Justiça Militar espanhola condena 6 bascos à morte Supremo ...

EdiçãoNacional

JORNAL DO BRASILRio de Janeiro — Terça-feira, 29 de dezembro de 1970 Ano LXXX — N.o 227

S. A. JORNAL DO BRASIL -Av. Rio Branco. 110/112 -End. Tal. JORBRASIL - Rio daJan.lro (GB), ZC-21 - Ul.Rida Inlarna .22-IB1B, - Tclu númaro 674 • 678 — Su-curtaiu Sio Paulo - Av. Siolula, 170, lo|a 7, T.l. 2.74611Bratllla - Sator Comercial Sul

S.C.S. - Quadra 1, Bio.co 1. Ed. Cantral 6? and. gr.602-7. T.l. 42.8866. B. Hori.,onl. - Av. Alonio Pana,I 500, 99 and. Tal. 22-58<B.Nilci.il - Av. Amaral P.lao-Io, 116, qrupot 703/704. T.li.5309 a 1730. Porto Al.gr* -Av. Borgat d. M.d.lrot, 913,JO andar. T.l. 4-7566. Salva-dor - Rua Chile. 22, a/1 602.Tal. 3-3161. R.cK. - RuaHo Rl.chu.lo, 13S. Tcl.2-5793. Corr.ipondanMi! Ma-naul. Balem, S. Lula, T.r..• In., Forlalara, Natal, Je-iPeno., Macio, Aracaju,(unha. VH6rla, Curitiba. Fio.i.nn. polia, Goiânia, Waihinglon,Nova Iorque, Parli, londrai,Roma . Bonn. PREÇOS, VENDAAVULSA, GB . RI: dlat út.li

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MINAS GERAIS

IT. As mulheres predoml-!nam em 14 dos 26 cursos,da Universidade Federal)do Minas Gerais, especi-;almcnte nos cursos de;Belas Artes, Psicologia,Biblioteconomia, Ciências ISociais, Educação Físican Enfermagem, onde ascandidatas são maioriacm alta porcentagem. Oshomens são em maior nú-'mero nos cursos de Admi- .nlstração de Empresa.!Arquitetura, C1 é n c i a s [Contábeis, Direito, Enge-1nharia. Medicina e Odon-tologla. Nos cursos deFarmácia, Jornalismo cMatemática, os rapazes eas moças concorrem qua-se com o mesmo númerode candidatos. O vestibu-lar único da UniversidadeFederal de Minas Geraisterá todas as suas vagasdisputadas na base dequatro candidatos por vaRa, com exceção dos de!Eco nomia. Engenharia,;Medicina, Psicologia cOdontologia, onde o índl-ce candidato/vaga variade cinco a dez por um.O vestibular será em Ja-nelro e foram formadasequipes de fiscalizaçãodas provas que serão rea-lizadas no Estádio MinasGerais, onde 14300 alu-nos disputarão menos detrês mil vagas.

41 A rodovia ligando SãoJoão Del Kcl a Lavras,com 99 quilômetros e Jácompletamente asfaltada |deverá ser inaugurada cmjaneiro próximo, segundo icomunicação do Diretor-!Geral do DNER, enge-nheiro Eliseu Resende, aoGovernador Israel Pi-nliclro. Esse trecho, cm-bora sem a sinalização já ,nanqueado ao tráfego há |mais de uma semana,possibilitará a ligaçãoda Zona da Mata. atravésde São João Del Rei, comri Sul de Minas e comSão Paulo, evitando-se apassagem por Belo Hori-zonte, o que reduz sensi-velmentc o tempo de via-gem. A Rodovia São JoãoDel Rei—Lavras é outraalternativa para quem, doRio ou da Zona da Mata,quiser ir para São Pauloou para o Sul de Minas.Basta tomar a ligaçãoBarbaccna—Sáo João DelRei, com 63 quilômetros,e desta última cidade atéLavras — 99 quilômetros— o que reduz a viagemem 251 quilômetros poisnáo precisará passar porBelo Horizonte.

CEARA

«. Depois de cumprir 18meses de prisão, dos trêsanos a que foi condenadoem 1957. o cx-prefelto deItapagé, Júlio Pinheiro,viu surgir agora o verda-deiro criminoso, preso emMacapá e removido paraFortaleza. Júlio Pinheiro;Bastos era prefeito do,município, quando foiacusado de mandante doassassinato do capitãoFrancisco Braga, ex-prefeito ao município,morto com uma facadana garganta em 1957. Oentão prefeito de Itapagéfoi condenado a três anosapós um movimentadojulgamento. Para Jullo

:,«¦ Pinheiro, a prisão do as-«usino Manuel Flrminofoi o maior presente deNatal que já recebeu,pois, apesar de Já estarcm liberdade há vanos

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Justiça Militar espanholacondena 6 bascos à morte

O tribunal militar de Bur-gos condenou à morte seis na-cionallstas bascos e outros no-ve a penas que totalizam 351anos de prisão. A sentença,anunciada ontem, provocouprotestos em San Sebastianque podem se estender a todaa Espanha, unindo as correntesde oposição ao GeneralíssimoFrancisco Franco.

Três acusados receberamduas penas de morte, uma peloassassinato do chefe de políciade San Sebastian, Meliton Man-

zanas, e outra por terrorismo.Os advogados de defesa mani-festaram-se "chocados'' com aseveridade do tribunal e serecusaram a assinar a ata deencerramento do julgamento.Se Franco não comutar as sen-tenças, os seis condenados àmorte serão executados por umpelotão de fuzilamento.

Grupos de manifestantessaíram às ruas em San Sebas-tian para protestar contra ojulgamento, virando automó-veis e atacando a pedradas ai-

gumas casas comerciais. Os Mi-nistros do Exército, da Mari-nha, da Aeronáutica, da Justi-ça, do Interior e da Informaçãoe Turismo reuniram-se em Ma-dri para examinar as medidasque sçrão tomadas contra asmanifestações populares.

O Papa Paulo VI e dirigen-tes de vários países pediram aFranco que comute a pena dosseparatistas condenados à mor-te, o que poderá ocorrer ama-nhã, quando fará seu discursode fim de ano. (Página 2)

Supremo Tribunal soviéticorevê pena contra judeus

_,..¦*¦ . . ... j„ „„,.„ „» r.it.irr.von. n vpinos da Dinamarca e Ale-

Os ox-terroristas Marcos, Gilson. Marini e Osmar arrependeram-se

do terem sido subversivos e saem da cadeia diretamente para casa

O Supremo Tribunal deJustiça da URSS, em decisãoinédita na história do país, de-cidiu convocar para depois deamanhã uma audiência de ape-lação para os condenados peloTribunal de Leningrado, queimpôs a pena de morte a doisdos 11 acusados de tentativa deseqüestro de um avião soviético.

A informação foi divulga-da pelos advogados dos 11 réus,que receberam instruções dopresidente do Tribunal de Le-

ningrado para se dirigirem aMoscou, a fim de participaremde uma sessão do Supremo Tri-bunal, onde serão reestudadasas condenações de prisão con-tra nove acusados e de fuzila-mento contra outros dois.

As pesadas punições con-tra o grupo, a maioria do qualé composta de judeus que ten-tou fugir do pais para dirigir-se a Israel, provocou protestoscm pelo menos 10 capitais eu-ropéias e americanas. Os Go-

vemos da Dinamarca e Ale-manha Ocidental pediram cie-mência ao Kremlin, enquantoo PC sueco criticou a decisãodo Tribunal de Leningrado.

O Papa Paulo VI pediu on-tem a anulação das penas con-tra os 11 réus, enquanto o Pre-sidente Riehard Nixon deverárealizar gestões junto ao Krem-Iin, visando ao indulto dos con-denados e a permissão paia queos judeus soviéticos possamemigrar para Israel .(Página 12)

Mais dois saemda relação dosseqüestradores

Mais duas pessoas relacionadas pelos se-questradores do Embaixador suíço, para seremmandadas ao exterior, serão excluídas da Hs-ta: Rubens Hlrschel e sua mulher. Êle apre-sentou ontem um requerimento ao II Exerci-to, negando-se a viajar, c sua mulhevnaopode participar da troca pelo diplomata por-que está em liberdade.

A policia política de São Paulo libertoucinco terroristas que, há pouco tempo, arre-penderam-se publicamente de suas ações:Marcos Vinicius Fernandes dos Santos, Ho-mulo Augusto Romero Fontes, Marcos Alber-to Marini. Gilson Teodoro de Oliveira e Os-mar Oliveira Rodeio Filho.

O diretor do Departamento de Ordem Po-litica e Social, Sr. Lúcio Vieira, reunlu-os nosalão nobre, mostrou-os à Imprensa e disseque "é intenção do Governo soltar os presosindiretamente envolvidos em atividades sub-versivas. limpando suas fichas para facilitara reintegração." I Página 3 c editorial, pag. 6i

Gasolina passaa Cr$ 0,495 apartir de hoje

O preço da gasolina íoi aumentado em

6,4% e, a partir de hoje, o litro da comum

custará CrS 0,495 e o da azul, CrS 0,605. O

Conselho Nacional de Petróleo justifica o au-

mento como decorrência da elevação dos

custos do petróleo importado, da nova taxa

cambial e do reajustamento de salários.

O último aumento no preço da gasolinafoi determinado há quatro meses e durante

1970 a elevação atingiu a 19,8%, levemente

Inferior ao aumento do custo de vida. O Con-

selho Nacional de Petróleo esclareceu que, em

relação aos demais paises, a gasolina vendi-

da no Brasil é uma das mais baratas.

Em Viena, a Organização dos Paises Pro-

dutores de Petróleo anunciou uma série de

medidas visando à defesa do preço do óleo

cru em barril, entre as quais a fixação de

uma taxa minima de 55% sóbre a renda lí-

quida das empresas em operação nos paises-membros. Essa taxa será reajustada periódica-mente, baseada na inflação do dólar. (Pág. 191

Incêndio mataum e desabriga600 favelados

Apenas 15 minutos de fogoforam suficientes no começo danoite de ontem para destruir 46barracos — muitos com dois an-ârcs — do Parque Jardim Bci-ra-Mar, mais conhecido como Fa-vela de Parada de Lucas, ondeuma pessoa morreu, três ficaramferidas e outras 600 ao desabrigo.

O incêndio começou no bar-raco de Josué Alves de Jesus, umnordestino chegado à favela haseis meses, que dormia na ocasiãoc não pôde evitar a explosão dobujão de gás. Éle foi a única viti-má fatal do fogo. Soldados doCorpo de Bombeiros continuavamprocurando esta madrugada umamenina de quatro ou cinco anos,vista por moradores quando sedebatia entre as chamas. (P. 20)

Praias estarãosem esgotos nopróximo verão

Dentro de um ano — no pró-ximo verão — os freqüentadoresdas praias da Zona Sul estarão

livres da poluição causada pelolançamento de esgotos à beira-

mar, pois a 30 de dezembro de

1971 será concluída a obra do

emissário submarino de Ipanema.

Até que o emissário possalançar o esgoto a 4 km da praia,os banhistas têm que ser pacien*tes com as obras. Em janeiro ago-ra, já não será possível passar sob

a treliça, pela areia, porque o tre-cho estará cercado para a colo-cação dos primeiros tubulõcs doemissário. Durante um mês, quemquiser passar do Castelinho paraa Montenegro terá que dar avolta pela calçada. (Página 5)

Egito debate paz se Israelabandonar área conquistada

. ._,__:_. .i- ^_..a a„ r.aíc« Hr> nripntc Médio no mo-O Egito exigiu ontem a re-

tirada das tropas israelenses detodos os territórios árabesocupados durante a guerra dejunho de 1967 como ponto nú-mero um para o restabeleci-mento da paz no Oriente Médioe reconhecimento do Estado deIsrael, ao anunciar, pela pri-meira vez, suas condições parapôr fim às hostilidades na área.

•O Governo de Telaviv di-vulgou que decidiu voltar àsconversações de paz, orientadaspelo representante das NaçõesUnidas, Gunnar Jarring. A Pri-meira-Ministra Golda Meir fêzo anúncio após uma reunião decinco horas com seu Gabinete.

A decisão do Governo deIsrael foi qualificada pelo Pre-sidente egípcio Anwar Sadat de"simples manobra", ao mesmotempo em que afirmava que seupais se oporá a qualquer ini-ciativa "destinada a prorrogar,pela terceira vez, o cessar-fo-go." As emissoras de rádio dospaises árabes transmitiram anoticia da volta de Israel às ne-gociações sem qualquer desta-que.

Em Washington, porta-vo-zes do Departamento de Esta-do anunciaram que o Secreta-rio William Rogers pretende vi-sitar o Egito, Israel e outros

países do Oriente Médio no mo-mento em que a viagem fôsse"mais produtiva." O Assessor deImprensa, Robert McCloskey,informou que Egito e Israel jáforam informados da intençãode Rogers.

Na frente militar, unida-des israelenses realizaram on-tem uma incursão no Sul doLíbano, com o objetivo de cies-truir uma base de terroristaspalestinos, ponto de apoio pa-ra ataques a colônias agrico-las próximas à fronteira. Por-ta-voz de Israel anunciou quea expedição destruiu quatro ca-sas de terroristas. (Página 8)

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Ator„ os tubulõetdío aomfcra -'operário, mot em »m «„o sanearão as „raU,s

anos, o povo ainda o viacomo criminoso, c agoratodos reconhecem s u a jinocência. E m Itapagé, •.onde o Sr. Júlio Pinheiro1é pessoa de grande vesti-glo, reallzaram-sc festas Ipara comemorar a prisão'do criminoso, enquanto o.ex-prcfelto se recolhia à1sua casa cie campo para!festejar o fato com a fa-1

milia e os amigos maisíntimos. Êle diz que estámuito feliz, e por isso nãopensou no conselho doaamigos para acionar oEstado por danos morais.

ESTADO DO RIO

9 A Companhia de Ha-bitaçâo Popular do Esta-do do Rio — Cohab/HJ

— vai realizar hoje accncorréncla pública paraconstrução de 710 casas,na Estrada de Sapucaia,em Itaúna, São Gonçalo,destinadas ao programade desfavelamcnto d a |área metropolitana d oGrande Elo. O diretor-presidente da Cohab-RJ,Sr. Lui- Janizzi, disse que

i parte do 1ôvo conjunto

tí,*%

residencial será do tipoeconômico, enquanto aoutra se constituirá decasas para triagem de fa-velados, os quais poderãoocupá-las por um ano decar ência, adquirindo-asdepois, se desejarem, apreços módicos, com pa-gamento facilitado.% Enquanto o Secreta-

, rio de Saúde, Sr. Arman-

do Sá Couto, chama aatenção dos pais, no sen-tido de evitarem que seusfilhos permaneçam naspraia de Niterói, depoisdas 10 horas, o Quinto

I Butalhâo da Polícia Mili-tar pede para os banhls-tas não Jogarem fresco-boi, que vem provocandoacidentes, principalmentecom crianças. Outra reco-

mendação do Secretário ide Saúde fluminense é nosentido de a populaçãoevitar as praias que não

I sejam oceânicas, devidoi ao perigo da poluição quo

pode provocar males co-I mo tlfo, doenças da pele

I e endêmicas, hepatite edoenças gastro- intestinaise respiratórias. Citou co-mo um dos principais

causadores da contaml-nação das praias de íca-rai, Plexas, Vermelha,São Francisco e Charitas,os esgotas lançados emIcaral, até mesmo naareia, além dos ejetadospeles navios na baía da

I C uanabara, alcançando e! poluindo todas aquelas

i praias.I a} As Centrais Elétricas

Fluminenses anunciarampara a segunda quinzenade Janeiro, a inauguraçãoda Subestação Ramifica-dora de Italva, no Muni-clpio de Campos, pontoterminal da linha troncodn 138 mil Kw e 100 milKm, que interliga o seusistema com outros doCentro-Sul do país. Alémdessa subestação, em tes-

te, a Celf Já concluiu asque levarão mais energiapara Santo Antônio dePádua, Mlracema, Itaoca-ra e Cambuci. A grandelliiha-tronco, que terminao; Italva, tem o seu pon-to zero om Imbarlé, noMunicípio de Caxias, on-de Furnas constrói tam-bém uma subentaçftoabaixadora.

Ttmpo: Bom c/nthul:llo.iiv oco,,»,,, dt liov.a tarde. T.mp: tm alava*«io. Vtnloi dt norlt tneroti. fracos. Vil. Bot• octi. ntodtrtdt. Mix.39,6. Min: 31,9. (Data-Ihtí nt I." página doCtdtrno dt Clulfictdoi)

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PERDEU-SE oi leguintei do-cumentoi, num tini, no traje-to Centro-lpanema: Carteira deIdentidade n9 131.047, expedi-da pelo DFSP-INI, Carteira Na-cional de Habilitação, expedidapelo Serviço de Transito deBraillia, licença e Registro dePropriedade do automóvel mar-ca Corcel. Placa DF 4-13-80, ex-podldat pela Prefeitura do Du-trito Federal. Pede-ie a quemachi-loi comunicar pitajl*lonet: 267-6244 ou 223-1951U,mjl2B_,_i_^_tI°y^—-

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JORNALRio dc Janeiro -- Terça-feira, 29 de dezembro de 1970

Bé^títÀSILC ¦•22Cllchl Ano LXXX — N.° 227

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Justiça Militar espanholacondena seis bascos à morte

Os cx-torrorisUis Marcos, Gilson, Marini e Osmar arrependeram-sede terem sido subversivos e saem da cadeia diretamente para casa

Mais dois saemda relação dosseqüestradores

Mais duas pessoas relacionadas pelos se-questradores do Embaixador suiço, para seremmandadas ao exterior, serão excluídas da Hs-ta: Rubens Hirschel e sua mulher. Êle apre-sentou ontem um requerimento ao II Exerci-to. negando-se a viajar, e sua mulher naopode participar da troca pelo diplomata por-que está em liberdade.

A policia política dc São Paulo libertoucinco terroristas que, há pouco tempo, arre-penderam-se publicamente dc suas ações:Marcos Vinícius Fernandes dos Santos, Rò-mulo Augusto Romero Fontes, Marcos Alber-to Marini, Gilson Teodoro de Oliveira e Os-mar Oliveira Rodeio Filho.

O diretor do Departamento de Ordem Po-litica e Social, Sr. Lúcio Vieira, reuniu-os nosalão nobre, mostrou-os à imprensa e disseque "é intenção do Governo soltar os presosindiretamente envolvidos em atividades sub-versivas, limpando suas fichas para facilitara reintegração." iPágina 3 e editorial, pág. 6i

Gasolina passaaCr$0,495apartir de hoje

O preço da gasolina foi aumentado em6,4^ e, a partir de hoje, o litro da comumcustará CrS 0,495 e o da azul, CrS 0,605. OConselho Nacional de Petróleo justifica o au-mento como decorrência da elevação doscustos do petróleo importado, da nova taxacambial e do reajustamento de salários.

O último aumento no preço da gasolinafoi determinado há quatro meses e durante1970 a elevação atingiu a 19,8%, levementeInferior ao aumento do custo de vida. O Con-selho Nacional de Petróleo esclareceu que, emrelação aos demais países, a gasolina vendi-da no Brasil é uma das mais baratas,

Em Viena, a Organização dos Países Pro-dutores de Petróleo anunciou uma série dcmedidas visando à defesa do preço do óleocru em barril, entre as quais a fixação deuma taxa mínima de 55% sóbre a renda li-quida das empresas em operação nos paises-membros. Essa taxa será reajustada periódica-mente, baseada na inflação do dólar. (Pág. 19)

O tribunal militar de Bur-gos condenou à morte seis na-cionalistas bascos e outros no-ve a penas que totalizam 351anos de prisão. A sentença,anunciada ontem, provocouprotestos em San Sebastianque podem se estender a todaa Espanha, unindo as correntesde oposição ao GeneralissimoFrancisco Franco.

Três acusados receberamduas penas de morte, uma peloassassinato do chefe de policiade San Sebastian, Meliton Man-

zanas, e outra por terrorismo.Os advogados de defesa mani-festaram-se "chocados" com aseveridade do tribunal e serecusaram a assinar a ata deencerramento do julgamento.Se Franco não comutar as sen-tenças, os seis condenados àmorte serão executados por umpelotão de fuzilamento.

Grupos de manifestantessaíram às ruas em San Sebas-tian para protestar contra ojulgamento, virando automó-veis e atacando a pedradas ai-

gumas casas comerciais. Os Mi-nistros do Exército, da Mari-nha, da Aeronáutica, da Justi-ça, do Interior e da Informaçãoe Turismo reuniram-se em Ma-dri para examinar as medidasque serão tomadas contra asmanifestações populares.

O Papa Paulo VI e dirigen-tes de vários países pediram aFranco que comute a pena dosseparatistas condenados h. mor-te, o que poderá ocorrer ama-nhà, quando fará seu discursode fim de ano. (Página 2)

Supremo Tribunal soviéticoa judeusrevê pena aplicada

O Supremo Tribunal deJustiça da URSS, em decisãoinédita na história do país, de-cidiu convocar para depois deamanhã uma audiência de ape-lação para os condenados peloTribunal de Leningrado, queimpôs a pena de morte a doisdos 11 acusados de tentativa deseqüestro de um avião -soviético.

A informação foi divulga-da pelos advogados dos 11 réus,que receberam instruções dopresidente do Tribunal de Le-

ningrado para se dirigirem aMoscou, a fim de participaremde uma sessão do Supremo Tri-bunal, onde serão reestudadasas condenações de prisão con-tra nove acusados e de fuzila-mento contra outros dois.

As pesadas punições con-tra o grupo, a maioria do qualé composta de judeus que ten-tou fugir do país para dirigir-se a Israel, provocou protestosem pelo menos 10 capitais eu-ropéias e americanas. Os Go-

vemos da Dinamarca e Ale-manha Ocidental pediram cie-mència ao Kremlin, enquantoo PC sueco criticou a decisãodo Tribunal de Leningrado.

O Papa Paulo VI pediu on-tem a anulação das penas con-tra os 11 réus, enquanto o Pre-sidente Richard Nixon deverárealizar gestões junto ao Krem-lin, visando ao indulto dos con-denados e a permissão para queos judeus soviéticos possamemigrar para Israel .(Página 2)

Incêndio mataum e desabriga600 favelados

Apenas 15 minutos de fogoforam suficientes no começo danoite de ontem para destruir 46barracos — muitos com dois an-dares — do Parque Jardim Bei-ra-Mar, mais conhecido como Fa-vela dc Parada dc Lucas, ondeuma pessoa morreu, três ficaramferidas c outras 600 ao desabrigo.

O incêndio começou no bar-raco dc Josué Alves dc Jesus, uranordestino chegado à favela háseis meses, que dormia na ocasiãoe não pôde evitar a explosão dohnijão de gás. Êle foi a única viti-ma fatal do fogo. Soldados doCorpo dc Bombeiros continuavamprocurando esta madrugada umamenina de quatro ou cinco anos,vista por moradores quando sedebatia entre as chamas. (P. 20)

Praias estarãosem esgotos nopróximo verão

Dentro de um ano — no pró-ximo verão — os freqüentadoresdas praias da Zona Sul estarãolivres da poluição causada pelolançamento dc esgotos à beira-mar, pois a 30 de dezembro de1971 será concluída a obra doemissário submarino de Ipanema.

Até que o emissário possalançar o esgoto a 4 km da praia,os banhistas têm que ser pacien-tes com as obras. Em janeiro ago-ra, já não será possível passar soba treliça, pela areia, porque o tre-cho estará cercado para a colo-cação dos primeiros tubulões doemissário. Durante um mês, quemquiser passar do Castelinho paraa Montenegro terá que, dar. avolta pela calçada. (Página 5)

Egito reconhece Israel comdevolução dos territórios

O Presidente da RepúblicaÁrabe Unida Anwar Sadat afir-mou que reconhecerá Israelcomo Estado independentee debaterá a paz no OrienteMédio se o Governo israelenseretirar suas tropas de todos osterritórios ocupados durante aguerra de junho de 1967.

O Governo de Telaviv di-vulgou que decidiu voltar àsconversações de paz, orientadaspelo representante das NaçõesUnidas, Gunnar Jarring. A Pri-meira-Ministra Golda Meir fêzo anúncio após uma reunião decinco horas com seu Gabinete.

A decisão do Governo deIsrael foi qualificada pelo Pre-sidente egípcio Anwar Sadat de"simples manobra", ao mesmotempo em que afirmava que seupaís se oporá a qualquer ini-ciativa "destinada a prorrogar,pela terceira vez, o cessar-fo-go." As emissoras de rádio dospaíses árabes transmitiram anoticia da volta de Israel às ne-gociações sem qualquer desta-que.

Em Washington, porta-vo-zes do Departamento de Esta-do anunciaram que o Secreta-rio William Rogers pretende vi-sitar o Egito, Israel e outros

paises do Oriente Médio no mo-mento em que a viagem fosse"mais produtiva." O Assessor deImprensa, Robert McCloskcy,informou que Egito e Israel jáforam informados da intençãode Rogers

Na frente militar, unida-des israelenses realizaram on-tem uma incursão no Sul doLíbano, com o objetivo de ries-truir uma base de terroristaspalestinos, ponto de apoio pa-ra ataques a colônias agrico-ias próximas à fronteira. Por-ta-voz de Israel anunciou quea expedição destruiu quatro ca-sas de terroristas. (Página 8)

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2 - INTERNACIONAL JORNAL DO BRASIL D Terça-feira, 29/12/70 Q 1.° Caderna

Tribunal militarde Burgos condenaseis à pena máxima

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Burgos lAFP-AP-UPI-tB) — Seis dos 16 naclona-listas bascos Julgados poruin tribunal militar espa-nhol foram condenados on-tem à pena de morto e osoutros nove receberam pe-nas que, no total, somam351 anos dc prisão.

Somente o OoneralissimoFrancisco Franco tem po-deres para comutar as pc-nas máximas e poderá fazé-lo amanhã, quando prontin-ciará seu tradicional dis-curso de fim de ano. Casocontrário, os seis morrerãoante um pelotão ,de fuzi-lamento.SEVERIDADE

Três dos acusados dc as-sassinio e terrorismo . recc-beram duas sentenças dcmorte cada um. São êle.s,Francisco Javler Izco de laIglesla, dc 25 anos, JoaquimOorlstldc Artola, dc 23, eEduardo Urlartc, dc 25, queassassinaram o chefe depolícia dc San Sebastian,Mellton Manzanas. cm 1968.

Os advogados dc defesamanifestaram-se surpresoscom a severidade do tribu-nal — a maioria das penasfoi superior á pedida pelopromotor — e recusaram-sc a assinar a ata de cn-cerramento tio processo.

Franco devera consultarseu Gabinete, antes dc con-ceder ou recusar o pedido

de clemência. Informou-seontem em Madri que o Che-fe de Estado Já havia to-mado uma iniciativa nessesentido e os Ministros sereunirão possivelmente ho-Jc para estudar a questão.- Os 16 bascos — depois deInformados sóbre as sen-tencas — prometeram on-tem à noite que "a luta iráaté o fim", através dc umcomunicado que consegui-ram levar ao conhecimentoda Imprensa c que está as-sim redigido:

"Estas brutais sentoncasnão abalaram nossa moralrevolucionária. Esperamosqualquer coisa do fascismo.Continuaremos lutando atéo fim. Exortamos o mundo,a cada pessoa com senti-mentos humanos, que faça0 possível para evitar éstenovo crime do fascismo."

O lider espanhol no exi-Ho. Jordl Vllanova. assegu-rou em Londres "uma ca-tastróflca reação" na Espa-nha cm conseqüência dassentenças ditadas pelo trl-bunal de Burgos.

Os Ministros do Exercito,Marinha. Aeronáutica. Jus-tiça. Interior e Informaçãoc Turismo reuniram-se cmMadri, sob a presidência dovice-presidente do Conselhocie Ministros, Almirante LuisCarrero, para examinar aspossíveis reações populares.

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Judeus queimam bandeira da URSS perto da Embaixada nos EUA A polícia de Nova Iorque custou a conter protesto contra Moscou

Mundo pede clemência a FrancoParts. Washington e Nações Unidas

(AFP-AP-UPI-Latln-JB» — Dirigentesdc vários paises e organizações interna-clonals c privadas dc todas as partes domundo pediram ontem ao OcneralisslmoFrancisco Franco que salve a vida dosseis nacionalistas bascos condenados àpena dc morte em Burgos.

O cônsul honorário da AlemanhaOcidental em San Sebastian. EugenBeihl. chorou ao tomar conhecimento doresultado do Julgamento c anunciou quetambém vai pedir a Franco que indulteos condenados à morte. Bolhl foi sc-questrado por nacionalistas bascos a Wdc dezembro e colocado cm liberdade navéspera do Natal.

O Primeiro-Mlnistro da Suécia, OloíPalm, manifestou a esperança de que oOovèrno espanhol ordenará a revisão doprocesso contra os bascos, tendo em vis-,a as manifestações Internacionais con-tra a aplicação da pena de morte.

O Governo do Chanceler WlllyBrandt pediu à Espanha que poupe a vi-da dos seis bascos, segundo afirmou umporta-voz oficial em Bonn'.,

O Ministro das Relações Exterioresbelga, Plerre Harmel, manlfestou-sc fa-vorúvel á concessão dos Indultos que cor-respondem às "tradições arraigadas emtodos os países c dc tanto mais oportu-na aplicação nesta época do ano, na épo-ca do Natal."

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Papa intercede porbascos e israelitas

Cidade do Vaticano (AFP-AP-UPI-JBi — O Papa Paulo VI pediu clemên-cia para os dois judeus russos condena-*nos à morte em Leningrado c os 16 se-paratlstas bascos julgados em Burgos,dos quais seis foram sentenciados ontemà pena máxima.

O jornal da Santa Sc. LOsscrvatorcRomano, afirmou que o Papa recebeuinúmeros apelos para que intervlesse afavor dos condenadas em Leningrado eBurgos e que estava fazendo "todo o pos-sivel" para salvar a vida dos sentencia-dos à morte.

ESFORÇOS

Numerosas mensagens chegaram econtinuam chegando à Santa Sé. algu-mas delas dc fontes muito importantes,que pedem a intervenção do Vaticanocm favor dos cidadãos russos condena-dos à morte no julgamento de Lenin-grado.

Como sc sabe —¦ prosseguiu o jornal— a Santa Sé não mantém relações ofi-ciais com a União Soviética, mas esta-mos cm condições dc assegurar que está

tentando fazer todo o possível para aten-der as exortações que recebeu, confor-me os princípios de humanidade e carl-dade cristãs que orientam constante-mente sua ação, sem distinção entrepessoas."Pelo menos motivo, a Santa Sé, quecontinua recebendo numerosas exorta-ções cm favor dos acusadas no Julga-mento de Burgos, não deixou de efe-tuar a solicita intervenção junto ao Go-vêrno espanhol", acrescentou UOsscrva-torc Romano.

O diário do .Vaticano náo reveloudc que maneira o Papa interveio em fa-vor dos judeus russos. Segundo a im-prensa romana, a solicitação de-clemên-(_a foi feita através de um pais da Eu-ropa Oriental.

O secretário dc Imprensa da SantaSé, Federico Alessandrini, declarou que"o Vaticano em geral não permaneceindiferente ante os julgamentos queacabam cm condenações á morte. Pode-se supor que a Santa Sé está realizandotodos os esforços possíveis para alcançarclemência para as condenados."

Nixon intervirá junto à URSSIV-wftlnfiiíon c Telavlv (AFP-JBi —

O Departamento de Estado Informou on-tem que o Presidente Richard Nixon dc-verá nas próximas horas iniciar gestõesdiplomáticas Junto ao Governo sovlétl-co pedindo a anulação das penas contraos-11 judeus russos, dois dos quais fo-ram condenados a morte por tentaremseqüestrar um avião comunista para aFinlândia em julho passado.

O Informante do Departamento deEstado disse que o assunto foi debatidolongamente durante um encontro doPresidente norte-americano e o Secre-tário de Estado William Rogers, nestefim de semana. Não foi no entanto di-vulgada qualquer informação sobre a na-tureza, nem os meios pelos quais os EUApretendem pressionar os soviéticos aunia revisão nos vereditos estabelecidospelo tribunal de Lenlngrado.

Em Telavlv. o jornal Ycdioth Alta-

ronoth. afirmou ter informações demeios políticos franceses de que a URSSpoderá suspender a execução das sen-lenças contra os judeus russos, temen-do uma intensificação dos protestostanto no bloco capitalista como no so-clallsta, contra as punições aos responsa-veis pela fracassada tentativa de seques-tro de um avião comunista.

O jornal revelou que o PresidenteGcorgcs Pompidou teria recebido garan-tias secretas do Kremlim de que os con-denados a morte não serão executados,para evitar uma campanha anti-sovlé-tica de âmbito mundial. Em Moscou, In-formou-se extra-oficialmente que umaprimeira decorrência da campanhamundial contra a perseguição aos judeusna URSS seria a suspensão do processocontra outras 20 pessoas de ascendênciaisraelense, acusadas de atividades anti-governamentais.

Protestos criticam soviéticosNova Iorque, Moscou. Londres. Paris

c Roma (UPI-AP-AFP-JB) — Organiza-ções judaicas c Partidos políticos mode-radas realizaram ontem manifestaçõesde protesto em_ 10 capitais nacionaiscontra o veredicto dc um tribunal sovié-tico que condenou à morte dois dos 11russos de origem judaica que em julhotentaram seqüestrar um avião comunis-ta para a Finlândia.

Na capital soviética, um grupo dc52 judeus residentes na URSS enviouum documento ao Presidente NicolaiPodgorny c ao Comitê de Direitos Hu-manos da ONU. exigindo que as conde-nações à morte sejam suspensas e queseja permitido o direito dos judeus dei-xarem a União Soviética e emigrarempara Israel. O manifesto é assinado tam-bém por várias personalidades clentífl-cas da URSS.

PEDIDOS

Informou-se em Moscou que pelomenos meia dúzia de documentos con-tendo aproximadamente 100 assinaturascada um foram entregues nas últimashoras a correspondentes estrangeiros nacapital soviética contendo protestos, de-núncias e pedidos de solidariedade. Umdas documentos é assinado pelos mate*máticos Essenln Volpine e V. Tchalidz,além dos cientistas Tverdokhlebov e V.Tsurkcrman.

Em Roma, aproximadamente 3 milmanifestantes marcharam pelas ruascentrais da capital italiana gritandoslogans anti-soviéticos e ameaçandoapedrejar a Embaixada da URSS. A re-presentação diplomática foi fortementecustodiada por policiais armadas de cas-

setetes e bombas dc gás lacrimogêneo,mas não se registraram incidentes deImportância.

Quase ao mesmo tempo, em Londresc Glasgow, estudantes universitárias ju-deus organizaram uma vigília de 24 ho-ras nas principais praças c avenidasportando cartazes pedindo o indulto dosdois judeus russos condenados à mortee os nove que receberam pesadas penasno tribunal dc Leningrado, que julgousua participação no frustrado seqüestrodc um avião, soviético.

Eím Tclaviv, o Gabinete israelensedecidiu pedir dois minutos de silêncioem todo o país na manhã dc hoje emsinal de protesto contra as punições aJudeus .soviéticos, enquanto que em Es-tocolmo, o Partido Comunista Sueco, se-guindo o exemplo de seu homólogo naFrança, criticou a decisão do.s juizes dotribunal, de Leningrado, exigindo a rc-visão das penas impostas contra os 11acusados.

Em Nova Iorque, a policia prendeuo rabino Meier Kahane, dirigente da Ll-ga de Defesa Judia nos EUA, que liderouuma manifestação de 6 mil israelensesem frente à Embaixada soviética. A con-contração degenerou em conflito, duran-te o qual três policiais e dois manifes-tantes ficaram feridos.

Em Berna, Viena, Paris, Berlim, Oslotambém ocorreram atos de protesto. Nacapital francesa, a União Mundial de Jo-vens Judeus divulgou um manifesto pe-dindo que o Primeiro-Ministro Fldel Cas-tro, o escritor Régis Debray e o Presi-dente Salvador Allende intercedam jun-to ao Kremlin pedindo a libertação dos11 condenados em Leningrado.

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JORNAL DO BRASIL _ Terça-feira, 29/12/70 G ¦•" Caderno- 3

s. Fhuiís Terroristas arrependidoshomenageia QCondessa são libertados em o.

Niterói (Sucursal) — ADlrotora-Presldente do JOR-NAL DO BRASIL, CondessaPereira Carneiro recebeu,domingo, em solenidade naCâmara Municipal de SãoFidélis, o título de CidadãFldelense.

Por estar acamada, a en-trega do titulo foi feita aum representante. O presi-dente da Câmara de SãoFidélis, Sr. Neméslo da Cos-ta Selxas, destacou, na oca-sl&o, "a Importância do tra-balho do JORNAL OO BRA-SIL em favor do desenvol-vimento do Município."

SOLENIDADE

A solenidade, que marcou,também a passagem docentenário dc criação da ei-dade, serviu, ainda, parahomenagear diversas perso-nalldades do Munlciplo, que"nos vários campos de atl-vldade sóclo-económlca au-xlllaram em seu desenvol-vimento."

O editor nacional doJORNAL DO BRASIL, Jor-nalista Amaurl Mattos; AnaMaria Funke, do Correio daManhã, e os jornalistasJorge Peter e Klairton Tor-quato também foram agra-ciados com o titulo de cl-dadão Fldelense.

O MUNICÍPIO

São Fidélis fica no Nortefluminense, sendo banhadopelo rio Paraíba do Sul. Foio primeiro município flu-mlnense a despertar para otrabalho comunitário, comorganização da Ordem —Organização para o Desen-volvimento do Munlciplo —Integrada por representan-tes dos vários setores sócio-econômicos.

A cidade, há três anos,realiza, no mês de maio, aFesta da Lagosta, hoje comconceito nacional e Inclui-da no calendário turísticoestadual. A Festa da Lagos-ta reúne, anualmente, maisde 10 mil turistas.

São Paulo (Sucursal) — Cinco ter-rorlstas que repudiaram publicamente asubversão foram libertados ontem peloDepartamento Estadual de Ordem Poli-tica e Social (DEOPS), embora contl-nuem respondendo ao processo de quesáo acusados: assalto a um banco.

Marcos Vinícius Fernandes dos San-tos, Ròmulo Augusto Romero Fontes,Marcos Alberto Marlnl, Gilson Teodoro deOliveira e Osmar de Oliveira Rodeio Fi-lho, na verdade, estavam livres desde odia 23, mas só ontem o DEOPS apresen-tou-os à Imprensa e comunicou o fato.

Coração liberto

O diretor do DEOPS, Sr. Lúcio Vlel-ra, afirmou que a politlca de libertaçãodos presos "é de coração aberto e, porIsso, nos próximos dias seráo libertadosoutros subversivos, envolvidos com o ter-ror e que se arrependeram publica-mente."

— Os que estiverem envolvidos In-diretamente terão suas fichas limpas,para se reintegrarem mais facilmente nasociedade. Isto facilitará o encontro denovos empregos. Esta é uma politlca dl-íerente do Governo, que traz a paz compaz — frlzou.

Êle exibiu uma lista de 113 presospolíticos que estão nos presídios paulls-tas, explicando que ali não contava osque praticaram só assaltos a bancos, quetambém é crime contra a segurança na-cional, e que elevam o total a cêrca de150.

I.in iiucri lii.l.

RountreevisitaGovernador

O Governador Negrão deLima recebeu ontem à tar-de, em audiência especial, onovo Embaixador dos Esta-dos Unidos no Brasil, Sr.William Rountree.

A visita do Embaixador foide cortesia, estando presen-te ao encontro o Sr. LaelBarbosa Soares, chefe doCerimonial do Palácio Gua-nabara.

Partidos emS. Paulo terãonovas sedes

São Paulo (Sucursal) —Os Diretórios Regionais daArena e do MDB váo sertransferidos para um con-junto de salas, no mesmoandar do edifício da Ca-mara Municipal, no PaçoMunicipal, onde antes es-tavam instaladas a Secreta-ria de Turismo e algemasdependências da Secretariade Educação da Prefeitura.A transferência deverá ocor-rer até o dia 10 de janeiro,tão logo sejam concluídosos trabalhos de adaptaçãodas salas.

O último contato paraefetivar a mudança foi fei-to na semana passada, pelopresidente da Câmara, ve-reador Armando SimõesNeto, com os presidentesdos Diretórios Regionais daArena, Deputado LaércioCorte, e do MDB, DeputadoFrancisco Amaral. As atuaissedes dos Partidos são es-critórlos no centro da ci-dade, de propriedade dccorreligionários dos doisPartidos, que os cederampara serem ocupados pro-visoriamente.

Abreu SodrérecepcionaCanavarro

São Paulo (Sucursal) —O General José CanavarroPereira, que passara no dia5 de janeiro o comando doII Exército ao General Sou-sa Melo, foi homenageadona noite de ontem pelo Go-vernador Abreu Sodre comum jantar no Palácio Ban-deirantes.

Na oportunidade, o Gene-ral José Canavarro Pereirapronunciou um discurso re-ferlndo-se às "conquistasrevolucionárias" e a "espe-rança de uma nova era.

As 15 horas, os jornais foram avisa-dos pelo DEOPS sóbre a libertação doscinco ex-terroristas, mas eles foram le-vados ao salão nobre às 16h40m. Poucoantes de sua entrada na sala, uma pe-quena árvore de Natal, colocada no cen-tro da mesa, caiu e assustou a todos.

Marcos Vinícius Fernandes dos San-tos, Rómulo Augusto Romero Fontes,Marcos Alberto Marlnl, Gilson Teodorode Oliveira e Osmar de Oliveira RodeioFilho foram introduzidos no salão nobrepelo diretor do DEOPS.

Os cinco colocaram-se em fila Índia-na, voltados para os jornalistas. O Sr.Lúcio Vieira entregou aos jornalistas có-pias dos alvarás de soltura, explicandoque Rómulo Augusto Romero Fontes náocontinuará livre, pois cumprirá pena detrês anos em Fortaleza. Os alvarás esta-vam assinados pelo juiz Nelson da SilvaMachado Guimarães, da 2a. AuditoriaMilitar.

Gilson Teodoro de Oliveira conti-nuará estudando Química Industrial, de-pois de ter passado 18 meses na cadela.Antes, trabalhou na Companhia Sldc-rúrglca Nacional.

— Agora, pretendo descansar duran-te uma semana, depois pensarei em pro-curar emprego. Quanto ao estudo, Já es-tou decidido »i continuá-lo regular-mente.

Marcos Alberto Martinl estudava Fi-sica até ser preso, mesmo na cadela, de-sejou continuar o curso, tendo solicitado,ao diretor do Presidio Tiradentes autori-zaçaio para voltar a estudar.

Visão do seqüestro

Marcos Alberto Martinl espera quea sociedade colabore com éle e explicouque o seqüestro do Embaixador Glovan-ni Enrico Bucher, no Rio, "velo difleul-tar o processo de redemocratização dopais. Foi uma atitude Irresponsável que

prejudica a politlca de pacificação doPresidente Médlcl."

Êle ressaltou que, ao saber do sç:questro, estava detido num quartel, Jafora do Presídio Tiradentes, Juntamentecom sete outros terroristas. Todos elesrepudiaram o ato, mostrando-se aborre-cldos com o acontecido.

15x-lí(ler terrorista

Marcos Vinícius Fernandes dos San-tos foi considerado o lider dos outrosquatro, por ter sido o contato com oselementos da organização subversl-va Vanguarda Popular Revolucionária(VPR). Êle cumpriu 23 meses de prisãoe terá, como também seus companheiros,que comparecer semanalmente à 2a. Au-dltoria Militar.

— Só agora vamos saber como an-da o processo contra nós. Nosso advoga-do é o Sr. Juarez Alencar. Acredito quenão haverá problema algum e continua-remos livres, pois Já mostramos nossoarrependimento. Meu negócio agora évoltar a estudar.

O mais Jovem dos cinco é Osmar deOliveira Rodeio Filho, de 20 anos. ComoMarcos Alberto Marlnl, também sollcl-tara sua volta à escola, no próprio pre-sidlo, pois deseja fazer o curso de Ma-dureza.

Continuará presoDe todos, o mais preocupado é Rõ-

mulo Augusto, que continuará preso. Êleserá levado a Fortaleza, onde está con-denado à prisão por participar de umaorganização para-sindlcal clandestina,"uma cisão da Quarta Internacional."

- Creio na minha absolvição no Su-premo Tribunal Militar. Nem tudo foi re-solvldo até agora devido à burocracia,mas náo estou esquentando a cabeça. Fa-ço questão de explicar que a organiza-çào da qual participara não era terrorls-ta Minha posição ldeolpgica naquelaépoca, 1966, era trotsWsta Fvt preso emdezembro de 1966.

Explicou ter participado de váriascampanhas salariais clandestinas e a dovoto nulo nas eleições de 1966, nc Ceara.Seu advogado, lá, será o Sr. Antônio drPádua Barroso.

— A intenção de meu advogado épedir prlsáo domiciliar para mim. emFortaleza, e em seguida entrar com orecurso no STM.

Um outro ex-subvcrslvo solto onteme que começará a estudar sua situaçãoé Osmar de Oliveira Rodeio Filho. An-tes de ser detido, trabalhava no Instl-tuto de Cardiologla do Estado, rto Par-que do Iblrapuera, e foi aposentado peloAto Institucional n.v 5.

Razão tia prisãoNo dia 31 de janeiro de 1969, os cln-

co ex-subverslvos assaltaram o BancoAliança, da Rua Vergueiro, levando CrS20 mil, em nome da VPR. O roubo foraplanejado pela organização, que tinhaMarcos Vinícius como contato no grupo.No dia 21 de maio de 1970, já presos, oscinco demonstraram arrependimento pe-Ia ação c exaltaram a Revolução de mar-ço de 1964, conclamando os jovens bra-silelros a desistirem da revolução, parti-cipando da política institucional postacm prática pelas Forças Armadas.

A declaração foi feita em dois do-cumentos distribuídos no dia 21 de maiodc 1970, no gabinete do Secretário daSegurança, coronel Darci da Cunha eMelo, que féz as apresentações. Ontem,eles afirmaram que náo temem repre-sállas dos terroristas em atividade.

Mais um nega-se a deixar paísSão Paulo (Sucursal) — Mais

uma pessoa, incluída na lista apre-sentada pelos seqüestradores do Em-baixador suíço, nega-se a deixar opaís: Rubens Hirschel, acusado departicipar da Vanguarda PopularRevolucionária.

Êle é o sétimo a tomar esta ati-tude. Os seis primeiros foram Nél-son Gato, Manuel de Lima, ClariceChoncol, Irgeu João Menegon, Edél-son Palmeira de Castro e Ângelo. An-tônio Borgese.

A decisãoOntem à tarde, através de seu

advogado, Rubens Hirschel enviouum requerimento ao comandante doII Exército, manifestando o desejode continuar no país, por não dese-jar ser banido.

Êle disse que prefere continuarpreso a viver solto no estrangeiro. Orequerimento foi levado à JustiçaMilitar de São Paulo e de lá enca-minhado ao comando do II Exército,no Parque do Ibirapuera.

Sua mulher, também relaciona-da pelos seqüestradores, está em li-berdade e, por isso, não será incluí-da entre as pessoas trocadas peloEmbaixador.

Medico desconheceNoRio, o médico João F. Doh-

mann, que é credenciado junto à

Embaixada suíça, disse ontem que oEmbaixador Giovanni Enrico Bu-cher sempre tratou da saúde na Sui-ça, durante suas constantes viagens,não tendo sido atendido por êle umasó vez.

Embora credenciado naquelarepresentação diplomática, o Dr.João F. Dohmann nunca chegou acuidar do Embaixador, "que sempregozou de boa saúde." Além disso, naotem conhecimento de que qualqueroutro profissional, no Brasil, tenhacuidado do Sr. Giovanni Enrico Bu-cher. Indagado sobre o estado desaúde do diplomata, disse que nãorecebeu qualquer informação de queêle esteja passando mal.

Preocupação

"Estamos tentando pensar emtudo." Estas foram as únicas pala-vras do Embaixador Max Feller, emresposta a um bilhete dos jornalis-tas, que desejavam saber de algumaprovidência a respeito da saúde doEmbaixador Giovanni Enrico Bu-cher.

O Sr. Max Feller passou todo oexpediente de ontem na Embaixadae saiu apenas uma vez, para almo-çar. No final da tarde, foi para casa.Acompanhado de dois agentes, êleestava sizudo e não quis falar.

Libertação*ja

de Gomideestá difícil

Montevidéu (AP-JB) —Pareceu desvanecer-se on-tem a esperança dos últl-mos dias, de que os dois sequestrados pelos tupamarossejam libertados antes dofim do ano. Tanto o Go-verno como os meios dlplo-mátieos brasileiro e norte-americano mantêm rlgoro-sa reserva sobre as supôs-tas negociações para llber-tar Aloisio Gomldc e Clau-de Fly.

Desde que o Governo um-gualo recusou-se a qualquernegociação, os tupamarossilenciaram sobre a sorte dodiplomata e do agrônomo.Eles desejavam, em trocadc Gomide, a libertação dctodos os presos políticos;depois de dois meses danegativa do Governo, pro-puseram a divulgação deum manifesto através dorádio, imprensa e televisão.Mais uma vez, o PresidentePacheco Areco mantéve-seirredutível na sua posiçãodc não negociar.

Montevidéu foi Invadidanos últimos dias por todasas espécies de boatos, al-guns dos quais anunciavamcomo Iminente a libertaçãodo norte-americano ClaudeFly. O decorrer do tempo,porém, trouxe uma ondageral de pessimismo.

Aparecida desejasaber quanto temO grupo de mulheres que

substituiria D. Maria Apa-rcclda na campanha paraarrecadar VS$ 1 milhão(CrS 4 950 mil) ainda náoiniciou suas atividades por-que, antes, ela quer saberquanto foi depositado atéagora nos bancos do pais.

O Sindicato dos Bancosainda não sabe o total dedepósitos no Rio, estimandoque sejam da ordem de CrS700 mil. Os demais sindica- ,tos de bancos do pais nãomandaram até agora qual-quer resultado dos Estados.

A Sra. Teresa Chateau-brland Alklmlm, lider dogrupo de mulheres que de-senvolverá a campanha,disse que Dona Maria Apa-reclda espera o resultadoexato da arredacação a fimde saber quanto já conse-gulu. Além disso, tambémquer ver a repercussão doapelo feito domingo à nol-te pela televisão, quandorenovou seu pedido, ende-reçando-o particularmenteà mulher brasileira.

Justiça daGuanabara sereúne hoje

O Tribunal de Justiça daGuanabara estará reunidohoje, a partir das 13 horas,para eleger sua nova ad-minlstração — presidente,vice-presidente e correge-dor — para o biênio de1971/72, em substituiçãoaos desembargadores JoséMurta Ribeiro, Marina Pe'.-xoto e Horta de Andradeque ocupam, respectlvarnen-te, aquelas funções.

Para a reunião de hojedeverão estar presentes os36 desembargadores quecompõem o plenário. A ses-são será pública, sendo se-creta apenas a votaçáó. Nãohavendo modificação nes-tas últimas 24 horas, tem-se como certa a eleição dosdesembargadores MoacirHorta, para a presidência,Paulo Alonso pnra vice eDarvi Vaz para corregedorda Justiça.

POSSEA posáe da nova admi-

nlstração do Tribunal deJustiça deverá ser em mar-ço, em data provavelmentea ser fixada na reunião dehoje. Nos meses dè Janeiroe fevereiro o Tribunal deJustiça estará em férias,funcionando apenas umaCâmara Criminal de plan-tão e o Conselho da Magls-tratura para casos de ur-gêncla.

Trens e ônibus têm lugarespara quem vai sair do Rio

Leia editorial "Objetivo Máximo'

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Embora o movimento de partidas cchegadas na Rodoviária Novo Rio e naLeopoldina seja maior este ano — pertode 150 mil pessoas passarão pelas duasestações hoje, amanhã c depois — náofaltarão passagens de ônibus e de trempara quem quiser sair do Rio.

Na Central e nas Barcas ainda náose sabe se o movimento cresceu em re-lação ao ano passado, mas as filas pa-ra embarque dc veículos que pretendematravessar a baía da Guanabara sáo cx-tensas durante todo o dia. No Acro-porto Santos Dumont, as pontes aéreaspara São Paulo, Belo Horizonte e Bra-silla Informaram apenas que o movi-mento é normal.

Sem problemasA partir de hoje, a Rodoviária Novo

Rio conta com o dobro dos funcionáriosusados normalmente, para atender ospassageiros que cresceram em quase100%. De hoje até depois de amanhã,4 418 ônibus partirão ou chegarão à Ro-dovlárla, transportando aproximadamen-te 100 mil pessoas. Este movimento, ape-sar de superior ao do ano passado, é me-nor do què o registrado na semana pas-sada, na ocasião do Natal: 217 331 pes-soas.

O Serviço de Estatísticas da Funda-ção dos Terminais Rodoviários (FTREG)explica isso, afirmando que a maior par-te dos passageiros que embarcaram pa-ra fora do Rio só voltará depois do dia1.° de janeiro. Enquanto o retorno náocomeça, os lugares mais procurados con-tinuam sendo as cidades serranas doEstado do Rio — principalmente Petro-polis e Teresópolis — Sáo Paulo, BeloHorizonte (c estâncias hidromlneralsi,cidades do Rio Grande do Sul, SantaCatarina, Paraná c Espirito Santo. Pou-ca procura pelos Estados do Norte e Nor-deste. Náo há falta de passagens paraqualquer ponto, mesmo para os maisprocurados.

Recorde

O movimento na Leopoldina apre-sentou a maior subida nos últimos seisanos durante a semana passada. E o.mesmo se prevê para agora, até os pri-meiros dias de Janelrd. Para comportara procura registrada nos dias 23 e 24, aLeopoldina programou o reforço dos

Tricheschega aAngola

Lisboa (AP-JB) — Che-gou a Luanda para uma vi-sita oficial à Província deAngola o Governador eleitodo Rio Grande do Sul, Sr.Euclides Triches.

O Governador, que é con-vidado dos Ministérios doUltramar e dos NegóciosEstrangeiros, visitará depoisa Província de Moçambique.

trens da rede fluminense: quatro com-posições a mais por noite, além do ex-presso noturno e o aumento de quatrovagões ao automotrlz que sal à tarde.

Assim, Macaé, Campos, Cachoelrodo Itapemlrlm e Vitória, que são servi-das por essa rede, receberam no total,durante aqueles dois dias, perto de 10mil pessoas. As cidades localizadas naraiz da serra de Petrópolis e de Tere-sópolls (Inhomlrlm e Guapimirimi re-ceberam mais de 30 mil, graças a rc-forço nas composições. O movimentoquase dobrou cm relação ao movimentodiário, que é de aproximadamente 16 milpassageiros.

A Leopoldina prevê a continuaçãodesse movimento durante éste fim de se-mana e também programou reforços pa-ra os trens de Minas Gerais: mais doisnoturnos. Para garantir um retornotranqüilo, depois do dia 1.°, seráo man-tidos os vagões e trens extraordinários.Entre as cidades mais procuradas pelospassageiros da Leopoldina figuram ain-da Miguel Pereira, Patl do Alteres, TrêsRios, Porto Novo do Cunha, Bicas, Re-creio, Ponte Nova, Caratlnga e Manhua-çu.

Nas estradas

Apenas três acidentes foram regls-trados nas rodovias de acesso ao Rio du-rante o fim de semana. No Km 19 daPresidente Dutra duas pessoas morre-ram, no Km 9 da mesma estrada um se-gundo acidente não causou vitimas, o

¦ mesmo acontecendo no terceiro, no Km7 da Rio-Magé.

A Policia Rodoviária informou quemesmo nas horas de maior movimentoos carros podiam desenvolver nos trechoscríticos a velocidade máxima permitida.Patrulhas volantes, cm diferentes locais,ficaram encarregadas de desobstruir apista em caso de acidentes sem vitimas.

As patrulhas indicavam aos moto-ristas, principalmente turistas, o cami-nho mais livre para os locais onde sedirigiam. Na Rio-Petrópolls foram íe-chados os retornos nos quilômetros 1, 5e 12, onde se registrava o maior indlccde acidentes. Na Rio-Magé grupos vo-lantes patrulharam os primeiros 30 qui-lòmetros, considerados os mais críticosna hora de Intenso movimento, e o tre-cho não apresentou qualquer dlficulda-de de trânsito.

Lojas não mudam horário na quintaQuinta-feira, último dia do ano, as

lojas ficarão abertas em horário nor-mal — até às 18 horas — de acordo como Sindicato dos Lojistas. Os bancos fun-cionarào até o meio-dia, hora em que seencerrará também o expediente nas re-partições estaduais do Rio e do Estadodo Rio, de acordo com os atos baixadospelos Governadores Negrão de Lima cJeremias Fontes.

No Tribunal dc Justiça do Estado —funcionando em horário integral no dia31 _ é provável e já prevista a iscapa-da de funcionários e, dessa foram, só fi-ca garantido o atendimento efetivo nos

setores principais — protocolo, cartório,fotocópias, portaria, entre outros — dasllh30m às 17h30m.

ClassificadosAs 20 agências dc classificados do

JORNAL DO BRASIL receberão anun-cios até -às 12 horas no dia 31. enquantoa agência da sede ficará aberta até as13 horas. Dia 1.° de janeiro, não haveráexpediente, e no dia 2, sábado, a agèn-cia da sede — Avenida Rio Branco, 110._ permanecerá aberta das 8 horas às12h30m enquanto as outras agênciasfuncionarão das 8h30m até às 11 horas.

Atlântica em festa fica com mão únicaA Avenida Atlântica ficará com mao

única no trecho e no sentido da Joa-quim Nabuco para a Avenida PrincesaIsabel, no periodo das 21 horas de 31 a.s2 hora., do dia 1*9, segundo anunciou on-tem o Departamento de Transito.

A medida visa facilitar a circulaçãode veiculos por ocasião das festividadesda entrada do Ano Novo. Além disso, emCopacabana e outros bairros mais movi-mentíidos, o policiamento deverá se pro-

longar até mais tarde, na previsão cieque o transito também seja mais in-tenso. ,. , ,

O Departamento de Transito vai pm-quear, nos próximos dias, a Rua SãoBento, entre Quitanda e Avenida RioBranco, proibindo-a para estacionamen-to entre as 7 e as 21 horas, mas liberan-do durante todo o dia aos sábados e do-mingos.

Niterói só permite chope e cervejaNiterói (Sucursal) — A Secretaria de

Segurança proibiu a venda de bebidasalcóolicas — estáo excluídas chope e cer-veja — das 6 horas do dia 31 às 6 horasdo dia 2 de Janeiro e o Juizado dc Meno-res, em portaria de ontem, limitou aparticipação em bailes de fim de ano.

Nos bailes, hotéis e restaurantes —ressalva a portaria da Secretaria de Se-gurança — fica permitido o uso mode-rado de bebidas alcóolicas e a únicaproibição é para cachaça. Os bailes, tan-to no fim de ano como durante o pe-

riodo carnavalesco, só poderão ser reali-zados entre as 22 e 4 horas.

A portaria do Juizado de Menoresproibe a hospedagem de menores de 18anos em hotéis e pensões nesse periodo,salvo se acompanhados de seus pais ouresponsáveis. Nas festas que vão até ocarnaval o juiz exige separação entremenores de 5 a 14 anos e os de 14 a 18.Nas festas de clubes os maiores dc 14anos poderão permanecer depois das 20horas, caso estejam acompanhados dospais e participem da reunião apenasmembros da associação.

Gibson acha que o ano foi difícilBrasília (Sucursal) — O Chanceler

Mário Gibson Barbosa admitiu ontem, aoreceber os cumprimentos de fim de anodo pessoal do Itamarati, que 1970 "foi

um ano muito difícil para a diplomaciabrasileira, marcado por uma série de epl-sódios lamentáveis."

O Ministro do Exterior citou expres-samente o desaparecimento de "dois jo-vens colegas, atraídos pela sedução damorte", referindo-se aos secretáriosPaulo Dionisio e Flávio Macedo Soares e,mais recentemente, à perda do Embai-xador Mozart Gurgel Valente, vitima deum enfarte cardíaco, em Washington.

Tom otimista

Apesar das lembranças, somadas àmenção feita pouco antes pelo secreta-rio-geral Carvalho e Silva aos "graves

problemas dos sequestros e à situaçãoangustiosa do cônsul Aloisio Gomide", oSr. Mário Gibson fêz questão de dar aoseu discurso um tom otimista, ressaltan-do que a transferência do Itamarati paraBrasília "significará não apenas a mu-dança de pessoas e objetos, mas tambéma renovação de métodos de trabalho."

Agradecendo à saudação do Embai-xador Carvalho e Silva, que falara emnome dos funcionários do Itamarati,exaltando a atuação serena do Chancelerna defesa das posições brasileiras noâmbito da OEA, e da ONU, o MinistroGibson deu um toque de humor à ceri-mania: disse que todo o mérito dessaatuação cabia à equipe do Itamarati, co-

mo fruto de um trabalho conjunto, eque, durante todo o ano, a única coisaque fêz sozinho foi assistir à vitória fi-nal do Brasil na Copa do Mundo, no Me-xico, o que lhe valera a fama de pequente.

Exilados no RioO Aíiuisíro falou com entusiasmo do

apoio que o Itamarati vem recebendo doGoverno c citou a existência de seis pro-jetos específicos, previstos no programade metas e bases, que irão aperfeiçoaros trabalhos do Ministério. Disse do seuorgulho em afirmar ao Presidente da Re -pública que a missão de transferencia doItamarati para Brasília estava cõnclu-dae, inclusive psicologicamente, o casa es-tava integrada a Brasília, compreendedo o esforço dc renovação do Governo.

— Efetivamente — lembrou o Minis-tro Gibson — os exilados do Itamaratinão são aqueles que estão em Brasília,porém os que ficaram no Rio. O velhopalácio transmite hoje uma sensação detristeza e solidão.

Na Marinha

No salão nobre de seu gabinete, noRio, o Ministro Adalberto de BarrosNunes recebeu ontem, em solenidade rea-lizada às 10 horas, os cumprimentos pe-Ia passagem do Ano Novo.

A solenidade compareceu todo o Al-mirantado, os comandantes de forças,corpos e estabelecimentos da Marinha.

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4 - POLÍTICA E GOVERNOTolafoto JB-UPI

Coluna do Caslellof

Desapareceo ceticismo

Brasília (Sucursal) — Os últimosdias foram pródigos em declarações dcpolíticos expressivos, quer da Arena, querdo MDB, todas dirigidas num mesmo sen-tido e advertindo quanto a um mesmoperigo. Oriundos da UDN, do PSD c doPTB, os Srs. Milton Campos, Amaral Pei-xoto, Ulisses Guimarães, Oscar Passos cNelson Carneiro falaram da necessidadede que se revogue o Ato Institucional n.°5 e previram que, se essa providência naovier em tempo, chegaremos ao termo doatual Governo não com a democracia res-taurada, mas sob um regime de Partidoúnico.

Já se sabia, e é óbvio, que esse e osentimento dos políticos, ressalvados ostotalitários e os subservientes. De qual-quer forma, aquelas declarações são alen-tadoras, pois revelam que a renovação doCongresso Nacional quebrou o ceticismoreinante nos últimos meses. Não podehaver dúvida, agora, de que o MDB vol-ta consciente de que o seu dever preci-puo está na luta pela recomposição doEstado dc direito. Consciente e disposto,como convém. E pela voz sempre serenamas altiva e lúcida do Senador MiltonCampos, fixou-se que também na Arenahá gente desperta para o verdadeiro de-safio e desejosa de ajudar o Governo aapressar a solução, aliás na linha de seuscompromissos.

Ao trocar a Câmara pelo Senado, oSr Amaral Peixoto vai firme ao centrodo problema: ao MDB cabe exigir que secumpra o compromisso democrático,"mediante a revogação do Ato Institucio-nal n.° 5 eo conseqüente restabeleeimen-to dos direitos c garantias individuais, daliberdade dc iinprensa e do hábeas-cor-pus", como primeiro passo, ao qual se se-guiria "todo um programa de revitaliza-ção do regime democrático." E denunciadesde logo o propalado

"modelo brasiléi-ro de democracia" como preocupação de"espíritos totalitários."

Por sua vez, o Deputado Ulisses Gui-marães declara que, enquanto perdurara situação atual, o MDB, cuja presiden-cia deverá assumir no dia 2 de fevereiro,não será um Partido, mas "mero transe."A riqor, éle poderia dizer que, sob o AI-5,o MDB será uma agonia, ou transe ago-nico, pois é mais exatamente essa a liçãodas últiJiias eleições. Embora ainda nãose conheçam os resultados oficiais, já fi-cou suficientemente demonstrado que aOposição náo tem como disputar eleiçõesmajoritárias. Basta ver o que ocorreuquanto ao Senado e às Prefeituras mu-nicipais. . .

O pior, no entanto, esta por vir. Saoas eleições municipais gerais marcadaspara 1972. Se prevalecerem as condiçõesvigentes, o MDB terá destruídas suas ba-ses municipais remanescentes, o que oencaminhará para o completo extermi-nio. É fácil prever que sem sustentaçãomunicipal a Oposição não terá condiçõesde manter na Câmara mais do que umarepresentação extremamente minguadae apenas figurativa.

Essa perspectiva c que terá produ-zido as manifestações unanimes da se-mana passada quanto ao perigo do Par-tido único. E delas a mais lúcida pareceser a do Senador Milton Campos, que serecusou a falar sóbre reformas políticas(êle, que é um dos maiores defensores dovoto por distritos), limitando-se a colocara revogação do Ato Institucional n.° 5como pressuposto necessário de qualquerreforma democrática. Os dirigentes opo-sicionistas enfraquecem sua posição,quando levantam, ao lado da revogaçãodo AI-5, a questão menor, proporcional-mente sem importância, da extinção dassublegcndas.

Não se nega que as sublegendas des-favorecem o MDB e constituem mesmofator de estimulo ao Partido único. Con-tudo, é evidente que não são elas, maso AI-5, o que esmaga a Oposição. Pare-ce preferível que o MDB esqueça as sub-legendas e se fixe no problema maior edecisivo. Do contrário, poderá ocorrerque, mantido o AI-5, a extinção das sub-legendas seja oferecida ao pais como con-cessão magnânima.

WAlembert JaccoudRedalor-subslitulo

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JORNAL DO BRASIL D Tèrç8-felrá-: 29/12/70 ti -1-° Caderno

Servidores de Brasília dãotítulo a Mediei e pedemaumento já para mês que vem

Brasília (Sucursal) — O Presidente Médiçi re-cebeu o titulo de sócio honorário da Associaçãodos Servidores Públicos de Brasília, durante aud.cn-cia que concedeu ao presidente daquela entidade,Sr. Retto Orunewald.

Na oportunidade, o Sr. Retto Grunewald en-tregou ao Presidente Mediei um memorial com umasérie de reivindicações, entre as quais um aumentode vencimentos para janeiro próximo e pagamentodo 13." salário.

O memorial

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Mediei e Gibson tiveram lugar no altar na missa por alma do Embaixador Gurgel Valente

Tarso anuncia que no Senado vaidefender regime parlamentarista

No memorial, os sorvido-res pedem que se suprimaos níveis um, dois, três equatro, começando o fun-clonárlo público a sua cai-reira já no nivel cinco; quese crie um tribunal adml-nistrativo, a fim de livraro funcionário público docompasso de espera que a.sconclusões de uma comis-são dc Inquérito provoca,

além dc verbas para auxi-lio natalidade bem comopara a construção de sedoprópria e dos gabinetes me-díco e dentário. O documen-to solicita ao PresidenteMédlci, também, que paraefeito de aposentadoria otempo de serviço prestado auma empresa privada sejacontado.

Missa

Porto Alegre iSucursal» — OSr. Tarso Dutra anunciou ontemque pretende ser no Senado o pro-pagandista do parlamentarismo.sistema de governo que se lhe apre-senta como ideal para perpetuara Revolução nacional c ao mesmotempo restabelecer o prestigio doParlamento.

— A Revolução de 31 dc mar-ço já está Ideologicamente consoll-dada, já tem seus quadros forma-dos e já dispõe de um_ mística, sólhe faltando para se desenvolveratravés do tempo dc um mecanis-

mo político adequado, que paramim é o parlamentarismo — disseo político gaúcho.

IDÉIA AMADURECIDA

Esta tarde, o Sr. Tarso Dutrafará uma visita ao antigo lider li-bortador. Sr. Raul Pila, a quem co-munlcará a Intenção de promoverno Senado uma sistemática campa-nha cm favor do parlamentarismo.A respeito desta Iniciativa, o Sena-dor gaúcho afirma não ter ilusõessóbre a receptividade à sua doutri-

nação nem sóbre seus efeitos Ime-dlatos.

A história das povos está amostrar que uma Idéia política nãose cristaliza cm atas c fatos senãoa médio ou longo prazo.

Rejeita, por outro lado. a per-gunta sóbre por que resolveu ade-rir agora ao parlamentarismo e in-forma que há 15 anas vem nmadu-recendo suas convicções parlamen-tarlstas e que, como deputado fe-deral. subscreveu todas emendasconstitucionais visando a .ístaTiroro sistema parlamentar de govér-no.

O Presidente GarrastazuMediei assistiu ontem àmissa que o Itamarati man-dou rezar na Catedral dcBrasília pela alma do Em-oalxador Mozart GurgelValente, falecido em Wash-ington no dia 10.

Além do Ministro MarioGibson, que ocupou um lu-gar no altar junto ao Pre-sidente, também o MinistroCosta Cavalcanti, o GeneralCarlos Alberto Fontoura,chefe do SNI. c todos o.schefes do Itamarati estive-ram presentes á cerimônia,

celebrada pelo MonsenhorGeraldo D'Avlla, Chancelerda Cúria Metropolitana dcBrasília. Durante toda aduração da missa, a Cate-dral de Brasília foi tomadapor um forte dispositivo dcsegurança: cinco carros depatrulha ficaram estado-nados à frente do prédio,enquanto agentes eram dis-tribuidos no interior dotemplo postados cm Inter-valos regulares em toda suavolta, na torre do órgão enas portas de saída.

Promoções

Mem de Sá concilia tendênciasO Senador Mem de Sá disse

ontem que "democracia e desenvol-vimento náo se opõem, mas, antes,se conciliam, se completam", ob-servando. no entanto, que para sealcançar a" verdadeira democracia,"estável, completa, efetiva, é mis-tér educação, aumento da produ-ção e da produtividade, como é im-peratlvo assegurar os direitos hu-manos e as franquias do cidadão."

O ex-Mlnistro da Justiça, quedeverá se retirar da vida públicano fim de Janeiro, quando terml-na o seu mandato — depois de 40anos de atividade política — assi-nalou que "com a realização do dc-senvolvimento nacional os Ideaisdemocráticos desaorocham com anaturalidade com que a semente setransforma em fruto c o broto seentreabre em flor."

SACRIFÍCIO NOBRE

Em face da publicação parcialdc discurso que pronunciou emagradecimento á homenagem deque foi alvo, na semana passadaem Porto Alegre, ter provocadouma critica que considera "produto

de mal entendido", o ex-Mlnistroda Justiça acentuou ontem:

Longe de mim insinuar quese tome por inútil ou vão qualquersacrifício cm prol dos direitos hu-manos, das franquias do cidadão edo aperfeiçoamento dos costumes.wliticos. Todo o empenho em ia!sentido é fecundo e nobre. Tem si-do nosso através dos tempos e as-Sim há de ser sempre, mesmo por-que sem éle nunca vingará a de-mocracla.

A democracia completa, efe-tlva, que é realmente estável e li-berta de subversões, golpes e ecllp-ses — continuou o Senador Memde Sá — a democracia que se faztão normal para uma nação, comoa respiração o é para o homem —esta somente chegará para nós co-mo para os povos que Já a desfru-tam. através do desenvolvimentoeconômico, aumento da produtivl-dade e justiça social que garantamelhor distribuição da riqueza, oincremento da renda e do padrãodc vida de cada brasileiro.

Para êsse obi-tlvo — con-tinuou o Senador Mem de Sá — épreciso educar e instruir nossa

gente, dando-lhe. com a técnica, aaptidão de produzir mais para vi-ver melhor; saber trabalhar parapoupar e Investir melhor. Concor-do em que democracia c desenvol-vimento náo se opõem, mas. antes,se completam para alcançar o idealde Instituições efetivas e estáveis.

DESAFIOO ex-Mlnistro da Justiça ma-

nifesta a convicção de que, para-lelamente á grande batalha pelodesenvolvimento econômico e a ele-vação do bem estar do povo, o Go-vêrno do General Médlci está em-penhado, de modo decidido, no res-tabeleclmento do regime democrá-tico no Brasil. Assim como achaque todas as forças vivas do paisestarão dispostas a se empenharnessa mesma luta.

Salientou a sua crença de queo povo brasileiro saberá vencer odesafio que lhe foi lançado na dé-cada que se inicia, qual seja, levaro Brasil a seus grandes caminhos,vencendo os males crônicos do su'.-desenvolvimento e instaurandouma democracia verdadeira sóbrebases sólidas c reais.

O Presidente da Repúblicadecretou, ontem, diversaspromoções no Exercito,atingindo oficiais dos postosde capitão, major c tenente-coronel, inclusive do magl_-tério e Serviços de Saúde,Intendêncla e Veterinária.

Foram promovidos, nomagistério, ao posto de co-roncl, os tenentes-coronéisFernando de Castro Noguei-ra da Gama c AlexandreMachado Fernandes. Na ai-ma de infantaria, forampromovidos a coronel os te-nentes-coronéis Gérson Ma-chado Pires. Ênlo ViegasMonteiro de Lima e OdelmoTeixeira Costa.

Na arma dc cavalaria fo-ram promovidos a coronel os

tenentes-coronéis ÁlvaroMala e José Cláudio Sava-get c na arma de artilhariaíoi promovido a coronel otenente-coronel N c r a 1 d oDutra dc Carvalho. O te-nente-coronel engenheiroArnóbio da Cruz Palão foitamDém promovido a coro-nei.

Os tenentes-coronéis mé-dicos Fernando Ferreira dcCarvalho, Francisco MariaPinheiro, Dalmo dc OliveiraMota c Darci Guimarães fo-ram promovidos a coronel.

O.s novas coronéis inten-dentes são Alfredo Rodri-gue.s da Mota. Seslau Gou-veia Lima e Antônio dosSantos.

EmbaixadorO Embaixador italiano

Alessandro Tassonl Dl Cas-tel Vecchio apresentou, on-tem, ao Presidente Mediei,suas despedidas, por ter dcdeixar o Brasil para repre-sentar seu pais cm Varsó-via.

O Sr. Castel Vecchio dc-clarou aos jornalistas que"já estou sentindo saúda-des do Brasil, mas um Em-balxador é como soldado,náo escolhe missões."

PronunciamculoDeverá ser gravada cm

video-tape, hoje pela ma-nhã, a mensagem de AnoNovo que o Presidente daRepública dirigirá aos bra-sileiros na noite de 31.

Nesse documento o Chefedo Governo fará um balan-ço politlco-administrativodc 1970, com base nos ele-mentos que lhe foram for-necidos pelos Ministros.

Sodré proíbe despesas quecomprometam Orçamentoa ser executado por Natel

São Paulo (Sucursal) — O comprometimentode despesas do Governo estadual além do dia 15 demarço próximo íoi proibido ontem através, de de-cretó do Governador Abreu Sodré, a fim de "pre-

ser var o futuro Orçamento, sem paralisar a admi-nistração."

Segundo o Secretário de Justiça, Sr. Heli Lo-pes Meireles, o decreto — que proíbe também no-vas nomeações ou contratações — "assegura a con-tinuidade administrativa até o último dia deste Go-vêrno, mas não vincula despesas ao seu sucessor,que fica livre para imprimir à execução orçamenta-ria a orientação que desejar."EXCEÇÕES

O decreto não se aplicaa compras, obras e serviçosobjetos de concorrênciascujos editais tenham sidopublicados, nem a concor-rência com financlamen-tos externos já negociados.Permite também constru-cões e ampliações dc esta-belecimentos de ensino detodos os graus, "necessáriasao atendimento da deman-da escolar do próximo ano."

As exceções ap dispostono decreto serão admitidas"mediante prévia e expressaautorização do Governador,nos casos de relevante In-terésse público ou de segu-rança interna, devldamen-te comprovados pela auto-rldade competente." O de-creto, subscrito por todo osecretariado paulista, serápublicado hoje no Di-inoOficial do Estado.

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JORNAL DO BRASIL fj Tórço-foira, 29/12/70 Q 1.° CadernoCIDADE - 5

Temperatura no Rio sobe a*

39 graus e deve manter-sePela segunda vez neste

verão, a temperatura má-xlma no Rto ultrapassouontem a marca dos 30graus (39,5 em Jacarcpa-guá), com tendência a es-tablllzar-se na faixa dos39-40 graus nas próximas24 horas, segundo o Escri-tório de Meteorologia, queprevê para hoje tempobom com nebulosidade cpossibilidade dc pancadasde chuva e trovoadas, àtarde.

Em São Paulo, centenasdc milhares de pessoas quehaviam píocurado o litoralno fim de semana, paraíuglr do calor, encontra-ram nâ volta a capital umatemperatura de 32 graus,depois de enfrentaremenormes congestionamentosna Via Anchieta desde do-mingo à noite ate o melo-dia de ontem.RECORDES NO RGS

Porto Alegre (Sucursal)— Depois de um dia em queos termômetros marcaram39,2 graus — quatro déci-mos abaixo do recorde dedezembro, registrado em1917 — uma temperatura de25,4 graus assinalou ontema madrugada mais quenteque esta capital já sofreudesde 1909. ano em que foiinstalado aqui o Serviço deMeteorologia.

Ontem, o calor continua-va intenso, com a máximade 34,5 graus, observada às13h; no interior, a máximaocorreu em Cachoeira doSul: 38,7 graus. O calor cs-tá provocando grande mo-vimento em direção a tô-das as praias do litoral cuni número recorde de fre-quentadores tem sido regis-trado nas praias fluviais dePorto Alegre.

No Interior, ocorreramchuvas ligeiras na regiãoda serra, mas na depressãocentral e na fronteira nãohouve qualquer precipita-ção. Segundo o Escritóriodc Meteorologia, do Mlnls-tério da Agricultura, umamassa fria que se encontrana fronteira argentino-uruguaia poderá chegar ho-je ao Rio Grande, fazendobaixar a temperatura pelomenos algumas horas.

Em sua direção para oNordeste, até o Rio dc Ja-neiro, essa massa fria terádc vencer o obstáculo opôs-to pela massa tropical quedomina a quase totalidadedo pais.

VOLTA DA SOMBRINHA

São Paulo (Sucursal) —As casas de cletrodoméstl-cos do centro da capital au-mentaram em cerca de 30%

as vendas de ventiladores eaparelhos dc ar condido-nado. Na Rua Barão de Ita-petlninga, as pessoas seaglomeram nas portas deuma loja, onde vários cir-culadorcs de ar cm funcio-namento dirigem uma for-te corrente dc ar para arua.

O calor Incomum que seregistra estes dias em SãoPaulo está fazendo volta-rem às mãos dos mulheresas sombrinhas'fora de mo-da, como proteção contra osol. As previsões do tempoIndicam que o calor deve-rá aumentar nos próximosdias.

