MARÇO DE 2018 - EDIÇÃO 422 R E V I S T A Vitrine do agronegócio recebe mais de 265 mil visitantes Unicoop leva informações e novos conhecimentos ao campo Dilvo é reeleito presidente Com nova identidade visual e slogan, a Cooperativa de Crédito Rural elege diretoria, define planos e metas e se prepara para dias ainda melhores Juntos nós podemos
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Juntos nós podemos - Coopavel · 2018-04-02 · +30 ANOS Sinônimo de superação e talento Pág. 10 Nesta Edição + MATÉRIA DE CAPA + ENTREVISTA + E MAIS + COLABORAM NESTA EDIÇÃO
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M A R Ç O D E 2 0 1 8 - E D I Ç Ã O 4 2 2
R E V I S T A
Vitrine do agronegócio recebe mais de 265 mil visitantes
Unicoop leva informações e novos conhecimentos ao campo
Dilvo é reeleito presidente
Com nova identidade visual e slogan, a Cooperativa de Crédito Rural elege diretoria, define planos e metas e se prepara para dias ainda melhores
Inspirado nas melhores universidades do mundo, a Univel está construindo seu Centro Tecnológico para comportar os novos cursos das áreas da saúde eengenharia.
Infraestrutura moderna, tecnológica e com salas e lab-oratórios de última geração estão entre os diferenciais. Agronomia
Arquitetura e UrbanismoBiomedicinaEducação FísicaFisioterapiaMedicina VeterináriaNNutrição
AdministraçãoCiências ContábeisPedagogia
@ U N I V E L O F I C I A L
A G E N D E S U A P R O V AU N I V E L . B R 3 0 3 6 . 3 6 6 4
D E B O L S AI N C E N T I V ON O S N O V O SC U R S O SP R E S E N C I A I S
NOVOS
CURSOS
+ + +
PRESENCIAIS EAD
Iluminaçãonatural
Princípiossustentáveis
Estruturacom 5 mil M2
Salas elaboratórios
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REVISTA COOPAVEL4 REVISTA COOPAVEL 5
MEnSAgEM do pApA MEnSAgEM do pApA
Amados irmãos e irmãs!
Mais uma vez vamos encontrar-nos com a Páscoa do Senhor! Todos
os anos, com a finalidade de nos preparar para ela, Deus na sua provi-
dência oferece-nos a Quaresma, «sinal sacramental da nossa conver-
são»,[1] que anuncia e torna possível voltar ao Senhor de todo o coração
e com toda a nossa vida.
Com a presente mensagem desejo, este ano também, ajudar toda a
Igreja a viver, neste tempo de graça, com alegria e verdade; faço-o dei-
xando-me inspirar pela seguinte afirmação de Jesus, que aparece no
evangelho de Mateus:
Essa frase situa-se no discurso que trata do fim dos tempos, pronun-
ciado em Jerusalém, no Monte das Oliveiras, precisamente onde terá
início a paixão do Senhor. Dando resposta a uma pergunta dos discí-
pulos, Jesus anuncia uma grande tribulação e descreve a situação em
que poderia encontrar-se a comunidade dos crentes: à vista de fenôme-
nos espaventosos, alguns falsos profetas enganarão a muitos, a ponto
de ameaçar apagar-se, nos corações, o amor que é o centro de todo o
Evangelho.
Escutemos este trecho, interrogando-nos sobre as formas que assu-
mem os falsos profetas? Uns assemelham-se a «encantadores de ser-
pentes», ou seja, aproveitam-se das emoções humanas para escravizar
as pessoas e levá-las para onde eles querem. Quantos filhos de Deus
acabam encandeados pelas adulações de um prazer de poucos instan-
tes que se confunde com a felicidade! Quantos homens e mulheres vi-
vem fascinados pela ilusão do dinheiro, quando esse, na realidade, os
torna escravos do lucro ou de interesses mesquinhos! Quantos vivem
pensando que se bastam a si mesmos e caem vítimas da solidão!
Outros falsos profetas são aqueles que oferecem soluções simples e
imediatas para todas as aflições, mas são remédios que se mostram
completamente ineficazes: a quantos jovens se oferece o falso remédio
da droga, de relações passageiras, de lucros fáceis mas desonestos!
