J2 J2 J2#10 #10 #10 Vicentinos, Vicentinos, Vicentinos, um estilo de vida para hoje um estilo de vida para hoje um estilo de vida para hoje O Jornal da J O Jornal da J O Jornal da J Publicação Anual da Juventude Publicação Anual da Juventude Publicação Anual da Juventude Mariana Vicentina de Portugal Mariana Vicentina de Portugal Mariana Vicentina de Portugal N.º 10 N.º 10 N.º 10 Julho_2011 a Agosto_2012 Julho_2011 a Agosto_2012 Julho_2011 a Agosto_2012
Edição n.º 10 do Jornal J2, o Jornal da J - Juventude Mariana Vicentina de Portugaç
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António Clemente, Vogal Nacional de Informação e Comuni-
cação
#COLABORADORES:
Jovens, Padres e Irmãs
EDITORIAL ……………………………………………….. 2
2 LINHAS À J ……………………………………………… 3
Mensagens do Assessor Nacional ………………….. 3
Mensagem Anual das Assessoras Nacionais ……. 4
Mensagem Anual do Presidente Nacional ………. 5
X Conselho Nacional da JMV ………………………... 6
VER ………………………………………………………….. 7
Bodas de Ouro Sacerdotais Pe. Nóbrega ………… 7
60 anos de Vocação Ir. Conceição Laranjeiro …... 7
Novo Webiste JMV Portugal …………………….…… 7
Testemunho de Voluntário do SIJMV …………..... 8
Beato Pier Giorgio Frassati ………………………….. 9
Número da JMV de Portugal ……………………….. 10
Oficialização do CL de Sobreira Formosa ………. 13
Rita Bemposta no SIJMV ……………………………. 14
Missão da caixa de papelão JMV EUA …………... 15
JULGAR …………………………………………………... 16
Ser JMV …………………………………………………… 16
Mensagem da Presidente Intern. 18 de julho ….. 17
Renovar-se (Sul) ……………………………………….. 18
Renovação da Região Centro …………………….... 18
Hino e Logótipo Ano 2011/2012 … …………………19
JMV de Portugal nas JMJ Madrid 2011 … ………..20
AGIR ………………………………………………………. 22
JMV em Missão ………………………………………… 22
Encontro de Formação de Animadores …………. 33
Fátima Jovem …………………………………………… 34
Visita do Conselho Nacional ……………………….. 41
A FECHAR ……………………………………………….. 48
Reflexões sobre Carta Apostólica Papa ………… 48
Está de volta mais uma edição (anual) do J2, o Jornal da J.
Esta nova edição passa em revista as atividades mais impor-
tantes realizadas pelos grupos da Juventude Mariana Vicenti-
na de Portugal durante o último ano.
Este ano começou em grande, com as Jornadas Mundiais da
Juventude Madrid 2011, e foi também um ano marcado pela
tomada de posse de um novo Conselho Nacional da Juventu-
de Mariana Vicentina, que nos meses de outubro, novembro
e dezembro realizou visitas a todos os grupos JMV de todo o
país, com o objetivo de conhecer melhor os grupos, as ativi-
dades que realizam, os problemas que enfrentam, e para
estabelecer um contacto próximo com todos os jovens.
O tema que foi escolhido para nos reger durante este ano foi
“Vicentinos, um estilo de vida para hoje!”. Foi um ano em que
aprofundámos o “ser vicentino”, o “ser mais para os outros”.
Por isso, e tendo também em conta que dois dos carismas
que nos destacam enquanto associação juvenil católica são
os carismas vicentino e missionário, nesta edição é dado
especial destaque às atividades de caridade e missão realiza-
das pelos jovens JMV. Neste sentido, publicamos algumas
páginas dedicadas aos testemunhos de alguns dos jovens que
durante este último ano prestaram serviço nos diversos cam-
pos de missão proporcionados pela JMV e não só. Esperamos
que as suas palavras profundas e sinceras venham a servir de
estímulo, para que aqueles que as leem abram os braços ao
serviço, ao apoio ao próximo, à missão.
Nesta edição damos também a conhecer muitas das ativida-
des realizadas pelos diversos grupos JMV um pouco por todo
o país, para que nos conheçamos melhor e possamos apren-
der uns com os outros, esperando que esta partilha nos enri-
queça a todos e permita criar laços de união e amizade cada
vez mais fortes. Boas leituras!!
António Clemente
#Vogal Nacional de Informação e Comunicação
Índice
Ficha Técnica
Editorial
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Queridos jovens!
A Graça de Nosso Senhor Jesus Cristo, nascido de Maria,
o Amor de Deus Nosso Pai, e a força e a comunhão do
Espírito Santo estejam sempre convosco!
“A messe é grande e os trabalhadores são poucos”. Com
efeito, são muitos os afazeres pastorais que me impedem
de poder acompanhar o Conselho Nacional nestas meri-
tórias visitas aos diversos Centro Locais, células base da
nossa querida Associação. Espero que sejam um momen-
to muito produtivo de conhecimento recíproco, de forta-
lecimento dos laços afetivos e, sobretudo, de aprofunda-
mento da espiritualidade que nos une.
O pedido que Maria fez a Catarina de fundar uma Asso-
ciação de Jovens para difundir a Mensagem da Medalha
foi uma Graça muito grande para a Igreja. E nós somos
depositárias e guardiões desta Graça.
Como já sabeis, o tema que nos vai conduzir, ao longo do
ano é: ”Vicentinos, um estilo de vida para hoje”. Ser e
viver como filhos espirituais de Maria e de Vicente de
Paulo é hoje, mais do que nunca, uma necessidade. É uma
bela e complicada missão. Bela porque é a missão mesma
do Filho de Deus, anunciar a «Boa Nova» aos pobres;
complicada, porque implica ser profeta, ser capaz de
lutar, “dar o peito às balas”, desmascarando o pecado e a
injustiça do mundo que não trata muito bem aqueles que
se opõe aos seus projetos de exploração e morte.
Ser vicentino hoje implica ser Boa Notícia para os pobres.
Temos muito que aprender com aqueles e aquelas que,
como Família Vicentina, são testemunhas disto mesmo.
Mas, ao mesmo tempo, temos o dever de saber atualizar
o projeto a partir das ferramentas e dos desafios de hoje.
E é exatamente aqui, que vós jovens, porque mais do que
ninguém viveis inseridos nas realidades deste mundo,
podeis assumir um papel insubstituível e serdes agentes
dinamizadores de verdadeiras mudanças.
Rezo para que em todos vós transpareça um sadio orgu-
lho de ser Jovem Mariano Vicentino. Para isso, “escutai
verdadeiramente as palavras do Senhor, para que sejam
em vós «espírito e vida» (Jo 6, 63), raízes que alimentam o
vosso ser, linhas de conduta que nos assemelham à pes-
soa de Cristo, sendo pobres de espírito, famintos de justi-
ça, misericordiosos, puros de coração, amantes da paz.