REMÉDIOOs clubes com piscinas,

lotados desde a véspera doNatal ate domingo, servi-ram ontem de refúgio aseus associados, embora nàofuncionem às segundas-feiras. A solução foi seguiro exemplo da maioria, ten-tando — inutilmente — ali-viar o calor com cerveja erefrigerantes.

As fábricas garantem quenáo haverá falta de cerve-ja e refrigerantes, apesardo grande consumo, revê-lando terem aumentadobastante a produção antesque o calor atingisse o pon-to a que chegou.

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Banhistas terão no próximoverão praias limpas com oemissário submarino pronto

A partir do próximo verão os freqüentadoresdas praias da Zona Sul estarão livres da poluiçãodos esgotos, pois a 30 de dezembro dc 1971 será con-cluída a obra do emissário submarino de Ipanema— segundo anuncia o Governo estadual.

O engenheiro Carl Vicente Limmer informouque já foram instalados 225 dos 300 metros da tre-liça metálica e até 15 de janeiro estará ultrapassa-da a rebentação, fase mais difícil da obra. Em seismeses de atividade foram executados 30'\ do ser-viço.

maior parte de fabricaçãonacional.

Lamartine, Ari Barroso e Noel Rosa serão homenageados na decoração

Equipe de Botelho fará pela6.a vez decoração do carnaval

DLU limpa as praias da Zona SulO Departamento de Lim-

peza Urbana terminou porvolta das 22 horas de on-tem a limpeza das praiasda Zona Sul da cidade, en-chendo vários caminhõescom os detritos lançadosfora pelos banhistas no fimde semana, principalmentecopinhos de papel e garra-linhas plásticas.

Para o diretor do DLU,engenheiro Saint Martin,"é quase impossível com asujeira nas praias, mesmoatravés de uma campanhade educação dos banhistas;ninguém se levanta da cs-teira e anda vários metrossóbre a areia quente só pa-ra colocar um pauzinho desorvete na cesta de lixo sò-6re a calçada."

CESTAS INÚTEIS

No Inicio do verão, o DLUcolocou nas calçadas daspraias, de 100 em 100 me-tros, uma cesta de lixo pa-ra recolher os detritos. Se-gundo o diretor do Depar-tamento, só as cestas quepor acaso ficassem pertodas carrocinhas de refrige-rantes e sanduíches, obrl-gadas a trabalhar no pas-seio, tiveram utilização.

— A solução mais práti-ca — diz o engenheiniSaint Martin — é o DLUmanter dois turnos de lim-peza nas principais praiasda cidade, como vem. sendofeito. O primeiro começa atrabalhar às 7 horas c ter-mina às 16 horas; o segun-do começa às 15 horas c vaiaté a noite.

O diretor admite que asujeiras das praias acaba-ria de uma vez por todas seos vendedores ambulantesfossem proibidos de vendersuas mercadorias na areia,entre os banhistas. "Mas.seIsso fôsse feito — acresecn-ta — o Governo atrairia aantipatia do público, quenão abre mão da comodi-dade de tomar seu refrige-rante gelado sem se afãs-tar da barraca."

SEGUNDA TURMA

Munidos de ancinhos,vassouras e grandes cestasdc palha, cerca de 30 ga-ris limparam ontem à tar-de a praia de lpancma.de-fronte da Rua Montenegro,onde se aglomeravam inú-meros banhistas. Para su-portar o forte calor que fa-zia, os garis tiraram a ca-misa c se abrigaram sob oschapéus de palha.

Os banhistas pouco repa-raram no trabalho dos ga-ris e muito menos sabiamque eles formavam a segun-da turma de trabalhadoresa percorrer Ipanema e Lc-blon no dia de ontem, rc-colhendo os detritos deixa-dos na areia, principalmen-te centenas de garrafinhasplásticas de um novo pro-duto.

MAQUINA PARADA

A máquina importada em1964 pelo DLU para limparas praias do Rio está en-costada até hoje, porquenão funciona em areia de

granulação fina. Segundo oengenheiro Saint Martin, otrabalho manual dos garisé mais rápido e compensa-dor que o da máquina, quelevaria tres dias para var-rer toda a areia do Copa-cabana.

O diretor do DLU estápreocupado cm montar oesquema de remoção do pa-pel picado que entulhará asruas do centro da cidadeno próximo dia 31. naa co-memorações da passagemdo ano. A limpeza dos a?-tritos que os crentes deUmbanda lançarão naspraias na noite do últimodia do ano também tf?ráobjeto dc um esquema cs-peclal de trabalho do Dc-parlamento.

REFORÇO NA BARRA

A grande afluência debanhistas às praias da Bar-ra da Tijuca neste verãoprovocou também o pedidode reforço do efetivo dosgaris que varrem aquelaárea.

O Serviço de Limpeza dePraias do DLU atua cmIpanema, Leblon, Copacaba-na. Gávea, Praia Vermelha,Urca, Botafogo, Flamengoc Barra da Tijuca. Tem se-dc cm Ipanema e 160 ho-mens em serviço. Nas praiasmais movimentadas — Co-pacabana, Ipanema e Le-blon — o serviço é feito emdois turnos, regime de tra-balho que será também es-tendido à limpeza da praiado Flamengo.

Pela sexta vez consecutl-va um projeto de Adir Bo-telho. Davi Ribeiro e Fer-nando Santoro vence o con-curso para a decoração decarnaval da Avenida Pre-sidente Vargas. O projetopara 1971, denominado Car-naval dos Carnavais, seráuma homenagem aos com-pasltores dc carnaval dopassado.

A mesma equipe venceutambém a concorrência pa-ra a decoração da AvenidaRio Branco e Candelária,acumulando um prêmio deCrS 4 100.00. Para a deco-ração da Avenida Presidên-te Antônio Carlos e TúnelNovo venceu o projeto dcCelmo Soares e José More-no. Eu Também Quero. . .Carnaval, com um prêmiode CrS 1 800.00.

PROJETOS

Durante três heras idas16 à.s I9h), sete repre-sentantes da Secretaria deTurismo e cinco de Institui-ções artísticas julgaram osnove projetas Inscritos on-tem de manhã na sede doAutomóvel Clube. Apenasdois tinham projetas paraos cinco locais que recebe-rão decoração dc carnaval.

O julgamento foi realiza-do por local e os projetascolocados cm segundo lugarreceberam um prêmio deincentivo no valor de CrS . .500.00. Segundo os coorde-nadore.s do certame, osprópries concorrentes pre-lerem que o julgamento se-ja realizado logo após o en-cerrumento das inscrições,porque só assim podemacompanhá-lo.

Os projetos vencedoresforam os seguintes: Aveni-da Presidente Vargas (des-dc a Avenida Rio Brancoaté o Obeliscoi com prêmiono valor de CrS 2 mil. Car-naval dos Carnavais, de

Adir Botelho, Davi Ribeiroe Fernando Santoro. Esteprojeto venceu ainda a dc-coração da Avenida RioBranco (desde a PraçaMauá até o Obelisco), comprêmio de CrS 1 500.00, ePraça Pio X i Candelária icom prêmio no valor de CrS800,00. Nos segundos lugaresdesses três locais ficaram,respectivamente, Folia 71,de Dorloff e Delfim, quetambém obteve a segundacolocação para a AvenidaRio Branco, e Supcrstisam-ba, com projeto para deco-ração da Praça Pio X.

Ku Também Quero . . .Carnaval, de Celmo Soaresc José Moreno, vai decorara Avenida Presidente Antò-nio Carlos (da Rua São Jo-sé à Santa Luzia) e o Tú-nei Novo i parte de Bota-íoroi. O.s segundos lugaresdesses dois leoais ficarampara Sonho de Arlcquim,de Ivã Guimarães, e Folia71, tlc Dorloff e Delfim.

Os outros projetos inseri-tos foram os seguintes: Al-fa, de Domingas Ferreirada Silva (Túnel Novo);Alegoria Marinha, dc Jo-mar Carramanhos c Ru-bens Rocha «Túnel Novo ePraça Pio X); Meu Brasilno Dia da Copa, de JorgeLuis Vilela (Presidente Var-gas. Rio Branco, AntônioCarlos e Pio X); e Tricô-palha, de Luis Pedrini eLan (Presidente Vargas eCandelária).

DESFILE

A partir de seguncla-fci-ra o.s vencedores deverãoiniciar o.s trabalhos de dc-coração no Pavilhão de SãoCristóvão, pois o Secretáriode Turismo quer que a de-coração fique pronta nodia 6 de fevereiro. Ela seráinaugurada com um desfi-le pelos locais decorados,tendo à frente o Rei Momo.

Até quinta-feira os vence-dores deverão apresentar odesenvolvimento do proje-to. sob pena de serem des-classificados.

DECORAÇÃO

Carnaval dos Carnavaisvai homenagear os compo-sitores do passado, sobretu-do Noel Rosa, LamartincBabo e Ari Barroso. O pai-nei da Candelária com 15metros de largura por 30de altura, será construídocom material de calota deautomóvel, tendo ao centrouma fonte luminosa e doslados duas rodas (de oitometros i com notas musi-cais e três cavalinhos, ho-menageando a letra de AriBarroso Upa, Upa.

A Avenida PresidenteVargas terá 70 torres comfiguras tradicionais do car-naval, e no centro notasmusicais com nomes de di-versas músicas e notas mu-sicais, além de claves. NaAvenida Rio Branco have-rá 60 coretos também comnomes de músicas famosasnos carnavais passados,cada qual com uma figuracorrespondente. Todos terãoiluminação Interna e exter-.na.

Eu Também Quero... Car-naval, no Túnel Novo, seráuma alegoria sobre a in-fluència do negro no sam-ba, com a figura do ReiMomo Mulato surgindoentre nuvens puxado pordois arautos (malandrlnhoe palhaço) e em cima amusa inspiradora: a mula-ta.

A Avenida PresidenteAntônio Carlos terá más-caras e fantasias popula-res, com figuras de pierrós,baianas e bebè-chorão. Nocentro haverá figuras sus-pensas em cabos de aço. Omaterial usado será ma-deira revestida de plásticocom iluminação colorida.

PIONEIRISMO

A obra do emissário sub-marino começou a 25 dejunho último, mas a mobi-llzação do material neces-sárlo íoi Iniciada cm íeve-rclro. Pela primeira vez naAmérica do Sul realiza-seum trabalho do gênero,com a utilização de esta-cas-pranchas mais largasque o normal (antes ti-nham 1.20m de largura;agora têm 15m e são deaço especial, para resistirà corrosão da água salga-da.

O projeto foi feito pelafirma norte-americana En-gencering Sclense, com ba-se na experiência de 136lançadores submarinos deesgotos existentes nos Es-tados Unidos, mas sofreupequenas modificações nasmãos da firma empreiteiraConstran para adaptar-seao material utilizado, na

Brincadeira pode dar em prisãoO diretor do Serviço de

Salvamento, delegado Her-mes Machado, vai prenderpor~ agressão quem praticaro divertimento que surgiunas praias cariocas, no úl-tlmo fim de semana, e pro-vocou inúmeras queixas porparte de pessoas atingidas:guerra com garrafinhasplásticas de refrigerantes,cheias de água ou de areia.

O diretor do Departamen-to de Limpeza Urbana, en-genheiro Saint Martin, temconhecimento de que algu-mas indústrias estão pen-sando em vender nas praiasembalagens metálicas deseus produtos. "Se Istoacontecer — advertiu — va-mos ter acidentes gravesnas praias."

OS guarda-vidas do Servi-ço de Salvamento socorre-ram 243 pessoas na lminên-cia de afogamento e reco- •lheram 85 crianças perdidasnas praias, no último fimde semana.

Uma das pessoas socorri-das por afogamento morreupor ter batido com a cabe-ça numa pedra, ao mergu-lhar em lugar impróprio.

Desidratação mata duas criançasDuas crianças morreram

ontem no Rio, entre os 560casos de desidratação socor-ridos pela rede hospitalarda cidade: Luís Carlos, de15 meses, atendido no Hos-pitai Getúlio Vargas, e Ro-sana da Glória, de quatromeses, socorrida "no HospitalSalgado Filho. O HospitalRocha Faria manteve-se afrente da estatística dos ca-sos de desidratação, com 238atendimentos.

Nos outros hospitais, fo-vam os seguintes os registrosde desidratação: SalgadoFilho, 122; Getúlio Vargas,95; Carlos Chagas, 54; Ro-cha Maia, 22; Miguel Couto,15; Olivério Cramer, 11; cCentro de Reidratação SalesNeto, cinco casos.

NO ESTADO DO RIO

JVfícrói (Sucursal) — No-ve crianças morreram dedesidratação na última se-mana em Duque de Caxin.s,onde foram atendidos 250casos entre os dias 22 e 28,segundo boletim divulgadoontem pelo Hospital InfantilIsmélla Silveira.

Ontem, os hospitais de Ni-terói e de São Gonçalo so-correram 130 casos de desi-dratação, sendo 23 conside-rados graves. O HospitalAntônio Pedro atendeu a 13casos; o Hospital InfantilGetúlio Vargas, 22; o Postode Atendimento do INPS.70; e o Pronto-socorro In-fantll de São Gonçalo, 25.Além dos casos de desidra-tação, foram registrados 40de insolaçáo.

PREOCUPAÇÃO

O vice-diretor do HospitalInfantil Ismélia Silveira, Dr.Válter Garcia, está preo-cupado com o número ele-vado de beneficiários doINPS que, a pretexto de evi--tar o excesso de burocracianas casas de saúde quemantêm convênio com oInstituto de Previdência,procuram socorro no hospi-tal, que é mantido pela Pre-feitura de Caxias.

Somente no mês dc no-vembro — disse — o Ho.spi-tal I.smélia Silveira atendeua 4 929 beneficiários do

INPS, dos quais 1 917 casosde desidratação.EM CURITIBA

Curitiba (Correspondente i— Vinte e cinco criançasmorreram de setembro anovembro, entre as 145 in-ternadas com desidratação¦no Hospital Infantil CésarPerneta. Ó diretor do hos-pitai, Dr. Renato SeilerCamargo, disse que, "narealidade, na causa dessesóbitos entram outras dosn-ças, principalmente a des-nutrição."

O Hospital César Pernetamantém serviço especial!-zado para o tratamento dadesidratação e seus leitosficam ocupados o ano todo.EM SAO PAULO

São Paulo (Sucursal) —A Santa Casa dc Miserlcór-dia da capital atendeu, des-de o inicio do verão atéontem, a 407 crianças de-sldratadas, das quais 89morreram. A de Santos —apesar de a temperaturamáxima da cidade ter atin-gido 40 graus — socorreu296 casos, quatro fatais.

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VOLTA PELA CALÇADA

Em Janeiro não será maispossível passar sob a tre-liça, na prata, pois todo otrecho estará cercado, obrl-gando o banhista a dar avolta pela calçada. No mo-mento, os 18 mil metrosquadrados do canteiro deobras estão cercados, masainda há uma passagem àbeira-mar. O trecho ficaráInterrompido por um més.para a colocação dos pri-meiros tubulões na areia,Inlciando-se a construçãodo lançador submarino pro-prlamente dito — Já que atrcllça serve apenas parafacilitar a obra.

Dentro de um ano, oemissário lançará 6 mil 11-tros dc esgoto por segundoa 4 km da praia, sem pos-sibilidade de retorno.

Firma construtora danificacabos telefônicos e deixa500 telefones paralisados

Quinhentos telefones das estações 238, 258 e 268,que servem aos bairros de Vila Isabel, Grajaú e An-daraí, estão paralisados em conseqüência de danoscausados aos cabos telefônicos por uma obra da íir-ma Rossi Engenharia, na esquina das Ruas Barãode Vassouras e Barão de São Francisco, no Andarai.

Há perigo de desmoronamento do terreno pró-ximo á galeria afetada, e a CTB já advertiu a firmaRossi Engenharia que solicitará judicialmente a in-terdicão da obra, caso não seja realizado imediata-mente o escoramento do terreno. Caso o desmorona-mento atinja a galeria já danificada, 20 mil telefo-nes poderão ficar interrompidos.

IRRITAÇÃO

Os técnicos da CTB fica-ram irritados porque a per-furacão que causou o aci-dente foi feita sem nenhumaconsulta às concessionáriasde serviços públicos sóbre astubulações que passam pe-lo local. Na semana passa-da uma outra escavação malfeita pela Cedag causou aparalisação de 800 telefonesno Flamengo e em Laran-jelras.

Em conseqüência do aci-dente, romperam-se cincocabos, com 1818 pares determinais, cada. O.s técnicosda CTB calculam que asemendas necessárias deve-rão durar pelo menos 20dias.

No Flamengo e em Laran-Jeiras continuam mudos 700telefones. Só os do PalácioGuanabara e alguns outrostiveram o seu funcionamen-to restabelecido. A repara-ção desses telefones se es-tenderá por 10 dias.

Se o acidente no Andaraitivesse ocorrido em tempochuvoso acarretaria a- pa-ralisação de todos os tele-fones das estações 238, 258e 268, cerca de 20 mil, emconseqüência da infiltração,que provocaria o bloqueiototal da rede.

O GOLPE DO CIMENTO

Os técnicos da CTB tive-ram dificuldades para des-cobrir a causa do acidenteporque os operários da flr-ma Rossi Engenharia co-meçaram a cobrir os caboscom cimento assim que vi-ram o estrago causado. EmLaranjeiras, na esquina dasRuas Ipiranga e CoelhoNeto, também foi colocadocimento para encobrir osestragos causados pela per-furatrlz.

— Agora — dizem os téc-nicos — o cimento frescopassou a ser o chamariz pa-ra descobrirmos os estragoscausados pelos outros.

DNER nãodesapropriana ponte

O Departamento Nacionalde Estradas de Rodagemdesmentiu que estivesse emestudos a desapropriaçãodos canteiros de obras daponte Rio—Niterói, nostrechos que foram entre-gues ao segundo consórciocontratado para o acelera-mento da obra.

E' que não houve resci-são de contrato e sim a suareformulação para que aponte fique pronta até dr-zembro de 1971.

A Rossi Engenharia estáconstruindo na Rua Barãode São Francisco o Centrodc Processamento de Dadosdo Banco do Brasil. Em vir-tude do rebaixamento doterreno antes do Inicio daconstrução do prédio, aposteação elétrica instaladapara a obra ameaçava cair.

A firma resolveu entãocolocar os postes dc madei-ra fora da área da obra, nomeio-fio da Rua Barão deSão Francisco. Durante aescavação, cinco cabos fica-ram partidos c furados emvários lugares por uma per-furatriz.

MUITO CUIDADO

Um dos chefes de manu-tençào da rede, Sr. AfranioSalgado, comentou que êssetipo de serviço deve serfeito com o máximo cuida-do, "principalmente se quemestiver fazendo a obra nãose dispuser a consultar asconcessionárias de serviçospúblicos sobre a situaçãoda tubulação."

— Se assim que os opera-rios encontrassem uma ma-nilha parassem logo, nãohaveria maiores problemas.Mas, ao contrário, eles con-tinuam como se nada tives-se acontecido. E isso jáocorreu muitas vezes comobras de várias empresas eaté de outras concessloná-rias, como a Cedag.

INDENIZAÇÕES

Tanto a Rossi Engenha-ria como a Cedag jã sedispuseram a pagar as in-denizações devidas à CTBpelos danos causados. Aempresa também exigirá daRossi a construção de umescoramento para protegero muro que cerca a área on-de será construído o Cen-tro de Processamento deDados, ameaçado de ruircm conseqüência do rebai-xamento do terreno,

Prazo parao predialfinda amanhã

Os proprietários de imó-vels na Guanabara que ain-da não pag,aram o impôs-to predial e territorial de-verão dirigir-se às coleto-rias estaduais até amanhã,quando estará encerrado oprazo fixado pelo Departa-mento de Escrituração Fls-cal do Estado.

O não pagamento do im-posto implicará em multasda ordem de 30% sobre ovalor devido. Dos SOO milcontribuintes do Rio, 170mil ainda estão em débitocom a Secretaria das Fi-rnrça?.

/

Cartasdosleitores

JB cm Portugal"Residindo cm Lisboa vai ia-¦/.or um ano, íoi com Imensa

satlsfaçfto que tornei a ler oJORNAL DO BRASIL, confor-ma o fazia no Brasil.

Recebo-o sempre cm horasivn.i.,, um dia após sua pubtl-cacílo e em minha casa, naUnha EstorH, distante cerca dc30 quilômetros de Lisboa. Co-mo a distribuição é perícitn,só tomos que louvar o Centrodo Livro Brasileiro, pela scrlf>-dade e presteza quo confereao encargo que lho foi atribui-do.

OcUvln Lacerda — I.iMm.i,Portugal."

Poluição"Queremos nos coiiRiatulnr

com o JORNAL DO BRASILpela cdlçao do Caderno í.spccl-al intitulado A Terra Está Bo-ente. O momento foi oportuno,face aa desastrosas coasequèn-cias do i.iau \*sj dos recursosnaturais. Esperamos que o es-forço desse Jornal, em editarmatéria dc tão elevada- cultura,tenlia as repercussões deseja-veis Junto is. opinião públicae as autoridades.

Em segundo lugar, queremoscomunicar nossa adc-síio a pro-moçáo do JB e do Clube deEngenharia, instituindo a Sc-mana da Coivservaçfto da Na-tureza, de 4 a 8 de Janeiro.Iniciativa; desta natureza de-vem receber o apoio governa-mental.

Por fim. queremos protestarcontra a posição tomada peloGoverno federal perante asNações Unidas, criando umabrecha no esforço nacional pa-ra o ccntròle da poluição domelo ambiento. E" uma i-oslçáochocante e indefensável a doBrasil. Mais uma vez, intcré.s-ses ImedlatLstas c de lucro fá-cil sobrepõem-se aos interessescoletivos. Urge a formação deuma opinião pública que pres-slone o Governo e os congres-slstas no sentido de que seimplante medidas nacionaispara o "uso inteligente da na-tureza para o bem do homem."

Rosalvo de Magalhães, dire-tor-executivo do Centro de Ks-tudof e Conservação da Natu-reza — Nova Friburgo, RJ."

JORNAL DO BRASIL Coisas da política

Diretor-PreaUlent-:C. Pereira Carneiro

Rio, 29 da deiembro da 1970Dlrelorea:

AI, _¦'. do Nascimento BritoJo.é Sette Câmara

KtHvor-Cheft:Alberto Bines

R e-t-l .1 l.l.ll-._(t (I)

Objetivo MáximoInfelizmente, a opinião pública viu passar

o Natal sem que chegassem a bom termo as nc-

gqciagõçs para libertar o Embaixador GiovanniEnrico Bucher. Nem por isto, porém, diminuiuo interesse com que so acompanha o caso, comotambém não arrefeceu a ansiedade com que to-dos desejamos ver devolvido à liberdade, são esalVo, o chefe da missárf diplomática suiyu cmnosso pais.

Os três casos precedentes não deixaram dcencerrar lições que cumpre às autoridades apro-voltar. Paralelamente, de um ano para cá, de-sencadeou-so, em todo o mundo, uma onda dcsequestros, a qual demonstra que a ação ter-rorista não respeita fronteiras, nem distingue anatureza dos regimes políticos. Trata-se de umfenômeno universal, nina espécie de diátese queage por contágio, sob pretextos vários, mas sem-

pie com a mesma desenvoltura moral que hão.-c delem diante dc um código mínimo da convi-vencia civilizada. Todas as nações, inclusive as

que ainda não foram felizmente vítimas dessaabominável prática, estão igualmente interes-.sidas tiiini entendimento supranacional que aju-dc a coibir o abuso que representam os seques-tros.

I orça é reconhecer que, tal qual se condtl-zitt nos episódios anteriores, o Brasil não inu«dou, até aqui, a disposição de indo empenhar

para salvar a vida ameaçada pela ação do ter-rorismo. Desde o primeiro momento, quando sctomou conhecido o seqüestro do EmbaixadorBucher, o Governo do Presidente Mediei admi-tiu negociar a sita imediata libertação. A despei-to da chantagem evidente com que os seqüestra-

"A revista Time, do grupo TI-me-Liíe Internacional, propõeremeter por um prazo dc cincoanos, seus números para subs-critores brasileiros, contra opagamento de CrS 170,00, cmmoeda nacional. Esse paga-me-nto deve ser feito no FirstNational City Bank, no Riode Janeiro.

Resolvi assinar a revista cfiz o pagamento em maio desteano, conforme recibo cm meupoder. Até hoje, nada aconte-ceu. Não recebi revista nlgu-ma. Na data dc 14-12-70. Timeescreve dizendo não ter conhe-cimento de meu pagamento.Por sua vez, o City Bank ga-rante que creditou na contade Time-Life os CrS 170,00.Com isso, estou lesado nestaimportância. Tenho toda a cor-respondéncia em meu poderpara provar os fatos aqui re-la tados.

Alberto Cumplido dc Sanf-Anna — Rio."

Reclamação (II)"Cansados de pedir provi-

dôncias ã Administração Regi-onal, que nunca as tomou, osmoradores da Rua E ml liaSampaio, em Vila Isabel, espe-ram que através do JB suareclamação seja atendida.

Quando a Rua Teodoro daSilva foi asfaltada, esta ficoun nível mais elevado que aEmilia Sa? .paio. Acontece quena esquina das duas ruas for-ma-se, nos dias de chuva, umgrande lago quo só seca como sol, dias depois, porque oescoamento era- feito justa-mente pelos bociros da Tcodo-ro da Silva. O caso Jà nãoé mais de urbanismo, mas desaúde pública.

Luiz Carlos Silva — Rio."

Morosidade"Nossa Justiça Civel é uma

lástima: os casos rolam anose anos pelas varas e, quandohá perícias, o perito pode levaraté de7, meses para entregarseu laudo, embora cobre ante-cipadamente de 600 a Cr$ 1mil.

Temos um caso rolando nu-ma das varas, cujo perito dojuiz até hoje, decorridos maisde 20 dias não entregou olaudo, apesar dos insistentespedidos e intimação das partes,que estão sendo prejudicadas,por se tratar de ação renovató-ria de contrato comercial.Quem nos indenizará dessespr-.uizos? O juiz? O perito?Quem?

Deixo aqui o apelo às autori-dades, pois não é possível queeste estado de coisas persistana época atual.

Luiz Ferreira dos Santos —Rio."

As cartas dos leito-res serão publicadas sóquando trouxerem assi-natura, nome completoe legível c o respectivoendereço.

dores pretendem submeter e até humilhar as au-loridades, as negociações foram entabuladas a

partir do objetivo máximo que é impedir a cruele desumana execução dc um chefe tlc missãodiplomática aqui legalmente acreditado.

Recusando-se a exigências descabidas e alé

grotescas, que atingiriam o respeito que todo

governo se deve, perante si mesmo e perante aopinião pública, o poder constituído, desde a

primeira hora, vem conduzindo com prudênciac sabedoria as negociações possíveis. Nenhumcidadão dc bom senso desejaria ver o Governosair arranhado ou desprestigiado dêsse lamenta-vei episódio. Coni inquestionável sacrifício, mascioso de sua autoridade moral diante de um gru-pelho irresponsável de desordeiros, as autorida-des fizeram saber, publicamente, que estão dis-

postas ao resgato do Embaixador suíço.Compreende-se que até aí não foi fácil che-

gar, como igualmente é preciso compreender aconcessão que o Governo conscientemente deci-(liu fazer diante de uni bando de criminosos en-capuzados. A estes, infelizmente, está entreguea vida do Embaixador Bucher. Concedendo atéo limite possível, o Governo manifesta o supe-rior empenho de preservar a integridade fisicado seqüestrado. É justo esperar que as negocia-

ções concluam bem, sem que mn capricho irres-

ponsávcl ou um insuportável radicalismo, da

parte dos seqüestradores, venham significar o

pagamento dc um preço que nada justifica —

o dc unia vida humana. Toda a nação brasileira,que condena o terror e repele o seqüestro, as-

pira a ver chegar a um final feliz, êsse lastima-vei episódio.

Revolta das ArvoresA ciência está agora descobrindo — exata-

iiienlc agora, quando se descobre que a terra es-tá doente, pela destruição dos recursos naturais— que as plantas sentem mais do (pie se inia-

ginava alé pouco tempo. O fascinante panora-ma, que quase sem querer a gente projeta munaelaboração de ficção científica, é que as plantaspossuem, e desenvolvem, seus rudimentos de sis-lema nervoso, seus primeiros lampejos dc umasensibilidade aos poucos transformada om per-cepeão. Assim, num jardim cultivado com meto-do, pressentem a hora da rega c para ela sc pre-param, não apenas como seres vivos, que são,mas seres vivos vegetais que diluem as fronteirascom o reino animal. O possível e duvidoso traba-lho da ficção cientifica seria o dc imaginar ummundo de plantas vivas c móveis.

Se tal coisa jamais ocorresse, nós, brasilci-ros. teríamos muito que justificar, diante, dasflorestas que a natureza nos concedeu c que te-mos administrado com tanta displicência.

Domingo, o JORNAL DO BRASIL publi-con lodo um caderno especial que trata da pre-servação, no mundo, dos recursos naturais. Oscientistas que se especializam nessa luta nobresabem perfeitamente que c preciso salvaguar-dar. nos países subdesenvolvidos, o direito à in-dustrializaçãq. É preciso não transformar a po-luição mun demônio que deve ser exorcizado ao

preço de delcr o progresso das nações. Mas essesmesmos cientistas assinalam a grande responsa-bilidade dos paises dc_envolvidos em descobri-rem os meios de embargar a marcha da poluiçãoc dc financiar, com o mesmo fim, os países me-

nos ricos, sempre que sc dispuserem a fazer omesmo.

Dc qualquer forma, e sem interferir com o

processo de desenvolvimento industrial, mn paíscontinental como o Brasil pode e deve defenderseu patrimônio natural. Nosso problema funda-mental é não perder a corrida entre o dc.-niata-mento, que nasceu com a descolwrta do pais e

prossegue alé hoje, e o reflorestamento. O dadobásico, publicado em nosso Caderno Especial, éo seguinte: "De acordo com dados do InstitutoBrasileiro de Desenvolvimento Florestal, paracada 200 quilôinelros quadrados de malas der-rubadas é replantado apenas um quilômetroquadrado. O último balanço das florestas brasi-leiras mostrou que cerca dc 40% do territórionacional estão tomados por florestas nativas. Emnúmeros redondos isto quer dizer 3 .'.".1 mil

quilômetros quadrados. Porém os quilômetrosquadrados de florestas cultivadas são apenas 7mil."

E no entanto não há mais razão para quea corrida continue a ser implacavelmente perdi-da pelas matas. Em 1965 o Presidente CasteloBranco sancionou a Lei 4 711. do novo CódigoFlorestal, criando estímulos fiscais para o rcflo-reslaniento. A lei seguinte, a 4 862 de 1966, fi-xou em 50% a isenção do Imposto de Renda

para atividades de reflorestamento. Basta, intr-tanto, que o Governo fiscalize a Lei, para queentremos numa era nova de defesa do patrimô-nio florestal. Precisamos estar preparados paraa eventualidade de um motim universal das ár-vores contra os homens.

Máquinas e HomensA indústria automobilística brasileira deve

ler produzido cm 1970 pouco mais de 400 milveículos de diversos tipos e utilidades, segundoestimativas do mês dc novembro. É o dobro da

produção anual de veículos a motor ná UniãoSoviética. Este dado atesta por si só o vigor deuma economia que tende a erescer enquanto fo-rem ampliados setores latentes do mercado in-terno.

Já ultrapassamos de há muito a fase dcrenovação da frota automobilística, correspon-dente à implantação das primeiras linhas demontagem. Os apelos dirigem-se agora paraoutros consumidores que sobem dc padrão devida e entram no mercado. Utilizando materialquase 100% nacional, o automóvel brasileiro,consolidado como indústria de grande significa-cão, abre perspectivas próximas ao mercado ex-terno, em cujo limiar já se encontra.

A indústria de automóveis no Brasil cor-reu muito à frente das previsões dos que a im-plantaram com espírito de pioncirismo e deste-mor. O boom automobilístico verificado nos úl-limos anos chegou a tomar de surpresa os pia-nejadoresurbanos, criando um descompassoflagrante entre as linhas de produção, o poderaquisitivo do mercado e as cidades desprepara-das para mii modelo de vida mais dinâmico.

Qualquer cidade brasileira de médio ougrande porte ostenta hoje um desajiiRte entre oaumento do fluxo automobilístico e a pouca mo-bilidade das técnicas de trânsito indispensáveish sua vazão. O Rio de Janeiro, por exemplo,

Virão mesmo a$reformas políticas

Brasília (Sucursal)— Pode-se hoje voltarao problema das refor-mas ¦políticas com umaprevisão mais segura dcque elas afinal serãopropostas pelo Governoao novo Congresso. Umconfronto entre as in-formações contraditóriassurgidas há pouco dis-sipa agora as devidasque se seguiram à ver-são colhida em fontegovernamental de queo Governo não estariacogitando 'do

problema.Ocorre que a informa-

ção inicial havia sidofome cida diretamentepelo Sr. Alfredo Buzaid,autoridade a cuja ju-risdição e iniciativa secircunscreve fatalmen-te qualquer estudo paraelaborar o tipo dc legis-lação que sc anuncia.Nada mais natural por-tanto que qualquer in-formação contrária aoque dissera o próprioMinistro fòssc levada c.conta de um mal-cutcn-dido ou desajuste noscanais de comunicarãodo Governo.

Êsse pressuposto ago-ra se robustece antedeclarações prestadaspelo presidente do Tri-bunal Superior Eleito-ral, Ministro Elói da Ro-cha, sobre a conveniên-cia das reformas. EmPorto Alegre, onde seencontra desde a véspe-ra do Natal, ele preco-nizou inequivocamenteuma reforma nos pro-cessos de votação e dcap u ração, afirmandotextualmente que

"o

sistema de votação deveser melhorado, pois co-

mostra, num fim de semana calorenlo, em queas praias funcionam como refrigério natural,

problemas de trânsito causados, em parte, pelani assa de veículos, mas acentuados, em graumuito maior, pela falta dc soluções adequadasno capítulo do escoamento de tráfego c estácio-naniento.

O progresso da indústria dc automóveis noBrasil não deve servir de cômoda justificativaà inviabilidade de organização no trânsito. Uni

país que produz mais de 400 mil carros por anotem a obrigação elementar dc produzir, parale-lamente, meios de escoamento à altura das pres-soes sofridas por suas vias dc superfície. Nãobastam os recursos da engenharia. Por mais quese abram novos acessos, elas tenderão a esgotarem curto tempo sua capacidade de trânsito.

O caso da Barra da Tijuca, que recebeu do-mingo passado um afluxo de veranistas calcula-do em cerca de meio milhão de pessoas, é típicode uma desorganização que só perdura no trân-sito, e em tão alto grau, porque os recursos hu-manos, isto é, os policiais, são ínfimos. A cor-rida entre as soluções do trânsito e o númerocrescente de veículos não será equilibrada dcforma convencional, com a abertura dc pistas,túneis e estradas. É preciso formar, com urgên-cia, mais e mais policiais, e adestrá-los de modoa que não lhes falte o espírito dc criatividade.Esta c a lição das capitais densamente povoa-das: o aparato das vias de comunicações temna figura do policial de trânsito o toque humanoque se traduz em organização.

mo qualquer sistemaprecisa ser aperfeiçoa-do."

O presidente do TSEconsidera eloqüente, co-mo evidência dc que oprocesso eleitoral deveser alterado, o fato deque até agora alguns Es-tados não concluíram asapurações do pleito de15 de novembro. Umadas soluções para essasdificuldades, segundo oMinistro Elói da Rocha,è a implantação do votodistrital, cm favor doqual disse estar conven-cido dc que há amplaconvergência dc opiniões.

Opinião técnica

"A grande maioria —afirmou o presidente doTSE, evidentemente sereferindo às atendênciasda área politica — ineli-na-se para o sistema devoto distrital misto, commaiores afinidades como processo alemão."Quem assim fala não cum político, mas alguémem quem é forçoso reco-nhecer, pelo cargo queocupa, toda a autoridadee conhecimento e ne-nhum parti pris em ma-teria de legislação eleito-ral. Do ponto-de-vista daconveniência poli tie a,fala o Ministro da Justi-ça. Ao presidente da Jus-tiça Eleitoral reserva-sca capacidade dc falar co-mo o técnico por experi-ència que se supõe cucar-nar um magistrado doseu nivel.

O sistema distritalmisto a que êle sc refereé realmente o que parece

centralizar as preferên-cias dos setores políticos.Sugerido pelo SenadorMilton Campos há 10anos, êle é tido como oque melhor satisfaz nopresente estágio daevolução politica brasi-leira, pois permite quemetade dos candidatossejam eleitos pelo votode distrito e metade pe-lo sistema proporcional.Teria assim, segundo sealega, a virtude de nãobloquear a eleição de li-deres n afio nais nemsempre em contato como eleitorado dos distri-tos.

No bojo das reformasprevistas virá também aregulamentação do Fun-do Partidário e do prin-cipio constitucional sô-bre a fidelidade partida-ria. Aí se identificamigualmente peças essen-ciais do mecanismo dovoto, que o Governo scconfessa disposto a apri-morar, as quais seriamimplantadas antes daseleições municipais dc1972.

É claro que a lisura deuma eleição e a legitimi*dade da vontade eleito-ral dependem menos detal mecânica do que doamadurecimento, da ca-pacidade de discernir eda liberdade que se per-mitir ao eleitorado. Êsseé outro processo que oGoverno não pode consu-mar por meio dc legisla-ção, mas apenas estimu-lar e favorecer ao longodos anos. A simplifica-ção c a atualização domecanismo do voto já sc-rá, entretanto, bom co*mèço.

O drama guatemaltecoJuan üa Onis

do Now York Tim«-

Cidade da Guatemala— A promessa do Presi-dente Carlos Arana Osó-rio de pacificar a vidapolitica da Guatemalasucumbiu sob uma vio-lenta sucessão dc assas-sinatos e sequestros porextremistas da direita eda esquerda.

Seis meses depois de oPresidente Arana, umcoronel do Exército, terassumido o cargo comoum campeão da "lei e daordem", este pais de 4,5milhões d e habitantesestá sob Estado de sitio,e centenas do pesseasestão presas acusadas dcsubversão.

TOQUE DE RECOLHER

Foi imposto um toquede recolher das 23h às5h. Até as mulheresprestes a dar à luz têmde ter um passe e escoltamilitar para ir ao hospi-tal. Os violadores do to-que de recolher são deti-dos pelo prazo de até 10dias e as patrulhas mili-tares abrem fogo contraqualquer pessoa que de-sobedeça a ordem de pa-rar.

Investida dos podêresexcepcionais do Estadode sitio, que permitem abusca e prisão de pessoasem suas residências, aqualquer hora, sem or-dem judicial, a políciaprendeu centenas d esuspeitos. Muitos estãodetidos, indefinida-mente, sem ordem judi-ciai. Os cadáveres de ou-tros, aparentemente cri-minosos com longas fô-lhas d e antecedentes,têm sido encontradosnos subúrbios da cidade,onde os habitantes ou-vem tiros à noite.

Depois que foi decreta-do o Estado de sítio a 12de novembro, houve trêsassassinatos e uma ten-tativa de homicídio, nosquais as vítimas erampessoas identificadascbm a esquerda. Esteseventos são atribuídosaqui a um grupo da ex-trema direita, identifica-do como militante anti-comunista, que apoiaArana.

Este mês, os esquerdis-tas reagiram. Dois jo-vens assaltantes assassi-naram Arnaldo 011 e nPrado, Deputado federa)e líder do Partido da di-reita Movimento de Li-bertação Nacional, queapoiou a candidatura deArana à Presidência.

Roberto Gabriel, umrico homem de negócios,foi seqüestrado por pes-soas não identificadas,que pediram um resgatede CrS 1,25 bilhão parasua libertação. Este foio mais recente de maisde 20 sequestros por res-gate ocorridos aqui nosúltimos dois anos, e osrevolucionários d a es-querda estão envolvidosna maioria deles.

O assassinato e o se-questro, que ocorreram àplena luz do dia, em ruasresidenciais, não provo-caram prisões até agora.A evidência de que acampanha de segurançado Governo não conse-guiu deter a ação dosgrupos terroristas temprovocado preocupaçãoentre os empresários enos círculos diplomáti-cos.

VIOLÊNCIA POLÍTICA

Arana foi eleito Presi-dente numa plataforma,na qual a "lei e a ordem"se combinavam com pro-messas de reforma so-ciai. Êle tomou posse eml.o de julho. Após cincomeses, a "pacificação"

política que Arana pro-metera tornou-se umaconfrontação entre o sextremistas da direita eda esquerda. Isto é acontinuação de uma lu-ta violenta que vem setravando aqui desde1954.

Nos primeiros dois me-ses d a administraçãoArana, houve um recessonos atos de violência po-lítica. O Governo come-çou a organizar progra-mas de reforma social naeducação rural e no de-senvolvimento agrícola,visando os pequenosagricultores índios, querepresentam uma maio-ria neste país montanho-so da América Central.

Então, os extremistasda esquerda começarama matar policiais em pos-tos isolados. Num perío-do de 48 horas, quatropoliciais foram mortos.O número de sequestrose assassinatos políticosatingiu o seu mais altonível, desde 1966.

Observadores diploma-ticos acreditam que osextremistas da esquerda,organizados em pelomenos duas forças dec o mbate clandestinas,decidiram, em setembro,reiniciar os ataques con-tra a polícia e pessoasricas para forçar o Go-vêrno Arana a adotarmedidas repressivas.

O Estado de sitio foidecretado por pressãodos líderes políticos eempresariais que apoia-ram a candidatura deArana. O Congresso con-cedeu, no mês passado,a Arana uma nova Leid e Segurança Internaque poderá sér aplicada,no caso de ser declaradoum Estado de guerra ci-vil. De acordo com a lei,as cortes militares subs-tituirão os tribunais ci-vis no julgamento de cri-mes políticos.

Com a assistência téc-nica e equipamentosnorte-americanos, Aranacomeçou a reorganizar apolícia nacional, que es-tá agora sob o comandomilitar.

Durante'as horas dotoque de recolher, a sprincipais cidades e ro-dovias são controladaspor barreiras e ficam de-sertas, a não ser por pa-trulhas em missão debusca de suspeitos. Hápouco tempo, de madru-gada, as três principaisuniversidades foram in-vadidas, mas a polícianão encontrou nada deimportante.

Com centenas de pes-soas presas, contudo, ascortes estão cheias daparentes e advogados,apresentando pedidos dehabeas-corpus. Em trêssemanas, as. cortes emiti-ram 135 ordens de habe-as-corpus e a políciaapresentou 40 pessoas.

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JORNAL DO BRASIL \~) Tèrça-felra, 29/12/70 D ¦¦" Caderno

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Gente

\\em\e\ liirers Willy Brandt

Aos 65 anos. morreu ontem ohomem que guiou com rédea curta,durante cinco anos, a Comissão dasForças Armadas na Câmara dosRepresentantes e por cujas máos

passou entre a metade c trés-quar-tos do Orçamento dos Estados Uni-dos, pois a tanto correspondem asverbas militares.

Evitando sempre falar de si,identifica-se d Congrcssional Di-rectory apenas como um elk (mem-bro de uma associação de frater-nidade c benevolência), maçon,protestante episcopal c outros titu-los menores. Esse curriculum vitaefoi totalmente omisso quanto a in-

fluéncia dc que gozou c o poder de

que dispôs.Mendcl Rivcrs tinha na Caro-

Una do Sul um feudo eleitoral queo manteve na Câmara durante 28anos, afastando qualquer veleidadedc substituição, dentro do PartidoDemocrata, e qualquer chance dedisputa, por parte do Partido Re-publlcano. O prestigio eleitoralcontinuou intacto, mesmo com dc-clarações ferozmente segregacio-nistas, como a que identificou co-mo "máquina de propaganda co-munista" a Associação Nacional dePromoção dos Negros. i

Na presidência da Comissãodas Forças Armadas, Mendel Ri-vers fêz uso dc instrumentos efica-zes para retirar de cena, quandonecessário, as vozes dissidentes.Controlava de lal sorte a informa-ção a ser compartilhada com osmembros da Comissão, que um dê-les. Otis Pike, republicano dc No-va Iorque, teve que buscar /ora. cmconversa informal com pilotos de

prova, elementos para ajuizar só-bre as falhas técnicas dc um aviãomilitar que levou milhões — oC-5-A.

Acusado dc alcoolismo porDrcw Pearson, em The Case Againstthe Congress, Mendel Rivcrs seriadefendido na Câmara pelo própriopresidente, John McCormack, como"um dos maiores americanos quetivesse jamais conhecido" A relri-buiçáo não se fêz esperar: logo Ri-vers afirmou que "quem criticasse o

presidente da Casa estaria minan-do o esforço bélico dos Estados Uni-dos e desprestigiando o maior an-ticomunista do pais."

Charles Callins

Se lhe fosse possível viver tan-to tempo, ficaria preso até o ano3 470: um tribunal de Oklahoma Ci-ty, nos Estados Unidos, acaba decondená-lo a 1 500 anos de prisão,por crime de rapto a mão armada.

Callins tem 22 anos e é negro.Sua vitima foi uma mulher bran-ca, como os 11 homens c a mulherintegrantes do júri, que não preci-sou de mais de seis minutos paradecidir a condenação.

Hcrbcrt Karl Frahn, indicadopelos dirigentes da Federação Mun-diai dc Cidades Irmãs para o pro-rimo Prêmio Nobcl da Paz e es-colhido pela revista Time O Ho-mem do Ano. c um alemão atarra-cado e de fala arrastada nascidocm Lubcck, há 56 anos, que, em 13meses à frente do Governo da Re-pública Federal da Alemanha, con-seguiu vencer os obstáculos maissérios a um entcndimeiüo com oLeste europeu.

Político há 37 anos. desde quese associou a uma ala de extremaesquerda do Partido Socialista dosOperários, Willy Brandt sempre foitido como um homem que sabedialogar, náo só cm alemão e comalemães, mas no seu fluente fran-cês. cm bom inglês, norueguês ousueco. Seu primeiro aparecimentopolítico foi cm 1955, quando se fezpresidente da Cantara dos Depu-tados de Berlim. Depois, como pre-feito-govemador, ganhou projeçãomundial ao manter atitudes corre-tas nas crises por que passou a ci-dade.

Apesar da popularidade queconservou durante 14 anos. so naseleições passadas os alemães deci-diram confiar-lhe a direção do pais.Nos contatos com o Leste conseguiuo acordo Bonn-Moscou, um acordocom a Polônia, tenta o encaminha-mento de nova solução para o ca-so de Berlim, procura um acordosóbre fronteiras com a Tcheco-Es-lováquia e pretende, antes de ter-minar seu mandato, assinar trata-dos com a República DemocráticaAlemã sóbre temas vastos, desdeproblemas de segurança européiaaté relações culturais c comerciais.

Os planos de Brandt prevêemtambém a normalização de rela-ções com a China, mas de imediatoèle trata de solidificar a amizadecom seus vizinhos, principalmentecom os membros do Mercado Co-mum Europeu, esperando que emcurto prazo a união aduaneira setransforme numa união econômicac monetária global.

Internamente o Governo dcBrandi conseguiu manter a Alemã-nha tranqüila, sem incidentes uni-versitários e na área trabalhista.Seu objetivo é demonstrar aos jo-vens e trabalhadores que a palavraparticipação, levantada nas crisesinternas dos úllimos anos, tem pa-ra o Governo um sentido real, quevai se definindo através das refor-mas em andamento.

Hóspedes da cidadePaul Gilbert — Diretor da He-

pring Appliancc Center Incorpo-ratlon, em Nova Iorque, está no Co-pacabana Palace.

Victor Azrak — Diretor da Az-vltex S.A., no Panamá, está no Co-pacabana Palace.

Terry Lewis — Presidente darevista Hollláay, no Trocadero.

Roswitha Schmid — Professorde Biologia da Universidade deMunchew (Alemanha), está no Co-pacabana Palace.

Dario Albertinl — Chefia umgruçq de 13G turistas italianos, noGlória.

Cornelius Almero Henning —Professor da Universidade de PortElizabeth 'África do Sul), encon-tra-se no Empire.

PavlichenkoelogiaONU no Rio

Esquivando-se dc entre-vistas, principalmente deperguntas políticas — "oúnico que pode falar pelaONU é o Sccretárlo-Geral"—- o diretor dc InformaçõesPúblicas das Nações Unidas,Sr. Vladlmlr Pavlichenko,féz amplas elogios ao traba-lho do Centro de Informa-ções no P.lo, que velo Inspe-elenar.

Hoje éle será homenagc.i-do com um almoço no ClubeComercial, durante o qunlentidades não govemamen-tais brasileiras que colalm-ram com a ONU — mais de50 — farão ao diplomo taum relatório de suas ativi-dades e dificuldades que en-frentam. Amanhã o Sr. Via-dlmlr Pavlichenko segue pa-ra Buenos Aires.

Policiais paulistas podemser presos pela venda deproteção aos traficantes

São Paulo (Sucursal) — O juiz de Guarulhos,Sr. Mário Fernandes Braga, decidirá hoje ou ama-nhã sobre o pedido de decretação de prisão preven-tiva feito pelo promotor Hélio Bicudo contra algunspoliciais, denunciados em novo processo que apuraas atividades do Esquadrão da Morte, combinadocom um documento da Comissão Estadual de In-vestigações, no qual estes policiais são acusados de"vender proteção" a traficantes de entorpecentes.

O promotor Hélio Bicudo entendeu que deve-ria pedir a decretação da preventiva dos policiaisacusados no Oficio n.° 536 de 1970, enviado ao Se-cretário de Segurança, em agosto último. O ofícioao Secretário tem duas laudas e meia e foi assinadopelo presidente da comissão, Sr. Laerte José CastroSampaio. O promotor admite a possibilidade de queos policiais denunciados no processo da comissãopoderão ser exonerados do serviço público.

A nova denúncia

Rio-Petrópolis terá pistavariante e túnel de 600 mentre Quitandinha e Bingen

Em meados do próximo ano, o Ministério dosTransportes deverá iniciar a partir do Quilômetro41 da Rio-Petrópolis a construção de uma estradadc três quilômetros, incluindo um túnel de 600 me-tros escavado sob a rocha, a fim dc permitir o trá-fego duplo naquele trecho, entre o Quitandinha e oBingen.

A obra, ainda em estudo no DNER, foi anun-ciada ontem pelo Ministro Mário Andreazza, duran-te sua inspeção de duas horas às obras de dupll-cação do trecho de 22 quilômetros da BR-464 —Rio-Magé — cuja conclusão está prevista para o vc*rão de 1971.

Mií o única

A FUNÇÃODentro do Escritório de

Informações Públicas daONU o Sr. Vladlmlr Pavll-chcnko ocupa o cargo dc dl-retor de relações extemns.Êle é o responsável por 51centros dc Informações quefuncionam cm países mem-bros da ONU e viaja fre-quentemente para manter-se cm contato com eles. Es-ta, porém, é a primeira vezque visita o Brasil.

O diplomata nasceu naBiclorrussia hà 47 anos. for-mou-sc em Direito e Econo-mia pelo Instituto de Re-lações Internacionais daUnião Soviética e, comofuncionário do Ministério doExterior de seu pais, entrouno Serviço de Tradução daONU em 1053. Há dois anoso Sr. Vladlmlr Pavlichenkofoi nomeado para as atuaisfunções.

— Já percorri desde en-táo parte da Europa eOriente, em visita aos nos-sos centros dc informa-cões. Venho agora do Japãoe Austrália c. romo noBrasil só temos um centro,vou me restringir ao Rio.Depois viajarei a outrospaíses d.is Américas do Sulc Central.

De terno escuro pesado,fisionomia cansada, óculosescuros na mào, poucossorrisos mas sempre gentilo Sr. Vladlmir Pavlichenkoelogia o trabalho do diretordo Centro de Informaçõesno Brasil, Sr. Raul Trejos,afirmando que "por seu cs-forço e dedicação pessoais,o Rio é um dos lugares quemais movimenta o nomedas Nações Unidas c aquem ela mais pode serútil."

— Aqui são usados quase,todos os serviços do meuDepartamento: forncclmcn-to de material, promoçãode atividades como confe-rèncias, o Ano da Educa-ção, o Dia das Nações Uni-das, etc, e concursos.

O promotor Hélio Bicudoprometera encaminhar no-va denúncia antes do anoterminar, logo após asafirmações do Governadordo Estado, dc que "o Es-quadrão da Morte não exis-te." A nova denúncia re-laclona-se com o Inquéritosóbre a morte do margi-nal Aírton Nerl Nazaré, oHisadinha, ocorrida em de-zembro de 1908. um mèsdepois do assassinlo dcNego Sete, cujo processocorre normalmente no forode Guarulhos.

A denúncia . tem setepontos, cm três laudas, eno quinto afirma que "a

policia, é verdade, procurouevidenciar que Aírton fora

solto cm época anterior,numa tentativa de dar con-tornos de realidade às dc-clarações de certas autori-dades, de que a matançaque então se Iniciava, náopassava de mera disputaentre marginais."

Refere-se ao delegadoSérgio Paranhos Flcury eao investigador Váltcr Bra-silelro Pollm, mas pede aprisão preventiva de Adc-mar Augusto de Oliveira,preso na penitenciária do'Estado. João Carlos Tralli.Astorlce Correia de Paula eSilva c José Alves da Silva.Estes quatro sáo os mais ci-tados no oficio da Comis-são Estadual dc Investiga-ções. enviado ao Secretárioda Segurança.

A nova estrada e o túnelpermitirão a ligação entreo Quitandinha e o trevo doBlngcn, na Rlo-Pctrópolls.O engenheiro Murilo Bre-tas, diretor do 7.° DistritoRodoviário do DNER, Infor-mou que a construção dotúnel e da estrada está sen-do projetada ainda, masque cm meados de 1971 asobras poderão ser Iniciadas,a fim de possibilitar o maisbreve possível maior llber-dade dc tráfego na Rlo-Pe-trópolls.

Durante a Inspeção que

fêz — dc carro e vestindoroupa esporte, por causa docalor — o Ministro dosTransportes percorreu todoo trecho entre o Inicio e oKm 22 da Rio-Magé, queestá sendo duplicada. Nu-ma ocasião, o Ministro In-terpelou o diretor do 7.°DR, frisando a necessidadede maior Incrementação notrabalho: "Como é, Brctas?Quero Isto pronto até o ou-tro verão." Ao que o enge-nheiro respondeu, sorrindo:"3cm, não depende dc mim,e sim dos recursos."

Fase atual

SociedadeO documento conta que

os policiais se associaramaos traficantes de tóxicosJosé Iglésias, o Jucá e Vai-domlro Mala. o Miroca. pa-ra a venda de entorpecei-tes apreendidos pela poli-cia, e exigiam dos margi-nais dinheiro c entorpecen-trs para náo serem ptrtur-bados nas suas atividades."Com efeito - diz o oíi-cio — alem dc quase todosserem viciados em entorpe-centes, tais policiais fariamrepressão aos outros traíi-cantes. Das quantidades deentorpecentes apreendidos,somente uma pequena par-te era apresentada à auto-ridade policial, pira a la-vratura do flagrante. O res-tante era encaminhado àrede de traficantes de Jucác Miroca, para ser vendido,auferindo estes policiais,gordos e Ilícitos lucros.Para efeito de exigência dcdinheiro para a náo inter-ferència no tráfico (vendade proteção i os policiais ate

organizaram uma tabela:CrS 600,00 para os policiais1 lotados na Delegacia de En-torpecentes e CrS 40,00 pornoite para cada um doscomponentes das viaturasda RUDI, RONE e RUPA,responsáveis pela maioriadas prisões de viciados etraficantes."

"Tudo correu bem ateque Jucá e Miroca discuti-ram, cessando a socie:larieque mantinham. O? poü-ciais tomaram o partido dcJucá c passaram a dar pro-tcçào a este, em detrl-mento de Miroca, suspei-tando-se, fundamente, quechegaram à eliminação doselementos pertencentes aogrupo concorrente. Dal asucessão de mortes de tra-ficantes, cumprindo notarque Luclano e Paraíba te-riam sido os primeiros deuma longa lista, Já queMário dos Santos sobrevl-veu, a par da luta entre asduas facções.

As obras dc duplicaçãoda Rio-Magé, cujo tráfegoé em média de 15 mil vei-culos por dia, foram Inl-ciadas há quatro meses.Além das máquinas, traba-lham nelas cerca dc 200operários. Em todo o tre-cho. o 7.° Distrito Rodovia-rio Já construiu sete pontese um viaduto, passando sô-bre rios e a estrada de fer-ro da Leopoldina, em Imba-rlè. Como obras de arqul-tetura, estão faltando ain-da a construção do pontedc concreto no rio Sumi e

o viaduto que passa sóbrea Rodovia Rio-Petrópolis.

O engenheiro Murilo Bre-tas informou que em ja-nelro será iniciada a ter-raplanagcm na duplicaçãoda rodovia, a partir do en-troncamento da Rlo-Tcrc-sópolls com a Rio-Petrópo-Hs, no Km zero, até a lo-calldade de Santa Cristina.O contrato das obras In-clul também a restauraçãoda pista antiga c o acossa-mento, que deverão ser con-cluidos no prazo previsto.

Chuvas atrapalham— Desde o Inicio das

obras, choveu cerca dc 15dias cm cada mes — afir-mou o engenheiro MuriloBretas, justificando ao Ml-nistro dos Transportes oatraso na terraplcnagcm,que, de acordo com o cro-nograma. já deveria ter si-do iniciada. O.s canteiros danova estrada terão quatrometros, com sete metros dcpista de rolamento e 3 me-tros e melo de acostamento.As obras custarão CrS 40milhões.

Aproveitando a mesmaviagem que realizou emcompanhia do engenheiroEvaristo Nogueira de Sá,dlrctor-geral de obras doDNER, e do chefe de gabl-nete. coronel Rocha Mala,além de outros auxlllares,.o Ministro Mário Andreaz-za pretendia visitar tam-bém o anel rodoviário dnGuanabara, mas suspendeua inspeção na última hora,sem explicar o motivo áImprensa, retornando aoMinistério dos Transportes,por volta do mclo-dla.

Rio—TevesópolisSugestão

Depois dc citar ^'.gunsnomes, o signatário do ofi-cio sugere: "Urge, pois, inl-ciarem-se investigações su-márlas para a apuração dosfatos atribuídos aos demaispoliciais. Justifica-se talmedida em face da ampll-tude da corrupção detcrml-

nante tle verdadeira como-ção íocial, quer pelo fato deficar comprometida a rc-pressão ao tráfico de entor-pecentes, quer pela agita-çào e publicação motivadapelas mortes atribuídas àsatividades perniciosas detais policiais."

Niterói (Sucursal) — OMinistro dos TransportesInspecionou também asobras de duplicação da Es-trada Rlo-Tcresópolis, ne-cessaria à entrada em trá-fego da variante da Rio-Bahia, que liga aquela ci-dade a Além Paraíba, cmMinas, num trecho dc 94quilômetros.

O coronel Mário André-

azza explicou ainda que ofuturo trecho da Rlo-Pctró-polis, entre o Quitandinhae o Blngcn, visa especial-mente a desafogar o trá-fogo de caminhões pela ci-dade serrana. Acrescentouque as duas rodovias serãoentregues à conservação porfirmas particulares, paragarantir a boa qualidadedo tráfego.

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8 - ORIENTE MÉDIO JORNAL DO BRASIL D Tòrça-feira, 29/12/70 g 1.° Caderno

Telaviv decide negociar a paz com os árabes*-*' R.ditfttt ap Jerusalém (UPI-AP-AFP-

Tropas de Israel atacambase terrorista no Líbano

Tiberiades e Beirute (AP - UPI- JB) — Contingentes do Exércitoisraelense efetuaram ontem umaincursão de represália ao Sul do Li-bano, a mais intensa desde o acôr-do de trégua. O propósito da opera-ção era destruir uma base deterroristas utilizada como ponto departida para ataques contra as co-lônias fronteiriças de Israel.

Porta-voz do Exército israelen-se esclareceu que quatro casas ío-ram danificadas durante a incur-são. Os israelenses encontraramforte resistência depois de abrir fo-go em Yaatar. povoado a 15 km dacosta do Mediterrâneo. Os coman-dos destruíram as casas e quandose afastavam tiveram que enfren-tar forças palestinas.

As tropas de Israel emprega-ram dois helicópteros na incursão.Um informante militar náo forne-ceu o número da força de Israel,porém esclareceu que "vários terro-ristas foram mortos no choque comos contingentes que cruzaram a li-nha no setor de Shetulla. Esta regi-ão se encontra na Galiléia Ociden-tal a uns 16 quilômetros ao Lesteda costa Oriental de Israel e a 32ao Norte do mar da Galiléia.

A área atacada servia de Q. G.dos comandos árabes nessa regiãodo Líbano. O ataque ocorreu depoisque os sabotadores árabes destruí-ram duas casas de uma colônia is-raclense, perto da linha de cessa-ção de fogo.

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-As razões da guerra-James Reslon

do Ntw York Tlmtt

Retten entravitleu em Telaviv e nc Cairo, a Primai,a.Minlti,a da Itraal a o Prelidenle da RAU.Naa duai entrevlttai, Oelda t Sadat fixam luai poiicóa, na crlit do Oriente Médio.

Golda Meir: "Israel está sozinho"*

Anivar Sadat' "Exigimos a retirada israelense*¦*

Telaviv — As Indicações aqui são dcque o Governo israelense aceita reiniciaras conversações dc paz, sob a égide dasNações Unidas, mas a Primeira-MinistraGolda Meir está, decididamente, pessi-mista a respeito das possibilidades deum acordo.

Ainda que haja uma remota espe-rança de se chegar a uma paz verdudei-ra com a República Árabe Unida c osoutros paises árabes, disse Golda Meirnuma entrevista ontem, isto levarámuito tempo. Quem pensar que isto podeser solucionado rapidamente '— acres-centou — deve pensar que Israel daráaos árabes tudo o que eles quiserem, ouque pode ser induzido a isto.

EXPANSIONISMO SOVIÉTICO

E' importante compreender que aUnião Soviética está por trás dc toda es-ta crise no Oriente Médio, acentuou aPrimeira-Ministra. Ela comparou a cam-panha atual da União Soviética contraIsrael com o expansionismo alemão con-tra a Tcheco-Eslováquia, em 1938, mascom uma diferença fundamental: Israelse defenderá ativamente contra quemquer que o ataque ou tente solapar suasegurança.

"Eu acredito sinceramente", disse aPrimeira-Ministra, "que o que vai acon-tecer na área da atividade soviética emque estamos envolvidos tem alguma rc-lação com o que o mundo virá a ser, ofuturo de todo o mundo, náo apenas onosso.

Vocês conhecem os soviéticos... elesnão se detém diante dc nada. Eu achoque eles são muito cautelosos. Não é ver-dade que êlcs ajam precipitadamente.Em primeiro lugar, colocam um pé —como está a água? Está boa? O outropè é colocado. Há uma onda: quandopassar, entáo poderemos continuar.

Esta é a sua mentalidade, é ass*mque agem, e fico horrorizada em ver co*mo o mundo livre cruza os braços. Nãoc que eles nâo compreendem: isto é to-llce. Apenas não desejam, ver. E, natu-ralmente, nós agora somos o alvo ime-dtato dos soviéticos."

A entrevista com Golda Meir foi fei**ta em sua casa modesta de Telaviv. Tam-bém estavam presentes seu filho, Mena-chem Meir e Peter Grose, o correspon-dente do New York Times em Israel. Atranscrição foi tirada de um gravador edevolvida ao jornal com correções feitaspor Golda Meir, com o próprio punho.

IRRITAÇÃO ISRAELENSE

Ela parecia irritada com o fato dcIsrael ertar sendo empurrado para asconversações de paz, antes de os egip-cios haverem atendido às objeções de seuGoverno a respeito da instalação de mis-seis na zona do cessar-fogo, no canalde Suez.

"Não podemos esquecer", disse ela,"as amargas experiências de uma fia-grante violação do acordo de cessar fo-go, que estipulava a manutenção dasposições, durante sua vigência. Os sovic-ticos e os egípcios concordaram com is-to, mas começaram imediatamente adeslocar os mísseis e as coisas ficarampor isto."

Ademais, em que pese a recente aju-da dos Estados Unidos para Israel, Gol-da Meir parece achar que os egípciosestão recebendo maior ajuda militar ediplomática da União Soviética do queIsrael recebe dos Estados Unidos.

"Examinemos o problema em iêr-mos do que o outro lado tem", disse ela."O outro lado recebe um fluxo constan-te de armas. Não é interrompido um sódia, e não se trata das mesmas armas— os egípcios não possuíam, há um anoe meio, mísseis, e agora nós sabemos, e osoutros sabem, que existem mísseis super*ficie-a-superficie do tipo Frog-7, Êlcsnão tinham milhares de soviéticos, oschamados peritos c assessores, não ti-nham soviéticos em missões operado-nais, mas, agora, têm tudo isto, c 100%de apoio para qualquer coisa que os egíp-cios colocarem na mesa em termos deproblemas políticos ou territoriais.

Assim — eu não sei — serio pedirdemais aos Estados Unidos que o forne- 'cimento de armamentos necessários pa-ra nossa própria defesa se baseie numarelação de continuidade, sem a necessi-dade de negociar, cada vez, qualquerfornecimento adicional? E pedir que,quando nos sentarmos à mesa para ne-yociar, estejamos livres dc pressão dc-corrente dc outros planos ou decisõesterritoriais por parte dc organismos in-lemacionais?

O PESADELO DE GOLDA MEIR

Golda Meir falava quase como seela estivesse partindo do pressuposto deque as conversações realizadas por Gun-nar V. Jarring na ONU fracassariam, e,então. Israel teria de enfrentar a possi-bilidade de uma nova resolução da ONU,propondo fronteiras especificas e talvezaté ameaçando Israel com sanções eco-nómlcas, se êle não se retirasse do ter-ritório àrabe capturado e não se sub-metesse a ela.

As conversações com autoridadesnorte-americanas aqui deixam claro quetem havido, nos últimos dias, uma duranegociação sobre èste ponto e que, ape-sar de os Estados Unidos haverem dc-clarado ao Governo israelense que náoparticipariam dc tal resolução, Wash-ington recusou comprometer-se, previa*mente, a usar seu veto c relembrou oGoverno israelense de que as QuatroGrandes Potências também têm interês-se vital na região.

Isto é um problema inquictadoraqui. pois, embora seja verdadeiro queos Quatro Grandes têm interesses espe-ciais, particularmente nos campos pe-trolíferos árabes no Oriente Médio, opesadelo de Israel é de que a Inglaterrae a França, e talvez até os Estados Uni-dos, façam um acordo com a União So-viética que sefa conveniente para o Oci-dente e para os soviéticos, mas prejudi-ciai à segurança de Israel.

E' uma pena, deu a entender GoldaMeir, que os paises ocidentais não ti-vessem dado mais atenção aos seus "in-terèsses vitais", quando a União Sovlé-tica começou a agir no Oriente Médio.

"Quando os soviéticos iniciaram suainfiltração no Egito, após a transaçãode armamentos tcheco-egipeia", disseela, "nós, então, advertimos que isto erao primeiro passo no plano de domíniosoviético. Responderam-nos: Tolice, ne-nhum pais árabe pode tornar-se comu-nista; isto é contra sua religião muçul-mana, e, como você observa, Nasser co-loca os comunistas na cadeia...

E nós sempre voltávamos à carga: edai? Eles, os soviéticos, tem muito maiscomunistas na cadeia. Como se isto im-portasse, como se fosse importante queNasser tivesse de prestar exame em leni-nismo ou marxismo. Não existem maiorescínicos no mundo do que estes Idealistas,eles não dão importância a coisa nenhu-ma. E' interessante agora observar quenão só os Governos egípcio e soviéticocomo também seus dois Partidos estãopublicando comunicados conjuntos."

Êstc, então, é o seu pesadelo: que Is-rael está agora envolvido numa lutamundial; que Israel é o principal alvoda União Soviética e que depende, parasua sobrevivência e até para continui-dade de seu povo, dos Estados Unidos,os quais já o desertaram uma vez.

"Posso eu ver, ou vejo, honestamen-te, que o futuro próximo nos reservapaz?" — perguntou ela. "Honestamente,não posso dizer isto, Em que pese todoo nosso cepticismo sobre as negociações,sob, os auspícios de Jarring, há uma es-perítnça de que, talvez, elas possam con-duzir à paz. Isto depende inteiramenteem saber-se se o outro lado está real-mente interessado e preparado para che-gar a um acordo de paz, que elimineguerras futuras. Esta, realmente, é acondição básica. Se èste desejo existe porpárte dos Governos árabes, então há es-perança. Se eles vierem para as con-versações Jarring com a disposição denos impor ultimatos e prazos, isto repre-sentará o plano para o fracasso das con-versações."

Cairo — O Presidente AnwarAl Sadat, da República Árabe Uni-da, define pela primeira vez ascondições de sua nação para a pazcom Israel no Oriente Médio. Sãoas seguintes:

Israel terá de abandonar "tõ-da polegada" de território que cap-turou da República Árabe Unidana Guerra dos Seis Dias. em junhodc 19(57.

Se o fizer, a República ArabcUnida reconhecerá os direitos deIsrael como Estado independente,definido pelo Conselho de Segu-rança das Nações Unidas, e acolhe-rá de bom grado uma garantia dosEUA, União Soviética, Inglaterra eFrança, sobre todas as fronteirasno Oriente Médio, inclusive as deIsrael. Sadat sugeriu que esta ga-rantia dos Quatro Grandes poderáser o primeiro passo para um acôr-do pacifico.

A República Árabe Unida estápreparada para negociar os "direi-tos de passagem" de Israel atravésdo estreito de Tlran e do golfo deAcaba, o que poderá ser feito ime-diatamente.

Mas os "direitos dc passagem"<lc Israel através do canal dc Suezdependem dc um acordo entre Is-rael e os paises árabes quanto aodestino dos árabes palestinos. Sa-dat insistiu em afirmar que a so-lução deste "problema dos refu-giados" é uma "pré-condlção" pa-ra um acordo sobre a passagem dcbarcos israelenses através do ca-nal.

ENTREVISTA TRANQÜILA

Mesmo que a questão de fron-telras, dos refugiados palestinos,direitos marítimos de passagem nogolfo de Acaba e canal de Suez se-jain acertadas, o Governo do Cai-ro não estabelecerá relações diplo-máticas normais com Israel.

"Não me peça para manter re-lações diplomáticas com eles", dis-se Sadat. Indagado se não o fariadepois que o problema de frontei-ras fosse solucionado, êle respon-deu: "Nunca, nunca, nunca!"

Um pouco mais tarde, éle su-geriu: "Deixe isso aos cuidados dasnovas gerações — não de mim!"

A entrevista teve lugar à noi-te na nova residência presidencialno bairro Giza, no Cairo. RaymondH. Anderson, correspondente doNew Yorw Times no Cairo, estavapresente, e Sadat interrompeu suaconversação apenas uma vez, du-rante a hora e meia cm que eladurou,, para silenciar os dois toca-dores de tambor que se exercita-vam no porão da residência: seupróprio filho e o filho mais jovemdo falecido Presidente Gamai Ab-dei Nasser.

Sadat se fêz acompanhar ape-nas de seu cachimbo e meramen-le respondeu as perguntas que lheforam feitas, mas havia deixadosua elegante sala de estar prepa-rada para se fazer gravações emfita e tirar fotografias. O texto deseus comentários íoi revisto ponseus auxiliares e aprovado paradistribuição ao New York Times.

DECLARAÇÕES

Além de indicar suas condiçõese o esquema para a paz com Israel,Sadat declarou o seguinte:

1 — O primeiro semestre dc1!)70 foi um ponto decisivo na guer-ra — lembrou um pouco a bata-lha da Inglaterra, porque com osmísseis soviéticos SAM-3 a Repú-biica Árabe Unida conseguiu rom-per a superioridade aérea de Is-rael sôbré o Egito central e Cairo.O segundo semestre foi um "pe-

ríodo de tristeza" com a morte deNasser e a luta na Jordânia.

'i — O Secretário dc EstadoWilliam P. Rogers prometeu aoEgito que os EUA não forneceriamaviões ou armas a Israel duranteo cessar-fogo no Oriente Médio,mas os EUA "torceram os fatos",alegaram que o Egito violara oacordo dc cessar fogo e a seguirnão mantiveram a promessa feitapor Rogers, dando "tudo a Israel."

— O Egito foi constantemen-te confrontado com crescentes exi-gencias territoriais. Primeiro, oConselho de Segurança das NaçõesUnidas pediu ao Cairo que fizesse"retificações de fronteira", depoisisso se transformou na exigênciade Israel de "fronteiras garanti-das", a seguir isso passou a serpara a "segurança dc Israel" —primeiro foram as colinas dc Go-lan, depois Sharm El Sheik e fi-nalmcnte, "pela bocarra do Day-an", Hcbron. "Por isso", disse Sa-dat, "não estou nada otimista."

— Os EUA estão realmenteimpedindo um acordo no OrienteMédio. Por que motivo Israel en-traria num acordo quando podereceber tudo que deseja dos EUA— caças Phantom, armas, tudo?

— O Egito não quer ver-seenvolvido em complicados proble-mas mundiais dc grande potência,ou ver o conflito no Oriente Médiose polarizar, com Washington ga-rantindo Israel e Moscou garan-lindo os Estados árabes. Quer ga-rantias gerais dos Quatro Grandessóbre todas as fronteiras na área."Tenho que exigir garantias."

— "Acreditem ou não, aindanão sei, neste momento, qual a po-sição dos EUA. ...Os EUA não sepronunciaram: não disseram nadasobre a evacuação, nada sobre aquestão de prazo. Nada sóbre na-da, a não ser dar a Israel tudo oque êle deseja, todo o apoio — na-da, a não ser isso."

— "Não há um único russonas instalações dc mísseis no ca-nal. Vocês podem negar isso. Trei-namos nossos homens durante oitomeses para que pudessem se en-carregar dos mísseis no canal, e éo que eles estão fazendo."

— Os EUA forneceram a Is-rael mísseis de terra a terra e Sa-dat deixou entrever que a UniãoSoviética fizera o mesmo pelo Egi-to. Êle acrescentou que depois daGuerra dos Seis Dias, em 1967, seupais perdera tudo, ficara reduzidoa "apenas 5 mil rifles", e disse queiria obter tudo que pudesse paraesta "batalha de honra."

CONFLITO POLARIZADO

Sadat não formulou condiçõesou estabeleceu prazos, de maneiraformal, para um acordo pacifico,mas disse: "Se concordarmos comisso, acho que tudo pode ser feito.A dificuldade, porém, é que quandose ouve o Subsecretário de EstadoJoseph J. Sisco dizer a alguns demeus assistentes que tem-se de es-tar pronto para negociações e con-cessões, tem-se de estar prontopara' concessões. Que tipo de con-cessões terei de fazer agora nova-mente?" '

"Israel poderá fazer conces-soes, porque mantém em seu po-der as terras que ocupou, mas quetipo de concessão poderei fazer anão ser de terras? Não posso ce-der uma polegada de terra."

Sadat disse que enviou ao Pre-sidente Nixon uma mensagem,através do Presidente Y a h y aKhan, do Paquistão, e outra, maisrecentemente, pelo Rei Hussein daJordânia, pedindo-lhes para infor-mar ao "Presidente Nixon que es-

tamos bastante receptivos e dis-postos em relação à paz, mas quenão cederemos uma polegada se-quer de nossas terras."

O Presidente mostrou-se con-trário a relacionar, mais do que onecessário, o problema do OrienteMédio com os problemas das gran-des potências.

"E" tudo muito simples", dis-se. "Eu me acho aqui, na Repúbli-ca Árabe Unida; parte de meupais está ocupado, eu quero queessa ocupação termine, e nada te-niio que ver com èste conflito, comèste outro conflito mundial.

"Estou apenas querendo a li-bertaçáo da minha terra, o que éjusto. Bem, se os assessores doPresidente Nixon dizem que istoé um problema global e, como tal,deve fazer parte da estratégia glo-bal das superpotências* isso estáerrado."

"Tudo que peço é isto: Israeliniciou a 5 de junho uma agressãocontra três Estados árabes eocupou terras desses três Estados.Tudo que pedimos é que Israel re-troceda, e depois existe a Resolu-ção do Conselho de Segurança, emque foram estipulados os estágiosda solução de todo o problema. Atémesmo o problema dos refugiadosestá contido nesta Resolução. Mui-to bem, se querem paz, tenhamosem mente esta Resolução e obscr-vèmo-la."

SEQÜÊNCIA DAS CONDIÇÕES

Sadat definiu suas condições eos prazos da seguinte forma: "Li-vre acesso através de Acaba e Ti-ran, imediatamente! Mas para alivre passagem no canal, primeirotem-se de solucionar o problemados refugiados."

Pergunta — O Sr. relaciona asduas questões?

Resposta — Sim. Se queremacesso a Acaba, muito bem, a par-tir de lamanhã. Se chegarmos aum acordo, muito bem, já amanhã.

P — Mas para a passagem deprodutos israelenses através docanal de Suez existe uma pré-con-dição?

R — Sim.

P — E esta condição é: reso-lução do problema dos refugiados?

R — Exatamente.P — Podemos retroceder um

pouco, Sr. Presidente, a fim de queeu possa estabelecer a seqüênciacorreia? Para começar, o Sr. su-gere que os Quatro Grandes ga-ran tatu o que quer que seja quevenha a se aceitar?

R — E mais a resolução doConselho de Segurança.

P — A seguir, livre passagempelo golfo de Acaba e estreito deTiran, já amanhã.

R — Se chegarmos a um acôr-do.

P — Se se chegar a um acôr-do. Terceiro, resolução de umafórmula pára os refugiados. E, dc-pois — e somente depois disso —a questão da livre passagem atra-vés de Suez. E mesmo que se chc-

. guc a um acordo sóbre fronteirasc paz, as relações diplomáticas en-tre a RAU c o Estado de Israel nãoserão estabelecidas?

R — Nunca! Que as futurasgerações decidam! Eu, não!

Jerusalém íUPI-AP-AFP-JB) — Comunicado oficialIsraelense anunciou ontemque o Governo da Primeira-Ministra Golda Meir decl-dlu voltar às conversaçõesde paz sobre o Oriente Mé-dio, das quais se havia re-tirado há quase quatromeses.

O diplomata sueco Gun-nar Jarring, enviado espe-ciai da ONU no Oriente Mé-dio, reiniciará no fim destasemana( em Nova Iorque, asconversações de paz possi-velmente com representan-tes de Israel, Egito e Jordà-nia. O Secrebàrlo-Geral daONU, U Thant e o Presl-dente dos EUA manifesta-ram ontem seu contenta-mento ante a noticia de queIsrael reiniciará as conver-sações de paz para o Ori-ente Médio.

BOA NOVA

A resolução do Gabinete deIsrael de voltar às negocia-ções Indiretas com o Egitoe a Jordânia, nas NaçõesUnidas, foi comunicada àimprensa pela Prlmelra-Ml-nlstra Golda Meir, ao tér-mino da reunlào que se es-tendeu por cinco horas emela.

O comunicado oficial dizque o Gabinete "decidiu queas atuais condições politi-cas e militares facilitam ejustificam o fim da absten-ção de Israel no que se re-fere às conversações sob osauspícios de GunnarJarring."

Acrescenta o documentoque o Chanceler Abba Ebanfoi autorizado a transmitira decisão de Jerusalém aosGovernos Interessados e areiniciar sua participaçãona reunião com Jarring.