Quantos acabam enredados numa vida completamente virtual, onde
as relações parecem mais simples e ágeis, mas depois revelam-se dra-
maticamente sem sentido! Esses impostores, ao mesmo tempo que
oferecem coisas sem valor, tiram aquilo que é mais precioso como a
dignidade, a liberdade e a capacidade de amar. É o engano da vaidade
que nos leva a fazer a figura de pavões para, depois, nos precipitar no
Quaresma, o remédio doce da oração, da esmola e do jejum
ridículo; e, do ridículo, não se volta atrás. Não nos admiremos! Desde
sempre o demónio, que é «mentiroso e pai da mentira» (Jo 8, 44), apre-
senta o mal como bem e o falso como verdadeiro, para confundir o co-
ração do homem. Por isso, cada um de nós é chamado a discernir, no
seu coração, e verificar se está ameaçado pelas mentiras desses falsos
profetas. É preciso aprender a não se deter no nível imediato, superfi-
cial, mas reconhecer o que deixa dentro de nós um rasto bom e mais
duradouro, porque vem de Deus e busca verdadeiramente o nosso bem.
Um coração frio
Na Divina Comédia, ao descrever o Inferno, Dante Alighieri imagina
o diabo sentado num trono de gelo; habita no gelo do amor sufocado.
Interroguemo-nos então: Como se resfria o amor em nós? Quais são os
sinais indicadores de que o amor corre o risco de se apagar em nós?
O que apaga o amor é, antes de mais nada, a ganância do dinheiro, «raiz
de todos os males» (1 Tm 6, 10); depois dela, vem a recusa de Deus e,
consequentemente, de encontrar consolação n’Ele, preferindo a nos-
sa desolação ao conforto da sua Palavra e dos Sacramentos. Tudo isto
se permuta em violência que se abate sobre quantos são considerados
uma ameaça para as nossas «certezas»: o bebé nascituro, o idoso doen-
te, o hóspede de passagem, o estrangeiro, mas também o próximo que
não corresponde às nossas expetativas.
A própria criação é testemunha silenciosa desse resfriamento do amor:
a terra está envenenada por resíduos lançados por negligência e por in-
teresses; os mares, também eles poluídos, devem infelizmente guardar
os despojos de tantos náufragos das migrações forçadas; os céus – que,
nos desígnios de Deus, cantam a sua glória – são sulcados por máqui-
nas que fazem chover instrumentos de morte.
E o amor resfria-se também nas nossas comunidades: na Exortação
apostólica Evangelii gaudium procurei descrever os sinais mais evi-
dentes dessa falta de amor. São eles a acédia egoísta, o pessimismo
estéril, a tentação de se isolar empenhando-se em contínuas guerras
fratricidas, a mentalidade mundana que induz a ocupar-se apenas do
que dá nas vistas, reduzindo assim o ardor missionário. Se porventura
detectamos, no nosso íntimo e ao nosso redor, os sinais acabados de
descrever, saibamos que, a par do remédio por vezes amargo da verda-
de, a Igreja, nossa mãe e mestra, nos oferece, neste tempo de Quaresma,
o remédio doce da oração, da esmola e do jejum.
Dedicando mais tempo à oração, possibilitamos ao nosso coração des-
cobrir as mentiras secretas, com que nos enganamos a nós mesmos,
para procurar finalmente a consolação em Deus. Ele é nosso Pai e quer
para nós a vida. A prática da esmola liberta-nos da ganância e ajuda-
-nos a descobrir que o outro é nosso irmão: aquilo que possuo, nunca é
só meu. Como gostaria que a esmola se tornasse um verdadeiro estilo
de vida para todos! Como gostaria que, como cristãos, seguíssemos o
exemplo dos Apóstolos e víssemos, na possibilidade de partilhar com
os outros os nossos bens, um testemunho concreto da comunhão que
vivemos na Igreja. A esse propósito, faço minhas as palavras exortati-
vas de São Paulo aos Coríntios, quando os convidava a tomar parte na
coleta para a comunidade de Jerusalém: «Isto é o que vos convém» (2
Cor 8, 10). Isto vale de modo especial na Quaresma, durante a qual mui-
tos organismos recolhem coletas a favor das Igrejas e populações em
dificuldade. Mas como gostaria também que no nosso relacionamento
diário, perante cada irmão que nos pede ajuda, pensássemos: aqui está
um apelo da Providência divina. Cada esmola é uma ocasião de tomar
parte na Providência de Deus para com os seus filhos; e, se hoje Ele Se
serve de mim para ajudar um irmão, como deixará amanhã de prover
também às minhas necessidades, Ele que nunca Se deixa vencer em ge-
nerosidade?