Escutai-as frequentemente cada dia, como se faz com o
único Amigo que não engana e com o qual queremos par-
tilhar o caminho da vida. Bem sabeis que, quando não se
caminha ao lado de Cristo, que nos guia, extraviamo-nos
por outra sendas como a dos nossos próprios impulsos
cegos e egoístas, a de propostas lisonjeiras mas interes-
seiras, enganadoras e volúveis, que atrás de si deixam o
vazio e a frustração” (Bento XVI – JMJ 2011).
Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recor-
remos a vós!.
p. Fernando Soares, CM #Assessor Nacional
Mensagens do Assessor Nacional para o ano 2011/2012
Caros/as jovens,
Vicentinos, um estilo de vida para hoje. Este foi o lema que
nos congregou e mobilizou ao longo deste ano pastoral
2011/12 (…).
Hoje, a palavra estilo aparece quase sempre associada ao
mundo da moda (fashion): style, look, tendência IN &
OUT, … Mas o que significa para vós ter um estilo de vida?
Para mim ter um estilo significa ter um modo de funcionar constante, identificável através de uma
série de atos específicos: modo de pensar, perceber, sentir, estar com os outros, reagir a situações, … que nos diferen-
cia dos outros.
O XXVIII Encontro Nacional foi pensado e estruturado de forma a ajudar-vos a perceber melhor qual deve ser o modo
de funcionar constante de um jovem mariano vicentino neste hoje, meu e vosso, nuveloso e sombrio.
Catarina Labouré no fulgor da sua juventude e no diálogo com Nossa Senhora descobriu o seu estilo de vida – santi-
dade. Que cada um de vós possa, ao longo destes dias, encontrar os elementos diferenciadores e as tendências inova-
doras que marcam o vosso estilo!
Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a Vós!
p. Fernando Soares, CM #Assessor Nacional
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Queridos jovens da JMV,
Escrevo-vos para me apresentar como Assessora Nacional da JMV em Portu-
gal, juntamente com a Irmã Maria da Graça Pires. Queremos dar o nosso
melhor e, por isso, precisamos do vosso apoio e confiabilidade. Muito temos
que aprender com a vossa Associação, tão querida pela Virgem Maria.
Vós conheceis a Associação e sabeis o quanto sois importantes para Nossa
Senhora, vós nascestes do sonho, do desejo, do coração de Maria. Deveis
continuar honrado o nome da vossa fundadora, MARIA, em qualquer situa-
ção. Para isso nascestes.
Lembro-vos, ainda, que todas as festas de Nossa Senhora, Maria, devem ser
bem celebradas, celebrações festivas, criativas, envolvendo outros jovens,
especialmente da paróquia de que vós fazeis parte.
Nesta primeira comunicação, a Irmã Graça e eu queremos recordar-vos as
tarefas que devemos desempenhar, juntamente com o Conselho Nacional da
JMV:
1. Impulsionar a formação integral;
2. Estimular a vivência da espiritualidade mariana e vicentina;
3. Animar os jovens, no sentido de que estes prestem um serviço apostólico, caritativo e evangelizador dos mais
pobres.
Para além disso, conforme os vossos Estatutos da JMV de Portugal, no artigo 22.º, é nossa competência:
1. Animar o processo de crescimento na Fé, o itinerário formativo e o apostolado da JMV;
2. Velar para que se atinjam os fins da Associação;
3. Coordenar, com o Presidente Nacional e o Assessor Nacional, as atividades da Associação;
4. Visitar e animar os diferentes Centros, ao menos uma vez durante o seu mandato;
5. Informar anualmente a sua Visitadora provincial acerca do caminho percorrido pela Associação.
Nesta carta queremos apresentar-vos as vossas Irmãs Assessoras Regionais, a saber: Irmã Zulmira Leite da Silva e
Irmã Alzira Lopes dos Santos (Regional Sul), Irmã Maria de Fátima Miranda (Regional Centro), Irmã Dora do Anjo
Marques Zambujo (Regional Norte) e Irmã Edilza Maria da Conceição (Regional Madeira).
A Irmã Maria da Graça e eu, na medida do possível, queremos acompanhar-vos com as Irmãs Assessoras Regionais.
Contamos sempre com a ação do Espírito Santo sobre cada um de nós e a proteção da Virgem sempre Maria. Fique-
mos unidos pela oração e intercedemos junto ao Pai Todo-Poderoso a intercessão sobre cada Ramo da Família
Vicentina, para que possa florescer cada vez mais e continuarmos com o CARISMA de proteger os pobres, que é um
DOM querido por Deus, tesouro da Igreja.
Ir. Maria Margarete
Gomes, FC
#Assessora Nacional
Ir. Maria da Graça Pires,
FC
#Assessora Nacional
Mensagem Anual das Assessoras Nacionais
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Olá amigos JMV’s,
Estamos a começar um novo ano e envio-vos esta carta
como forma de saudação e motivação para o exigente
serviço que se avizinha para todos nós.
Quero desde já agradecer a todos a disponibilidade e
dedicação que têm demonstrado pela nossa Associação,
Juventude Mariana Vicentina. Muitas dificuldades e bar-
reiras se têm cruzado nos nossos caminhos de Cristãos e
muitos outros esperam por nós, mas isso já nós sabemos,
só não sabemos quais as dificuldades que teremos de
enfrentar…
Por isso costumo dizer: “Ninguém disse que ser JMV ia
ser fácil…”
Por outro lado vejo em vós pessoas com muitas qualida-
des e características importantes para desempenharem
um bom serviço na e para a JMV. São as nossas diferen-
tes características que nos tornam únicos e diferentes uns
dos outros e por isso, capazes de tocar mais corações,
abarcar mais jovens através das nossas diferenças.
Talvez por isso também gosto de reforçar algumas vezes
que: “ninguém está a mais, somos todos necessários” e
importantes nas nossas funções.
Acredito que todos vocês têm grandes capacidades para
fazer coisas muito bonitas na JMV e é por isso que deve-
mos colocar os nossos Dons ao serviço do movimento,
onde não existem fronteiras nem limites. Todos quere-
mos um objetivo comum: “A Jesus com Maria” e
S.V.Paulo.
Por isso peço-vos muita alegria e motivação uns com os
outros. Do Norte ao Sul, de Agilde a Garachico…
Se formos “próximos” uns dos outros tenho a certeza de
que vamos construir uma JMV mais unida, mais sólida e
mais Viva. Seremos verdadeiros Vicentinos nos dias de
Hoje. E seremos testemunho e exemplo para outros
jovens se eles conhecerem na nossa alegria, a verdadeira
mensagem de Jesus Cristo… Ele que nasce todos os dias
para cada um de nós com o Dom da Vida.