A decisão Israelense foitomada depois de várias se-manas de discussões e via-gens da Prlmeira-MlnlstraGolda Meir, do Ministro daDefesa, Moshé Dayan, c doChanceler Abba Eban, aosEstados Unidos. Os três rc-ceberam garantias do Go-vèrno norte-americano deque Israel continuará rece-bendo ajuda militar e eco-nòmlca, a fim de manter oequilíbrio de forças no Ori-ente Médio.

RECUSA

O Governo do Egito critl-cou ontem a decisão de Is-rael de reiniciar as negocia-ções de paz no Oriente Mé-dio através do mediador dasNações Unidas e classificoua medida de Golda Meir"como uma nova manobra."

O Secretário egípcio deInformação, Mounir Hafez,declarou: "Estou propensoa crer que os Israelensessimplesmente realizam umanova manobra para ganhartempo e uma nova prorro-gaçâo da cessação das nos-tilldades."

Hafez reiterou que seupais está "irrevogàvelmentedecidido, como é do conhe-cimento geral, a não acei-tar nova prorrogação datrégua." Entretanto, acres-centou, o Egito não desejajulgar prematuramente adecisão de Israel. "O meuGoverno preferiria consta-tar a sinceridade da deci-são."

"O critério da sinceridadea esse respeito", declarouHafez, "seria apenas a de-monstração de boa vontadepara que se cumpra a Re-solução do Conselho de Se-gurança das Nações Unidas.Israel deveria, portanto, seretirar do território árabeocupado."

Brejnev iráao Egito

Beirute íUPI-JBl — OPrimelro-Secretário do Par-tido Comunista da UniãoSoviética, Leonid Brejnev,conferenciará e m janeiropróximo com os Chefes deEstados árabes, no Cairo. AInformação é do Jornal AlAnwar que não menciona afonte da notícia.

Al Anwar disse que Brej-nev se reunirá com o Presl-dente egípcio, Anwar Sadatcom o Chefe de Estado su-danes, General Jaafar Ne-meiri e com o PrimeiroMandatário da Libia, Ah-med Khatlb. Fontes politi-cas indicaram que o Primei-ro-Ministro e homem forteda Síria, General, Hafez As-s a d, provavelmente tam-bém participará das peu-niões.

A conferência dos quatrodirigentes árabes com Leo-nld Brejnev será realizadano dia 15 de janeiro paradiscutir as medidas a seremtomadas para concretizar oestabelecimento da federa-ção entre seus ppi""!.

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8 - ORIENTE MÉDIO;.2'-!CIÍcll&

JORNAL DO BRASIL Q Tòrça-fcira, 29/12/70 D 1.° Caderno

Telaviv decide negociar a paz com os ar\^J "** Rldiofolo AP JC

abesTropas de Israel atacambase terrorista no Líbano

Tiberiadcs c Beirute (AP - UPI. jb) — Contingentes do Exércitoisraelense efetuaram ontem umaincursão de represália ao Sul do Li-bano, a mais intensa desde o acór-do de trégua. O propósito da opera-c.ão era destruir uma base deterroristas utilizada como ponto departida para ataques contra as co-lònias fronteiriças de Israel.

Porta-voz do Exército israelen-se esclareceu que quatro casas fo-ram danificadas durante a incur-são. Os israelenses encontraramforte resistência depois de abrir fo-go em Yaatar. povoado a 15 km dacosta do Mediterrâneo. Os coman-dos destruíram as casas e quandose afastavam tiveram que enfren-tar forças palestinas.

As tropas de Israel emprega-ram dois helicópteros na incursão.Um informante militar não forne-ecu o número da força dc Israel,porém esclareceu que "vários terro-ristas foram mortos no choque comos contingentes que cruzaram a li-nha no setor de Shetulla. Esta regi-ão se encontra na Galiléia Ociden-tal a uns 16 quilômetros ao Lesteda costa Oriental de Israel e a 32ao Norte do mar da Galiléia.

A área atacada servia de Q. G.dos comandos árabes nessa regiãodo Líbano. O ataque ocorreu depoisque os sabotadores árabes destrui-ram duas casas de uma colônia is-raelense, perto da linha de cessa-ção de fogo.

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SoZrfados feraetenns wrfíaí» aZep-es do aíaqi/e coníra os íerrorfsías palestinos tio Líbano

— As razões da guerraJames Restou

do New York Times

Co/í/a Afc/r: "Jirae/rorá sozinho' Anwar Sadat: 'Exigimos a retirada israelense 55

Telaviv — As indicações aqui sáo dcque o Governo israelense aceila reiniciaras conversações dc paz, sob a égide dasNações Unidas, mas a Prlmeira-MlnlstraColda Meir está, decididamente, pessi-mista a respeito das possibilidades deum acordo.

Ainda que haja uma remota espe-rança dc se chegar a uma paz verdadei-ra com a República Árabe Unida e osoutros paises árabes, disse Golda Meirnuma entrevista ontem, isto levarámuito tempo. Quem pensar que isto podeser solucionado rapidamente — acres-centou — deve pensar que Israel daráuas árabes tudo o que eles quiserem, ouque pode ser induzido a isto.

EXPANSIONISMO SOVIÉTICO

E' importante compreender que aUnião Soviética está por trás dc toda es-ta crise no Oriente Médio, acentuou aPrlmeira-Minlstra. Ela comparou a cam-panha atual da União Soviética contraIsrael com o expansionismo alemão con-tra a Tcheco-Eslováquia, cm 1938, mascom uma dijerença fundamental: Israelse defenderá ativamente contra quemquer que o ataque ou tente solapar suasegurança.

"Eu acredito sinceramente", disse aPrimcira-Ministra, "que o que vai acon-tecer na área da atividade soviética emque estamos envolvidos tem alguma re-lação com o que o mundo virá a ser, ofuturo dc todo o mundo, náo apenas onosso.

Vocês conhecem os soviéticos... elesnâo se detém diante dc nada. Eu achoque élcs sáo muito cautelosos. Não é ver-dade que eles ajam precipitadamente.Em primeiro lugar, colocam um pé —como está a água? Está boa? O outropé é colocado. Há uma onda: quandopassar, então poderemos continuar.

Esta é a sua mentalidade, c assimque agem, c fico horrorizada cm ver co-mo o mundo livre cruza os braços. Nãoê que eles não compreendem: isto é to-lice. Apenas não desejam ver. E, natu-ralmcnte, nós agora somos o alvo ime-diato dos soviéticos."

A entrevista com Golda Meir foi fei-ta em sua casa modesta dc Telaviv. Tam-bém estavam presentes seu filho, Mena-chem Meir e Pcter Grose, o correspon-dente do New York Times em Israel. Atranscrição foi tirada de um gravador edevolvida ao jornal com correções feitaspor Golda Meir, com o próprio punho.

IRRITAÇÃO ISRAELENSE

Ela parecia irritada com o fato dcIsrael ertar sendo empurrado para asconversações de paz, antes dc os egip-cios haverem atendido às objeções de seuGoverno a respeito da instalação de mis-seis na zona do cessar-fogo, no canalde Suez.

"Não podemos esquecer", disse ela,"as amargas experiências de uma fia-grante violação do acordo de cessar fo-go, que estipulava a manutenção dasposições, durante sua vigência. Os sovié-ticos e os egípcios concordaram com is-to, mas começaram imediatamente adeslocar os mísseis e as coisas ficarampor isto."

Ademais, cm que pese a recente aju-da dos Estados Unidos para Israel, Gol-da Meir parece achar que os egípciosestão recebendo maior ajuda militar ediplomática da União Soviética do queIsrael recebe dos Estados Unidos.

"Examinemos o problema cm têr-mos do que o outro lado tem", disse ela."O outro lado recebe um fluxo constan-te de armas. Não é interrompido um sódia, e não se trata dai mesmas armas— os egípcios não possuíam, há um anoe meio, mísseis, e agora nós sabemos, e osoutros sabem, que existem mísseis super-ficie-a-superficie do tipo Frog-7. Elesnão tinham milhares de soviéticos, oschamados peritos e assessores, não ti-nham soviéticos em missões operado-nais, mas, agora, têm tudo isto, c 100%de apoio para qualquer coisa que os egip-cios colocarem na mesa em termos deproblemas políticos ou territoriais.

Assim — eu náo sei — seria pedirdemais aos Estados Unidos que o forne-cimento de armamentos necessários pa-ra nossa própria defesa se baseie numarelação de continuidade, sem a necessi-dade de negociar, cuda vez. qualquerfornecimento adicional? E pedir que,quando nos sentarmos à mesa para ne-gociar, estejamos livres dc pressão de-corrente dc outros planos ou decisõesterritoriais por parte dc organismos in-ternaclonais?

O PESADELO DE GOLDA MEIR

Golda Meir falava quase como seclu estivesse partindo do pressuposto dcque as conversações realizadas por Gun-nar V. Jarring na ONU fracassariam, e,então. Israel teria dc enfrentar a possi-bilidade de uma nova resolução da ONU.propondo fronteiras especificas e talvezaté ameaçando Israel com sanções eco-nômtcas, se éle não se retirasse do ter-ritórlo árabe capturado c náo se sub-metesse a ela.

As conversações com autoridadesnorte-americanas aqui deixam duro quetem havido, nos últimos dias, uma duranegociação sobre éste ponto c que, ape-sar de os Estados Unidos haverem dc-clarado ao Governo israelense que náoparticipariam dc tal resolução, Wash-ington recusou comprometer-se, previa-mente, a usar seu veto c relembrou oGoverno israelense de que as QuatroGrandes Potências também tém interès-se vital na região.

Isto è um problema Inquictudoraqui, pois. embora seja verdadeiro queos Quatro Grandes tém interesses espe-ciais, particularmente nos campos pc-trolijeros árabes no Oriente Médio, opesadelo dc Israel é de que a Inglaterrae a França, e talvez até os Estados Uni-dos, façam um acordo com a União So-viética que seja conveniente para o Oci-dente e para os soviéticos, mas prejudi-ciai à segurança de Israel.

E' uma pena, deu a entender GoldaMeir, que os paises ocidentais não ti-vessem dado mais atenção aos seus "in-terêsses vitais", quando a União Sovié-tica começou a agir no Oriente Médio.

"Quando os soviéticos iniciaram suainfiltração no Egito, após a trunsaçáode armamentos tchcco-egipcia", disseela, "nós, então, advertimos que isto erao primeiro passo no plano dc domíniosoviético. Responderam-nos: Tolice, nc-nhum país árabe pode tornar-se comu-nista; isto é contra sua religião muçul-mana, c, como você observa, Nasser co-loca os comunistas na cadeia...

E nós sempre voltávamos à carga: cdai? Eles, os soviéticos, têm muito maiscomunistas na cadeia. Como se isto im-portasse, como se fosse importante queNasser tivesse de prestar exame em leni-nismo ou marxismo. Não existem maiorescínicos no mundo do que êstes Idealistas,eles não dão importância a coisa nenhu-ma. E' interessante agora observar quenão só os Governos egípcio e soviéticocomo também seus dois Partidos estãopublicando comunicados conjuntos."

Êstc, então, è o seu pesadelo: que Is-rael está agora envolvido numa lutamundial; que Israel é o principal alvoda União Soviética e que depende, parasua sobrevivência e até para continui-dade de seu povo, dos Estados Unidos,os quais já o desertaram uma vez.

"Posso eu ver, ou vejo, honestamen-te, que o futuro próximo nos reservapaz?" — perguntou ela. "Honestamente,não posso dizer isto. Em que pese todoo nosso cepticismo sobre as negociações,sob os auspícios de Jarring, há uma es-perança de que, talvez, elas possam con-duzír à paz. Isto depende inteiramenteem saber-se se o outro lado está real-mente interessado e preparado para che-gar a um acordo de paz, que elimineguerras futuras. Esta, realmente, é acondição básica. Se este desejo existe porparte dos Governos árabes, então há es-perança. Se eles vierem para as con-versações Jarring com a disposição denos impor ultimatos e prazos, isto repre-sentará o plano para o fracasso das con-versações."

Cairo — O Presidente AnwarAl Sadat, da Itcpúhlica Árabe Uni-da, define pela primeira vez ascondições de sua nação para a pazcom Israel no Oriente Médio. Sãoas seguintes:

Israel terá dc abandonar "tò-

da polegada" dc território que eap-tarou da Itcpúhlica Árabe Unidana Guerra dos Seis I>ias, cm junhodc 1ÍH>*.

Sc o fizer, a República AralicUnida reconhecerá os direitos dcIsrael como Estado independente,definido pelo Conselho dc Scrii-rança das Nações Unidas, c acolhe-rá dc bom Brado uma garantia dosEUA, União Soviética, Inglaterra cFrança, sobre todas as fronteirasno Oriente Médio, inclusive as dcIsrael. Sadat sugeriu que esta ga-rantia dos Quatro Grandes poderáser o primeiro passo para um acór-do pacifico.

A República Árabe Unida estápreparada para negociar os "direi-tos de passagem" de Israel atravésdo estreito dc Tiran c do golfo dcAcaba, o que poderá ser feito ime-dia tamente.

Mas os "direitos de passagem"dc Israel através do canal de Suezdependem dc um acordo entre Is-rael c os países árabes quanto aodestino dos árabes palestinos. Sa-dat insistiu cm afirmar que a so-lução deste "problema dos refu-giados" é uma "pré-condição" pa-ra um acordo sóbre a passagem dcbarcos israelenses através do ca-nal.

ENTREVISTA TRANQÜILA

Mesmo que a questão dc fron-teiras, dos refugiados palestinos,direitos marítimos de passagem nogolfo de Acaba c canal dc Suez se-jam acertadas, o Governo do Cai-ro não estabelecerá relações diplo-máticas normais com Israel.

"Não me peça para manter re-laçôcs diplomáticas com eles", dis-se Sadat. Indagado se não o fariadepois que o problema de frontei-ras fosse solucionado, êle respon-deu: "Nunca, nunca, nunca!"

Um pouco mais tarde, ele su-geriu: "Deixe isso aos cuidados dasnovas gerações — não dc mim!"

A entrevista teve lugar à noi-te na nova residência presidencialno bairro Giza, no Cairo. RaymondH. Anderson, correspondente doNew Yorw Times no Cairo, estavapresente, e Sadat interrompeu suaconversação apenas uma vez, du-rante a hora e meia em que ciadurou, para silenciar os dois toca-dores dc tambor que se exercita-vain no porão da residência: seupróprio filho e o filho mais jovemdo falecido Presidente Gamai Ab-dei Nasser.

Sadat se fêz acompanhar ape-nas dc seu cachimbo e meramen-le respondeu as perguntas que lheforam feitas, mas havia deixadosua elegante sala dc estar prepa-rada para se fazer gravações cmfita c tirar fotografias. O texto dcseus comentários foi revisto porseus auxiliares c aprovado paradistribuição ao New York Times.

DECLARAÇÕES

Além de indicar suas condiçõesc o esquema para a paz com Israel,Sadat declarou o seguinte:

1 — O primeiro semestre de1970 foi um ponto decisivo na gucr-ra — lembrou um pouco a bata-lha da Inglaterra, porque eom osmísseis soviéticos SAM-3 a Repú-blica Árabe Unida conseguiu rom-per a superioridade aérea de Is-rael sobre o Egito central c Cairo.O segundo semestre foi um "pc-

riodo dc tristeza" com a morte deNasser c a luta na Jordânia.

•> O Secretário de EstadoWilliam P. Rogcrs prometeu aoEgito que os EUA não forneceriamaviões ou armas a Israel duranteo cessar-fogo no Oriente Médio,mas os EUA "torceram os fatos",alegaram que o Egito violara oacordo dc cessar fogo c a seguirnão mantiveram a promessa feitapor Rogcrs. dando "tudo a Israel."

3 — O Egito foi constantemen-te confrontado com crescentes exi-géneias territoriais. Primeiro, oConselho de Segurança das NaçõesUnidas pediu ao Cairo que fizesse"retificações dc fronteira", depoisisso se transformou na exigênciadc Israel de "fronteiras garanti-das", a seguir isso passou a serpara a "segurança dc Israel" —primeiro foram as colinas de Go-lan, depois Sharm El Shcik e fi-nalmcnte, "pela bocarra do Day-an", Hcbron. 'Tor isso", disse Sa-dat, "não estou nada otimista."

I — Os EUA estão realmenteimpedindo um acordo no Oriente.Médio. Por que motivo Israel en-traria num acordo quando podereceber tudo que deseja dos EUA— caças Phantom, armas, tudo?

5 — O Egito náo quer ver-seenvolvido cm complicados proble-mas mundiais dc grande potência,ou ver o conflito no Oriente Médiose polarizar, com Washington ga-rantindo Israel c Moscou garan-tindo os Estados árabes. Quer ga-rantias gerais dos Quatro Grandessóbre todas as fronteiras na área."Tenho que exigir garantias."

G — "Acreditem ou não, aindanão sei, neste momento, qual a po-sição dos EUA. ...Os EUA não sepronunciaram: não disseram nadasóbre a evacuação, nada sõbrc aquestão dc prazo. Nada sõbrc na-da, a não ser dar a Israel tudo oque êle deseja, todo o apoio — na-da, a náo ser isso."

— "Não há um único russonas instalações dc mísseis no ca-nal. Vocês podem negar isso. Trci-namos nossos homens durante oitomeses para que pudessem se en-carregar dos mísseis no canal, c éo que eles estão fazendo."

— Os EUA forneceram a Is-rael mísseis de terra a terra c Sa-dat deixou entrever que a UniãoSoviética fizera o mesmo pelo Egi-to. Êle acrescentou que depois daGuerra dos Seis Dias, cm 19(57, seupais perdera tudo, ficara reduzidoa "apenas 5 mil rifles", c disse queiria obter tudo que pudesse paraesta "batalha de honra."

CONFLITO POLARIZADO

Sadat náo formulou condiçõesou estabeleceu prazos, dc maneiraformal, para um acordo pacífico,mas disse: "Sc concordarmos comisso, acho que tudo pode ser feito.A dificuldade, porém, é que quandose ouve o Subsecretário dc EstadoJoscph .1. Sisco dizer a alguns dcmeus assistentes que tem-sc dc c.s-tar pronto para negociações e con-cessões, tem-se dc estar prontopara concessões. Que tipo dc con-cessões terei dc fazer agora nova-mente?"

"Israel poderá fazer conces-soes, porque mantém em seu po-der as terras que ocupou, mas quetipo de concessão poderei fazer anão ser de terras? Não posso ce-der uma polegada de terra."

Sadat disse que enviou ao Pre-sidente Nixon uma mensagem,através do Presidente Y a h y aKhan, do Paquistão, e outra, maisrecentemente, pelo Rei Hussein daJordânia, pedindo-lhes para infor-mar ao "Presidente Nixon que cs-

tamos bastante receptivos c dis-postos cm relação à paz, mas quenão cederemos uma polegada se-quer dc nossas terras."

O Presidente mostrou-se con-trário a relacionar, mais do que onecessário, o problema do OrienteMédio com os problemas das gran-des potências.

"E1 tudo muito simples", dis-se. "Eu me acho aqui. na Rcpúbli-ca Árabe Unida; parte de meupais está ocupado, cu quero queessa ocupação termine, e nada te-nho que ver com éste conflito, comeste outro conflito mundial.

"Estou apenas querendo a li-hertaçáo da minha terra, o que éjusto. Rem, se os assessores doPresidente Nixon dizem que isioé um problema global e, como tal,deve fazer parte da estratégia glo-ba! das superpotências, isso estáerrado."

"Tudo que peço é isto: Israeliniciou a 5 de junho uma agressãocontra três Estados árabes eocupou terras desses três Estados.Tudo que pedimos é que Israel re-troceda, e depois existe a Rcsolu-ção do Conselho dc Segurança, cmque foram estipulados os estágiosda solução dc todo o problema. Atémesmo o problema dos refugiadosestá contido nesta Resolução. Mui-to bem, se querem paz, tenhamoscm mente esta Resolução e obscr-vèmo-la."

SEQUKNCTA DAS CONDIÇÕES

Sadat definiu suas condições cos prazos da seguinte forma: "Li-

vrc acesso através dc Acaba c Ti-ran, imediatamente! Mas para alivre passagem no canal, primeirotem-se de solucionar o problemados refugiados."

Pergunta — O Sr. relaciona asduas questões?

Resposta — Sim. Se queremacesso a Acaba, muito bem, a par-tir de amanhã. Se chegarmos aum acordo, muito bem, já amanhã.

P — Mas para a passagem deprodutos israelenses através docanal de Suez existe uma pré-con-dição?

R — Sim.

p — E esta condição é: reso-lução do problema dos refugiados?

R — Exatamente.

P — Podemos retroceder umpouco, Sr. Presidente, a fim dc queeu possa estabelecer a seqüênciacorreta? Para começar, o Sr. su-gere que os Quatro Grandes ga-rantam o que quer que seja quevenha a se aceitar?

R — E mais a resolução doConselho de Segurança.

P — A seguir, livre passagempelo golfo de Acaba c estreito deTiran, já amanhã.

R — Sc chegarmos a um acór-do.

p _ Se se chegar a um acór-do. Terceiro, resolução de . umafórmula para os refugiados. E, de-

pois — c somente depois disso —

a questão da livre passagem atra-vés dc Suez. E mesmo que se che-

gue a um acordo sõbrc fronteirasc paz, as relações diplomáticas en-tre a RAU c o Estado dc Israel náoserão estabelecidas?

R — Nunca! Que as futurasgerações decidam! Eu, não!

Jerusalém (UPI-AP-AFP-JB) -- Comunicado oficialisraelense anunciou ontemque o Governo da Primeira-Ministra Golda Meir deci-dlu voltar âs conversaçõesde paz sóbre o Oriente Mé-dio, das quais se havia re-tirado hà quase quatromeses.

O diplomata sueco Gun-nar Jarring, enviado espe-ciai da ONU no Oriente Mé-dio, reiniciará no fim destasemana, em Nova Iorque, asconversações de paz possi-velmente com representai.-tos de Israel, Egito e Jordâ-nia. O Secretlãrlo-Geral daONU, U Thant e o Presi-dente dos EUA manifesta-ram ontem seu contenta-mento ante a notícia de quoIsrael reiniciará as conver-sações de paz para o Orl-ente Médio.

BOA NOVA

A resolução do Gabinete tleIsrael de voltar às negocia-ções indiretas com o Egitoe a Jordânia, nas NaçõesUnidas, íoi comunicada áimprensa pela Prlmelra-Mi-nistra Golda Meir, ao tér-mino da reunião que se es-tendeu por cinco horas emeia.

O comunicado oficial dizque o Gabinete "decidiu queas atuais condições politi-cas c militares facilitam cjustificam o fim da absten-ção de Israel no que se re-fere às conversações sob o.sauspícios de GunnarJarring."

Acrescenta o documentoque o Chanceler Abba Ebaníoi autorizado a transmitira decisão de Jerusalém ao.sGovernos interessados c areiniciar sua participaçãona reunião com Jarring.

A decisão israelense foitomada depois de várias se-manas de discussões e via-gens da Prlmelra-MinistraGolda Meir, do Ministro daDefesa, Moshé Dayan, c doChanceler Abba Eban. ao.sEstados Unidos. Os três re-ceberam garantias do Go-vêrno norte-americano deque Israel continuará rece-bendo ajuda militar e eco-nómica, a fim dc manter oequilíbrio dc forças no Oii-ente Médio.

RECUSA

O Governo do Egito critl-cou ontem a decisão de Is-rael de reiniciar as negocia-ções de paz no Oriente Mc-dio através do mediador dasNações Unidas e classificoua medida de Golda Meir"como uma nova manobra."

O Secretário egipeio dcInformação, Mounir Hafez,declarou: "Estou propensoa crer que os israelensessimplesmente realizam umanova manobra para ganhartempo e uma nova prorro-gação da cessação das hos-tilidades."

Hafez reiterou que seupais está "irrevogàvclmentedecidido, como é do conhe-cimento geral, a não acei-tar nova prorrogação datrégua." Entretanto, acres-centou, o Egito não desejajulgar prematuramente adecisão de Israel. "O meuGoverno preferiria consta-tar a sinceridade da deci-são."

Brejnev iniao Egito

Beirute (UPI-JB) — OPrimeiro-Secretárlo do Par-tido Comunista da UniãoSoviética, Leonid Brejnev,conferenclará em janeiropróximo com os Chefes deEstados árabes, no Cairo. Ainformação é do jornal AlAnwar que não menciona afonte da notícia.

Al Anwar disse que Brcj-nev se reunirá com o Presi-dente egipeio, Anwar Sadatcom o Chefe de Estado su-danes, General Jaafar Ne-melri e com o PrimeiroMandatário da Libia, Ah-me:'. Khatib. Fontes politi-cas indicaram que o Primei-ro-Ministro e homem fortecia Siria, General, Hafez As-s a d , provavelmente tam-bém participará das reu-niões.

Terror prometederrubar HusseinBeirute (AP-UPI-JBi —

Uma organização terroristasecreta, estabelecida naJordânia e que se aivtcde-nomina Movimento dos Jor-danianos Livres, jurou on-tem empreender a luta con-tra o Governo do Rei Hus-sein até derrubá-lo do po-der. Uma nota emitida pe-lo Comando Central Provi-serio do Movimento exortaa.s forças beduinas leais aoRoi Hussein a se rebelaremcontra o trono.

Em Am , um porta-vozda Comissão de Trégua de-ciarem que forte tiroteioouvido ontem à noite nacapital jordaniana foi "pro-vocado por um engano" aoup nô houve vitimas.

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JORNAL DO BRASIL Q) Terça-feira, 29/12/70 D 1.° CadernoINTERNACIONAL

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Parlamento_»•da índia é

dissolvidoNova Déll lAP-UPI-JB)

-— O Presidente da Índio.,V. V. Olrl, dissolveu o Par-lamento c convocou eleiçõesgorais para princípios dc1071 — um ano antes doprazo previsto — ntenclen-do a solicitação da Primei-ro-Mlnlstra Indlra Gandhl.

Indira justificou a disso-litção do Parlamento c aconvocação de novas elol-ções, dizendo que somentecom uma assembléia favo-rável ela poderá continuarcom o seu programa de Oo-vêrno e cumprir as promes-sas feitas ao povo.

ESPERANÇA

Glrl deixou a cargo doConselho Nacionai Eleitorala escolha da data das ciei-ções que provavelmente seiniciarão a 28 de fevereiroou 1.° de março. Na Índia,a votação dura três dias. Oliais tem 560 mil povoadas,não contando as cidades evilas.

Os resultados das eleiçõesdeverão ser conhecidos a 12de março, a tempo de con-voear o Parlamento e for-mar o Governo quando ter-minar o ano fiscal, dia 31.data em que deve ser apro-vado o Orçamento nacional.

Fontes do Partido do Con-gresso expressaram a espe-rança dc conquistar 300 das525 cadeiras do Parlamento,o que daria a Indlra - amaioria necessária paraprosseguir com seus planosde socialização.

O Partido do Congresso,de Indlra. tinha 228 cadel-ras no Parlamento dlssol-vido, mas contava com oapoio dc várias organiza-ções esquerdistas, A Oposl-ção era formada pela Or-ganlzaçáo do Congresso —que se constituiu há doisanos após a cisão do Par-tido governlsta, o PartidoConservador Swatantra cJan Sangh e o Partido Na-clonallsta Indiano.

Antes das eleições, os dl-rigentes do Partido do Con-gresso e da organização dis-sidente deverão decidir aquestão do símbolo do Par-tido, uma junta dc bois.Como os eleitores analfabe-tos votam nos símbolos dasorganizações partidárias, csconservadores que se afãs-taram de Indira para for-mar um novo Partido de-verão perder muitos votaspois muitos indianos já sehabituaram a votar nosímbolo do Partido do Con-gresso.

Detidos3 terroristascanadenses

Montreal (AP-AFP-UPI-JB) — A policia canadenseprendeu ontem os três prin-cipais suspeitos do seques-tro e assassinato do Minis-tro do Trabalho de Quebec,Pierre Laporte, anunciou oMinistério da Justiça.

Paul Rose, seu irmãoJacques Rose e Francis Sl-mard foram detidos em ba-tida numa granja localiza-da em St. Duc, a 40 quilo-metros de Montreal. Umaluz na casa, que se acredi-tava desabitada, levou apolícia ao local.

DILIGÊNCIAS

Foi a segunda diligênciarealizada pela polícia àgranja. No dia de Natal, vá-rios agentes revistaram acasa, mas náo encontraramninguém. Ontem, ao obscr-var uma luz acesa no se-gundo andar, voltaram aolocal, descobrindo um es-conderijo especialmen-te construído por baixo doassoalho e prenderam ostrês.

No esconderijo — de seismetros, que servia tambémde entrada secreta — fo-ram encontrados viveres eoutras utilidades. Segundoos policiais, os terroristaspoderiam permanecer mui-tas semanas escondidos ali.sem serem notados. Umporta-voz da polícia pro-vincial de Quebec disse queuma quarta pessoa nãoidentificada foi detida.

Vietcongs atacambases no CambojaVietname e Laos

Saigon (UPI-JB) — Emataques simultâneos nasdiversas frentes da guerrana Indochina, as forçasvietcongs bomba rdearamuma base de artilharia nor-tc-a m e r l c a n a em PhanThlet, Vietname do Sul;aniquilaram uma aldeia a25 km de Pnon Penh, Cam-boja, e ocuparam cinco po-stçõcs governamentais noLaos.

Por sua vez, o.s aviõesnorte-americanos voltarama atacar a estrada Ho ChiMlnh, no Laos, e suas ra-mlflcações no Vietname doSul c no Camboja. Os bom-bardelros aéreos norte-ame-rlcanos, Iniciados há quasequatro meses, são os maislongos c pesados de toda aguerra do Sudeste asiático.BASE ATACADA

No Vietname do Sul, fór-ças vietcongs atacaram comfogo de morteiro a basenorte-americana dc PhanTlct, a 160 km a Nordestede Saigon. Nove norte-ame-rlcanos morreram no ata-que. Nas Imediações de

Thai Nlnh, a 00 km dc Sal-gon, uma mina matou 12vietnamitas c feriu outroscinco, ao explodir sob umônibus. Em um ataque con-tra uma cidade do delta doMekong, os comunistas ma-taram 10 civis.

No Camboja, forças viet-congs Inflltraram-se cm po-slções governamentais na.sproximidades de R o k a rKong, mas foram repelidasdepois de quatro horas decombate. Os comunistas en-traram em alguns bairrosda cidade — de 8 mil ha-bitantes — e obrigaramsoldados combojanos a In-dlcar o caminho que levavaás posições defensivas, dconde foram repelidos.

Durante o fim dc soma-na, as tropas comunistastomaram çlnco posições go-vcrnamcntals no Laos, se-gundo Informou o GeneralThong Than. As posiçõestomadas sáo um posto avan-çado perto de Ban Na; trêsoutros a 80 km ao Sul daplanície de Jarros, e, o quin-to. a Sudoeste do planaltode Bolovcns.

íNixon crilica Ilanói

por filmar os presosWashington (UPI-JB) —

O Presidente Richard Nl-xon acusou ontem o Viet-name do Norte de "totaldesrespeito" á Convençãode Genebra ao permitir queprisioneiros de guerra nor-tc-americanos fossem utili-zados cm um filme parafins de propaganda. O fil-me, feito pela CanadianBroadcasting Corporation,foi exibido domingo pordois canais de televisão dosEstados Unidos.

O porta-voz da CasaBranca. Ronald Zieglcr,disse que Nixon considera"a utilização de prisloncl-ros dc guerra para fins depropaganda — como no ca-so desse filme — como umaprova do total desrespeitodo Inimigo aos termos e aoespirito da Convenção . deGenebra."PROTESTO DE LAIRD

O Secretário da Defesa.Melvin Laird, também con-denou o Governo norte-vietnamita por causa dofilme. "Acho que Isso é umaprova da forma cinica dccomo o problema dos pri-sioneiros dc guerra vem

sendo tratado pelo Vietnã-me do Norte. O filme cer-tamente é uma produçãocuidadosamente controlada,censurada e montada", ob-servou.

Acrescentou que os EUAsolicitaram a Hanòi querespeitasse a Convenção dcGenebra c permitisse que aCruz Vermelha inspecionas-se os campos de prislonel-ros e conversasse com eles."ENTREVISTA

O filme se resume numaentrevista concedida pordois prisioneiros norte-ame-ricanos a um repórter datelevisão canadense. Ambosfizeram declarações contra-rias á ação norte-amerlea-na no Vietname. pedindo aretirada das tropas de seupais da Indochina "paraque o próprio povo vietna-mita solucione seus proble-mas.""Já não se trata dc saberquem começou nem quemtem ou náo tem razão. Oque há é uma guerra quenáo melhora nada; nem anossa situação nem a dosvietnamitas", declarou umdeles.

Holandês morre aolado das guerrilhas

Saigon tAP-JB) — Do-cumentos encontrados nasroupas de um holandês, de26 anos de idade, morto noCamboja por soldados sul-vietnamitas, comprovaramque èle estava a serviço dovietcong desde setembropassado.

Johannes C. G. Duynis-veld, de Voorschoten, Ho-landa, foi morto numa cm-boscada, nas proximidadesde Svay Rieng, no CambojaOriental. Seu diário e outrospapéis encontrados indicam

que se tornou um terro-rista no dia 26 de novem-bro quando oficiais viet-congs lhe entregaram umapistola automática e algu-mas instruções especiais.

Trata-se do primeiro oci-dental que morre na guer-ra do Camboja como terro-rista comunista. Holande-ses residentes em Saigondisseram que Duynisveld eraum aventureiro e jornalistaamador, que desde os 16anos de idade percorria omundo.

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ZYD-66/RÁDIO JORNAL DO BRASIL

Estados Unidos adotam novapolítica de "dissuasão realista

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Washington (AFP-UPI-JBi —O Secretário de Defesa norte-ame-rleano, Melvin Laird. anunciouontem que divulgará no Início doano a "nova estratégia de dlssua-são realista dos Estados Unidos."

O novo programa se baseará,sobretudo, em fatores financeirose nos efetivos disponíveis. "Acre-dito que nossas forças de dlssua-são convencionais precisam sermelhoradas", disse Laird. "Dtiran-te a guerra do Vietname elas nãoforam melhoradas c em alguns

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Em entrevista coletiva, o Se-cretárlo de Defesa salientou queserão necessárias maiores verbaspara suprimentos e equipamentos,não só para os EUA, mas tambémpara seus aliados,

Manifestou confiança dc queo recrutamento em 1071 será me-nor que o déste ano (163 mil Jo-vonsi. Informou, ainda que aUHSS diminuiu o ritmo de cons-

trução de grandes mísseis ICBM,os SS-0, c não alcançará o nivelprevisto dc 300.

Falando sóbre a guerra doVetnamc, disse que ela diminuidia a dia, c que os vôos de reco-nheclmento norte-americanos bal-xaram cm 48% em relação a 1008e 36';i- em relação a 1060.

Revelou que a Infiltração nor-te-vletnamita no Vietname do Sulloi bem menor este ano, mas oscomunistas intensificaram seu mo-vimento dc homens c dc materialnn Sudeste do Laos.

Redução de armas atômicas não evoluiWashington i UPI-JB i — As

negociações sóbre a limitação dcarmas nucleares, entre os EUA eURSS, chegaram a um ponto emque as posições dos dois lados es-tão bem definidas, faltando ape-nas uma decisão política dc Mos-cou no sentido de aceitar umaconciliação.

A opinião é dc fontes da CasaBranca que admitem, contudo, asdificuldades para um cntcndlmen-

to aumentaram sensivelmente, so-bròtudo com o "esfriamento" da.srelações Washlngton-Moscou nosúltimos meses.CONFIANÇA DIMINUIU

Segundo estas fontes, o Oo-vêrno de Nixon não está mais tãoconfiante no rápido progresso dasconversações.

Anteriormente, em um pro-nunclamento, o Presidente Nixon

afirmara que um acordo deveriaser assinado multo em breve. Ago-ra, com o recesso das negociaçõesaté 15 de março, sabe-se que asdiscussões não foram tão longequanto se esperava.

Ao que parece, a posição dosEUA foi bem definida pelo Secre-tárlo de Estado William Rogursem recente declaração. "Não cs-tou nem otimista nem pessimista",disse Rogers.

Presidenteda Guiné fazseqüestro

Bonn (AFP-AP-JBI —Blld Zeítung, lornal alemãode grande tiragem, Infor-mou ontem que a mulherdo cônsul da AlemanhaOcidental na Guiné Equa-torlal foi seqüestrada pelopróprio Chefe de Estado,Francisco Macias Nguema.

A Chancelaria de Bonnconfirmou que IrmgardPleuger, dc 48 anos, estáatualmente seqüestrada erevelou que ela "foi retidapor motivos de ordem eco-nômlca; O advogado docônsul alemão, FrledrlchPleuger, afirmou que a Sra.Pleuger está detida desde ocomeço de dezembro. Életem 71 anos dc idade e ela48.

O seqüestro aparentemen-te foi feito por causa de umnegócio entre Pleuger e oPresidente da Guiné, mas oadvogado náo quis entrarem pormenores. "A Guiné— disse — não tem legal-mente direito a receberqualquer importância dePleuger."

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JORNAl DO BRASIl ? Terça-feira, 29/12/70 D •' Caderno i_;-^ciichê_ INTERNACIONAL - 9

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Parlamentoda índia édissolvido

Nova Délt (AP-UPI-JB)— O Presldonte dá Índia,V. V. Olrl, dissolveu o Par-lamento e convocou eleiçõesgerais para princípios dc1071 — um ano antes doprazo previsto — atenden-do a solicitação da Primei-ra-MInlstra Indira Gandhl.

Indlra Justificou a disso-lução do Parlamento e aconvocação de novas elcl-ções, dizendo que somentecom uma assembléia favo-rável ela poderá continuarcom o seu programa de Oo-vèrno e cumprir as promes-sas feitas ao povo.

ESPERANÇA

Glrl deixou a cargo doConselho Nacional Eleitorala escolha da data das elel-ções que provavelmente seiniciarão a 28 de fevereiroou 1.0 de março. Na Índia,a votação dura três dias. Opais tem 560 mü povoados,não contando as cidades cvilas.

Os resultados das eleiçõesdeverão ser conhecidos a 12de março, a tempo de con-vocar o Parlamento e for-mar o Governo quando ter-minar o ano fiscal, dia 31.data em que deve ser apro-vado o Orçamento nacional.

Fontes do Partido do Con-gresso expressaram a,espc-rança dc conquistar 300 das525 cadeiras do Parlamento,o que daria a Indira amaioria necessária paraprosseguir com seus planosde socialização.

O Partido do Congresso,de Indira, tinha 228 cadel-ras no Parlamento dissol-vido, mas contava com oapoio de várias organiza-ções esquerdistas. A Oposi-ção era formada pela Or-ganização do Congresso —que se constituiu há doisanos após a cisão do Par-tido governista, o PartidoConservador Swatantra eJan Sangh c o Partido Na-cionallsta Indiano.

Antes das eleições, os di-rlgentcs do Partido cio Con-gresso e da organização dis-sidente deverão decidir aquestão do simbolo do Pai-tido, uma junta de boiaComo os eleitores analíabe-tos votam nos símbolos dasorganizações partidárias, osconservadores que se afãs-taram de Indira para for-mar um novo Partido de-verão perder muitos votospois muitos indianos Já sehabituaram a votar nosimbolo do Partido do Con-gresso.

Detidos3 terroristascanadenses

Montreal (AP-AFP-UPI-JB) — A policia canadenseprendeu ontem os três prin-cipais suspeitos do seques-tro e assassinato do Minis-tro do Trabalho de Quebec,Pierre Laporte, anunciou oMinistério da justiça.

Paul Rose, seu irmãoJacques Rose" e Francis Si-mard foram detidos em ba-tida numa granja localiza-da em St. Duc, a 40 quilo-metros de Montreal. Umaluz na casa, que se acredi-tava desabitada, levou apolicia ao local.

DILIGÊNCIAS

Foi a segunda diligênciarealizada pela policia àgranja. No dia dc Natal, vá-rios agentes revistaram acasa, mas não encontraramninguém. Ontem, ao obser-var uma luz acesa no se-gundo andar, voltaram aolocal, descobrindo um es-conderi.lo especialmen-te construído por baixo doassoalho e prenderam ostrês.

No esconderijo — de seismetros, que servia tambémde entrada secreta — fo-ram encontrados viveres eoutras utilidades. Segundoos policiais, os terroristaspoderiam permanecer mui-tas semanas escondidos ali,sem serem notados. Umporta-voz da policia pro-vinclal de Quebec disse queuma quarta pessoa nãoidentificada foi detida.

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\W\ ttm+mXmmfF ^* II l_i!^^™O casal Ronald Young e Anne Bennet, pacifistasamericanos visitaram no último fim de semana umcampo de prisioneiros perto de Hanói e levaram car-tas das famílias aos soldados. Embaixo, membrosdo comitê dos pacifistas separam a correspondência

Vietcongs atacambases no CambojaVietname e Laos

Saigon (UPI-JB) — Emataques simultâneos nasdiversas frentes da guerrana Indochina, as forçasvietcongs bomba rdearamuma base de artilharia nor-te-a m e r 1 c a n a em PhanThlet, Vietname do Sul;aniquilaram uma aldeia a25 km de Pnon Penh. Cam-boja, e ocuparam cinco po-sições governamentais noLaos.

Por sua vez, os aviõesnorte-americanos voltarama atacar a estrada Ho ChiMinh, no Laos, e suas ra-mifleações no Vietname doSul c no Camboja. O.s bom-bardeiros aéreos norte-ame-rlcanos, iniciados há quasequatro meses, são os maislongos e pesados de toda aguerra do Sudeste asiático.

BASE ATACADANo Vietname do Sul, fór-

ças vietcongs atacaram comfogo de morteiro a basenorte-americana de PhanTiet, a 100 km a Nordestede Saigon. Nove norte-ame-rlcanos morreram no ata-que. Nas imediações de

Thai Nlnh, a 00 km de Sai-•.nu. uma mina matou 12vietnamitas e feriu outroscinco, ao explodir sob umônibus. Em um ataque con-tra uma cidade do delta doMekong, os comunistas ma-taram 10 civis.

No Camboja, forças viet-congs infiltraram-se em po-sições governamentais nasproximidades de R o k a rKong. mas foram repelidasdepois dc quatro horas decombate. Os comunistas cn-traram em alguns bairrosda cidade —- dc 8 mtl ha-bitantes — e obrigaramsoldados combojanos a in-dicar o caminho que levavaàs posições defensivas, dconde foram repelidos.

Durante o fim de sema-na, as tropas comunistastomaram cinco posições go-vernamentais no Laos, se-gundo informou o GeneralThong Than. As posiçõestomadas são um posto avan-çado perto de Ban Na; trêsoutros a 80 km ao Sul daplanície de Jarros, c, o quin-to, a Sudoeste do planaltodc Bolovcns.

Nixon critica Hanóipor filmar

Washington (UPI-JB) —O Presidente Richard Ni-xon acusou ontem o Viet-name do Norte de "totaldesrespeito" à Convençãode Genebra ao permitir queprisioneiros de guerra nor-te-americanos fossem utlli-zados em um filme parafins de propaganda. O fil-me, feito pela CanadianBroadcasting Corporation,foi exibido domingo pordois canais de televisão dosEstados Unidos.

O porta-voz da CasaBranca, Ronald Ziegler,disse que Nixon considera"a utilização de prlsionei-ros de guerra para fins depropaganda — como no ca-so desse filme — como umaprova do total desrespeitodo inimigo aos termos e aoespirito da Convenção deGenebra."PROTESTO DE LAIRD

O Secretário da Defesa,Melvin Laird, também con-denou o Governo norte-vietnamita por causa do

os presosfilme. "Acho que Isso é umaprova da forma cintea decomo o problema dos pri-sioneiros de guerra vemsendo tratado pelo Vietna-me do Norte. O filme cer-tamente é uma produçãocuidadosamente controlada,censurada e montada", ob-servou.

Acrescentou que os EUAsolicitaram a Hanói querespeitasse a Convenção deGenebra e permitisse que aCruz Vermelha inspecionas-se os campos de prisionei-ros e conversasse com eles."ENTREVISTA

O filme se resume numaentrevista concedida pordois prisioneiros norte-ame-rícanos a um repórter datelevisão canadense. Ambosfizeram declarações contra-rias à ação norte-america-na no Vietname, pedindo aretirada das tropas de seupais da Indochina "paraque o próprio povo vietna-mita solucione seus proble-mas."

Holandês morre aolado das guerrilhas

Saigon (AP-JB) — Do-cumentos encontrados nasroupas de um holandês, de26 anos de idade, morto noCamboja por soldados sul-vietnamitas, comprovaramque êle estava a serviço dovieteong desde setembropassado.

Johannes C. G. Duynis-velei, de Voorschoton, Ho-landa, foi morto numa em-boscada, nas proximidadesde Svay Rieng, no CambojaOriental. Seu diário e outrospapéis encontrados indicam

que se tornou um torro-rista no dia 26 de novem-bro quando oficiais viet-congs lhe entregaram umapistola automática e algu-mas instruções especiais.

Trata-se do primeiro oci-dental que morre na guer-ra do Camboja como terro-rista comunista. Holande-ses residentes em Saigondisseram que Duynlsveld eraum aventureiro e jornalistaamador, que desde os 16anos de idade percorria omundo.

Estados Unidos adotam novapolítica de adissuasão realista

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Washington (AFP-UPI-JBi —O Secretário de Defesa norte-ame-rlcano, Melvin Lalrd, anunciouontem que divulgará no Inicio doano a "nova estratégia de dlssua-sáo realista do.s Estados Unidos."

O novo programa se baseará,sobretudo, cm fatores financeirose nos efetivos disponíveis. "Acre-dito que nossas forças dc dlssua-são convencionais precisam sermelhoradas", disse Lalrd. "Duran-

te a guerra do Vietname elas náoforam melhoradas e em alguns

casos passaram para .segundoplano,"MAIORES VERBAS

Em entrevista coletiva, o Se-cretárlo de Defesa çallentou queserão necessárias maiores verbaspara suprimentos c equipamentos,náo só para os EUA, mas tambémpara seus aliados.

Manifestou confiança de queo recrutamento em 1071 será me-nor que o deste ano (163 mil jo-vens). Informou, ainda, que aURSS diminuiu o ritmo dc cons-

truçáo de grandes missels ICBM,os SS-0, e náo alcançará o nivelprevisto de 300.

Falando sobre a guerra doVietname; disse que ela diminuidia a dia, e que os vôos de reco-nhecimento norte-americanos bai-xaram em 48% cm relação a 1008e 30'. em relação a 1060.

Revelou que a Infiltração nor-te-vletnamita no Vietname do Sulfoi bem menor ôste ano, mas oscomunistas intensificaram seu mo-vlmento de homens e de materialno Sudeste do Laos.

Redução de armas atômicas não evoluiWashington (UPI-JB) — As

negociações sobre a limitação dearmas nucleares, entre os EUA cURSS. chegaram a um ponto cmque as posições dos dois lados cs-táo bem definidas, faltando ape-nas uma decisão política dc Mos-cou no sentido de aceitar umaconciliação.

A opinião é dc fontes da CasaBranca que admitem, contudo, asdificuldades para um cntcndlmen-

to aumentaram sensivelmente, so-bretudo com o "esfriamento" dasrelações Washlngton-Moscou nosúltimos meses.CONFIANÇA DIMINUIU

Sbgundo estas fontes, o Go-vèrno dc Nixon não está mais táoconfiante no rápido progresso dasconversações.

Anteriormente, em um pro-nunclamento, o Presidente Nixon

afirmara que um acordo deveriaser assinado multo cm breve. Ago-ra, com o recesso das negociaçõesaté 15 de março, sabe-se que asdiscussões não foram tão longequanto se esperava.

Ao que parece, a posição dosEUA foi bem definida pelo Secre-tário dc Estado William Rogcrsem recente declaração. "Náo es-tou nem otimista nem pessimista",disse Rogers.

Presidenteda Guiné fazseqüestro

Bonn (AFP-AP-JB) —Bild Zcltung, jornal alemãode grande tiragem, Infor-mou ontem que a mulherdo cônsul da AlemanhaOcidental na Guiné Equa-torial foi seqüestrada pelopróprio Chefe de Estado,Francisco Macias Nguema.

A Chancelaria de Bonnconfirmou que IrmgardPleuger, de 48 anos, estáatualmente seqüestrada crevelou que ela "foi retidapor motivos de ordem eco-nómtca. O advogado docônsul alemão, FriedrichPleuger, afirmou que a Sra.Pleuger está detida desde ocomeço de dezembro. Êletem 71 anos de idade e ela48.

O seqüestro aparentemen-te foi feito por causa dc umnegócio entre Pleuger e oPresidente da Guiné, mas oadvogado não quis entrarcm pormenores. "A Guiné— disse — náo tem legal-mente direito a receberqualquer importância dePleuger."

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Informe JBPassagens aéreas

Na próxima segunda-feira o C1Pestará analisando o pedido dc au-mento no preço das passagens aéreas,que para algumas empresas deveriavigorar a partir de dezembro. O prin-cipal argumento apresentado foi umcrescimenot inferior do preço cm re-lação ao aumento do custo de vida.Existe, ainda, uma proposta para dvrum abatimento aos estudantes.

A preocupação das autoridades cimpedir que haja uma competiçãosuicida entre as empresas que díspu-tartam passageiros apresentando pre-ços mais baixos, fazendo um leilão.A tônica das autoridades e recordarque passagem não utilizada e merca-doria deteriorada, que não pode maisser recuperada.

SabaráHá cêrca de dois anos o Gover-

nador Israel Pinheiro decidiu restau-rar a antiga Casa da ópera, em Sa-bará. O arquiteto Luclano AmedcePéret empenhou-se na obra de res-tauração, que foi executada modelar-mente. A 21 de janeiro próximo estarásendo inaugurado o teatro de Sabá-rá que data dc 1790, e que, com ca-pacidade para 450 lugares, e umaobra arquitetônica e artística sui ge-nerts. A nova casa de espetáculos, a•>0 minutos de Belo Horizonte, e japor sl mesma uma jóia que os turistasterão obrigatoriamente de visitar.

Censo econômico

Depois da divulgação do censo de- (mográflco, o Ministro do Plancjamen-to João Paulo dos Reis Veloso, chamaa atenção de todos para a lmportan-cia do censo econômico, que será Ian-cado em todo pais em março de 1971.Ò censo econômico, que englobara asatividades agrícolas, industriais e co-merctals, será todo êle dirigido, dizo Ministro, objetivando atender asconveniências da politlca governa-mental de desenvolvimento economi-co e social do pais.

Um nome conhecido

O Ministro dos Transportes, co-ronel Mário Andreazza, caminhavapelo cais, tendo ao lado seu chefe deGabinete, coronel Rocha Maia. a fimdc tomar uma lancha para partlci-par do lançamento do navio Maringá.Dc repente, ambos, notam atracado,cm fase final de construção, o navioNavem-Taquari, tendo então o Mi-nistro recordado uma passagem ocor-rida com o Presidente Costa e Silvae que originou o nome do novo na-vio.

Contou o Ministro que cs seusproprietários procuraram o Presiden-te Costa e Silva pedindo autorizaçãopara que dessem o seu nome ao no-vo barco. O Presidente, ao ouvir o pe-dido, deu um não categórico e, logoa seguir, fêz um pedido:

— Transfiro a homenagem. Dêemao navio o nome de uma pequena ci-dade do Rio Grande do Sul, Taquari,para que ela se torne conhecida emtodo o mundo.

AlgodãoO Instituto Internacional do Al-

godão deverá abrir em janeiro o seuescritório no Rio para atender a todaa América do Sul. Para se ter umaidéia do que o Instituto representa,basta citar o fato de que é o únicoorganismo em todo o mundo a se de-dicar, exclusivamente, ao incentivo domercado de fibra de algodão, além dededicar um grande apoio à pesquisae à promoção do produto.

O Brasil relngressou no Institutono ano passado, pagando a contribui-ção de um dólar (CrS 4,90) por fardoexportado no último trlènio para aEuropa Ocidental e Japão. E' o se-

gundo exportador de algodão do mun-do perdendo apenas para oa EstadosUnidos. Este ano Já remetemos parao exterior mais de 1 milhão de íar-dos.

Eleição mineira

O presidente do diretório da Are-na de Minas, Sr. Osvaldo Plerucettl,classificou o recurso encaminhadopelo Senador Camilo Nogueira da Ga-ma ao TRE, pedindo a anulação daeleição em Minas, como uma verda-deira injúria à Justiça Eleitoral, alemde não apresentar argumentos consLs-tentes e nenhum fundamento. O Sr.Osvaldo Plerucettl, que ícl o presi-dente do comitê central <JH campanhada Arena mineira, lembwu que a exls-têncla de votos nulos e brancos naoé um fenômeno ocorrido apenas emMinas Gerais, mas em todos os gran-des centros. Recordou que nas peque-nas cidades a fidelidade partidáriaatua de modo mais intenso.

O Sr. Osvaldo Plerucettl defendeu,ainda, a participação na campanhaeloitoral do atual e do futuro Gover-nador de Minas, recordando que cmoutros paises até o Presidente da Re-pública tem ativa atuação no pror.es-so eleitoral, sem que as perdedorespensem em classlfloar o fato comocoação ou corrupção eleitoral, baoeo Senador Camilo Nogueira da Gama- disse o. Sr. Osvaldo Plerucettl —

que incorre num exagero consciente,senão muna falsidade premeditadaquando acusa o Governador RondonPacheco de declarações públicas

"exi-

gindo" em nome do Presidente Medi-cl e no seu próprio, a eleição doscandidatos da Arena. Como presiden-te da Arena nacional, nada mais jus-to que o Governador Rondon Pache-co exortasse o eleitorado de Minas edo pais a prestigiar os candidatos doseu Partido."

"Hippies" em Alagoas tomambanho de rio nus e políciaacha isso bom para turismo

Maceió (Correspondente) - Mais de 80 himnestomaram banho de rio nus, ontem na cidade dcMa echal Deodoro, onde estava sendo rea izado umfostiva de verão, sob as vistas complacentes 'Ia po-icia local Jue considerou a atitude muito boa para

o turSS Ta cidade e ainda impediu que popula-vn<* exaltados agredissem o grupo.

O Erupo hivpic, formaefo por moças e rapu7.e->An tnrinò nais chegou a Marechal Deodoro a pe, decwS dSSeta e de ônibus, na «esta-felmà noltê provocc-ndo, com suas roupas berrantes esua!, barracas mal cheirosas, grande irritação noshabitantes da cidade.

CastanhasTécnicos do Governo em abasteci-

mento estranhavam ontem o noticia-rio sabre a importação de castanhasdeterioradas para o Brasil. Lembra-vam que isto é difícil de acontecer,pois os exportadores, principalmenteos portugueses, têm o maior escrúpuloem selecionar as artigos que enviamao exterior, a fim de manter a famade seus produtos. Acreditam os. tec-nicas que, à primeira vista, a causafoi um estoque grande do Natal de1969 que não foi todo consumido, obri-gando o seu armazenamento, cm lo-cais impróprios, para o Natal destenno. Recordavam, inclusive, que mui-tas castanhas estavam mofadas, de-monstrando que a sua guarda naoocorreu em frigoríficos .

CompromissosO Senador eleito pelo Ceará, Vir-

gilio Távora, contava para um grupode amigos as dificuldades que os no-liticos tinham há alguns anos, quandonáo existia o btpartldarismo, paraatender aos compromissos feitos du-rante a campanha. Lembrou então,que mesmo não sendo político minei-ro, muitas vezes foi obrigado a recor-rei- à matreirlce típica do PSD minei-ro. Contou que desejando nomear umcolega e antigo amigo, General Ale-xandrlno Nogueira, para o cargo deSecretário de Segurança, estava im-pedido pois o lugar pertencia, peloacordo, ao PSD. Chamou o amigo, fezo convite e indagou se èle era filiadoa algum Partido. Com a resposta ne-gatlva fêz nova pergunta:

— Você não tem nem um paren-te, mesmo afastado, que pertença aoPSD?

Com um posterior protesto doPartido, o novo Secretário de Segu-rança foi empossado no cargo comoseu representante.

Lance-livre• Sc a decisão do Tribunal SuperiorEleitoral, estabelecendo a posse dos no-vos governadores em 15 de março, veiobeneficiar os futuros governos estaduais,dando-lhes mais tempo para elaborar suasprogramações administrativas, prejudicou,pelo menos, os planos individuais do Go-vernador Luis Viana Filho, da Bahia. Eque éle já estava com tudo pronto parauma boa temporada de — vamos dizer —ociuw cum dignitate. tendo inclusive alu-gado uma cas* em Petrópolis a partir defevereiro.• O Governador Negrão de Lima diziaoutro dia a um grupo de amigos que aúnica recompensa que o Governo lhe daé mesmo a temporada de verão na casada Gávea Pequena. Lá, éle aproveita osfins de semana e feriados para fazer onue mais gosta: banho de piscina com oinevitável copo de refrigerante na borda,tranqüilidade para ler e, à noite, umaboa sessão de cinema com seus filmesoi-ediletos: os banguebangues, que geral-mente acabam por falta de atores, de vezque o mocinho jà matou todos.• Segundo os principais dirigentes are-nistas, que estáo passando o fim de anona Guanabara, as conversações políticassó irão recomeçar mesmo 14 para o dia5 de janeiro, depois de apagados os ul-timos vestígios festivos. E o primeiro as-sunto a ser objeto de telefonemas e en-contros será a escolha da Mesa da Cama-ra Federal. Dois pontos, no entanto, iaestáo definidos, desde já: primeiro, serárespeitado o tradicional critério de com-posição com o MDB; segundo, o proble-ma será encaminhado sob a influência detrês fatores: a opinião presidencial, a po-slcáo da direção da Arena e, flnalmen-te, o palpite das lideranças normais exis-tentes.

por falar em política, o repórter te-lefonou para o Deputado Lopo Coelho:¦'Como vai passando, Deputado?" Respon-de Lopo: "Da melhor maneira que Deusme permite; dando topada e tentando pe-lo menos cair pra frente."

D Iná Jost, esposa do presidente doBanco do Brasil, Nestor Jost, Já come-cou a decoração da casa da presidênciado banco em Brasília. Com a planta fei-ta por arquitetos do próprio BB, D. Inacomprou o mobiliário na Vila Velha De-corações, todo em estilo rústico, e pre-tende, já nos primeiros dias dc janeiro

"Pasteur"reparadovem ao Rio

AMEAÇAS

Marechal Deodoro, a prt-meira cidade do interioralagoano, é conhecida comoa Ouro Preto do Nordes-te por suas obras de ar-te e monumentos arquiteto-nlcos. Sua população Já es-tá acostumada com os tu-rlstas que Invadem a cida-de durante a realização dosfestivais*dc verão, quandosão apresentados exposlrôesde arte, espetáculos folcló-ricos e festivais dc música.

Para proteger o grupo, apolicia colocou uma guarda

especial perto da beira dorio. onde estavam armadasas barracas, dando cober-tura a todas as brlncadel-ras dos rapazes c das mô-ças, inclusive ao banho derio à noite.

O chefe da policia localachou os hlpples multo bemeducados c disse que, cm-bora não aprecie multo to-mar banho nu no rio. "unia

atitude dessas, tomada porum grupo táo grande, émuito boa para o turismode Marechal Deodoro."

Lisboa (UPI-JB) — OPasteur, luxuoso transatlãn-tico de 17 080 toneladas, eque permaneceu aqui retido,durante o Natal, para repa-ros, seguiu viagem para oRio, com 264 passageiros c150 tripulantes.

O navio francês partiu às3 horas da manhã de on-tem, depois que ficaramconcluídos os trabalhos dereparo a que foi submetido,para correção de estragossofridos durante o encalhediante do porto local. Por-ta-voz da empresa Message-rles Marltlmes disse que,salvo dois passageiros, todosos demais permaneceram abordo.

A policia marítima lnves-tlga as c-.usas do acidentesofrido pelo Pasteur. O ca-pltáo André Boutln afirmouque uma brusca manobrapara evitar a colisão comum navio-tanque holandêsprovocou o encalhe.

JORNAL PO BRASIL D Terça-feira, 29/12/70 Q 1.° Cedern°

Secretário de Educaçãoassina subvenções a15 companhias teatrais

Subvenções no valor global de CrJi 33£I jjj,

para 15 companhias teatrais que se apresenta amno Rio durante o segundo semestre do ano, foramSStem assinadas peú?Secretário de, Educaçac.numadistribuição de verba que obedece a três critérios,de 90 a 100'/. a peças de vanguarda, de 60 a 80/»às clássicas e de 30 a 60% às comerciais.

Maria Clara Machado, do Teatro Amador Ta-blado, foi a primeira a chegar no gabine e do Sc-cretário de Educação, mas às 11 horas todos os rc-

presentanL esSavam reunidos. Muitos comen a-SLm as exigências a serem atendidas paraobtei oauxílio e pregavam um aperfeiçoamento do >istc-ma para que tivesse critério mais justo de distri-buiçao.

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dividir sua residência entre Brasília e oRio.• A propósito do propalado interesse doFlamengo em comprar ao Botafogo o tri-campeão mundial Roberto, o técnico Yus-tiich declarou oficialmente que o assun-to é da alçada da diretoria do clube. Noentanto, para amigos, cie já definiu a suaposição: "Dizem que é um bom rapaz,mas depois que eu o vi nas fotografiasdos jornais com a cabeleira quase nosombros e aquelas camisas estampadas, sóposso aceitar a sua contratação depois dedar uma olhada na sua folha corrida."• O Deputado Euclides Triches, Gover-nador eleito do Rio Grande do Sul, man-dou para um amigo, uo Rio, um postal deRoma, anunciando sua ida a vários pai-ses da África. Embora não pretenda par-ticlpar de nenhum safari. Euclides Til-ches diz que vai esticar a viagem até finsde fevereiro, poucos dias antes da posseno Governo rio-grandense.

O diplomata Rafael Valentino étalvez a mais nova e curiosa vítima daonda de multas que assola o transito: re-cebeu uma notificação de multa datada deum dia em que êle não saiu de casa umminuto sequer, pois estava doente.

Todos os integrantes da assessorlaeconômica do Ministro Delfim Neto, emsua maioria paulistas e mineiros, vieramontem ao Rio a fim de reiniciar os tra-balhos. Chegaram aqui e tiveram umasurpresa que não deixou de ser agradável:Delfim Neto permanecera a semana todaem São Paulo. Conclusão: uma semanade vwleza.• E o pianista Luís Carlos Vinhas de-sesperava-se, no Plags. As quatro da ma-nhã, recebera um telefonema de sua mu-lher, que está esperando bebê, revelan-do um desejo imediato: comer pêssegosargentinos. Um amigo que lhe ouvia osqiieixumes consolou-o: "Não se lamente,não, que a minha mulher, quando estavanessa, não podia ver uma cabeça de tampade moringa."* As piscinas dos clubes cariocas —principalmente os da Barra da Tijuca —continuam sem nenhuma fiscalização porparte das autoridades do Estado. No do-mingo, centenas de banhistas, em suamaioria crianças, utilizavam as piscinasde água nitidamente poluída. Nenhumdaqueles clubes exige exame médico dosfreqüentadores, medida que é reguladapor lei.

QUEM RECEBEU

A peça A Raposa e asUvas deu a Maria TeresaAlbuquerque Melo Barroso oauxilio de CrS 25 mil; Pontesobre o Pântano, da Arte eCultura, recebeu tambémCrS 25 mil como Hoje souUm e Amanhã Outro e ORetábulo de Maravilhas, daLeste Produções; O Estra-nho, da Dlno Promoções Ar-tisticas; Oh. Que BelosDias, de Fernando Torres.

Sérgio Brito, com Fim deJogo. recebeu CrS 23 mil; aElenco, com A Ratoeira eCasali Pro •uçôcs. com APreguiça, receberam cadaumCrS 15 mil; Vera Ollvel-ra com Artimanhas de Es-carpino e Rlnez Produçõescom A Teia de Aranha,CrS 10 mil cada; O Tabla-do. com Os Embrulhos, ga-nhou CrS 1 mil.

O Teatro Ipanema, pelapeça As Moças recebeu 29rnii cruzeiros, enquanto aCia. Brasileira de Diversões,com Promessas e Promessasficou com CrS 30 mil e RuteEscobar, com O Cemitériode Automóveis, com CrS 50mil.

AS QUEIXAS

O Diretor do Departa-mento de Cultura. Sr. VI-

cente Barreto, Informou quetodas as companhias que seapresentaram neste semes-tre tentaram obter o auxl-Uo, distribuído de acordocom os critérios aprovadospelo Conselho Estadual deCultura.

— Dessa maneira — dls.secie — o menor auxilio é da-do às peças comerciais, quetêm público certo, enquan-to nós beneficiamos maisaqueles que apresentam pc-ças de vanguarda que, mui-tas vezes, não têm boa bl-lheterla.

Embora o critério de cs-colha dos grupos teatraisque ganham a subvençãotenha sido alterado do 1.»para o 2.° semestre, aindahà pontos que são criticadospelos empresários, que sesentam prejudicados. O Se-cretário Vieira de Melo.afirmando que "está naidade dc dar bons conselhospor náo ter mais condiçõesde dar maus exemplos",disse que espera as criticasconstrutivas e a colabora-ção de todos para com o Es-tado.

_ o Conselho Estadualde Cultura — disse èle —demonstrou que pode exe-cutar esta tarefa sem ne-nhum Impedimento buro-crátlco.

Kio pode Ut cm 72encontro de teatro

O Rio poderá assistir em1972 a m encontro Interna-cional de teatro, com a par-tlclpação de autores e com-panhlas de teatro clássico,de vanguarda e contempo-rãneo, caso não sofram al-teração os planos do diretordo Departamento de Cultu-ra da Secretaria de Educa-;ão. Sr. Vicente Barreto.

O encontro deverá ser dc15 dias, com a participaçãode Grotowsky, Plauchau,

Svoboda e outros. Serãoapresentadas peças Inéditasou não, para

"uma aprecia-ção do que se faz em teatrono mundo", sem qualquerpreocupação com prêmiosou medalhas, segundo In-formou o Sr. Vicente Barre-to. Além de companhias In-tcrnaclonals serão apresen-tadas peças por grupos bra-slleiros que tenham condi-ções dc encenar tanto tea-tro clássico como de van-guarda.

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JORNAL DO BRASIL |/j Terça-feira, 29/12/70 G 1-° CadernoAMÉRICA LATINA 11

Advogadosargentinosprotestam

Buenos Aires (UPI-AP-AFP-Latln—JB) — A Asso-clação de Advogados da ca-pitai argentina deflagrouontem um movimento deprotesto de todos os seusassociados contra a prisãodo advogado Nestor Martinsc seu cliente Nlldo CentenoDclgadillo, realizando umaconcentração em frente aoPalácio da Justiça e parall-sando as atividades de to-dos os escritórios de advo-cacla de Buenos Aires.

Os manifestantes acuso-rom o Governo de ter detl-do Ilegalmente ao advogadoc seu cliente na tarde doultimo dia dia 10, conduzln-do-o para um local desço-nhecldo, sem que até agoratenham surgido Informa-ções sobre o destino dc am-bos. A Polícia Federal ne-gou qualquer responsablll-dade no incidente.

Nestor Martins especiali-zou-se na defesa de terro-rlstas acusados dc perten-ecrem a organizações ex-trcmlstas tendo tambémservido como defensor Ju-ridico dc diversas entidadessindicais orientadas por pe-ronlstas radicais. Os advo-j;ados que se concentraramcm frente ao Palácio daJustiça acusaram a organl-zação direitista Alía-66 deter seqüestrado os dois de-saparecidos, contando coma ajuda do Governo.

Uruguaidinamizacomércio

Montevidéu HJPl-Latln-jBn — o Presidente Pa-checo Areco assinou ontemum decreto prevendo a dl-nainização do comércio ex-terlor do Uruguai c modlfi-cações nas representaçõesdiplomáticas c comerciaisdo pais.

O decreto prevê ainda arealização dc estudos sôbrco comércio internacional vi-sando a descoberta de no-vos mercados compradorespara o Uruguai bem como aampliação dos já existentes.A medida visa reduzir o.sproblemas resultantes daqueda dc exportações c o.sdesequilíbrios na balançade pagamentos externos doUruguai.

Chile processa fazendeiros

que reagiram às ocupações

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Santiago iUPI-AP-APP-Latln-JB) — O Governo chileno decidiuontem enquadrar na Lei dc Segu-rança Nacional 10 fazendeiras de-tidos no fim da semana passadadepois de terem desalojado a roja-das de metralhadora um grupo deindlos c trabalhadores rurais queocupavam diversas fazendas noProvíncia de Cautln.

A medida governamental foitomada após uma advertência doMinistro do Interior, José Toha,contra atos de violência em fazen-das no Sul do Chile e de uma lnes-perada visita do Presidente Salva-dor Allende à cidade de Temuco, naProvíncia de Cautln, na semanapassada. Os incidentes ocorridoscriaram um clima dc tensão, lio-vendo expectativa da repetição cienovos choques.

AMEAÇAS

A Confederação Nacional dcTrabalhadores Ruruis do Chile,Ronqull, pediu que seus associadospermaneçam em estado de alerta,aguardando ordens dc mobilizaçãoImediata, depois de uma reuniãodc delegados provinciais dc todo opais, onde foram analisados osacontecimentos dc Cautln. A enti-dade exigiu que o juiz e os advo-gados designados pele Governo pa-ra investigar os fatos, divulguemsuas conclusões imediatamente.

Os choques entre fazendeiros cassalariados rurais ocorreram pou-co antes do Natal no localidade deCarhue, na Província de Oxutln,auando um grupo de aproximada-mente 20 fazendeiros desalojarama tires os Invasores da proprleda-de de Juan Landanetche. Duranteo tiroteio ficaram feridos três in-dlos mapuches e dois trabalhado-res. enquanto que do lado dos pro-prletárlos, ocorreu três baixas.

APREENSÕES

A Invasão de terras foi organi-zada por trabalhadores rurais Jun-tamente com índios semlcivlllza-dos da tribo Mapuches que reivin-cllcam a posse dc inúmeras fazen-dos, alegando que elas pertencerama seus antepassados c foram Ilegal-mente ocupadas por fazendeiros hávárias décadas. Os Mapuches man-tém uma tradicional hostilidade aoGoverno, desde a época colonial noChile.

O intendente de Cautln, Gos-ton Lobos. Informou ontem queapás uma série dc batidas policiaisem tozendas da região foi apreen-dida grande quantidade de armasadquiridas ilegalmente. Um grupode advogados indicados pelo Govêr-no também percorre a região usan-do um helicóptero a fim de realizarum levantamento de urgência das

terras desocupadas ou com prcprle-dode contestada, a fim de tentaruma solução do lttiglo entre fazen-dclros o trabalhadores rurais.

Durante sua visita a Cautln,Allende pediu que as indlos c tra-balhadores rurais não Invadissemmais terras alheias, ao mesmo tem-po cm que prometeu solucionar ocnso das propriedades já ocupadas.Èle advertiu no entanto que a "au-toridade do Governo popular nãoserá mais exercida com uma pon-deraçáo fechada e falsa, mas simdura e correta, levando em contabasicamente a realidade social dopais."

A NOVA ORDEM

A partir do dia 1.° todas osemissoras de rádio e TV do Chileterão que dedicar obrlgatorlamen-te 25% dc sua programação a mú-slcas chilenos de qualquer nature-zo c 15% de míislca folclórica na-cional.

A decisão anunciada ontempelo Secretário dc Governo JaimeSuares proibe também a reprodu-çáo e apresentação de aminclos pu-bllcltárlos gravados ou produzidosno exterior, em rádios e emissorasde TV do Chile. A medida atendea reclamações do sindicato de ató-res e locutores, que exigiram hátempos melhores condições de tra-balho.

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tor francês Regis Debray recebeuontem um telegrama do Primeiro-Ministro cubano Fidel Castro noqual este afirma que a libertaçãodo intelectual "é uma vitória dasidéias revolucionárias, dc ErnestoChe Guevara c de todos os movi-mentos revolucionários da AméricaLatina."

O dirigente comunista dissetambém no telegrama a Debray que••air.cla falta muita coisa a fa?cr

para que o continente se liberte desuas dependências externas, mas odia da vitória está cada vez mai.spróximo." Acrescentou que emCuba. "trabalha-se duramentefiente às grandes dificuldades pa-ra que a revolução desempenhe seupapel, através de um longo ca-mlnho."

Os Partidos esquerdistas chlle-nos esquivaram-se ontem de co-mentários c negaram informações

mais precisas sóbre a realização deum comício dia 1.° de janeiro, emhomenagem ao 12.° aniversário darevolução cubana.

Também não houve confirma-çáo sobre as noticias de que RegisDebray faria um discurso analisou-do a vitória de Allende no Chile.O escritor francês foi há dias li-bertado e expulso da Bolívia apóscumprir três anos de uma pena dc30, a que foi condenado por parti-clpar das guerrilhas de 1907.

PDC impõe condições a AllendeSantiago iLattn-JB' — Os In-

tegrantes das bancadas do PartidoDemocrata Cristão na Câmara c noSenado do Chile pediram ontemque o Presidente Salvador Allenderetire as cláusulas dc financiamen-to da Central Única de Trabalha-dores do projeto sobre aumentogeral dc salários, como condiçãopara que esta última medida sejaaprovada imediatamente.

O projeto concedendo uni au-mento treral dc salários para todosos trabalhadores chilenos, num

percentual de 35%, equivalente àalta do custo de vida neste ano, te-vc sua tramitação retardada noCongresso devido à oposição dos de-mocratas-cristáo à abertura decréditos no volor de USS 6 milhõesiCrS 30 milhões i à Central únicade Trabalhadores Chilenos iCUTi.

ATRASO

Os parlamentares democratas-cristãos pediram também o des-membramento dc uma cláusula rc-

lativa à modificação cio ComissãoCentral de Remunerações, a qualo Governo pretende ampliar tan-to em número, com a inclusão dcmais delegados sindicais, como emfunções. O projeto de lei sobre au-mentos salariais encontra-se nnCongresso chileno há quase 15 dias,.sem que até agora tenha sido ao..-.sivcl a sua aprovação devido a dc-.sacordos entre representantes doPDC c da coalizão esquerdista nopoder. Unidade Popular. ¦

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Montevidéu (UPl-Latln-JB)) — O Presidente Pa-checo Areco assinou ontemum decreto prevendo a dl-namlzação do comércio ex-terior do Uruguai e modifi-cações nas representaçõesdiplomáticas e comerciaisdo pais.

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Washington (UPI - JBi O professor Alfred Stc-

pan. da cadeira de CiênciasPolíticas da Universidadede Yale, afirmou que "a èn-fase dada pelos EstadosUnidos ao treinamento an-ti-subversivo na AméricaLatina pode ler contribuídopara fomentar muitos dosgolpes de Estado registradosna região na década quetermina."

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Santiago (UPI-AP-APP-Latln-JB) — O Governo chileno decidiuontem enquadrar na Lei de Segu-rança Nacional 10 fazendeiros de-tidos no fim da semana passadadepois de terem desalojado a raja-das dc metralhadora um grupo deíndios e trabalhadores rurais queocupavam diversos fazendas naProvíncia de Caütln.

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Durante sua visita a Cautln,Allende pediu que os índios e tra-balhadores rurais não Invadissemmais terras alheias, ao mesmo tem-po em que prometeu solucionar ocoso das propriedades Já ocupadas.Élo odvertlu no entanto que o "au-torldade do Governo popular nãoserá mais exercido com uma pon-deração fechada e falsa, mas simdura e correto, levando em contabàsloamente a realidade social dopais."A NOVA ORDEM

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Também não houve confirma-ção sobre as noticias de que ReglsDebray íaria um discurso analisai.-do a vitória de Allende no Chile.O escritor francês foi há dias 11-bertado e expulso da Bolivia apóscumprir três anos de uma pena dc30, a que foi condenado por parti-clpar das guerrilhas de 1907.

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ATRASO

Os parlamentares democratas-cristãos pediram também o des-membramento de uma cláusula re-

latlva à modificação cia Coml.-S&oCentral de Remunerações, a qualo Oovèrno pretende ampliar tan-to em número, com a inclusão demais delegados sindicais, como emfunções. O projeto de lei sóbre au-mentos salariais encontra-se noCongresso chileno há quase 15 dias,sem que até agora tenha sido pos-sivel a sua aprovação devido o de-sacordos entre representantes doPDC e da coalizão esquerdista nopoder, Unidade Popular.

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12 - INTERNACIONALJORNAL DO BRASIL \~] Têrça-felra, 29/12/70 _1l Cfldern0

Boeing-727 explode nas ilhas VirgensRltlH.folo Af

Charlotlc Amallc, Ilhas Vir-Bons tUPI-AP-APP-JB) — UmBoeing-727 da Trans CarltibeanAirway, com 53 pessoas a bordo,explodiu e Ineendlou-se ontem aodescer no Aeroporto Harry S. Tni-man, desta cidade. As autoridadesdisseram que ainda nao calcularamo número de vitimas.

Até o momento, os bombeirosrecolheram dois corpos do melo dasferragens do avlào. O HospitalKnud Hansen revelou que 41 pes-soas íoram internadas em conse-quência do desastre. A Trans Ca-rlbbean Airways confirmou que ossete tripulantes estão entre os so-brevlventes.

O trirreator, depois de pousarcontinuou desenvolvendo alta velo-cidade, ultrapassou o fim da pis-ta, destruiu uma cerca e foi cho-car-se contra uma colina. Os tan-quês de combustível explodiram ecomeçou o Incêndio.

José Blanco, piloto da empresapòrto-rlquenha Prlnalr testemu-nhou o acidente: "Eu pousava Ime-dlatamente depois do Boeing-727quando notei que repentinamentea asa direita dobrava. O avião deuuma guinada violenta c foi em di-recuo à colina próxima, partindo-se em dois e explodindo em cha-mas. As portas se abriram e apare-

ceram a.s rampas de emergência,mas foi tudo quanto pude ver."

PERCURSOO aparelho, que cumpria o vóo

105 da Trans Ca.*lbbean Airways,deixou Nova Iorque às llh33m (ho-ia brasileirai. depois de escalar cmSt. Thomas, seguiria para St. Crolx,outra das ilhas Virgens. O vóo 105deveria encerrar-se cm CharlotteAmalie às 15h42m (hora brasileira).

O Aeroporto Harry S. Trumanfica a cinco quilômetros de Char-lotte Amalie, no litoral Sul da Ilha.Raramente o aeroporto é usado porJatos grandes devido a pouca cx-tensão da pista. No ano passado,um DC-0 da Crlbalr ultrapassoutambém a pista ao descer.