Por fim, o jejum tira força à nossa violência, desarma-nos, constituin-
do uma importante ocasião de crescimento. Por um lado, permite-nos
experimentar o que sentem quantos não possuem sequer o mínimo
necessário, provando dia a dia as mordeduras da fome. Por outro, ex-
pressa a condição do nosso espírito, faminto de bondade e sedento da
vida de Deus. O jejum desperta-nos, torna-nos mais atentos a Deus e
ao próximo, reanima a vontade de obedecer a Deus, o único que sacia
a nossa fome.
Gostaria que a minha voz ultrapassasse as fronteiras da Igreja Católi-
ca, alcançando a todos vós, homens e mulheres de boa vontade, aber-
tos à escuta de Deus. Se vos aflige, como a nós, a difusão da iniquidade
no mundo, se vos preocupa o gelo que paralisa os corações e a ação, se
vedes esmorecer o sentido da humanidade comum, uni-vos a nós para
invocar juntos a Deus, jejuar juntos e, juntamente conosco, dar o que
puderdes para ajudar os irmãos!
O fogo da Páscoa
Convido, sobretudo os membros da Igreja, a empreender com ardor o
caminho da Quaresma, apoiados na esmola, no jejum e na oração. Se
por vezes parece apagar-se em muitos corações o amor, este não se
apaga no coração de Deus! Ele sempre nos dá novas ocasiões para po-
dermos recomeçar a amar.
Ocasião propícia será, também este ano, a iniciativa «24 horas para o
Senhor», que convida a celebrar o sacramento da Reconciliação num
contexto de adoração eucarística. Na noite de Páscoa, reviveremos o
sugestivo rito de acender o círio pascal: a luz, tirada do lume novo, pou-
co a pouco expulsará a escuridão e iluminará a assembleia litúrgica.
A luz de Cristo, gloriosamente ressuscitado, nos dissipe as trevas do
coração e do espírito, para que todos possamos reviver a experiência
dos discípulos de Emaús: ouvir a palavra do Senhor e alimentar-nos do
Pão Eucarístico permitirá que o nosso coração volte a inflamar-se de
fé, esperança e amor. Abençoo-vos de coração e rezo por vós. Não vos
esqueçais de rezar por mim. ∏
“Porque se multiplicará a iniquidade, vai resfriar o amor de muitos.
”(Mt 24,12)
REVISTA COOPAVEL6 REVISTA COOPAVEL 7
pAlAVRA do pRESIdEnTE SuínoCulTuRA
O aprendizado e como fazer bons negóciosQuando os assuntos são negócios, nunca paramos de aprender. As empre-
sas são amplas demais, muitas atividades e com muitos centros de apoio,
além da grande burocracia e da legislação. E tudo muito dependente de
tecnologia e trabalho profissional. Quanto maior for o negócio ou quanto
maior a empresa, maiores também serão os riscos. Quando os assuntos
são negócios, nunca paramos de aprender.
As experiências são fundamentais para enfrentar os desafios e aproveitar
as oportunidades dos negócios no mundo de hoje. Mas a experiência não é
tudo no profissional. Devemos ter consciência que nunca podemos parar
de aprender. Porque os negócios mudam e evoluem com as tecnologias.
O fato é que estamos vivendo em um mundo de muita evolução. De certa
forma não há dúvida de que fazer negócios nunca foi tão desafiador.
A economia brasileira está crescendo abaixo da média mundial e o gover-
no intervém demasiadamente. As competições regionais e globais estão
mais agressivas e a tecnologia obriga que tudo avance cada vez mais rápi-
do. Ao mesmo tempo, os jovens profissionais que terminam cursos supe-
riores e são contratados pelas empresas e pelas cooperativas sabem mais
sobre tecnologias e sua aplicabilidade, mas ao mesmo tempo não têm
experiência nos negócios, no funcionamento das empresas, nas linhas de
produção e principalmente na gestão de equipe.
E por que temos grandes gestores com muita experiência que perdem
espaço para os jovens recém-formados? A resposta é porque param no
tempo. Não se reciclam e não buscam o aprendizado contínuo. Ao mes-
mo tempo, vivemos em uma era de que os processos de produção e os
resultados parecem ser aprimorados a cada piscar de olhos. Por isso, os
experientes perdem espaço por falta de continuidade no aprendizado. To-
davia, aqueles que buscam o conhecimento contínuo são imbatíveis nos
negócios.