É desta forma que o presente é um “Presente”, uma ofer-
ta, e por isso não se chama passado ou futuro. “O tempo
é hoje”.
É importante construirmos coisas boas, coisas de Deus,
juntos e procurarmos criar união e unidade. A JMV de
Portugal precisa cada vez mais que os jovens se sintam
pertença da Associação, o sentimento de fazer parte de
Cristo, Maria e São Vicente de Paulo. Acima de tudo
somos nós que precisamos dos seus exemplos para cres-
cer na Fé e aprendermos a mensagem que eles nos lega-
ram sobre o Amor de Deus.
Solicito a Oração de todos para que a nossa dedicação e
empenho sejam semente de muitos frutos: na Fé, Espe-
rança e Caridade (Virtudes Teologais).
Deixo-vos um forte abraço em Cristo, Maria e SV Paulo,
Ricardo Ferreira #Presidente Nacional
Mensagem Anual do Presidente Nacional
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X Conselho Nacional da JMV de Portugal (2011-2014)
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VOGAL DE CARIDADE E MISSÃO
Nome: Ana Catarina Sêbo (Nita)
Centro Local JMV: São João Evangelista
VOGAL MARIANO E DE LITURGIA
Nome: Francisco Vilhena
Centro Local JMV: Santiago do Cacém
VOGAL DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO
Nome: António Clemente (TóZé)
Centro Local JMV: Alferrarede
SECRETÁRIA
Nome: Cecília Teixeira
Centro Local JMV: Refontoura
TESOUREIRA
Nome: Sílvia Fialho
Centro Local JMV: Catujal
PRESIDENTE
Nome: Ricardo Ferreira
Centro Local JMV: Paialvo
VOGAL DE FORMAÇÃO
Nome: Carlos Moutas
Centro Local JMV: Refontoura
OBJETIVO GERAL PARA O TRIÉNIO 2011-2014
Fortalecer a Espiritualidade Mariana e Vicentina através da aproximação e formação dos grupos, pois nós
jovens temos o compromisso de continuarmos a consolidação dos nossos grupos, fazer com que o movimento
dê fruto e que este se possa expandir.
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Em abril de 2012 foi apresentado publicamen-
te o novo website da Juventude Mariana
Vicentina de Portugal, acessível em:
www.jmvpt.org.
Este site pretende fazer a ponte entre a JMV
de Portugal e os jovens de todo o Mundo,
especialmente com os jovens dos Centros
Locais de Portugal.
Pensando especialmente em vós, para além
de conter a apresentação da JMV e das nossas
atividades, o novo website tem áreas destina-
das à partilha de recursos de apoio aos grupos
(rosários, jornais, material de formação, mate-
rial de apoio à missão e caridade, fotos,
vídeos, músicas, Loja JMV, entre outros).
António Clemente
#Vogal Nacional de Informação e Comunicação
No dia 27 de novembro de 2011, comemoraram-se em
Cucujães os 60 anos de Vocação da Irmã Conceição Laran-
jeiro, Irmã Filha da Caridade de São Vicente de Paulo que ao
longo da sua vida religiosa tanto tem feito pela caridade e
pela Juventude Mariana Vicentina. Nem a avançada idade da
Irmã Conceição a para; nada a impede de servir os pobres,
abrindo o seu coração à caridade e ao Amor de Jesus Cristo.
Agradecemos à Irmã Conceição tudo quanto ela tem feito pela
nossa Associação, e damos graças pela sua vocação, pelo seu entusiasmo, pela sua alegria e
jovialidade. Obrigado, Irmã Conceição!
No dia 22 de julho de 2012, o Senhor Padre Nóbrega celebrou as suas Bodas de Ouro
sacerdotais, acontecimento que decorreu em Salvaterra de Magos.
A Juventude Mariana Vicentina esteve presente nesta importante ocasião, para dar gra-
ças pelos 50 anos de vocação do Padre Nóbrega, daquele que é o padre vicentino com
mais anos ao serviço da JMV como Assessor Nacional.
Bodas de Ouro Sacerdotais do Senhor Padre Nóbrega
Novo Website JMVpt
60 anos de Vocação da Irmã Conceição Laranjeiro
www.jmvpt.org
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VER
VER
Queridos Amigos da JMV,
Que a paz de Cristo esteja convosco!
(…) Alegra-me muito poder compartilhar com vocês a cerca da minha experiência na JMV Internacional nesta seção
do boletim. Começo por agradecer a Deus, a Equipe Internacional, aos membros da Família Vicentina e, em especial,
a cada jovem mariano vicentino que nos acompanha a partir de sua realidade; que o Senhor, por meio da Santíssima
Virgem, conceda-lhes muitas bênçãos. Tenho a felicidade de participar da Associação, desde 1998, ou seja, a metade
da minha vida; ela me tem enraizado, por ela sinto algo inexplicável, mais quem disse que para o amor há uma expli-
cação?
Ser voluntario internacional é um mistério, houveram muitos fatores que convergiram para o fato. O mistério é Deus,
que se revela no Filho, foi por Ele, pois a grandes rasgos, não posso sinalar outra coisa, ainda que se somam à primei-
ra, o amor à Associação; a entrega; esse dar e receber, tão dinâmico que a experiência nos presenteia, e ver o fato,
não como um voluntariado simplesmente, senão como uma Missão.
Nos três últimos anos, estou vivendo na Comunidade Internacional da JMV, em Madrid (Espanha), aqui compartilho
minha vida e experiências com outros membros, que como eu, estudam e servem no Secretariado, onde sempre
estamos disponíveis para o que necessitem, desde a limpeza até representar ao SIJMV onde seja necessário, ainda
que cada um tem tarefas específicas, correspondendo a mim, a comunicação com os países de língua portuguesa,
ajudar aos países com assuntos de formação, as traduções Espanhol X Português, o trabalho de webmaster
(produção e edição de textos, fotos e vídeos, etc.), manutenção dos computadores, etc. Por estarmos em Espanha,
participamos da vida e atividades da JMV local bem como em diversas obras
sociais a favor dos pobres.
O serviço no Internacional, serviu-me para reafirmar que a JMV é uma; que a
existência do Secretariado, o bom uso das novas tecnologias e os encontros
internacionais fortalecem a internacionalidade e unidade da Associação; e
também percebi que a alegria, o entusiasmo e o empenho dos jovens são simi-
lares onde quer que a Associação esteja, o que muda é o contexto.