BANCO DO ESTADO DA BAHIA S. A. IOSalvador - Bahia \gj |

Sociedade de Capital Aberto - 10.512 Acionistas

BALANCETE GERAL REALIZADO EM 04 DE DEZEMBRO DE 1970

ATIVO

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DUfONIVil •••

MAUZAVIl

fcrrpréitimci: #- r- ..... 144.399.702.74Dl Reeurics tivtnos • , 223.999.668.61 368 399.371.36Di Repiists

Depóliloi á Ordem do Bmctnlril •_ 4.749.535,40Em tusítle Í.J76.273.64 10.325.809,04

lm Tiluloi •

.._,,_ ,, 119.675,26Intóviii Náo Oisiinidos ». Uso 5 883.591,16Adimt9 i/Coniritos dl C»mbio 2.'03.64582D»vi. oi Crédilo» Ho. no Exterior • 7.753.416,55Corresp no E»t. «m Wostdn Eitnng ' 124.122.145,29D«p»rt9» ¦ Corresp. no P»n 89.994,28V»l6t»s «m Moedii Estrinfltlrn '.','.... 17.524.284,37Outnt Contn

IMOBILIZADO

Imúv.ii dt Uso. Retvtln.lo • Imóveii em Conilruçio ••_ \ I06'.326!llOuir»i lmoblli:«6ei -

«SUITADO MNDINTC •"• ;."';

COMPENSAÇÃO

11.579.030,10 Habitantes de Veneza caminham sobre tábuas improvisadas em pontes em frente à Catedralde S. Marcos, depois que a cidade foi atingida por uma das mais fortes mares dos últimos anos

536 621.933,13

13.320.632,76

16.160.079,32

204.771.888,79"782.453.664,10

PASSIVO

NAO EXIOIVEI9 coo.oco.co

Capital 6.00O.0O0.COAumento d- ClpleS 1.018.558,26Correjio Mon-l-ri» do Ativo •••' 12 940.657,32• . u1 .'•* t Futioos »?••• __-_._———

EX.CIVEl

Depósitos: 123.405.763.03A Vssia 931.766.59 124 337.529,62A Puro

Ordem d» Pigimento • Cobr»nC« Eleluid. em Tr.niilo 6.045.098,62

,.._.... 1.586.808.50Raltr.tnciin.ento rINAML gj 595 02Rcfininciimenio HPEMí ".'.'.'.'.'.'.'.'.'. l.sooloooicoRelinmulmento fUNDtCL 7 <4J ^qj (tRelimnclimenio FUNAGRI 50506 29779 61.423.303,45N.N.H. - FINANóA

RelininciBmcnto t*te/no

Op.n.Sei d» Rei. 63 Bmcemnl .lolllil 17370 162 576.365.17Cpori.óes d» lei 4,131

6.529.206,58Corriso. no Exterior em Mocd»i Cilnng.ir»! 1J4.291.055,24Depirl9s f Ccrrcsp. no Pm " !!"!!"""'. 21 199.0B9.09Oi tnt Contai

RESULTADO PENDENTE

COMPENSAÇÃO

28 959 215,58

526 404.647,77

22 317.911,96

204.771.888,79"7827453.664.10

Hilton Joii Mirquil Ro-ri.ullPreildent»

Miri» linhlrn NouDiretor

Silvidor-Bi., 21 d» deiembro dr 1970

luli Aisliisl» Sind» d» OliveiraDlrvior Suptrlntendenti

PiricUi Mídurdr» d» PinhaDiretor

Edgir ChivnDiretor

CONSELHO FISCAL:

lilivildo A. da BrittaDir p.Assuntei Inlernicioniil

Joiquim Tiófil» da Olivair»Sandavil llilia da Silva

Edmar da SounDiretor

Cindida Ribllla Dorl.tContador Gerll - CRC.Bl. 402

Viciar GridinWillir Criiplm d» Silva

Petroleirose parte noAtlântico

Nova Iorque 'AP-UPI-JBi — Trinta c um dos 37tripulantes do navlo-tnnquefinlandês Ragnt/ foram sal-vos ontem por um barco-patrulha norte-americano,depois cie passarem toda anoite sóbre a popa de suaembarcarão que se partiraem dois em pleno oceanoAtlântico, a mil quilômetrosdo Cabo May.

Os outros seis tripulantes,inclusive o comandante, oengcnhciro-chcfe e o pri-mclro-maqulsta. estar 1 a mna proa, que continuava aflutuar, mas que se perde- •ra dr '. ista cm conseqüênciada tempestade que se abatesóbre o local.OUTRO NAUFRÁGIO

Elizabcth City, Carolinudo Norte I AP-JB i — O Ser-viço de Guarda-Costas do.sEstados Unidos informouque o navio-tanque pana-menho Chryssie está afun-dando a 400 quilômetros aSudoeste das Bermudas.

laie só demulheres sumiu

São Francisco <AP-JB > —O Serviço de Guarda-Cos-tas dos Estados Unidos de-slstiu das buscas ao late co-mandado por Lee Qulnn,famoso por navegar comtripulação exclusivamentefeminina e que desapareceuno Pacífico Norte. Quinnencontrava-se a bordo comtrês mulheres fazendo umaviagem de Aburatsubo, noJapão, a Vancouver, no Ca-nada.

Neve prejudica tráfego em

quase todo o Sul da EuropaLondres (AP-UPI-JB» —

As tempestades que se aba-teram ontem sóbre o Sul daEuropa fizeram naufragarum carguoiro grego em Ná-polcs. bloquearam centenasde veículos nas rodovias daFrança c da Espanha, e In-terromperam quase total-mente o tráfego aéreo, fer-roviário c rodoviário daGrã-Bretanha.

Milhares de trabalhado-res e funcionários britani-cos tiveram que ficar cmsuas casas em conscquèii-cia da neve e do gelo quetornaram intransitáveis a.srodovias. As estradas de fer-ro foram afetadas em con-seqüência da falta de seusoperários c empregados.

No porto de Nápoles, o

cargueiro grego Tropeo/cros,de 1 100 toneladas, afun-dou depois de ser lançadocontra o cais. Não houve vi-timos, uma vez que a trlpu-lação já havia deixado obarco. O saldo de acidentesnas estradas italianas co-bertas de gelo elevou-se pa-ra 6 mil desde o Inicio dasfestividades do fim de ano.

Na Espanha, mais de 400automóveis ficaram retidosnela neve nos arredores deBarcelona, o que obrigou aosseus ocupantes a pernoita-rem nos bares e cafés. Qua-se toda a Espanha está so-.rondo os rigores do frio,enquanto a neve cobre asProvíncias de Alicantc eCastellon, no Leste, onde a.stemperaturas costumam ser

25 graus centígrados, cmdezembro.

FRANÇA

Uma tormenta Incspera-da fêz a neve subir melometro no vale do Rodano,ao Sul de Lyon, na França.Soldados foram enviadospara retirar centenas depessoas obrigadas a passara noite cm seus carros. Ostrens de Paris chegaram aMarselha com mais de novehoras de atraso.

Na Suiça, a neve íoi re-ccblda'com alegria pelos es-quladores, c no centro daIugoslávia tuna ligeira ele-vaçào da temperatura aju-dou a derreter a neve quecaia.

Chuvas matam 10 na MalásiaKuala Lumpur 'UPI-JB»

— As chuvas das monçõescontinuam alagando a cos-ta Leste da Malásia Oci-dental onde pelo menos 10pessoas morreram cm con-.seqüência das inundações,quedas de barreiras e fortesressacas.

Os fortes ventos viraramuma embarcação que con-dir/.ia 10 pessoas. Sete ca-dáveres foram recolhidosno naufrágio ocorrido cmfrente a Tumpat. a 500 qui-lómetros ao Norte de Kua-Ia Lumpur.

Vários bairros de KhotaBhatüi perto da fronteira

com a Tailândia, estão sobum metro e meio de água.Todas as rodovias da re-giâo estão Interditadas.

Informou-se que a preci-pltaçlo pluviométrica nasúltimas 48 horas na regiãode Kuantan, a 250 km aNordeste de Kuala Lumpur,foi de 300 milímetros.

Vendaval atinge cidade uruguaiaTrinta e Tres, Uruguai,

Bahia B lane a, Argentina(UPI-JB) — Com ventos so-prando a mais de 100 quilo-metros por hora. um fura-cão açoitou a cidade uru-guaia de Trinta e Três, a271 km ao Norte de Monte-

vidéu c provocou danos novalor de 750 mil pesos (CrS15 mil). Apenas duas pes-soas saíram ligeiramenteferidas.

Nas Províncias argenti-nas de Buenos Aires e Rio

Negro, a.s chuvas ajudarama extinguir o incêndio quearrasou centenas de hecta-res de terra, e que vinhasendo combatido desde sex-ta-felra passada por milha-res de voluntários, policiaise forças do Exército.

Ridi-t-lo UPI

COSTAS LARGASgraças aos Agentes de Viagem,

Em 1970, a Lufthansa transportou número recorde de

passageiros para a Europa; introduziu o primeiro Boeing 707

para transporte exclusivo de carga na rola Brasil-Europa-Brasil (em cooperação com a Varig); vendeu a centenas debrasileiros passagens para seu Jumbo 747 (a Lufthansa íoi a

primeira companhia européia a voar com eles); ampliouainda mais seu Lufthansa Educatours - o maior sucesso emviagens para jovens do Brasil.

Na verdade, a Lufthansa fêz tudo isso,.investiu lan to -

e alcançou tal sucesso - porque tem "costas largas": elaconta com o patrocínio de toda a exigente e operosa redede Agentes de Viagem lATA do Brasil. Tanto quanto a própriaLufthansa, eles são responsáveis pelo acentuado crescimen -

to da companhia em 1970.

Agora - início de 1971 - quando a Lufthansa prepara-separa investir, somente em aviões que servirão em breve ao

Brasil, 245 milhões de dólares, fora o que pretende investirha compra de computadores e na melhoria sempre crescentede seus serviços, é bom que você saiba:

Você usufrui toda a excelência desses serviços,c todas

as vantagens do dinheiro que a Lufthansa investe, procurandosempre seu Agente de Viagens IATA. Qualquer que seja arecomendação dele, êle age sempre como verdadeiro

guarda-costas de seu interesse cm viajar melhor, e sermelhor servido.

33.1 &SA BPSkT° ^1 L1Ifui. j_r" tI IF* jL^H m\M

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Lufthansai^^^MMU Mm^Ê^^^-- ^^^^^^.---f-_-¦*¦¦¦'¦-¦:¦:¦ r-Tv'-,:- ¦'•' '¦"¦ _^:- -'<___)__>

. __—_ __ ___

Janet, 15 anos. morta por estrangulamento

Soldado escocês é suspeitode ter assassinado jovemde 15 anos na Inglaterra

Londres (UPI-AP-JB) — Um soldado de 19anos membro da Guarda Escocesa, esta sendo pro-curado pela Scotland Yard para dar informaçõesoue possam esclarecer o assassinio de Janet Ste-vens de 15 anos, morta no dia de Natal quandose dirigia para a casa de sua avó levando uma sa-cola vermelha cheia de presentes.

Chapeuzlnho Vermelho — nome dado pela im-prensa londrina — foi encontrada morta num cam-po de tiro situado nas proximidades de saia casa. Ocorpo, coberto de neve, apresentava marcas de es-trangulamenlo mas, segundo a polícia, não se cons-tatou nenhum indício de violência sexual.

mas a polícia já encontrouo objeto utilizado para es-tiansular a menina.

Outras duas jovens foramassassinadas no último fimde semana, cm diferentesregiões da Inglaterra: Mar-garet Lynch, de 21 anos,em Liverpool, e Joan Con-noly, cie 23, em Ycrkshire.

BOA APARÊNCIA

Porta-voz cia ScotlandYard declarou que o solda-do escocês, de boa aparcn-cia. foi visto várias vezescom a vitima nos últimostrês meses. A neve que temca ido no Sul da Inglaterradificultou a busca de pistas,

/

12 - INTERNACIONALJORNAI DO BRASIL D Terça-feira, 29/12/70 Q 1.° Caderno

Radlofote AP

Boeing-727 explode nas ilhas Virgens n r::íit*M

Charlotte Amaltc, Ilhas Vir-gcns (UPI-AP-AFP-JB) — UmBoelng-727 da Trans CarlbbeanAlrway, com 53 pessoas a bordo,explodiu e lnccndlou-se ontem aodescer no Aeroporto Harry S. Trn-man, desta cidade. As autoridadesdisseram que ainda náo calcularamo número de vitimas.

Até o momento, os bombeirosrecolheram dois corpos do meio dosferragens do avião. O HospitalKnud Hansen revelou que 41 pes-soas foram internadas em conse-quêncla do desastre. A Trans Ca-ribbean Airways confirmou que ossete tripulantes estão entre os so-breviventes.

O trirreator, depois dc pousarcontinuou desenvolvendo alta velo-cidade, ultrapassou o fim da pis-ta, destruiu uma cerca e foi cho-car-se contra uma colina. Os tan-ques de combustível explodiram ecomeçou o incêndio.

José Blanco, piloto da empresaporto-riquenha Prlnalr testemu-nhou o acidente: "Eu pousava Ime-dlatamente depois do Boelng-727quando notei que repentinamentea asa direita dobrava. O avião deuuma guinada violenta e foi em dl-rcção à colina próxima, partindo-se em dois e-explodindo em cha-mas. As portas se ahriram e apare-

ceram as rampas de emergência,mas foi tudo quanto pude ver."

PERCURSOO aparelho, que cumpria o vóo

105 da Trans Carlbbean Airways,deixou Nova Iorque às llh33m (ho-ra brasileira), depois de escalar emSt. Thomas, seguiria para St. Crolx,outra das Ilhas Virgens. O vôo 105deveria encerrar-se em CharlotteAmalle às 15h42m (hora brasileira).

O Aeroporto Harry S. Trumanfica a cinco quilômetros de Char-lotte Amalle, no litoral Sul da Ilha.Raramente o aeroporto é usado porjatos grandes devido a pouca ex-tensão da pista. No ano passado,um DC-9 da Crlbalr ultrapassoutambém a pista ao descer.

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BALANCETE GERAL REALIZADO EM 04 DE DEZEMBRO DE 1970

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IMOIIIIZADO

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RISUITAOO PENDENTE

COMPENSAÇÃO

Imiveli em Cohitru(io

368 399.371,36

10.325.809.04

119.675,265.883.591.162.403.645,827.753.416,55

124.122.145,2989.994,28

17.524.284,37

8.214.3-6,655.106.326,11

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Habitantes de Veneza caminham sobre tábuas P^^jWf ZSL^^^Síde S. Marcos, depois que a cidade foi atingida por uma das mais fortes mai es dos últimos anos

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NAO EXIOIVEI

Capital Aumento do Cepit.. .Correção Monstin*huervat t Fundei .

EX.CIVEl

Dcnójiio»!A ViiU ., ..A Praro . . •

do Ativo

123 405.763,03931766,59

Ordem da Paoamenio a Cobi.nça Eleiu-d» em 1ran»ilo

Pelinanciamenio FINAME Relinèfictímenio flPEMERelinanciam-nto FUNDECE Rclinanciamcnio FUNAGRI N.N.H. - FINANSA

Rcfinânclímcnlo Externo

Operaçõei da Re». 63 BanccntralCi!_r.;c-'i da lei 4.131

1.586.808.5087.595,02

I.800.000.CO7.442.602.14

50.506.297.79

32.423.191.47130.153.173,70

Correm, no Exterior em Mondai Eitrangelrai*Depar»°i e Ccrrcip. no Pau ¦Oulrai Conta»

9.000.000.»6.000.000,00I 018.553.26

12 940.657,32

124 337 529.62

6 045.098.62

61.423 303,45

162.576365,17

6.529.206,58144.294.055,2421.199.089.09

28.959 215.58

RESULTADO PENDENTE

COMPENSAÇÃO

Hillen ieii Marquei RodrigueiPresidenta

526.404.647,77

22.317.911,96

204.771.888,79_782r4M.664,lÕ

Marie Unharei NouDiretor

CONSELHO PISCAI:

Salvador.Ba., 21 de darembro da 1970

luii Antônio Sande de OliveiraDiretor Superintendente

Pjrielei Madureira de PinhoDiretor

lelivaldo A. de BriltoDir. p/Anunloi Iniornecionau

Edgar Cheve»Diretor

Idmar de SouiaDiretor

Cândido Raball» DorlaiContador Geral - CRC.B». 402

Joaquim Teófllo de OliveiraSandoval leitão de Silva

Viciar OradlnWalter Criipim da Silva

Petroleirose parte noAtlântico

Nova Iorque (AP-UPI-jbi — Trinta e um dos 37tripulantes do navio-tanquefinlandês Ragny foram sal-vos ontem por um barco-patrulha norte-americano,depois de passarem toda anoite sobre a popa de suaembarcação que se partiraem dois em pleno oceanoAtlântico, a mil quilômetrosdo Cabo May.

Os outros seis tripulantes,inclusive o comandante, ocngcnhelro-chefe e o pri-metro-maquista, estar i a tnna proa. que continuava aflutuar, mas que se perde-ra dc vista em conseqüênciada tempestade que se abatesóbre o local.OUTRO NAUFRÁGIO

Elizabeth City. Carolinado Sorte lAP-JB» — O Ser-viço de Guarda-Costas do.sEstados Unidos informouque o navlo-tanque pana-menho Chryssie está afun-dando a 400 quilômetros aSudoeste das Bermudas.

lote só demulheres sumiu

São Francisco (AP-JB) —O Serviço de Guarda-Cos-tas dos Estados Unidos de-slstlu das buscas ao late co-mandado por Lee Quinn,famoso por navegar comtripulação exclusivamentefeminina e que desapareceuno Pacifico Norte. Quirinencontrava-se a bordo comtrês mulheres fazendo umaviagem de Aburatsubo, noJapão, a Vancouver, no Ca-nada.

Neve prejudica tráfego em

quase-todo o Sul da Europa¦B* . --<„.-... ._ arnus epnticrados. emLondres (AP-UPI-JB) —

As tempestades que se aba-teram ontem sobre o Sul daEuropa fizeram naufragarum cargueiro grego cm Ná-poles, bloquearam centenas.de veículos nas rodovias daFrança e da Espanha, e In-terromperam quase total-mente o tráfego aéreo, fer-roviárlo e rodoviário daGrã-Bretanha.

Milhares de trabalhado-res e funcionários brltani-Cos tiveram que ficar cmsuas casas em consequen-cia da neve e do gelo quetornaram intransitáveis asrodovias. As estradas de fer-ro foram afetadas em con-seqüência da falta de seusoperários e empregados.

No porto dc Nápoles, o

cargueiro grego Tropeo/eros,de 1 100 toneladas, afun-dou depois de ser lançadocontra o cais. Não houve vi-tlmas, uma vez que a trlpu-lação já havia deixado obarco. O saldo de acidentesnas estradas italianas co-bertas de gelo elevou-se pa-ra 8 mil desde o Inicio dasfestividades de fim de ano.

Na Espanha, mais de 400automóveis ficaram retidospela neve nos arredores dcBarcelona, o que obrigou aosseus ocupantes a pernoita-rem nos bares e cafés. Qua-se toda a Espanha está so-frendo os rigores do frio.enquanto a neve cobre asProvíncias de Alicante eCastellon, no Leste, onde a.stemperaturas costumam ser

25 graus centígrados,dezembro.

FRANÇA

Uma tormenta lnespera-da féz a neve subir melometro no vale do Rodano,ao Sul dc Lyon, na França.Soldados foram enviadospara retirar centenas depessoas obrigadas a passara noite em seus carros. Ostrens de Paris chegaram aMarselha com mais de novehoras de atraso.

Na Suiça, a neve foi re-cebida com alegria pelos es-quladores, e no centro daIugoslávia uma ligeira cie-vaçao da temperatura aju-dou a derreter a neve quecaia.

Chuvas matam 10 na MalásiaKuala Lumpur (UPI-JB)

— As chuvas das monçõescontinuam alagando a cos-ta Leste da Malásia Oci-dental onde pelo menos 10pessoas morreram em con-seqüência das inundações,quedas de barreiras e fortesressacas.

Os fortes ventos viraramuma embarcação que con-dúzia 10 pessoas. Sete ca-dáveres foram recolhidosno naufrágio ocorrido emfrente a Tumpat, a 500 qui-lômetros ao Norte de Kua-Ia Lumpur.

Vários bairros de KhotaBharu, perto da fronteira

com a Tailândia, estão sobum metro e melo de água.Todas as rodovias da re-glão estão interditadas.

Informou-se que a precl-pitação pluviométrica nasúltimas 48 horas na regiãode Kuantan, a 250 km aNordeste de Kuala Lumpur,foi de 300 milímetros.

Vendaval atinge cidade uruguaiaTrinta c Três, Uruguai,

Bahia Blanc a, Argentina(UPI-JB) — Com ventos so-prando a mais de 100 quilo-metros por hora, um fura-cão açoitou a cidade uru-guaia de Trinta e Três, a271 km ao Norte de Monte-

vldéu e provocou danos novalor de 750 mil pesos (CrS15 mil». Apenas duas pes-soas saíram ligeiramenteferidas.

Nas Províncias argenti-nas de Buenos Aires e Rio

Negro, as chuvas ajudarama extinguir o incêndio quearrasou centenas de hecta-res de terra, e que vinhasendo combatido desde sex-ta-íeira passada por milha-res de voluntários, policiaise forças do Exército.

Radiololo UPI

COSTAS LARGASgraças aos Agentes de Viagem.

Em 1970, a Lufthansa transportou número recorde de

passageiros para a Europa; introduziu o primeiro Boeing 707

para transporte exclusivo de carga na rota Brasil-Europa-Brasil (em cooperação coma Varig); vendeu a centenas cie

brasileiros passagens para seu Jumbo 747 (a Lufthansa foi a

primeira companhia européia a voar com eles); ampliou

ainda mais seu Lufthansa Educatours - o maior sucesso em

viagens para jovens do Brasil.Na verdade, a Lufthansa fêz tudo isso, investiu tanto -

e alcançou tal sucesso - porque tem "costas largas": éa

conta com o patrocínio de toda a exigente e operosa rede

de Agentes de Viagem IATA do Brasil. Tanto quanto a própriaLufthansa, eles são responsáveis pelo acentuado crescimen -

to da companhia em 1970.

Agora - início de 1971 - quando a Lufthansa prepara-se

para investir, somente em aviões que servirãofem,brfnvveíl^r

Brasil, 245 milhões de dólares, fora o. que pretende mves ir

na compra de computadores e na melhoria sempre crescente

de seus serviços, é bom que você saiba:Você usufrui toda a excelência desses serviços, e iodas

as vantagens do dinheiro que a Lufthansa investe, procurandosempre seu Agente de Viagens IATA. Qualquer que seja a

recomendação dele, êle age sempre como verdadeiro

guarda-costas de seu interesse em viajar melhor, e ser

melhor servido. ...

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Janet, 15 anos, morta por estrangulamento

Soldado escocês é suspeitode ter assassinado jovemde 15 anos na Inglaterra

Londres (UPI-AP-JB) — "Um soldado de 19anos, membro da Guarda Escocesa, esta sendo pro-curado pela Scotland Yard para dar informaçõesque possam esclarecer o assassmio de Janet Ste-vens, de 15 anos, morta no dia de Natal quandose dirigia para a casa de sua avo levando uma sa-cola vermelha cheia de presentes.

Chapcuzinho Vermelho — nome dado pela ira-prensa londrina — íoi encontrada morta num cam-no de tiro situado nas proximidades de sua casa. ucorpo, coberto de neve, apresentava marcijs de es-trangulamento mas, segundo a policia, nao se cons-tatou nenhum indício de violência sexual.

BOA APARÊNCIA

Porta-voz da ScotlandYaa-d declarou que o solda-do escocês, de boa aparên-cia, foi visto várias yézescom a vítima nos últimostrês meses. A neve que temcaído no Sul da Inglaterradificultou a busca de pistas,

mas a polícia Já encontrouo objeto utilizado para.es-trangular a menina.

Outras duas jovens foramassassinadas no último fimde semana, em diferentesregiões da Inglaterra: Mar-garet Lynch, dr 21 anos,cm lilvèrpool, e Joan Con-n:'y. de 23, em Ycri.-.hire.

JORNAL DO BRASIL y lôrça-feira, 29/12//0 Q 1.° Caderno - 13

Negrão recebe diploma eplaca em festa da Cedaga funcionários dedicados

Sem paletó e exibindo largos suspensórios, !a-mentando o calor que não lhe deixa "beber menoságua", o Governador Negrão de Lima foi ontem ho-menageado no almoço anual que a Cedag promo-ve para premiar seus funcionários mais dedicadoscom uma placa de prata e um diploma de bons ser-viços.

O presidente da Cedag, engenheiro Ataulfo Cou-tinho, após elogios ao Governador, Informou que oconsumo de água aumentou multo, mas ainda nãohá íalta. Acrescentou que também não existe dis-ponibllidade, pois a água coletada dá apenas paraatender às necessidades atuais do abastecimento.

PM assumirá policiamento Montoro dis que mensagem ao povo Italmar opera

desde o ano 32ostensivo integral cio Rio àzero hora cie L° cie janeiro lhe deu o primeira lugar em S. Paulo

AGUA E CALOR

Apontando o GovernadorNegrão de Lima como umdos funcionários mais dc-dicados da empresa, "quedurante os últimos cincoanos deu o máximo de seuapoio à solução dos proble-mas de água da cidade", oengenheiro Ataulfo Couti-nho entregou-lhe uma pia-ca com os dlzercs: "Ao Go-vernador Negrão de Lima opreito da nossa reconheci-da gratidão pelo constantee decidido apoio recebidopela Cedag em seu Govêr-no; seu exemplo de homempúblico pertence ao patrl-111011:11 nacional do pais c cuma fonte de Inspiraçãopara os que se dedicam aoserviço da coletividade."

O Governador falou pou-co agradecendo: "Gostariade dizer palavras muito bo-nitas a todos da Cedag,mas o calor não deixa; gos-tarla de agradecer a todasas homenagens, mas o ca-Ior náo deixa; gostaria dedemorar um pouco mais,mas o calor náo deixa; deabraçar a todos, mas o ra-Ior nâo deixa."

— Mas o calor que podetanto — finalizou — náopoderá apagar a recorda-ção que guardarei da Ce-dag. que levou a cabo suastarefas, vencendo até aquitodas as batalhas.

INTERFERÊNCIAS

A cobertura politico-ad-ministrativa que a Cedagtem recebido do GovernadorNegrão de Lima — disse oengenheiro Ataulfo Couti-nho — representa um exem-

pio de vlsào elevada dequem, alçando à liderançamáxima do Estado, tem per-feita noção dos setores fun-damentals dos serviços deatendimento das necesslda-des coletivas.

Nestes quase cinco anoscm que a Cedag tem estadosob o comando de sua atualequipe dirigente — frisouainda o presidente da em-presa — a presença efeii-va do Governador, náo atra-vés de Interferências lmprO-prlas, mas de uma políticade estimulo e sustentação deum programa de trabalhodestinado à construção cconsolidação de uma moder-na empresa dc águas, surgecomo fator decisivo do êxl-to que sc possa registrar.

PROGRAMA A CUMPRIR

No próximo ano, segundoo presidente da Cedag, apreocupação dos técnicos daempresa estará voltada pa-ra "as Já conhecidas obrasde reparo da nova adutorado Guandu, principalmenteno Lote 2."

— Não temos mais dúvi-das quanto às soluções téc-nicas a serem adotadas. OLote 2, com os seus 13,5quilômetros de extensão, te-rá de ser isolado lnteiramen-te — trata-se de um túnelsob pressão — para que osreparos no conduto sejampossíveis.

Para as obras de recupe-ração — acrescentou — se-rão obtidos financiamentosdo Banco Interamericano deDesenvolvimento, no valorde USS 15 milhões (Cr$ 75milhões), "os quais deverãoestar sendo liberados a par-tir dos primeiros meses dopróximo ano."

A Polícia Militar assumirá, a partir de zero horado dia 1.° de janeiro, todo o policiamento ostensi-vo da cidade. Em ato assinado ontem, o Secretáriode Segurança determinou a extinção total dos cer-viços prestados pela Guarda Civil, em cumprimen-to a decreto-lei do Gc^rno federal.

Na Secretaria de Segurança, organiza-se umgrupo de trabalho para dar normas à nova estru-tura do Departamento de Ordem Política e Social,que deverá contar com .quadro próprio, com poli-ciais especializados e de maior capacidade inte-lectual.

ciai — jornalistas, advoga-dos, médicos — e até mes-mo para menores.

A cúpula do DOPS, entre-tanto — o seu diretor c aDelegacia de Ordem Politi-ca — continuará funcio-nando no prédio da PoliciaCentral, até sua mudançapara o prédio da AvenidaGomes Freire.

Em Benflca funcionará oInstituto de Criminalística,que se deslocará do prédioque ocupa na Rua SantaLuzia.

DOIS ATOS

O Secretário de Seguran-ça, General Luís de FrançaOliveira, assinou ontem doisatos regulamentando a dis-trlbulçào do material quepertenceu ã antiga GuardaCivil. Parte desse material— motocicletas e armas —passarão à Policia Militarque, a partir da zero horado dia 1.° de Janeiro, assu-mlrá todo o policiamentoostensivo da cidade.

O Serviço de Radlopatru-lha da Secretaria de Segu-rança, ainda que por poucotempo, será exercido porhomens da antiga Guarda,porque a Policia Militar ain-da não dispõe de um con-tlngente que possa atenderaquela unidade. Até que aPM assuma o seu controle,o Serviço dc Radtopatrulhaestará subordinado ao Cen-tro de Controle e Segu-rança.

ORGANOGRAMA

Segundo o novo organo-grama do DOPS, seus íutu-ros agentes deverão espe-clallzar-se em subversão,no combate direta ao inlml-go oculto, na técnica deguerrilha, em relações pú-bllcas e humanas.

O DOPS é constituído ho-je por um quadro móvel —poucos funcionários são es-távels — e isso, além de se-•:tiidas transferências, pre-Judlcava o bom entrosa-mento do seu pessoal c oandnmento de inúmeras di-ligênclas.

Em janeiro, como parteda reforma a que será sub-metido o DOPS carioca, o• órgão será transferido par-clalmente para Benfica, pa-ra o edificio que Já foi sededa Guarda Civil e perten-ceu à extinta Policia Espe-ciai. Para lá serão transfe-ridos os setores de Investi-gaçáo, de busca e apreen-são, de laboratório, além deinstalações apropriadas pa-ra receber presos políticosde ambos os sexos e presospolíticos de categoria espe-

Brasília (Sucursal) -- ODeputado Franco Montoro(MDB — São Paulo) atrl-buiu os 2 milhões de vo-tos que recebeu como candi-dato ao Senado, tornando-se o senador mais votadono pais, à mensagem e co-miinicaçâo estabelecida comos eleitores, principalmentepelo rádio e televisão.

Na mensagem, destacoutrês pontos: luta pela nor-mallzaçãv) da vida públicabrasileira; pelo desenvolvi-mento autenticamente na-cional, "contra as tendên-cias de desnacionalizaçãoda economia do pais"; c pe-Ia justiça social, "especial-mente pela justiça salarial,

pois o salário é melo peloqual o trabalhador particl-pa da riqueza nacional."DIALOGO

Disse o Deputado, cm en(revista ao programa A Vo»do Brasil, que os três pon-tos da mensagem foram ex-pllcados, debatidos e trans-mltldos à população paulls-ta, "através de um diálogoque procuramos estabelecerpor Intermédio dos grandesmeios de comunicação queos horários gratuitos de rá-dio o televisão colocaram ánossa disposição."

Considerou mais Impor-tante a televisão, que cobretodo o seu Estado:

— Nos programas doMDB. colocamos no estúdioda estação de televisão umtelefone, aberto à comunl-cação de todo o Estado, re-cebendó, em .seguida, telefo-nenias dn tóda.s as suas rc-rIõps. Até dc Minas Gerais,Mato Grosso e Paraná che-gBvam perguntas .sobre pro-blenius de Interesse da po-pulação.

Explicou que "achávamosque a forma de colaborarpara a normalização da vi-da pública brasileira seriarealizar, na campanha elel-toral, uma verdadeira cam-panha de educação politi-ca."

Leitãovolta aBrasília

Brasília (Sucursal) — OChefe da Casa Civil da Pre-sidència da República, Sr.Leitão de Abreu, reassumehoje o seu cargo, depois deuma ausência de mais de 20dias. quando esteve em Por-to Alegre, Internado no Hos-pitai Moinhos do Vento, on-de foi operado dc vesicula.

O Sr. Leitão de Abreu so-freu uma crise vesicular nodia 8 de dezembro, quandofoi Internado no HospitalDistrital e depois removidopara Porto Alegre.

Petrópoliscaça falsosfiscais

Niterói (Sucursal) — APatrulha Rodoviária fechouontem as barreiras de Pe-trópolls para facilitar a ca-ça a dois Indivíduos quevêm operando no municípiocomo fiscais da Eletrobrás,arrecadando contas de luz.

Os dois indivíduos, queforam denunciados pelapopulação atuavam alegan-do estarem cumprindo oArt. 4 da Lei 4 156 que fa-culta a troca de contas deluz, Já pagas, por Obriga-ções do Tesouro, arrecada-vam, como fiscais da Ele-trobrás, contas de luz sendoque da firma Plastlmacconseguiram arrecadar aimportância de Cr$ 2 mi-lhões, no mês de agosto.

FUGADesde o Início do ano que

a dupla agia na cidade, atéque populares começaram adenunciá-la pois não rece-blam nenhum documentoem troca das contas de luzque entregavam. A Patru-lha Rodoviária acredita queeles tenham fugido do mu-nicipio tomando a Estradado Imperador, passando porEstréia.

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i I

GABINETE

Em Janeiro, o gabinete doSecretário de Segurança jáestará instalado na novasede da Secretaria, cmconstrução na Avenida Go-mes Freire. AH, no últimoandar. Já funciona o hell-porto da policli. que dispõede dois helicópteros paraqualquer tipo de ação.

Um cérebro eletrônico se-rá Instalado, bem como umsistema de telccomunlca-ções, através do qual, den-tro de um mês, todas as de-pendências policiais estarãocomunicadas, Inclusive asque funcionam na IlhaGrande.

É plano ainda da Secrc-taria de Segurança cons-truir, ao longo da AvenidaGomes Freire e Rua da Rc-lação — em locais ondeexistam prédios velhos —edifícios para abrigar todoo aparelho policial da Gua-nabara.

NOVOS DETETIVES

Os guardas-clvls promo-vidos por concurso ao cargode detetive de policia rece-berào seus diplomas hoje,ãs 9 horas da manhã, cmato a ser realizado na Aca-demla de Policia, na RuaSalvador de Sá, ao lado doQuartel de Cavalaria da Po-licia Militar.

São 80 os ex-guardas-ci-vis que concluíram os cur-sos naquela escola. Será pa-raninfo o diretor da Acade-bia, coronel Renato Rocha.

\bcê temapenas2 dias..Até o dia 31 dé dezembro, você pode abater da renda

bruta, na sua declaração do Imposto de Renda,15% 'das

quantias que aplicar em cotasdoFUNDO DE INVESTIMENTOS CARAVELLO.

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P.S. • Mas lembre-se, isso só vali até o próximo dia 31 di dizembto.

rf/fc

O AGENTE 122»

OPERAÇÃOFINAME 30.000TEVE O MAIOR

O Banco de Investimentos BCN S. A.,Agente n.° 122 do FINAME,

realizou a Operação n.° 3O.00O.O Rodoviário Kalil «Ltda., de

São Caetano do Sul, Estado de SãoPaulo, tinha uns planos de.

desenvolvimento. Para'tanto, precisavade um financiamento de

CrS 1.000.000,00, que deveriaser conseguido do BNDE, através

do FINAME. Êsse dinheiro sedestinava à aquisição de 10 caminhões

FNM na Dinasa S.A.-DistribuidoraNacional de

Automóveis e Caminhões. Deu tudocerto. Aliás, estes dois fatorescontribuíram muito: Um dos dirigentesdo Banco de InvestimentosBCN S.A. é o Dr. Murillo Coutinhode Gouvêa, que organizouo próprio FINAME e foi seu primeirosecretário executivo. Por outro lado,o Agente - 122 pertence aoSistema Financeiro BCN, e o Banco deCrédito Nacional S.A, é o Agente007. Final da História: Missão cumprida,e muito bem. A Operação 30.000saiu ãs mil maravilhas.

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ma

o dlretor-superlntcndenta <ia"IUilmar 8.A. Brasileira dcEmpresas Marítimas", Br. Ma-rino Marcll, falando ú lm-psciun, declarou que a Italmarrepresenta os quatro matorwcompanhias Italianas de nave-nação. Falou que essa empresavem Incrementando o turismoInternacional, realizando comf,ua frota de moderno.", naviosde passageiros, cruzeiros nospontos tiuistlcos maLs famososdo Caribe, do Mediterrâneo cuo Oriente. E que om matériade turtei.io no Brasil, todosos anos seus luxuosos transa-tlantlcos chegam ao Rio comcentenas de turistas para as-6lstlrem o carnaval.

Informou, o Sr. Morítt, quea portlr dc janeiro, do próximoano a Italmar ádeterá o sistc-ma ide wndas de passagenscom financiamento a longoprazo, visando com Isso, pro-porclon^r ii população brasi-leira que viaja uma forma depagamento mais ssuave. Disseque a Italmar é uma empresaatualizada que acompanha osestudas mais avançados no que»e refere ao comércio de trans-porte marítimo. Frisou que aEmpresa alem do serviço de]>assngc!ros opera no setor decarga com navios para todosos grandes portos do mundocom serviço direto ou cmtransbordo. Salientou, que nês-se sentido, a Italmar participada conferência c do "pool" defretes Brasil-MediterrancoBrasil.

ITALMAR

Prossegulndo, o Sr. MartnoMoi-çtti, discorreu sobre a tra-jetória de trabalho dessa cm-presa, dizendo que esta oiicrano Brasil desde o ano de 1932.Revelou, que a referida organi-zação, iniciou suas atividadesno Rio de Janeiro com a fusãocias Companhias NavlgazicncOencrale Italiana, Lloyd Ba-baudo e Casullch das quaisherdeu suas tradições nos mer-cados marítimos internacionaisremontantes ao século passado.Disse que a Italmar nestesquarenta anos de trabalhoininterrupto, ligou as margensdéste Continente às margensdo Continente Europeu, favo-recendo uma osmose incompa-nivel de forças dc trabalho,dc inteligência, de capacidadecriadora, dc laças sentimentaisde tradições e de inovações cn-tre o velho e o novo mundo.

NAVIOS

No processo evolutivo d oatualização da frota que repre-senta essa empresa, citou oSr. Morctti, alguns navios quemarcaram uma época notransporte marítimo entre aEuropa e a América Latina.Os navios sao os seguintes:"Conte Verde". "Conte Rosso",a série "Principcsse", "Neptu-nia", "Oceania", "San Gior-gio", "Santa Cruz", "Gerusa-lemme", "Ugolino Vivaldi"."Paolo Toscanclti", Sebastla-no Caboto", "Conte Grande","Conte Blancamano." Hoje,disso o Sr. Morettl, a Italmarconta com navios da classe do"Augustas" e do "GlulioCcsa-re" que após terem marcadouma fundamental Inovação nosetor dos transportes niariti-mas entre a Europa e a Ame-rica Latina por terem sido osprimeiros navios totalmenteclimatizados, constituem aindahoje o serviço mais homogô-neo entre os dois continentes.

CAPACIDADEAcrescentou, o Sr. Moretti,

que a medida da apreciaçãodas clientes latino-americanospara as duas tradicionais uni-dades "Augustas" e "Giulio Ce-sare" — que aproximadamentecada vinte dias oferecem umasaída do Atlântico Sul rumoao Mediterrâneo c vice-versa— é demonstrado pela elevadaporcentagem de ocupação dacapacidade dos referidos bar-cos que foi cm 1069 de 86.83'.'alcançando nada menos dc97,26% da lotação cia classeturística.

TONELADASAduziu, o Sr. Moretti. dizen-

do que esses resultados regis-trados pela Italr.ar são motivode orgulho para as seus diri-gentes. Afirmou ainda que aItalmar representa as seguin-tes empresas italianas: Itália,Lloyd Trlestino, Adriatica eTirrenir. euj.. frota 6 compôs-ta de 88 navios com um totalde 689.304 toneladas, que perfi-zeram em 1069 cerca dc 10.782viagens, tcn<ia».pereomdo osnavios 6.535.000 nuHias e trans-portado 2.62fl.93i/passaecircs cmais 2.13'1.5ftí' toneladas dccflrg&r*"^

PORTOSDisse que os navios das Cias.

representadas pela Italmar 11-gam o I '.edlterraneo com todosos.principais portos do mundo,como por exemplo, além dosportos sul-americanos, Vancou-ver, Sydney, Cape Town, Vai-paraíso, New York, dando as-sim sua contribuição para odesenvolvimento do turismointernacional que significaamizade e paz entre os povosdas nações do mundo. Con-clun.

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NACIONALTerça-feira, 29/12/70 £ 10 Caderno

A COMPANHIA SIDERÚRGICA MANNES-MANN, C.G.C. n.° 17.170.150/3, avisa aosseus ex-empregados que se encontram à dis-posição dos mesmos, até 30 de dezembro docorrente ano, os cheques correspondentes àdevolução do Empréstimo Compulsório da Lein.° 4.242/63, de acordo com o Decrelo-Lein.° 1013/69.

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MINISTÉRIO DO INTERIORDEPARTAMENTO NACIONAL DE OBRAS DE

SANEAMENTO

AVISOEDITAL DE CONCORRÊNCIA

N.° 96/70

(ADIAMENTO)O Pra-jídente da Comissão dc Concorrência de Serviço» e Obras

(CCSO) do Doparlalnenlo Nacional de Obras de Sjneuincnio (0NOS),comunica aos inietcssaelos, que loi «di-da "sinedle", • Concotrjivcia n.° 96/70, m;rcada par» o dia 30 de dezembro de 1970 e te-ferenlt • execução da cotlina dc prolcção contra inundações daAvenida Msuá, na cidade de Pomo Alcrjre, Estado do Rio Guntledo Sul.

(a) AlFREDO EDUARDO ROBINSON AIDRIOGE CARMO(Presidente da Comissão de Concorrincia

dc Serviços e Obras),P

I^MTPS-INPSSUPERINTENDÊNCIA REGIONAL

DA GUANABARAEDITAL

CONCURSO DE AUXILIARDE SERVIÇOS MÉDICOS

1. Os candidatos abaixo relacionados, habilitados no con*curso reali.-ado em cumprimento à IS n.° SSG-605.6, de l-l dc inîode 1968, para provimento no c.iroo de Auxiliar dc Serviços tM-dicos, estão convidados a comparecer à Coordenação de PeiSOdl-n» Avsnidj Marechal Câmara 370 — 6.° andar — sala 607. nohorário de 12 às 16 horas, ale o dia 8 dc ianciro de 1971, p.irafins de admissão neste Instituto, no catgo de Auxiliar dc SeiviçosMédico*, regido pela Consolidação dai Leis do Trabalhei

CLÁUDIO IECIERE JUNQUEIRA SCHMIDTIENY DE SOUZA IEAI

2. O nao comp,irocimento dos inletessados no proíO esli-

pulado, será considerado como desistência à admissão.3. O presente edital é publicado para os fins previstos no

item 13 do Regimento de Pessoal Empregado, do INPS.Rio de Janeiro, 23 de dezembro de 1970

(a) Francisco Ferreira da SilvaRESP. P! COORDENAÇÃO DE PESSOAt

o negocio quemais cresceno mercadode capitais:

L-UiJCONTRATO DE INVESTIMENTO MENSAL

VALOR SUBSCRITO DESDE 29-7-1968ATÉ 24-12-70

crs 1.105.064.672,00Valor da Quota em 1-7-68 NCrS 1,00

Valor da Quota 24-12-70 CrS 2,27

Valor da Quota com Reoplkação CrS 2,85

JORNAL DO BRASIL [ j

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Bl Arttf**!____Ê_â' ¦ * M* o ww i i.i__»t«4M*í(îw"*'

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UNIÃONACIONAL DEINVESTIDORES

UIMIVEST S.A.CDBRETüaA DE VALORESDISTRIBUIDORA NACIONALDE TÍTULOS E VALORESMOBILIÁRIOS

RIO DE MNÍItO1UA 00 CAUíO, I V ¦ IHU 731 038/ I 231-079;SÍ0 PAULO CUDIIIBA ¦ PORTO ALÍGil 8ÍASIMA

DISTRIBUIÇÃOTRIMESTRAL

condomínio deltec

r\___[ distribuição trimestral, de CrS Q.Q64

por cota está sondo paga aos inversores

registrados até 15.12.70

Valor da cota ex-distr.; CrS

Valor do Condomínio: CrS1,459

I4J.274.400,47

Valor de CrS 100,00 líquidos, investidos em 15.5.61,

com reinversão das distribuições: CrS 10.863,00

Valorize o seu dinheiro aplicando noCondominio Deltec,administrado pelo

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Capil.il e Reservas CrS __\ 50.382.904,31 JCarla Patente A-2941/66Se você mudou de endereço, Informo-nos. .Muita coisa boa podo estar acontecendo com lseu investimento. Ajude-nos a localizá-lo. fEscreva para a Caixa Postal 4778, Sáo Paulo.

Rio de Janeiro: Av. Rio Branco, 147 - 10." andar.Fones: 222-5115, 222-5114, 222-5113, 222-5112,

231-4163, 252-3339 e 257-6857.

©INDUSTRIA TÊXTIL COMPANHIA Herillg

SOCIEDADE DE CAPITAL ABERTO - C.G.C.M.F. 82.639.139/001EUA HERMANN* HER1NG, 1790¦.'BLUMENAU - SANTA CATARINA

AVISO AOS ACIONISTAS '..AUMENTO DE CAPITAL

Leviano- ao conhecimento dos nossos Acionistas que a Assembléia Gor.il Fxtraoidinária dc 19 do conente, aprovou proposta dsDiretoria relativa ao aumento de capital desta Sociedade de Cri 18.994.300,00 p,ir.i CrS 21 843.445,00, mediante dislribuiqao da açõesbonificudii- « de CrS 21.843.445,00 para CrS 25 642.305,00, por subscrição, om dinheiro, de novas ações.

BONIFICAÇÃOA distribuição d-is aroes provenientes deste aumento, sem qualquer ônus par.i o Acionista, será à rarào de 15% sobre as açòes

já possuídas.

Os títulos nominativos serão enviados aos respectivos Acionistas, sob registro postal, após efetuadas as devidas anotações. Osdetentores de «eòe.» "ao poriiidor", deverão entregar o cupoo n.° ó, sendo os títulos bonifk-tdos enIreQüfta oportunamente, mediante cli-vulgação de aviso.

SUBSCRIÇÃOConsoante aprovado pela mesma Assembléia, torno emitidas 1,657-211 ações ordinários e 2.141.649 açcei preferenciais closte "A",

podendo os Senhores Acionistas efetuar a subscrição das nov.as ações, obedecendo às seguintes condições:

1. o direito d» preferencia na proporção de 20% sabre as ações possuídas cio capit.il rie Cr$ 18.994.300,0'), deverá ser exercido aléo dia 31 de janeiro de 1971;

2. os detentores do ações ao portador, efetuarão d subscrição mediante a entrega do cupao n.° 5. Os possuidores de ações noml-nativos deverão assinar o boletim de subscrição, remetido por via postal;

3. o valor de subscrição é de Cr$ 1,00 por ação. O pagamento poderá ser lolalmonte no ato, dando então, direito aos divieien-dos do semestre a iniciar-se em 01.01.71. O pagamento parcelado de 10% no ato da subscrição, 3d% em 28 dc leverolro do1971, 30% om 31 de março dc 1971 c 30% em 30 de abril de 1971, dará ctircilo aos dividendos do semestre a iniciar-se om01.07.71, Nesta modalidade, as prestações deverão ser pagas independente de qualquer aviso.

Por oportuno, lembramos que, em virtude de sermos Sociedade ele Capital Aberto, os subscritores (pessoas físicas) de ai.oei nomína-tivos poderão abater dc sua renda bruta, 30% dos valores efetivamente inlctjralizados durante o ano base.

NOTA — Recomendamos aos Acionistas detentores de ações ao portador, para maior facilidade, obterem, previamente, junto aos nosjosrepresentantes, formulários próprios para a colagem dns cupões.

RIO DE JANEIRO — Rua do Lavradio, 74/76SÃO PAULO — Rua Aurora, 283/291CURITIBA — Rua 13 de Maio, 418PORTO ALEGRE — Av. Farropo3, 137

BLUMENAU — Rua Hermann Horing, 1790Blumenau, 21 de dezembro dc 1970

INDÚSTRIA TÊXTIL COMPANHIA HERING

IP

A diversão dos motoristas irresponsáveis é }a zer corrida de carros pelas praias de Cabo Frio

Cabo Frio expõe turistas a

perigo de vida e privaçõesNiterói i Sucursal i — Alem doa

privações a que são .submetidos pelafalta dc inlra-cstrutura da cidade,o.s veranistas dc Cabo Frio vivematormentados com a nova diversãodo.s jovens: corridas de automóveisnas praias durante o dia c a noite.O número de carros aumenta multonos ílns dc semana, mas apenastres guardas fazem o policia-mento.

Água racionada e vendida emcarros-pipa, luz íraca com inter-rupções constantes, tráfego dc vei-ctilos som policiamento cm ruas cs-treltas c cm construção são algunsdos problemas que os turistas c.i-tão enfrentando este verão cm C<-bo Frio. cuja população de 43 milhabitantes chega, nesta época, a120 mil nos fins de semana.

Prefeito explicaA ponte Feliciano Sodré, que

dá acesso às principais praias dafaixa Leste da cidade, está semsinalização e sem pollclamento;sãoconstantes ali grandes engarrafa-mentos de veículos. Por ser estrel-ta, a ponte não permite a passa-gem de dois carros ao mesmo tem-po em sentido contrário, c quase.sempre um dos motoristas sc re-cusa a retroceder, provocando dis-cussões c brigas.

O prefeito de Cabo Frio, Sr.Hermes Barcelos (MDB); que rc-centemente construiu um grandeestádio dc futebol em Arraial doCabo, distrito do município, vatpassar o cargo no dia 31 de ja-nelro, depois de cumprir um man-dato tle quatro anos. Klc diz queduplicou a área asfaltada da ci-dade, colocou guardas da municl-palldade no policiamento do tràn-sito e. quanto "aos problemas deluz, água c saneamento, perten-cem á esfera do Governo do Es-tado."

Cidade inclui

Os 900 carros registrados nomunicípio atingem cerca de 20 milnos sábados e domingos, mas o nú-mero de policiais do trânsito per-manece sendo três, e mesmo as-sim dificilmente são encontradosna delegacia local. Os hotéis, clu-bes, campings e muitas residênciasestão sendo abastecidas dágua porcarros-pipa, que cobram Cr$ 50,00por cada carregamento.

Multas famílias estão fazendoas'refeições em casa de amigos ouparentes que dispõem de calxa-dú-gua própria. — abastecidas combombas — em virtude do raciona-mento. As encomendas de carro-pipa tèm que ser feitas com ante-cedèncla, pois a procura continuaaumentando com a chegada de no-vos veranistas.

Brigiu** valorizaO futuro prefeito, eleito em 1">

de novembro, Sr. Otlme Cardosndes Santos, reconhece que "o mu-nlciplo não está preparado para re-ceber o fluxo surpreendente dc vi-altantes que buscam as praias deCabo Frio. A partir da visita dcBrlgitt» Barclct. Cabo Frio ganhouprojeção internacional. A perma-néncla da atriz em Armação dosBúzios significou um aconteclmen-to que podemos hoje avaliar commelhor profundidade."

— Parece que o terreno queela adquiriu está cm atraso — dis-se o futuro prefeito — mas quan-do assumir o cargo vou me intei-rar do problema. Posso adiantarque estamos dispostos a efetuar opagamento de todos os títulos ematraso, c a medida tem um cará-ter da maior importância para oturismo do município, cm parti-cular. c toda a região dos lagos doEstado do Rio, cm geral.

CorridasAs praias do Peró e das C^n-

chás continuam sendo as preferi-da.s pelos rapazes — todos varonis-tas — que apostam corridas decarro à noite c mesmo durante odia. O grande número de pessoaspresentes à praia, inclusive crian-cas, não os impedem de percorrerem alta velocidade todo o seu per-curso.

Durante sábado e domingo úl-timos náo foi encontrado na dele-gacia de transito nenhum do.s trè.sguardas que deveriam policiar acidade. Os funcionários do postoexplicaram que "geralmente nosfins de semana, por terem famíliasresidindo em outros locais, eles dei-xam Cabo Frio." O prefeito Her-mes Barcelos acentua que tambémêsse problema é de alçada do Go-vêrno estadual, " mas mesmo as-sim, estamos colocartdo guardas

municipais nos trcohos dc maiortrálego, a fim dc coibir os exces-sos e impedir os constantes con-gestionamentos."

Um paliativo

O futuro prefeito, Sr. Otimcdas Santos icvela ser contra o sis-tema de valas existentes na cida-de — são construídas para evitaro excesso de velocidade dos vei-culos em determinados trechos —"pais são antipáticas, servindo ape-nas dc paliativos, não constituindonenhuma solução. O policiamentocias ruas. e a ampliação da.s viasdo centro da cidade constituem asolução mais sensata, embora res-peite a iniciativa do atual prefei-to. porque é realista."

A avenida principal, Teixeiradc Sousa, apresenta vários trechoscem grandes buracos, e quem in-gressa na cidade passa obrigatória-mente por ela. A Praça Porto Ro-cha também tem trechos em cons-trução, o mesmo podendo se dizerda Avenida Assunção. Nào existepraticamente estacionamento nacidade e o.s carros ocupam as cal-cadas. entram em contramão c nãorespeitam o.s poucos sinais exis-tentes.

Preços altos

Uma casa de dois a três como-dos. durante 30 dias. está sendoalugada por cerca de CrS 4 mil, emesmo assim terá que s^r contra-tada com antecedência. Os restau-rantes permanecem cheios e estãocobrando preços altos, c nem sem-pre o freguês sai bem atendido.Muitas famílias estáo sc reunindonuma única casa. a fim de vera-nearem, pois o negócio se tomoualtamente lucrativo, dada a escas-sez de hotéis.

O prefeito Hermes Barceloslembra que a atual rede cie hotéiscontinua precária, "mas, sc compa-rada com a antiga, as diferençassão muito evidentes." No entenderdo Sr. Otimc dos Santos, futuroprefeito, " Cabo Frio constitui uma

v questão que deve envolver nào sóo Estado, mas a própria União,uma vez que as obras exigidas nãopodem ser solucionadas com o or-çamento atual da municipalidade.'-

COM AG- Companhia Mineira deÁguas e Esgotas

AGENTE PROMOTOR DO BNH

PREFEITURA MUNICIPAL DEJUIZ DE FORA

DEPARTAMENTO MUNICIPAL DEÁGUA E ESGOTO

CONCORRÊNCIA NÚMERO 007/70

O Departamento Municipal de Água eEsgoto — DAE, comunica que fará realizar nodia 14 de janeiro de 1971, às 10 horas, emsua sede — Rua Henrique Surerus, n.° 39 —3.° andar - Fones 2241 e 2675, Concorrênciapara a fabricação de 330 metros de tubos deaço de diâmetro de 1.000 mm; 534 metrosde tubos de aço de diâmetro de 800 mm; 24metros de tubos de aço de diâmetro de500 mm e conexões em aço, para o sistemade abastecimento de água da cidade de Juizde Fora, Minas Gerais.

O Edital e especificação encontram-se àdisposição dos interessados na Sede do De-partamento.

Juiz de Fora, 21 de dezembro de 1970.

ESCOLA SUPERIOR DE MERCADO DE CAPITAIS

ESCOLA DE COMUNICAÇÃO E PESQUISA PUBLICITÁRIA

ESCOLA DE ANÁLISE DE SISTEMAS

VESTIBULARtomando especialistas

atender o mercado de trabalho

INSCRIÇÕES PARA 0 VESTIBULAR NA SECRETARIA

AV. RIO BRANCO, !56 - 16.- AND. - CONJ. 1628

Eng. José Roosevelt PereiraDiretor Geral - D.A.E. (P

BANCO DO ESTADO DE SÃO PAULO S.A.

CGC N.° 61.411 .633

AVISO AOS ACIONISTAS\

Comunicamos aos Srs. Acionistas quo estiverem interessãidos

em optar pela Tributação do Imposto de Renda na Fonta sobre

os dividendos a -orem pagos por êsle Banco, relativos ao segundo

semestre de 1970, deverão fazê-lo por escrito ate o dia 5 de janeiro

p. f., iunto ao SETOR ACIONISTAS, dns 13 àj 16,30 horas, ci em

qualquer de nossas agências.

Permanecem válidas as opções manifestadas íhleriormonté, em

caráter permanente.

Sao Paulo, 19 dc dezembro de 1970

(ass.) lélio d« Toledo Pixa e Almeida Filho

Diretor Presidenta?

ENSINO - 15JORNAt DO BRASIt Q Terça-feira, 29/12/70 Q 1," Caderno

Concurso do IME aprovaapenas 49 candidatos eum lugar fica sobrando

O Instituto Militar de Engenharia divulgou, on-tem à tarde, o resultado final do seu exame vesti-bular, que aprovou 49 candidatos — eram 50 vagas.O primeiro lugar foi obtido por Paulo César PintoCarvalho, com a média 9,23.

O calendário do IME prevê agora, para o pe-riodo de 12 a 19 de janeiro, o exame de saúde doscandidatos aprovados no exame intelectual, paradivulgar, no final desse mês, o resultado final doconcurso. Até o dia 12 os aprovados devem ma-tricular-se no Instituto.APROVADOS•

Sucupira acha que o padrãodo ensino médio teve queda

A relação divulgada pe-lo IME é a seguinte, pelaordem de classificação:Paulo César P. Carvalho(9,23), Heitor A. A. Filho(8,651, Reglnaldo P. No-guelra (8,01), Afonso C. C.Lopes, Roberto R. de Avll-lez. José M. P. Ferreira.Paulo A. Vilela, Carlos J.C. da Fonseca, Adulo R. M.de Sousa, Marco A. R.Frensel e Laerte de H. S.Filho.

Ainda: cei. G. S. de Oli-veira, Antônio Carlos M.Sá, Joachlm Wernicke, Sld-nei E. dos Santos, José H.R. de Barros, Paulo C. G.Rebelo, Ricardo L. D. Cor-reia, Zeelv E. Amitay, Hél-cio P. Carneiro, Aron Ne-salovivlcz, Ricardo J. T.

Jochcm, Carlos E. S. Ba-tlsta, EU M. L. Filho, Jor-ge H. S. Barbosa, RicardoBcrer e Carlos A. R. MontAlverne.

Outros: Roberto Vais-man, Rodinaldo P. L. Amo-rim, Osvaldo P. do C. Sam-paio, Roberto de Albuqucr-que, Carlos A. M. Cordeiro,Kelsen R. S. Azevedo, Car-los M. Marshall, Ricardo M.Brito, Ademar Castilho,Antônio G. S. Bordalo, Da-niel A. Skaba, Álvaro S.Sousa e Orlando J. A. G.Filho.

E: José E. B. C. Matos,Newton V. R. Bastos. LuisG. P. L. Cavadas, CarlosAlberto B. Simas, Pedro E.T. de Almeida. Sérgio Sa-lazar, Isaias M. P. Júnior.Bráullo Goldmann c LuisCésar A. Rabelo.

Exame classifica 117no Colégio Militar

O Colégio Militar do Riode Janeiro divulgou ontema relação dos 117 cândida-tos aprovados no concursocie admissão à primeira sé-rie do seu curso ginasial.

Classlflcou-se em primei-ro lugar o estudante MarcusVinícius Lopes Martins, commédia 9,13, vindo em segui-da Leonam dos Santos Gul-marães, com 8,75; Caio Tú-Ho Salgado de Oliveira, com8.68: Marcos Ballousier Cer-chiaro, com 8,65, e EvandroJorge Freire Lorcnzonl, com8.23.

APROVADOS

_' a seguinte a relaçãodo.s aprovados, indicadospelo número de Inscrição:

415 — U2 — 439 - 138_ 519 — 413 — 085 — 378_ 017 — 295 — 383 — 168

217 -356 -475 -255 -166 -278 -591 -447 -456 -257 -

. 092 -300 -195 -047 -509 -554 -048 -001 -2G3 ¦418 ¦G42402148451057150320.

253 -041 -097 -797 -186 -123 -

• 129 -102 -404 •333 •237 •364 •286280342252343347374427350513222147423632

159 -251 -800 -027 -

• 511 -098 -574 -

. 302 -272 •

. 244 •259 ¦070 •218005296196546411568242248262126425559499

247099213254359220202401

• 173597

. 575¦ 395362601405194291539044231oor.054690570449156

Curso da UEG encerraas inscrições amanhã

Brasília (Sucursal) — O diretor doDepartamento ¦ de Assuntas Unlvorsltá-rios do MEC, Sr, Newton Sucupira, dKseontem que se pode constatar que houveuma "queda no padrão do ensino mé-dio" devido á explosão educacional daúltima década, que acarretou uma "mui-

tlplicação de classes e uma improvisa-ção de professores."

Concordou éle com a afirmação tleque a escola méida é deficiente na pre-punição do aluno para o vestibular, fri-sando que a prova está na proliferação,"a torto e a direito", dos oursos pré-ves-tibulares. Acrescentou que o "exame dl-flcillmo" pode sor evitado com a ado-ção do sistema de provas classlflcatórlas.

Deficiência da escola médiaO Sr. Newton Sucupira leu «s ¦en-

trevlstas dos professores Darci Fontourae Flcxa Ribeiro, publicadas domingo noJORNAL DO BRASIL. O primeiro pro-fessor afirma que o ensino secundáriocontribui, com a sua deficiência, para areprovação maciça nos vestibulares. OSr. Flcxa Ribeiro diz que é a própriauniversidade que atrapalha a escola me-dia na tarefa de cumprir bem a sua mis-são.

— Isso é o que eu chamo dc "circulo

de recriminações" -- comentou o Sr.Newton Sucupira

ImprovisaçãoDepois de lembrar que a escola mé-

dia brasileira cresceu quatro vezes mai.sna última década, èle considerou queesse desenvolvimento necessário veloacompanhado de deficiências, como aimprovisação de professores, que levamao mau preparo do aluno

Reconheceu, mais adiante, que auniversidade influi "poderosamente" naescola secundária, na medida em queela é o grande consumidor de seu pro-duto. "Queiram ou náo", frisou.

O exame difícil— O que é bertolideo? No pouco co-

nheclmento que tenho de Química, achoque bertolideo deve ser uma unidade deQuímica qualquer relativa a Bertole,um cientista francês. Depois da res-posta, o diretor do Departamento deAssuntos Universitários disse que a leidetermina que a universidade só podeexigir do aluno que vem do ensino mé-dio' os conhecimentos que èle aprendeucu deveria ter aprendido.

Sistema melhorAcrescentou que o exame dificílimo

Mão tem ra?.ão de ser no sistema dc ves-tibulares classificatórios. adotado a par-tir deste ano pelas universidades fe-derals. Ressaltou que o vestibular é umexame mais difícil quando é feito pelocritério da "aprovação."

— Para evitar que haja mais alu-nos aprovados do que o número de va-gas — explicou.

Disse que o exame vestibular que cs-tabeleec, por exemplo, em cinco a nota

de aprovação tem de ser feito com per-guntas extremamente difíceis, para evi-tar que o número do alunos aprovadosultrapasse o limite mínimo de vagas.

Solução

Quando ocorre o excesso, a uni ver-sidade acaba por aceitá-lo, admitindo osalunas aprovados, mesmo que não hajamais vagas. "Basta ao estudante entrarcom mandado de segurança."

Concluiu, então, dizendo que ao sorestabelecido o critério da classificação,náo é preciso tornar os examea difíceis,porque só os alunas "classificados" atéum certo número— o número de vagas— serão aproveitados.

A correçãoDepois de observar que a escola mé-

dia não dá uma "formação terminal",envolvendo sempre o elemento de con-tlnuldade das estudos, de "corrida paraa universidade", disse que a reforma doensino de primeiro e segundo graus, quepretende criar ésse elemento terminalao fim do segundo grau tpreparando oestudante para uma profissão) poderácorrigir, mas não evitar, que continuehavendo uma "corrida para a unlvcr-sidade."

— O aluno corre para a Unlverslda-de por vários motivos. Um deles: por que

, o diploma do curso superior é, para ele,uma promessa de emprego com salárioscompensadores. E também por uma quês-tão de statits: o diploma é consideradoum fator de ascenção na escala social.

ExpansãoAcrescentou que quando houver um

mercado de trabalho com grandes oíer-tas de emprego c de salários compensa-dores, "talvez se desvie uma grande par-te dos candidatas às universidades."

_ A Universidade, no entanto, con-tinuará promovendo a expansão racio-nal e disciplinada das vagas, principal-mente nas áreas "criticas" e. também,prioritárias — Medicina e Tecnologia.

— Isío Já tem sido feito — conti-nuou. De 1964 até éste ano. duplica-mos o número de vagas em Engenhariae Medicina.

Vestibular simultâneoComentou, em seguida, que o vesti-

bular simultâneo deverá permlür nestísclncuraos que haja um decréscimo dcinscrições. Antes, um aluno se Inscreviacm várias vestibulares, dando uma "lma-

pcm deformada da verdadeira procurada.s Universidades."

_ Já tenho dados — contou — quecomprovam que cm relação ao ano pis-.sado houve um decréscimo sensível dcinscrições em várias universidades. Nade Brasília, caiu de 6 mil para 5. NaFaculdade de Medicina da UniversidadeFederai de Pernambuco, caiu de 3 mil

para 2 440. Na Bahia e em Goiás tam-bém houve uma queda no número deinscrições.

A Universidade do Estadoda Guanabara aceita atéamanhã as inscrições parao vestibular do Curso _.História Natural, que po-dem ser feitas na Rua Had-dock Lobo, 269, no horáriodas 17 às 21h30m.

Os candidatos devemapresentar requerimento deinscrição, fotocópia auten-ticada da carteira de iden-

tldade, uma via do recibode pagamento da taxa deCrS 75,00 e dois retratos 3x4de frente e atuais.

O Curso de História Na-tural oferece 60 vagas e asprovas do vestibular serãofeitas nos seguintes dias:21 de janeiro, Português;30, Francês ou Inglês, e 4de fevereiro, História Na-tural.

UEG faz defesa do seu vestibular

JSormal dá relação dasaprovadas no admissão

A Secretaria de Educaçãodivulgou ontem a lista dasaprovadas no concurso dcadmissão às seis escolasnormais do Estado com a

separação de acordo com a

unidade onde deverão sematricular, já que os exa-mes foram feitos de modounificado.

Todas as aprovadas foramaproveitadas nas escolas —

havia 924 vagas e passaramg84 candidatas — com o

aumento de vagas nas seisunidades: 15 no Instituto de

Educação; 11 na Escola

Normal Carmela Dutra: no-ve nas Escolas Heitor Lira eJúlia Kubitschek e oito nasEscolas Sara Kubitschek eInácio Azevedo Amaral.

APLICAÇÃO DA UEG

O Colégio de AplicaçãoFernando Rodrigues da Sil-veira, da Universidade doEstado da Guanabara, rece-berá até amanhã as inseri-ções para o concurso de ha-billtação à matricula na

primeira série ginasial noano letivo de 1971.

A Secretaria Executiva de Impren-sa da UEG distribuiu ontem uma notadefendendo o critério do vestibular daArca Blomédlca c afirmando que a uni-ficaçáo em nada alteraria a.s regras dajogo, quanto ao limite das matrículasque a Universidade pode oferecer.

Diz ainda a nota que o Centro dcProcessamento de Dados está ultiman-do a análise estatística das provas, vi-sando a indicação das questões que omaior número de vestibulandos con.síd?-rou sem respastas corretas, e que asconclusões serão publicadas oportuna-mente.

Valorização

Inicia a nota declarando que "a

UEG ofereceu 125 matrículas na pri-meira série dc sua Faculdade de Cicn-cias Médicas e a elas foram cândida-tos mais de 6 mil vestibulandos. A ele-vada procura demonstra: primeiro, oaumento anual do número de jovensdesejosos de se formarem em Medicina;segundo, a crescente valorização do en-sino médico ministrado pela UEG, atra-Indo aspirantes vindos de várias regiõesdo pais."

"A chamada unificação dos concur-sos vestibulares — continua a nota —em nada alteraria as regras do Jogo,quanto ao limite das matrículas que aUEG tem condições para oferecer. Ela

não recebe auxilio financeiro da Uniac,apesar dc ser gratuito o ensino que mi-tvstra. A maior parte do produto da ar-r-cadacào das taxas tle Inscrição é apl-cada lio custo dos próprios concursosvestibulares, destinando-se ao pagamen-to do numeroso pessoal mobilizado c àsdsspcsas com material de consumo, im-pressas serviços adjudicados, locação dedependências do Estádio Mário Filho.computação eletrônica, eventuais, etc.

Critérios

Afirma em outro trecho: "Certos

reparos divulgados pela Imprsnsa, arespeito do.s critérios adotadas no r-s-cente concurso relativo à Área Biome-dia. traduzem desapontamentos facll-mente explicáveis: a UEG náo põe o en-sino universitário no jogo da mercan-cia. Uma prova não deve ser considera-da fora do nivel mental do candidatopor abranger algumas questões havidascomo difíceis; o julamgento de cadaprova é de ser avaliado em termosglobais.

Com base na lógica dessa avaliação,o bom-senso ou a Insuspeita observa-rá que as questões Incluídas nas pro-vas deste ano eqüivalem às do ano pas-sado. Quanto à prova de Biologia, valeesclarecer que os grandes avanços des-sa ciência, ultimamente, tornaram an-tlquados livros-textos ainda em voga."

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LP -ÍváZaRr.°o Kc;A1S5S68S.SOco^dieoLn3Ce-n![X ÎIStBB ¦ 242-7159

NORTEC Ô^^W-gj^.;!;^^ . Te,,: 223.2436243-8464

MAUA S.A.-Distribuidora de Títulos e Valores MobHlárlos QJAv. Rio Branco, 157 - Loja - Tels.: 242-1414 - <_art_-\-ui

Sob Coordenação Nacional de . ..- --, -.- . UalAr„.FIBRA-Sociedade Anônima Técnica de Distribuição de Valores

PMilfi?ft:i'1WÍIÍM^ffi!JfJWS

A Agência do

JORNAL DO

BRASIL

de Copacabana

permanece

aberta até às

22 horas, às

sextas-feiras.

AvenidaCopacabana, 610

Cr$15.00Q00 POR UMA MONOGRAFIAPRÊMIOMIGUELCALMON1971instituído pelo_45|%Banco EconômicoWl da Bahia S.A.

X/*ij;- Bons serviços,bons negócios desde 1834

A COMISSÃO ADMINISTRADORA DO PRÊMIO MIGUEL

CALMON, instituído pelo BANCO ECONÔMICO DA

BAHIA S.A., notifica que se encontram abertas as inseri-

ções ao terceiro concurso para atribuição deste prêmio,de acordo com as seguintes instruções:

1? O concurso abrangerá a área de Administração, acolhendomonografias sóbre" resultados de estudo ou pesquisa referentes

quer ao setor da administração pública quer ao da administra-

çâo de empresas e que representem contribuição ao dosenvol-vimento do Nordeste.

2?As monografias devem ser inéditas, tanto no pais quanto no

exterior. Não se considerarão inéditos trabalhos já apresen-

tados para a obtenção de títulos acadêmicos, embora de divul-

gação restrita.3? As monografias podem ser trabalho individual ou de equipe.

4? A monografia classificada em primeiro lugar será atribuído oPrêmio Miguel Calmon, no valor de Cr$l5.000,00 (quinze milcruzeiros), podendo este ser dividido entre trabalhos concor-rentes considerados de igual mérito.

6? As inscrições ficarão abertas até 31 de maio de 1971 e pode -

rão ser feitas na Matriz; do Banco Econômico da Bahia (Praçada Inqlaterra, 2,l9 andar, Salvador- Bahia) ou em suas Sucur-sais de Recife ( Rua da Palma, n-° 272/278), Guanabara ( Av.Presidente Vargas, 309 - A ). Sãn Pauio ( Rua 3 rie Dezembro,np 40) ou, ainda, nas agências do mesmo Banco nas capitaisde outros Estados.

r

10

II

No ato da inscrição o candidato deverá entreqar (5) cinco có-

pias da monografiaconeorrentc, acompanhadas de carta a esta

Comissão Administradora, manifestando sua concordância com

as presentes normas.

Cada cópia do trabalho deve trazer o nome o o endereço do

autor sondo, porém, lacultada a utilização de pseudônimo.Neste caso, o verdadeiro nome e o endereço do candidato de-

vem vir em anexo, em envelope lacrado.

A extensão da monografia pode variar, mas devo tratar, com oindispensável desenvolvimento, o tema versado de modo que

permita compreensão satisfatória dos seus aspectos relevan-.

tes e ofereça a necessária fundamentação das conclusões a-

presentadas., >Serão critérios para aceitação da monografia e a sua classifi-

Cf!ÇâOCUtlVUI lllllil !.:;¦.;><; |'>n" " ••¦ •• ,

tureza e extensão da pesquisa em que se fundamente, d) o ia

to de sor estudo ou pesquisa inédito.

tQ, julgamento das monografias ficará'S cargo-dà comissão> de

especialistas que será oportunamente escolhida por esta _a-

missão Administradora.?Os resultados do concurso serão divulgados no decorrer ao

segundo semestre de 1971.^ Prol. Roberto Santos Prof. Hilton Rodrigues

Prof. Hernane Sobral Prof. Jairo SimõesDr. Jayme Villas-Bôas Filho

Serão critérios para aceitação da monografia e a sua oiasai.

nação, os sequintes: a) o seu valor cientifico; b) a contribui-

çâo qúe ofereça à solução de questão administrativa de índia

cutivel interesse para o desenvolvimento do Nordeste; o) a na-

/

JORNAL DO BRASIL D Terça-feira, 29/12/70 ,° Caderno

16 - ECONOMIA

— Por dentro do negócio —

IRB adianta verba àVolkswagen do Brasil

O Instituto de Resseguros do Brasil (IRB)liberou ontem um adiantamento de 1 milhãode dólares (cerca de CrS 5 milhões) à Volks-wagen do Brasil, para que a empresa tenhacondições de iniciar imediatamente as obrasde reconstrução das suas unidades de capota-ria e pintura, destruídas por um incêndio noúltimo dia 18.

O pagamento íoi leito pela CompanhiaSuíça dc Resseguros, responsável por grandeparte da apólice dc seguro da Volkswagen,que abrange uma cobertura de sinistros da or-dem de 20 milhões de dólares, ou seja, cercade CrS 100 milhões. Desse total, o mercadosegxuador brasileiro participará com mais oumenos CrS 15 milhões, caso o prejuízo sejaconsiderado cotno total.

A Volkswagen alemã divulgou ontem queteve um lucro bruto em todo o mundo, duran-te 1970, da ordem de DM 15,6 bilhões (Crti20,5 bilhões), o que representa um aumento dc12% em relação a 1969.

No inicio de dezembro, a indústria anun-ciou aumentos de 5,5% íios preços dos mode-Ios vendidos no mercado interno, em conse-quência dc aumentos salariais e do eleuaçãodos preços das matérias-primas. Tais acresci-mos deverão atingir,, também, os modelos dcexportação, num futuro próximo. Os novospreços, que entraram em vigor no último dia15, significam que o sedan 1200 vale atual-mente DM 4 900 (CrS 6 510,00). O automóveloustava, antes do aumento, DM 4 600 (CrS . . .6 390,00).

A propósito da Volks, a revista francesaJours de France publicou UJiia ifsío compara-tiva entre automóveis, vinhos e relógios — osmelhores de cada produto no mundo. Resul-tado: o Volks íoi aproximado dos vinhos Cô-tes du Rhônc e Chateauneuf du Pape. Na ho-ra dc compará-lo com os relógios, o critérioadotado flxou-sc na durabilidade, resistênciac vedação do besouro. Procura daqui e dali cescolheram a marca Mldo."_. durável, reslsten-te e funciona até debaixo dágua, disseram."

Preços sobem nos EUA

Os preços nos Estados Unidos subiram, emnovembro, 0Jc,i — metade do aumento regls-Irado em outubro — o que foi consideradocomo "boas novas" na luta contra a inflação,segundo um porta-voz do Governo.

Entretanto, a Casa Branca informou queo custo de vida em novembro ainda apresen-tou uma alta de 5.6.í em comparação ao mes-mo mês dc 1969 O presidente do Conselho dcAssessores Econômicos do Governo, Paul Mc-Crackcn, afirmou ser evidente que "1971 teafigura como um ano bastante promissor c dcgrande atividade no campo econômico."

O informe indica que em novembro segastou 13,78 dólares <Cr$ 68,90> para compraros mesmos artigos e serviços vendidos a 13,7'tdólares tCr$ 68,70) em outubro e a 10 dólaresa uma década (CrS 49,5)

\ O Secretário Assistente do Departamentode Estatisticas, Joel Popkins salientou que oíndice do preço de consumo cm novembro foiigualado apenas aos aumentos mensais regls-Irados no último verão, quando ,o Governodisse que finalmente tinha controlado a piorinflação dos últimos 20 anos.

Ford desmente compra

Um porta-voz da Ford Motor Companydesmentiu que a empresa estivesse para ad-quirlr o controle da Lamborghini S.P.A., pro-dutora italiana de carros esporte e tratores.A informação foi prestada, ontem, em Dear-bom, Michigan, nos Estados Unidos.

Recentemente, circularam noticias de quea Ford e a Fiat estariam acertando a comprada Lamborghini, que informou recentementeestar com uma enorme quantidade de tratoresem seus pátios, sem compradores. Por sua vez;diretores da Fiat, em Turim, também des-mentiram que a empresa estivesse negociandoa compra da Lamborghini.

Investimentos na siderurgia

Atingirão USS 80 milhões (Cr$ 397 mi-lhões) os recursos japoneses a serem aplica-dos no plano de expansão da Usiminas, a fimde aumentar a sua produção para 2 400 mütoneladas, segundo anunciou o presidente daempresa, Sr. Amaro Lanari.

O investimento prevê para o programa deampliação da usina a aplicação de USS 235milhões (CrS 1,16 bühão), ficando os restan-tes USS 155 milhões (Cr$ 107 milhões) a cargodo Banco Mundial e do Banco Interamenca-no de Desenvolvimento, além dos Governosfederal e de Minas Gerais.

EXPRESSASO Banco do Estado do Rio de Janeiro vai

realizar Assembléla-Geral Extraordinária pa-ra aumento de capital que será elevado paraCrS 20 milhões. Na oportunidade, o Sr. LuísVitor D'Arlnos Silva será eleito membro doConselho de Administração do BERJ. 9 OGrupo Irmãos Guimarães adquiriu em leilão,ontem, na Bolsa de Valores do Rio de Janei-ro, o titulo patrimonial de uma Sociedade Cor-retora de Valores. Vai assim o Grupo BIG ini-ciando seus planos de expansão já bem deli-neados para 1971, ano de integração de todasas suas empresas. • Os investidores da Ama-zõnia que ainda não incorporaram os recursosde seus incentivos fiscais referentes ao excr-cício de 1968 poderão fazê-lo até 31 do correu-te, num dos 10 projetos da indústria têxtil da-quela região, escolhidos pela Sudam. Ao esco-lher tais projetos a Sudam considerou a ne-cessldade de se ultimar o esquema financeiroaprovado para empresas do setor têxtil, porestarem os mesmos em fase avançada, já empré-operação ou penetração de mercados. Sãoos seguintes os projetos selecionados pela Su-dam: Companhia Fabril de Juta Parintins,Fábricas de Tecidos Matinha S.A., TecelagemT. Medeiros Importação e Exportação, Fábri-ca de Tecidos Santa Isabel, Cia de Fiação cTecelagem de Juta de Santarém, Cia. Têxtilde Castanhal, Fiação e Tecelagem Nossa Se-nhora de Fátima, Indústrias Martins Jorge,Pedro Carneiro S.A. — Indústria e Comércioe Fiação e Tecelagem de Juta Amazônia. •O escritor Francisco de Assis Barbosa foi ho-menageados pelos seus companheiros da En-cyclopaedia Britannica do Brasil pela sua elei-cão à Academia Brasileira de Letras, que lheofereceram uma placa de prata.