Em 1925, o presidente norte-americano Calvin Coolidge disse a famosa
frase “O principal negócio do planeta são os negócios”. Todas as pessoas,
em todos os lugares, estão fazendo algo, vendendo algo, criando algo ou
construindo algo. Essa é a verdade do eterno empreendedorismo, pes-
soal e profissional, em organizações pequenas e grandes, em economias
velhas ou novas, em todas as organizações e em todas as cooperativas.
O exemplo mais atual é o Show Rural Coopavel, que foi o maior sucesso,
superando todas as expectativas e também é uma atividade econômica da
Coopavel assim como são todas as atividades da cooperativa.
O MBA da vida real é um aprendizado, mas precisamos saber outras coi-
sas sobre os negócios. Sem aprender as novidades tecnológicas e outros
conhecimentos não venceremos no mercado. Criar uma estratégica que
não fique ultrapassada com o tempo, dar a volta por cima depois de uma
rasteira da concorrência, estimular o crescimento em um ambiente des-
favorável da economia é obra de profissionais experientes e atualizados.
Outro aspecto na área da gestão é quando o líder fica em lugar diferente
e distante da área de produção. Com isso, não garante a produtividade ou
também aquele que terceiriza toda a gestão, se caracterizando como o ge-
neral que fica encastelado no quartel e não vai para a frente da batalha. O
novo modelo de liderança consiste em dois fundamentos extremamente
necessários, que são experiência e conhecimentos atualizados. Finalizo
expressando a meta da Coopavel para o ano de 2018, que é de crescimento
de 10% no faturamento e redução de 10% nas despesas de cada centro de
custos.. ∏
Dilvo Grolli Presidente do Conselho de Administração da Coopavel
O jejum de suínos no manejo pré-abateMarcelo António Felipe, responsável técnico Gesuínos
O manejo de pré-abate começa no preparo dos animais ainda dentro da
granja e abrange até a condução para o caminhão, o transporte, e – já
no frigorífico -, o desembarque e acomodação para o abate. Durante
todas essas fases, os suínos sofrem estresse pela interação homem-a-
nimal e também pela mudança de ambiente. Isso pode comprometer o
bem-estar e, consequentemente, a qualidade da carne. Para ajudar a
reduzir o estresse em todas essas etapas, uma das práticas adotadas
no manejo pré-abate é o jejum dos animais.
O jejum deve ser iniciado no período que antecede o embarque e trans-
porte dos animais ao frigorífico, com retirada total de alimentos só-
lidos (ração) da dieta, garantindo livre acesso dos animais à água. O
tempo de jejum recomendado é de 8 a 12 horas, podendo variar confor-
me o sistema de produção, tipo de alimentação, tempo e distância de
transporte. Contudo, o tempo total de jejum (do preparo do animal, na
granja, até a insensibilização, no frigorífico) não deve ultrapassar 24
horas, pois acima desse tempo a qualidade da carcaça é afetada.
A prática do jejum evita vômito e congestão durante o transporte, o
que pode ocasionar a asfixia do animal. Assim, como os animais estão
com seus estômagos vazios, é possível também reduzir a mortalida-
de durante o transporte. O jejum também facilita o abate e diminui as
chances de contaminação da carcaça por bactérias (principalmente
Salmonela sp.), já que reduz a quantidade de dejetos que chegam ao
frigorífico.