O tempo não espera por ninguém, minha experiência no Secretariado termina
neste verão, e olhando o caminho percorrido, posso ver que ademais dos dias
claros, houveram pequenas tempestades, e com elas caíram águas que ajudou
a fertilizar o solo, fazendo germinar brotos, florescer e dar frutos. Levo comi-
go as experiências bonitas que aqui vivi, as amizades que Deus me permitiu
construir e as lembranças de pessoas e lugares onde tive a alegria de compar-
tilhar meu ser cristão e meu ser pessoal. Chegando ao Brasil, seguirei no seio
da Família Vicentina, inicialmente, como Assessor Leigo da JMV.
Aos mais tímidos, os asseguro que o fato de servir não tem nenhum secreto; o
medo se perde enfrentando-se aos problemas; abandonem-se à Providencia e
a conhecerão. Reconheço que falar dá menos trabalho que fazer, mas quem
disse que a vida é fácil? Não necessitamos de outro exemplo que o de Jesus,
que cumpriu a missão que o Pai lhe havia reservado. Creio que cada jovem
teria que pleitear-se em oração qual é o projeto que Deus tem para sua vida, e
que nesse projeto esteja presente o serviço aos jovens e aos mais empobreci-
dos dentro e fora da Associação.
Em Espanha, tive a oportunidade de participar, mais ativamente, em três gru-
pos da JMV. O vivido, vejo como um período de graça. Só tenho que agrade-
cer a todos por tudo, pedir perdão por minhas limitações, solicitar suas ora-
ções e assegurar-lhes as minhas. Também gostaria de animar a todos a parti-
ciparem do grande encontro da Juventude Vicentina em Belo Horizonte e logo
Rio de Janeiro em julho de 2013, em Brasil, no marco da JMJ.
Veremos-nos lá!!!
Cleber Oliveira
#Voluntário no Secretariado Internacional da JMV
Testemunho de um Voluntário do Secretariado Internacional
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Pier Giorgio Frassati nasceu em Turim, a 6 de abril de
1901 (Sábado Santo), de uma família rica: a mãe Adelaide
Ametis uma pintora; o pai, Alfredo Frassati, fundou o jor-
nal “La Stampa”, foi senador do Reino e embaixador de
Itália em Berlim.
Pier Giorgio absorveu a vida cristã mergulhando esponta-
neamente, por escolha pessoal, na água viva que a Igreja
daquele tempo lhe oferecia: daquela Igreja na qual não
faltavam limites e problemas, ele sentiu-se “parte”, mem-
bro ativo.
“Você è um ‘beato?’”, perguntou-lhe alguém na universi-
dade. “Não”, respondeu Pier Giorgio com bondade mas
com firmeza: “Não, sou ‘cristão’!” Em 1919, sendo ainda
menor, Pier Giorgio inscreveu-se na Conferência de São
Vicente de Paulo.
Os seus estudos vinham iluminados de fé e caridade.
Devido à sua condição social, tinha possibilidades, e por
isso escolheu engenharia mineraria. Isto porque quando
na Alemanha reparou nas graves condições de trabalho
dos mineiros, pensou: “quero ajudar o povo nas minas, e
posso fazer melhor mesmo não sendo sacerdote, pois os
sacerdotes não estão muito perto dos problemas do
povo”. Ele queria ser “mineiro entre os mineiros”.
Na sua casa, Pier Giorgio era tido como um tolo e sempre
com pouco dinheiro, porque para ajudar os outros dava
não o supérfluo, mas o necessário. E procurava convencer
os outros a fazer o mesmo. Diz um amigo: “Um dia procu-
rava convencer-me entrar na conferência de S. Vicente de
Paulo; a minha dificuldade era entrar nas casas dos
pobres pois poderia vir a ter algumas doenças. Ele, com
muita simplicidade, respondeu-me que visitar os pobres
era visitar Jesus”.
No dia 30 de junho de 1925, Pier Giorgio começou a sentir
-se doente. Ninguém lhe deu a devida atenção porque a
sua avó estava a viver os seus últimos dias (com cerca de
noventa anos), e aquele rapagão alto e vigoroso (em
quem pouco se reparava pois era bom demais), com as
suas “febrezinhas” não deveria ser nada de outro mundo.
Mas Pier Giorgio começava a
morrer, sentindo
o seu jovem cor-
po destruir-
se com a parali-
sia que estava
avançando pro-
gressiva e impla-
cavelmente, sem
que ninguém lhe
desse atenção.
Assim, ele, humilde
e manso, enfrentou
sozinho o sintoma
do terrível morbo da
qual gravidade não
se apercebia, sem
poder ao menos falar com alguém. Quando os pais, apa-
vorados, compreenderam o que lhe estava a acontecer, já
era tarde. A vacina que veio rapidamente do Instituto
Pasteur de Paris já não teve efeito devido ao avanço da
doença.
No último dia da sua vida, Pier Giorgio pediu à irmã Lucia-
na para buscar na escrivaninha uma caixinha de injeções
que não tinha conseguido entregar a um dos seus pobres,
e quis escrever um bilhete com as instruções e o endere-
ço. Quis escrevê-lo com as suas próprias mãos, já ator-
mentadas pela paralisia, e saiu um emaranhado de letras
quase incompreensível. É o seu testamento: as últimas
energias para a última caridade.
O funeral foi um acorrer de amigos, e principalmente de
pobres; os seus familiares ficaram assombrados vendo-o
tão querido e tão conhecido, e pela primeira vez com-
preendiam onde Pier Giorgio viveu verdadeiramente nos
seus poucos anos de vida, apesar de ter tido uma casa
confortável e rica à qual chegava sempre atrasado.
FONTE: Internet
O exemplo do Beato Pier Giorgio Frassati
«Nós católicos, e principalmente nós estudantes
temos um grande dever a cumprir: a formação
de nós mesmos. Nós, que por graça de Deus
somos católicos, não devemos esbanjar os
melhores anos da nossa vida, como infelizmente
fazem tantos jovens, que se preocupam de gozar
daqueles bens que não trazem algum bem, mas
que comportam como fruto a imoralidade da nos-
sa sociedade moderna. Devemos forjar o nosso
carácter para estar prontos a sustentar as lutas
que certamente devemos travar.»
(Pier Giorgio Frassati , Escritos)
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Os números da JMV de Portugal no ano 2011/2012
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Norte64
Centro48
Sul261
Madeira49
Norte7
Centro4
Sul15
Madeira9
Prévia129
1ª92
2ª49
3ª24
Envio11
20 ou menos
anos de
idade241
Mais de 20 anos
de
idade181
NÚMERO DE CENTROS LOCAIS POR REGIÃO
Verifica-se que, atualmente, a região com maior número de
Centros Locais é a Região Sul, com 15 centros locais, o que equi-
vale a cerca de 43% da totalidade de Centros Locais existentes
em Portugal.
