quanto?________________________________ Qual a freqüência?________________________ Outras drogas:_____________________________________________ Outros hábitos:_____________________________________________ Vitaminas e sais minerais:____________________________________ Vacinas recentes:___________________________________________ Alergias a medicamentos