Assim como outros manejos no pré-abate, o jejum é uma prática de
extrema importância. Por ser a etapa final da produção de suínos, a
recuperação do produto que for prejudicado é extremamente peque-
na, justificando as técnicas de manejo para o bem-estar animal. Para
o produtor, o jejum dos animais proporciona uma melhor qualidade do
lote, sem comprometer o rendimento financeiro da granja. Já a indús-
tria ganha com a obtenção de um produto final de melhor qualidade
para o consumidor e com maior retorno financeiro. ∏
Jejum é uma das práticas empregadas para diminuir o estresse entre os animais que seguem para o abate
Melhores produtores de suínos de fevereiro de 2018
produtor C.R. C.A. gpd Idade Mort.% Mão de obra Tipo de comedouro
Joacir Antonio Maciel Scherer
2,117 1,869 0,96228 104,19 0,82% Familiar Tampão
Wilson Donassolo 2,134 1,896 0,91784 109,49 1,59% Familiar Tampão
Dilvo é reeleito em especial momento para a cooperativaFase de crescimento é das mais intensas entre as já registradas em quase cinco décadas de história da Coopavel
O agropecuarista Dilvo Grolli foi reeleito por aclamação, em assembleia
geral no dia 22 de janeiro, presidente do Conselho de Administração da
Coopavel para mandato de quatro anos (2018/2022). A prestação de con-
tas, com leitura do relatório da gestão, balanço, destinações e eleição, foi
realizada no auditório da sede da cooperativa, no Parque São Paulo, e
contou com expressivo número de cooperados. Autoridades também par-
ticiparam, como o presidente da Ocepar, José Roberto Ricken, e o ex-presi-
dente da Coopavel, Ibrahim Faiad.
Um dos dados apresentados por Dilvo evidenciam o especial momento vi-
vido pela cooperativa, que é uma das maiores do Paraná e do Brasil. “Cres-
cemos em quase 50% no número de associados em apenas cinco anos, o
maior índice de evolução do quadro cooperado em 47 anos de história.
Essa é uma clara demonstração da força e da pujança dos pilares do coo-
perativismo”, ressalta o diretor-presidente. Em 31 de dezembro de 2017, o
número de cooperados chegava a 5.066.
Em sua mensagem aos cooperados, publicada na página sete do relatório
anual disponibilizado na ocasião, Dilvo Grolli afirma: “O crescimento da
Coopavel faz parte de um processo regional com base nos princípios do
cooperativismo, com alinhamento estratégico de agregar valor aos pro-
dutos agropecuários, fomentando as atividades dos cooperados, gerando
retorno financeiro e permitindo o desenvolvimento econômico em equi-
líbrio com o social e o meio ambiente. Assim, melhoramos a competiti-
vidade e fortalecemos cada vez mais a defesa dos produtores rurais e do
agronegócio brasileiro”.
Geoeconomia
Novas configurações políticas, econômicas e até sociais ocorrem com
força em todo o mundo, principalmente nas últimas décadas. Atento ao
cenário, Dilvo citou a importância das cooperativas para manter pro-
dutores unidos e amparados diante dos cenários de fortes mudanças no
globo. A ascensão chinesa é analisada com atenção, principalmente pelas
aquisições de empresas estratégicas do agronegócio que grupos daquele
país têm feito ultimamente. Inclusive empresas brasileiras já estão nas
mãos do capital chinês.
Assembleia foi realizada no dia 22 de janeiro, no auditório da sede
O presidente reeleito, Dilvo Grolli, fala sobre avanços e importância do movimento cooperativista
A cooperativa, ressaltou o presidente reeleito, é a conexão dos produtores
rurais com o mercado internacional. “Somos força e união, por isso os con-
ceitos que regem esse movimento tão intenso precisam ser conhecidos,
praticados e valorizados”. Dilvo citou outros números do desempenho da
Coopavel, como de crescimento na recepção de grãos, na distribuição an-
tecipada aos cooperados de R$ 23 milhões (sobras do exercício chegaram
a R$ 30 milhões) e dos investimentos feitos nos últimos anos.
A expectativa para 2018 é das melhores para a Coopavel, com previsão de
resultado operacional de R$ 60 milhões. Entre as metas para o atual exer-
cício estão ampliações das unidades de produção de leitões e de abate de
suínos (três mil cabeças/dia) e abertura de novas filiais, além de melho-
rias em outras. Uma das principais mudanças na diretoria do Conselho de
Administração foi a do vice-presidente Rudinei Grigoletto, lembrado com
ênfase por Dilvo durante a assembleia. Rudinei dá lugar a Jeomar Trivilin,
sócio da cooperativa desde 1999.