Guanabara teve apenas mn

projeto aprovado pelo CDIdurante o mês de novembro

A Guanabara voltou, em novembro, a ser o Es-tado que teve menos projetos de investimento apro-vado pelos Grupos Executivos do Conselho de De-leMmento Industrial - CDI - do Ministérioda Indústria e do Comércio, equiparando-se a Pei-nambuco, com apenas um projeto.

Dos 42 projetos aprovados no mes de novem-bro, Bto Pau?Í foi responsável por 22, Minas Gera snor oito Rio Grande do Sul por cinco, Rio cie Ja-Se ro Sr três e Santa Catarina por dois. O valor3os

°nVc timentos fixos dos 42 projetos aprovados

atlniriu a Cr$ 732.887 mil, sendo que 86',-. ou CtS630 805 mil corresponderam a São Paulo e apenas0,3%, ou Cr$ 2 758 mil à Guanabara.

Países produtores de caféconfirmam presença no Rio

EM MAQUINAS

Foi de CrS 2 849 492 mil oequivalente em cruzeiros dovaler dos investimentos pre-vistos cm máquinas e equi-pamentos e referentes aosprojetos aprovados peloConselho de Desenvolvi-mento Industrial no perio-do dc Janeiro a novembro.A percentagem do equipa-mento nacional sobre o to-tal é de 43%.

O Grupo Executivo daIndústria Automotora —Oelmot — foi o que lide-rou, no periodo, o valor dosinvestimentos em máquinase equipamentos, com 795 223mil cruzeiros. O percentualdo equipamento nacionalsobre o total dos equipa-mentos a serem utilizadosserá de 64%. Segue-se oOrupo Executivo das Indús-trlas Quimlcas — Gelqulm— com CrS 563 990 mil c45%.ESVAZIAMENTO

Ainda não está marcadaa nova reunião da Assesso-ria Especial do Governadoreleito Chagas Freitas. Ad-mlte-se que a mesma só ve-nha a se realizar na pri-melra quinzena de Janeiro.A última reunião realizadatem cerca de 15 dias.

O.s estudos entregues pc-Ias entidades empresariaisda Guanr'->nra continuam aser examinados pelos técni-cos que formam a Assesso-ria. Várias sugestões sãoclassificadas como aprovei-távels, dependendo dos cn-tendlmentos com as autorl-dades federais, Já que algu-mas das medidas propostasdependerão da decisão doGoverno federal.

Além dos estudos entre-gues pela Comissão de pre-sidentes de entidades em-presar'ils da Guanabara, aAssessoria está desenvol-vendo seus próprios estu-dos, como também outrassugestões de caráter isola-do. Algumas se localizam noaspecto tributário. Dentreestas, destaca-se a que su-gere a regulamentação doFundo de ReorganizaçãoIndustrial, que prevê a uti-llzação dc 10% da arreca-dação gerada pelo Impostosobre Circulação dc Merca-dorlas — ICM — incidentesobre a atividade industrial,para aplicação na própriaIndústria do Estado. Outrassugestões estimam a trans-ferência de alguns setoresda área dc Influência doICM para a do Imposto só-bre Serviços — ISS.

Representantes da Colômbia, SãoSalvador, Guatemala, México, RepúblicaDominicana, Ruanda-Burundl, Angola cCamarões, Já confirmaram suas p.cscn-ças na reunião dc produtores dc café.marcada para a segunda semana dc Ja-nclro. iu Rio, com a finalidade de traçarlima linha básica de ação Junto no mer-cado internacional.

Na opinião cies brasileiros, autores doencontro, Isto se faz necessário a fimde que seja temada uma posição capazde evita:- um possível desmantelamentodos atuais nivels de preço do café. Espc-cula-se sobre um acordo dc comerclali-zaetio que manterá a cotação do produtonuma média que variará cm torno dos53 centavos dc dólar por libra (Índicedo Santos-4i.DIFICULDADES

Apesar dc alguns observadores semostrarem pouco otimistas quanto a estareunião programada pelo Instituto Bra-sileiro do Caíé (IBC). acredita-se napossibilidade dos colombianos e mcxlca-

Leia editorial "Máquinas c Homens'

SUDENEEXERCÍCIOS DE 1968 E 1969

PRAZO FATAL:31 DE DEZEMBRO DE 1970De acordo com a legislação em vigor, termi-

na no próximo dia 31 o prazo para aplicação vo-luntária dos depósitos feitos por Pessoas Jurídicas,à ordem da SUDENE, nos exercícios de 1968 e1969. A não incorporação dos referidos investi-mentos pelos projetos beneficiários até 31-12-1970,importará na perda dos direitos de opção e na re-versão dos recursos para o FURENE - Funô deReaparelhamento Econômico do Nordeste.

A Diretoria da NATÉCIA - Companhia Tex-til de Natal, empreendimento industrial em im-

plantação em Natal, Rio Grande do Norte, comu-nica que realizará sua última incorporação no dia30-12-1970, estando autorizada pela SUDENE areceber, até o próximo dia 29, depósitos referen-tes aos exercícios de 1969.

As empresas interessadas em investir naNATÉCIA os recursos de 1968 e 1969, bem comoas pessoas físicas que queiram subscrever açõesde participação integral para abatimento de 100,ona renda bruta, devem entrar em contato com a

GEFISA-VAMOSA, à Av. Rio Branco, 131 - 10.

andar, telefone: 252-4030, no Estado da Guana-bara.

nos voltarem a se aliar ao Brasil na ado-cão de um sistema de defesa de preçosdo produto no mercado mundial,' O pessimismo vem ia propósito da.scriticas que o Brasil sofreu por partedos seus concorrentes, desde 1987, quan-do Iniciou as suas vendas através de con-tvatos especiais sistemáticos, bonlflcandoas compras adicionais íeltas por firmasimpnrtador.is tradicionais.

No entanto, os comerciantes achamque há multo mais Interesse dos demaisprodutores cm continuar aliados ao Bra-sil, pr)!s ainda somos o maior produtore. desta teima, manipulamos o mercadoa d&spelto das manobras especulativas degrupos Internacionais.LUTA IGUAL

Fontes oficiais admitem que o prin-clpal objetivo desta reunião dc produto-res seja o dc Informar aos demais pro-dutores a tática política que o Brasil vaiadotar frente á Organização Internado-nal do Café, na sua próxima convenção,cm Londres, no mês de março.

/I^ COMPANHIA FÁBRICA DEUÇI TECIDOS DONA ISABEL^^"^^ Sociedade

de Capital Aberto - CGC.MF 31.119.639/1

AUMENTO CAPITAL - DIVIDENDOSAUMENTO CAPITAL - Lembramos aos Senhores Acionistas que a subscri-

ção até 31-12-70, face à nossa condição de sociedade de capital aberto, possi-bilitará o abatimento de 30% do respectivo valor na sua renda bruta, paraefeito de redução no imposto de renda, o que deve ser considerado com aten-

ção pois representa benefício extraordinário.

O aumento do capital em curso, conforme AVISO publicado na forma do

costume de CrS 8.000.000,00 e com garantia de subscrição integral por partedo Banco de Investimentos Copeg S.A. , deverá ser exercido mediante apre-

sentação do COUPON N.° 23. O prazo de preferência legal termina a 20/ I//I.

DIVIDENDO N° 145 - Está sendo pago o dividendo n.° 145, mediante a

apresentação do Coupon n.° 24, correspondente ao exercício de 1969, sendo

12% para as ações ordinárias e 12% para as ações preferenciais.

LOCAIS E HORÁRIO

RIO DE JANEIRO - Rua Buenos Aires, 150-A - 2.° andar

PETRÓPOLIS - Rua Dr. Sá Earp, 632

SAO PAULO - Rua 24 de Maio, 77 - 5.° andar (Banco Halles)

Largo de São Bento, 64 - S/91-92

DE 8,30 AS 10,30 E DE 14 ÀS 16,30 HORAS(aos sábados não haverá expediente)

Petrópolis, Dezembro de 1970.A DIRETORIA

MINISTÉRIO DOS TRANSPORTES

DEPARTAMENTO NACIONAL DE PORTOS EVIAS NAVEGÁVEIS

MOVIMENTO DE NAVIOS NOS PORTOS NACIONAIS- 28 DE DEZEMBRO

Porto.

A. AUAUSBELÉMNATAtCADEDELORECI.EAAACEIOSALVADORVITORIARIOANGRASANTOSRIO GRANDEPORTO ALEGRE

Nuvlotatracados

1012

.I

12

63

403

425I

Vagasno cais

Naviosrip.i_.oi

a3'12'

6 . 53

18I'

-à15 ¦•

Da produtividade portuária depende o sucesso das exportações.

A SIDERÚRGICADA GUANABARA

A Metropolitana de Aços é a única si-derúrgica da Guanabara. Fundada há 12anos, no quilômetro 2 da estrada Rio-SãoPaulo, bem próximo dos maiores centrosconsumidores brasileiros, à cada ano elacresce firme e gradativamente.

Hoje, possui 80 mil metros quadrados deárea. Técnicos categorizados e 900 opera-rios trabalham pelo seu progresso. 8 milacionistas participam de sua propriedade.

Sua produção tem consumo garantido,o Brasil tem fome de aço: ela detém 35%do mercado de vergalhões de aço do Gran-de Rio e exporta para o exterior.

O aço da Metropolitana serve aos esta-leiros nacionais, onde estão sendo batidasas quilhas de novos navios mercantes.Desce ao fundo dos alicerces e sobe às

SjÜfctaJLi, "imSBmm _¦___!

_W___W:____\JS'''<' -¦} * '^JsÍtK

vigas da monumental ponte Rio-Niter6i.Molda a estrutura de milhares de casas eedifícios que, a cada dia, surgem em todoo país graças ao Plano Nacional da .Habi-

a<?Em 1966 produziu 11.614 toneladas da

aço. Em 1971 chegará às 50 mil toneladas,que se transformarão, em futuro breve, como novo Plano de Expansão, em 280 mil to-neladas. Êste será o grandioso marco dodesenvolvimento dà Companhia Metropo-litana de Aços e da Siderurgia da Gua-nabara.

títJCONIPANHIft^METROPOLITANA DE AGOS

EUA adiamvotação dalei dc quotas

Washington (AFP-JB) —O Senado norte-americanodecidiu ontem adiar, até dc-pois de 21 dc Janeiro, a vo-tação sobre quotas para lm-portBÇÕM de têxteis, calca-dos c outros produtos. Por•19 votos contra 21, o Sena-do propôs também adiar ateo próximo ano a votação só-bre a reforma da ajuda pú-;bllca (plano do assistênciafamiliar).

Dentro de alguns diastermina a Nona Sessão Or-'dlnúrla do Congresso Nor-te-Americano. O PresidenteNixon Indicou que subme-terá novamente ao Con-'gresso seu plano de assis-tí-ncla familiar e «eu pro-jeto dc lei comercial, a par-tir dc 21 de Janeiro.

Brasil apoiarápreço de trigo

O Brasil deverá apoiar afixação dc preços mínimo,para a comercialização In-ternaclonal de trigo, na"reunião que se realizará em18 dc janeiro, em Genebra,entre os paises exportado-res e Importadores, para adiscussão e estabelecimentode uma nova Convenção sò-bre o Comércio de Trigo.'dentro do Ajuste Interna-cional dc Cereais. ,,

O íiltlmo Instrumento fl-xado, que data de Io dc Ju-lho de 1068, não está sendoutilizado, uma vez que ospaises exportadores empe-nharam-se em uma verda-deira guerra dc preços, ge-rada pela superproduçãotemporária do cereal. A in-formação foi prestada on-tem por técnicos brasileirosque estudam a posição a seradotada no encontro.EVOLUÇÃO

A Convenção sóbre o Co-mérclo dc Trigo, vigentedesde 1988. foi estabelecidaem 1967, quando da criaçãodo Ajuste Internacional dcCereais, em negociação quecontou com a presença doBrasil, que se reservo»quanto à sua aprovação In-tcgral, uma vez que o ins-trumento não atendia Intel-ramente aos interesses na-clonals. A posição brasileiraera dc que não havia nc-nhuma Justificativa para oaumento de preços do pro-duto. Por outro lado. nãofoi oferecida nenhuma com-pensação que motivasse aadesão Integral. O Japão co Reino Unido — os doismaiores Importadores —haviam recebido benefíciostarifários, por ter sido areunião realizada no âmbitodo GATT.

Básica mente,a Con-venção tinha por finalidadefixar um quadro geral docomércio Internacional detrigo, dentro do qual asoperações se fariam com aobservância de direitos edeveres estabelecidos paiaImportadores e exportado-res. Um de seus capítulosintroduzia uma novidade:no anterior Acordo Interna-cional do Trigo, datado de1962, os preços se referemao trigo Manltoba. do Ca-nada, enquanto que a Con-venção estabeleceu preçosde referência para 14 tiposdo cereal. .,

Esta medida, levou a umreajuste dos diversos pra-ços, com base nas operaçõesrealizadas nos anos prece-dentes, representando umaumento médio da ordemde 20%.

DECLÍNIOA Convenção sofreu, tão

logo entrou em vigência, su-cesslvos reveses, até qufc.cerca de um ano depois, }úhavia uma forte concorrén-cia de preços entre os ex-portadores, tendo em vistaa superprodução do cereale a existência de grandesestoques no Canadá, Esta-dos Unidos e A u s t r á 11 a ,pressionando para baixo ospreços no mercado Interna-cional.

A partir dêsse momentç,— em que a média dos pro-ços alcançou o nivel maisbaixo dos últimos anos -â Convenção praticamentepassou a ser Ignorada e ocomércio internacional dei-xou de possuir um instru-mento regulador.Em agosto dêste ano, os pa-ises signatários da Con-venção voltaram a se reunirpara o exame da situação,com a participação do Bra-sil, o que resultou na pre-paraçáo de uma nova con-ferência negociadora. Omercado, no momento, seapresenta em relativa alta,com os preços se aproxl-mando dos mínimos ante!-rlormcntc vigentes — du-rante a queda eles chega-ram a estar 20% abai-xo dos nivels fixados. Istose deveu, em grande partea redução --¦ planejada —-na produção do Canadá, Es'-tados Unidos e Austrália.

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JORNAL DO BRASIL Q Terça-feira, 29/12/70 Q ..° CadernoBOLSAS E MERCADOS - 17

Financeiras já operamcom refinanciamentos

Mercadorias Taxas de Câmbio

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Três financeiras realizaram ontem com a Cal-xa Econômica Federal aa primeira-» operações dereflnamclamento de crédito ao consumo por prazolongo. DUse o presidente da Caixa, Sr. Olampaolode Falco, que, -com Isso, "eapera-se uma folga nacolocação das letras de cambio, acompanhada deuma correspondente baixa nas taxas."

Tudo Indica que este fim de ano e o Inicio dopróximo vlrâo com fatores de mercado e gestõesoficiais no sentido de se obter uma nova baixa descustos de financiamento. Contudo, acham os ana-listas de mercado que o investidor — na realidadequem supre o sistema de recursos pela aplicaçãoem letras — deverá ser convencido da baixa nastaxas nao apenas por fatores gerais de políticaeconômica, mas essencialmente pela experiênciade declínio do custo de vida.

Vistas as coisas desse angulo tuna parte dosobservadores é otimista e outra pessimista. Os pes-s-mlstias apontam os ganhos relativamente mo-destos no» índices de custo de vida este ano. Osotimistas acham que 1071 será o ano consagrado,de tima efetiva tendência à baixa dos preços, den-tro do esquema de politlca graduallsta adotado peloGoverno.

Alguns analistas apontam a possibilidade decrescimento dos Índices de preços êste mês at>ai-xo de 0,7._, se continuarem as tendências rcgis-tradas até o meado do mês. Por outro lado, as au-toridades monetárias agiram com rapidez enxu-Bando os meios de pagamento através do sistemade open-market, o que deve ter concorrido paraevitar uma aceleração Imoderada dos meios de pa-gamento. Até meados dèstc mês prevla-se uma cx-pansáo de meios de pagamento ao redor de 22%

para o ano em curso, contra pouco mais de 32%'no ano passado.

A este lato soma-se um déficit de caixa sur-

preendentemente Inexistente até o tlnal de outu-bro. Em novembro, segundo se soube, o Ministérioda Fazenda estava "fazendo força" para que secumprisse a programação orçamentária, segundoa qual o ano de 1970 deveria ainda apresentar umdéficit de caixa entre Cr$ 700 e Or$ 800 milhões.Em termos reais, um déficit menor que o de 1969.

Esses elementos provavelmente concorrerão

para que no Inicio do ano. mesmo a alta dos pre-ços do café. que os torreíadorcs talvez devam ir

comprar no disponível, seja Insuficiente para de-

monstrar novas tendências inflaclonárias decorren-tes de preços retidos. Se fòr assim, as taxas pode-rão declinar tanto na captação quanto nos finan-

ciamentos.Segundo informou ontem a Caixa Econômica,

o pagamento do refinanciamento será efetuado até

50% do valor financiado pelo agente e representa-tivo do valor atual das derradeiras prestações dos

contratos de financiamento.

Neve e feriadosafetam as Bolsas

Nova Iorque, Londres « Paris (UPI-AP-AFP-JB) — IA Bolsa de Valores de Londres fechou on-

tem" Irregular, com o menor volume de negócios

dos últimos anos, fato explicado pelo feriado de

Natal e pelas dificuldades que a tempestade de

neve causou nos transportes. Apenas um terço dos

corretores pôde comparecer ao Stock Exchange.Náo obstante o pouco movimento, a tendência

dos negócios foi de alta moderada, refletindo a

alta da Bolsa de Nova Iorque, que ontem voltou a

subir com o Índice da Bolsa apresentando um lu-

cro de 20 centavos no preço médio das ações. A

média industrial Dow Jones fechou em 830,91, com

alta de 2,53 pontos. Foram vendidos 12,29 milhões

de titulos.Em Paris, numa curta semana entre os feria-

dos de Natal e Ano Novo, o movimento da Bolsa. esteve calmo ontem. Na abertura, houve pouca

procura e as ações flutuaram em torno de seus ni-

vels anteriores.

Bolsa de Nova IorqueNov» Iorque (UPI-JB) - Mídia de Dow Jones n» Bòl.â de Nov»

Iorque, ontem: ^^^

CAFÊ-Nova Iorque (UPI-jB) — O café Universalpara entrega futura fechouontem entre 20 pontos dealta e 25 de baixa na Bolsade Nova Iorque. As cotaçõosdos principais cafés paraentrega imediata foram asseguintes: Santos 3 — 55.Santos 4 — 54. Colômbia-nos Manizales — 54,5. Me-xlcanos Lavados Coatepec— 45,5. Ambrtz n° 2 BB —42,50.

Rio — O mercado de ca-fé disponível continuousustentado, com o tipo 7,safra 1970-71, mantendo-seao preço de Cr$ 18,00 por10 quilos. Fechou calmo.AÇÜCAR-Nova Iorque (UPI-JB) — O açúcar mundialn° 8 para entrega futurafechou entre nove e 11 pon-tos de alta. O mundial n°11 fechou entre 10 de altae cinco de baixa, com ven-da de 1 065 contratos. Qnacional fechou entre doisde alta e três de baixa, semvendas. O mundial n° 8 pa-ra entrega futura fechou a4,26 centavos de dólar, a 11-bra-pêso; o nacional a 8,15centavos.

Londres (UPI-JB) — Oaçúcar para entrega futu-ra fechou ontem em mer-

cado calmo na Bolsa deLondres, com venda de 153contratos. O produto paraentrega imediata fechou a44,50 libras esterlinas a to-nelada.

Rio — Mercado firme einalterado, tendo chegado7 405 sacos do Estado doRio e 800 de Sáo Paulo. Fo-ram embarcadas 5 000, fl-cando em estoque 18 129sacos.ALCODAO-Nova Iorque(UPI-JB) — O algodão n° 2para entrega futura fechouentre 10 e 15 pontos de ai-ta. O n° 1 fechou lnaltera-do.

Hlo — o mercado de ai-godão em rama funcionoucalmo e estável. Chegaram126 fardos de São Paulo e78 de Minas Gerais. Saíram200 e o estoque é de 1 007fardos.CACAU-Nova Iorque (UPI-JB) — O cacau para entre-ga futura fechou entre 20e 22 pontos de alta, comvenda de 485 contratos. OBahia para entrega lmedla-ta fechou a 31,80 centavosde dólar a llbra-pêso, comalta de 21 pontos. O Acrafechou a 32,30 centavos,também em 21 pontos dealta.

O Banco OentrtU afixou purahoje n . seguinte. ootnçOe», emeruzelros, no mercado livre:

Nova Iorque (UPI-JB) — Co-taç&e» das moedaa no fechamen-to do mercado, ontem, em rela-çAn ao ilAl.tr norte-americano:

ICompra | Vendas

_Dôlnr

" " 4,020 | 4,030

Libra Eat. 11.73880 | 11.80020Mnrco Al. 1.3478a 1 1..0001Plorlm 1,30505 | - 1,37834

Pr, Suíço | 1,14045 I 1,15038I.lro ! 0,007878 | 0,007054P, Belga | 0,008041 | 0,000841Pr. Prano. | 0,88053 | 0,80703C. Sttcca I O.SS128 i 0,08005C. ninam. | 0,85808 ! 0,88255X. Anil. | 0,180420 | 0,103050D. Cand, i 4,84374 , 4,00792C. Nor. j O.08053 | 0,00821K. Port, 0,168750 | 0,174240IVseu , 0,068880 I 0,071775F. Arg. 1 nominal | nominalP. Urug. I nominal | nominalt Conv. I 4,020 | 4,050

OPERAÇÕES COM BANCOS

Morda» | Reputes | Cober-| tura»

!_Dólar 4,028 4,9.3S Conv. ', 4,020 4,045Llb. Est. 11,77314 11.84822M. Alem. 1,34047 1,35883Florlm 1,38871 1,3748»Fr. Suíço 1,14184 1,14021Lira O.0O7S8S 0,007048Fr. Belga O.OODOfll 0.090740Pr. Franc. 0,89062 -, 0,8070]O. Sueca 0,93244 0,05908C. Dlnam. 0,65688 0,68188E. Port. 0.168961 0,174064Peset* 0,068964 0,071702P, Arg. nominal nominal

r.iisi-H Segunda I quinta

BANCO DE CRÉDITO REALDUPLICA SEU CAPITAL

Canadá<l -HlTl.lll.

30 dllls Ifut.im dias ((ut.BélgicaDinamarcaPraticaHolandaSu4cla-SllliiiAlem. Oc,

10,0880 I2,39342.3025 ;2.38830,020140 ;0,1336 112!0.1811 I -i0,2776 lb|0,1037 l;2,0.2321 i0,2745 I

0,08792.39322,30252,38820,0201550,13370,18120,27780,19390,2320500,2746

A AGÊNCIA

CAXIASDO

JORNAL DO BRASILFUNCIONADAS 8,30 ÀS 17,30HS

AOS SÁBADOS,DAS 8 ÂS 11 HS.

• Alterada em relsçJo à couçftnanterior.

SHOPING CENTERLOJAS 36-A E 36-BTEL.: 3903

O Banco de Crédito Real deMinas Gerais aumentou seucapital de 30 para 60 milhõesde cruzeiros, com a reavalia-çflo do ativo cm cinqüenta porcento c o restante em chama-da dc capital,

Comentando b rcperciissftodessa medida, Paulo A. Bap-tista de Oliveira, presidentedaquele estabelecimento, alir-moui

— "Com a duplicação docapital nossos acionistas rece-beram bonificações em açõesnovas, um filhote para cadaduas ações, além do direito asubscriçto de outra. Mas tan-to essa vantagem como agrande receptividade na ofer-ta pública das ações nao cau-sam surpresa. O Crédito Realé o banco mais antigo de Ml-nas Gerais e tem superadosem abalos, todas as crises porque tem passado a economiabrasileira. Para ilustrar essaestabilidade, citamos apenasum fato: nossas ações, de 1967até agora, apresentaram umarentabilidade média anual de5135'. por cento. Inclusive asbonificações e os dividendos.Esses números sio extrema-

mente significativos para quemconhece o mercado dc ações."

Por sua vez, Mauricio Cha-gas Blcallio, ex-prcslUentc doBanco do Brasil e dc todos osbancos controlados pelo Esta-do de Minas Gerais, consideraInviável a pretensa fusão doCrédito Real com o Banco doEstado de Minas Qerals, aflr-mando categoricamente:

— "Trata-se de um rumorsem fundamento. Uma íus&oimplica numa série de proble-mas. Ela eqüivaleria a triplicaresses problemas que, por suaprópria natureza, só podemser solucionados com o tempo.

Além do mais, prosseguiuMauricio Blcalho, o Banco doCrédito Real é um dos maisantigos do pais com raízestradicionais, um dos três maio-res bancos em aplicações be-ncflclando a produç&o agrico-Ia, e um dos mais respeitadosem operações com o exterior.Por Isso tudo. qualquer fusAoseria injustificável, principal-mente se levarmos em contaque o Crédito Real acaba deduplicar seu capital, aflrman-do uma poslçfto de liderançae de firme expansão." i

AçSes | Abcrt, 1 Mix. | Min. \ Fin.I"829.41

i 834.75 | 824,07 | 830.01 | + 2.53163,15 1 165,19 ', 162,68 1 164.75 + 2.16120,37 I 121.39 . 119,31 1 120,27 + 0.35-66.99 ' 269,34 ! 265,40 | 267,89 | + 1.40

_1_ Aç^" _„¦.. -ituizadM no índice: Industriais 790 600: FerroW-s•SUS; Con^loS 1."lço.Uuco. 366 300; Tota. 1 593 000.

30 Industriais20 Ferrovias15 concessionárias65 Aç6e»

MIEÇOS FINAIS:

Nova Iorque (UPI-JB) - Preços Unais na Bolsa de Nov. Iorque.

ontem:

AJ ind 4318Allled Chem J* {}•Allls Chal \\-\lAim Brands «_-J°Am Can ...i,Am Met OI 33-5|8Arncr Sld u¦Amer 9melt ••• 26-1.4Ani T&T Anaoonda ' ,Ai-mour ™ .Ati Rlch ^-Âtlas Corp _J__'8Bondlx __.t _Beth St ." '¦-Burroughs 'J7-38

Corro • • • is i'«Ches & Oh *?-18Ohrysler ,,„»coi g« ;•;;;;; S-a!»Con -W 10.112

.Cor* Oan 3* 'ÇPO Itóil ".I Vi.Crown zell $-1*Curtis» W JJ.JI*ilJSîmt '.'.'.'.'.'.'.'.. "-»:«'East Air li •n.14Eastman j, '

'Ford MGen BI „ ,.,Oon Foods «;»»<hm Motors Ya-nOllle-te gj ¦"Goodyear .,

Ssft w B 'Y.:::.::: .«-I' IBM _ipí Harv 4.--Int Nlck "-._mt Hei & Tel ?°"™Johns Manvllle ™;Kennecott ij6-3|4Kroger 16.r8Lohman <<-i nLockheed n..1.Loows Thea '* 'Lon-'Star Cem u*WMarcor Ino «i.iGMobU OU iiil*

Nat C«_h R 39Nat Dist 16-12Nat Lead 18-14Otls Elev 42-5 8Pac O El 34"MPan Am 12-1 4Pcnn Central 6Phillips P M-l»Pub SEG 27-5 8ROA 26-3^4Rcp Sti 28-l|2Rey Ind 55-1,4Sears RB 75Southern Rall 61-7;SStd O Cal 53-3/4Std O ind 52-3'8Std O NJ 71-1|2Standard Brands 47-3|4Stud» Wonth 54-3:8Swllt 30-112Tech Mftt 3-3[8Texaco 34-V,4Texas G-ulf H-1WTextron. 24-3;aTlmken 32Un Oarbida 39-7|8Un Pac RIR 40-l|2lUnited Alrcr 32-1Í2Utd Brands 15-314US Steel 31-3)4US Gypsuvm S0Unlroyal 21US Smeltlng MWc..tg El 67-i;4Woolwth 36-3,8Alleen 40-3;4Ark La Gas 24-liaBrlt Am OU 79Cicole P 25-7(8Espcy MFp S"7!8Glanl Yell 9-14Home Oli A 28-5 8Husky OU M-114Nori So Ry II-1'.4seabrook Foods 6-3J8Syntex 37-718

INVESTIMENTOCarta dt Aulorizaçio n? A-69/2909 • 17/7/69 - C.G.C. N? 92.696.293

BALANCETE ENCERRADO EM 04 DE DEZEMBRO DE 1970

ATIVOPASSIVO

DISPONlVIl

CêiKi e Bêncoi

REAlIZAVIl

D.v. p,R..pon»b,l,d.dt. Cambiai. ^ «!'«7'.í!

Dev. p,.in_n.i.mento ao Coniumidor 4'*797a.'m

Dev. p/Finsocismento MNAME "s.'£'-lii&Dev. p/Contr«loi Empréilimo»Dtv. p/Empréil. FIMACO/BNHEmpr. * Indústrias — R«». 63Créditos em liquidaçio

4.410.562.51

6.368.253,977.060.804,547.303.843,50

12,00

ulsairrévei- 1Í4S»SI«2litli. CambialOutroí Créditos Rtalizivtil

DEPARTAMENTOS NO PAÍS

IMOIIUUDO

Imobllliajõei

RESULTADOS PINDINTIS

Contai d« Rsiullado» ¦

DESPESAS EXERCÍCIOS FUTUROS

FUNDO DE INVESTIMENTOS FINASUL ...

FUNDO 8ANSU.VEST DE INVESTIMENTOS

COMPENSADO

Conla» de Compenjaçio

34.002.608,28 171.005.902,50

NAO EXIGfVEl

r ., 14.000.000.00

^todeCpila-VYYYYYY -.00000000Reservai

EXIGfVEl

t- 1 í»_-.ut_t. 78.111.937,60Títulos Cambiais _ , .,Refinanciamento FINAME i«, onViiRelinancismemo BNH * ™Va_.'.oObrig. em Moida Estrang. - Res. 63 .'•fH-iSTSDep. s Prato c/Corr. Monetéris Outros Créditos

15.883.381,19

30.694.334,2517.131.945,46

64.677.834,94 l.pAR1AMENI0S NQ pA(s

1.555.062,66

7.292.350,94

4.152.409,85

273.094.123,4018.996.060,17

10.071.763,25

454.571.915,80

756.733.862,62

RESULTADOS PENDENTES

Comas de Resultado

RENDA COMISSÕES EXERCÍCIOS FUTUROS

FUNDO DE INVESTIMENTOS FINASUL

FUNDO BANSULVEST DE INVESTIMENTOS .

COMPENSADO

Contas de Compensação

154.306.823,29

83.129.890,63

9.244.363,38

10.529.664,91

273.094.123,40

18.996.060,17

10.071.763,25

454.571.915,60

756.733.862,62

Waller Joié DiehlDiretor

Paulo Ssltmbrln» Carvalho CiusDiretor

Ivo luii limpar!Diretor

Jorge Oerdau JohannpslerDiretor

José Luiz WicVartTC CRCRS n.« 6789

FINASULINDUBTRIAL

Sociedade AnônimaFinanciamento, Crédito e Investimentos

Carla de Autorização n? 175 de 05/02/64 — C.G.C. N° 92.659.390

BALANCETE ENCERRADO EM 04 DE DEZEMBRO DE 1970

ATIVOPASSIVO

DISPONÍVEL

1.773.451,74Caixa t Bancos

REALIZÁVEL

Dev. p/Responsabilidades Cambiais 25.377,75Dev. p/Financiamentos ao Consumidor 70.185.823,53Dev. p/Financ. to Consumidor Dirato 4„. '..:,.

Dev. P/Ces,ão d. Crédito WsfaolTlts. Cambiai» Realiiáveis „,.„„._'__ ,„. iai si.09Outro. Crédito, R.alizéveis ^0.178.838,65 143.161.515,92

DEPARTAMENTOS NO PAlS 88.469.959,72

IMOBILIZADO

, ,.„ 2.753.122,81Imobiliiaçbei


, „ :'. 5.107.128,94Contas d« Resultado ^_241.265.179,13

COMPENSADO

. 154.271.745,10Contai de Compensaçio •.

395.536.924,23

NÁO EXIGÍVEL

Capital

Rastrvas

Lucro* em Suspenio

EXIGÍVEL

Títulos Cambiais

Outros Créditos

DEPARTAMENTOS NO PAÍS


Contas de Resultado ...

COMPENSADO

Contai de Compensaçio

8.000.000,00

306.962,24

22.258,57

128.283.325,46

4.749.467,31

8.329.220,81

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135.032.792,77

87.845.335,86

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* 10.057.829,69

241.265.179,13

154.271.745,10

395.536.924,23

Waller José DiehlDiretor

Ruban Waller HainackDiretor

Jorga Gerdau JolunnpelerDiretor

Jorge Edgar JechllMDiretor

Jo.* luii Wicker»TC CRCRS n.° 6789

Sede Própria Porto Alegre - Rua dos Andradas, 1351 - Ed. Finasul - Fones: 24-2033, 24-2103 - 24-2054 e 24-2181 • R'o « Janeiro:andar - cito. 1001 - Fones:- 252-8743 e 252-4695 • Sâo Paulo: Flua Direita. 250 - 15? andar - cj.to. 1505 - Fones. 36-2441. 34-1696,

'Praça da Inglaterra, 6 - 5? andar - cjto. 501'- Fone: 2-1005 • Recife; Av. N. S. do Carmo, 110 - 1? andar - Fone: 4-5712. -

Rio de Janeiro: Av. Almirante Barroso, 22-10", 32-9385 • 35-1907 • Salvador:,.;: j

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18 - BOLSAS E MERCADOSJORNAL DO BRASIL D Tòrça-íoira, 29/12/70 1.° Caderno

IBV tem novo recordecom 3,1% de melhora

Contrariando a expectativa de alguns cspe-ciallstas, a Bolsa do Rio abriu a semana cm alta,com o IBV médio batendo novo recorde e a quan-tldade de recursos e ações operadas, representan-do, ambos, o segundo maior volume do ano. O in-dice — Ilxando-se em 1 052,0 — melhorou 50,2 pon-tos, com uma valorização de 3,1%. Com 7 842 mil ti-tulos as transações foram superiores a CrS 29,7milhões.

Especialistas acreditavam na possibilidade domercado vir a "afrouxar" durante estes dias en-tremeados de feriadas. A explicação mais lógica éde que o grande movimento registrado está sendoprovocado principalmente pelos fundos de invés-tlmento que, a poucos dias de encerrarem seuexercício, procuram ter a melhor carteira possível.

RESUMO DO MOVIMENTO

As ações do Banco do Brasil atingiram ontemum volume de transações Inédito, representandoCr$ 5 245 mil. As demais ações mais negociadas ío-ram: Vale do Rio Doce (port.), Cr$ 2 201 mil; Bel-go-Mlnelra, CrS 1967 mil; Acesita, CrS 1471 mil eBanco Estado da Guanabara, Cr$ 1454 mil.

Dos 36 titulos que integram o IBV, 21 se apre-sentaram em alta (mais dois do que na quarta-feira, último dia de negócios); oito em baixa (maisdois), cinco permaneceram estáveis (menos cincoic dois — Cimento Itaú e Dona Isabel — não ío-ram negociados.

As maiores variações individuais sóbre as co-tações anteriores foram: Banco Estado da Gua-nabara, mais 13,6^; Bco. do Nordeste, 8.4; Sid.Nacional (port.), 7,9; Petrobrás (pref. port.), 6,1e Nova América (ord. port.), mais 5,9%. As prin-cipais desvalorizações foram: Petróleo Ipiranga(pref. port.), menos 2,9%; Kibon, 2,1: Brahma(ord.l. 1.14: Brahma (pref.i, 1,0 e Souza Cruz, me-nos 0,8 ponto.

OS SETORES

As ações englobadas no setor dc bancos tive-ram ontem a maior alta do ano. cDm 133.7 pon-tas (mais 55,8 na quarta-feira). Mais três subiram:siderurgia, mais 74,9 (mais 60.4»: têxtil. 41.5 (mais14,6) e energia elétrica, mais 37.1 (menos 29,2'.Dois, em alta na quarta-feira, caíram: alimentos cbebidas, menos 12,2 (mais 6.1) e comercio, menos0,2 (mais 11,0) pontos.

TERMO

Apesar da alta. o mercado a termo esteve maisforte do que no dia 23, representando 15.0% dovolume total de recursos operados. Os prazos, en-tretanto, continuam superior à média de mesesatrás. Ontem, por exemplo, nâo houve nenhumaoperação com fechamento a 60 dias, sendo todas de90 a 120 dias de fechamento. Por êste mercado, ospapéis que tém maior expectativa de valorizaçãosão os bancários, sendo que Banco do Brasil chc-ga a ter íechamentas acima de CrS 28.00. O maisnegociado do dia, neste mercado, foi a Acesita, commais de 500 mil ações negociadas.

Títulos

UniãoEstadosCias. DiversasOp. a TermoTotal

Quantidade Valor Venal

1 491fi 489 7051 352 7037 843 899

25 347.0025 328 694,57

4 464 031,3529 818 072.92

Média S.N.28-12-70 23-12-70 14-12-70 7-12-70 Dezembro 69

40 291 39 350 37 6G6 36 935 20 217

Bovespa sobe 14,7 fiontosSão Paulo (Sucursal» — A Bolsa de Valores

iniciou a semana com uma nova alta no indice, rc-gistrando o mais alto do ano. O mercado de on-tem, apresentou-se bastante movimentado, comresultados superiores aos da sessão anterior. As co-tações fixaram-se cm alta. ocasionando uma va-lorização de 14,7 pontos. Mais 1,85%, no ÍndiceBovespa.

A abertura do índice foi de 804,0 pontos, c oseu fechamento foi de 813,6 pontos, com uma me-dia de 809,7 pontos, que íoi considerada a maisalta do ano. A quantidade de titulos negociada foide 6 273 886, totalizando CrS 17 651175,48.

As ações que mais subiram foram: Duratex(PP-C/25), 9,5%; Petrobrás (PP-C/4), 8,1%; Máqs.Piratininga (PP), 7,1%; Estréia (PP-C/6H, 7,Q%;Sid. Rio-Grandcnse (PP), 5,8%. As ações que maisbaixaram foram: Eucatcx (OP-AT), 2,2%; Cimen-to Itaú (ON), 1,6%; Cica (PP), 1,6%; Amo (PP-C/48), 1,3%; Melhoramentos dc S. Paulo (OP>,1,2%.

EMPRESASA Bolsa do Rio, a pedido da empresa, prorro-

gou até o dia 15 de janeiro, o prazo para negocia-

ção de ações "com direito" da Dona Isabel, de acòr-do com normas baixadas pela Caixa de Registro ede Liquidação da entidade.

Nos três dias úteis da semana passada, penúl-tinia do ano, a Bolsa do Rio registrou um acréscimocm seu IBV médio de 8,8 pontos em relação ao dasemana anterior, representando 0,6% de valoriza-ção. O indice Preço-Lucro se manteve estável, con-tinuando na média de 19,0. Apesar de dois dias amenos, o volume médio negociado em ações íoi2,5% apenas Inferior ao da semana anterior. Asações mais negociadas à vista foram: Petrobrás(ord.), 2114 mil; Acesita, 1884 mil; Eletrobrás(pref. port.), 975 mil; Banco Comércio e Indústriade Minas Gerais (em apenas um dia), 737 mil eBelgo-Mlneira, 754 mil. A termo, o papel mais ne-gociado foi Acesita, com 640 mil ações.

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O índice BV médio da Bolsa do Rio subiu ontem50,2 pontos. Valor negociado: CrS 29 792 mil

Fundos de Investimento. Data Cota

AIMOnC Inv -4-12-70 11.886AMERICA DO SUL 21-12-70 1.441ANI.ANGUERA 15-12-70 1.(56APL1TEC 9-12-70 10,65APOLLO I (Fundo Especla-llzadoi • • • 23-12-70 1.17..

APOLLO II (valorização) . 23-12-70 1.039APOLLO III, IV V. VI (Vr.Contr.) 33-12-70 1.0.19

BRANT RIBEIRO 23-12-70 1.17BBI Bradesco 22-1270 1.47BCN Flnacional 16-12-70 2.654BALUARTE Inv 21-12-70 1.203BAMERINDUS 22-12-70 2.99BMG 23-12-70 1.29BANSDLV-SST 11-12-70 2.09BARR03 JORDÃO 17-12-70 1.458BOSTON 21-12-70 l.lllBOZANO 24-12-70 3.801BRACINVEST 18-12-70 1.48BRASIL 23-12-70 0,849CARAVELO FIC 23-12-70 2.38CATARINENSE 15-12-70 1.78CEPELAJO 28-12-70 1.5124CITY BANK 24-12-70 1.204COC •' 21-12-70 1.175COMPLANO 18-12-70 1.283CORBINIANO 22-12-70 1.67CODERJ 2-12-70 1.23COTIBRA 28-12-70 1,873CREDITUM 22-12-70 1.53CREFINAN 23-12-70 15.926CREFISUL (conla capital) • 29-12-70 63.317CREFISUL (conta equilíbrio) 29-12-70 49.0B5CREFISUL (conta patrlmo-ntol 29-12-70 50.522

CREFISUL (conta garantia) 29-12-70 45,348CRESCINCO 22-12-70 2.166DELAPIEVE 18-12-70 1.588DINAMIZA 23-12-70 1.14DELFIM ARAÚJO 23-12-70 1,75DELTEC 21-1--70 1.491DENASA 23-12-70 1.494FAIOON 10-12-70 1.405FIDUCIAL 16-12-70 2.2B3FIMAN 23-12-70 1.5B6FINASA 22-12-70 1,33FINEY 23-12-70 1.99FUNDOESTE 4-12-70 1.21OODOY 22-12-70 1.316ICI valorlzaç&o 10-12-70 7.03IMPÉRIO 21-12-70 1.523INTERVAL 18-12-70 1,518INVESTBANCO 22-12-70 2,48INVESTBOLSA 22-12-70 3.8704ITAÜ 23-12-70 5.86LIBRA 28-12-70 1.192LIQUIDEZ 22-12-70 1.00MINAS Invest 22-12-70 2,15MM 23-12-70 1.542NACIONAL DE AÇÕES .. •• 21-12-70 0.581NACIONAL Invest 28-12-70 1.172PARFISA 21-12-70 1,519PAULO WILLEMSENS 28-12-70 1.74REAL 28-12-70 2,71REAVAL 16-12-70 2,17REGENTE 23-12-70 1.262RIQUE 21-12-70 1.30SAFRA 18-12-70 1.49SAMOVAL 18-12-70 1.275SAO PAULO MINAS 16-12-70 2,792SOFISA 18-12-70 2,201SBS Subba 21-12-70 1.08TAMOIO 23-12-70 1,571UNIÃO Invest 2:1-12-70 t.387UN1VEST 18-12-70 2.30VERA CRUZ 24-12-70 15,47

CH. Dhl. Valor

out.Junhosei.Junho

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CrJ mil(0,978) 9 118(0.04 ) 3 343(0.03 ) 2 211a,brí) 3 442

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(0.02 1(0 05 I(0.10 )

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Junho 10.12 )Mt. (0.03 )mensal (0.005)out. (0.29 Imarço (IS1-,.)out. (0.1348)

Junho (0.10 )Junho (0.0161agosto (0.0114)Julho (0.05 )

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(0,025)(3,5 )

(0.10 )(0,27 )(0.09 )

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31 587611

33 5709 895

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7 608133

7 134373

5 1007 5582 718

70 54022 193

FUNDOS DE INCENTIVOS FISCAIS

AIMORÉ 2-1-12-70 2,089ANHANGUERA 9-12-70 2,67APLITEC 15-12-70 13.95BAHIA 18-12-70 3.56BAMERINDUS 22-12-70 2,22BIB Crcsclnco 22-12-70 2,70BIG 23-12-70 1.10BMG 17-12-70 2,72BOSTON 11-12-70 2,565BOZANO 28-12-70 1.464BRADESCO 21-12-70 2,37BRAFISA 18-12-70 3.023CARAVELO 18-12-70 1,51CGC 21-12-70 1.487COPEG 24-12-70 1,8042CREFIPAR 16-12-70 1.503CREASUL 21-12-70 2.283OREDINOBTE 10-12-70 1.23CREDITUM 3-12-70 2,85OREFINAN 23-12-70 28,230CREFISUL 10-12-70 1,807DECRED 21-12-70 1,98DENASA 23-12-70 1,67FIDUCIAL 1(1-12-70 1,933FINACIONAL 16-12-70 2,58FINASA 21-12-70 2,20FDTASUL 17-12-70 2,59GODOY 22-12-70 3,509IOI 17-12-70 3,42INVESTBANCO 17-12-70 2,59IPIRANGA 23-12-70 3,10

ITAÜ 28-12-70 4,40

LEVY 22-12-70 1,1)47

MINAS Invest 10-12-70 1,34

MM 23-12-70 0,804

NOVO BIO 16-12-70 1,55

NACIONAL 28-12-70 3,035

PAULO WILLEMSENS 28-12-70 1,69

REAL 28-12-70 2,30

RIQUE 17-12-70 2,172

SAFRA 17-12-70 2,58

SOFISA . . . 18-12-70 2,673

SPI 18-12-70 5,725SABBA. 10-12-70 0,377SPM 21-12-70 1,184TAMOIO 23-12-70 1.81

Junhodc/,.dez.bct.

dez.dez.ngôstoJunhodez.

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(0.20 )(0,03 )(0,08 )

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(17,7 )(0,4025)

(0,10 )(8-;. )

Grande, médio ou pequeno investidorlucram mais no

FUNDO VERA CRUZDEWjORIZAÇÀO

Administrado P''o Banco Brotll-lro d«Irweil.man.oi Ipiranga S. A.

Roa (io Ouvidor, S0 . 4.ond.-T«l.i 231.3919

Uma empresa doGrupo Financeiro Ipiranga

i*i "P f^WW^f^W^kHOJE-Fundo Vera Cruz do Valorização 15,47 Fundo Ipiranga do Incentivos Fiscais 3,10

BOLSAS DE VALORES

*<;<-.._

AiT.lt A Alpargata . pref Alpargatas, ord America Fabril Antárctlca, ex,uonArno, o;48 Bco do On_.li ox;dlv BcoBradCMO de Investi-

mento, preflli-n _.,l Guanabara, exdlvBco Est tf a» Paulo, ex dtv .Bco Itaú America, ord ....Bco Nordeste do Urx-ll ...Iiclgo-Mlnelra Brahma, preiBrahma, ord •m... Energia Elétrica, exi

dir H:._. Roupas, exdlv —Cacique Caie Solúvel, prei,

port, antigas Crua Anulo Brás, ord Clmaf, ord Cimento Itaú, pref. port.c-IB

Cimento Itaú. ord, nom .Docas de Santos, antigas .Dona Isabel, pref. port,

antigas, eixldlrDreher, ord. port Durntex, pref Estrela, pref, clfll Eucatcx Ferro Brasileiro Ford-Willys. ord, port ...Indústrias Vlllares, pref,

port, cbon Isirn, ordKrluorTs. pretKlbon -.a".Lojas Americanas, ord, c

dlv ••Miisnesita, ordMannesmann. ord . •••••••Melhoramentos Sio Paulo,

ord .«• ; • •Mesbla. pref. ex.dlr. port .Moinho SantistaNova América, ord. port.exdlr

Paulista Força e Lua ....Petrobrás, pref, portPetrobrts, pref, nomPetrobrás, ord, nomPetróleo Ipiranga, pref,

port. exdlrRefinaria UnUo, pref. nomSamltrtSiderúrgica Nacional, portSiderúrgica Blo Oranden-

se. pref, port, ex;dlv ...Sou?* Cruz. ex'dlv Ultralar. pref. port •••••••Unlao Reflnadores, ord.

port Vale Rio Doce, pref. port.

exbon White Martins, ex.dlr ....

Rio dc Janeiroir» BÍbrí

Quant. | Abert.l Fecb.! Máx. i Min. Méd.

Média

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31 000 2,70 2,72 2,75 I 2.70 2,73 -|- 0,06fl.", ICO 0,4.. 0,45 0,45 0,43 0.44 Est.28 500 1,63 1,62 1.02 1*1 1,62 Est.12 400 IM 1.05 I 1,65 1,55 l.íl ¦<- 0,07

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0,02

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17.103.96

MERCADO A TERMO - RIO

AÇÕES | Prazo ! Qu-nl. Cot.

Are-lt» 'Acesita Acetlta AcesIt» Acesita Banco do Estado de

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Guanabara Banco do Estoxlo da

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120909090

120120120120

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120

120

45 00050 000 ;

275 000 i13 000

195 000 :

3000

1800

1.4691.471,481,4981.32

10,716

10.60

AÇÕES | Prazo | Quant. i CotI

10000 10,89

300 I3000 ;

2CO2000 ;12001 7001 500 \8000

2 6C0I

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I 24 000

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I 7000

10,60227.52827.72827.7528,2627.45328,2728,326

I

8.323

8,46

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8,892

S.12

Banco do Estado daGuanabara

Banco do NordesteBelgo MineiraBelgo MineiraBelgo MineiraBelgo MineiraBelgo Mineira Belgo MineiraBelgo MineiraBelgo Mineira Belgo Mlnetra Belgo Mineira Brahma, prefBrahma, prefBrahma, prefBrahma. prefCacique Café Solú-

vel, pref, port ..Docas, antigos Docas, antigos ....Docas, antigas —Ferro Brasileiro ...Ferro Brasileiro . .Kelüoifs, prefKclf.on's, prefKel_on's. prefMe_bla. pr-f .Nova AméricaNova América

120 :120 !90 !90 190 ;90 |90 ;

120120120120 I120 !

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a ooo :15000 ;20 000 '25 000 '

9,14714,824,3784.3874,424,4284,444.5064.5374,544,524.564.218A 224Í2364.40

15.7461.3751,3651.3873.3153.444.3584,42634.541.512.202,21

A Ç O E S | Prazo | Quant. I Cot.i

I

Novo América, jpctrobrAs. prcflport |Petrobrás, pref pont (Potrobros, ordSamLtrl ISamltrl ;Samltrl 'Sld Nacional I6ld Nacional !Sid Rio Grandcn.se.

pref. port iSousa Cru?. .Vale do Rio Doce. i

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purt !V.ile do Rio Doce,

30 000 ' 2,2320 000 3,0010 000 ' 2,16-1

120 000 i 1,061 500 i 22,764 503 : 23,651 000 I 25,406 000 3,348

10 000 ' 3,42

400014 000

9,7685.47

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port \V.ile do Rio Doce, ;

port IVale do Rio Doce, i

port Vale do Rio Doce,

port I

I1200 18,75

I2 800 18,87

I1 200 19.64

300 I 19.401

700 19,49I

1 600 19.408

1 100 19.70

1 SOO . 10,534

1 700 ! 20,089

MERCADO NACIONAL

A Ç 6 E S t Quant. I Máx. : Min. I Méd.

Aços Vlllares. pref. cB Aços Vlllares, ord. port. antAços Vlllares, pref, port. A Acos Vlllares. pref. pt. B. nov. ..AGGS, ord. c dlvAOGS, pref, ex dlvAGGS, pref. c dlvArteX, pref. port, A, c35 -Uma. pref. portBco. C. Ind. de M. Gerais, ord. .Bco. do Estado da Bahia Bco. Andrade Arnaud, ordBco. Hall©», pref, cx aubscBco. Halles. ord. exsubscBco. Bros. Desconto, prefBco. do Santos, ordBIB, ordBrahma, pref. nemBco. Bros. Desconto, ord. nom. .Bco. Econômico da Bahia Bco. da Bahia Bco. Aux. do S. Paulo, ord. nom.Bco. da Lavoura, pref, nomBco. da Lavoura, ord, nomBco. Merc. dc M. Gerais, ord. n.Bco. Nac. do Com., ord, nomBco. Nac. do Comércio, pref, nom.Bco. Província Invest., ord, nom.Bco. Aux. dc S. Paulo, pref, nom.Bco, Brasul, ord, nomBco. Brasul, pref, uomBco. Com. E. do S. Paulo, ord, n.Bco. O. Ind. E. de S. Paulo, ord.Bco. C. Ind. E. S. Paulo, pf. nom.Bco. Francês o Brasileiro, ord, n. IBco. Itaú Invest., ord. nom iBco. Itaú Invest.. ord. nom |Bco. Merc. de S. Paulo, ord, nom.Bco. Noroeste E. S. Paulo, ord, n.Eco. Real Invest., ord, nomBco. Real Invest., pref, nomBorlém, pref, portBorlém, pref, nom, A Brasmotor. ord, port, c'44 Brosmotor, pref, port, c|13 Brnspln, ord. port, ci9 Braspla, pref, port, c9 Huiuly. ord. portCafé Brasília, pref, portCnfé Braslllu, ord, nomCuca Sano, pref, portCBÜM, prerCBUM. ordCto. Ariitu Cia. Tel. Brasileira, pref. nom. .Cia. Tel, Brasileira, ord, nomCia. Real Invest-, pref, nom. ..Cia. Real Invest., ord, nomC. T. M. Gerais, pf, pt, o dlv. c 40C. T. M. Gorais, ord. nom, c,98C. T. M. Gerais, pref, nom, c 98Casa Dlco. ord, nomCtu. Portland Gaúcho, pf, port,Citclquo C. Solúvel, ord, port, ant.Cacique C. Solúvel, ord, pt, nov.Cacique C. Solúvel, pf, pt, nov. .Clcn, pref, portCobrasmn, ord, portCobrnsmn, pref, port, novColorado llátllo o TV, ord, port. .Com. B. Campo, pref, portConst. A. Lindembcrg, ord, port.Const. A. Llndemberg, pref, port.Copas, ord, portDucal, pref, portDecred, pref, nomDeored, ord, nomDocas, novas Dist. P. Pet. Ipiranga, ord, nom,Dist. P. Pet. Ipiranga, pf, nom.Deca, pref, portDiâmetro, ord, nom, ondDurntex, ord, port, ci24 Dunvtex, ord, nomDuratex. pref. nom .Eletrobrás, dcb. 67 IEletrobrás, pref, port IEstrela, pref. nom

45 952500

84 1212 223

160 50010 000

300000

32 000606 701

15 860175

18 9535 0647 728

1002 4021 350

218-

1,65 I 1.731.25 i 1.271,50 1.501.44 1.432.25 I 2,332.50 ' 2,502.70 | 2,701,99 ; 1,991.53 1,332,10 I 2,11

10,30 I 10,742 20 i 2,201.40 I 1,421.38 I 1.40

10,50 ! 10,911,00 I 1,001.40 1,413,80 i 3,80

12.40 I 12.401,25 1,251,80 I 1.801.00 | 1.002.45 ! 2.452.45 2,450,90 ! 0,902.75 I 2,752.75 | 2,751.16 | 1.161.00 i 1,001.32 ! 1,321.00 I 1,001,44 | 1,431.25 I 1,250.98 | 0,931,05 | 1.051.90 I 1,991.04 ! 1,041.01 1,012,70 2,74

14,55 14,3514,55 14,550.92 0,920,85 0,851.29 J,301.05 1,050,80 | 0,800,90 I 0,902,05 I 2,051,60 ! 1,601,05 I 1,653,25 I 3,271,32 I 1,400,85 I 0,362,75 I 2,750,55 0,580,40 í 0,411.30 ! 1,30l ,30 1 1,300,02 0,020,30 0,300,30 0,301,01 1,011,30 1,35

10,00 10,0010,00 10,0013,30 13,30

1,27 1,271,15 1,160,87 0,B71.39 1,39

] 0,79 0,793,25 3,273,83 3,1163,30 3,301,00 1,021.40 1,401,40 1,401,00 1,011,85 1,851,85 1,881,90 1,901,40 1,401,45 1,511,30 1,301,50 1,500,32 I 0,322,13 I 2,151,00 I 1,00

AÇÕESj

Ed. José Olímpio, ord. port IEd. José Olímpio, pref. portEletromar. ord IF.mbr.uu, pref. port, c 2 IEucntex, ord, port, novEucatcx. ord, port. antEmílio Romanl, nref, nom IForça e Luz do ParanáForça e Lvir. de M. Gerais, cx dir. ;Ford-Wlllvs. ord. nom !Ford-Willys. pref, port, c 31 ....F. Tupi. pref. port. A, 0 40 iF. Nacional de Vagões, pi, pt, AFin. Bradesco, pret, nom IFlnasa, ord, nom (Fipar, ord. nom IGarcia, pref. portGoiano, pref. port. A. c6 ••,••¦•Halles S. Paulo, ord, nom, ex dlv.Halles S. Paulo. pf. nom. cx div.Bailes Financeira, ordHalles Financeira, prefHlme. prerHlmll. ord. nom, endInd. Mlchclctto. prei. nomInd. Vlllares. ord, portI. Herlng. pf. pt. A, c bon, c sul».Isan, pref. portKel.sons, ordLight, ord, c 5 Light, ord. nomLojas Brasileiras, ordLojas Americanas, ex dlvLojas Americana-, c.dlvLojas Americanas, ord, pt. nov.LTB, ord, c30, c dlvLTB. ord, nomLocta. ord, port • ¦Met. Abramos Ebcrlc, pref, port.Mot. Abramos Eberle, pref, nom.Mannesmann, prefMesbla, ord, ex!dlrMesbla. otd, nomMoinho Fluminense, exMinas Máquinas, pref. nomMóveis Cimo, pref, port. A ..Móveis Cimo, pref, port. B. c,4 ..Magncslta, pref. port, A, c:l —Manai), ord, portMáq. Piratininga, ord, portMáq. Piratininga, pf. portMet. La Fonte, ord, portMot. Wolllg, pref. port, B Ornicx, ord. portOmlex, pref, portPet. Ipiranga, pref. dir, aubso. ..Polar, pref, nomParaná Equipamentos, ord, nom.Paraná Equipamentos, pf, nom, AParam. Equipamentos, pf, nom, BParaná Equipamentos, pref, nom.Paraná Equipamentos, pref, pt. BPet. Amazônia, pref, nem, end.Plrclll, ord, port, c23 ...••¦_Ref. Unláo, ord, nom, exdlv. ..Ref. União, pref, portRef. Pet. Ipiranga, pref, nom. ..Ref. Paraná, ord. nomRef. Paraná, pref, nomRef. Paraná, ord, pt, c!16 Rlcasa, pref, portSuporgftsbrás, c^dlvSid. Nacional, nomSamltrl, nom •¦•¦•Sid Rlo-arondcnsc, ora, ptSprtager Admirai, ord, pt, c,3 ...Sadia, ord, nomT. Janer, cxTelcsprlng, ord, portTolesprlng, ord, . uomTransparanft, prof, nomTrorlon, prer, port, ci3U rio Bancos, ord, nom. ex dlv,U de Bancos, ord, nom, rcc. aOVnUnláo dc Bancos, pref. nom. ....V. dos Reflnadores, pf, pt, o,4 ..Vale tio Rio Doce, rcc.Valo do Rio Doce, nom, exbon. .Vulcabrás, ord, port, c|12

Quant. I Máx.I

| Min. IMéd.I I

I22 7C018 900

1 00011S 300

1 00053 200

200100

34 000166

13 50012 02212 000

27624 000a 0006 500

0001000300620806

4(i 60011 000

I', 00055 124

5001442033 9Ô023 07523 751

133 30014 50010 000

414120 452

455600

218 1001 200

10 4006« 907

9 21510 051

950| 5001 11200

000j 12 700: io 400

3 70033 50010 133

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47022-118715049150

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27410 304

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1 000844

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1 3401 300

!) 000

2.352,351.001.920,700,911.000,650.630.660,701,250,747,131,571,151,001.151,201,161,131,151,459.301.254,201.701,353,450,800,722,163.853,78

| 2,30I 2,30

1,901 0,68i 3,20í 3,00| 2,00í 1.10! 1,00! l.fiO! 1,27I 1,27I 1,22! 2.30i 6.75' 2,45! 3,50

! 2,48i 0,60! 1.10! 1,35

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I 1.00! 1.00

i 1,35I 1,91I 1,11I 1.75i 7.09I 1,15i 1,15I 1,15! 1,00I 0,65I 2,45I 20.00I 6,15

1,700,941,401,571.570,700,9-11,000,500,952,8517,00lfi.201,26

I2.252,251.001.860.700,881.000.630.620,580.701.250.737.131,551,151,001,151,201,161,131,101,358,801,254.001.701.2!)3.300.760,702,103.653,782,302.101,900,603,153,001,870,981.001.501,271,271,222,30(i,632,453,202,300,001,101,350.701,701,001,001,001,001.001,351,851,001,727.091,151,151,151,000.652,30

20,006.001.700,!)41,381,571,570,700.941,000,500,932,80

15,0015,801,20

2.322.311.001.900.700.891.00

O.G.i0.030.640.701,250,747,131,561,151,001,151,201,161,131,121,399,001,254,171.701,313.410,780.712,143,793,782,302,241,900,673.153,001,921,071,001,571,271,271,222,306.662,453,312,380,601,101,350,701,701,001,001,001,001.001,351,851,061,747,091,151,151,151,000,652,37

20,006.0117,00,941,401,571,570,700,941,000,500,942,81

16,1415,93

1,26

/

JORNAt DO BRASIL | | Têrça-felra, 29/12/70 Q 1."

Delfim autoriza inclusãodas Letras do Tesouro nodisponível das empresas

O Ministro da Fazenda, Sr. Delfim Neto, deter-minou ontem, através de portaria, que as Letras doTesouro Nacional, de propriedade das empresas, po-ciem ser contabilizadas em conta específica do ativodisponível.

A contabilização se fará pelo preço de aquisi-ção daqueles papéis — utilizados apenas nas ope-rações de open-markct. O Ministro justificou a me-dida, considerando a grande liquidez apresentadapelas LTN.INTEGRA

E' a, seguinte a integrada portaria do MinistroDelfim Neto:"O Ministro de Estado dosNegocias da Fazenda, nouso de sitas atribuições, rc-solve que: em lace dc suascaracterísticas de liquidezno mercado, as Letras doTesouro Nacional Institui-das pelo Decreto-Lei n.°1 070, de 20 de janeiro dc1070, dc propriedade daspessoa.. Jurídicas, poderãoser contabilizadas, pelopreço de aquisição, cm con-ta especifica do ativo dia-ponivcl, cm rubrica desta-cada."

MERCADO ATIVO

Com um mercado bastan-te ativo, o Banco Centralprosseguiu ontem n.s ope-rações dc opcn-marUct semoferecer restrições às pro-postas de compra das ins-tltulções financeiras. De-zesseto empresas fizeramlances, aceitos tntegralmcn-te pelas autoridades, conti-nuando o comportamentodas tres últimas semanas,fase em que também sc in-tcnslflcaram as emissões dcpapel-moeda

As Letras do Tesouro de01 dias representaram cêr-ca de 2/3 das ofertas feitas,o que indica, segundo espe-cialistas do mercado, aBrande atração e preferén-cia por esse papel, em rela-ção às Letras de 42 dias.

Com as LTN de 01 dias,segundo explicaram, as ope-rações serão dinamizadaspela maior facilidade dcrecompra, com vantagenspara os intermediários capliaadorcs. Seguindo esse

raciocínio, Incluem a por-laria assinada pelo Mlnls-tro da Fazenda, autorizai.-do a contabilização das Lc-trás do Tesouro em contado ativo disponível, comomais um atrativo para asempresas aplicarem noopen-market recursos livresantes carreados para outrostitulos do mercado de capl-tais.OPERAÇÕES

A maior oferta dc ontematingiu a CrS 20 milhões ea menor CrS 1 milhão. Ataxa de juros media estl-pulada pelo Banco Centralpara as Letras dc 01 diasgira em torno dc 18C.> aoano. ou seja, 1,5% ao môs.

Considerando que a taxamedia paga às Letras de 42dias vem sendo mantidaem torno dc l,3r. ao môs,houve um aumento dlfcrcn-ciai de aproximadamente2.4rí ao ano, entre estespapéis e os de 01 dias. Se-gundo operadores do mer-cado, em situação normal,Letras de 01 dias serão rc-vendidas a uma taxa de1,45% ao mês, com um lu-cro dc 0,05 % ao mès paraos Intermediários.

Ontem o mercado nãodispunha mais de Letras de42 dias para resgate em30/12. Para resgate cm 6/1,a taxa varia entre 1,15 el,17r'r. Em 31/1, a taxa vaide 1.26 a l,27Cr. Em 20/1, ataxa é dc 1,28% e cm 27/1,o papel está sendo negocia-do a 1,30%. Hoje, os ope-radores já começarão a re-vender as LTN de 01 diasadquiridas ontem ao BancoCentral. Só a partir da rea-ção do mercado as autori-dades definirão volume ctaxa desses papeis.

Caderno __-____—

Derivados do petróleo têmdesde hoje aumento de 6,4%

' os preços dos derivados do petróleo, 0 8165 no Peru. Cr* 0,6010 e na Boli-

a partir da zero hora de hoje, sofreram via, Cr$ 0,2807.um aumento médio de 6,4%, com a gaso-Una comum, no Rio, passando de CrS OASOLINA

0°S pâ^ÔÔsISformeTecifão^ Segundo a tabela anexa à PortariaSSSffiTfflfi de°Petroieo <CNP,. doCNP »>

^^ô^STEJustifica o CNP o aumento (talvez _„ scgu|nte5 nB8 cidades abaixo:

o último do ano) nos derivados do petró-leo como decorrência de fatores externos CrS/10 litrose internos, tais como "elevação nos custos Comum Azuldos petróleos alienígenas, importados pa-ra a complomentação da produção na- R,Q dc janciro (OB) 4,05 6,05cional, novos valores da taxa cambial Rcc[fC ipei 4,03 —reajuste de salários." Salvador (BA) 4,04 8,10

Belo Horizonte (MG) 5,00 6,10CONFRONTO Niterói (RJ) 4,05 —

Sào Paulo (SP) 5,01 , 6,12O CNP fêz levantamento dos preços Pôrt0 Alegre (RS) 4,07 6,07

de venda ao consumidor da gasolina au- Duque de Caxias (RJ) 4,05 6,05tomotiva em diversos paises e mostra Brasília (DF) 5,51 —que o produto vendido no Brasil "está Sa0 oonçalo (RJ) 4,05 —situado entre os de menor valor."

Assim, no Rio de Janeiro o preço ho- AUMENTOS EM 1070

&Ldé 2f cVffo^fna FrSfc". O.s aumentos dos derivados do petró-K12 la"IngLrra CrS O,7040?Çna Z- leo durante o corrente ano tiveram o se-

gentlna?CrS 0,5540, no Uruguai, CrS gulnte comportamento:

f-nsolliifi Diesel Querosene Gás llq. AumentoData CrS/lOlt CrS/10 lt. CrS/10 lt. CrS/10 kg global

B

ECONOMIA - 19

Maior consumo de resinasde polietileno amplia afaixa para as importações

O crescente consumo de resinas de polietilenodc alta densidade pelas indústrias, principalmenteas de plásticos, foi que levou as autoridades a re-formularem esta semana o regime de contingência-mento a que estavam submetidas as importaçõesdaquela matéria-prima.

Pelo novo regime, continuam submetidas.aocontingenciamento — compra no mercado internona proporção de 150'.;- da quantidade por impor-tar — apenas as resinas que são produzidas no paísem quantidade suficiente para atender às encomen-das, pela empresa Eletroteno Indústrias Plásticas,de São Paulo.

REFORMULAÇÃO

Com a alteração parcialdo regime, as empresas quenecessitarem de resinascom especificações técnicasnão encontradas no merca-do produtor nacional se be-neflciam com a redução dc50 para 25 por cento da ali-quota do Imposto de Im-portação.

..GRUPO

VILA RICADE INVESTIMENTOSRua do Ouvidor, 108 • 4.° e ¦5.° andaresTels: 231-0699 e 222-0834

Seja acionista das maiores empresas participan-do do Fundo VILA RICA de Investimentos. Finan-ciamentos de Vendas a Prazo. Operações comLetras do Tesouro. Fundo Fiscal Decreto Lei 157.

__õ__=.v»Í-Í

Para sc utilizarem do be-neficio, estas empresas dc-verão, no entanto, preen-cher uma rotina buiocrátl-ca junto à Carteira de Co-mércio Exterior do Bancodo Brasil. Segundo determi-nou a Cacex, o importadoramparado nesse caso deveráapresentar documento com-provando a impossibilidadede compras no pais.

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DEPARTAMENTOFOTOGRÁFICO

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1- 1-701- 5-701- 0-70

20-12-70

4.134,434.654.05

5,00 3,465.40 3,685,70 3.876,05 4,10

3.463.044,204,45

6.406.757,457,70

4,03%6,4 %5.4 %6,4 •;_

Custo do óleo sobe no exteriorViena iAP-JB) — A Organização

dos Paises Exportadores de PetróleoiOPEP) anunciou ontem que estabelece-rá uma taxa minima de 55";. sóbre arenda liquida das empresas petrolíferasem operação nos países-membros. Ellmi-nará, lUnda, todas as Isenções a elasconcedidas. As medidas entrarão em vi-gor a 1.° dc Janeiro.

Em comunicado emitido ontem, sô-bre os resultados da XXI Conferência-Geral realizada em Caracas, de 0 a 12do corrente, a OPEP informou que ape-nas resolveu eliminar as disparidadesexistentes entre os preços de lista ou dereferencia para a aplicação de impostosao óleo cru cios paise.s-membros.

ELEVAÇÃO

Segundo a Resolução da Organiza-rão — de n.° 120 — o aumento uniformenos preços tem por objetivo refletir amelhoria geral observada no mercadoInternacional de petróleo. O documentoobserva, contudo, que as receitas dos lm-postos estabelecidos na reunião dc Ca-raças estão sujeitas a negociações comas companhias petrolíferas que operamnesses paises — Venezuela, Argélia. In-donésla, Irã, Libla, Arábia Saudita e osprlnclpados árabes.

A Organização destacou, ainda, queapoiará os Governos dos paises-mem-bros em suas gestões para persuadir ascompanhias petrolíferas em funciona-

mento a manterem seus esforços de prós-pecção c de desenvolvimento em níveisaceitáveis. Acrescentou que na Conferèn-cia dc Caracas foi concordado que a Se-cretaria da Organização manterá umaconstante supervisão sobre os Índices deprodução.

Uma comissão, que incluirá repre-sentantes de todos os países-membros,vai se reunir na sede da Secretaria, emViena, antes do final dc Janeiro de 1071,para estudar os fatores que deverão In-fluenriar um programa dc produçãoconjunta a partir dc 1072.

OUTRAS DECISÕES

O comunicado da OPEP assinala,ainda, que na reunião de Caracas ficoudecidido que:

1. os preços nos quais se baseiamos impostos deverão ser reajustados pe-riodlcamente. de forma a que reflitam ainflação do dólar norte-americano, moc-da utilizada para o cálculo desses preços;

2. a Organização considera que ospaises-membros merecem uma bonifica-ção que compense a vantagem em mate-ria de fretes desfrutada pelas compa-nhias que obtiveram "lucros excessivos"devido ao fechamento do canal de Suez;

3. adoção de medidas apropriadas,por todos os paises-membros. caso qual-quer empresa petrolífera tome medidasdiscriminatórias cm matéria de produ-ção, contra um dos membros da OPEP.

Agencia do JORNAL DO BRASIL no

FLAMENGOPara anúncios classificados e assinaturas

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TIBRÁSTitânio do Brasil S.A.

subscrição de ações por parte depessoas físicas, no exercício

direito de preferênciaComunicamos as entidades financeiras credenciadas e

aos demais interessados que o prazo para recebimento de

subscrições de ações preferenciais tipo "a", pelo valor no-

minai, no exercício do direito de preferência, expira no dia

30 do corrente.

Rio de Janeiro, 28 de dezembro de 1970

Escritório Ignácio de AragãoCoordenador de Incentivos Fiscais da TIBRÁS

DO

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.*m ..,-, ;<*¦¦¦¦ ...:*...*j"Estávamos Mando de corretores de Bolsa a,naturalmente, nos lembramos de Ney Carvalho.// Al;-.

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CO NEY CARVALHO CORRETORES DE VALORES LT0A • FINEY - FUNDO DE INVESTIMENTOS NEY CARVALHORUA DO MERCADO. .3 • RIO - GB • FONES: 2.1.2480. 23I2-94. 23I..-63.

AVISO AOS ACIONISTASTRANSFERÊNCIA DE AÇÕESFicam os senhores acionistas avisados de que no período de 28

a 31 do corrente, inclusive, estarão suspensas as transferências deações, devido aos preparativos para o pagamento do nosso 40.° di-videndo.

Lembramos que de acordo com o Decreto-Lei n.° 427, os senhoresacionistas — Pessoas Físicas - poderão optar pela tributação do lm-

posto de Renda na fonte, à taxa de 15%.

Os interessados na citada opção deverão procurar as agênciasSudameris, através das quais recebem seus dividendos, até o dia15-1-1971, impreterivelmente, para assinar a carta de opção.

Continuam válidas as opções já manifestadas em relação ao pa-gamento do dividendo anterior.

Lembramos que essa opção favorece às pessoas físicas de rendalíquida anual sujeita a imposto superior a 15% (quinze por cento),e cujos dividendos, recebidos deste Banco e de outras sociedades decapital aberto, ultrapassem o limite legal de abatimento na declaraçãode rendimentos (Cr$ 2.376,00 no exercício de 1971).

BANCO FRANCÊS E ITALIANO PARA A AMERICA DO SUL S/A.- SUDAMERIS -

a.) Guido RossignoliDiretor Vice-Presidente

Terrasse Clubdo Rio de

JaneiroVende-se um titulo de

pessoa jurídica.Tratar com Dna. Nor-

ma. - Tel.: 252-4966 e

252-9103. (P

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Valor da quota CrJ 2,09

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FUNOO FINASUl 157 - 17/12/70

VaV aplicado Cri 13.165.657.89

Vaicr da ou-la CrS 2,59

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PAGAMENTO DESUBSCRIÇÕES

Comunicamos aos subscritores de ações (pessoas físicas —

art. 14) da TIBRÁS - TITÂNIO DO BRASIL S. A. que o recebimen-

to das integralizações, através da cobrança de notas promissórias,

está sendo feito através das agências do Banco Mineiro do Oeste

S. A.

Todas as informações serão prestadas em nossos escritórios

do Rio (Av. Rio Branco, 131 - Grupo 2103 - tels. 242-1645 e

242-3570) e São Paulo (Pça. da República, 270 - ó.° andar - tels.

36-3088 e 35-3365)

Escritório Ignácio de Aragão

- Coordenador de Incentivos Fiscais da TIBRÁS(p

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20 - JORNAL DO BRASIL Q Tórça-íoíra, 29/12/70 Q 1.» Caderno

AVISOS RELIGIOSOS

AIDA BULHÕESMARCIAL LEITE

(Viúva Almirante Júlio Barreto Leite)

(MISSA DE 7.° DIA)

+

A família de AIDA BULHÕES MAR-CIAL LEITE, sensibilizada agradeceas manifestações de pesar recebi-

das por ocasião do seu falecimento e con-vida parentes e amigos para a missa de7.° dia, que será celebrada em sufrágiode sua boníssima alma, amanhã, quarta-feira, dia 30, às 9,30 horas, na Igreja daImaculada Conceição, na Praia de Botafo-

go, 266 (Botafogo).

ALICE DE FIGUEIREDOBARBOSA CORDEIRO

(FALECIMENTO)(Viúva Dr. Phylemon Barbosa Cordeiro)

+

A família comunica seu falecimentoocorrido ontem e convida para o seusepultamento hoje, às 9 horas, no Ce-

mitério de São João Batista, saindo o féretroda Capela 2 — Real Grandeza.

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CORINA FRANÇA(FALECIMENTO)

+

A família de CORINA FRANÇA, par-ticipa o seu falecimento e convida pa-rentes e amigos para o seu sepulta-

mento hoje, terça-feira, dia 29, às 11,00 horas,saindo o féretro da Capela Real Grandeza, n.°1, para o Cemitério de Sào João Batista.

(92027

DALILA DE ALMEIDA SEVILHA(PROFESSORA JUBILADA)

(MISSA DE 30.° DIA)

+

General Augusto da Silva Sevilha e famí-lia, sensibilizados, agradecem as manifes-tações de pesar recebidas por ocasião de

seu falecimento bem como aos que compareceramà missa de 7.° dia, e convidam para a missa de30.° dia que, em sufrágio de sua boníssima alma,mandam celebrar amanhã, quarta-feira, dia 30, às9,30 horas, na Matriz dos Sagrados Corações, àRua Conde Bonfim, 474.

í-RANCISCA CAVALCANTI(FANNY)

(MISSA DE 7." DIA)

+

Euclides Cacalvanti e Hermezinda Cavai-canti da Rocha e filhos, sensibilizados agra-decem as manifestações de pesar recebidaspor ocasião do falecimento de sua querida

esposa, mãe e avó, FANNY, e convidam os demais

parentes e amigos para assistirem a missa de 7.°dia, que será celebrada em sufrágio de sua boníssi-ma alma, amanhã, quarta-feira, dia 30, às 9,00 ho-ras, na Igreja Matriz da Gávea, à Rua Marquês deSão Vicente n.° 19. Antecipadamente agradecem aIodos que comparecerem a êsse ato de fé cristã.

(92026

GEN DIV R-l

RUBENS GUILHERMEDE ALMEIDA

(MISSA DE 7.° DIA)

+

Sua família, sensibilizada, agradece as ma-nifestações de pesar recebidas pelo seufalecimento e convida os parentes e ami-

gos para a missa de 7.° dia, que será rezada emsua intenção na quarta-feira, dia 30, às 10,30 horas,no altar-mor da Igreja Santa Cruz dos Militares, àRua 1.° de Março.

LAURA ESTÊVES LOBO(FALECIMENTO)

+

Fábio Leite Lobo e família, Evelina Lobo daRosa e família, Lygia Lobo leite, Nilson Lei-te Lobo e família, participam o falecimentode sua querida mãe, avó, bisavó e sogra,

LAURA ESTÊVES LOBO, e convidam para seu enterro,saindo o féretro da Capela C, do Cemitério de SãoFrancisco Xavier às 9,00 horas, de hoje, terça-feira,dia 29, para a mesma necrópole. (92028

Fogo em favela de Paradade Lucas mata um, fere trêse deixa 600 ao desabrigo

• Cerca de 600 pessoas ficaram ao desabrigo, trêsse feriram e uma morreu, em conseqüência de umincêndio que destruiu 46 barracos, muitos com doisandares, dos 9 mil que formam o Parque JardimBeira-Mar, mais conhecido como favela de Paradade Lucas.

Guarnições do Corpo de Bombeiros do QG cen-trai, Méier, Ramos, Campinho, Vila Isabel e 50 sol-dados da PM, além dos sete do posto da favela pro-curavam ontem à noite, em meio aos escombros,uma menina de quatro ou cinco anos, vista por mo-radores debatendo-se entre as chamas.