NÚMERO DE JOVENS INSCRITOS NA JMV DE PORTUGAL,
POR REGIÃO
A região que mais jovens inscreveu este ano na JMV foi a
Região Sul que representa cerca de 60% do número total de
jovens inscritos na nossa Associação.
Merece também destaque a Região Centro que, embora seja a
região com menor número de Centros Locais, aproxima-se do
número de jovens inscritos pela Região da Madeira.
DISTRIBUIÇÃO DOS JOVENS INSCRITOS NA JMV DE
PORTUGAL, POR IDADES
Os dados revelam que a distribuição dos jovens inscritos com
mais ou menos 20 anos de idade é relativamente equilibrada,
sendo, no entanto, a fatia dos jovens com 20 ou menos anos
ligeiramente superior que os restantes.
DISTRIBUIÇÃO DOS JOVENS INSCRITOS NA JMV DE
PORTUGAL, POR ETAPA JMV
Se atentarmos à distribuição dos jovens inscritos na JMV por
etapa catecumenal em que se encontram, verificamos que cerca
de 72% dos jovens se encontram na etapa prévia ou na primeira
etapa.
Por outro lado, o número de jovens no Envio também não é
elevado (cerca de 4%), reflexo do pouco conhecimento que até
há pouco tempo existia desta etapa.
Com a informação presente nos gráficos abaixo, pretende-se fazer um retrato da Juventude Mariana Vicentina de
Portugal e dos jovens que a compõem no ano pastoral 2011/2012.
Para além da apresentação dos números, faz-se uma reflexão sobre alguns deles, de modo a estimular um maior
conhecimento da Associação pelos jovens e com vista ao seu envolvimento neste movimento que é de todos nós e
para nós.
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Foi no já “longínquo” ano de 1999, quando a JMV foi apresentada pela primeira vez em Carapito, pela mão do Tó Cura
(Águeda). A ideia foi bem acolhida, e no ano seguinte deu-se a oficialização. Assim sendo, este ano comemora-se o
12º aniversário da existência da JMV em Carapito.
No início, e como ideia era nova, foram muitos os jovens que quiseram participar, tendo-se atingido números muito
aceitáveis para a dimensão da população jovem de Carapito.
Pouco depois, em 2002, realizou-se o Encontro Regional Centro em Carapito, o que de facto serviu como mostra à
sua população de algumas atividades do movimento.
Fizeram-se reuniões, debateram-se temas, participou-se em muitos encontros. E toda esta pequena caminhada na
JMV por parte do Centro Local de Carapito, deu frutos, frutos que viriam mais tarde a dar novos frutos.
Entretanto uns começaram a afastar-se, outros deixaram de ter disponibilidade, e algum tempo depois o Grupo ces-
sou. Ainda assim, sempre ficou na ideia de alguns que as coisas não poderiam acabar assim, e Carapito tinha todo o
potencial para se identificar como um Grupo JMV.
Em 2009, a proposta foi novamente lançada, e agora com uma nova geração, orientada por alguns da primeira gera-
ção, o Grupo voltou novamente a constituir-se.
Mais uma vez, com a novidade para os desta geração, o Grupo teve grande acolhimento, e pode dizer-se que voltou à
normalidade. Agora não tanto participado, mas ainda assim, já com uma boa caminhada de 3 anos.
Neste momento o maior desafio é manter o Grupo firme, pois
hoje em dia é muito mais difícil
“prender” os jovens numa
caminhada com aquela que a
JMV realiza. As alternativas
s ã o m u i t a s , o s
“chamamentos” para outros
lados são mais apelativos, e
acima de tudo, os jovens não
são muito dados aos compro-
missos.
Mas é como tudo, teremos que
fazer o nosso melhor e tornar a
participação no Grupo o mais
aliciante possível, pois temos a
certeza que é uma mais-valia para
Carapito, e acima de tudo para
todos os jovens que assumem o
compromisso de participar.
Doze anos passaram, é já uma mar-
ca significativa. Para todos os que
têm o privilégio de pertencer ao Grupo desde o início, por certo têm consigo o sentimento de ter feito a escolha acer-
tada, pois por certo são mais ricos agora.
Resta-nos desejar o mesmo para os jovens que atualmente constituem o Grupo, e da mesma forma, que se sintam
também realizados e com vontade de buscar sempre mais.
Não pedimos para já mais 12, mas que cheguemos como Grupo coeso aos 15 anos, na certeza de que teremos feito
uma caminhada na direção certa.
No que toca a este último ano pastoral o nosso centro local esteve presente nas várias atividades que a JMV foi pro-
porcionando. Estivemos em Lagares no encontro da família Vicentina, mais tarde em Cucujães no Encontro regional,
em Fornos de Algodres estivemos presentes no retiro quaresmal e por fim em Orgens no Sub-16. Não esquecendo
que pelo meio tivemos a visita do Conselho Nacional que muito nos alegrou. Recentemente celebramos o dia da JMV
com várias atividades junto da comunidade local onde comemoramos com muita alegria os 12 anos de existência com
a certeza de que vamos continuar a ser testemunhas de Deus através do exemplo de Maria nossa mãe e de São
Vicente de Paulo.
Centro Local de Carapito
12º Aniversário da JMV de Carapito
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10º Aniversário da JMV de Alcainça
12_J2#10
Foi no ano de 1986 que a associação de jovens Juventude
Mariana Vicentina deu os seus primeiros passos na paró-
quia de Alcainça. O grupo de jovens de então, a Seara
Jovem, abraçou este movimento e produziu o seu trigo
embora, com grande pena, esta seara secasse nos inícios
dos anos 90. Parecia que a JMV tinha deixado Alcainça
para sempre.
Foi então que, a 13 de Janeiro 2002, com grande apoio
das irmãs que ajudavam no Pousal, que a JMV renasce
em Alcainça com o grupo Benedicamus Dominum.
Entretanto, 10 anos desde o renascimento da JMV se
passaram e, embora com altos e baixos e eminências de
terminar, que um novo grupo, os Alétheia (‘verdade’ em
grego), veio afirmar que Deus é uma verdade e uma reali-
dade constante no nosso dia-a-dia.
Para celebrar estes 10 anos de grande orgulho, o centro
local de Alcainça organizou um almoço após a missa de
domingo (onde se realizaram duas passagens de etapa)
onde compareceram alguns centros locais da região sul,
mas também antigos membros da nossa associação
numa forma de solidificar e reafirmar a fé em Cristo.
João Luís #Vogal de Imprensa do CL de Alcainça
Em março de 1997, decorria na freguesia de Paialvo uma
missão popular organizada por Padres e Irmãs Vicentinas
com presença também de alguns jovens Vicentinos de
alguns grupos do país. Toda a freguesia se mobilizou e
inúmeras atividades marcaram os habitantes da mesma.