Além de alteração de um terço dos nomes do de Administração, houve mu-
danças na mesma proporção também, durante a assembleia do dia 22 de
janeiro, no Conselho Fiscal (mandato de um ano). ∏
Crédito: Myckael Allan
Evoluçãoem númerosA Coopavel experimenta uma desuas fases mais próspera s desde a suafundação, em 15 de dezembro de 1970. Osnúmeros explicam melhor esse momento:
faturamento:
2012 2015 2017
2,11,95
1,4
bilhõe s
lucro:
2012 2015 2017
30 40,1
14
milhõe s
Investimentos:
2012 2015 2017
64
99,7
34,7
milhõe s
Abate de suínos:
2012 2015 2017
396,2
267,6226,8
milhõe s
Abate de aves:
2012 2015 2017
57,5
46,2
48,4
milhõe s
Recepção de grãos:
Mil tonelada s
2012 2015 2017
952805,7
618,3
Associados:
2012 2015 2017
5.066
4.6483.427
Pessoa s
funcionários:
2012 2015 2017
5.892
5.254
4.607
Pessoa s
REVISTA COOPAVEL10 REVISTA COOPAVEL 11
30 AnoS 30 AnoS
Sinônimo de superação e talentoOrganizar um evento com as dimensões e números do Show Rural Coo-
pavel é um exercício permanente de superação e talento. Cada edição é
o reflexo da dedicação, da cooperação e da sinergia de diretores, coope-
rados, colaboradores e os mais diversos parceiros da cooperativa, que
é uma das maiores do Paraná e do Brasil – ela ficou em segundo lugar
entre as melhores no ranking nacional da Dinheiro Rural, de dezembro
de 2017, na categoria Cadeia da gestão produtiva.
Os trabalhos em torno da organização da feira seguem o ano inteiro.
Durante nove meses, cerca de 45 pessoas são mantidas na área que
anualmente, desde a primeira edição em 1989, recebe o evento. A par-
tir do fim de novembro o número de pessoas envolvidas nos prepara-
tivos cresce exponencialmente e atinge o ápice na semana de visitação,
quando mais de 4,1 mil pessoas são ocupadas em inúmeras funções e
atribuições. Somente da Coopavel, entre funcionários e terceirizados,
são 1,1 mil pessoas.
O diretor-presidente da Coopavel, Dilvo Grolli, informa que o Show
Rural Coopavel é carinhosa e cuidadosamente preparado desde a sua
primeira edição, quando participaram 15 empresas e 110 visitantes.
“Somos a terceira maior do mundo, mas o objetivo constante é ser a
melhor em qualidade, em recepção e em eficiência no repasse de infor-
mações, conhecimentos e tecnologias aos agricultores”. E as novida-
des foram muitas de 5 a 9 de fevereiro últimos, como o funcionamento
pela primeira vez em uma feira tecnológica na América do Sul de um
robô ordenha, da ênfase dada à biossegurança e de lançamentos em
máquinas e cultivares. Sustentabilidade e proteção ao meio ambiente
também são metas permanentes do evento.
Um dos momentos especiais foi o anúncio mundial feito pela DowDu-
pont, que lançou durante o evento em Cascavel a sua nova marca global
de distribuição de sementes, a Brevant. A Embrapa, entre outras, fize-
ram lançamentos para a agricultura e as instituições financeiras dis-
ponibilizaram volume recorde de recursos para uma edição do Show
Rural Coopavel, de R$ 2,5 bilhões. “Muitos se dedicaram e trabalharam
para fazer dessa uma edição histórica. Quero agradecer a cada um pela
determinação, carinho e entusiasmo”, diz o diretor geral da feira, Ro-
gério Rizzardi. ∏
Conhecida como a terceira maior do mundo, feira quer ser a melhor em qualidade, recepção e tecnologias
Mais de 5,4 mil experimentos foram apresentados durante a edição mais recente da feira
Parte da equipe que atuou na 30ª edição, de 5 a 9 de fevereiro
Brevant, anúncio mundial da distribuidora de sementes foi feito pela DowDupont
“Nosso desafio permanente é fazer o Show Rural Coopavel melhor a cada edição
”
+ R$ 1,8 bilhão em negócios + R$ 2,5 bilhões oferecidos em crédito
+ 265.350 visitantes + 530 expositores
+ 5,4 mil parcelas experimentais + 4,1 mil trabalhadores envolvidos
na feira
Acir palaoro, coordenador técnico do Show Rural Coopavel 2018
Fotos: Myckael Allan
REVISTA COOPAVEL12 REVISTA COOPAVEL 13
30 AnoS 30 AnoS
Um palco para grandes líderes
Já nas primeiras edições, a partir do início dos
anos de 1990, o Show Rural Coopavel, além de
agricultores, técnicos e empresas, passou a
atrair olhares de alguns dos mais importan-
tes líderes empresariais, governamentais e do
agronegócio brasileiro.