Sono perigoso

Rápido e de grande intensidade, o fogo destruiu 46 barracos da favela em apenas 15 minutos

Inquérito sobre a morte do Cidade cearense é invadidamenino que caçava rãs vai por 500 flagelados famintosà Justiça em Juiz de Fora que tentam saquear a feira

Belo Horizonte (Sucursal) — O Delegado deSegurança Pessoal de Juiz de Fora, Sr. Clirio de Rc-sende, enviará à Justiça, até dia 10 de janeiro, o in-quérito sobre o assassinato do menino Valdir daSilva Vieira, 16 anos, morto a tiros pelo comercian-te Milton Marques de Sousa, na cidade de Bicas.

O menino foi morto .quando, com um colega,caçava rãs na propriedade do comerciante, no dia10 último. O crime revoltou a população de Bicas,pois os meninos ao serem surpreendidos pelo assas-sino pediram-lhe que não atirasse, já que apenascaçavam rãs e não pretendiam roubar nada. Mesmoassim o comerciante disparou matando Valdir àqueima-roupa.INQUÉRITO

O Inquérito sóbre o crimefoi instaurado em Juiz cieFora porque a cidade de Bi •cas não tem delegado nemcondições para tomadados depoimentos necessá-rios. Por não ter havido fia-grante, o assassino está emliberdade. O comerciante sose apresentou no dia se-guinte ao crime, em com-panhla do seu advogado.

No depoimento, o comer-ciante afirmou ter atiradoapenas para espantar osgarotos, supondo tratar-sede algum ladrão. Já o me-nino Leonardo Costa Mou-ra. de 12 anos, que estavacm companhia de Valdir,disse que o assassino che-gou a conversar com eles,disparando a arma mesmodepois de lhe pedirem paranão atirar.

J0VITA FERREIRA SALDANHA(MISSA DE 7.° DIA)

Filhos, genros e netos convidam para amissa de 7.° dia a ser realizada na Igrejado Divino Espírito Santo, no Largo do Es-

tácio de Sá, no dia 30-12-70, às 10,00 horas.

MARIA CÂNDIDA DASILVEIRA ALVES

E_j|a

(MISSA DE SÉTIMO DIA)José Alves Filho, do Registro de Imóveis;Mário Alves, da Se*vetaria de Finanças, GB;Abel Alves, do INPS, e respectivas famílias;Ruth Monteiro Alves e filhas, agradecem

aos parentes e amigos as manifestações de solidarie-dade recebidas pela morte de sua querida mãe, so-gra e avó, e convidam a todos para a missa que serárealizada amanhã, 4a. feira, dia 30, às 11 e meia,na Igreja de São José, ao lado da antiga Câmarados Deputados.

Fortaleza (Correspondente) — Cerca de 500flagelados invadiram a cidade de Brejo Santo parasaquear a feira que se realiza ali todos os fins de se-mana, e só foram contidos a muito custo pelo desta-camento policial, após receberem a promessa de for-necimento de gêneros.

O comércio da cidade cerrou as portas temendoa ação dos flagelados, e a situação, apesar de apa-rentemente normalizada, poderá piorar, pois au.menta a cada dia o número de famílias desempre-gadas. A Sudene não está mais alistando flagela-dos em suas frentes de serviço.

que será'formalizada dentro•de pouco tempo. Está decí-dldo que nenhuma outrafrente será criada, pois Jáforam desmobilizadas as dePernambuco, do Piaui c daBahia, bem como as de Jatle Jardim, no Ceará.

Depois de dizer que a na-ção gasta Cr$ 1 milhão pordia com a emergência noNordeste, o superintendenteda Sudene elogiou o quechamou de "a estrita mora-lização das frentes de servi-ço." Adiantou que dentro ciepouco tempo se poderá teruma Idéia dos problemasclimáticos do próximo ano,com seca ou inverno, o quepermitirá ao Governo umaação imediata cm qualquercaso.

A Sudene vai conceder atodas os flagelados em des-mobilização uma ajuda cor-respondente a duas aema-nas de salário, na base doCrS 2,00 por dia, c n* \is fer-ramentas para que élcs pos-sam retornar à lavoura.

Para o cabo da PM JoséVálter Araújo, chefe doposto policial da Favela deParada de Lucas, ainda nãoeram 18 horas quando umamulher passou gritando quehavia fogo nos barracos "nooutro lado." Para D. Scvc-rlna Lourdcs de Freitas, quepassava no local, vindo deuma

' tcndlnha, onde foracomprar café para suasduas filhas, uma explosãolhe despertou para o Incôn-dio exatamente às 17hl5in,

Tanto os policiais do pós-to como os bombeiros queíoram à favela confirma-ram que o fogo durou 15minutos, destruindo os 46barracos da quadra D, sl-tuada entre as Ruas SãoMiguel c Euclldes Rabelo.

— O fogo começou nobarraco de Seu Josué. Logocm seguida houve a expio-são do seu fogão a gás. Eai o fogo correu, em dirc-ção da Rua Bulhões Mar-ciai. Nós corremos cm dirc-ção aos barracos da esqui-na, onde o fogo ia. Os mo-radores da favela fizeramuma corrente com latos cbaldes de água. Jogamos aágua no barracão logo de-pois do de Seu Josué e po-mos abaixo uns 10 ou 15Junto à Rua Euclldes Rabc-

lo para evitar que o fogo sepropagasse em direção aosdemais. Foi Isto que evitoua queima dos 0 mil barra-cos.

Quem contou Isto. com o.sbraços queimados, foi o ca-bo Araújo, a primeira pes-soa a correr para o local doincêndio, seguido de seuscinco auxlllarcs. O soldadoSidnei de Oliveira Meneses.que teve as costas c as mãosqueimadas, só pòdc correrpara quebrar uma janelade um dos barracos a fimde tirar duos pessoas queestavam lá. Ainda viu JoçuéAlves de Jesus abraçado aoque restava do bujâo degás que explodira e queaumentara a intensidadedas chamas. Josué morreucarbonizado c até ãs 21h45msua mulher, D. Maria deJesus, c sua filha Ccnllda,de 14 anos, não sabiam desua morte. Êle fora a vitl-ma do incêndio que se ini-clara em seu barracão, com-prado há menos de seis me-ses, quando veio do Nordcs-te. Segundo os bombeiros,policiais e vizinhos, Josuépegara no sono e não ti-vera tempo nem de sair dobarraco, "na ânsia de evi-tar que o bujào de gás ex-plodlsse."

Os fatosSECA NO FIM

A Secretaria de Segurançado Estado recebeu um rela-tório sóbre a situação emBrejo Santo e mandou re-forçar o policiamento, poisa cada dia mais flageladosprocuram a cidade paraarranjar comida. Tambémnos Municípios de NovaOlinda e Itapagé a massade agricultores que rumapara a cidade está causandoapreensão, embora não te-nha havido qualquer pro-blema de ordem pública.

O superintendente da Sa-dene, General Tácito Teófi-lo, disse ontem em Fortalezaque a seca de 1970 está ter-minada, e a autarquia cuidahoje de estabelecer seu pia-no de emergência para opróximo ano, caso venha arepetir-se o fenômeno.MUITOS GASTOS

Para o General, a desmo-bilização das frentes de ser-viço já é uma necessidade,

A luz da Favela ParqueJardim Beira-Mar nào é daLlght. Há uma espécie decabina onde ela é rcdlstri-buida para todos os mora-dores. Um homem conheci-do por Euclldes é quem ma-nobra tudo e foi ele quemdeSllgou o circuito paraevitar problemas com o res-to dos barracas — cm nú-mero de 9 mil. O soldadoJosé Luis Fernando do Car-mo, ferido à altura da vi-rilha, quando se abraçavacom um morador de um dosbarracos, contouque"senàofosse a ajuda dos favelados,a coLsa ia ser multo maisgrave."— Eu sei que o cabo

•Araújo correu para o te-lefone e pediu ao comandoda Policia Militar que so-licitasse o auxilio do quar-tcl central dos bombeiros,pois o incêndio podia sealastrar."José Luis, Sidnei c o caboAraújo foram os feridos do

incêndio. Os moradores dos46 barracos — calculadosem cerca de 600 pessoas,principalmente porque ha-via multas crianças" —começaram a ser removidospara a sede do Conselhodos Moradores do ParqueJardim Beira-Mar e para aantiga sede da Associaçãodos Favelados de Parada deLucas. Enquanto isso, as li-nhas de subida e descida daLeopoldina, trecho olctrifi-cado, ainda não inaugurado,foram tomadas pelos desa-brigados que «11 colocaramseus móveis e materiais ele-trodomésticos — geladei-ras, fogões, camas. A Leo-poldina, a pedido dos bom-beiros, informou que ostrens que circulam naque-Ia zona tiveram tráfegosuspenso até segunda ordem.Sob a ponte de Parada deLucas, era grande o acúmu-lo de móveis e, demais per-tences que foram retiradosdos barracos.

Jacaré de dois metros lutana represa Billings todaa noite e só é morto a pau

São Paulo (Sucursal) — Um jacaré de dois me-

Algumas vílimasOs trabalhos dos soldados

tinham a finalidade de evi-tar a propagação do fogopara o restante da favela,mas as chamas se alastra-vam rapidamente em dirc-ção à via férrea destruin-do o que encontrava cm

veis. Entre as vitimas quetiveram seus casebres des-truidos, o militar arrolou osque conseguiram retirar ospertences e se abrigaramsob a ponte.

Entre eles o soldado ano-tou Joana Ferreira Acàclo,

Novena Poderosaao Menino Jesus

de PragaOhl Jesus que dissostes: Peca c

receberás, procura c acharás, batae a portai se abrirá. Por inl ermo-dio de Maria, Vossa Sagrada Mãe,cu bato, procuro o Vos rogo quflminha prece seja atendida (mencio*ria-se o pedido).

Oh! Jesus que dissostes: Tudoque pedires ao Pai em Meu Nome,Êle atenderá. Por intermédio deMarld, Vossa Sagrada Mãe, eu, hu*mtldcmentc, rogo ao Vosso Pai cmVosso nome que minha oração tc-ja ouvida (menciona-se o pedido).

Ohl Jesus que dissostes: O Cáu ea Terra passarão mas a Minha pa-lavra não passara. Por intermédiode Maria, Vossa Sagrada Mãe, euconfio que minha orarão seja ou-vida (mencionado o podido). Rc-zar 3 Ave-Marias e 1 Salvc-Rainha.

Em casos urgentes essa novenadevera sor feita em horas (9 lioras)consecutivas.

Graça alcançada por M. G. T.

Às AlmasAuxiliadoras

Agradece de coração »s graçasrecebidas.

ZULMIRA DE SOUZA GUEDES

Ao Menino Jesusde Praga

Agradeço graça alcançadaESTEPHANEA

tros e 57 quilos foi morto a pauladas por seis ho- Sua trajetória. Os carros que ficou ao desabrigo commens na manhã de domingo, depois de se ter deba- dos bombeiros foram colo- mais quatro parentes; Josâotido a noite toda dentro d'água, tentando livrar-se cados na Rua Bulhões Mar-dos anzóis especiais e dos cordéis de nylon, que ciai - que teve um trechoprendiam a uma árvore da margem da represa Bil- ôSbate KaSlinSs- o que foi conseguido.

Os moradores das proximidades cia represa cs- o soldado Douglas Antô-tão preocupados com a possibilidade de existirem nio Ribeiro, do Batalhão deoutros jacarés desse porte no local, que atrai milha- Guardas da PM, foi um dosres de paulistanos e de habitantes das cidades doABC todo fim de semana, para pescar e passear ciebarco.DESCOBERTA

O jacaré foi descobertohá uma semana por seisoperários de São Caetanodo Sul, quando pescavamde madrugada perto do ca-nal de • Schmldt da rc-presa Billings, cujas águasmovimentam as turbinasdas usinas hidrelétricas daLlght em Cubatão.

Assustados, o.s pescado-res improvisados voltarampara casa e, durante todaa semana, se prepararampara apanhar o animal,comprando três anzóis cs-peciais, cordas de nylon ciscas de bofe bem prepa-radas, capazes de atrair acaça, pelo cheiro forte.

que evitou a propagaçãodas chamas, destruindo ai-guns barracos depois de so-licitar e ajudar seusocupantes a retirar os mó-

Batista Ferreira c mais amulher e o filho; MariaAgostinho de Lima, viúvacom quatro filhos; Teresi-nha Lima da Silva, viúvacom três.filhos; e OsvaldoVicente da Silva e mais doisparentes. Todos eles conse-guiram salvar os móveis edemais pertences, com ex-ceção do Sr. Osvaldo, que nacorreria deixou cair algu-mas peças de roupa.

Tráfego prejudicado

DR. AGENOR AMAMBAHY SANTOS(MISSA DE 7.° DIA)

+

A família de Dr. AGENOR AMAMBAHY SANTOS, cons-temada, cumpre o doloroso dever de comunicar o seufalecimento ocorrido no dia 24 deste e convida demais

parentes e amigos para a missa de sétimo dia que será rezadaem sufrágio à sua boníssima alma no dia 30 deste mês, às11,30 horas, na Catedral Metropolitana.

—Jl

Novena Poderosaao Menino Jesus

de PragaOhl Jesus, que dijsestes: Peça

c receberá, procure e achará, ba-ld c a porta se abrirá. Por inter-médio do Maria, vossa SagradaMae, eu bato, procuro e vos rogoque minha prece seja atendida(menciona-so o pedido).

OKI Jejus, que dissestes: Tudoque pedirei ao Pai em meunome Êle atenderá. Por intermédiode Maria Vossa Sagrada Mae, euhumildemente rogo ao Vosso Paiom Vosso nome que minha oraçãoseja ouvida (menciona-se o pedi-do).

Ohl Jesus, que dissostes: O céue a Terra passarão, mas a minhapalavra não passará. Por intcrinc-dio do Maria, Vossa Sagrada Mãe,eu confio quo minha oração sejaouvida (menciona-se o pedido).

Rezar um Pai Nosso, 3' Ave Ma-rios e uma Salva Rainha. Em ca-so« urgentes esta novena deveráser feita em horas (nove hora!***.Mandada publicar por ter alcançadouma grande graça. Agradece

JARINA

José Paulo Mornaudde Lacerda

+ (FALECIMENTO)A família de JOSÉ PAULO MOR-NAUD DE LACERDA, comunica o

seu falecimento e convida parentes eamigos para o seu sepultamento hoje,terça-feira, dia 19, às 17,00 horas, sa-indo o féretro da Capela "F", do Cerni-tério de São Francisco Xavier para a'mesma necrópole. (92029

O trafego ficou congestlo-nado desde a entrada daRio-São Paulo até o localdo incêndio — direção daPonte de Lucas — pois osmotoristas de automóveis ecoletivos tiveram suas aten-ções voltadas para o heli-cóptero da Secretaria deSegurança que auxiliava otrabalho dos bombeiros Uu-minando o local escuro como holofote adaptado.

'O helicóptero da SSP só

deixou o local quando osresponsáveis pela cabina deluz e força isolaram a áreaacidentada e restabelece-ram o fornecimento para aárea não afetada. O traba-lho áo> rescaldo e de loca-lização da menina desapa-recicla prosseguiram duran-te a madrugada.

Nôvo destino

Quatro horas depois deocorrido, o Secretário deServiços Sociais, Sr. VítorPinheiro, tomou conheci-mento do incêndio na Pave-Ia de Parada de Lucas.

Os desabrigados Irão deimediato paira instalaçõesno Albergue João XXIII, esó após levantamento só-

cio-econòmlco é que pode-rão ocupar uma da.s uni-dades construídas pela Co-hab. Atualmente a Compa-nhlra de Habitação Popularda Guanabara só tem apar-tamentos disponíveis _.oconjunto residencial daAvenida Santa Cruz, emSenador Camará.

Mais incêndioTrinta famílias ficaram

desabrigadas, na tarde deontem, por causa de um In-eèndio que destruiu a vilade casas Rui Baxbosa, loca-lizada na Rua dos Inváli-dos, 70. .

O fogo foi provocado pos-sivelmente por um curto-

circuito, c em pouco maisde uma hora destruiu noveprédios de sobrados. Bom-beires do Quartel Centrale populares conseguiramevitar que se queimassemvários utensílios retinadosdas cas-ná queimais.

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JORNAL DO BRASIL Q Têrça-felra, 29/12/70 d 1." Caderno

Concorrênciapara usinanão acabou

O prazo para o recebi-mento de propostas para aconstrução da Usina Nu-clear de Angra dos Reisainda não está encerrado,segundo o desmentido dl-vulgado ontem' pela Cen-trai Elétrica de Pumas, asubsidiária da Eletrobrasencarregada da implanta-ção da usina.

Até agora, nenhuma dasseis empresas Internado-nais convidadas a particl-par da concorrência envioua sua proposta, apesar deos convites terem sido fei-tos hã seis meses, e o pra-zo original para á entregase esgotar no final desteano.

SIGILO .Funcionários da Central

Elétrica de Pumas disse-ram nada poder informarquanto ao prazo real parao recebimento das propôs-tos, "pois qualquer coisapublicada sobre as firmasatualmente pode prejudicarnosso trabalho."

Acrescentarani que qual-quer informação só pode-rã ser divulgada após ojulgamento da concorrèn-cia, que será feito por umacomissão formada por téc-nlcos da Central Elétricade Furnas c da ComissãoNacional de Energia Nu-clear.

FIRMAS

As firmas que receberamconvites para participaremda concorrência são a Ak-tlebolaget Asea-Atom, daSuécia; The Nuclear PowerGroup Limited, da Inglater-ra; a Kraftwerk Union Ak-tiengesellschaft, da Repú-bllca Federal Alemã; e aCombustlon Eng lneeringInc., General Electric Co. eWestinghouse Electric In-ternational Company, dosEstados Unidos.

A Usina Nuclear dc An-gra dos Reis deverá come-çar a funcionar em 1976,produzindo energia comuma potência de 500 mega-watts.

NACIONAL - 21

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BANCO DE CRÉDITO REALDOOU BRINQUEDOS NO NATAL

^^^^^^^^^^^^^^ WW_-_-_mm m_h_Z__m__^ ¦ ¦Dlilrlbulndo preienle» para a criançada do Preventórlo "Dona Amé-

lia", da Fundação Ataulpho da Paiva, criada am 1900, na Ilha da Paqueló,

• que di aisiilância complola a 150 crianças, o Crédito Real contribuiu

para a maior humaniiação tio Niilal, ao doar carrinho», velocipadei, bont-

cas, |ogos educativos, bolas. Para isso, utilizou a verba anteriormente

destinada á aquisição de cartões dc Boas Festas e que seriam distribuídos

entre os seus clientes. Vários cliente» acolheram a idéia com multa simpatia,

pois o sorriso de uma criança feliz vale mais do que os habituais cartões de

cumprimentos. Na loto, da. Maria tuiza Moniz de Aragão, Direlora-Secre-

lária o da. Aracy Rezende de Oliveira o Souza da Fundação receberam a

entrega simbólica dos .brinquedos do Chcle do Departamento de Rola-

ções Públicas do Crédito Real, Floriano Duarte o de seu assistente Mau-

licio Pagy. ™

O comboio desceu a serra de marcha à ré, sem controle, e acabou descarrilando sobre o abismo junto ao ribeirão

Casamentos e festas encheram trem

que matou 21 no interior de MinasEduardo Natal c Waldomar Sabino

Cearensesvão comermais peixe

Poríafe2a (Corresponden-te) — O Governo do Cearádecidiu Intensificar o abas-teclmento de peixe em For-taleza, para forçar a baixano preço da carne, que estásendo vendida a mais de seiscruzeiros o quilo, embora atabela oficial seja dc ape-nas cinco cruzeiros.

Pelo menos 60 toneladasdc pescado serão trazidaspara Fortaleza todos os diaspela empresa estatal de pes-ca, a Cepesca, a fim deconcorrer com a carne, apreços mais baixos do queos atualmente cobrados.

ESPECULAÇÃO

A especulação em tornodo preço da carne ocorretodos os anos em Fortaleza,com os marchantes forçan-do a alta através da redu-ção do número de reses en-tregues para o abate. Apro-veitando as proximidades doinverno, eles recolhem o ga-do de corte às fazendas, es-perando assim o nascimentode ramagem para o pasto, emantém o gado no interiorpara vender mais caro, porforça da falta forçada, ousomente em março, quandoas reses aumentaram dcpeso.

A Cepesca vai lançarmais um barco, pesqueiropara alto mar, enquantocuida do estabelecimento depostos de refrigeração, e dotransporte das praias maisdistantes para os centrosconsumidores.

Morto daGuiana ébrasileiro

Georgetown (UPI-JB > —A Embaixada brasileiraidentificou hoje como sendodo brasileiro A. S. Pires ocorpo de uma das vitimasde um desastre de aviaçãoocorrido dia 24 na Guiana.

Pires estava pilotando umavião bimotor matrículanorte-americana, que caiuna mata a cerca de 10 quilo-metros do Aeroporto deGeorgetown.

DESCONHECIDO

O co-pllòto A. H. Fujiytambém morreu no desas-tre, mas as autoridades nâoconseguiram até agora des-

• cobrir a sua nacionalidade.O aparelho vinha de Cura-çau para Georgetown comuma carga de relógios depulso, rádios portáteis, is-

.quelros e cigarros.

Serra do Cipó, Minas —Aqui, ao pé da serra, entreas pequenas estações da Fa-zenda Engenheiro Lisboa edo arraial de Guaxima, a50 km de Uberaba, quis afatalidade que morressem21 lavradores — entre ho-mens, mulheres e crianças,todos gente humilde d osertão mineiro, a caminhode dois casórios e dos bailescaipiras de fim de ano —c 30 ficassem feridos, depoisde um vôo de três quilóme-tros serra abaixo.

Eles iam, em dois vagões,num trem misto da Estradadc Ferro Moglana, que car-regava 60 toneladas de ci-'mento em outros doisvagões. No inicio, formavamum bando alegre de 93 pes-soas que buscavam a di-versão ingênua, própria docaboclo; depois, acabaramvitimas de uma Unha perl-gosa, que muitos conside-ram condenada. Foi omaior desastre na históriados 98 anos da Moglana, edesde ontem uma comissãode inquérito apura suascausas.

RECEPÇÃO DIFERENTE

Quando o maquinistaJoão Peralta apresentou-sena manhã de sábado á es-tação de Uberaba para fa-zer a viagem rotineira atéJaguar teve uma surpresaa principio agradável: àsua espera estavam 93 pas-sagelros e dois vagões com1200 sacas de cimento. Otransporte de carga é nor-•mal mas os passageirosnunca passam de três, qua-tro.

E' que a proximidadedo fim do ano, trazendoconsigo os bailes caipiras, eainda coincidência dc doiscasamentos, um na cidadede Conquista, outro no ar-raiai de Guaxima, reuniramaquele grupo alegre.

VIAGEM TRANQÜILA

Assim, descontraídos, oslavradores, acompanhadosde mulheres e filhos, toma-ram assento nos dois últi-mos vagões e João Peraltadeu partida ã máquina Die-sei, que tinha ainda umvagão breque, intermedia-rio.

As três primeiras estaçõesforam vencidas com facili-dade, sem qualquer proble-ma. Mas a fatalidade esta-va esperando o comboio —prefixo MUI — do)s quilo-metros acima da FazendaEngenheiro Lisboa, perti-nho do arraial de Guaximae.a 20 quilômetros da cida-de de Conquista onde amaioria dos passageiros iriadescer. Foi na subida daSerra do Cipó que a alegriadaquela gente começou aacabar e João Peralta viveuo maior drama de sua vida,

PARADA MAROTA

A tragédia desenhou-seno fim do contorno da ser-ra, quando a locomotiva —uma GE n? 7 — morreu re-pentinamente num trechode forte aclive, sem qual-quer explicação aparente.

Todos os freios foram aci-onados, e obedeceram. Aparada durou cinco minu-tos, tempo bastante paramuitos decidirem seguir ca-minho a pé, já que estavamchegando mesmo.

Um dos dois pares de noi-vos, que iria casar-se à noi-

tinha, também abandona otrem, e o ajudante do ma-qulnlsta, Carmo Reis, resol-ve voltar, andando, até En-genheiro Lisboa, para pedirsocorro. Jerònlmo Rodri-gues da Silva, que estavano último vagão Junto coma mulher, o filho e duassobrinhas, é funcionário daMoglana em Franca e foiaté a máquina para prestaralgum auxilio.

VÔO INESPERADO

Jerònlmo ajudava a con-trolar os freios, enquantoJoão Peralta tentava colo-car a locomotiva novamen-te em movimento. De re-pente, sem qualquer aviso,o excesso de peso — pres-supõe-se — quebrou o sllên-cio e os trilhos voltaram aranger.

AU, sob o sol de 30 graus,o comboio retornou emmarcha-à-ré, serra abaixo.No Inicio, todos, nos dois úl-tlmos vagões, pensaram nu-ma manobra de Joáo Peral-ta para prosseguir a via-gem, mas a velocidade es-pantosa que se seguiu, cal-culada em 100 quilômetrospor hora, fèz a realidade dasituação nascer aos olhosaterrorizados.

DRAMA COLETIVO

Jerònimo pulou da máqui-na e saiu correndo atrás dotrem como um louco, á pro-cura da mulher, do filho edas duas sobrinhas. O dra-ma desenrolou-se por trêsquilômetros serra abaixo,com os vagões driblando osacidente do forte decUveaté que, lá embaixo, na cur-va mais insinuante, descar-rilhou de vez, arrastandoconsigo 40 metros de trilhose dormentes, bateu no ater-ro, sobre o Ribeirão dosDourados, e caiu no precipi-cio de 50 metros.

Primeiro, os vagões dcpassageiros foram atiradosem direção às águas do ri-belrão e atrás deles, paraespremê-los e completar atragédia, veio um dosvagões de cimento, despe- .jando sua carga, num gran-de estouro. Alguns homensainda conseguiram saltar, oque elevaria a 42 o númerode sobreviventes, somadosaos que abandonaram otrem na parada repentina.Também a locomotiva des-ceu o aterro aos trambo-lhões, mas João Peralta eo chefe do trem, José LuísFilho, pularam a tempo desalvar-se.

DOR MAIOR

Em corrida alucinada, Je-rônimo desceu atrás d ocomboio e logo viu uma col-sa em melo às ferragens:um par de botinas enterra-do no cimento. Lembrou-serapidamente de que aquelefoi o presente de Natal quedera ao filho e cava certode que o menino ali estava,enterrado. Conseguiu puxa-lo pelos pés e, como o meni-no gritava multo, preferiulevá-lo a um hospital emUberaba, desistindo deachar a mulher e as duassobrinhas.

O tanque de óleo dieselexplodiu, destruindo aindamais os corpos próximos.O balanço foi desolador: 51pessoas ficaram entre asferragens do comboio; 21morreram na hora, e 30 seferiram gravemente.

Enviado» especiais

Quando os 37 homens doCorpo dc Bombeiros dcUberaba — todo o efetivoda corporação — chegaramao local, a situação era difi-cilima: os corpos estavamesmagados, muitos enterra-dos sob os vagões ou soba pequena praia dc pó dccimento que formou juntoao ribeirão. Por isto, a ope-ração de resgate dos cada-veres durou 28 horas, atéa tarde de domingo, quandoforam retirados os últimosquatro corpos.

Operários da Estrada doFerro Moglana e da Cia. dcCimento Portland de PonteAlta, localidade próxima,acompanhados dc voluntá-rios das comunidades vizl-ohas, acorreram ao localpara auxiliar na operação-socorro.

O corpo dc um meninofoi retirado sem um dosbraços. A procura do braçolevou ao encontro de umaperna de homem. Os solda-dos do Corpo dc Bombeirosficam atônitos e prolongamo trabalho de busca, certosde que há mais vitimas,além do.s 18 corpos entãodescobertos e das 30 pessoasque deram entradas noshospitais de Uberaba comfraturas graves.

Domingo foram retiradosos últimos corpos conheci-dos: às 14 horas, conflr-mando as suspeitas, maistrês são encontrados debai-xo do vagão de cimento quenão caíra no abismo.

Causa da queda aindanão foi bem definida

QUEDA FINAL

Os soldados foram obriga-dos a jogar o vagão no pre-cipífiio, depois de desmonta-lo parcialmente. Nova chu-va de cimento inundou olocal, fazendo com aue oscuriosos, que aguardavamem frente ao ribeirão, sais-sem correndo à procura deabrigo no meio de um mi-lharal.

As crianças são proibidasde olhar a caixa metálicaque passa com três corposainda não identificados. Porfim, o corpo do homem quecompletaria a perna acha-da ao acaso é localizado eIdentificado. Trata-se do la-vrador Antônio Filho, dc 60anos.

OS MORTOS

Imperlcia do maquinista,excesso de peso, um defeitode tração e mau estado dostrilhos e dos dormentes sãons prováveis causas do de-sastre, que provocou prejui-zos materiais dc CrS 1 mi-lhào para a Estrada de Fer-ro Mogiana.

Ontem, uma comissão deinquérito da empresa —formada pelo chefe d etransportes, Eng. F a b r i e 1Torres, pelo chefe dctração, Eng. Antônio Chaib,e pelo chefe do 3"? Distritode Uberaba, Eng. Abel Reis,acompanhados pelo advoga-do Nilton Monteiro — co-meçou a apurar as causasdo desastre, em caráter si-giloso, ouvindo o maquinis-ta Joáo Peralta, sobrevlven-tes e testemunhas ao longoda ferrovia.

LINHA ACUSADA

Para a população de Ube-raba e dos municípios vizi-nhos, o ramal ferroviário deJaguar, onde ocorreu o de-sastre, está condenado e oDepartamento Nacional deEstradas de Ferro já teriadado autorização para seufechamento, cabendo a oGoverno de Minas, comocompensação, construiruma rodovia para servir aolugar.

Este era o comentário po-pular ontem cm Uberaba,quando parte da populaçãodeixou suas casas para pro-videnclar o enterro das últi-mas vitimas encontradasentre as ferragens do trem.

O vice-presidente da Mo-glana, eng. Antônio BadljaSeixas, esteve domingo nolocal do acidente, vindo deCampinas para prestar au-xilio às vitimas, e declarouao JORNAL DO BRASIL que"o trecho está realmentecondenado, e falta apenasa construção da rodovia pe-lo Governo mineiro paraque seja erradicado."

A relação dos mortos éa seguinte: Rosalina Santa-na (42 anos), Maria do So-corro Santana (5), MariaIsabel Santana (8), Euripe-des Santana (33), BeneditoEfigênlo da Costa Assunção(34 anos, sargento músicoque iria animar um.dos ca-samentos), Luisa Albertoda Costa (68), Nelson Diasde Oliveira e Silva (33), Ro-sa Helena Oliveira (11),Altiva Ribeiro dos Santos(40), Jorge Rodrigues (30),Otávio Vieira Filho (66),Joslna Barbosa Maria deJesus (36), Donlzete Vieirados Santos (6), João Bisão(60), Nelson Antônio Men-donça (11), Joaquim Antô-nio de Sousa (75), Mamededa Lapa Sousa (4), CorintoMartins (34), Ursélla Go-mes da Silva (23 anos, mu-lher de Jerònimo), BaltasarQuirino Antunes (31) e An-tônio Filho, o lavrador se-xagenárlo.

DOIS INQUÉRITOS

Além do Inquérito abertopela empresa, um outro, po-lidai, corre na Delegacia deUberaba e de Costa, cidademais próxima ao acidente.O major Lopes Silva, dele-gado especial de Conquista,também participa.

Em Conquista serão ouvi-das apenas quatro testemu-nhas, porque as vitimas fo-ram quase em sua totalida-de levadas diretamente pa-ra Uberaba. Mesmo assim,o major Lopes Silva fêz on-tem um comunicado suma-rio do desastre ao Secreta-rio de Segurança de Minas,coronel Edmundo AdolfoMurgel, mas sem definirsua causa, já que "as opi-niões são divergentes."

O diretor do 3? distritoda Mogiana em Uberaba,eng. Abel Reis, desmentiuque o ramal de Jaguar este-ja condenado, e afirmou

que a manutenção da linhaé normal. Ontem mesmo,um grupo de operários ter-minou a rceolocaçáo dostrilhos o dormentes juntoao atòrro sobre o ribeirãodos Dourados e, segundo oeng. Abel Reis, o trem vol-tara a funcionar a partirdc hoje.

PRAZO CURTO

O trabalho da comissãodc inquérito termina dentrodc três dias, e uma palavrafinal será dada dentro de15 dias pela diretoria daMogiana, em Campinas. Po-de ter havido impericla domaquinista, excesso de peso— cada vagão suportariaum máximo de 25 tonela-das, e não de 30, como foicarregado de cimento — de-feito grave dc tração oumau estado das trilhos edos dormentes/ ao longo derampas excessivas.

BUSCA CONTINUA

A veleidade média docomboio na ida para Jaguaré calculada em torno de 35a 40 quilômetros horários;no vôo de marcha-à-ré, ru-mo ao precipício, estava a100 quilômetros. O motor damáquina, dc 600 HP, Cou-perbessen, será recuperado,assim como toda a locomo-tiva, havendo necessidadede importação dc 80% daspeças.

Depois de encerrarem aoperação dc salvamento do-mingo à tarde, os soldadosdo Corpo de Bombeiros vol-taram ontem ao local dodesastre e reiniciaram asbuscas pois suspeitam dsque mais vitimas fatais es-tejam sob o comboio des-truido. Muitos lavradoresnão retornaram às suascasas e seus familiares sus-pei Iam de que eles estejammortos ou desorientadospela região.

MAQUINISTA DEPÕE

O maquinista João Peral-ta foi a primeira testemu-nha a ser ouvida pela co-missão de Inquérito da Mo-giana e terá ainda de pres-tar depoimento à Delegaciadc Uberaba. Suas decla-rações aos engenheiros fo-ram mantidas em segredoe são substanciais para adefinição das causas do de-sastres.

Em Uberaba, João Peral-ta tranca a porta principalde sua casa, à Rua Profes-sor Chaves, 343, e sal pelados fundos, pois prefere irpara a casa de amigos aarriscar-se ao assédio daimprensa. Também o aju-dante de maquinista CarmoReis e o chefe de trem JoséLuis Filho, bastante descon-fiados, preferem guardarsuas explicações para os en-genhelros e a polícia.

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JORNAL DO BRASIL D Tôrça-feira, 29/12/70 Q 1.» Caderno

22 - TURFE

Orrato venceu resistindoao adversário Fuji-Otto

O veloz Orrato confirmou a prcíc-rencia dos observadores vencendo a me-lhor carreira da reunl&o noturna de on-tem na Gávea, última desta temporada,apesar do violento ataque de Fujl-Otto,que formou a dupla. O ganhador con-tou com a dlrcç&o de Jo&o Sousa.

Na prova Inicial a favorita Bethesdanâo conseguiu se Impor à adversáriaMiss Nazaré, que terminou por domina-Ia nos derradeiros 200 metros, sob a di-reção de Francisco Mala. O segundo pa-reo mostrou a primeira vitória de BomSucesso depois do seu reaparecimento,tendo ás costas o írelo Daniel Santos.

RESULTADOS

1.° Páreo — mil metros — areia leve

l.o Miss Nazaré, F. Mala2.° Bethesda, A. Ramos

5757'

Ratelos: Vencedora: (5) 0,41. Dupla:(34) 0,35. Plaqis: (5) 0,10 e (7) 0,15.Tempo: lh02s2/5. Proprietário: MaurlLemos Gama. Treinador: Henrique To-blas.

2.° Páreo — 1 300 metros — areia leve

57551.° Bom Sucesso, D. Santos

2.° Bourgclat, D. MUanez

Ratelos: Vencedor: 17» 0,20. Dupla:(34) 0,36. Placès: (7) 0,15 e (6) 0,60.Tempo: lm23s3/5. Não correu: Carraro.Proprietário: Stud 20 dc Janeiro. Trei-nador: Alcides Miranda.

3.° Páreo — 1 200 metros — areia leve

4° Páreo — 1 600 metros — areia leve

l.o Hieto, J. Machado2.° The Quaker, E. Marinho

Ratelos: Vencedor: (8) 0,77. Dupla:(24) 0,05. Placès: (8) 0,47 e (3) 0,63.Tempo: lm42s. Proprietário: Stud Ga-viáo da Gávea. Treinador: Severlno Cá-mara.

5." Páreo — 1 200 metros — areia leve

l.o Pcristllo, J. Queirós2.° Elvette, J. B. Paulielo

Ratelos: Vencedor: (10) 0,32. Dupla:(34) 0,70. Placès: (10) 0,25 e (6) 0,29.Tempo: lml5s3/5. Proprietário: Stud Al-fa-Romeo. Treinador: H. Oliveira. O anl-mal Rútllo Jogou ao solo o seu Jóquei,Júlio Reis, que nada de grave sofreu.

6." Páreo — mil metros — areia leve

l.o Bonté, U. Meireles2.° Iperana, C. Amestely

Ratelos: Vencedor: (1) 0,31. Dupla:(13) 0,54. Placès: (1) 0,18 e (7) 0,37.Tempo: lm0,3s4/5. Não correu Bad-Boy.Proprietário: Stud Feny. Treinador:E. Cardoso.

7." Páreo — 1 200 metros — areia leve

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l.o Búbllca, G. F. Almeida2.° Forest, E. Marinho

5254

l.o Orrato, J. Sousa2." Fujl-Otto. L. Correia

5957

Ratelos: Vencedor: (1) 0,14. Dupla:(12) 0,23. Placès: (li 0,11 c (3) 0,15.Tempo: lml4s. Não correu: Fellx-Léo.Proprietário: Stud Bucarest. Treinador:Felipe Lavor.

Ratelos: Vencedor: (1) 0,69. Dupla:illi 1,15. Placès: (1) 0,40 e (3) 0,38.Tempo: lml6s2/5. Não correu Olhos Ne-gros. Proprietário: Stud Itablrense. Trei-nador: Bertúclo Carvalho.

Movimento Geral de Apostas: Cr$830 445,95.

Lara surpreendeu Marilisa na retaLara atacou e dominou Marilisa

nos metros finais da Prova Especialde domingo, no Hipódromo da Ga-vea, nos 1400 metros de percurso,em pista de grama leve, numa deci-são que suscitou dúvidas já que ojóquei Manuel Silva reclamou naComissão de Corridas de um desviode linha da ganhadora.

A estreante Junac, revelandomuita velocidade, partiu na frentedas demais competidoras, mas Man-lisa dominou-a e passou a fazer otraiu da corrida até a reta de che-gada, quando foi batida pela maioração de Lara, que assinalou lm 23s1/5 nos 1400 metros, sob a direçãode Francisco Estèves. Endyldeê Ja-carina completaram o marcador.Não foi apresentada Bigarade (4).

RESULTADOS DE DOMINGO:

1 • Pirro — 1 300 metros — drama levePrêmio: CrS S mil

|.« Murmúrio. J. Pinto 56 0.20J.« Mooson. T. Estives M»3.' Ladáo. A. Santo» ».074 Don Obwnldo. J. Correi» >' «•'«5.' Padroeiro. E. Marinho =5 2,176.» Happy Plucky. J. Amestely ... SB o,«

Nilo correu: Mcncstrcl.

Diferenças: 2 corpos e 1/2 corpo c vários -

Tempo: lml7s - Vencedor: (5! 0.20 - Dupla:.-•41 018 — Placès: (51 0.10 e |2| 0.10 — Movi-mento do páreo: Cr* 57 450.00 - MURMÚRIO -

M A — 3 unos — S. Paulo — Plllaçfto: FortNapolíon e Erldan — Proprietário: Stud Cher-che* La Femme — Treinador; Z. D. Quedes -

Criador: Horas Sfto Jos* o Expedictus.

;.* pirco — 1 200 metros — «rama levePrêmio: CrS -I mil

7.' Endylha. O. Cardoso W 0.428." Usque. R Carmo 57 l,W0.« Our Doll. C. Qomea M 0.47

Náo correu: Juplcai.

Diferenças: 1/2 corpo e 1 1/2 corpo — Tem-no- lm24s2/5 — %'cncedor (7) 0.97 — Dupla:124) 064 - Placòs: (7| 0.22 e (3) 0,13 — Mo-vimento do pftreo: CrS 103 325.00 — JADA —F C 4 anos — S. Paulo — Flllaçlto: Mal de Co-co«ne e Balnda - Proprietário: Sérnlo P. CastroPalhares — Treinador: N. Pires — Criador: Ha-ras Mondcslr.

6. Páreo — (Prova Especial) — 1 400 metroí —Grama Ior — Prêmio: CrS 5 mil

Deiuinlio. A. Ricardolota. O, GomesCaslno, J. G. Martins ....Quelle Vclne. C. R. CarvalhoAcílla. W. MoraisSqualo. A, RamosClncèrro, H. FerreiraTablz. A. Luis Jr

56585651565654

1." Lara. F. Estèves 53 0.Ü52." Marilisa, M. Silva 54 0.183" Endylde, F Pereira F.* 1094." Jacarlna. J. Reis 54 0.465.- Happy Exccllcnt. L. Santos ... 50 0.4D6.* Jaleca, C. Gomes *&>7.* Luca. A. Santos 52 0.468." Iriuá. D. Santos 53 0.870." Jumiic, J. Queirós 51 0.42

Nao correu: Bigarade.

Diferenças: 1 corpo e 1 corpo — Tempo:lm23sl/5 — Vencedor: (8) 0,95 — Dupla: (14)0.28 — Placís: (8) 0.29 — (1) 0,13 — Movimen-to do pãreo: CrS 87 891.00 — LARA — F. A. —5 anos — Santa Catarina — Filiação: Hypocrltec OlRUlnha — Proprietário: Stud Vedete — Trei-nador: J. A. Limeira — Crlodor: Haras TrêsFigueiras.

7." Páreo — 1 100 metros — Grama levePrêmio: CrS 4 500,00

1." Jubuplrá, H. Ribeiro 57 3,1!2." Cadlrvís, J. Pinto 57 0.243." Bonjardlto. J. Reis 57 1.244." Hemlngway. M. Hívia 54 2.245." Rockíord, F. Maia 57 0.226." Lclí, C. Amestely 54 1.567." Snmuara. J. Queirós ........ 57 0.548." Delmiro. E. Marinho 56 2°29." Jajlm, A. Santos 57 0,53

Náo correu: Jucape.

Diferenças: 1 corpo c 1/2 corpo — Tempo:lm24s2/5 — Vencedor: (8) 3,11 — Dupla: (14)

173 0 50 — Placès: (8) 0.96 e (1) 0.18 — Movimento0.18 do páreo: CrS 101 287.00 - JUBUPDU — M. C.0 54 ' tiios — S. Paulo — Filiação: Nlsos e Linda0.42 Lona — Proprietário: Stud J. O. R. — Treinador:1.46 O. B. Lopes — Criador: Haras Mondoslr.0.970.34 8.' Páreo — 1400 metros — Grama leve735 Prêmio: Cr$ S mil

Náo correram: Macalma e Vlrum.

Diferenças: 2 corpos e 1/2 corpo e um cor-no — Tempo: lml3*2/5 — Vencedor: HO) 1.73_ Dupla: (14) 0.56 — Placís: (10) 0.44 o (1)0 15 - Movimento do páreo: CrS 64 414,00 —

BENTINHO — M. C. 5 anos — S. Paulo — Fl-ltaçfto: Ludlcon c Bullflght — Proprietário: StudFaria — Treinador: O. M. Fernandes: Criador:Haras 28 dc Outubro.

3.' Páreo — 1400 metros — Areia levePrêmio: CrS 5 mil

1." La Pampa. J. Garcia 1.632 Três Violetas. J. Pedro F." ... 36 0,2.13,« Flowcr Day, J. Pinto 56 0,294." Ali Set, A. Ramos »¦«5.* Torpella, J. B. Poullelo 52 "fi"6.* Pagalá, O. Cardoso 56 0,50

Dlfercnçns: 2 corpos c vários corpos — Tem-oo- lm27s3/5 — Vencedor: (5) 1,63 — Dupla:V14) 046 - Placès: 15) 0.46 c (1) 0,15 — Movi-mento' do páreo: CrS 71 746,00 - LA PAMPA -p C. 3 anos — R- G. do Sul — Flliaçáo: Em-piro e Pnmpaninl — Trclmulor: G. Fcljó — Pro-prletárlo: Roger Guedon — Criador: Haras Ca-nrnquft.

4. pjffn _ 1600 metros — Areia levePrêmio: CrS 5 mil

l.« Pebo. J. Pedro P.« 56 0,222.' Zel. J. Brissola «•»3,' Labo, J. Pinto 56 0,334.' Quá-Quá, R. Ribeiro f> 1,175 Galnotc, J. Portilho 56 0,506.» Happy Chlef, J. Amestely 56 0,487 Lácrimo, F. Pereira F." 56 u,j.í8.* Caractcre. L. Correia 56 0,30

Nfio correu: Lud&o.

Diferenças: 2 o melo corpo e. 1 corpo c melo— Tempo: lm41s3/5 — Vencedor: (3) 0,22 —Dupla- (22) 1,63 — Placès: (3) 0.21 — Movimen-to do páreo: CrS 88 801,00 — PEBO - M. C. 3anos — S. Paulo — Flliaçáo: Pewter Plattcr ejurubeba — Proprietário: Hélio Castro c Arl A.Cunha — Treinador: F. P. Lavor — Criador: Ha-ras Sfto LuIb.

5 " Páreo — 1 400 metros — «rama levePrêmio: CrS 4 500,00

I." Jacla, R. Ribeiro 57 0.972.' Happy Light, J. Amestely .... 59 0,16.!.• xarmousc, V. Estèves 57 0.464.' Já. A. Santos «fS.' Piazza, A. Ricardo -.'' '•¦"6." Kopuda, G. Fagundes 57 »M

l.«2."3.'4."

6.'7.'8.'9.'

10.11.12.

Maruca, F. EstèvesMake Moncy, J. Brtzola . . ,Lá, A. SantosFancy Girl, H. VasconcelosXenotlna, J. Machado . . .Olmolra, L. SantosGrlngolada, M. Silva ....Jornada. J. QueirósBlondlk, R. Ribeiro ....Dlccisletc. J. PintoCruz do Ouro, U. MeirelesPisa, G. FagundcB

565656565656565656565456

0,531,300.360,320,844.041,960,840,670.650,707,67

Náo correu: Fadctte.

Diferenças: 3/4 do corpo e vários corpos —Tempo: lm25s2/5 — Vencedor: (5) 0,53 — Dupla:(23) 0,78 — Placès: (5) 0,39 e (8) 1,38 — Movi-monto do páreo: CrS 98 427.00 — MARUCA — P.A. 3 anos — S. Paulo — Flliaçáo: Fort Napoléonc Arassarl — Proprietário: Haras Sáo José e Ex-pcdlctus — Treinador: Felipe Lavor — Criador:O Proprietário.

9.° Páreo — 1600 metros — Areia levePrêmio: CrS 3 mil

1.° Farjo, ,1. Machado . . . .2." Royal Fox, D. Mllancz .3.° Fair Klno, F. Mala . . .4." San Qucntln, C. Gomes5." Fogo Pato, L. Santos . .6." Rol David, C. Amostoly .

Nfto correram: Vesano e Savi.

58 0,3255 0,4655 0.4452 0,2256 0,6651 0,68

Diferenças: paleta e vários corpos — Tempo:lm42s — Vencedor: (7) 0.32 — Dupla: (24) 0,38Placès: (7) 0,10 e (4) 0,20 — Movimento do pft-reo: CrS 74 346,00 — FARJO — M. C. 6 anos

R. G. do Sul — Flliaçáo: Farinclll o XaviProprietário: Stud Federal — Treinador; A.

Araújo — Criador: Haras Tio Chico.

Movimento geral dc apostas: CrS 823 259,90

Re s ii 11 a d o sdos Concursos

Bolo de sete pontos — Nãoteve ganhador, acumulan-do Cr$ 22 789,20

Betting Duplo — Não tevevencedor, acumulando Cr$47 550,58

¦"!S^S™^S^So; da Prova Especial, em pista de grama leve, com o tempo de lm23sl/5

Binóculo J. C. Moraes

A Associação dc Cronistas dc Turfedo Rio de Janeiro está promovendo aeleição dos destaques e das pcrsonaltda-des do ano, pela votação de 18 jornalis-tas profissionais. Não é muito difícil aseleção dos 10 itens. O titulo de criadore proprietário do ano, obviamente, per-tence aos Haras São José e Expedictus,e o treinador não poderia deixar de sero. campeonísslmo Ernani de Freitas. Ojóquei Francisco Estèves. ganhador daestatística de profissionais, e o apren-diz Edson Marinho, pois sc Rubens Ri-beiro é muito bom não convém esqueceras 50 vitórias que trouxe de Mato Gros-so. O melhor cavalo, evidentemente, otordtlho Luccariw. recordista dos 2 milc 1 600 metros, c o puro-sangue que maisevoluiu nos últimos meses. Sc Vizianenào tivesse caído de estado, poderia sero mais votado. Entre as éguas, Elamiurficou absoluta na atual temporada, e nascategorias de potros c potrancas, Piole-to c Taila merecem maior índice, commelhor aproveitamento para Ploleto.

A personalidade do turfe, que deve-rá ter uma votação unanime, é a do Mi-nistro da Agricultura, Cirne Lima, quefoi o responsável direto pela regulamen-tação da lei do turfe. O Sr. Luís Antó-nio Ferraz, pelo muito que realizou àfrente da Sociedade dc Criadores c Pro-prictários de Cavalos dc Corridas dc SãoPaulo, merece uma menção honrosa, eteria o nosso voto em outras circuns-tancias.

TUMULTO EM PALERMO

A vitória surpreendente da égua En-nemic. que vinha de três fracas apre-seiitações, motivou a invasão da pistapor parte do público, em um dos páreosrealizados no Hipódromo de Palcrmo,em Buenos Aires. Os mais exaltados e.ri-giam a desclassificação do animal e w-gentes providências da Comissão deCorridas, que optou pela confirmação dacarreira. Ai, a coisa estourou, com ln-vasão da pista, depredação do Hipódro-mo e alguns freqüentadores que jogarambancos, cadeiras c garrafas vazias sobrea pista, determinando a intervenção dos

bombeiros c da polícia, que deteve cincoapostadores.CAIU NA PARTIDA

Em Pórlo Alegre, o potro Estupendo,franco favorito do GP José Pinheiro Bor-da, em um páreo que nâo teve apostas,tropeçou na partida, jogando ao solo, ojóquei Ornar Batista, c o seu único ad-versário, Macimato, limitou-se em darum galope de saúde nos 2 200 metros dopercurso, assinalando 2m26s 2/5, na pis-ta de areia.

Macimato, que obteve o seu primei-ro êxito elássteo, completou oito vitórias,um segundo, um terceiro c dois quartoslugares em 16 apresentações, somandoCrS 15 200,00 em prêmios e colocações,até o momento. Ê um filho de Macip eMay Flower e teve a direção do jóqueiA. Oliveira, deslocando S9kg.DE TUDO UM POUCO

A diretoria do Jóquei Clube Brasi-leiro vai recepcionar os jornalistas es-pecializados amanhã, às 16 horas, no

¦ salão nobre da sede da Avenida RioBranco • Florentin, que entrou desço-locado no GP José Carlos de Figueiredo,será submetida a um período de repou-so de aproximadamente dois meses. •Um emissário do Jóquei Clube do Cearaestá adquirindo animais na Gávea. Jacomprou lio e Drapeait. • O proprlc-tário Eurico Solanês presenteou o trei-nador Paulo Morgado com um belíssimorelógio suíço. O relógio ê tão valioso quePaiilo ainda está procurando um localadequado para guardá-lo. • O comen-dador João Jabour deu ao treinador Ru-bens Silva algumas latas de vinho fran-cês enlatado, t Juan Amestely. jóqueichileno, parece que ainda não se adap-tou ao turfe carioca. Foi muito criticadopela direção que deu a Happy Light, nopáreo vencido por Jada. com Rubens Ri-beiro às costas. • O cavalo Monge Doctganhou o clássico Clausura cm Santiagodo Chile, assinalando lm24s para os1400 metros do percurso, sob a direçãodc Vicente Ubilla. • Felipe Lavor obte-ve a primeira vitória para os Haras SãoJosé e Expedictus, por intermédio deMaruca no oitavo páreo dc domingo. Di-zem que vai receber outros reforços.

Macíglio mostra disposiçãono exercício que realizou

Macíglio passou os 2 200 metros em2m25s com muitas reservas demons-trando que está apto a grande exibição,na Prova Especial que será realizada natarde de domingo. O pupilo de VálterAllano está multo preparado para estacompetição.

Os exercidos têm sido multo sua-ves, pois os treinadores, temerosos docalor, estão levando seus pupilos de ma-neira tranqüila, evitando que o esforçodas matinais acarrete perda de peso einapetência.EXECUTOR

Naldinho, O. Cardoso, 1 600 em lm52s, a melo de rala.

Pick-Pocket, A. Ramos, 1200 em lm20s.

Olrls, F. Pereira, 1 400 em lm33s 2/5.Epitácio, S. Silva e Henrique, R. Ri-

beiro, 1400 em lm34s.Executor, P. Maia, 1 600 em lm4?.s

3/5.Pó, D. Santos e Onche, P. Alves, 1300

em lm25s.El Malak, O. P. Silva, 2 040 em 2m

21s e milha em lm47s.Capetiens.O. Cardoso, 1200 em lm

20s, melo de raia.DUELO

Gilda, D. Santos, 1 500 em lm 39s,meio de raia.

Duelo, A. Ricardo, 1400 em lm36s2/5, cerca externa.

El Pampeano, J. Santana, 1 500 emlm39s, muito aberto.

Milo, F. Estèves, 1 200 em lml7s.Picié, O. Cardoso, 1 300 em lm 25s

2/5, a meio de raia;Gratinada, G. Almeida, 1 500 em lm

41s 2/5, por fora.Larousse, J. Pedro, 1300 em lm28s,

por fora.Marmanjo, J. Pedro, 1300 em lm29s,

cerca externa.Ouverture, G. Almeida, 1300 em lm

30s 2/5.

Barry, G. Almeida, 2 040 em 2m 23s3/5.IATAGAN

Iatagan, J. Pedro, 1200 em lmlOs,meio de raia.

Lanceiro, F. Estèves, 1 600 em lm43s2/5.

Expo 67, J. B. Paulielo, 1400 em lm31s 3/6. I „„

Ask, A. Ramos, 1300 em lm 27s 2/5.Xalbub, G. Almeida, 1200 em lm

19s 2/5.Zuarda, J. Portilho, 1200 em lm21s

3/5.Dawn River, M. Silva, 1 200 em lm

19s.Court Page, A. Ramos, 1400 em lm

36s 3/5-Betutne, H. Vasconcelos, 1600 em

lm46s.RIVET

Endecha, O. F. Silva e Laia, P. Ro-cha, 1000 em lm09s, melhor para aprimeira.

Rivet, O. F. Silva, 2 040 em 2ml9s e1 600 em 107s, com facilidade.

Rio Guaiba, D. P. Silva, 1400 em lm33s 3/5, meio de rala, sem exigir.

Mazarino, F. Estèves, fèz 1 500 emlm39s, saindo ligeiro.

Nardosio, A. Ramos, 2 040 em 2m22s3/5, suave.

Alpino, P. Rocha, 1000 em lm07s2/5, com facilidade.

Mahabub-Ali, C. Amestely, 1600 emlm46s, a melo de raia.

Antipas, J. Portilho, 1 000 em lm30s,multo suave.

Japlra, P. Alves, 1 000 em lm06s, semfazer correr.JANDO

Light Romu, J. Pedro, milha em lm46s 2/5, com facilidade.

Jando, J. Amestely, 1600 em lm46s,melo de raia.

Guatupé, F. Estèves, 1 000 em lm04s,aberto e sem ser exigido.

Estréia dos parelheiros dedois anos 6 atração nas

primeiras reuniões de 1971A estréia dos potros e potrancas da geração

nascida em 1968 é a grande atração dos programasde sábado e domingo na Gávea, primeiros da pro-xima temporada. Vinte e oito animais de dois anosforam inscritos em três páreos, todos no percursode mil metros. _

Duas provas especiais serão realizadas, uma nareunião de domingo e a outra na noite de segunda-feira Paralelamente às jornadas iniciais de 71, en-trarão em vigor nas mesmas as novas dotações nasdiversas carreiras, assim determinadas pelo JóqueiClube Brasileiro após a regulamentação da Lei doTurfe.

SÁBADOl.- Páreo — kt. I3h50mmetros — CrS 6 500,00

1 SOO

1—I Happy Compass •2—2 Estabanado 53—3 Lôrca 2

" LAcero '4—1 Pebo *

5 Javelyn 1

Kt

565656525658

3.' Práco - ks UhOTm - 1 500meiros — CrS 6 500,00

Kr

1—1 Lady Coroa 582—2 Kancy Girl 56

3 Xenotlna 583—4 Hlléla, •'• 56

S Maricá 584—6 Cmz-dr-Ouro &>

7 Paparrucha 36

3.- Tárco - às 14h50m - 1 0<Wmetros — Cr* 7 500,00

Kk

7." Páreonii-trmTING)

575357575757575757

ás I7h05m — 1 5A0— Cri * 500,00 — (I1ET-

1—1 Habon . ...2 Helos

2—3 Xodé Araby4 Don)ardlu> .

3—5 Puclc 6 Court Pace .

4—7 El ManlceroBen Ornar .Dolmlro . ..

1—1 Quanzo 2 Sltlelro

2—3 Leio . ¦'¦4 Nino

3—5 Happy MusicalArrelá Quechant . ...

4—8 Albarone . ...D Quldrlge

10 Comulus

1—I Brando 56Angico MTxguar 5S

2—4 Mandaguarl 56Catuto !<• MDetrotde 5S

3—7 Plccollno 5*Gamble 51Preud SR

4-10 Brasileiro 12 5611 Enrtdo 5615 El Zoraal 5613 Amargulto 58

«.• Párro — ás llhiom — 1 ooometros — Cr* 6 300,00 — (11ET-TING)

KB

l—l Ou&bupè 12

4.' Páreo — ás 15h20m — 1 000metros — CrS 7 500,00

Kb

1—1 Grand Prlx 552 Heco-Reco -1 55

2—3 Nehemlas 554 Estuoso 55

3—5 Mu 556 Aplngoá 55

4—7 Bcam-Ray 55" C.ucltbel 558 Galhardcto 55

DlnnerApln

2—4 Toronado .Xtmburu .Fasote . .Enlelo . ..

3—8 Propulsor .9 Taliso . ..

10 ZanR&o . .11 Semlrando

4-12 Krupp . .13 Pulvcrino14 Nluivai . ." Bafton . .

565656565656565656565656565656

5." Páreo — ás lSltSSmmeiros — Cr$ 4 500,00

1 000

Ks

D.* Páreometros —TING)

— ás 18l\15m — 1 600Cr$ 4 500,00 — (l)KT-

KR

1—1 Dogom 54" Arlsco 54

2—2 Ugly 553 Ornato 53

3—4 Romoto 385 SarftU 53

4—6 Relato 557 Idos 53

6.- Páreo — ás IfiliJOm 100metros — CrS 5 500,00

1—7 Henrique . ..Cadran Bom Sucesso

2—4 Rio Guaiba .5 Tinkerbell 98 Carícê

3—7 Rio de JaneiroMahbub Ali . .Nlndlcnne . ..

4-10 Peixe 11 Derby Day . .." Aíacclo

5755925755585637S7585656

DOMINGO1." Páreo — às 141i30mmetros — CrS 6 500,00

1—1 Roqucfort2—2 Zel . ...3—3 Marshall .

4 Exodus .4—5 Labo . ..

6 Le Rougc

Kg

3 56

2." Páreo — às 15 horasmetros — CrS 5 500,00

— 1 400

1—1 Sentar! 2—2 Happy Life .

3 Saloclávla . .3—4 Juplcai

5 Kopada 4—6 Piazza

7 Xarmeuse .

Ks

57575757575757

5." Páreo — às I6!i35m — 1 000metros — CrS 8 50°.OO — (BHflt-TING)

Kg

1—1 Hldromel 56Happy Hordy 56Atlgrada 56

2—4 Cote DMvolre 55Laceira 10 56Carona 11 56

3—7 Marjolalne 5 56Belicosa 12 56Lucky Baby 6 56

4-10 De Paz 9 5611 Xuá-Xuá 1 5612 Lady iPlastra 8 56

6." Páreo — às nhlOm — 1 000metros — CrS 6 500,00 — (BEt-TING)

Kg

3." Páreometros —

_ às lShlOm —CrS 7 500,00

1 ooo l—l Charpada 1

1_1 Happy Muslc2 Godmother .

2—3 Narda 4 Aplra

3—5 ArcUisa. . ...6 Mada

4—7 Kahárl Rlvaltté . ...Ecintla . ...

Kg

555555555555

2 Abadcna2—3 Xandoco .

Xanacy . .Dlmbell . .

3—6 Atlnguaçu .Pcnlta . ..Gambctcro

4—9 Loréia . ..10 Endecha .11 Egérla . ..

565656565656565656

10 5611 56

4." Páreo — às 16 horas —metros — CrS 8 mil

PROVA ESPECIAL

1—1 Nardosio . ..2—2 Macíglio . ..3—3 Mentolado .

4 San QuenUn4—5 Itlvct " El Malak . •

2 200

kb

3 60

7." Páreo — às 17h45m — 1 400metros — Cr$ 5 500,00 - (BET-TING)

Kg

1—l Duelo . .2 Painel .

2—3 Olrls . ..4 Jacapu .

3—5 CadlrvésJlriba . ,Blsfto . .

4—R Tirteu .9 Bingo . ." Lacaio .

575757575757575757

10 53

/

JORNAL DO BRASIL [j Terça-feira, 29/12/70 D •¦" Caderno ESPORTE - 23

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O plbZico /oíou o 7Iô,o""aSdS:^ríe /Serte^. torcendo mufto por FKtípaW que, desde a terceira volta conservou a liderança da prova

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4 competição, no Floresta, joi bem disputada e apresentou vários lances de emoção

Gumercindo conquista TroféuCondêssa Pereira Carneiro

O Floresta Country Club en-cerrou no domingo suas ativida-des hipicas com uma competiçãode duas provas, em que deu aomelhor cavaleiro mirim — Gumcr-cindo Fernandes Neto, da Socic-dade Hipica Brasileira — o Tro-féu Condêssa Pereira Carneiro, Di-retora-Presidente do JORNAL DOBRASIL.

Gumercindo Fernandes Netovenceu por decisão do júri, queconsiderou o resultado da segun-da prova mais Importante que oda primeira, da qual saiu vence-dora, com o mesmo número de

pontos, a amazonas mirim MònicaBorba, também da Sociedade Hi-

pica Brasileira, com o cavalo Ge-nial.

te do Clube. Dr. Romário Paulinodo Espirito Santo, dos represei.-tantes dos clubes concorrentes cdos cavaleiras mirins. A taça Con-dessa Pereira Carneiro foi entre-gue ao melhor cavaleiro mirim dacompetição por um representantedo JORNAL DO BRASIL.

REINICIO COM SENIORS

Às 14h30m as atividades foramreiniciadas com o hasteamento dabandeira, execução do Hino Na-cional c o desfile das equipes par-tlcipantes. Em seguida foi dispu-tada a prova hipica General-de-Divisão Antônio Jorge Correia,

obedecendo às características: nor-mal com cronômetro, pela tabelaA, classe omnla, para seniors, comaltura máxima de lm20cm. lar-gura máxima de lmSOcm e rio de3m50cm.

Ao final da prova a Escola deEquitação do Exército realizouuma demonstração de Pilier (tra-balhos dos ares altos em palan-quês). Encerrando a programaçãohouve a prova General-de-Exérci-to Augusto César de Castro Monizde Aragão, do tipo potancia, combarragens sucessivas pela tabela Aclasse omnla para seniors, com ai-turas máximas de lm30cm e lar-gura de ImOOcm.

PROGRAMAÇÃO

A prova de abertura da pro-gramação do encerramento das ati-vidades do Floresta no setor hipi-co _ prova Major Luis Felipe Dick_ foi disputada com cronômetro,

pela tabela A, classe omnla, paramirins, com altura máxima dosobstáculos de lmlOcm, largura dnlmBOcm e rio de três metros. Ven-ceu o cavaleiro Geraldo César Fa-

rias, do Floresta. A segunda prova_ Major Heitor César Pimenta —

foi disputada sem cronômetro, comdesempate ma primeira barragemao cronômetro pela tabela A, cias-se omnla para mirins, com alturamáxima de lm20om, largura má-xima de lm80cm e rio de três me-

tros: Nesta prova empataram Mô-

nica Borba e Gumercindo Fernan-des Neto, que na prova de dezem-

pate obteve melhor classificação.

A entrega dos prêmios foi fei-ta na pérgula da vila hipica do Fio-resta, com a presença do presiden-

O meninoGumer-

cindodestacou-se

nacompetição

mirimc mereceu

levar oTroféu

CondêssaPereira

Carneiro

Fittipaldi venceCopa Brasil semforçar sua Lola

Sáo Paulo (Sucursal) —Emerson Fittipaldi, numaLola T-210. venceu, domin-go, a Copa Brasil de Auto-mobillsmo. disputada emInterlagos, alcançando otempo de lhlm52/.73s, na.ssuas 21 voltas do circuitodo autódromo. O piloto brn-sllelro disse não ter forçadosua máquina, pois a pistaestava suja de óleo e tam-bém pelo medo do motorfalhar ao ser exigido de-mais.

Com a vitória dessa últi-ma etapa, Emerson obteve30 pontos, na classificaçãofinal, seguido pelo principeespanhol Jorge de Braga-tlon, com 20. Na prova dedomingo, a quarta da com-petição, o piloto italianoGian Piero Moretti. comsua Ferrari 512-S, chegouem segundo lugar. A partirda sexta volta a corrida náose alterou mais. com os par-11 c 1 pantes permanecendoem suas posições até o fl-nal- O recorde de Interlagospermaneceu em poder deEmerson Fittipaldi, na no-na volta da terceira prova,com o tempo de 2m52,6s.

A PROVA

Glan Piero Moretti coma mais potente máquina —570 HP — a Ferrari 512-S,foi o mais rápido na larga-da, ejá apareceu cm pri-meiro lugar no refrio, comvantagem sóbre os demaisconcorrentes. Jorge de Bra-gation, com a Porsche 908era o segundo, seguido deperto por Emerson e WilsonFittipaldi.

No fim do retão, EmersonFittipaldi ultrapassou o es-panhol Jorge de Bragatione, na curva da ferradura,já estava bem próximo deGian Piero. Antes mesmode se completar a ia. volta,a corrida Ia tomando dcfl-nição. A luta pela liderançaestava entre Emerson c oitaliano, enquanto que, umpouco mais atrás, Jorge deBragation e Wilson Flttipal-di Júnior lutavam pelo 3**posto.

A passagem da 2a. volta,não apresentou muitas mo-dlficações nas colocações, anão ser Norman C a s a r I,com a Lola T-70 que corriapela primeira vez na Copa,que havia ultrapassado ojaponês Massaml e estavacm 99, lugar; quando oscompetidores completavama 3a. volta, Emerson Fltti-paldl colou bastante n aFerrari 512-S e, na curuacio sargento, passou o Itália-no por dentro, na freadaconquistando assim a lide-rança.

Emerson Fittipaldi passouem lv na 3a. volta, sendobastante aplaudido pelo pü-blico. Silvio Montenegro foio primeiro a parar nos bo-xex, com píoblemas meca-nlcos, desistindo da prova.Logo depois, um pouco an-tes da curva no lago, AnísioCampos e Norman Casariencostavam seus carroscom problemas. Anísio comsuperaquecimento, enquan-te que a Lola de Normanteve uma pane elétrica. Na5a. volta, foi a vez de Wll-son Fittipaldi parar, comsuperaquecimento do óleo,

sendo que a temperaturahavia atingido 130 grauscentígrados. Camilo Cristo-faro, que estava correndomulto bem, atrás do argen-tino Jorge Ornar dei Rio,parou na 4a. volta do reíãocom o motor fundido.

A partir da 8a. volta acorrida foi se tornando umpouco monótona. A não serpor algumas desistências,em virtude de defeitos me-canlcos, as colocações náose alteravam. Emerson, aesta altura, corria tranqüiloem busca de uma vitóriaque lhe daria o titulo decampeão da Copa Brasil deAutomobilismo Internado-nal. enquanto que Morett eJorge de Bragation, pare-ciam, também se conformarcom suas colocações.

RESULTADO

1<?i 1 — Emerson Flttipal-di (Brasil). Lola T —2 10,lhlm52,773s. com 21 voltas,média de 162,090 quilòme-tros horários. Melhor volta,2m53,277s, na 3a„ com amédia de 165,385km/h;

2«?) 17 — Gian Piero Mo-retti (Itália), Ferrari 512—S, com 21 voltas, melhorvolta, 2m54,710s, na 2a., mé-dia de 164,037km/h;

3<?) 10 — Jorge de Braga-tlon (Espanha). Porsche908, com 21 voltas, melhorvolta. 2m56,510s, na 3a„ me-dia de 162,364km/h;

491 6 — Alex Soler-Roig(Espanha), Porsche 9 0 7,com 20 voltas, melhor volta,3ml8,410s, na 2a., média de154,072km/h;

5<j) 8 — Jorge Ornar DelRio (Argentina), protótipoAvante Tornado, com 19voltas, melhor volta,3ml6,410s, na 2a. média de145,913km/h;

09) 26 — Jaime Silva(Brasil), protótipo Fúria,com 18 voltas, melhor volta,3m24,510s, na 2a., média de140,134-cm/h;

7«?) 81 — Massami Ku-washima (Japão), NissanZ432R, com 18 voltas, me-lhor volta, 3m25,510s, na5a.;

89) 51 — Carlos AlbertoSgarbl (Brasil). Opala 3800,com 17 voltas, melhor volta,3m36,210s, na 2a.;

99) 4 — Elvlo D I v a n 1(Brasil), C/Porsche, com 17voltas, melhor volta, 3m39,na 9a.;

109) 73 — José PedroChateaubriand (Brasil), Pu-ma—1600, 17 voltas, melhorvolta, 3m41, na 10a. e 13a..

FINAL

A classificação final daCopa Brasil foi a seguinte:

Campeão — Emerson Flt-tlpadi (Brasil), 30 puuíns;

Vlce-campeão — Jorge deBrag' on (Espanha), 2 6pontos;

39) — Alex Soler-Roig(EspanhaI, 21 pontos;

4?) _ Wilson FittipaldiJúnior (Brasil), 15 pontos;

50, _ Qian Piero Moretti(Itália), 14 pontos.

Sorrio NoronhaInterino

Excelente, mas ao mesmo tempo pe-rigosa, é a idéia dos clubes cariocas de terà mão um estádio de proporções médiaspara os jogos de segunda importânciano campeonato. Ê realmente necessárioèsse estádio, o fim de evitar jogos queaumentam seu prejuízo devido às cotasaltíssimas do Maracanã.

Mas a idéia esbarra no mais crucian-te problema do futebol carioca: a falên-cia dos clubes. Onde arranjar dinheiropara construir — ou comprar — èsse es-tádio? Para a sua construção é necessá-rio um terreno de bom tamanho em umlocal que também seja de fácil acesso.Sem falar em local de estacionamento, éclaro. Um estádio cuja via de acessoprincipal seja a Avenida Brasil, porexemplo, corre o risco de misturar o seutráfego de automóveis ao do pessoal quevem de volta de seus fins de semana, eaí o transito se congestionará e aumen-tara em muito o número de acidentes.

O primeiro passo é a compra do Es-tádio de São Januário, que teria fechadaa sua ferradura e daria para uns 110 milespectadores. O problema, porém, é con-seguir que a torcida chegue ao estádio.As ruas do bairro são pequenas, estrei-tas, sinuosas e esburacadas. Perto do es-tádio não existe lugar para estaciona-mento e nem para o desembarque dosônibus. O dia em que houver um Fia xFlu em São Januário vai ser um deus-nos-acuda.

A não ser que seja elaborado umplano de acesso ao estádio, mas isso émuito dispendioso e dificilmente o Go-vèrno do Sr. Chagas Freitas terá dispo-nibilidade para a obra. Nossa intenção,ao enumerar todas as dificuldades, é decolaborar, porque èsse é um dos proble-mas mais delicados do futebol carioca.

De repente todo mundo resolve con-tratar Zagalo, ainda que tarde porqueèle é dos melhores profissionais dapraça. Os últimos a entrar na fila fo-ram o Fluminense e o Grêmio, que sejuntaram ao Vasco e Cruzeiro. O namó-ro mais firme é com o Vasco que, segun-do dizem nas esquinas, já tem as basesacertadas com o treinador.

O Grêmio, sentindo a barra pesada,já está de olho em Oto Glória com quemjá iniciou as conversações.

O interesse dos clubes por Zagalopode terminar uma atitude que vinhame deixando preocupado com relação aoscampeões do mundo. Poucos foram osque náo tiveram problemas com os clu-bes, por culpa de tim ou de outro.

Brito, com o Flamengo; Joel e Car-los Alberto, com o Santos; Roberto, PauloCésar e finalmente Zagalo, com o Bota-fogo; Gérson, com o São Paulo; e emgrau menor Rivelino, com o Corintians.O espantoso é que em nenhum dos casoshouve interferência ou pelo menos inte-résse de outros clubes, que ficaramalheios à fama e à qualidade dos homensem discussão.

Auscultando à meia distancia, meparece que as finanças dos grandes clu-bes estão piores do que parecem e já setrata de casos passíveis de assessoriastécnicas.

Clubes como o Vasco e Botafogo —apenas para citar dois exemplos — de-vem contratar auditorias que os estudemde fio a pavio, apresentem um diagnõs-tico de suas crises financeiras e apontemsoluções. Será que vender as sedes de Ge-neral Severiano e São Januário são solu-ções duradouras? E os carnets? Ou trans-formação em empresa, como fêz o Inter-nacional de Porto Alegre.

O que não pode acontecer é a genteabrir os jornais, daqui a algum tempo, edeparar com uma crise como a do Pena-rol, que colocou todo seu time à venda,incluindo três ou quatro jogadores de se-leção.

— RESULTADOS DO TESTE/ JB —

As partidas pelos Campeonatos Por-tuguês, Italiano e Espanhol incluídas noTeste/JB apresentaram os seguintes re-sultados: (1) Benfica 5x1 Sporting, (2)Belenenses 1x2 Porto, (3) Vitória de Se-túbal 3x1 Acadêmica, (4) Torino lxl Mi-lan, (5) Napoli 2x0 Verona, (6) Catanialxl Cagliari, (7) Roma locl Bolonha, (8)Fiorentina lxl Lazio, (9) Internazionale2x0 Juventus, (10) Atlético de Madri 0x2Barcelona, (11) Valência'2xl Espanhol,(12) Real Madri 4x2 Las Palmas, e (13)Celta 3x1 Real Sociedade.

O jogo número quatro entre Torinoe Milan, adiado no domingo, foi realiza-do ontem ainda que com o campo total-mente coberto pela neve.

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Fia discute no sítio de Yustrich planos para 71- ¦ m ¦ 11 n vipp-nrftsidente Ivã Dentro do novo es-

SÚMULAO O major Orlando I.optn,vlce-preildente de Futebol doHiiiiku, contratou o técnico..varltito para substituir Jo-Né do Rio. Ou tlols cundldutosá prrtsldcncla do Baniu, po-rém, Srs. Mareio Franco e Jo-se Saltado, não foram cônsul-tados a esse respeito e ambosja declararam que se vence-rem ai eleições a primeiramedida é despedir Evaristo edemitir o Sr. Orlando Lopes.• A equipe feminina de tênisda Austrália — campeã mun-diai — está vencendo a fran-cesa por 2 a 0 na semifinal daCopa Feminina da Federaçãode Tênis. A australiana Evon-nc Goolagona venceu à fran-cesa Françoisc Durr por 2sets a 1 com parciais de 613,3/6 e 6/0, enquanto sua com-panheira Margareth Courtvencia a Gail Chan/reau por611 e 611. Hoje será jogada apartida de dupla quando asaustralianas deverão garantirsua vitória para depois enfren-tar a equipe inglesa na final,já que a Inglaterra derrotouaos EUA na outra scmíftna'.por 3 sets a 0.0 Dirigentes do Comitêolímpico Internacional vão sereunir em Janeiro em Londres,1'arls e Lausonne com repre-sentantes de vários federaçõesesportivas internacionais parualterar o programa olímpicode 1972. considerado extenso ecustoso.

As reuniões poderão modifi-car os Jogos de Inverno deSapnoro, no Japão e o Festivalde Verão em Munique, na Ale-manha Federal. Segundo Mo-nlquc Bcrllous, n setor tle In-formações do COI. "o objetivoc reduzir o programa para sa-tlsfazcr o COI e as federaçõesinternacionais."• A regra básica do Códigode Amadores — que dclcrmi-na a classificação para asOlimpíadas — também entra-rá na pauta de discussões.Atualmente, o reconhecimentoda condição de amador variade uma federação para outra, oque dá margem a interpreta-ções conflitantes entre os pai-ses inscritos nos Jogos Olim-picos.9 Três vlcc-presidcnlcs doCOI — Lorde Killanin. o ton-de Jean de Bcaumont c John-kecr van Karnbcbcek — Iní-ciarão em Londres, • 5 de ja-neiro, os debates com as Fe-derações Internacionais de Le-vantamento de 1'êso. Tiro aoAlvo e Hóquei no Gelo. No diaseguinte, a reunião terá os re-presentanles das federações deBoxe. Judô, Natação c latls-mo. A Federação de Ksqul se-rá ouvida no terceiro dia dedebates. Trata-se da reuniãoaguardada com maior interês-se, cm virtude da controvér-sia que cerca os esquiadoresolímpicos, que têm atividadesprofissionais no esporte.

• i4s figuras mais destacadasde 1970 no esporte da cidcidcfluminense de Campos, foramhomenageadas, ontem, á noi-tc, na Associação Comercial,com uma cerimônia que con-tou com a presença do pre-feito José Vieira Barbosa c va-rias outras autoridades. A es-colha dos premiados c feita ha11 anos pelo jornalista San-tafe.£ O Sr. Fclicio Brandi foieleito ontem, por aclamação,para um novo período de doisanos na presidência do Cru-zeiro. com o compromisso detransformar o clube num mo-dêlo de organização adminis-ti ativa e empresarial.

Desde 1961 o Sr. FclicioBrandi é presidente do Cru-zeiro e suas maiores realiza-ções foram a construção dasede campestre — a Toca daRaposa — e a aquisição deimóveis no centro da cidade.Os torcedores, porem, asso-ciam os sucessivos mandatosde Brandi as vitórias da equi-pe e à revelação de jogadorescomo Tostão. Dirceu Lopes.Piazza e Zé Carlos, integran-tes da Seleção Brasileira.• Os conselheiros que volta-ram a aclamar o presidentelembraram que o Cruzeiro ga-nhou prestigio depois da con-quista do pentacampeonato mi-neiro, a conquista da TaçaBrasil c as outras participaçõesdestacadas do clube em cam-peonatos nacionais.

Torcedores c conselheirosforam unanimes em reconhe-cer que Brandi criou condiçõespara que o clube se afirmassecomo equipe profissional defutebol. Por isso, a eleição deontem foi apenas uma forma-lidade.

0 O zagueiro Luís Carlos,do Corintians, se casou ontemã tarde, com Heloísa AguiarMiguel, na igreja de São Do-mingos, em São Paulo e nãoescondia sua alegria por tersido convocado para a SeleçãoBrasileira, chegando inclusivea admitir que Zagalo foi oresponsável pelo "melhor pre-sente de Natal de minha vida."