Passado um ano o grupo de jovens da Delongo foi oficia-
lizado no movimento da Juventude Mariana Vicentina e
algum tempo depois o grupo de jovens da Peralva decidiu
juntar-se, formando assim um só grupo de jovens da
paróquia. Passaram a reunir-se no salão paroquial de Car-
razede, ficando assim o grupo conhecido na Associação
JMV como centro local de Paialvo.
Em março de 2012, os jovens pertencentes ao movimen-
to festejaram os 15 anos do início da vida Vicentina do
grupo. Durante 15 anos passaram mais de 150 jovens pelo
grupo e as suas vidas foram completamente mudadas.
Muitas foram as personalidades, formas de trabalhar,
dedicação e empenho, mas a convicção permaneceu inal-
terável até hoje, não esquecendo nunca Vicente como
professor e tendo o objetivo de caminhar para Cristo de
mãos dadas com Maria. Por isso não se podia deixar de
homenagear os elementos e todos os 15 anos de muita
vida do grupo.
A comemoração dos 15 anos decorreu durante 3 dias,
tendo-se iniciado no dia 23 até dia 25 de março. Na sexta-
feira, dia 23, o grupo fez um jantar entre os elementos no
TorreShoping, com o objetivo de festejar a data e poder
unir os membros do grupo. No final do jantar, os elemen-
tos foram para o salão de jogos do centro comercial para
se divertirem em conjunto, podendo assim descontrair
para o dia seguinte que se avizinhava esgotante. No dia
24, dábado, o grupo realizou uma exposição sobre os 15
anos de existência. Foi constituída por fotografias das
a t ivi -
dades
que o
grupo
rea l i -
zou e
parti-
cipou durante 15 anos, testemunhos dos elementos e
alguns presidentes, lembranças dos encontros e os jor-
nais que o grupo fez desde o seu início. À noite, decorreu
uma noite de Fados no salão paroquial de Carrazede,
onde cerca de 120 pessoas assistiram a vários artistas,
numa esplêndida noite de fados, convívio e animação.
Para além de festejar o aniversário do grupo com a comu-
nidade, a noite de fados tinha o objetivo de angariar fun-
dos para as atividades e formação dos jovens da Juventu-
de Mariana Vicentina de Paialvo. No dia 25, domingo, a
festa dos 15 anos da JMV de Paialvo terminou com a
Eucaristia Dominical, onde decorreu a admissão de 3
novos elementos no grupo e 5 dos nossos elementos com
mais caminhada, passaram à 2ª Etapa da Caminhada
Catecumenal da JMV. A celebrar connosco todos estes
momentos estiveram presentes elementos da JMV do
Catujal, Alferrarede e Cernache do Bonjardim, dos quais
alguns representaram também o Conselho Nacional e
Conselho Regional Sul da JMV de Portugal. No final da
celebração o grupo fez um almoço partilhado para feste-
jar as admissões e as passagens de etapa, dando assim
por encerrado os festejos dos 15 anos do grupo de Paial-
vo. O balanço final das atividades, e de toda a preparação
que já decorria com cerca de 5 meses de antecedência,
foi bastante positiva.
Fábio Mendes #Presidente do CL de Paialvo
15º Aniversário da JMV de Paialvo
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Oficialização da JMV de Sobreira Formosa
Depois de dois anos de namoro decidimos finalmente
“dar o nó”! Assim, no dia 26 de fevereiro fomos finalmen-
te oficializados, ou seja, tornámo-nos membros da asso-
ciação Juventude Mariana Vicentina. Numa Eucaristia
muito dinâmica, na qual tivemos presentes os nossos
impulsionadores, a JMV de Cernache do Bonjardim, os
membros do Conselho Regional e alguns membros do
Conselho Nacional que nos ensinaram a amar a Maria e a
Vicente, a nossa comunidade que sempre nos tem acom-
panhado, os nossos familiares que nos apoiam em tudo e
o nosso pároco, que sem a sua ajuda e incentivo não seria
hoje, a JMV, uma realidade em Sobreira Formosa. Para
além da oficialização do grupo, houve também a admis-
são de alguns membros, isto é, aqueles jovens que estive-
ram sempre no grupo desde as primeiras reuniões, e
sempre mostraram empenho e vontade de continuar,
receberam neste dia um lenço vermelho que é a cor
característica da região sul. Após os lenços serem entre-
gues, todos nós subimos ao altar e lemos o nosso com-
promisso enquanto JMV, por isso, aqui fica uma pitada de
cada um dos compromissos:
Adriana – Deus! Guia os meus passos nesta minha cami-
nhada com a JMV. Aumenta a minha fé para que eu tam-
bém possa transmiti-la a todos os que se cruzam na minha
vida.
Bárbara – Comprometo-me a empenhar-me no grupo e a
fazê-lo crescer, a difundir a Palavra de S. Vicente, Maria e
Jesus.
Catarina – Vou ajudar sempre o meu próximo como diz um
dos mandamentos de Jesus, testemunhando S. Vicente.
Diana – Comprometo-me a honrar com orgulho este lenço,
continuando a caminhada seguindo os exemplos de Maria e
Vicente. Uma vez JMV, JMV para sempre.
Joana B. – Esta oficialização foi um orgulho para todos nós,
porque apesar das dificuldades conseguimos ultrapassá-
las, com a ajuda de toda a comunidade.
Joana F. – O meu compromisso é com Cristo e com este
grupo: unido, amigo e tudo mais. Sinto-me feliz por neste
dia ser admitida. É um orgulho ser JMV.
Maria – Chegou finalmente o dia em que dizemos “sim”.
“Sim”, queremos casar com a JMV, amar e respeitar, nos
bons momentos e nas dificuldades.
Patrícia – Obrigado JMV Sobreira Formosa, ou melhor, obri-
gado amigos pelos momentos que passámos. Predisponho
a dizer sempre “sim” a cada dia da minha vida! Eu vou ser
JMV!
Pedro – Comprometo-me a honrar o meu compromisso
apostólico e estar ao serviço do pobre, enquanto vogal de
caridade, à imagem de S. Vicente de Paulo.
Ricardo – Estou disposto a estar presente a cada dia e a
honrar o meu compromisso com a JMV, segundo os exem-
plos de Maria e Vicente.
Rita – Gosto muito de fazer parte da família JMV. Enriqueci
a minha fé e o meu compromisso com Deus. Estou muito
feliz por ser JMV.
Sofia – Quero dizer o meu “sim” a Deus e comprometer-me
a seguir os exemplos de Maria e Vicente. “Somos 1”!
Tiago – A JMV mudou a minha vida. Comprometo-me a
ajudar e a participar nas actividades do grupo, com alegria
e com um grande sorriso para dar a todos vós.