Na edição de 30 anos, desenvolvida de 5 a 9 de
fevereiro, o diretor-presidente da Coopavel,
Dilvo Grolli, cooperados e outros líderes de
Cascavel e região recepcionaram algumas das
mais importantes personalidades da atuali-
dade nacional.
Passaram pelo parque onde acontece a feira
os pré-candidatos à presidência Álvaro Dias
(senador) e Jair Bolsonaro (deputado federal),
o ministro da Agricultura e Pecuária, Blairo
Maggi (senador), o governador do Paraná,
Beto Richa, os vice-governadores do Paraná e
Rondônia, Cida Borghetti e Daniel Pereira,
além de diversos secretários de Estado, entre
eles Norberto Ortigara (Agricultura), Pepe
Richa (infraestrutura) e Valdir Rossoni (Casa
Civil). O ex-senador Osmar Dias, pré-candi-
dato ao governo estadual, também esteve na
feira.
O senador Álvaro Dias, que há anos prestigia o Show Rural Coopavel, também esteve no parque
Líderes em recepção ao pré-candidato à presidência da República, Jair Bolsonaro
O coordenador do Show Rural Coopavel, Rogério Rizzardi,
Ratinho Junior e Dilvo
O prefeito de Cascavel, Leonaldo Paranhos, o presidente do Banco do Brasil,
Paulo Rogério Caffarelli, o ministro da Agricultura, Blairo Maggi e Dilvo
Dilvo e Osmar Dias, ex-senador e pré-candidato
ao Governo do Paraná em visita à 30ª edição
O presidente da Coopavel com a vice-governadora Cida Borghetti e empresários ligados à Acic e
Programa Oeste em Desenvolvimento e autoridades do Governo de Rondônia
Dilvo Grolli, o governador Beto Richa e o presidente da Ocepar,
José Roberto Ricken
Dilvo também recepcionou grandes líderes em-
presariais, como Darci Piana, presidente da Fe-
comércio, Edson Campagnolo, presidente da Fiep,
além de presidentes e diretores de empresas mul-
tinacionais e brasileiras e de grandes instituições
financeiras. O prefeito de Cascavel, Leonaldo Pa-
ranhos, e outros líderes do setor organizado local
prestigiaram o evento durante os seus cinco dias
de realização. Líderes agropecuaristas, como
Ibrahim Faiad, ex-presidente da Coopavel, tam-
bém fizeram questão de prestigiar a 30ª edição da
feira. ∏
Fotos: Myckael Allan
REVISTA COOPAVEL14 REVISTA COOPAVEL 15
30 AnoS AVICulTuRA
Na véspera de abertura da 30ª edição do Show Rural Coopavel, o diretor-presidente Dilvo Grolli
e o coordenador geral da feira, Rogério Rizzardi, encontraram-se com os coordenadores de área
do evento para uma última reunião. O objetivo era mais uma vez pedir o empenho de todos na
organização de uma edição histórica e que destaca a feira como uma das melhores e maiores do
mundo. Dilvo propôs a realização de um exercício inspirador e 72 palavras foram ditas e lista-
das pelo presidente como termos que inspiram e são sinônimos do evento. São elas:
ACREDITAR
ALEGRIA
AMBIENTE
AMOR
APOIO
ATENDIMENTO
ATITUDE
BONITO
BRILHO
CAPACIDADE
CAPRICHO
CLIENTE EM 1° LUGAR
COMPETITIVIDADE
COMPROMETIMENTO
COMUNICAÇÃO
CONFIANÇA
CONHECIMENTO
CORAÇÃO
CORDIALIDADE
CREDIBILIDADE
CRIATIVIDADE
DECISÃO
DETERMINAÇÃO
DIFERENCIAL
DISCIPLINA
ENERGIA
ENTUSIASMO
ENVOLVIMENTO
EQUILÍBRIO
EQUIPE
ESTADO DE ESPÍRITO
EXCELÊNCIA
EXEMPLO
FÉ
FOCO
FORTE
GANA
GARRA
HUMILDADE
IDEIAS
IDENTIFICAÇÃO
INOVAÇÃO
INSPIRAÇÃO
INVENÇÃO
JUSTIÇA
LIDERANÇA
LIMPEZA
MARKETING
MELHORIA CONTÍNUA
OPORTUNIDADE
ORGANIZAÇÃO
ORGULHO
OUSADIA
PAIXÃO
PARCERIA
PERSEVERANÇA
PLANEJAMENTO
PODER DE RECUPERAÇÃO
QUALIDADE
RECETIVIDADE
RELACIONAMENTO
RESILIÊNCIA
RESPEITO
SABER ABSORVER
SEGURANÇA
SURPRESA
TRABALHO
TRANSPARÊNCIA
UNIÃO
VISÃO
VONTADE
>>>
SUPERAÇÃO
A importância do controle do cascudinhoEduardo Leffer, veterinário
Na avicultura de corte, a principal praga é o besouro (Alphitobius dia-
perinus), conhecido como cascudinho. A ocorrência dos cascudinhos é
favorecida pelo fato de as aves serem criadas sobre a cama, local onde
eles encontram alimento, umidade, temperatura e abrigo. A prática co-
mum de reutilização da cama por seis, até 14 lotes, torna ainda mais
favorável o desenvolvimento desse besouro. Além desses fatores, seu
rápido ciclo de vida (completo, de ovo a adulto, em 42,5 dias à tempe-
ratura constante de 28°C); explica a rápida proliferação. Esses dados
indicam que a cada novo lote de aves pode ocorrer uma nova geração
de insetos. Cada fêmea pode produzir acima de dois mil ovos durante a
sua vida (cerca de dois anos).