O casal passará a lua-dc-mel em Salvador c regressaráno inicio do ano, a fim de queo jogador se rcincorporc áequipe e inicie os trabalhospara a temporada de 1971.Além dos convidados, o casa-mento foi assistido por gran-de número de torcedores, quefizeram questão de abraçarLuís Carlos. Vadl Helou, pre-sidente do Corintians, foi opadrinho do noivo.• O inglês Trevor Wright e

o iugoslavo Daniel Korica sãoapontados como favoritos dapróxima São Silvestre, corridainternacional realizada todos osanos «o passagem do dia 31de dezembro para 1." de janei-ro.

Além dos dois corredoresapontados, o italiano GiuseppeCindalo é um dos mais cola-dos para vencer a prova. Cin-rio/o já correu no ano passado,ficando na 16." colocação.

«__» _ , tMtm^mL." _. • i »? > Vf- ^MN llulk ^' _w^w \ *. __í__MK-^_%^*Iâ»«r.-Ir f JÊíf^mÊÊSSÊÂ' \Mi1Mw» >^Û^Lr"' *_P Ji ___» ^^_ VH P-I-Uh .__*_V___.m j/TÈ 9nA t4fmm^t\._uw¦•* !¦ -WílnJl Br f • «J>j_tt'*A*/ ff "i ' -^ % %M Ml/ />_^?^V%M-&^Í m& WWMWÍJ^^^jBSmB

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O vice-presidente IvãDrummond, do Plamen-go, passará o fim de se-mana no sítio de Yus-trich nas proximidadesde Belo Horizonte, ondeaproveitará a tranquili-dade para elaborar umplano que dê ao Departa-mento de Futebol do clu-be um melhor funciona-mento no próximo ario.

Dentro do novo es-quema está previsto acontratação de um ge-rente para a parte admi-nistrativa e pràticamen-te acertada a inclusãode um preparador físico,que auxilie o treinadorna preparação física etécnica da equipe.

Trubulho e recreaçãoO dirigente explicou

que sua reunião comYustrich será informale que só vai ser realiza-da no sítio porque queratender a um conviteantigo do treinador, pa-ra levar sua família e alidescansar no final da se-mana.

O esboço do plano jáfoi dividido em três eta-pas, que são a técnica, aadministrativa e a de re-lações externas. Na par-te técnica, o dirigentenão faz qualquer restri-

ção ao que a equipeapresentou este ano e in-dicará apenas a contra-tação de um preparadorfísico que auxilie Yus-trich na preparação daequipe. Na administrati-va, Ivã Drummond achaque não chegou a havermais do que 20% deacerto e pretende revolu-cionar praticamente tu-d o, contratando u mgerente. Na terceira e úl-tima, êle pretende reverprincipalmente o relacio-namento entre o clubee a imprensa.

Fia não pensa em Dario

Quanto à contratação, • Dario e muito menes au

ObmnréladS ™ Drummond e Yustrich vai levá-los a discutirem os problemas do Fia

Flu ainda espera contratar LeivinhaVasco continua querendoTadeu para diretor eZagalo como seu técnico

O presidente do Vasco, Sr. Agatirno da SilvaGomes, marcou uma reunião para hoje com o Sr.Tadeu Macedo, a fim de convidá-lo para assumir avice-presidência de Futebol, embora saiba que difi-cilmente êle aceitará.

O dirigente do Vasco não negou que manteveum contato com o técnico Zagalo e pretende con-tratá-lo para substituir Tim, explicando tambémque, como presidente do clube, não abrirá mão daindicação do novo treinador e do supervisor para oDepartamento de Futebol.

ESTRUTURA— Quero ouvir a todos,

principalmente aos Srs.João Silva e Tadeu Macedo,que dirigiram o futebol doVasco este ano. Mas, a es-trutura que o departamen-to terá no próximo ano éidéia minha c tenho queentregá-lo a pessoas quepensem do mesmo modoque eu — frisou o Sr. Aga-tirno da Silva Gomes.

A reunião com o Sr. Ta-deu Macedo estava progra-mada para ontem. O pre-sidente do Vasco, porém,chegou de madrugada aoRio, pois foi passar o Na-tal no interior do Estadodo Rio, e foi obrigado apassar a tarde cuidando dosseus negócios particulares.

Ao saber que dificilmen-te o Sr. Tadeu Macedoaceitará o cargo porquetambém quer Indicar o nó-vo treinador do time, o Sr.

Agartlno da Silva Gomesexplicou que tentará per-suadi-lo do contrário.

Por via das dúvidas, odirigente do Vasco já temem mente também os no-mes dos Srs. Jaime SoaresAlves e Adriano Rodriguespara a vice-presidência deFutebol.

O presidente Agatirno daSilva Gomes conversou on-tem rapidamente com opresidente Otávio PintoGuimarães a respeito do in-terèssc da Federação Cario-ca de Futebol em compraro estádio de São Januário.O dirigente do Vasco expli-cou que em hipótese algu-ma vai se desfazer do pa-trimônio do clube, mas po-dera estudar com a FCF eos outros clubes uma fór-mula de todos usarem SãoJanuário pagando uma pe-quena taxa para manuten-çáo e conservação.

CBD vai a Roma em buscade resposta para amistosoem julho com italianos

O dirigente Abílio de Almeida, da CBD, seguiráno próximo dia 2 de fevereiro para Roma, onde vaise encontrar com membros da Federação Italianade Futebol, para saber por que ainda não foi res-pondido o convite para que os vice-campeões mun-diais venham enfrentar o Brasil, em julho, no Ma-racanã.

O Sr. Abílio de Almeida viajará como membroda FIFA, no dia 6, para Atenas, Grécia, onde parti-cipará das reuniões das diversas comissões da "en-

tidade mundial. O seu regresso está previsto para odia 12, mas, antes disso, a CBD será informada sô-bre a resposta dos italianos. Caso estes não venham,a Áustria deverá ser convidada em seu lugar.

O Fluminense ainda temesperanças de que a Portu-guêsa aceite a sua propostapara a contratação de Lei-vinha, por CrS 900 mil, sen-do CrS 550 mil em dinheiroe mais o passe de Samarone,conforme declarou, ontemá tarde, nas Laranjeiras, ovlcc-presldente João Boue-ri.

Disse ainda o dirigenteque no caso da impossibili-dade da vinda de Leivinhaé provável que o clube con-trate o atacante Jeremias,pois a diretoria do Améri-ca concorda com a vendade seu passe.

PROBLEMA DE ALMIR

O supervissor Almlrde Almeida regressouontem pela manhã de Curi-tlba, onde passou o Natalcom a sua família, e, à tar-de, foi para o clube quan-do apresentou ao Sr. JoãoBouerl o seu relatório só-bre as atividades de todo oDepartamento de Futebolno ano de 1970. O supervi-sor já está tratando tam-bém da renovação de seucontrato com o Fluminen-se, que termina depois deamanhã.

—- E' este o contrato quemais está preocupando oclube, pois o supervisor pe-diu muito caro para conti-nuar — disse o Sr. JoãoBoueri brincando e depoisesclarecendo que a maior epraticamente única difi-culdade para que Almlr deAlmeida renove por maisum ano com o clube é queêle obtenha uma nova li-cença do Governo do Para-ná, onde é catedrático daEscola de Educação Fisica.

— Realmente está umpouco difícil, mas não im-possível que eu permaneçano Rio — disse Almlr deAlmeida, que voltará paraCuritiba quinta-feira e lápermanecerá até o dia 15

de janeiro, pois na primei-ra quinzena daquele mêsparticipará de bancas exa-minadoras do vestibular daEscola de Educação Fisicade Curitiba.

— Quando rcg.ressar nodia 15, espero que o proble-ma da renovação de minhalicença já esteja contorna-do. Caso contrário terei, apartir de março, é de ficarmesmo ' em Curitiba, poisda minha carreira de pro-fessor eu não abro mão emhipótese alguma, concluiuAlmlr de Almeida.

ESPERANÇAS EMLEIVINHA

A respeito de Leivinha, oSr. João Boueri explicou queo clube baseia suas esperan-ças na contratação daquelejogador no fato de que atéagora a melhor propostaapresentada para a suacompra aos dirigentes daPortuguesa de Desportos éa do Fluminense. Oficial-mente, os outros Interessa-dos na compra de Leivinhasáo o Palmeiras e o SáoPaulo, que ofereceram Cr$700 mil pelo seu passe.

— Nossa proposta estámantida e continuamosaguardando uma respostadefinitiva da Portuguesa. Oque o Fluminense não en-trará, em hipótese alguma,é em leilão pelo passe dojogador. Não aumentaremosum tostão naquilo que ofe-recemos — disse o vlce-pre-sidente, que não fèz segredode que no caso de uma res-posta negativa do clubepaulista o Fluminense po-dera comprar o passe de Je-remlas.

— Os dirigentes do Amé-rica concordam em negociaro passe de Jeremias, mas ês-se jogador só poderá inte-ressar ao Fluminense casonão se concretize a negocia-ção com Leivinha.

O Fluminense recebeuuma proposta do Grêmio de

Porto Alegre, que desejatrocar o passe do ponta-de-lança Paraguaio pelo pon-ta-dircita Wilton, mas oclube náo a considerou van-tajosa e encerrou o assunto.

PRÊMIO MAIS TARDE

O caso da gratificaçãoque será paga aos jogadorespela conquista do titulo decampeão do Gomes Pedro-sa continua envolvido emmistério. O prêmio não se-rá mais divulgado esta se-mana mas, sim, entre osdias 4 e 10 de janeiro.

— Não posso revelar na-da, porque a proposta queapresentei na semana pas-sada ao Conselho Diretor doclube foi entregue agora aovice-presidente de Finanças,Sr. Ari Duboc. que está fa-zendo um estudo e levanta-mento dos prêmios dos jo-gadores pagos nesta tempo-rada. Só depois, disso é queserá divulgada a quantia —disse o Sr. João Bouerl.

O dirigente voltou a con-firmar que o clube se lnte-ressa pela renovação doscontratos de todos os mem-bros do seu comando do De-partamento de Futebol, eque falta agora acertar csdetalhes financeiros. Istoocorrerá r.os próximos dias,quando Paulo Amaral, Car-los Alberto Parreira, CélloBarros, Pinheiro e EmilsonPeçanna irão ao clube fa-zer suas reivindicações, sen-do que ípus contrates vlgo-ram até depois de amanhã.

Sem iiuerer entrar-em de-talhes, João Boueri disse quejá conversou com PauloAmaral sóbre o assunto eque o técnico lhe disse "quea quantia que pedirei nãoassustará a ninguém."

— Èle me disse isso e ape-nas pediu para que euapressasse os entendimentosporque já recebeu propostasde dois outros clubes —Concluiu o Sr. João Boueri.

o vice-presidente afir-mou que a única atéagora acertada foi a doponta-de-lança Milton.Êle desmentiu o interês-se do clube pelo atacan-te Dario, do Atlético Mi-neiro, explicando quenão autorizou a nin-guém tratar da comprado jogador.

— Tenho certeza deque Yustrich nem se-quer se encontrou poresses dias com Dario,que deve estar passan-do suas férias no Rio.O que posso afirmaré .que eu e o presi-dente André Richer nãopensamos em contratar

torizar que alguém o fi-zesse. O Flamengo já foiclube de muitos mandan-tes, de muitos dirigentes,mas agora passará a teruma outra organização.

O dirigente estavamais aborrecido com onoticiário que dava o jo-gador quase como con-tratado, sem sequermencionar o nome doAtlético.

— Antes de qualquerconversa com Dario oFlamengo iria procuraro presidente do Atlético,explicar o seu interessepelo jogador e pedir opreço do seu passe.

Botafogo sem empréstimodiz que pagará salárioscom dinheiro da excursão

O Botafogo ainda não conseguiu o empréstimo^para pagar os jogadores e funcionários, o que pre-tende fazer com o dinheiro que ganhará na excur-são ao exterior: Cr$ 750 mil líquidos, segundo ovice-presidente de Futebol, Sr. Xisto Toniato.

O presidente do Botafogo, Sr. Alternar Dutrade Castilhos, resolveu após uma reunião ontem ànoite, entregar ao vice-presidente Aníbal Fonseca aresponsabilidade de defender o clube no problemacom o Conselho Nacional de Desportos, que anuloua eleição do Conselho Deliberativo. Os Srs. ÁlvaroAlonsó e Valed Perry irão auxiliar Aníbal Fonsecana defesa do Botafogo.

Campeões estudam Taça Libertadores

UMA QUESTÃO DEALTURA

A Colômbia, por sua vez,comunicou à CBD que irárealizar os jogos pré-olim-picos em novembro de 1971.Os dirigentes Abílio de Al-melda e Antônio do Passoadiantaram que farão umaexposição junto à Confede-ração Sul-Americana paraque a competição seja rea-lizada nos mesmos moldesda Copa do Mundo.

O Interesse da CBD é quenão haja favorecimentos nadivisão de grupos. Na suaopinião, isso só não ocor-reria caso os paises obede-cessem os mesmos critériosdo México, onde, a exemploda Colômbia, havia diferen-ças acentuadas de altitudenas cidades-sedes. As par-tidas serão efetuadas emBogotá, Medellin, Calll eBarranqullla.

Fluminense e Palmeirasvão se reunir, esta manhã,na sede da CBD, para to-mar conhecimento da regu-lamentação da Taça Liber-tadores das Américas, emcuja primeira fase eles te-rão como adversários asequipes venezuelanas do De-

portivo Itália e do Galícia.Por representarem o fu-

tebol brasileiro, tricampeãomundial, Fluminense e Pai-meiras receberão cotas de80 e 40 por cento das ren-das, respectivamente, nosjogos no Brasil e no cam-po do adversário, enquantoque as demais equipes te-rão direito a apenas 20 porcento da arrecadação quan-do atuarem fora dos seuspaíses.

BOA DIVISÃO

Esta questão da divisãode rendas foi uma das cau-sas que fizeram o Brasil seafastar da Taça Libertado-res, pois a CBD não concor-dava com os 20 por cento a

que tinha direito no exte-rlor. Sua reclamação erafundamentada no fato deque os 80 por cento, no Bra-sil, pouco adiantavam, jáque quase nenhum dos ad-versáirios era atração. Aocontrário, os clubes brasi-leiros sempre atraíam gran-de público nos outros pai-ses, sendo obrigados a vero estádio repleto e levarapenas uma pequena partedo dinheiro arrecadado.

Agora, como tricampeãodo mundo, os clubes brasi-leiros puderam, através daCBD, reclamar uma melhorparticipação nos jogos fora,onde ganharão 40 por cen-to. Todos os demais conti-nuarão observando o crité-rio antigo de 20 e 80 porcento, exceto, é claro, quan-do enfrentarem times bra-sileiros, ficando, então, com20 e apenas 60 por cento.

A COMPETIÇÃODesta primeira fase da

competição, quando Flumi-

nense e Paimeiras, campeãoe vice-campeão do TorneioGomes Pedrosa, lutarão en-tre si e contra os venezue-lanos Deportivo Itália e Ga-liela — primeiro e segundocolocados do seu pais —apenas o que tirar o pri-meiro lugar estará classifi-cado para a fase seguinte.Os outros três estarão auto-màticamente fora. Haveráainda mais quatro grupos.Os cinco melhores, então,juntar-se-ão ao Estudiantesde La Plata, atual campeão,sendo reunidos em dois

grupos de três times. Osdois vencedores jogarão, emturno e returno — a exem-pio das outras fases — pe-lo titulo.

As inscrições terão queser feitas até o próximo dia31. No dia 8 de janeiro, emLima, todos os clubes ins-critos enviarão os seus re-

presentantes — a CBD irátambém — para discutirema respeito da tabela dacompetição, cujo inicio es-tá previsto para fevereiro.

EXCURSÃOSALVADORA

A excursão do Botafogoao exterior, já confirmadapelo empresário Elias Za-cour, constará de 17 jogos:um em Quito, cinco em Ca-li, dois em Caracas, dois noMéxico, dois em Los Angc-les, um em Nice e os res-tantes a serem combinadosna África.

O clube ganhará 13 mildólares (cerca de CrS 65mil) por partida, e terá umlucro liquido de CrS 750 mil,com o qual colocará em diasua situação financeira, poissegundo o vice-presidentede futebol Cr$ 450 mil já dápara pagar todo mundo."

O embarque está marca-do para dia 10 de janeiro ea boa noticia para os joga-dores é que eles terão doisdias de férias em Paris, an-tes da partida em Nice.

— Esta excursão vai con-trariar muita gente — afir-mou Toniato — pois eu seique existam os que estãotorcendo para que o time serevolte com os salários atra-sados e náo embarque, maseu conheço o caráter dosmeus jogadores e sei queisto não acontecerá.

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ARGUMENTOENGANADOR

Na opinião do viec-presi-dente de futebol, não temfundamento a notícia deque se os jogadores ficaremtrês meses sem receber po-dem pedir passe livre.

Em primeiro lugar ocontrato que eles têm como clube não diz nada sobreisso, e depois jogador cie fu-tebol não tem direito de re-correr à Justiça Trabalhista.

Há poucos dias um denossos funcionários foi àjustiça e pediu rescisão decontrato mas acabou tendo

que pagar Cr$ 0,37 ao clube,pois só o que éle já haviaretirado cm vales ultrapas-sava os salários atrasados.

FUTEBOL SERÁEMPRESA

— Em 1971 o futebol doBotafogo será uma emprê-sa. Vamos comprar e ven-der jogadores, sendo que to-dos são negociáveis, à ex-cessão de Jairzinho e PauloCésar.

Esta decisão, anunciadacom entusiasmo pelo vice-presidente de futebol, foitomada pela atual diretoria,que inclusive já orçamen-tou a receita do próximoano em CrS 3 542 000,00 e adespesa em CrS 3 037 000,00.

—E' bom frisar — con-tinuou Toniato — que nãoestamos vendendo nossosjogadores para pagar osatrasados. Apenas toma-mos a resolução de, no anoque vem, funcionar comouma empresa, que tem depensar em termos de com-pra e venda.

DE CALÇAS E SAPATOS

Os jogadores do Botafo-go receberam uma cartaa v i s a n d o - o s que dia 4será a apresentação, e fri-sando que eles deverão com-parecer "de sapatos, calçase camisa."

Afonsinho também seapresentará, já que seu con-trato vai até 22 de maio,sendo que agora poderátreinar barbado, pois ga-nhou esta questão na jus-tiça. Ao contrário dos ou-tros anos, o clube apresen-tara uma lista de dispensaantes do embarque para oexterior, de acordo com oseu propósito de funcionarde agora em diante comolima empresa.

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&& i-a^stói.'

%>NDA'DA CAMISETACriação dos hippies, a camise-

ta surgiu no cenário internacionalhá algum tempo, vindo suprir a ne-cessidade de roupas fáceis e bara-tas imposta pela nova vida nômadee descomprometida.

Logo se enfeitou de colares, seenriqueceu com pinturas, se sofis*ticou com aplicações de cetim, co-rações, bocas, desenhos pop. E cria-da na fuga ao sistema, tornou-se

produto de consumo, passando àsboutiques, às lojas sofisticadas, às

páginas das revistas de moda.Agora, chegou ao Rio. Já veio

com nome, chama-se Woodstock,em homenagem a seus criadores.Já veio garantida pela sua vitóriaem outros países — seu sucesso éseguro. E já chegou agradando.Existe de todos os preços, a come-

çar pelas bem baratas mesmo, desuèdine branca. Existe com varia-

ções de feitios, desde as bem de-cotadas de banhista, até as maisfechadinhas, quase sem cavas. Exis-te lisa, em côr, listrada ou frisada.Existe, para os mais audaciosos,bordada com espelhinhos, ou apli-cada com cetim.

Unissex, a camiseta é por en-

quanto mais usada pelas mulheresdo que pelos homens. Sofisticada,tem mais sucesso na Zona Sul do

que na Zona Norte. Esportiva, émais vista nas praias do que no cen-tro da cidade. Juvenil, encontramais favor entre os moços do queentre os homens maduros. É consi-derada, de um modo geral, maisfantasia do que roupa e ainda fazvirar muitas cabeças. A maioria,

que não aderiu, espera a tomadade posição dos mais corajosos paradepois integrar-se à grande ondada moda.

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JORNAL DO BRASILRIO DE JANEIRO,TERÇA-FEIRA,29 DE DEZEMBRODE 1970

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PÁGINA 2 CADERNO B D JORNAL DO BRASIL D Rio de Janeiro, terça-feira, 29 de dezembro de 1970

cinema ELY AZEREDO

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WHíia.7. Wi/Zcr nas filmagens de L. B. Jones

"A LIBERTAÇÃODE L. B. JONES"

Sessenta e oito anos deidade, dos quais 45 como di-retor de filmes: WilliamWyler. "Uma Instituição docinema americano" é a fra-.se-clichê a seu respeito, masum clichê de validade cau-cionada pela fidelidade domestre à imagem de diretorque seus filmes cunharapi apartir da segunda metadeda década de 30. A Libcr-tação de L. B. Jones, dis-tante do fôlego de seiis fil-mes de primeira grandeza evulnerado por um roteirocom alguns pontos muitofracos, reitera as virtudesclássicas do cineasta de OsMelhores Anos de NossaVida: a linguagem cristali-na, servida pela técnica quese apaga para ser mais efi-caz; o empenho em desen-volver a história com pie-nitude de causa e conse-quência, do tronco às raml-ficações menores, sem temorde ser anedóttco ou circuns-tancial, porque êle a exigecom a necessária ferttlida-de de dados para a parti-cipação do espectador; oinslght, aquela imantaçãocinematográfica que o legi-timo cineasta (autor ou nãoautori não pode improvi-sar com truques do almana-que anual, e que cm Wylerse articula principalmentecom esse mundo de possibi-lidades que é o ator, paraexpor os significados maisrecônditos de uma amostra-gem da humanidade.

Alheio á metafísica, àcontestação cultural ou po-litica, Wyler não se limitacom essa permanência den-tro de uma ótica que faz dcL. B. Jones (ressalvadas asrestrições ao seu roteiro Ium filme tão orgânico edigno quanto DeícctiueStory (Chaga de Fogo), de1951, ou The Little Foxes(Pérfida), de 1941. Os as-suntos e as inquietaçõespessoais que levaram umBergman e um Resnais ã re-cusa de certas limitações doclassicismo não o afligem;por que teria Wyler de ado-tar as soluções dos outras?De certo modo, èle não pre-tende ser muito mais do queum meneur du jeu. Nãotransfigura, expõe. E essa éuma atitude que, sem umtalento excepcional, levariaqualquer obra à esclero.seformal ou à alienação maisdesprezível. Em vez dessascapitulações, o Wyler de OColecionador (de apenascinco anos atrási eviden-ciava um fervor lírico e sen-suai de cineasta jovem, e ode A Libertação de L. B. Jo-nes, declaradamente empe-nhado em contribuir parao diálogo em torno "de umsério problema nacional",acusa com calor a autocom-placência e a irresponsabi-lidade social que tornam ascomunidades cúmplices doscrimes racistas.

Não é apenas um anti-racismo de cunho mora).Desde o Inicio, com o retòr-no do negro Sonny Boy(Yaphett Kotto) à cidade-zinha do Tennessee, deixa-do ò .oníacíe após um showde humilhação pelos poli-ciais em patrulha, e a ati-tude do advogado OmonHedgepath (Lée J. Cobb) emface da questão do divórciodo negro Lorde Byron Jones(Roscoe Lee Brown), quepode deixar mal um bran-co — e branco de posição-chave: um policial — ficamevidentes a discriminaçãosocial e as vantagens que oracismo preserva.

A história de Jesse HillFord (editada em 1965 epremiada com o Guggen-helmi. conforme a vemosna adaptação do autor emcolaboração com StlrllngSllliphant iroteirlsta deNo Calor da Noite, com oqual o filme de Wyler tempontos de contato), nãopaternaliza o negro. L. B.Jones, o negociante funerá-rio próspero, aprendeu a ca-lar, a fechar os olhos, parachegar a essa posição. Suamulher, Emma (Lola Fala-nai, que o trai com o sórdi-do policial Willie Joe (An-thony Zerbei, se recusa aodivórcio a fim de tirarmaiores vantagens da quês-tão, inclusive porque um ne-gro, numa cidadezlnha co-mo esta Somerton, no DeepSouth, náo arrasta impune-mente o nome de um bran-co, e logo uma autoridade,a um processo. A preocupa-çáo com o status é geral enào exclui a reserva de umcaixão de classe (que umavelha pobre como AfissPonsella paga em presta-ções de dois dólares a L. B.jones...).

O primeiro impulso deOman é recusar a causa deJones. Depois, sob lnfluèn-cia de seu sobrinho e pro-tegido Steve Mundine (LeeMajorsi, advogado associa-do. aceita, certo de que mo-rido ou amante saberãopersuadir Emma a concor-dar com o divórcio. Emmanão concorda, nem sobagressão de Willie Joe: querdinheiro vivo de Jones, pa-ra perder de vista o tempocm que passou necesslda-des. Willie Joe passa aameaçar Jones, que se julgacom direito à sua fatia dedignidade e resiste. Parale-lamente, com pontos decontate, avança a históriado negro Sonny Boy, cujasúnicas propriedades são umaparelho de barbear e umrevólver. Quando tinha 13anos foi cruelmente espan-cado por um policial deSomerton (Arch Johnson Ie. desde então, projeta ma-tá-lo.

Lançadas as linhas cen-trais, a trama caminha emdireções fáceis de prever.No caso, essa (digamos) fa-talidade da crônica policialme parece uma qualidadepositiva. Wyler frisa cumesse enredo sem slnuosida-des, esse ritmo pausado,premonitório, o espantosodessa rotina: L. B. Jonescontinuará calado, confina-do em sua concha, toleran-do a indignidade — ou se-rá sacrificado cm algumterreno baldio. E as pessoasresponsáveis e bem situadasna localidade nada farãopara que as alternativasnão sejam tão brutais. Seudesprezo mata.

A Libertação dc L. B. Jo-7ies transpira realidade, es-peclalmente através do per-sonagem do titulo, dos de-mais personagens negros,do policial Willie Joe e deOman Hedgepath. Os In-térpretes desses papéis sãotodos convincentes, se nàodermos multa atenção àtradicional auto-suflciênciade Lee J. Cobb (aqui ade-quada ao papel). Os perso-nagens brancos representa-tivos da mentalidade llbe-ral, Steve e Nella Mundine(Barbara Hershey), não têmqualquer expressão. A flgu-ra mais tocante me pare-ce Sonny Boy, a cargo dojudeu negro Yaphet Kotto,boa importação do teatro cda televisão.

"THE LIBERATION OF L. B. JONES" — Lee J. Cobb (OmanHcdgepalh), Anthony Zerbe (Willie Joe), Roscoe l.oe Brown»

(lorde Byron Jones), loia Fulana (Emma Jones), loe Maiors (SteveMundino), Barbara Horshoy (Nolla Mundine), Yaphet Kotto (SonnyBoy), Arch Johnson (Stanley Bumpas), Chill Wills (Mr. Iko), Zar»

Cully (Mama lavorn), Fayard Nicholas (Uenny), Joe Atiles (Henry),lauren Jones (Erleen), Dub Taylor (prefeito) e outros. Direção:

William Wylor. Direção dc segundo equipo: Robert Swink. Ro-

leiro: Slirling Silliphant e Josse Hill Ford. Baseado no romance

de Jesse Hill Ford. Fotografia: Robert Surlees. Fotografia de

segunda equipe: Jordan Cronenweth. Tecnicolor. Música: Elmer

Bernstein. Designer de produção: Kenneth A. Reid. Produtor:

Ronald lubin (The Liberation Company)." Distribuição: Columbia.

Proiccõo: 102 minutos. Cinema: Pax. Cèntuwi 18 anos.

A NUDEZ DOBALLET

Londres (UPI-JB) — A pergunta es-

tá feita. Será apresentado um ballet, com

dançarinos nus, no Royal Opera House,

na temporada de inverno? A nova poli-tica do Royal Ballet é no sentido de mos-

trar criações vanguardísticas. E, justifi-cado nesta política, o Royal deverá mos-

trar ao público um ballet onde todos dan-

çarão nus. Com música de Stockhausen,

Field Figures conseguiu aplausos entu-

siásticos da crítica em tournée pela pro-vinda. Sir Frederick Ashton, diretor do

Royal, está decidido — a partir de Field

Figures — a romper, totalmente, com a

dança tradicional.Assessorado por novos diretores —

John Tooley, Peter Hall e Colin Davis -

Sir Frederick prepara Mutations, onde o

nu também estará presente. Para Muta-

tions, o Royal quebra mais uma tradi-

ção: contratou alguns elementos holan-

deses.A procura de ingressos tem sido tao

grande que, apesar de não ter estreado,

Field Figures já tem lotações esgotadas

por semanas. Todos buscam lugares nas

primeiras filas, para melhor apreciar o

erótico pas de deux, o grande clímax do

espetáculo.Dame Margot Fonteyn acredita que

esta invasão do nu será tão avassaladora

que ninguém conseguirá escapar. Não

que ela própria pretenda dançar ballets

mais eróticos, mas apenas constata que:— A nudez é bela. Sinto uma grande

inveja dos que estão começando a dan-

çar agora. São mais livres, espontâneos e

criadores.

artes piá WALAAIR AYALA

CURSOS DE FÉRIAS NO MAMOs cursai do Museu de Arte Moderna

também .terão suas etapas de férias, numaproposta sem dúvida a mais Interessante desua programação: a formação de uma .ornti-nldade experimental, para desenvolver o bl-nômlo atividade/criatividade e a programaçãode duas manifestações de arte pública deno-minadas Um Domingo de Papel e O Dominqopor um Fio.

O curso funcionará às segundas, quartase sextas-feiras, das 18 às 18 horas. O aluno,após receber várias Informações sobre ._ evo-lução da História da Arte (do medlevo aosdias atuais) passará uma semana em cadaoíeíícr em funcionamento no MAM, no qualreceberá uma Informação sobre a história decada modo de expressão, sôbrc as várias téc-nicas e, na terceira aula, fará um trabalho.De forma um .tanto veloz eqüivale um poucoao maciço e sólido processo de funcionamentoda Ateller de Gravura, que com mais mstru-ção prática das técnicas de gravura, liberavao aluno para a criação livre de seu modo deexpressão. Interessante que os mentores docurso de hoje, que realmente abre portas paraoutras técnicas que não só a de gravura, fo-ram os mesmos que mataram o antigo e va-loroso Ateller de Gravura do MAM. Mataramum carvalho e estão plantando um pé de ar-ruda.

O curso que se inaugura a 11 de janeircno MAM, com o nome de Introdução à Técni-ca. Linguagem e História das Artes Plásticas,funcionará com os seguintes professores: Frc-derico Morais (História da Artel. Aluisio Car-vão (Desenho), Sérgio Campos Melo (Plntu-ral, José Assunção Sousa (Gravura), Mauri-cio Salgueiro (Escultura) e Ivã Serpa (Lin-guagemi.

As duas manifestações antes citadas, comparticipação franqueada a qualquer pessoa,aluno, artista, visitante, povo em geral, serãorealizadas em dois domingos no MAM, que fa-rá despojar em seu pátio toda espécie de pa-pel. novo ou velho, bobinas de jornais, flanssucatas, papel higiênico, para que o públicorealize livremente sua obra. Isto para o dia24 de janeiro (Um Domingo dc Papel). A ou-tra manifestação. Domingo por um Fio, nodia 21 de fevereiro, será feita com fios, cor-does. elásticos, nylons, fitxs, arames, linhas elãs. Esta idéia até que pode evoluir. Recebe-mos há pouco uma revista dc arte dc Londres

com vasta reportagem sóbre uma exposiçãode trabalhos em tricô e croché.

"ENCONTRO"

Sérgio Teles ó 2°-sccrctárlo da Embalxa-da do Brasil em Lisboa, e acaba de lançar umlivro, com reprodução de pinturas suas, intl-tulado Encontro. O livro Inclui textos degrandes escritores brasileiros e portugueses,sobre Portugal. Explicando a obra, que se lan-çou em Lisboa com exposição dos originais,disse Sérgio Teles:

— O significado desta exposição foi o derepartir com os portugueses o fascínio, a co-municação, o encantamento de sua própriapaisagem, vista, sentida, pintada por um bra-stlciro. Dediquei o livro Encontro em que ês-tes quadros foram reproduzidos, e prestigia-dos com a presença de escritores dos mais rc-presentatlvos de Portugal e do Brasil, a Alma-da Negrelros, Eliseu Viscontl e Matlas Grune-wald. Três mortos, mas que a pintura não

• permitiu que se fossem do nosso convívio. Eque permanecerá apesar e depois da morte —que a sua morte difere da nossa, que nos ter-minamos com ela.

ARQUIVO NACIONALf

Seguindo a flama dos dicionários das ar-tes plásticas (o da Civilização Brasileira, iáeditado, e o do Instituto Nacional do Livro,em organização i, grupos estaduais compreen-deram a lição e intuito destas promoções se-diadas no Rio dc Janeiro. Entenderam que ahistória da nossa arte carece essencialmentede documentação, que tudo está perdido nolixo do passado, na lembrança; que uma ver-dadelra arqueologia se faz necessária para re-constituir alguma coisa de verdadeiro de tudoo que nos antecedeu, e que o presente está ai,vivo para ser registrado agora. Num paisimenso como o nosso, um trabalho razoávelneste sentido só se pode realizar por etapasregionais. Por isso é com prazer que anuncia-mos aos leitores que, no Paraná, Ênio Mar-quês Ferreira, critico de arte, associou-se aClcto de Assis (pintor, diagramador e artistagráfico), para publicar um levantamento dasartes plásticas do Paraná. A obra, que poderáser editada em Curitiba, já despertou o inte-rèsse dc duas editoras nacionais, uma de SãoPaulo c outra do Rio.

teatro YAN MICHALSKI musica RENZO AAASSARANI

BUROCRACIA &OFICINA & RAPOSA

Tudo leva a crer que os excessos de*èlo burocrático por parte de um oudois integrantes da nova ComissãoEspecial de Teatro do Conselho Esta-dual de Cultura ameaçam desvirtuaro sentido do trabalho do órgão, üc-terminadas exigências burocráticasrecentemente feitas a algumas com-panhias decididamente náo levam cmconta nem as particularidades estru-turais dessas companhias, nem as ca-racteristicas da. atividade teatral cmgeral. Aliás, o próprio edital — her-dado, é verdade, da antiga CET — queestabelece as condições a serem cum-prldas pelos candidatos às verbas doEstado, revela uma nítida falta de vi-são global das realidades do nossoteatro; e a esta altura já restam pou-cas esperanças de que os próximoseditais, a serem redigidos pela novaCET, sejam mais condizentes com es-sas realidades. Tende-se a colocar osempresários teatrais em pé de igual-dade com empreiteiros de obras públi-cas, o que não deixa de ser uma pro-va de insensibilidade.

Em decorrência desse espirito bu-rocrdtlco, já consta que alguns auxi-lios concedidos aos espetáculos do se-gundo semestre de 1970 provàvelmcn-te só poderão ser pagos em maio oujunho de 1971, o que contraria fron-lalmente o objetivo básico da CET,que reside em colocar à disposição dascompanhias um capital que as auxi-lie a montar as suas produções. Pode-se dizer que um espetáculo que ficouem cartaz, digamos, dc agosto a se-tembro de 1970, terá sido efetivamen-te ajudado por uma verba que lhe se-rá paga em junho de 1971?

O 7iiais estranho é que os buro-cratas que impõem, sem dúvida coma melhor das intenções, as excessivasexigências formalisticas representamna CET o Conselho Estadual de Cul-tura, que avocou a si a tarda de jui-gar os pedidos de verba, justamentesob a alegação de que iria dur ao jul-gamento o indispensável cunho cul-tural. Ora, quando uma ênfase exces-siva é dada aos aspectos burocráticosdo problema, os seus aspectos cultu-rais ameaçam ser relegados ao segun-do plano. Valeria talvez a pena o Se-cretário Vieira de Melo lembrar aosseus zelosos conselheiros que a farejada CET consiste essencialmente emcriar na Guanabara um terreno propl-cio para o surgimento de produçõesde elevada qualidade, e não em trans-formar os produtores em aplicadoscolecionadores de certidões negativas,nem em distribuir prêmios por bomcomportamento administrativo.

OFICINA VEM Af

Não tem menor fundamento asnoticias sóbre o adiamento da próxi-ma temporada do Teatro Oficina noRio. O grupo dirigido por José CelsoMartinez Correia, cujos trabalhos temsido sempre merecidamente prestigia-

dos pelo público carioca, ocupara oTeatro João Caetano, de janeiro amarço, c apresentará nada menos dequatro espetáculos diferentes, duranteduas semanas cada.

A estréia será a 8 de janeiro, comuma remontagem de um dos espeta-culos mais bem sucedidos e mais pre-miados de toda a história do teatrobrasileiro: Pequenos Burgueses, deGorki. A seguir, será remontada outraprodução que marcouêpoca: O Rei daVela, de Osvald de Andrade. A parteretrospectiva da temporada será en-cerrada com um sucesso mais recentedo Oficina, Galileu, Galilei, de Brecht.E na sua despedida do Rio o Oficinamostrará ao público carioca, em pri-meira mão, a nova fase do seu traba-lho: uma coletiva do grupo, ainda semtitulo.

Com essa temporada, intitulada10 Anos Brasll-Oflcina, o grupo come-mora seus 10 anos de projissionalis-mo. A expressão Brasil-Oficina deve-se ao fato de que o grupo consideraque cada uma das quatro montagensconstitui um reflexo da realidade bra-sileira no momento em que o respec-tivo trabalho foi realizado. Toda atemporada será a preços populares —ingressos ao preço único de CrS 5,90— ca estréia de Pequenos Burguesesserá aferecida ao público inteiramen-te dc graça, ficando abertos os por-tões do Teatro João Caetano.

A VOLTA DE "A RAPOSAE AS UVAS"

A estréia de hoje no Teatro deBolso do Leblon — a última estréiado ano — vai proporcionar-nos boaoportunidade para uma avaliação davitalidade de uma das mais popularespeças brasileiras, que o próprio autordefine, aliás, como "a peça brasileiramais representada fora do Brasil"Em 1953, por ocasião da sua criaçãopelo Teatro Nacional de Comédia, ARaposa e os Uvas, de Guilherme Fi-gueiredo, comunicou-se intensamentecom o público, e obteve, aomo tambémem algumas remontagens subsequen-tes, um consagrador êxito. Até que

, ponto os 17 anos que se passaram des-de então terão afetado a consistênciada obra? O maior interesse da- produ-çáo de Maria Teresa Èarroso talvezconsista em tentar trazer uma respos-ta a esta pergunta.

O papel de Esopo, que em 1953 va-leu a Sérgio Cardoso um notável su-cesso popular, será agora vivido peloveterano Magalhães Graça, que temsido pouco visto nos palcos cariocasnas últimas temporadas. Miriam Pér-sia (Cléia), Aurimar Rocha (Xantôs),Maria Teresa Barroso (Melita), Ole-gàrio de Holanda (Agnostos) e J. C.Santos (o Etíope) completam o elcn-co. Aurimar Rocha dirigiu o espeta-culo c Pernambuco de Oliveira fêz ocenário e os figurinos.

Maquete do Palácio das Artes de Belo Horizonte

VOZES MINEIRASO Estado de Minas premiou, em

Belo Horizonte, os Dez Mais da Músi-ca. Entre estes e as quatro mençõeshonrosas, seis foram as vozes: Z. Lou-renco, M. H. Buzelin, A. M. Martins,Z. Spadano, M. Tavares Meireles e otenor M. Monduccis. Nem todos parti-clparam do concerto final, mas os pre-sentes confirmaram o renome doscantores mineiros, os mais numerosos epossivelmente os mais dotados; can-tando Cherublnl e Rossinl, o meio-so-prano Ana Maria Martins foi a melhordessas melhores. A manifestação limi-tou-se a um acontecimento musical:,nada de vulgaridades TV, dos nossosGolfinho e Estácio.

Por sua vez, a Fundação Paláciodas Artes está realizando dois concur-sos, com o fim de criar o coro queconstituirá uma das bases do teatro aser inaugurado em março; os concur-sos desenvolvem-se em provas de Can-to Teoria, Solfejo e línguas; 152 can-didatos participaram do primeiro (com38 aprovados) e 67 participam do se-gundo, com — até agora — mais 16aprovados. Se a cscplha tivesse pen-sado só nas qualidades das vozes, osvencedores teriam constituído a qua-se totalidade; o obstáculo foi o sol-fejo, elemento básico para umeonjun-to de profissionais. Aliás, já foram ins-tituidos, também para os aprovados,cursos de aprimoramento, que abran-gem o ensino de Teoria e Solfejo, Téc-nica Vocal, Interpretação, MovimentoCênico, Fonétlca de Latim, Espanhol,Italiano, Alemão, Inglês e Francês.Para a criação dos outros dois corposestáveis — orquestra e ballet — ulti-mam-se providências, em processosanálogos. O coro, com seus primeiros54 elementos, nestes dias deu um en-saio executando trechos do Réquicm,de Verdl; um primeiro ensaio dignodos futuros destinos deste monumentoàs vozes e à musicalidade de Belo Ho-rizonte: o teatro dos jardins da Ave-nida Afonso Pena.

O teatro — construído sóbre as pc-dras de outro iniciado em 1941, cujaobra parou logo — será parte de umconjunto dc realizações reunidas naFundação P. )_"io das Artes — nasci-

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da e regulamentada, em 1970, com umdecreto de Israel Pinheiro — já ago-ra parcialmente em atividade comsuas exposições de artes plásticas cartesanato. E cresce, na coordenaçãogeral do engenheiro Peri Rocha Fran-ça que vive todos os momentos destaépica aventura, controla os pormeno-res e, como deviam ser os arquitetosdo passado, anima e ajuda as dezenasde técnicos e operários da futura salaque hoje só faz pensar numa dantes caágua-forte de Plranesi mas que dia adia está se tornando rapidamente rea-lidade.

Constará de dois foyers, instala-ções para ballet, coro e orquestra, ca-binas de rádio e televisão, uma pia-teia com 1200 poltronas, um balcãocom 600, dois únicos camarotes parao Governo do Estado e a PrefeituraMunicipal, totalizando 1800 cômodoslugares. A sala é completada por umdepósito e serviços gerais, a sede daFundação, gerência técnica e adminis-trativa, reserva de água c proteçãocontra, Incêndios. O palco terá as dt-mensões e os recursos técnicos dosmaiores e mais atualizados do mundo,camarins para os artistas e corpos es-táveis, pronto-socorro, cofre forte, po-ço da orquestra, sala para recepção depúblico pelos artistas, o que evitaráas invasões no palco com inevitáveisdanos nos cenários. Então, democràti-camente, quase somente assentosiguais para todos; mas que poderãoser cedidos anualmente, o que lembraos velhos teatros sociais europeus,com suas frisas de propriedade parti-cular. Para os concertos de câmara eos recitais, a Fundação contará comum segundo teatro também em cons-trução, com capacidade para 492 pes-soas e dispondo de um palco, umasala e demais instalações e dependên-

E a música? E as vozes mineiras?O engenheiro Peri evita as improvisa-ções, estudando os próximos progra-mas com seriedade e carinho. Que êlepossa ter colaboradores dignos e saibadefender sua criatura dos perigos doamadorismo, das vaidades partícula-res, dos bailes dc gala carnavalescos er'"s programas baratos das TVs.

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rCADERNO B D JORNAL DO BRASIL Cl Rio de Janeiro, terça-feira, 29 de dezembro de 1970 U PÁGINA 3

áEó&imoNa Adeg

Primeira mao: o presi-dente da Adeg no GovernoChagas Freitas será o ma-Jor Dilson Ferreira Ribeiro,uma grando figura, mem-bro da assessorla de Rela-çóes Públicas do Exército.O convite já foi feito (eaceito).

Em Nogueira

Nina e Stanlslaw Bar-clnsky receberam para ai-moço em sua bonita casade Nogueira um gruponumeroso que Incluía vá-rios Italianos, um grupo derepórteres e fotógrafos quevelo conhecer o Brasil. x

Presentes, também, aPrincesa Iolanda Radzwlll,a Embaixatrlz Lupe Boppcom o casal Carlos Pulg(èle é seu Irmão), a Sra.Regina de Melo Leitão(multo bem com uma mi-dl de camurça aberta nafrente), a Sra. ElizabethKann, o Conde Plerred'Epenoux, os Srs. ÁlvaroAmericano c Gilberto Cha-teaubrland, entre outros.

No menu, gelatina depresunto e pato com saladaao molho de Roquefort.

Encontro no Rio

Uma grande noticia pa-ra os amantes da boa uni-

slca: Chrlstian Ferras mar-cou encontro no Rio comPlerre Fournler para o dia25 de Junho do ano quevem, na,Sala Cecília Mel-reles, quando tocarão oconcerto duplo de Brahmspara violino c violoncelo.

Mas antes, dia 10, Fer-ras tocará o concerto deTchalkovsky, que o vlollnls-ta acaba de gravar comKarajan e a Filarmônicade Berlim.

Vaivém

O programa de FlávloCavalcanti no último do-mingo deve ter dado uns300 de IBOPE. Reunir nomesmo palco Eli.s, Slmonalc Roberto Carlos é realmen-te dose pra cavalo.

O Sr. e a Sra. LeonelMiranda receberão no ré-velllon os seus amigos maisqueridos.

O rèvclllon do Nightand Day não será mais emblack tie. Aliás, RonnlcMurray, Nando Hermanny cPaulo Slmas montaram oQG dos convites na Malson43.

Sede nova

A Creíisul em negocia-çôes com o Jóquei ClubeBrasileiro. A financeirapretende alugar, para alimontar seus escritórios, na-

t

Vamos descobrir o sorvete?Parece mentira mas os bons restaurantes do

Rio — e falo dos considerados mais caros e ele-pautes — parecem desconhecer até agora que esta-mos em pleno verão. Um exemplo: não conheçouma só entre as casas catalogadas como as melho-res da cidade que sirva um bom sorvete de frutas.Não c fantástico?

F. o pior c que os menus dos restaurantes noverão são quase exatamente' iguais aos menus doInverno. 1'nde até parecer brincadeira, mas não sãopoucos os restaurantes que continuam a sugerir co-mo especialidade da casa, mesmo agora, uma cscal-dante sopa de ccliola. Num dezembro de 40 grausnão servem sorvete mas proporcionam sopa de ce-bola.

Já está na hora de começar a aprender a co-mer. Em qualquer lugar do mundo, mesmo naque-les onde o verão é bem mais ameno do que o nos-so, o forte dos restaurantes na temporada maisquente são as saladas — a maior variedade delas,de todos os tipos, para todos os gostos.

Aqui, não. Saindo da indefectível Salada Wal-dorf e do trivial tomate com alface e palmito, asopções são mínimas: ou Salada Russa ou Salada deBatatas. E é só. Em compensação, o gourmet podeescolher entre uma infinidade de sopas e consom-més quentes, pratos flambés, etc., isto é, tudo, tudoo que não se deve comer com um calor de 40 graus.

Não sei a que atribuir a falta de sorvetes defrutas nos menus. Será que pensam que não é chiqueservir sorvete? Se fôr é bobagem. Qualquer bomrestaurante de Paris oferece em seus cardápios,mesmo no inverno, deliciosos sorvetes de íralses, ¦oranges, cassls, etc. Não se trata de ser ou não chi-que, de ser ou não elegante.

Pouco chique — isso eu garanto — é comer umaíondue de queijo depois da praia...

da menos de metade das sa-Ias comerciais do edifícioonde está sendo Instaladaa sede nova do clube. Emtempo: o número total desalas disponíveis do novoJóquei é de mais de 350.

O único consolo

9 Segundo o último Pa-ris Match, a única coisa quese salva no musical deCardln, Je Fus Cet BnifintLá, em cartaz no Théatredes Ambassadeurs, em Pa-ris, é a atuação da brnsllel-ra Laura Proença. Diz tex-tiittlmcnte a revista: "Aspontas da bela bailarinaLaura Proença são o únicoconsolo dôste momo espe-táculo."

• Outra artista brasileira.em destaque no mesmoMatch i Débora Duarte,pelo seu papel destacado nofilme Celeste, de MlchclGast. Teve direito, Inclusi-ve, à fotografia.

Mais um

% O clne Veneza, que oo Sr. Luis Severlano Ribei-ro Inaugura hoje em Recl-Je..é a 152a. sala de espeta-culos de sua cadeia, amaior da América Latina.A premicre beneficente dehoje tem o patrocínio daPrimeira Dama de Pcrnam-buco, Sra. Maria TeresaCoelho.

Mandato

Não é verdade, confor-me foi noticiado, que omandato do Sr. JoaquimXavier da Silveira comopresidente da Embratur te-nha expirado na semanapassada. Seu mandato dequatro anos somente finda-

I rá no dia 20 de janeiro,| juntamente com os dos ou-

tros dois diretores da cm-presa, Srs. João de MirandaJordão e Pedro Padilha.

De ceias

A propósito: Lilla eJoaquim Xavier da Silveiraforam mais uma vez osgrandes anfitriões da noitede Natal, reunindo paracela os amigos e a familia.A imponente vivenda dos"Xavier da Silveira na Gá-vea tornou-se, no Natal, oponto de encontro da socie-dade.

Também para uma bo-nlta cela receberam Dalal eBaby Bocaiújra. O bu//et navaranda com vista para o' AUantlco e uma árvore deNatal carregadinha de* pre-sentes.

Contraponto

% O Sr. e a Sra. Hélio Fra-ga recebem a família e asamigos mais íntimos paraalmoço no dia 1,°.

A sociedade tradicionalpresente au grand completá recepção oferecida peloAlmirante e Sra. Aires Fon-seca Costa, após o casamen-to de seu filho Luis comMarllla Pimenta. Foi no sá-bádo. ,

O casal Luis FernandoSecco vai reunir os amigosno rèvclllon em sua casa deCorreias.

A Divina

Elisete Cardoso comgrandes planos para o inl-cio do ano: depois de gra-var um LP com Silvio Cal-das vai partir em tourncepor Portugal, África e pos-teriormente Nova Iorque,onde a espera a gravaçãode um disco d-s músicas bra-sllelras cantadas em portu-guès.

A Divina resolveu seguiro conselho que lhe deu Sa-rah Vaughan quando esteveno Brasil: "Cante na sualíngua. Todo o mundo .sabe-rá cntcndé-la sem que vocôprecise mudar de idioma."

A dança dos postos

O problema mais recen-tedo Itamaraitl é o preen-chlmento da vaga do Em-balxador em Washington,aberta com o falecimentoprematuro do EmbaixadorMozart Gurgel Valente. Es-pera-se, por Isso mesmo,uma mudança geral na che-fia de algumas ImportantesEmbaixadas.

Aliás, comentava-se noMRE que haveria uma me-xlda no Inicio do ano, que,ao que tudo indica, seráagora ampliada por causade Washington.

O jovem Comte

O Embaixador PauloCarneiro vai em fevereiroá África em missão daUNESCO e em março esta-rá no Brasil para um mesde férias.

Paulo Carneiro acabade lançar em Paris um livroda maior importância parao estudo da obra de AugustoComte. A obra contém inú-meros trabalhos Inéditos deComte escritos na sua mo-cidade e que ainda não tl-nham sido publicados emlivro.

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Guerra na praia

Uma firma fabricante de gu-loseimas e sorvetes teve a idéia ex-celente de embalar suco de laran-

ja em pequenas garrafas de plásti-co e vendê-lo gelado nas praias.Uma vez bebido o suco joga-se fo-ra o recipiente. Nada mais higiéni-co, prático e funcional.

Até que alguém inventou en-cher a garrafinha vazia com águado mar e promover guerras comaquele hôvo tipo de armamento.Resultado: a praia virou um infer-no. Ainda no domingo, na praiade Ipanema em frente à Rua Joa-na Angélica, um grupo de garotosmuniu-se das garrafinhas e come-

çou a atirá-las nos outros, incomo-dando todas as pessoas que pas-savam. A brincadeira ganhou tal

proporção que acabou em conflito,envolvendo crianças e adultos. Osaldo foi um menino com o braçofraturado e uma senhora machuca-da, que teve de recorrer ao pron-to-socorro.• É mais um problema para o

policiamento tomar conta. Agora,além do frescobol e das peladasna areia, os policiais terão que fi-car de olho nos combates improvi-sados com as laranjinhas que emtão boa hora começaram a ser ven-didas nas praias.

LaurinhaProença, cuja

performanceamenizoumuito as

criticas queo musical de

Cardin vemsofrendo em

Paris. Senão fosse

Laurinha, ofracasso teria

sido total

PONTO FINALCuidado com os fal-

sificadores de scotoh: osmais visados atualmentesão os uísques de. marcaBlack LabeJ. e Chivas Re-gall.

Os diplomatas queficaram em Brasília vãopassar o réveillon noClube das Nações. Umréveillon informalissimo,pois cada um levará de*baixo do braço sua gar-rafa de bebida.

O advogado CláudioLacombe e a familia, cmSalvador, para um mêsde férias.

Henriette e GilsonAmado recebem no dia4 de janeiro para jantar.Motivo: mostrar aosamigos o retrato da hos-tess feito por Glauco Ro-drigues.

Hoje, open house dodesembargador e Sra.Moacir Rebelo Horta.

A decoração de Na-tal do Country foi as-sinada pelas Sras. LilaPadilha e Marilia Vogt.

Sarita e José CarlosGalliez Pinto receberamno sábado para um gran-de jantar, Com dança,banho de piscina e trocade presentes.

O Jirau vai oferecercafé da manhã na noitede 31.

O Antonino e o Ninovão abrir também no ré-veillon. Ao fundo, o chefAntônio, que assinará aceia.

Olivia e José CarlosLeal estarão seguindo nodia 2 próximo rumo aNova Iorque, para umatemporada de três me-ses. José Carlos, com asbarbas que deixou crês-cer, parecia Hemingway,na varanda do Iate nosábado.

Gildinha Saavedra eDadinho Marcondes Fer-raz com planos de pas-sar a noite de 31 a bordode um saveiro, navegan-do pela baia.

Milton Loniacinskycaiu da motocicleta cfraturou u m a costela.Dentro do gèsso deve cs-tar fazendo uns 60 graus.

Beatrizinha e Mane-co Bayard Lucas de Li-ma só irão para CaboFrio no dia 1. Réveillonem familia, em SantaTeresa.

Zózimo Barrozo do Amoral

panorama AUMENTOU O PRAZO PARA INSCRIÇÕES DO CONCURSO DE CARTÃO DE NA-TAL DE 1970 % LANÇADO O SENHOR DO BEM E DO MAL, RICHARD CON-

DON.

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MmAndréVilloneEva TodoremEm Família

DAS LETRAS

• CIVILIZAÇÃO — A Civiliza-ção Brasileira editou e reeditou.Entre os nacionais reeditados, assegundas edições de Novelas NadaExemplares e O Vampiro de Curi-tiba, de Dalton Trevisan. Em am-bas, o autor, exigente, submeteuos textos à revisão. O Vampiro deCuritiba reúne, ainda, os contosde Desastres do Amor. * AutranDourado — que há pouco lançouO Risco do Bordado (Expressão eCultura) — vê a segunda ediçãodo seu Ópera dos Mortos. * Entreos estrangeiros, a notável Rayue-Ia, de Júlio Cortázar, que foi tra-duzida como O Jogo da Amareli-nha por Fernando de Castro Fer-ro. * O Senhor do Bem e do Mal,(de Richard Condon), outro dóslançamentos mais recentes da Ci-vilização, é a história de um ho-mem que transformou a Máfianum exército poderoso e eficiente.

R.G.f.(Corrtipondànclai Rua B»r»u Rlbiira, n.° 737/1 004]

DO TEATRO

• PRÓXIMAS ESTRÉIAS —Salvo imprevisto, os três primeiroslançamentos da temporada cario-ca serão espetáculos paulistas emvisita ao Rio. Para 6 de janeiro,

já está confirmada no TeatroGláucio Gil a estréia de Alzira Po-wer, de Antônio Bivar, com dire-ção de Antônio Abujainra, cenárioe figurinos de Napoleão MonizFreire, músicas especiais de Cae-tano Veloso e Gilberto Gil e in-terpretação de Iolanda Cardoso eMarcelo Picchi. A 8 de janeiro es-treará no Teatro João Caetano,com portões abertos, uma remon-tagem de Pequenos Burgueses, acargo do Teatro Oficina. E possi-velmente já no dia 5 de janeiroteremos no Teatro Ipanema o mu-sical A Vida Escrachada de BabyStompanato e Joana Martini, comtexto de Bráulio Pedroso, músicade Roberto e Erasmo Carlos, dire- '

ção de Antônio Pedro e presença-de Marilia Pêra à frente do elen-co.

• A VOLTA DE "EM FAMÍLIA"— Com apenas urna modificaçãono elenco — Diana Morei entra-rá no lugar de Mona Delaci —voltará ao palco do Teatro Nacio-nal de Comédia na próxima sexta-feira, 1.° de janeiro, um dos maio-res sucessos de bilheteria de*1970:Em Família, de Oduvaldo VianaFilho. O espetáculo dirigido porSérgio Brito é protagonizado porEva Todor e André Villon, e noseu elenco atua também um dosrecentes ganhadores do PrêmioEstadual de Teatro: o veteranoAfonso Stuart, escolhido o melhorcoadjuvante do ano, justamentepelo seu desempenho na peça deOduvaldo Viana. Em Família seráapresentado a preços populares,de CrS 5,00 e CrS 8,00.

Y.M.

.o.

DAS ARTES

GIRASSOL — A Escolinha deArte Girassol anuncia seu cursode férias em janeiro e fevereiro,para crianças de dois a 11 anos.Pintura, Desenho, Modelagem,Carpintaria, Música, Teatro, etc.Endereço da Escolinha, Rua Nas-cimento Silva, 436, Ipanema.

GUERRA DO PARAGUAI —Hoje é a inauguração da Exposi-ção Comemorativa do Centenário

do Término da Guerra do Para-guai, no Clube Naval, Av. RioBranco, 180, às 17h.

• CARTÃO DE NATAL — Oconcurso instituído pelo MuseuNacional de Belas-Artes, O MelhorCartão de Natal, teve seu prazode inscrição adiado para o dia 8de janeiro próximo. Os trabalhosem layout e impressão deverãoser entregues à Seção Técnica doMNBA, na Av. Rio Branco, 199. Oartista premiado receberá a im-portância de Cr$ 3 500,00 e a grá-fica Cr§ 1 300,00. Podem concor-rer todos os cartões de Natal im-pressos em 1970.

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SANTA CATARINA — A Ga-leria Açu Açu, em Blumenau, ex-pondo pinturas, desenhos e gra-vuras do artista local Rodrigo deHaro. Apresentação de PériclesPrado.

MUSEU DE CARTAZES — Oprimeiro museu de cartazes domundo ocidental foi inauguradoem Essen, na Alemanha. Quinzemil cartazes, cobrindo dois sécu-los, fornecem uma visão comple-ta da maneira com que os circos,os teatros de variedades, o cine-ma, o esporte, a política, a arte ea economia se dirigjiram ao públi-co, apresentando sempre formasnovas.

Vá curtir o mais alegreréveillon da paróquia no

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PAGINA 4 D CADERNO B D JORNAL DO BRASIL ü Rio de Janeiro, terça-feira, 29 de dezembro do 1970

wlosocnixiiN'

o nócrian-

i ria dos

o ir.rogu-

q paraI cctiva; a seui Fábioi nissãomento

.igusto| icolío

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Polia, .Tòáqulni Ferreira, Pato Muniu e Cie-tann llolí.

A pu_-a çstá primorosamente ponta cm secnoe ensaiada,

OmniographoTendo por bane os modernos progrcs.os da

photogrnpliin, que proiuettoni acompanhar osmais instantâneos movimentos — o upparelhoquo so acha cm cxposl.Ao & rua do Ouvidorcfíerccc nos que o forem ver um cspectaculoverdadeiramente curioso c interessante.

Um pouco mais aperfeiçoado que o kinelos.copio, clle vao (le certo attrnhir a atten.ão dopublico fluminense, pois que delia é lutelra-mente digno.

Deve estrear amanhi,no ihsatro Santa _s_.be.,dt Macahí, o grup« lrrico e do ctacerici "

JORNAL DO BttASIL, 10 d* lulhe é. IM*

O OMNIÔGRAFO NARUA DO OUVIDOR

As pesquisas até agorarealizadas — prlnclpalmen-te por Vicente dc PaulaAraújo e Ademar Gonzaga— 7ióo puderam precisarquais os responsáveis pelaprimeira sessão cinemato-gráfica realizada no Brasil,para uma platéia dc jorna-listas e convidados, a 8 dcjulho de 1896. rio h.° 57 daRua do Ouvidor, vizinho ao

A primeiraNuma entrevista concedi-

du a um jornal de Fortalc-za, Ceará, pouco antes desua morte, em 1926. Vittoriodi Maio declarava-se napo-litano, nascido cm 1852. Hamuitas noticias contradito-rias a seu respeito, mas ébem possível que tivessechegado ao Rio de Janeiroem 1891, trazendo uma lan-terna mágica ou algum apa-relho congênere, que Insta-lou na Rua do Ouvidor, per-to da Rua Uruguaiana. Con-ferindo as declefrações dêssepioneiro com as pesquisasefetuadas por Gonzaga, ve-mos que, a certa altura, êledeve ter trocado a lanternamágica por um primitivoaparelho de projeções ani-madas.talvcz o mesmo queféz as primeiras projeçõescinematográficas entre nós,em julho de 1896. Para isso,Vittorio di Maio provável-mente realizou uma viagemü Europa, em 1894, relor-nando em 1896.

Seja como fór, não há dú-vida dc que as primeirasexibições cinematográficasbrasileiras tiveram lugar naRua do Ouvidor. Foi ela, emverdade, nossa primeira Ci-nelàndia; tanto que, já cmmarço de 1897, o prestidigi-tador Enrique Moya ali ins-talava uma segunda sala dcexibições, no n.° 109. Aindana Rua do Ouvidor, no n.°141, funcionaria durante ai-guns anos, a partir de 30 dejulho dc 1897, o primeiro ci-nema mais ou menos per-manente da cidade c dopais, o Saláo de NovidadesParis no Rio, que tinha à

prédio que então ocupava oJornal do Comércio. Há, po-rém, quem atribua o feitoao italiano Vittorio dl Maioe há quem proponha algumnome do clã Ferrez, que seinstalou no Brasil com o fo-tógrafo francês Marc Fer-rez c que até hoje se man-tém no negócio cinemato-gráfico.

Cinelándiafrente outro italiano, Pas-quale (Pascoal) Segreto,mais tarde conhecido comoo "Ministro das Diversões".Para êsse Salão de Novida-des, Aljonso Segreto reali-zaria, em 1898, as primei-rissimas filmagens brasi-leiras.

Multo antes da invençãodo cinema, Joaquim Manueldc Macedo já escrevia, emsuas Memórias da Rua doOuvidor: "A Rua do Ouvi-dor, a mais passeada e con-corrida, e mais leviana, in-discreta, bisbilhoteira, es-banjadora, fútil, noveleira,poliglota e enciclopédica detodas as ruas da cidade doRio de Janeiro, fala, ocupa-se de tudo..."

Passado meio século, aRua do Ouvidor que rece-beria o cinema joi assimdescrita, cm O Rio de Ja-neiro dc Meu Tempo, porLuis Edmundo: "A parte dcmaior animação e maior vi-da é a que se fixa entre osquarteirões que se esten-dem do Largo dc São Fran-cisco (...) até a Rua dos Ou-rives. Ai estão as lojas dcmais requintado luxo e apa-rato, de melhor clientela econsideração. Todo um ba-zar de modas (...). Nelasvéem-se caixeiros e patrões(...) mostrando sorrisos efalando em francês... Nessetrecho, com pouco mais de100 metros de extensão, éque palpita a vida elegan-te da cidade, trânsito obri-gatório dos que chegam dosarrabaldes à parte centralda cidade, a compras ou apasseio.'

Os caçadoresTão virado para a Fran-

ça, é de estranhar que oBrasil não houvesse atraídoum dos caçadores dc ima-gens que os irmãos Lumiè-rc despacharam pelo mun-do afora, com seus inventosc seus primeiros filmezi-nhos. Ao que se saiba, ape-nas um deles, Félix Mes-guich, que andou pelos Es-tados Unidos, pela Itália epela Rússia, deixou um livrodc memórias (Tours de Ma-nivelle, Paris, 1933); c, atéagora, nenhum pesquisadorrealizou um levantamentosatisfatório das trajetóriase das façanhas desses pro-fetas da nova arte. Sabe-se,entretanto, que, em muitospaises, foram eles os pri-meiros a mostrar o cinema— e a filmar. Em Portugal,por exemplo, as primeirasexibições e as primeiras fil-viagens estiveram a cargode Erwin Rousby; no Mexi-co e em Cuba, a revelaçãoda cinematografia foi feitapor outro enviado dos Lu-mière, Gabriel Veyrc, quecm Havana não deixou pas-sar a oportunidade de fil-

O misteriosoNaturalmente, os ãivul-

gadores do cinématographeapresentavam sempre oaparelho por seu verdadei-ro nome, que acabou sendoo nome da nova arte; masa concorrência era cada diamaior, surgindo sempre no-vos aparelhos, com as maisvariadas denominações. Ne-nhum compêndio, entretan-to, registra o nome com oqual o cinema chegou aoBrasil: omniographo.

Um dia depois daquelahistórica primeira exibição,um jornalista anônimo de ANotícia inaugurava a críti-ca cinematográfica e deixa-va muitos mistérios no ar:"Ontem, vimos pela primei-ra vez nesta capital as pro-jeções de fotografias emmovimento. Lembram-se doclnetoscôpio? Pois bem, noomniógrafo, à Rua do Ou-vidor, 57, os corpos que o ci-netoscópio nes mostrava emmovimento são projetadossobre um pano translúcidoe mais nítidamenie vistos,rortanto. Imaginem os lei-

de imagensmar um incêndio, cm 7 defevereiro de 1897.

Técnicos ciou prestidigi-tadores, os caçadores deimagens precorreram osquatro cantos do mundo.Eugcne Promio, que pareceter sido o mais viajado, es-tèvc pelo menos na Alemã-nha, na Bélgica, na Espa-nha, nos Estados Unidos, naInglaterra, na Irlanda, naItália, na Suécia e na Tur-quia. Georges Sadoul e ou-tros historiadores jã conse-guiram identificar mais ai-guns desses calxeiros-via-jantes da imagem animada,traçando seus itinerários:Francisque Doublier (Rús-sia), Charles Moisson (Rús-sia), Marius Sestier (Aus-tràlia, Índia, talvez Indochi-na c Japão), Fclicicn Tre-wcy (Inglaterra). Uns tan-tos só são conhecidos pelossobrenomes; e três deles, se-guindo Gabriel Veyrc, esti-veram na América Latina:um certo Moussy, no Chile;um certo Tax, no México;um certo Porta, na Américado Sul.

omniógrafotores milhares de fologra-fias colhidas, surpreendeu-do, por exemplo, cm doisminutos, as mais diversasfases do movimento dc umacena ou de um trecho depaisagem.. Em uma fila.correm, em rotação dc umaceleridade incalculável, milrotações por minuto, todasessas fotografias, recompon-do a vida, revivendo as ce-nas cm todos os seus por-menores. (...) . Só se podeavaliar da exatidão dos mo-vimentos, da surpreendenteverdade transmitida peloomniógrafo, assistindo a es-ta exibição. (...) O omniò-grafo deve ter. o maior êxi-to.' Os leitores que hão deter a curiosidade de lá ir"terão que concordar conos-co em que a .fotografia é ovivo demônio". <

Assim, fica-se ainda semsaber qual foi o aparelho equem foi o herói da emprei-tada: Vittorio di Maio oualgum Ferrez ou algumtransviado caçador c divul-gador dc imagens?

Casamos a ciência c a arte ao aplicar uma àoutra para captar c fixar os ritmos da luz. Ê ocinema! A Arte Sétima concilia assimtodas as outras

RICCIOTTO CANUDO

UM JOVEM DE 75 AJVOS-2

PARIS 1895Em frente ao número 14 do Boule-

vard des Capuclnes, naquela tarde friade sábado, pouca gente parcela atraídapelo cartaz que anunciava o espetáculodo Salon Indlen, no subsolo do Grand

¦ café. Mas o homem da porta Insistia:_ Entrem, senhoras e senhores. Ve-

nham ver a invenção maravilhosa dosIrmãos Lumlère, de Llão. Primeira repre-sentação das projeções maravilhosas: afotografia animada... Um espetáculo pro-dlgioso por apenas um franco.

Historiadores como Maurlce Bossy eLo Duca observam que mesmo aquelasraras pessoas que se decidiam a entrar— curiosos, amadores de prestidlgitação,promotores de sessões semelhantes — ti-nham pouca ou nenhuma consciência daImportância do espetáculo. Mal podiamsupor que estavam prestes a testemu-nhnr um acontecimento histórico.

Mas, "naquele 28 de dezembro de 1895,um sábado de inverno, na Paris famosado fin de slècle, nasceu o cinema.

Sombra e lusO aparelho usado tanto para o re-

glstro quanto para as projeções dasImagens mostradas nesse dia ganharade seus Inventores o nome de cinemato-graphe (cinematógrafo) — formado apartir da.s palavras gregas kiména, klnc-matos (movimento) e graphetn (escre-ver, registrar). Sua Invenção, a lnvcn-cão do cinema, era. como assinalou Mar-ecl Lapierrc, o resultado "de uma lon-ga série de trabalhos científicos e dogosto que o homem sempre manifestoupor espetáculos de sombra e de luz."

Há indícios históricos c até arqueo-lógicos que a fixação gráfica do movi-mento é uma antiga preocupação do ho-mem. As famosas oito patas do Javall deAltamlra. do último periodo da Idade daPedra, os quadrinhos criados no séculoXXI a. C. no Palácio de Cnossos (capi-tal da Creta antiga) para contar a fa-çanha rie Teseu no Labirinto, c a Colu- •na Trajana, mandada construir no ano113 pelo Senado romano para relatar asbatalhas vencidas pelo Imperador, sãotrês exemplos de três épocas diferentes.

As pesquisas cientificas, de um lado,e os espetáculos, de outro, evoluíram pa-ralelamente, chegando à câmara escurae depois à lanterna mágica. Paul Valérychegou certa vez a transformar a caver-na de Platão — uma espécie de sala deprojeção de sombras chinesas, descritana fíepúb.íca — em câmara escura, masLo Duca observa que no campo dasidéias a própria câmara escura deve serprocurada num passado, mais remoto.Sua origem — diz — pode ser encon-trada na própria conformação do olhohumano.

Tanto a projeção de Jogos de som-bras quanto a de sombras de mão e doteatro de sombras são de origem orlen-tal. Leonardo da Vlncl féz referência acâmara escura como uma experiênciavulgar, mas ela só teve seus princípiosdivulgados tempos depois, por Giambat-tista delia Porta. As aplicações à lanter-na mágica datam do século XVH, sendoque em 1660 o matemático dinamarquêsWangensteln apresentou em Roma uma

lanterna de projeção com a luz artlfl-ciai substituindo a luz solar.

Em cada Jogo de lanterna mágica, osfabricantes costumavam Incluir um co-mcntárlo Impresso a ser lido durante aexibição. O aparelho consistia numa cal-xa de madeira com um orifício por on-de se olhava, no Interior, a Imagem pro-Jetada pela lanterna numa tela trans-parente. As vezes, era usado tambémpor artistas para copiar Imagens.

A imagem que ficaO fenômeno da persistência da ima-

gem na retlna, fundamental para a Uu-sáo de movimento oferecida pelo clnc-ma. também foi observado num passa-do remoto. Não se sabe quem foi o pri-ineiro a notá-lo, mas era conhecido notempo de Ptolomeu. No século I, o poc-ta Lucréclo Caro referiu-se especifica-mente a essa capacidade — ou defeito —da retina humana de guardar por umInstante a luz ou a imagem do objetodepois que êle desaparecesse.

O árabe Al-Hazem descreveu no sé-culo XI um pião de vária? cores que per-mltia realizar experiências sóbre "o

tempo em que as imagens persistem hofundo do olho." Estudando essa persls-tenda no século XVin, Lsaac Newtoncriou um disco (com outro objetivo: íu-são das cores) capaz de provar que asImagens podem ser fundidas se expostasá retlna com a velocidade devida.

A aplicação mais simples e direta dateoria da persistência da imagem na re-tina é o brinquedo folloscópio, de origemchinesa e comum ainda hoje: figuras li-geiramente diferentes são desenhadasem cada folha de um caderno e parecemem movimento quando ius folhas sãosoltas rapidamente.

O estudo rigorosamente cientifico dofenômeno só começou, no entanto, comas investigações de Pcter Mark Roget. naInglaterra. O relatório que apresentouem 1924 a Royal Academy, de Londres,

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sobre a persistência na retina e- suas rc-lações com o movimento, Inspirou ex-perlênclas de vários cientistas — inclu-sive John Herschel e Michael Faraday.

Na Europa, Joseph Antolne Plateau,da Universidade de Ghent, c Slmon Rit-ter von Stampfer, de Viena, descobri-ram simultaneamente um método paraver uma série de figuras representandofases do movimento. Transformado pri-melro no fénaclstlcóplo, depois no zoó-tropo — ou roda-vlva — o trabalho dePlateau e Stampfer foi desenvolvidotambém pelo Barão Franz von Uchat.ius,oficial da artilharia austríaca, quecombinou em 1853 o aparelho do discocom a lanterna mágica, e projetou as fi-guras sobre uma tela.

Mais elaborado do que o zoótropo —brinquedo familiar no qual desenhos depalhaços, malabaristas ou animais cnsl-nados eram trazidos â vida quando vis-tos através de aberturas de um cilindroque rodava — o praxinoscóplo de ÉmlleReynaud, embora usando o mesmo prin-ciplo, tinha pequenos espelhos no centrodo cilindro. Reynaud continuou a aper-felçoar a sua Invenção até abrir, em 1892,o Theàtre Optlque, de Paris: ali combi-nava em filmes de histórias — dc 15 a20 minutos de duração — centenas deseus pequenos desenhos de fases do mo-vimento.

A realidade dividida

Para chegar ao cinematógrafo, hou-ve também a evolução da própria foto-grafia a partir de 1816, quando JosephNlcéphore Niepcc fixou a primeira ima-gem. Associado a Louis Daguerre depoisde 1829, Nlepce delineou e demonstrouuma década mais tarde um processo fo-tográfico completo e prático.

O problema nessa ocasião era repre-sentado pelas placas sensíveis, lentas de-mais para permitir flagrantes.- Mesmoassim, Já em 1851 começava a ser ten-tada a solução das fotos dc fases posa-

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Louis Lumière (último à direita)Janssen numa reunião em Paris

filma os astrônomos

das do movimento — uma tentativa nosentido de reconstituí-lo artificialmente.Em 1870, Já era grande o número dos queaderiam ao sistema, entre eles o enge-nheiro mecânico Coleman Sellers. Seumétodo, criado em 1860, foi aplicado peloengenheiro e Inventor norte-americanoHenry Renno Heyl a um zoótropo.

Mas os inventores não desistiram dapossibilidade de registrar as fases reaisdo movimento. E as pesquisas foram ain-da estimuladas nos Estados Unidos pelomagnata de ferrovias Leland Stanford:por causa de uma aposta, êle ofereceuum prêmio em dinheiro a quem conse-gulsse registrar as diferentes fases dogalope do cavalo. John D. Isaacs e Ead-weard Muybridge realizaram a façanha,usando várias máquinas e um compll-cado' sistema para dispará-las. Depoisvieram os sucessivos aperfeiçoamentos eEtlenne Jules Marey transformou o re-volver fotográfico de Janssen U87G> numfuzil fotográfico, com placa circular mo-vel. Tudo isso não seria possível, no en-tanto, se os filmes fotográficos não evo-luissem também rapidamente. Em 18C4,foram colocadas à venda as primeirasbobinas Kodak de George Eastman, fa-cintando a tarefa dos Inventores espa-lhados pelo mundo.

Entre o cinema e o"domitor"

O cinematógrafo de Edison — cujaslâmpadas Incandescentes já eram fabri-cadas industrialmente — nasceu cmagosto de 1891, e o clnetoscôpio, que tan-to entusiasmaria Antoine Lumière, veioquase três anos depois. Ambos parecemter tido a decisiva colaboração de Wll-liam Laurle Dickson. Entre um e outro.Charles Eastman fêz o cinema transporuma etapa decisiva, ao desenvolver o fil-me moderno de 35mm, com quatro pa-res de perfurações por imagem.

Edison produzia filmes, mas seu apa-relho não fazia exibições públicas — náopermitia o espetáculo, já que as imagenseram vistas, individualmente, através deum visor. O cinematógrafo dos Lumlère,que registrava a imagem e a projetavanuma tela, foi demonstrado pela primei-ra vez a 10 de março de 1895 e aproveita-va aperfeiçoamentos de Edison. Câmara,projetor e copiador ao mesmo tempo, êleconquistou o mercado com sua perfeiçãotécnica, superando os numerosos concor-rentes.

Coube a êle, a 28 de dezembro de1895, fazer a primeira sessão pública decinema. Por isso, não só impôs seu nomecomo ainda invadiu o próprio mercadonorte-americano, motivando a rcsistèn-cia indignada de Edison.

Para alguns historiadores, o papeldos Lumière fica definitivamente con-sagrado quando a gente diz que vai "ao

cinema". O velho Antoine Lumière ten-tou* convencer os filhos a batizarem o in-vento com o nome dc domitor — do ver-bo domíncr (dominateur—domitor). ScLouis e Augusto tivessem concordado, ho-jc náo se falaria em ir "ao cinema", mas"ao domitor".

UMA NOITE DE INSÒNIA PARA CRIAR A MÁQUINA DE SONHOS*

Paris (Via Varig) — Em fins de1894, numa noite de doença e insònia,Louis Lumière sentiu o estalo que lhe fal-tava para fazer funcionar seu cinemato-grafo: o sistema que permitia prender osfilmes.

A importância dêsse aparelho —"concebido em uma só noite de insònia*',como se diz na França — é enorme. Acaixa mágica pesava apenas 5 quilos (ocinetoscópio de Edison pesava 500) e per-mltia, com a ajuda do bom tempo, a fil-magem em qualquer local. Mas LouisLumière foi mais longe: a 28 de dezem-brú de 1895, em Paris, marcou a históriado cihema ao realizar a primeira sessãopública no Boulevard des Capucines.

Ó cinetoscópio-o motivo

Falando de seu cinematógrafo, LouisLumière afirmou que "foi a Invenção quemenos me custou." Na verdade, êle con-sagrava muito mais tempo à fotografiaèm cores. Em feverelío de 1891, o físicoLippmann comunicara à Academia deCiências uma fotografia em cores do es-pectro solar. Essa descoberta fêz sensa-ção e em 1891 Louis Lumière — inicial-mente ajudado por seu irmão Auguste —começou suas pesquisas para a industria-lizacão dos processos sucessivos de Llpp-mann.