E como em todas as Eucaristias da JMV, também esta
terminou com o hino da JMV, em que todos nós afirmá-
mos convictamente “Somos jovens, somos grito, somos
gente,... Juventude Mariana Vicentina”!
Como a Eucaristia se prolongou bastante, a fome já aper-
tava, por isso dirigimo-nos logo para o salão paroquial
onde nos esperava o almoço preparado pelas nossas
mães. Também aí continuámos em festa, e entre risadas
e garfadas, conversas e histórias trocadas, terminámos
este dia tão especial. Todos tiveram de regressar a suas
casas (os que vieram de fora) e nós jovens ainda conti-
nuámos o convívio, com a parte mais árdua de uma festa,
as arrumações, mas quando estamos em família e entre
amigos, tudo se torna mais fácil.
Resta agora agradecer a todos os que
estiveram connosco em presença e
àqueles que mesmo não estando pre-
sentes estiveram também nos nossos
corações. Agora iniciámos uma nova
etapa da nossa vida, vamos precisar
que nos ensinem, que nos animem, que
nos guiem, que nos apoiem,... vamos
precisar que caminhem connosco!
Sofia Dias e Patrícia Cardoso
#CL de Sobreira Formosa
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3º Aniversário da JMV de Cernache do Bonjardim
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A história foi assim, num belo dia de sol. Numa bela quin-
ta feira (dia 7 de junho) o nosso grupo fez exatamente 3
anos. Três maravilhosos anos. Com muitos sorrisos, mui-
tas lágrimas, muitas euforias, muitas alegrias, algumas
tristezas, mas nunca desistências. Bem, somos mais que
um mero grupo JMV, nós somos um grupo de amigos,
aliás, nós somos uma família. Sempre unida, sempre jun-
ta, em que cada membro desta família está lá para ajudar
um outro alguém, seja membro ou não.
Cada um de nós aprendeu inúmeras coisas nesta comuni-
dade. Crescemos todos bastante. E hoje, cá estamos,
para celebrar o terceiro aniversário deste grupo. Para
celebrar este maravilhoso dia o nosso grupo animou a
eucaristia deste Dia do Corpo de Deus. Seguidamente
dirigimo-nos para um almoço de convívio entre pais e
filhos, onde se sentia a felicidade e a presença de Nosso
Senhor na refeição.
Como não podia de ser, peregrinámos até à Serra da San-
ta, em passo comunitário, em oração, com muito amor. E,
para finalizar este maravilhoso dia comemorativo o grupo
organizou um torneio de futebol no Seminário das Mis-
sões. Mas este torneio não veio só para entretenimento,
mas sim para mostrarmos uns aos outros como devemos
trabalhar em grupo e colaborar entre todos para que
todos saiamos a ganhar.
Apesar de nem todos estarem presentes de corpo (por
razões pessoais), estavam lá todos. Todos se manifesta-
ram, uns por mensagens, outros por chamadas telefóni-
cas, outros por pensamento, enfim, cada um a seu jeito.
Porque é assim que demonstramos o nosso amor para
com o grupo e entre todos.
#CL de Cernache do Bonjardim
A Rita Bemposta que entrou para o
nosso grupo há cerca de 3 anos, ape-
sar de pertencer há cerca de 20 anos
ao nosso movimento. É um dos ele-
mentos mais ativos apesar de residir
em Santarém e tem dedicado muito
tempo à nossa paróquia. Foi com
muito entusiasmo que recebemos a
notícia de que ela tinha sido escolhi-
da para representar os jovens da JMV
dos vários países de língua portugue-
sa no Secretariado Internacional da
Juventude Mariana Vicentina em
Madrid nos próximos 3 anos. A ela
agradecemos a sua disponibilidade e
entrega ao grupo de Paialvo. Obriga-
da e até já!
#CL de Paialvo
Rita Bemposta abraça missão no Secretariado Internacional JMV
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18º Aniversário da JMV da Achada
O grupo JMV Seara de Cristo da Achada comemorou este ano o seu 18º aniversário,
a 22 de maio, e partilhamos a alegria da nossa união e fortalecimento dos laços, que
são cada vez maiores, com a nossa querida comunidade.
Após a eucaristia, cantámos o nosso hino e abrimos um bolo, que honestamente
estava tão bem decorado e tão perfeito que até tivemos pena de o desmanchar.
No domingo seguinte passámos o dia todos juntos para comemorarmos entre nós
estes 18 anos de existência.
#CL da Achada
Alguma vez já te perguntaste como seria dormir nas ruas numa caixa de papelão? Pode ser uma noite quente e fadi-
gosa, ou pode ser fria e chuvosa. O chão pode estar húmido e frio, incómodo e duro. Uma mala com tudo o que te
pertence seria o travesseiro onde reclinarias a cabeça...
Vinte e oito membros da Juventude Mariana Vicentina dos Estados Unidos da América dormiram, recentemente,
numa caixa de papelão para arrecadar fundos para os sem-abrigo e os mais necessitados da comunidade. Os que
participaram da Experiência da Missão numa Caixa de Papelão começaram pedindo doações e trouxeram as suas
próprias "caixas" para o evento. O dinheiro que arrecadaram foi utilizado para comprar janelas para a casa de uma
mulher necessitada. Também permitiu
adquirir uma camionete para mudar uma
pessoa necessitada. O restante dinheiro
servirá para fins similares da Juventude
Mariana Vicentina.
“Foi vergonhoso pedir dinheiro às pes-
soas. Percebi que mendigar é algo ao que
nunca uma pessoa se acostuma, ainda
que tenha que fazê-lo para sobreviver”,
disse um dos jovens.
Mendigar e dormir numa caixa de papelão
toda a noite ajudou-os a ter mais empatia
aos menos afortunados. São Vicente ensi-
nou-nos a trabalhar com o exemplo das
mãos que se estendem rumo a outros
com amor e compaixão. Esta experiência
da Missão da Caixa de Papelão faz-nos ver
o que significa ser pobre.
Ajudou-nos a perceber as pessoas desfa-
vorecidas ao nosso redor. Às vezes segui-
mos as nossas vidas sem ver aqueles que
deveríamos estar servindo.”
A Juventude Mariana Vicentina tem pro-
gramas de ajuda comunitária ao serviço dos mais pobres. Oferecemos durante o ano várias viajens missionárias nas
quais podem participar membros de todos grupos juvenis.
Os 28 jovens que participaram em Missouri vieram de Santa Genoveva, convidados de Perryville e de Cabo; outro
grupo da JMV de Bloomington, Illinois, participou também desta experiência. Os dois grupos conseguiram arrecadar
mais de 8.000 dólares para servir aos pobres. Queremos agradecer a todos os que colaboraram para a realização des-
ta maravilhosa experiência. Muitos negócios locais e particulares foram habitantes ausentes dentro das caixas de
papelão através de suas doações generosas.