A. diaperinus é responsável por diversos problemas que
afetam direta ou indiretamente as aves. Esses insetos servem como
alimento alternativo para as aves, que diminuem o consumo de ra-
ção. Estudos realizados demonstram que perus com dois a dez dias
de idade podem consumir (cada ave) de 174 a 221 larvas do inseto por
dia. Por essa razão, o cascudinho representa importante fator de risco
em aviários como transmissor de doenças, entre elas a campilobate-
riose, colibacilose e salmonelose. Salmonella spp. que tem incontes-
tável importância em saúde pública devido ao risco de contaminação
alimentar em seres humanos. Além disso, causam expressivas perdas
econômicas por ser fator de condenação de carcaças e de recusa nas
exportações.
Como controlar?
De maneira geral, o inseticida deve ser aplicado logo após a saída do
lote, ocasião em que há grande movimentação dos insetos sobre a
cama, ocorrendo maior mortalidade por contato com o produto. A apli-
cação imediatamente depois da saída do lote de aves é altamente indi-
cada, pois quando se retira as aves os cascudinhos vão migrando para
as galerias e também para fora do aviário, retornando com o próximo
lote, dificultando o controle.
Tem sido utilizado, com bom resultado, deixar a luz do aviário acesa no
primeiro dia pós carregamento das aves (quando deve ocorrer a aplica-
ção do inseticida), para que o cascudinho não seja atraído para fora do
aviário por outra fonte de luz. Para inseticidas em formulação líquida,
mais importante que o volume de água é a uniformidade na aplicação,
pois deve-se garantir que todas as áreas do aviário sejam atingidas
com a mesma concentração do inseticida.
No sistema de pulverização, o uso do atomizador se mostra muito efi-
ciente, reduzindo a necessidade de grande volume de água e fornecen-
do uma excelente uniformidade de aplicação. Recomenda-se utilizar
um bico que forneça jato em leque para cobrir uma grande área com
pouco volume de solução, pois é mais eficiente e molha menos a cama.
O cuidado é calcular a velocidade da caminhada do aplicador para que
o baixo volume de solução consiga cobrir toda a área do aviário.
Para inseticida em pó, deve-se atentar à uniformidade de aplicação
sobre a cama, pois é fundamental para um ótimo resultado. O inseti-
cida deve ser aplicado em toda a área do aviário, tanto interna quanto
externa, tendo o cuidado de aplicá-lo também entre a forração, equi-
pamentos, depósito externo, e demais locais onde os cascudinhos pos-
sam permanecer. Importante utilizar somente produto indicado pela
integração e na dosagem recomendada pelo fabricante, o que é funda-
mental para um controle eficiente do cascudinho.
Complementarmente, é importante realizar a manutenção das linhas
de bebedouros, evitar desperdício de ração sobre a cama e manter a
limpeza do lado de fora do galpão. Da mesma forma, reparos e manu-
tenções, como consertar rachaduras, fendas no piso (ou nivelamento
em piso de terra batida), paredes, ou outros locais, são medidas que
auxiliam no controle do cascudinho, pois esses insetos escondem-se