Mas o que começou a atrair a aten-¦ ção de Antoirte, o pai, e dos dois irmãos

foi, no inicio de 1895, a exposição, em lo-ja comercial de Lião, do cinetoscópio deEdison. t

Antolne Lumière entuslasmou-se lo-go pela invenção de Edison e comprouum dos aparelhos. Segundo depoimentodo chefe de mecânica das usinas, CharlesMoisson, foi o pai que indicou anecessi-dade de se criar o cinematógrafo aLouis, tirando de seus bolsos um pedaçode filme do cinetoscópio.

Inundados de trabalho na .Socleda-de Lumière, os dois irmãos tinham poucotempo para se dedicar à procura de umaparelho reversível, que asseguraria com

o mesmo dispositivo a filmagem e a pro-jeção das imagens. No final de 1894, omais velho, Augusto, construiu um pri-melro aparelho, que não deu bons resul-tados.

Pouco antes do Natal, numa noite deInsònia e doença, Louis Lumière lmagi-nou um mecanismo tão perfeito que seuprincipio foi conservado, apesar de to-dos os aperfeiçoamentos mais tarde in-corporados à invenção. Conseguiu um sis-tema de prender os filmes e o primeiroaparelho séria construído com a ajudade Moisson. Após algumas modificações, .a patente foi depositada a 13 de feverel-ro de 1895, com a assinatura dos dois ir-mãos — como sempre faziam,

Cinematógrafo — o êxito

O sucesso mundial do clnematógra-fo foi incontestável. Os filmes, cerca dc60, Inteiramente feitos por Louis Lumiè-re, revelaram o cineasta em gêneros co-mo atualidades, documentários e filmescômicos. O importante é que sua caixamágica, após servir de câmara, era tam-bém utilizada para a revelação e.comoprojetor, adaptando-se uma • lanterna,funcionando a eletricidade ou com a aju-da de várias lâmpadas a gasolina.

Êle mesmo explicou como era o mé-todo de revelação:

— Os filmes eram revelados por mimem baldes de folha esmaltada, contendoo revelador, depois a água da lavagem eo fixador. Os positivos necessários eramdepois impressionados, e eu me serviacomo fonte luminosa de um muro bran-co iluminado pelo sol.

Seu aparelho, destinado às filma-gens ao ar livre, havia sido intencional-mente equipado de uma objetiva que po-dia fotografar com absoluta clareza to-dos os motivos, qualquer que fosse a dis-tânoia do aparelho. Para isso contribuí-ram sua precisão, sua preocupação comos menores detalhes, seu senso de orga-nização, seus meios financeiros e tam-bém a ajuda dos operários das usinas.

Se sua invenção era contestada poralguns, Louis respondia sempre que "mui-

tos tentaram fazê-la, mas nenhum cine-matógrafo funcionava." Os dois irmãosnão pensavam multo no alcance que a ¦aparição fantásttcS^tiè cenas da vidaprojetada num muro de seu laboratóriopudesse ter, porque para eles o aparelhoera apenas uma curiosidade cientifica,um moinho de imagens, uma distração,um jogo de sociedade, semqualquer futu-ro comercial.

A primeira sessão pública foi reali-zada na Sociedade de Encorajamento daIndústria Nacional, em 22 de março de1895, e a segunda no dia 10 de junho domesmo ano, para as Sociedades Fotográ-ficas, de França, presididas pelo astròno-mo Janssen.

Mas o grande, marco seria a primeirasessão.para o público, realizada a 28 dedezembro de 1895 em Paris, no subsolo doSalão Indiano. Clément Maurlce, um cli-ente das usinas e quo foi colaborador des-sa primeira apresentação pública, afir-mou:

— A saía continha, apertada, umacentena de pessoas; o preço da entradaera de um franco. No primeiro dia, a re-celta foi de 33 francos, magra. Mas osucesso foi tão rápido que, três semanasapós a abertura, a receita era de 2 mile 2 500 francos por dia, sem publicidadeem jornais.

Os filmes projetados tinham de 12a 15 metros e eram de oito a 10, duran-do aproximadamente 20 minutos de p,ro-jeção. Qs primeiríssimos foram: L'Arro-scur Arrosé; Le< Repas du Bébé; La Pê-che aux Poissons Rouges; L'Arrivée duTrain; La Mer; La Sortie des Usines Lu-mlcre; La Place des Cordeliers; Le Dc-barquement du Congrcs de Photographic.Os filmes foram feitos, revelados e pre-parados por Louis, portanto o primeirooperador, o primeiro diretor e o primei-ro produtor de cinema.

Os catálogos das Usinas Lumièreacusam cerca de 60 filmes feitos por Louise 1 300 dirigidos por diversos operadores.

Filmes cômicos, de viagem, fantasmagó-ricos, mas, sobretudo, de atualidades. En-tre as excelentes reportagens, o coroa-mento do Tzar Nicolau II, em Mcscou, aviagem do Presidente da República Fé-lix Favrc á Rússia, os funerais do Rei. da'Itália Umberto I.

O abandono docinematógrafo

Abandonando o cinematógrafo noinicio de sua utilização, os dois irmãosretomaram cada um seus estudos e se-guiram caminhos diferentes. Louis consa-grou-se definitivamente à Física e Au-guste à Medicina. Este último fêz im-portantes descobertas e criou diversasteorias marcantes.' Na fotografia em cores, Louis conse-guiu muitos progressos e, depois de in-tensa pesquisa, realizou automática-mente, e sem modificação prévia dosaparelhos, a fotografia em córes natu-rais.

Mais tarde, outro tema apaixonan-te: o relevo. Várias invenções foram pa-tenteadas ainda, como o fotorama. Em1917, no quadro da Primeira Guerra,

. Louis Lumière se encarregou, para a de-fesa nacional, de estudar diversos recep-tores capazes de localizar com precisão adireção original de um som e qualquerruido (dispositivo semelhante é atual ¦mente utilizado no Vietname pcla's tro-pas americanas para detectarem a in-filtração dos vietcongs).

Grande inventor, recebeu a GrandeCruz da Legião de Honra e foi membroda Academia de Ciências. Morreu cm 6de junho de 1948, em Bandol, de ondeera cidadão honorário. Auguste morreuem 10 de abril de 1954, com 92 anos. Era

• Grande Oficial da Legião de Honra, ti-tular de inúmeras condecorações estran-geiras, membro da Academia de Ciênciase da de Medicina.

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CADERNO B D JORNAL DO BRASIL D Rio de Janeiro, terça-feira, 29 de dezembro de 1970 U PÁGINA 5

mulher LÉA MARIA

DE PARIS, PARA ÊLEARLETTE CHABROL

Paris (Via Varig) — Na modade verão para homens, as novidadesaparecem, principalmente, nas ea-mlsetas e camisas e nos casacos es-porte. Jacques Jaunet, da Newman,um dos mais conhecidos em matériade prêt-à-porter masculino, mostrouos pontos principais de um estilocada vez mais descontriado: conjun-tos de camisa e calção, lembrandoos trajes de banho do começo do sé-culo, em jérsei bouclé, listrado hori-zontalmente ou liso; tee shirts comdecote bateau e mangas curtas; co-lotes de marinheiro com decote qua-drado e mangas abaixo do cotovelo.

Dentro de uma linha mais clás-sica, notam-se, também: blusas emíio de seda ou algodão, com alama-res e laçadas, abertas dos lados- ecom decote redondo roçando o pes-coco; camisas militares e blusões emalgodão rústico, com bolsos fechadospor uma lapela e com uma prega nomeio; e sahariennes em algodão lisoou estampado. Todos esses modelos,de mangas curtas ou compridas, sãousados por cima da calça, quasesempre feita no mesmo tecido da ca-misa.

CAMISAS E CALÇASAs camisas clássicas, em fazen-

das leves (voile, seda ou jérsei, lisoou dévoré), continuam ajustadas. Ascores tendem para o pastel; para oocre, o laranja, o violeta suave e oazul; e para o marrom, do mais cia-ro ao mais escuro.Os estampados sãocom motivos de flores ou caras debicho ou seguem o geométrico (qua-drados e pontilhados).As calças pouco mudaram: jus-tas nos quadris e évasées a partirdo joelho. A única novidade no cor-te são as pantalotias na linha cone,évasées desde a bacia e com uma bò-ca de 25 a 30cm. Detalhe marcante:os bolsos em diversos feitios: verti-cais e fechados por zíper; horizon-tais e colocados na perna, a mi-mo-Ut; chapados e com a lapela ser-vindo de tirante para o cinto; e re-dondos. Última novidade: as calçasfechadas por laçadas.

Na escolha das fazendas, nota-se uma grande preferência pelo jér-sei, liso ou estampado. Para as cal-ças formais, pieds-de-poule minús-culos, garbadina e crepe. Na praiaou no campo, algodão e gabardinaleve. Os cintos são contrastantes: li-sos sobre calças estampadas e vice-versa.

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Camiseta de jérsei em listras finas brancas e pretas.Pantalona em mescla, sem costura dos lados e com pespontosno cós e na bainha

Camiseta em jérsei azul e vermelho, fechada por laçadasbrancas. Pantalona em lonita listrada com bolsos chapados

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Brummel, um universo pensado para o homem" é o slogan do magazine, agora em nova fase

BRUMMEL:

SÓ PARA HOMENSParis (Via Varig) — Um maga-

zlne exclusivamente para ho-mens acaba de ser inauguradoem Paris. E' o Brummel, terceiromagazine da rede Prlntemps, quevem sendo multo comentado nosmeios parisienses que lidam coma moda.

Na verdade, o Brummel jáexistia, mas tinha caído no es-quecimento, há anos. Transfor-mara-se em um templo silencio-so para distintos fumantes decachimbo e homens que se ves-tlam unicamente com roupas detweed e de flanela. Estava ultra-passado e, se ainda conseguiamanter um número razoável defregueses, mulheres e jovensnunca apareciam por lá. Agora,a mudança é total: nos cincoandares do Brummel, o homemmoderno encontra todos os tiposde roupas e acessórios, espalha-

dos em 8700 metros quadrados,atrás de 90 metros de fachada e90 toneladas de mármore deco-rativo.DE TUDO PARA TODOS

O subsolo foi transformado noponto de encontro dos jovens,que se reúnem à volta de um barultramoderno, ao som da músi-ca pop. Nele se concentram amoda unissex, as últimas novi-dades de Cardln,- Newman, Ca-charel e Harry Lans. No térreo,uma seção onde as mulherestambém têm acesso: lá encon-tram idéias para presentes, alémde cintos, gravatas e pulôveres.

No primeiro andar, estão ascamisas, roupas de ficar em ca-sa e meias das melhores marcas:Lanvin, Cardin, Fath e Givenchy.No segundo andar, os ternos se-mlprontos, a preços acessíveis, e

os feitos sob medida. Todos osgrandes nomes do prêt-à-portermasculino se acham presentes,inclusive os italianos, como SanRemo e Puccl.

No terceiro andar tem-se aimpressão de estar andando porvárias ruas. A rua das calçastem 57 metros de extensão; emseguida, vêm as ruas de couros epeles, das roupas de jérsei (a?rande moda deste ano) e dasroupas esporte. O quarto andarficou reservado às capas, man-tôs em lã ou pele, trajes profls-sionais (desde o avental de pro-vador de vinho até chapéu de co-zinheiro-chefe) e todos os aces-sórlos para carro.

E, para que a revolução fossetotal, a direção do Brummel pe-diu aos vendedores para se vesti-rem de maneira avançada, coisaantes terminantemente proibida.

Cintos largos em camurça, pelica ou couro cru, lançamentopara o verão, custam de Cr$ 60,00 a Cr$ 100,00

Bolsa tiracolo para homens,que pode ser usada também sem

alças. Preço ãe CrS 180,00a CrS 200,00

WUMÊÈ

O COURO,

PELE

DE

VERÃO

'mÈ _/_]_^_____^_titz*s,¦'::•¦ M _m_\ ^HHH^Kv

Pl§9 Iri mf'Í']WÊ _F

'''>'¦' kw ^'í^^^mm•0Í*1*mBBÍIîv^sSt___ ___mW*£m B ' <'wPilfl B-¦ '¦¦¦ màx*à%ffliiEsmm ^H

São Paulo (Sucursal) — Lazco:para muitos, esta é apenas a etl-

• quêta de um conjunto de colo-nias masculinas vendidas' emembalagem de couro. Mas a es-pecialidade da marca é outra: oartesanato de couro lndustriali-zado que pode ser encontradonas principais lojas do Rio e SãoPaulo. 4

Suas novidades para o fim deano são: a bolsa — a tiracolo pa-ra homens, a carteira com váriasdivisões em plástico — boa paraguardar documentos. E uma co-leção de cintos largos com five-ias douradas ou prateadas, paraserem usados com túnicas de ve-rão.

AS PEÇASTodas as Idéias da Lazco são

boladas por Carlos Lázaro e seulllho/proprietários da indústria.As peças — desde cinzeiros, re-visteiros, até bases para garra-fas e copos — têm o acabamen-to feito à mão. As fivelas doscintos são sempre adaptaçõesdos últimos lançamentos euro-peus, e as douradas durante afabricação recebem um banhode ouro, que as torna mais re-sistentes.

Os cintos para o verão são emcamurça, pelica, couro cru; e ascores mais usadas são o marrom,preto e castoç. O preço dos maislargos varia de Cr$ 60,00 a Cr$100,00 e, dos mais estreitos, deCr$ 30,00 a Cr$ 60,00.

SERVIÇODISCOS: Material especial

para a limpeza de discas está àvenda nas Lojas Americanas.Flanela c líquido à base dc óleo,por Cr$ 4,50.

PftAIA: Excelentes para se-rem usadas na praia as toalhasArtex com o escudo dos clubesde futebol, apreciadas pela ga-rotada, custam CrS 10,50 nascasas de roupa de cama e mesa.

VERÃO: Multo bons para asnoites quentes os mlnlpljamaspára homens, à venda na CasaSanta Clara, esquina de Av. Co-pacabana e Rua Santa Clara.Custam CrS 18,50 e são de cò-res fortes ou em estampadosgeométricos.

CAMISETAS: Tipo português,decotadas e sem mangas, unls-sex, na Truc por Cr$ 30,00. Sãolisas, pintadas ou com aplica-ções. Na Moreira Leite, listradas,custam Cr$ 18,50.

CINTOS: De"croch6, não mui-to largos, que terminam em nócom pontas caídas, na Casa Oa-by, Rua Ouvidor. Custam Cr$28,00.

INFANTIL: Excelente leiturapara as férias, A Arca de Noé,poemas Infantis de Vlnicius deMorais, e O Menino Mágico, dcRaquel dc Queirós, ambos linda-mente Ilustrados.

FEIRAS: Nas desta semana,enorme variedade de frutas. Boapedida são as maçãs francesasa CrS 2,80 o quilo e as mangastipo carlotinha a Or$ 3,00 a dúzia.Em algumas barracas, vagem ti-po itallatio, amarelas externa-mente, macias e mais gostosasque as comuns, a Cr$ 1,00 o qui-lo.

ARTESANATO: Na Rua Bara-ta Ribeiro, 774, uma nova loja deartesanato brasileiro e móveisrústicos. Chama-se Dois Pontos.

COLEIRAS: Trançadas fazen-do nós, bonitas e bem verão, es-tão'sendo feitas e vendidas peloAdilson do salão Renault.Custam em média CrS 15,00.

BEBÊS: Com o calor é melhornão usar calças plásticas. Naslojas especializadas, é fácil en-contrar a calça Dorme-Sêco,produto Tlp Top. Subustltul oolástlco com vantagens e custaCrS 6,20.

TECIDOS: As Américas, tece-lagem de São Paulo, lança nomercado da Guanabara tecidosdralon, lisos e estampados, cs-pecials para o nosso clima.

PRAZO: Termina dia 31 oprazo para os convênios de con-cessão de bõlsas-de-estudo desalário-educaçáo, entre emprê-sas e escolas do Estado: As em-presas Interessadas devem pro-curar os Distritos Educacionais.

PRÁTICOS: Na Cutelaria Ro-ger's, Galeria dos Empregadosdo Comércio, estão à venda osprodutos Rica, muito úteis nacozinha. O socador de alho custaCrS 4,00, o cortador de ovos CrS9,00, e o espremedor de batatasCrS 12,00..BOLOS: Ainda na Colombo, os

bolos de Natal, Chrlstmas Cakeem dois tamanhos: Cr$ 60,00 ogrande e Cr$ 40,00 o pequeno.

CARTEIRA: Lançamento bembolado da Lazco. Cartelra-san-fona em que cabem todos osdocumentos. O material é courotipo selvagem com parte plástl-ca que abre inteira. À venda nascasas de artigos para homenspor CrS 30,00.

O porta-documentos Lazco

«diètà» '—-Gargantilha traficadaãe Adilson

_^_ Wm—S^^^^^

Camisetas tipo português,a bossa áo verão

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PÁGINA 6 D CADERNO B D JORNAL DO BRASIL D Rio de Janeiro, terça-feira, 29 de dezembro de 1970

o que há para ver A Cinemateca do Museu de Arte Moderna apresen-Ia hoje "Outubro", filmede S. M. Eisenstein • Edi-tado novo disco do Eastman Brass Quintet com mú-

sicas renascentistas inglesas e alemães

cinemaEntraram em reapresentaç&o: Os Brutos Também

Amam (Shane), em programa duplo com Desaparecidosem Cingapura; Perdidos na Noite; Krakatoa, o Inferno deJava. Em continuação de carreira retornam Uma Gatinhapor Dia; Ana dos Mil Dias; Jeff, o Homem Marcado. Re-comendações: O Homem que ae Condenou; Errado pra ca-chorro; A Libertação dc L. B. Jones; Um Homem Chama-do Cavalo; MASH; Julgamento de um Traidor; A GrandeEscapada; Os Brutos Também Amam; Perdidos na Noite;As Coisas da Vida; O Morro dos Ventos Ulvantes. (E. A.).

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PERDIDOS NA NOIII (MldnlghlCowboy), di John Schleilnger. Um

dot melhorei filmei doi illllmoi«noi. Orem» emblenlido em Nov»Iorque. Com Ouitln Hoffman, Jon

Volght, Brend» Vaccaro. Doluxe Co-

lor. Produçio amerlcma. Aleiea.

(18 «noi). ,ÜÍÃDO MA CACHORRO (Who'.Mlndlnt »he Store?), de Frank T«-

ihlln, Bo» comedi» com Jerry lewli,

Jlll St.-John, Ray Wílilon, John

McGiver, Agnei Mooiehetd. Filme

»m»ric»no em Tecnicolor. Rlvlere,

Tljuc». (Livre). ;ÕÜiÕMO DO$ VINTOS UIVANTES

(Wutharln* Helghli), de Willitm

Wyler. Dr»m». Com Uursnce 011-

vier, Merls Oberon, D«vld Nlven.

Prelo e brenco. J*l»i 14h, 16h,

IBh. 20h, 22h, (10 «noi).

SEM DESTINO (Ea»y RUei), *•» 0,n-

nl» Hopper. Dr»m». Com Peter

Fond». Dennli Hoppir. Filme »me-

rlcano em cèrei. Iiunlr$»»m Pen».

(18 »noi).BAMBI (l.mbl), produçio d» Walt

Dlmey. Oeienho »nlm«do. Filme

americano em Tecnicolor. Dublado

»m portuguêi. Sio luli, Od.on,

«l.n, Amérl..: 14b, 16h, IBh, 20h

Capitólio (Pelrópolii): I5h30m, 17h

30m, 19h30m, 21h30m. (Livre); ,

EXTRA '-• .OUTUBRO (Okliabr), de S. IM. Ei-

icniteln. Exemplar do cerebrallimo

de montagem do dneeita-teórlco io-

vléllco. 1927. Hop», 18h30m, n»

Cln»m»tsc»_do_MAM:CINE HORA - Comédl«i, deienhoi

t |orn»li. Seiiõei d» 60 minutoi,

continuai, a P«rtlr d» ÍOh.

HORÁRIOS - Ot horirlo» doi pro-gramai d» clnem» dlvulg»doi neil»

roteiro lio •• fornecidoi pelei env

priiai e, portanto, de extluilv» rer

pomabllid»dt doi sxlbldsrst.

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Mame, na Rua Ronald d» Carva-,ho, 55 (tel. 237-1521). Além do

taxofonlsu Jiurez, cantor E»erar-do, canlora Valeica e do carnava-leico Stauber.

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DOIS SHOWS - Na boate Hoff-man'i diariamente, doll »how» pornoite. Um a meia-noite t outro alh da manhi. Abaria a partirdai 20h. Na Rua Ronald do Carva-lho, 55-C, no lido. Tel. 235-092B.

Renato de Almeida, Orlando Teruz.na Galaria Rachld, tubiolo do Ed.Av. Cenlral, Av, Rio Branco, 156,

GENTIL CORREIA - Plnturai. NoCorredor d» Arte da ChurraicariaGaúch», Rua dai Laranjeira!, 114,

SAMI MATTAR - Exposição da re-traloi. no Flag, Rua Xavier da Slt-velra.EXPO TETO 300 — Coletiva da de-

lenhoi, gravurai, óleoi, talhai. Na

Agància do Banco da lavoura da Mi-

fiai Garali, Rua Vlicond» da Pira-

|i, 168.

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Relnaldo Fonieca, Cícero Diai, Da-

coita, Mabe, Teruz. Na Galaria da

Praç», Rua Joana Angélica, 116 io-breloia 201.

televisão

discos

teatroLANÇAMENTOS: Acompanhado pela Orquestra Sln _____

lAnica de Londres, o pianista Clifford Curzon apresenta, iotn,\ Nacional, Canal 4, ài 1<,,n\*mi nf_vo disco, os Concertos N.° 23 e 24 para Plano e _ j..„,i d. Boi., Canal 9, .

Michael Caine em .Um Golpe à Italiana,tio Leblon e Carioca

ESTRÉIASUM GOIPE A ITALIANA (The ItelianJob), de Peter Collimon. Atiallo:uma quadrilha inglêi» em ação emTurim. Suipania e humor. Com MI-chael Caine, Noel Coward, BennyHill, Rof Vallone, Rouano Brazzi.Produção italiana em cêrei. leblon,Carioca: 14h, 16h, IBh, 20h, 22h.(14 anoi).

O HOMEM QUE SE CONDENOU(Falia Witneu/ZIgZag), de RichardA. Colla. Policial original e abior-vente. Com George Kennedy, AnneJackion, Eli Wallach. Filme ameri-cano em Metrocolor. Melro-Copa-cabana, Metro-Tljuc», Seal», Bru-ni-lpanema, Marrocoi, A'fa: I4h,lóh, IBh, 20h, 22h. lago»-Drlv»-ln:20li30m, 22h30m,. (ÍB «noi).

OS DEUSES MALDITOS (Ia Cadut»degli Dai/Th» Damnad), de luchinoViiconti. Drama intplrado na hivteria da familia Krupp a em luacontribuição para a aventura naiii-ta. Com Dirk Bogarde, Ingrid Thu-lin. Filma italiano em corei. Veriãoam inglêi. Vadeia: 15h30m, 18h30m, 21h30m. (18 anoi)."OS

GUERREIROS PILANTRAS (Kelly1»Haroei), da Brian G. Hulton. Aven-luia na Segunda Guetra Mundial.Com Clint Eailwood, Telly Savalas,Don Ricklei, Donald Sutherbnd. Fil-me americano em Metrocolor. Metro*Boavista: 12h30m, 15h30m, 18h30m,2lh30m. (14 anoil. _CROMWEll, O HOMEM DE FERRO .

(Cremwall), de Ken Hughes. Misió-rico. Com Alec Guinness, RobeilMorley, Dotolhy Tulin. Filme inglêsem coros. Bruni-Flamengo, Rio. I3h30m, 16h20m, 19hl0m. 22h. (14anos). —LEMONADE JOE (lamonade Joe), daOldrich lipsky. Sátira ao gêneroweitern. Com Carla Fiala, OlgaSchoberova, Miles Kopek. Produçãotcheca em cores. Art-Palácio-Copa-cabana, Art-Palãcio-Tiiuca, Art-Pali-cio-Méier, Art-Palicio-Madureira. (li-vre). „__

. O COLT QÚE NÀO PERDOA (loiaColt Faccia a Faccia com II Diavolo),de Siro Marcellinl. Waitern italia-

\ na. Com loia Falana, Peter Martcll,Gcrman Cobos. Eaitmancolor. Plaia(a partir de ÍOh da manhã), Sanla

*Roia (Caxiai), São Pedro. (14 anos).

CONTINUAÇÕESOS REBELDES (The Reivari), de MarkRydell. História emDlentade no Mis-lisiipi do principio do século, ba-içada em Faulkner. Com Steve Mc-Oueen, Sharon Farrell, Will Geer,Michael Constanlino. Tecnicolor. Pa-lãcio: 14h, lóh, ISh, 20h, 22h. Ro-lãrio: 15h, 17h, 19h, 21h. Palrípo-lis: 15h30m, I7h30m, 19h30m, 21h30m. (livre).A COLINA DOS HOMENS MAUS

(Ia Collina dagli Stivali), de Giu-leppe Colizzi. Weitern italo-espa-nho!. Com Terence Hill, WoodyStrode, Edward Ciannelll, ViclorBuono, Lionel Stander, Bud Spen-cer. Produção italiana em Técnico-lor. VenSo em IngISt. ópera, Ailor,Tiiuce-Palace: 14h, 16h, 18h, 20h,22h. (10 anos).

ASTÉRIX, O GAUliS (Attirix, I»Gauleli), produção franceia com oi

. personagens da historiai em qua-drinhot ds Albert Uderzo. Primeiro

* filme de uma série em detenhoanimado. Dublado em português.Em cores. Condor-largo do Macha-

- do, Condor-Copacabana: 13h30m,15hl5m, 17h, 18h45m, 20h30m,

. 22hl5m. Domingoi também ás ÍOh. e 11h45m. Olinda » Maico-

te, il 14h, 15h40m, 17h20m, 19h,

j 20h40m, 22h20m. (Livre).A FLOR DA VIDA (l'Écumo daiJour»), ds Charlei Bclmont. Drama

\ baseado numa hlitórla d__ BoriiVlan. Com. Jacqusi Perrln, Marle-

France Piiler, Samy Frey. Eeslman-color. Paliiandui 14h, lóh, 18h,20h, 22h. (18 anoi). j

' TORPEDOS DA MORTE (Hall Boati],de

Paul Wendkos. Um episódio daSegunda Guerra Mundial. Com Ja-

J mos Franciicui, Elizabeth Shopperd.Filme amorleano em DeLuxe Color.Capitólio: 14h40m, 16h30m, 18h20m, 20h10m, 22h, (14 anos).

UM HOMEM CHAMADO CAVALO(A Man Callad Horse), de EllioltSilverstein. Weitern. Com RichardHarrii, Judith Andenon. Filme am»-ricano em Tecnicolor. Roxy: 13h30m, 15h40m, 17h50m, 20h, 22hlOm. (18 anos).A GRANDE ESCAPADA (La Orand»V-drouillo), de Gérord Oury. Co-

média ambientada na Segunda

Guerra Mundial. Com Terry-Tho-mai, Bourvll, louii da Funil. Filma

francêi em Eaitmancolor. Caruio,

Brunl-Tiiuca: 13h30m, 15h40m, 17h

50m, 20h, 22hlOm, (livre).

SANGUE QUENTE EM TARDE FRIA

(Braiilelro), de Renato Neumann e

Fernando Coni Campoi. Drama. Com

Milton Rodriguei, Talula Campoi,Franciico Santoi, Angela Santoi,Reiane Medeiros. Easlmancolor. Ri-

voli, Rivar (Caxias), Sãs Jorge (Ni-tetói). (18 anos) ¦

CAMINHANDO SOB A CHUVA DAPRIMAVERA (A Walk In lha SpringRain), de Guy Green. O amor an-

ire a esposa de um piofenor uni-vertitário (Ingrid Bergman) e umfazendeiro timplet do Tenneiiee

(Anthony Qulnn). Com Frilz Wea-ver, Katherine Crawford. Panavi-

lion. Filme americano em Técnico-lor. Brunl-Copac»bana, Bruni-Ple-dada, Melo (Bomucetio), Hollday,Brltanl», Feilival, Pr»ild»nte, Bruni-Grajaú, Mlniiilpi, São Bento (Nile-terói): 14h, lóh, 18h, 20h, 22h. (14anos). ^^^

JUIGAMENTO DE UM TRAIDOR(Tha Executionar), de Sam Wana-maker. Mait um eipião que en-tra em fria e te rebela contra omundo amoral da eipionagem.Com George Peppaid, Joan Coilins,Judy Geeion, Oscar Homolka. Pro-dução ingléia em Tecnicolor/ Pana-viiion. Coral, Parii-Palac», Rio Bran-co, Bruni-Méier. (18 anos).

A LIBERTAÇÃO DE l. B. JONES

(Tha Liberation of l. B. Jonei), deWilliam Wyler. O cineail» do O Co-lecion»dor aborda uma história dra-mítica marcada pelo problema ra-ciai noi Eiladoi Unidot. Baseadona obra de Jeue Hill Ford. ComLee J. Cobb, Anthony 2erbe, Roí-coe Lee Browne, Barbara Herihey,Lola Falana. Filme americano emcores: Pax: 14h, lóh, 18h, 20h,22h. (18 anoi). '_AS COISAS DA VIDA (le» Chetsida Ia Via), de Claude Sautet. ótimofilme baieado no romance da PaulGuimard. Com Michtl Piccoll, RomySchneider, lea Matiarl. Prêmio louliDclluc 1970. Tecnicolor. Ragincia,Matilde, Rio-Palace, Melo (Penha),Bruni-Engenho d» Dentro: 14h, lóh,18h, 20h, 22h. (14 anoi).

MULHERES APAIXONADAS (Wo-men In love), de Ken Ruitell.Drama. Adaptação de um dol m«-lhorei romancei de D. H. Lawren-ce. Com Alan Batei, Oliver Reed,Glenda Jackson, Janie Linden. Fil-me inglês em DeLuxe Coloh. D. Pa-dro (Pctrópolii): 16h20m, 18h40m,21h. Central (Niterói): 14h45m, 17hÍOh, 19h55m, 22h. (18 anoi).

WÕODSTOCK (Wooditock), da Mi-chael Wadleigh. Documontírlo cmlonga metragem tóbra o famosofestival de musica pop. Tecnicolor.Império: ISh, IBh, 21h. (18 anos).

ANA DOS MU DIAS (Anne of thaThouiand Dayi) — Ana Bolena aHenrique VIII são oi protagonlitaidessa produção inglesa, com Ri-chard Burton, Geneviiva Bujold.Tecnicolor. Vilórl»: 13h30m, lóh15m, 19h, 21h45m. S»nta Alice: 15h,17h50m, 20h40m. (14 anoi).

JEFF, O HOMEM MARCADO (Jaff),de Jean Herman. Aventura crlml-nal. Com Alain Delon, Mlreille Dare,Produção franceia em corei. Rica-mar: 14h40m, 16h30m, 18h20m, 20hlOm, 22h. (18 anos).

A RAPOSA E AS UVAS - Fábu-

Ia dramática de Guilherme Figuei-

redo. Nova montagem da conhecidahittória do lábio eicravo Eiopo e

do leu amor pela liberdade. Dir.

de Aurlmar Rocha. Com MagalhãeiGraça, Míriam Périia, Aurimar Ro-

cha, Maria Tereia Barroio, Olegá-rio de Holanda. J, C. Sanlot. NovoTeatro da Bólio, Av. Ataulfo de Pai-

va. 269 (227-3122), 21h30m.

DEPOIS DO CORPO, de AlmirAmorim. Num clima do delírio, um

dramático confronto entr» trêi io-vem que reprcienlam difarenleimaneirai de ver o mundo e a vi-

da. Apreientaçío do grupo expe-rimental Comunidade. Dir. de AmirHaddad. Com Maria Eimeralda. Ru-bem Araúio e Mário Jorge. Muieude Arte Moderna, Av. Beira-Mar

(231-1871). De 4a. a lib., il 21h30m. Dom., ii 20h.

OUE PREGUIÇA.., de Ricardo Ta-lamik. Um funcionário exemplar re-

solvs faltar ao trabalho s enfrenlauma reviravolta na lua rotina co-tldlana. Comédia com Amandio, Me-ria Helena Diai, Zilca Salaberry,Emiliano Queirót, Aitur Coita Fi-lho, Fernando Joié. No Tea-tro Santa Roía, Rua Vliconde daPiraiá, 22 (247-8641). ii 2lh30m,lib., ii 20h « 22hl5m, vasp. 5a„ii 17h, a dom., il IBh a 20h.

ESSES HOMENS TRAIDORES E SEUSGALHOS MARAVILHOSOS - Come-dia de José Vasconceloi a Péiicleido Amanl. Com José Vasconcelos,Gracinda Freire, Míriam Rodriguei,Joii Miziara a Artur Miranda. Ser-rador, Rua Senador Dantas, 13.

(232-8531). De 3a. a 6a., ii 21h.lib., 20h e 22h, dom., IBh • 20h.

TEIA D'ARANHA - Drama policialde Agatha Chriitle, a grande eipe-cialiita do gênero. Dir. da Antônioda Cabo. Com Teresa Amaio, Ant6-nio Patino, Jorge Cherques, laban-ca, Neiion Caruio a outrot. Matbla,Rua do Paueio, 42/56 (242-4B80).Ai 2lh, lib, 20h, 22h30m, veip.5a., ii 17h * dom,, il 18h.

A DAMA DO CAMAROTE - Vau-devilla da Caitro Viana, trampostopela «ncemçio para o Inicio do ií-culo. Ai vlcliiltudei da um casala ai tentativas de salvar, nas «pa-rênciai, a reipeitabllidade do lar.Dir. de Amir Haddad. Com ElsaGomei, Hlldegard Angel, MauroGonçalvei, Alfredo Murphy eOtacllio Coutinho. Teatro Malionda Franca, Av. Prei. Anlènlo Car-

loi, 58 (252-3456). Quarta e quinta-feira nio haveri eipeliculo. Sexto,

haveri, il I8h a 2lhl5m. Sib., il

20h e 22h, dom., il IBh e 21hl5m.Preço CrJ 5,00 p«r« lõdai at lei-

lõei. Ceniur» livre. Últlm«i lema-nai, ^

HAIR - Muiical de Jamei Rado o

Gerome Ragni, múilce de Gall toe-

Dermoit. Uma comunidade hippiencrto-amerlcana diante dos proble-mu loclais e políticos do leu pai».Dir. de Ademar Guerra. Com Altalr

lime, Armando Bogui, Antônio Pi-langa, Ivone Holffman, Ricardo Pa-

Ireglla, Maria Helena a ou-troí. Teatro Novo. Av. Gomei Frei.re, 474 (2220271), De 3a. a 6a., is

2lh, lib., 20h a 22h30m, veip.,

5a., 17h e dom., 18h.

PROMESSAS E PROMESSAS - Co-média muiical de grande mont»-

gam, com roteiro de Nell Simonbaieado no filme Se o Mau Apar-lamento Falana, a múilca de Davlde Bacharach. Direção s produção daVítor Berbara. Com Jardel Filho,Roíemary, Mara Rúbia, Irm» Alv»-rez, Fr»nclico Serr»no, FrjnciicoDantai, Gracindo Júnior a outroi.GIniltico, Av. Graça Aranha, 187

(221-4484). De 3». a 6a., il 21h,lib., I9h30m e 22hl5m, vesp. 5a.e dom., 17h.

no seu novo disco, os ConcertosOrquestra, de Mozart, em gravação estéreo. Também emedição da London, em gravação estereofonlca.foi lançadaa ópera completa Tosca de Pucclni.emquesedestacaofa-moso Flschcr-Dieskau. Renalssance Brass é o titulo do mais

INFORMATIVOS - Dá 2a. a ii-bado Jornal da Futebol, Canal 13,il 19hl0 - Tateiornal Plrelli, Canal13, ii 19h30m — O Repórter Eno,Canal 6, ii 19h50m - Jornal d»Participação, Canal 6, is 23h45m —

¦ - - ¦ 19h40m19h

30m.NOVELAS — De 2a. a sábado A Pró-xima Atração, Canal 4, is 19h —

Irmãos Coragem, Canal , is 20h —

Assim na Terra como no Céu, Canal4, is 22h — O Meu Pó ds laranja-recente LP que o Equipe editou, através da sua representada

Candide, do conjunto Eastman Brass Quintet também em t; no Cana| 6 ., à, 18h25m _gravação estéreo. Herbert von Karajan, dirigindo a famo- slmpUsmant. Maria, Canal 6, ii i9hsa Orauestra Filarmônica de Viena, interpreta em seu re- _ s,ngu» do Mau Sangue, Canal 6,cenfe disco, a Sinfonia N.° 41 de Mozart, e a Sinfonia N.° a, i9h45m - a. Pupil.» dó s.nhor103 de Haydn. (P. P. M.)

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MOZART Piano ConcertosA major, K488 A C minor, M91

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mas Arnesi, Amanda Blake, Ken

Curtis, Mllburn Stone, no Canal 4,

is 22h45m - A Hlitórla da BonnlaParker, com Dorolhy Provins, JankHogan, no Canal 4, i meia-noite.

DIVERSOS — Ali Bratll, AquiloAbraço, no Canal 4, ii 20h30m —

íite Mundo louco ds Comédias,no Canal 4, is 20h30m - Clubs daSeresta, no Canal 6, is 20h45m,

EDUCATIVO — Artigo 99, Canal 6,is 11h15m — TV Educativa, Canal4, ii llli.INFANTIS — Supar.Hom»m, Ca-nal 4, i» lóh — Capitão Aia, Canal6, ii 15hl5m - Os Tri» Patetas,Canal 13, is 15h30m — Cirand»,Canal 13, i» 16h,

HORÁRIOS — Os horirios s as in-dicações dos programai sio de rei-

poniabilidade dat reipectivai «mis-•oras.

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ONDE ROMPER O ANOSeguindo a tradição, a chegada

do Ano Novo será comemorada commuita alegria e fogos pelo carioca,aue também vê nesse dia a aproxi-mação do carnaval.

Muitos ficam em casa, fazen-do festas particulares; outros vão àspraias ver a macumba, enquanto osque dispõem de uma verba extra es-colhem clubes, bares e boates que ,programam réveillons, alguns atécom a lotação esgotada. Quem ain-da não fêz suas reservas deve fazê-Ias até hoje ou poderá arriscar-se anão encontrar mais lugar.

Boates

A maioria das boates terá ré-veillon, embora algumas, como oDrink — a exemplo dos anos ante-riores — estejam alugadas para umgrupo particular.

As boates da Barra da Tijucatambém programaram festas depassagem de ano e os preços vão va-riar de CrS 20,00 por pessoa (sem di-reito a ceia ou bebida) até Cr$ 40,00.As principais boates serão a Macum-ba, Flamingo, Bar dos Pescadores,Palhota, Convés e Pesqueiro.

Nas boates da Zona Sul estãoprogramados os seguintes réveil-lons:

Sucata — CrS 200,00 por pes-soa com direito a ceia (entrada, pe-ru e sobremesa) e uma garrafa dechampanha nacional para mesa comquatro lugares. O local tem capaci-dade para 250 pessoas e restam cèr-ca dc 80 para reservas. Haverá umshow de samba — Ziriguidum — e otraje será passeio ou rigor.

Le Bateau — o convite pessoalcusta Cr$ 100,00 com direito a ceia(entrada, peru e sobremesa) e uis-que escocês, sendo o traje a rigor.A boate comporta 250 pessoas e sóaceita reservas até hoje.

Sacha*s — o convite pessoal es-tá por CrS 150,00 com direito a ceia(entrada, peru e sobremesa) e uis-que escocês à vontade. O traje seráa rigor ou fantasia, de preferênciacigana, pois a decoração está todabaseada nesse estilo, havendo ten-das e arcas no meio do salão, c o mjóias fantasias que serão oferecidasaos convidados. Também haverá co-midas típicas ciganas incluídas naceia.

.Copacabana Palace — não rea-lizará o tradicional réveillon.

Jirau — CrS 200,00 o convitepessoal, que dará direito a ceia com-posta de Vichyssoise, Peru à Califór-nia, Coupe Jacques de sobremesa outorta de nozes ou chocolate. O con-vite também dará direito a bebida csó será servido uísque escocês (Bia-ck Label e Buchanan's). O serviçotambém já está incluído e só sãoaceitas reservas de um minimo dequatro lugares (equivalente a umamesa). O traje será a rigor e às 5horas da manhã será servido o caféda manhã. Também haverá uma re-trospectiva musical dos carnavais.Na parte de cima (que comporta 130pessoas) não há lugares, pois foi re-servaãa para um grupo particular,e a parte de baixo (onde cabem 150pessoas) está praticamente toda re-servada, restando apenas cerca de10 lugares. A decoração é toda emrosa-bombom com bolas e reco-re-cos e serpentinas. O proprietário,Sérgio Cavalcanti, pretende que oréveillon deste ano só termine às 7horas da manhã, como nos anosanteriores.

Plaza — o convite será de Cr$20,00 por pessoa, com direito a qua-tro drinks, mas sem ceia. O trajeserá esporte e ainda há bastante lu-gares.

Number One — o convite pes-soai custa Cr$ 200,00, com direito a ¦ceia (presunto com melão ou figos,Peru à Brasileira e tortas, além docafé da manhã, às 5 horas) e bebi-da (uísque escocês ü vontade). Es-tão dando preferê7icia a reservas demesas (quatro pessoas) por CrS . . .800,00 e restam apenas oito lugares,sendo a lotação da casa para 120pessoas. O traje será esporte ou fan-tasia e foi armada uma pista de dan-ça, havendo ainda um show com osprincipais ritmistas das escolas desamba (Portela, Salgxieiro, Man-gueira e Unidos de Vila Isabel), alémdo Quarteto de Osmar Muito, quese exibe diariamente na boate. Oconvite indica que os convidadosacabem seu réveillon tomando umbanho de mar em frente à Rua Ma-ria Quitéria, em Ipanema, local doNumber One.

Colt 45 — esta boate ainda nãodecidiu se será alugada a um grupoparticular. Caso seja feito seu ré-veillon, será Cr$ 60,00 por pessoa,com direito a ceia e uma garrafa dechampanha nacional. O traje seráesporte.

Zunzum — Cr$ 100,00 por pes-soa com direito a ceia (strogonoff etorta) e bebida nacional à vontade.O traje será esporte e ainda hábastante lugares.

Restaurantes e bares

Barril 1800 — cobrará Cr$ 88,00por pessoa, com direito a ceia (peru,churrasco) e bebida (uísque e cham-panha nacional) à vontade. A Ban-da do Almeidinha é quem irá ani-mar a festa. O local tem capacidade

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Picados todos os papéis disponíveis do escritório ou repartição,lançados ao ar como sobras do ano (pie se foi, é hora

de se aprontar para o "réveillon"* há muitos anos uma espécie de

prévia do carnaval ao Ano Novo. Se não preferir ficarem casa ou ir prestar suas homenagens a leman já. nas praias, que

ande depressa. As reservas, nas boates e nos clubes, já estãonas últimas, como êste ano de 1970

para 250 pessoas e ainda restam ai-guns lugares. Traje esporte.

Roda-Viva — CrS 40,00 por pes-soa a ceia sem bebida. Constará deFigos com Presunto, Peru à Brasi-leira, Churrasco Misto e sorvete. Ain-da há bastante lugares e há dança.Traje esporte.

Bistrô — Cr$ 140,00 por pessoa,com ceia e uma garrafa de cham*panha por mesa. Os 100 lugares jáestão todos vendidos e o traje serárigor.

Bierklause — Cr$ 100,00 porpessoa, com ceia (Melon sur RocheGlacé, Consommé, Faisão à Modade Alcântara e Bomba Brasileira).O traje será esporte ou fantasia erestam poucos convites. A banda se-rá reforçada.

Brasserie — Fará ttm réveilloninformalaCrS 35,00 por pessoa,com ceia e sem bebida. Haverá showcom passistas de escolas de samba eserá permitida a entrada de meno-res. Ainda estão aceitando reservas.

Alpino — CrS 25,00 por pessoasem direito a ceia e uma garrafa dechampanha nacional por mesa. Otraje será esporte e restam poucosconvites.

Nino — CrS 50,00 por pessoacom direito a ceia (Melão ao Cham-panha, Figos com Presunto, Cremede Palmito ou Casquinha de Siricomo opções, além de Filé de Bode-jo, Peru Dietético, Hamsteak Virgí-nia e Triche de Filé), além de uísqueLondon Mouse e frutas estrangeirasou tortas. O traje será esporte e ain-da há lugares.

Mário — funcionará normal-mente.

Plaig — funcionará normal-mente.

Chateau — funcionará normal-mente.

"Bateau Mouche" — CrS 100,00por pessoa. Sairá do restaurante Sole Mar às 22 horas e voltará à lhSOm.Será servido jantar (peru, saladas,carnes e presunto) e bebida (cham-panha, vinho e cerveja). O barco,com 200 lugares, já está lotado erestam alguns lugares no barco com100 lugares. O traje será esporte.

Churrascaria Recreio — fun*cionará normalmente, cobrando Cr$7,00 o couvert.

Churrascaria Gaúcha — CrS30,00 por pessoa com churrasco àvontade e bebida à parte. O traje se-rá esporte e ainda há reservas.

Le Relais — CrS 40,00 por pes-soa, com direito a ceia (peru compurê de castanha e sobremesa), sembebida. Traje esporte e ainda hálugares.

Cabral 1500 — estará fechado.Zepelim — funcionará normal-

Roslein — Cr$ 65,00 por pessoa,com ceia e bebida. Traje esporte.

Sambào — CrS 40,00 por pes-soa, com ceia e uma champanha na-cional, além da apresentação doshow da casa.

Castelinho — Cr$ 70,00 porpessoa, com direito a ceia e umagarrafa de champanha. Traje espor-te e só restam oito lugares.

Canecão — CrS 40,00 por pes-soa, com ceia e sem bebida, e ain-da um show da Mangueira.

Antonio's, Antonino e Vivará —funcionarão normalmente.

Grinzing — CrS 80,00 por pes-soa, com ceia e sem bebida e apre*sentação do show Carnavália. Ain-da há lugares.

Clubes

Iate — CrS 40,00 para sócios econvidadas e CrS 60,00 para convi-

dados, com ceia e sem bebida. Tra-je esporte.

Monte Libano — Cr$ 70,00 porconvidado ãesócio e Cr$ 50,00, sóciocom ceia, algumas bebidas e café damanhã. Traje rigor e só restam lu-gares no salão; a boate já está lo-tada (320 lugares).

Caiçaras — CrS 50,00 convida-dos e sócios, Cr$ 30,00, com direitoa ceia e bebida. Traje rigor e restamainda alguns convites.

Federal — mesa, CrS 70,00;convite individual, Cr$ 15,00 e CrS80,00 com direito a ceia e bebida (ca-valheiro e duas damas). Para umadama, 9 convite é Cr$ 30,00.

Sírio e Libanês — Cr$ 70,00 porconvidado e CrS 50,00 para sócio,com ceia e bebidas, além do caféda manhã. Traje passeio e aindarestam alguns lugares.'

Floresta — mesa, Cr$ 200,00.com ceia e sem bebida. Convite in-diviáual, Cr$ 20,00. Traje passeio.

Costa Brava — Cr$ 40,00 o con-vite individual, sem ceia ou bebida,traje passeio ou esporte. Cada me-sa terá uma garrafa de champanha.

AABB — cavalheiros, CrS 40,00,e damas, CrS 10,00, sem direito aceia. Mesa, CrS 40,00 no salão e CrS20,00 na passarela. Traje esporte.

Hípica — Cr$ 60,00, convidadose sócios, Cr$ 40,00, com ceia e be*bida à parte. O traje será esporte oufantasia e haverá show com Mon-sueto e suas mulatas.

CAELOSDRCMMONUDE ANDRADE

ESCRITORESNA COZINHA

A feijoada era oferecida a Pablo Nc-ruda, isso faz tempo, e quem a preparoufoi a romancista Jurema Finamour. Con-vidado a participar do bródio, não com-pareci. Hoje me arrependo palatalmen-te da omissão. Leio, com água naboca, a receita de feijoada de Jurema, quecomeça pelo panelão de barro e tem umasmilongas muito particulares, e sinto quea autora bem merece Prêmio Nobel deculinária. Pelo menos o voto de poetasilustres não lhe faltaria. Neruda, vidra-do, não quer saber de outra fórmula,quando volta ao Brasil. Vinícius de Mo-rais provou e aprovou. Nicolás Guillénabençoou:

— Esta foi a única feijoada que nãome fêz mal no Brasil!

Manda a verdade que se diga: Ra-quei de Queirós, também doutora cm for-no/fogão, tem sua versão própria de fei-joada, c por sinal, graças a tretas muitosuas, obtém a inocência do prato semcomprometer-lhe a qualidade. O referidoVinícius capricha na dele, em verso tãoapetitoso quanto a comida versificada. Opolítico e financista mineiro Mário Brantenriqueceu a literatura culinária comuma lição de feijoada igualmente poética,da qual afirmam técnicos que não perdepara nenhuma outra.

Mas a dc Jurema tem no papel, cacredito que terá na mesa forrada dc toa-lha xadrez, aquele sabor exclusivo da pin-tura ou sonata assinada por mestre: cadaobra de arte é um universo, independentede outros universos-obras-de-arte. Suamestria, atestada por provadores, está ho-je documentada nos dois livretos de recei-tas que ela publicou, prefaciados, sabempor quem? pela citada Raquel e por Antô-nio Houaiss, o grão-enciclopedista nosso,que a seus muitos saberes junta o de do-minar como raros brasileiros a delicadíssi-ma ciência de comer na hora certa, emporção certa, a iguaria certa — ou se-ja: o perfeito exercício do "segundo maiorprazer que é dado ao Homem c à Mulherna Terra", como diz êle.

Anoto com satisfação o interesse cres-cente do escritor brasileiro pelos negóciosda mesa, a que êle traz uma parcela consi-derável dc originalidade. A invenção, domdo artista, sente-se à vontade criando no-vas composições e renovando as antigas.Sobretudo, afeiçoando recursos naturaisnossos a uma culinária civilizada, e nãobárbara, para maior deleite do paladarsem agravo à saúde. E' comer e continuara viver, comer e não sair direto para oPronto-Socorro ou, quem sabe? para o ce-mitério dos exagerados.

Comendo a Gente se Entende e Comes. e Bebes sâo os pratos literários dc Jurema

Finamour, que neles dá as dicas mais em-polgantes na especialidade. Ela andou ex-perimentando receitas de batata chorrea-da na Colômbia, de sangria no Chile, deespanholada de camarões em Madri, masseu coração brasileiro está é interessadocm trazer para a mesa nacional, atravésdc calendário bem bolado, mês apósmês, a refeição inteligente que convémao clima e aproveita vegetais e animaisnossos.

Tempo dc abacate, ela recomen-da abacate com sal, em canapés, o quemataria de susto a vovozinha, mas pro-ve e diga se não é legal. Jurema atacatabus alimentares, cria a poesia da co-mida diferente, que se faz com recursoscomuns. E surgem a paçoca com melan-cia, a "sopa de verão mesmo", o "arroz

de milho verde sem mais nada", agrande

"caldeirada de Manaus", o pudim-de-cachaça e bossas mil que a graça no es-crever torna mais atraentes.

Cuidado, senhoras quituteiras deprofissão: o escritor vem aí, atacando desal e de açúcar, e ninguém pode com êle.Jurema, com seu nome de canto de ma-cumba, sabe os temperos, as temperatu-ras, os molhos, as manigâncias, as melo-dias, as vitaminas, os mistérios maismisteriosos da cozinha moderna. Ra-quei, Vinícius, Guilherme Figueiredo,Hoauiss, Silva Melo do alto de seus oi-tenfanos estão aí mandando a verdadei-ra brasa, que aliás não é brasa, é fogãoa gás!

JORNALDOBRASIL

CLASSIFICADOSRio de Janeiro - Terça-feira, 29-12-70 Parte inseparável do (ornai

CLASSIFICADOS HÁ 50 ANOSACHADOS I PERDIDOS — Cachorro fugido: daiapare-cau da Rua Santo Amaro, 135, um cachorro branco,lanrudo, loiado om forma de leão. Grallflca-ie a quemo lavar ou der noticiai na caia acima Indicada,

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ZONA SULflamenga — Rua Marquii dt Abranlai, 26 — loja E.¦otefoqe - Praia da Botafogo. 400 - SEARS.Copacabana - Av. N. S. de Copacabana, 410 — G. RitI.Pôst. 5 - Av. N. S. de Copacabana, I 100 - Iola E.Ipanema - Rua Vliconde de Pirali. 611-C.

ZONA NORTEPrata da Bandeira - Pça. da Bandeira, 109.Campe Orande - Av. -nano de Melo, 1 549 - Ag. da

Guindu Veículos,-•><.--'- — Av. Suburbana. 10134 — largo CaicaduraMadureira - Enrada do Porleia, 29 - lo|a E.M.i.r - Rua Diai da Cru». 74 - loi» B.Penka - Rua Plínio da Oliveira, 44 - loia M.Si. Cristóvão - Rua Sio luii Coniaga, II9-C.Tiiuca - Rua General Roca, 801 - loia f.Bon.gieiio — Ru* Boniucetto, 404 — Loji C.

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MAPA DO TEMPO-JB

CENTRO

¦*^4A. JtfMi tri» ^5í*^_L

ANALISE SINÔTICA DO MAPA DO ESCRITÓRIO DE METEO.ROIOOIA INTERPRETADA PELO JB - Frente fria com ativi-dade moderada (chuvai e Irovoadai). localizada no Rio Gran-de do Sul, panando ao Norte de Uruguaiana. Sul de SantaMaria e Sul de P6rto Alegre, eilendendoie p/ NW ateAnuncio, no Paraguai, linhai de initabilldade locatiiadai:uma a Oeite de Manaut orientada na direcio NE/SW e aaegunda tambim c/ a meime orientaçio localiiada a NWdoi Eiladoi do Rio de Janeiro e Guanabara, centro do Ei-lado de Sio Paulo, eitendendo-ie eté o Oeite de Santa Ca-tarlna. Anticictone tropical locall.ado a Eita do Enado doEioirito Santo, i6bra o mar a IB<>S a 34«W, com centro de1016 MB. Anticiclone polar com centro de 1024 MB, locali-«do nt coita do Chiú.

NO RIO O SOL

BOMCom nebuloiidade. Pencadaie trovoadai à tarde. Tempa-

raturai eitivel, elevada.

TEMPERATURAE TEMPO

NOS ESTADOS

_*_£NASC.: 5h05m

OCASO: I8h37m

A CHUVAChuva (em mm) recolhida

no pôí.o de Prece 15, no Rio:Ultimai 24 horai .... 0,0Acumulada este mí>. 139,1

Am.irnts - Pari - Tempo:nublado. Paneadai e trovoa-dai eipanai. Temperatura: ei-*av«l. ... ,Acre — Tempo: nublado, lem-peralura: estivei.Maranhio - Piau! - Caari -Tempo: nublado. Pancadai et-cariai. Temperatura: estivei.Rio Orande de Norte - Peral.ba - Pernambuco - Alagoai

Tempo: bom com nebulo*aidada. Temperatura: eitivel.Sergipe — Bahia — Tempo.bom com nebulosidade. Tem-peralura: eitivel.Minai Gerall - Tempo: bomcom nebuloiidade. Pancadas e«rovoadat aipanai a tarde.Temperatura: em ligeira eleva-

Espirito Santo — Tempo: bomcom nebuloiidade. Tempera-tura: em ligeira elevação.Rio de Janeiro - Ouanabara

Nitor&i - Tempo: bom comnabuloiidada. Pancadai a tro-voadai i tarda. Temperatura:etlivel, elevada.Sio Paulo - Tempo: bom comnebulolidade. Pancadai e tro-voadai eipanai à tarde. Tem-peralura: em ligeira elevação.Ooiil - Brasília - Tempo:bom com nebulolidade. Pan-eadat e trovoadai esparsas atarde. Temperatura: em ligai-ra elevação.Mate Orone — Tempo: bomcom nebulolidade, panandoa instável com chuvai e tro-voadal ao Sul. Temperatura:em elevação ao Norte, em de-cllnlo ao Sul.Parani - Tempo: Instivel comchuvai eipanai, melhorandono decorrer do período. -Temo.: "i*"»'

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OS VENTOS

De Norte e Noroeste fracos.Possibilidades de rajadas mo-

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;•¦ TEMPO NO MUNDO (UPNB)T.---..r«iurai mixlmai de ontem e prevlilo do tempo paraheílnaiddad- .egulntei. Buenoi Airei, 23,5o, nublado, Ba-rllóche (Argeníía), ló», nublado; Santiago (Chile), 21,8, cia-._. Monl-vldíu, 230, encoberto; Lima, 20,1°, encoberto; Bo-óoti 171°eniolarado; Caracai, 25°, parda menle nublado,Ka.a* Âl* Mixlco. 14°, nevoeiro forte, San Juan, P.R., 29o,cl.rofKtg.ton Jamaica, 27Ç, nublado,!.!, of Sp.in (Tri.BCi.i, oro nublado, Nova Iorque, 0,6», ensolarado, Miami,"50" '.niolarado™ Chicago, .6°, .•Moljrido):tlOi'-. Anftltt, ,?o,

,,,; ,',,,,-ni,. nuo ado, 5ão francisco, /", enuva, munn.-i, m-,S£h-rt_ neve- Quebec, 10°, encoberto, nave, Tóquio, 7°,iuhídn- Hong.Kong.20» claro, Amll.rdã, 2°, encoberto; Bei-nm.'dl%

emolarado; B.'»"- no. neve, Brux.la.. 4°. enco-berto; Copenhasue, nublado; Franclorle, 2o, neve; Ge-berto; «P»nn"X.io; ríelilnqui, 0O, nublado; Lisboa, 80, nu-___'' Inndrê, 1» encoberto; Madri, 4°, nublado; Moscou,?od°;enob.rtôí P.l.*'$ ^*m$P'

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HORÓSCOPOOIRAIOO 2IIDE

SIGNO SOLAR VIGENTE — Capricórnio —¦<2S de (!¦• _cmbro a 19 de Janeiro) — Neste íl*nal dc ano o So! encontra-se em Capricórnio,onde entrou no dia 22 dc' dezembro hs 3b30m,c entrará no próximo signo, o de Aquário, nodia 20 dc Janeiro dc 1971 ás 14h.4m, conformecálculos baseados nas Efemérides de Raphaclpara os anos dc 1970 e 1971 (Hora legal doRio de Janeiro).INFLUÊNCIAS ASTRAIS NO SIGNO SOLARDE CAPRICÓRNIO:PLANETA REGENTE — Saturno;ELEMENTO — Terra;DIA FAVORÁVEL — Sábado;PEDRA ZOl/IACAL — Onix brancoSIGNOS COMPATÍVEIS — Principais, Touroe Virgem, do mesmo elemento; secundários, Es-corplâo e Peixes.NOTA — O presente horóscopo é geral, base-ando-se na poslçfto do Sol nos signos zodiaculs.Os estudos Individuais, que somente fa-cmo.cm casos excepcionais c gratuitamente, neces-«itam de outros elementos.HORÓSCOPO SOLAR PARA HOJE — T.rça-íelra, dia 29 dc dezembro dc 1970:

ÁRIES21 da março a 19 de abril

Náo se preocupe demasiadamente com osproblemas que possam surgir em seu ambientede trabalho com colegas ou chefes. Dó maisnt.nçfto ii sua saúde. Os assuntos relacionadoscom transações que dependam de crédito, de-verão encontrar agora maiores facilidades.

*Ê

.. TOURO20 de abril a 20 de maio

Bom dia para Iniciar novos vínculos dequalquer tipo e melhor entendimento nos Jáexistentes. Os casados terão um dia harmônicoe feliz. Entretanto, poderão se apresentar oca-slôes de aborrecimentos com oa dependentes,ou, para os solteiros, desavenças no setor io-môntlco.

GÊMEOS21 de maio a 20 de junho

• Com o bom ambiente que você deverá en-contrai- hoje em seu setor dc trabalho, saúdeem plena forma e, inclusive com a colaboraçãodc todos, você terá possibilidades de maiorrendimento neste setor. NSo misture os assun-tos domésUcos e problemas familiares com oaprofissionais.

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m CÂNCER21 de junho a 22 de julho

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Dia negativo para pequenas viagens c pa-ra contatos com parentes chegados e pessoas àsua volta. Náo dè maior importância a noticiasdesagradáveis, cujo vulto rcnl náo será o queapresentam. Bons aspectos no campo senti-mental e afetivo, com alegrias c surpresas agra-diivcls.

LEÃO23 de julho a 22 de «gôslo

Os problemas relacionados com os família-res ou com os assuntos da residência, encontra-rão hoje circunstâncias favoráveis ;.ara seremsolucionados. Mas, seja parclonlcso nas despe-sas, adquirindo o estritamente necessário en&oee envolvendo em transoçóes duvidosas.

VIRGEM23 de agosto a 22 de telembro

Estão lavorecldas hoje as relações huma-nas em geral. Poderá receber uma agradávelnoticia que influirá favoravelmente cm seuanimo. Trocas de presentes e amabilldades.Entretanto, náo se descuide com sua aparén-cia pessoal c níio se deixe dominar por pensa-mentos pessimistas.

LIBRA23 dc aetembro a 22 de outubro

Seja menos confiante nas pessoas que nãoconhece bem, a ílm de nfio sofrer decepções.O departamento de seu horóscopo que rege asíinanças está hoje sob influências favoráveis,mas mantenha seus planos sob rigoroso sigilo.Lucros compensadores nas transações indlvl-duals.

ESCORPIÃO23 de outubro a 21 de novembro

Você poderá ter hoje uma surpresa desa-gradável com o procedimento de alsuém desuas relações, provavelmente com algum co-nheclmento ainda recente. Evite reuniões emseu circulo de amizades. Aproveite o dia pa-ra estudar os assuntos relacionados com seusnegócios particulares.

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m SAGITÁRIO22 de novembro a 21 de dezembro

As pessoas que ocupam posição de desta-que ou de direção, agora mais preocupadoscom os próprios problemas, não estarão dispôs-tos a atender seus desejos ou direitos. Aguardemelhor 'fase. Não obstante essas influênciasdissonantes, você poderá receber um apoioInesperado.

Si CAPRICÓRNIO22 de dezembro a 19 de janeiro

Não assuma compromissos em transaçõescom parentes por afinidade ou parentes deassociados, pois os resultados seriam desastro-sos. Evite viagens a localidades distantes. Boafase para contatos com amigos e Krupos, comperspectivas de lucros recíprocos compensado-res.

m AQUÁRIO20 de janeiro • 18 de fevereiro

Dia movimentado em assuntos sociais, compossibilidades de contatos com pes«>as queocupem posição de influência e estarão acessi-veis e propensos a cooperar com você. Iníluên-cias dissonantes para transações que dependamde crédito e cobranças de dividas antigas.m PEIXES

19 de fevereiro * 20 de março

Assuntos religiosos e intelectuais, assim co-mo os contatos e correspondência .om pessoasque se encontram distantes, estarão favoreci-dos neste dln. Influências negativas para inl-cio dc novos vínculos de qualquer tipo e desa-justes nus associações já existentes.

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LUZ

A Llght avisa que íimimhS, dia 30, quarta-feira, Interromperá o fornecimento do energiaelétrica no* «cgulntc logradouro»;

ZONA SUL — Na Gávea, entro 7h30m •17h, nuas Marquês de Bao Vicente, Dlonôia,Tenente Arantes Filho, Cedro, Tenente MareioPinto. Mary Pessoa, AeC; Estradas da Oavcac Santa Marinha.

8UDÚRBIO8 DA CENTRAL — No Enge-nho Novo, entre 7h30m e 14h, Ruas 24 do Maio,Barfto de Bom Retiro, Alan Kardcclc, CondcssaBelmonte, General Belegard, Maria Antonla •

ESTADO DO RIO — Em Suo Joio de Me-rltl, entre 6 e 17h, Ruas Fagundes Varela (par-tei, Niterói, Carioca. Tcrcsópolls, Santarém,Macaé, Maricá. B, C, D, E, 44. Soo Miguel, A.de Oliveira, Marco Antônio, Dr. Elras, Buca-reste. Silvestre, Tublral, Araguarl, Projetado, M.Costa, Recife, Jluponl, Santa Tercslnha, GamaCruz, Alagoas, Duque de Caxias, Síria, D. Ma-nucl Alagoos e outras; Avenidas Corpncl Ral-mundo Sampaio, Getúlio Vargas (parte), doComércio, Sao Paulo, Madri, Portugal, Brasil(parte), Sfto Jo&o de Meriti (parte) e Getúliode Moura (parte); Estrada Dona Clora (par-tc); Alameda Delta.

PAGAMENTOS DO BEG

O Banco do Estado da Guanabara crcdl-tara cm conta hoje, dia 29. através do suas 30agências metropolitanas, os vencimentos doGrupo 18: Servidores do Estado, Tribunal doJustiça. Tribunal de Alçada, Tribunal de Con-tas. Sursan. Suscme. Alcg. ADEG, IPEG. DER tFundação Leôo XIII.

NAVIOS

Depois de amanha deve chegar o navioAnn» C, trazendo turistas. Também estilo sen-do esperados no Rio os seguintes navios: tnrl*co C. rastrur e Glullo Ccsarc.

FARMÁCIAS

O Departamento de Fiscalização da Secre-tarla de Justiça Informa que sfto as seguintesas farmácias que permanecem abertas dia anoite: Piaui (Rua Francisco Blcalho. 1, loja206); Pedro II (Estoçao D. Pedro II. loja 20»;Voluntários (Rua Voluntários da Pátria. 18);Flamengo (Praia do Flamengo, 224-A); RftpldoNoite e Dia (Av. N. S. Copacabana, 103Í1-A,Posto 5); Santa Helena (Bua Barata Ribeiro,216-B Posto 2>; Granado (Rua Conde de Bon-fim 300); Santos Mendes (Rua Uranos, 1329)*Santa Rita (Rua Monsenhor Féllx, 504 Iraja»;Vasconcelos de Honórlo Gurgel (Rua das Safl-ras 246 Rocha Miranda); Vaz Lobo (Av. Min.Edgar Romero, 874, Vaz LôbO); Albion (Estradada Gávea. 454); Bandeiras <Av. Brasil n.923 188); Capanema (Rua Professor Hilarloo daRocha, 156); Helsl do Bangu (Rua da Feira,728); Amaral (Rua 24 de Maio, 1331); Tcboa(Rua Lucidio Lago, 481); Dias (Avenida Ante-nor Navarro. 530): Montanha Avenida 28 doSetembro, 326); Matoso (Rua do Matoso. 48),Allasd (Rua Ceará. 64); M. A. Ferreira da Fon-seca c Torres rflua Áurea, 30>; Santa Crua(Rua Lopes do Moura. 66); Tuplara (Estradade Scpetlba. 5 775); Campinho (Avenida Ernn-nl Cardo.-», 450); Moloar (Rua João Vlccnton.° 55).

VARIAS

A Unlno dos Proprietários de Escritórios daGuanabara vai homenagear amanha os conta-bllistas do Rio com um almoço no RestaurantaBicrklause. ••• Amanhft, ás 20 horas a Coope-ratlva Habitqclonal das Servidores do Estadoda Guanabara entregará as chaves de 70 apar-tamentos do tipo C a servidores cariocas A ce-rlmônla será realizada a Rua José Ortfc n£60. próximo ao Shopping Center do Méier.A Escollnha de Arte Girassol está Iniciando apromoção de seu curso de férias que se esten-derá até fevereiro. O horário das aulas variade acordo com a faixa de idade das crianças,sendo que podem se matricular inclusive as dodois anos. — Hoje. iis 17 horas, a Associiiçfiodos Sub:ficlals c Sargentos da Marinha come-mora o seu 63.' aniversário, com Scssfto Magnaem sua sede. à Rua Conselheiro Saraiva, 22.

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Saai£etoH-asAbado. *s 31h. Noite de Sambarom concurso para eleger o segundo mestrc-snlac porta-bandeira do Salgueiro. onMnmSocial liamos - Cinema, amanhã, ta 20h30m.com o filme As Confusões do Gordo e o Magro.Moitc Sinai - O conjunto Os Dalas o Odeonscrfto os responsáveis pela animação do rc-velllon no Monte Sinal.Montanha - Desembargadores, Juizes nd\o-gados e serventuários da justiça, reuniram-soi.o dia 18 na sfde do Montanha, em um jantara beira da piscina.Olímpico - O conjunto BIg Sete estará presentena passagem do ano no Olímpico.Country da Tijuca - Anjos Rebeldes, com.Ro-sallnd Russel, Haley Mlllcs. 6 filme que seráapresentado amanhã, ás 21h, no Country.Casa das Beiras - O Baile de rcvelllon daCasa das Beiras contará com a presença doConjunto-Orquestra MPB-7.Renascença - O departamento de esportes cmconjunto com o departamento social, promove,no dia 24 de Janeiro, uma excursão a NovaFrlburgo. Informações na secretaria do Renas-

Snins de Iraja — Os Boômios estão ensalan*.do todas sextas e domingos em sua quadra,na Rua Carolina Machado, 143, em Irajá.Centro Excursionista Brasileiro — O rcvelllondos associados do Central Excursionista serácomemorado na sede praiana em Cabo Frio.Associação Scholcm Alclchcm de Cultura e Re-creação — Sexta-feira a partir das 16h, Alyora-da, com barracas, brincadeu'ase reapresentaçoo .da peça teatral Balão Vermelho.Floresto — O révclllon marca o Inicio das tas-tividades comemorativos do 10." aniversário doFloresta. . , ,.Mangueira — Domingo, às 21h, ensaio da AlaDeixa Isso Pra Lá.Ginástico — Reunindo mais de 400 pessoas,entre servidores e seus familiares, membros da-diretoria, realizou-se o Natal do funcionáriodo Ginástico. Na ocasião, houve distribuiçãode presentes e um show de malabarlstas e hu-

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MÚSICA NAS FÉRIAS

O Conservatório Brasileiro de Música amm-cia para este mes o Inicio de vários cursos emsua sede. a Avenida Graça Aranha 57, 129, 139e 14' andares. Os cursos teriw e duração declnoo semanas e es Inscrições ainda podemser foltas. Alta Interpretação Planlstlea serádado pelo professor leques Klein; Regênciae Pratica Coral pelo maestro Isaac Karabtchevs-ky; Flauta Doce, por Dorls de Carvalho; Atlvlda-des Musicais para Professor*. Primários e Be-cundárlos, por Cecília Conde, Dórls Carvalhoe Heloísa Bltencourt; Iniciação « Muslcalizaçaopara Crianças por Dórls Carvalho, Maria Augu_-to e Leatrlce de Paiva e Flauta Doce • Instai-mento Orfí para Crianças (maiores de oito

anos) por Leatrlce de Paiva, Dórls Carvalhoe Maria Augusta.

INGLÊS E FRANCÊS NO MIS

O Museu da Imagem e do Som anuncia

o inicio de novas turnus de Inglês e Francês

para o més de Janeiro, em regime ir.teaslvo.

As lnformaçóes podem ser dadas na Praça Ma-

rechal Ancora n9 1 ou pelo telefone 242-5853.

ATÜAUZAÇAO EM RELAÇÕES PÚBLICAS

Também no Museu da Imagem e do BomBerâo promovidos cursos dc extensão cultural,em regime intensivo, oom duraçfio de três mesas,dentro do campo da Comunicação e Admlnls-traçüo. Os cursos a serem dados serio de Atuall-zaç&o em Relações Públicas e Chefia e Assesso-ramento. Há número de vagas limitado. Pelotelefone 242-5853 se dà detalhes.

CURSO LIVRE DE ATOR

O Teatro Ateller do Centro dos EstudantesMaranhenses (TACEM) e o Grupo PresençaTeatro vfio promover a partir dc Janeiro umcurso livre de ator, com duração de três me«ea,em sua sede no Largo do Machado 21, sala201, fundos, no horário das 20 as 21 horas. Asinformações podem ser pedida na própria sedecom o Sr. Edgar Ribeiro que será o responsável

pelas aulas de interpretação. Técnica de palcoestá a cargo de Amorim Ambróslo que explicaráas teorias sôbrc confecção de cenário, refletor,luz, etc.

PREVIMIL

A Previdência Social do Clube Militar anun-cia que em sua sede à Av. Rio Branco 251, 9»andar, são dados os detalhes sóbre os cursosde preparação dc candidatos ao Colégio Militar,Pedro II, instituto de Educação e outras escolas,

que são dados anualmente ali.

CONGRESSO NACIONAL DE BANCÁRIOS

Para o mês dc Julho de 1971 está sendo

programado o X Congresso Nacional de Banca-rios e Securitárlos que será realizado em PortoAlegre. As informações podem ser obtidas naAv. Graça Aranha, 19. grupo 904, na Confe-deração Nacional dos Trabalhadores nas Em-

presas de Crédito — Contec.

INSTITUTO DE TECNOLOGIA

O Instituto de Tecnologia ORT anunciaa abertura das inscrições de vários cursos paraJaneiro. Os referidos cursos equivalentes ao cur-so colegial, são reconhecidos pelo MEC e sãoos seguintes: Técnico de Eletrônica (diurno),Técnico de Administração (diurno e noturno).Técnico de Contabilidade (diurno e noturno)e Técnico de Secretariado (diurno e noturno).As informações são dadas na Rua Dona Maria-na 213, em Botafogo ou pelo telefone 226-3192,das 9 ás 12 e das 14 às 22 horas.

SEMINÁRIO DE MÚSICA

Ainda no Museu da Imagem e do Somserá realizada um seminário dc música sob adireção do maestro Guerra Peixe. As Informa-ções e inscrições podem ser obtidas no próprioMuseu.

INGLÊS NO SQUEMA

A partir desta semana estão abertas asInscrições para o concurso de bôlsas-de-estudoao curso de inglês do Squema. As informaçõessão prestadas na Rua Álvaro Alvim. 21, 13.»andar; na Rua Haddock Lobo 200, 49 andar.Av. Copacabana 605, 9.° andar, ou pelos tele-fones 235-1777 e 222-3917.

MERCADO DE CAPITAIS

O Fundo Apoio de Investimentos anuncia

para o dia 4 de Janeiro o inicio de um cursoBôbre Mercado de Capitais. As inscrições sáolimitadas e Já podem ser feitas na Av. Rio Bran-co 37, sala 1808 no Centro. O curso será dado

pelo economista Dlógcnes de Abreu Carneiroe haverá dois horários: das 9 as 12 e das 14as 18 horas.

CARDIOLOGIA

A Escola Médica do Pós-Graduação da PUOanuncia que estão abertas as inscrições parao curso de Cardlologla. Os interessados devementrar em contato com o Dr. Carvalho de Azeve-do no telefone _37-8585.

ACM DÁ CURSO

A Associação Cristã de Moços anuncia oinicio de 25 cursos durante o uno de 1971. Da4 a 8 de Janeiro será realizado um semináriopedagógico sóbre o manejo de classes primáriase psicologia infantil. As informações detalhadassão dadas pelo telefone 230-4889, com a respon-sàvel pelos cursos, professora Fernanda Barce-los. -

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VERTICAIS: 1 — o relâmpago, na linguagemdos Índios; 2 — prostração de forças em con-seqüência de exercícios ginásticos; 3 — primei-ra corda da viola; 4 — que destroem Imagensreligiosas, Ídolos ou estátuas, assim como pro-curam destruir Idéias, tradições e opiniões es-tabelecidos; 5 — pó miúdo, poalha; 6 — rochaserpentina, que é o cloritoxlsto ou pedra oltir;7 — Irônico, sardônlco; próprio de pessoa In-crédula; 8 — certa casta de uva; 9 — décimaquarta letra do alfabeto georglano; 10 — sufi-xo que denota o grau de oxldaçao mínima deum metelóide ou metal (pl.>; 15 — que temmanchas pequenas: 17 — pequena sela; sellm;20 — chefes de tribos alricanas; régulos; 22 —esvaziar; 24 — em lugar distante da pessoa queíala, e daquela com quem se fala; 27 — locall-dade da Arábia mencionada no Alcorão.

COLABORAÇÃO DE NOSSOS LEITORES

Este espaço é reservado a sua colaboraçfto.Envie os seus problemas observando as regrasde cada espécie e citando os dicionários utili-zados.

LOGOGRIFO

(aplicação das letras do conceito na formaçãodas parciais)1 — Todo SER (5-6-4-5) humano deve

POSSUIR (4-5-3) FORTE (1-8-7-5-6-7-5)APRESENTAÇÃO (1-2-3-4-5) fazer tudo comTINO (4-5-6-7-8). Para agir assim n&o é pre-ciso ser gênio ou PRODÍGIO.

Cláudia Gontljo de Andrade — Belo Horizonte

GALERIA DOS CHARADISTAS

Euclides Vllar

Foi sem duvida um dos grandes cnlgmlstaado Brasil, desaparecido em 1953.

Nasceu na cidade de Taperoá (Paraíba), nomês de maio, em um dia 8, advindo dal tal-vez o seu lirismo de bardo inspirado e senti-mental; ainda por coincidência ou força dodestino, também, deixou este mundo em umdia do mês de maio (mês das flores).

tvlllitou no enlgmlsmo, por mais de 30 anos,dedicando-se a todo gênero de problemas, compredilcçfio especial pelas novíssimas c logogri-íos. Foi várias vezes campeão de declfraçfto cprodução, tendo em 1948, sido eleito como oAs dos Compositores, do Almanaque Sul-Ame-rlrnno. Modesto ao extremo, grande amigo queconquistava amizades pessoalmente ou a dis-tancla, juntamente com sua esposa Apolôniaíormava uma dupla de simpatia. Respondendoa uma enquete disse certa feita: "O charadis-mo tem como primordial escopo conquistar aamizade de bons colegas e desenvolver o raclo-cínlo."

Colaborou em quase todas as publicaçõesespecializadas do Brasil e Portugal: fundou edirigiu o Almanaque de Bonito, íol redator doJornal A Evolução na mesma localidade.

Em 1930, fixou residência em CampinaGrande, como bom fotógrafo estabeleceu-se como Foto Vllar; nos anos de 1933 c 1934, deu á luzda publicidade o Almanaque de Campina Gran-de, sem dúvida alguma foi uma ótima publi-cação.

Seus inúmeros troféus alcançados durantetantos anos de militancia são difíceis deenumerar, pela quantidade, mesmo assim ano-tamos suas vitórias nos almanaques De Per-nambuco, Do Estado da Paraíba, Do Asa, BrasilPortugal e em quase todas as revistas e seçõesfoi vencedor, especialmente como compositorem seu próprio nome e com os pseudônimos daPríncipe Normando e Romeu do Prado.

Em outubro de 1953 a revista Charadlsmo eCruzadismo, órgão oficial do CEC, lançou oTorneio Euclides Vllar; também Datrlnde seugrande amigo, dedicou em 1945 um belíssimotorneio no Almanaque do Mensageiro da Fé,em memória do notável vate nordestino.

E assim, meus leitores, partiu para a últi-ma morada, este grande amigo, que será sem-pre lembrado pelos seus contemporâneos e ser-virá de estímulo para os novatos, pois a suaprojeção no cenário enlgmtstlco, não foi feitaatravés de pontos indecifráveis, pelo contrário,foram a facilidade, a rima espontânea e ma-viosa que fizeram de Euclides Vllar, um poetade classe e um enlgmlsta de escol. O seu nomeficou perpetuado na história enlgmlstlca nacio-nal e-íol multo bem aproveitado pelos seus co-estaduanos, ao fundarem em Campina Grandeo Grêmio Charadístico Euclides Vllar.

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