Lynn Davis #JMV EUA
(Fonte: Boletim Internacional da JMV)
Missão da Caixa de Papelão na JMV Estados Unidos da América
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SER JMV – UMA GRAÇA
Caro jovem, já tomaste consciência de que ser JMV é uma
graça que recebeste, através de Maria, nossa fundadora?
E Deus serviu-se também de outras pessoas para te con-
ceder esta graça.
Vou contar-te a minha história de, como padre vicentino
já, e não estando ainda ao par do que era ser JMV, ser
convidado por uma pessoa leiga cujo filho tinha participa-
do no primeiro Encontro Nacional no Seminário de Santa
Teresinha. Estava em Salvaterra de Magos a trabalhar. E
o convite aconteceu em Agosto de 1986. Aceitei o con-
vite e lá fui eu para Oleiros em finais de Agosto e de
férias. Fui elucidado pelos próprios jovens, meus primei-
ros catequistas na JMV. Fui e fiquei até hoje. Deus serviu-
se desta pessoa para me conceder esta graça, início de
tantas graças que tenho recebido através de vocês, meus
amigos
E, certamente, cada um de vós também tem a sua histó-
ria, bonita e maravilhosa, para contar e dela fazer memó-
ria durante toda a vossa vida.
SER JMV – UMA RESPONSABILIDADE
O Senhor ao conceder-nos esta graça, também nos
incumbiu de uma grande responsabilidade: de sermos
bons filhos seus, bons filhos de Maria, bons irmãos de
Jesus Cristo e bons imitadores de São Vicente de Pau-
lo.
O tema deste ano é “Ser vicentinos, um estilo de vida
para hoje”. Para hoje e sempre! Ser vicentino é ser
imitador de São Vicente de Paulo que apanhou por
dento a própria missão de Jesus Cristo: “O Senhor
enviou-me a anunciar a Boa Nova aos pobres”. E há
que reconhecer nos pobres o próprio rosto de Cristo
que nos diz: “Tudo o que fizerdes aos mais pequeni-
nos é a Mim que o fazeis”.
Boa e nobre missão esta de ser imitador de Jesus
Cristo no campo da missão e da caridade. É uma
Graça e uma responsabilidade.
Como corresponder a esta graça e responsabili-
dade? A oração quer individual quer comunitária,
a formação catequética de acordo com o tema
do ano, a participação na liturgia, sobretudo, na
Eucaristia, são a força e a vitalidade para, no
campo da missão e da caridade, desempenhar-
mos bem a missão para a qual Deus nos cha-
mou.
O JMV EM ORAÇÃO
Senhor Deus, nosso Pai e amigo, nós Te damos Graças e
Te bendizemos por nos teres concedido a graça de ser-
mos JMV, que Maria, mãe de Jesus, pediu a Catarina de
Labouré para ser fundada para que os jovens se pare-
cessem cada vez mais com o seu filho Jesus e Teu Filho
também. Nós Te agradecemos o fazermos parte desta
Família Vicentina que tem Vicente de Paulo como grande
inspirador e cujo carisma é o de seguir Jesus Cristo na
atenção muito especial para com os pobres. Derrama
sobre nós o Espírito Santo para que Ele nos ensine e seja
cada vez mais a Luz e a Força para podermos correspon-
der à nobre missão que nos deste.
Que por intermédio de Maria, fundadora da JMV, nos
sejam concedidas as abundantes Graças que Ela nos pro-
meteu. Tudo isto Te dirigimos por Teu Filho Jesus Cristo
que é Deus contigo na unidade do Espírito Santo.
Pe. Leitão dos Santos, CM
#Assessor Regional Sul
Ser JMV
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Queridos membros da JMV:
Recebam uma saudação carinhosa e fraterno neste dia espe-cial do 182º aniversário da 1ª aparição da Virgem Maria a Santa Catarina e o início da aventura JMV!
Este ano, estou pensei especialmente em Santa Catarina, a mensageira da Virgem. É estranho notar como ela parecia não ter nada que dizer ao mundo, assumindo uma vida de silêncio e entrega. No entanto, sua vida, colocada a disposi-ção da Mensagem da Medalha, mudou muitas vidas, inclusi-ve as nossas. Ela foi instrumento para que hoje possamos ser membros da Associação e servir, a partir dela, a Cristo nos mais desfavorecidos. Sabemos que esse privilégio de haver visto e falado com a Virgem não “mudou nada”, mais que lhe ajudou a ser ainda mais fiel à promessa que fez quando era apenas uma criança: “A partir de agora, serás minha mãe”.
A vida simples de Catarina, vivida de maneira extraordinária, nos interpela. Vejamos com atenção três aspetos da mesma. Primeiro, sua fidelidade no cotidiano, verdadeiro segredo de santidade. O Senhor nos quer fiéis no pequeno. Creio que hoje nos pode transformar o redescobrir o santo e o santifi-cador que são as pequenas coisas do dia a dia: realizar bem nosso dever (estudo, trabalho, etc.); viver todas as nossas relações interpessoais a partir do Evangelho e em fidelidade a nossos valores; ter presente, em cada uma de nossas pequenas decisões cotidianas, a causa do Reino e a constru-ção de uma sociedade mais justa em relação aos homens e a terra; e peregrinar nesta terra com os olhos postos em nossa pátria eterna. Depois, sua confiança no poder da oração. Em suas anotações autobiográficas, escreve que ao escutar uma instrução no seminário sobre os Santos e a Virgem: “Me produziu um desejo tão grande de ver à Santa Virgem que pensei que ela me concederia essa graça. Este desejo era tão forte que eu estava convencida de que a veria linda, em toda sua beleza. Eu vivia com essa esperança.” Outras anotações mencionam sua oração a São Vicente pedindo pelos outros e por ela. A oração, como lugar de encontro de coração a coração com o Senhor e seus amigos, era um elemento essencial da vida diária de Santa Catarina; uma oração baseada na confiança, feita a partir da esperança e certeza de ser escutada, e vivida em estreita conexão com a leitura orante da Palavra e dos acontecimentos. Hoje também, a oração constitui uma dimensão essencial para viver a fideli-dade no cotidiano e cumprir nossa missão pessoal. Chama a atenção como muitas redes sociais estão se convertendo em espaços de apostolado, de oração e de apoio mútuo, ainda que não possamos ignorar o risco de adição a esses meios e de uma redução da oração à petição. Neste último ano, o uso do Facebook me ha dado a oportunidade de refletir sobre a comunhão dos santos. De fato, com este meio, faz-se palpável o apoio mútuo que nos oferecemos através da oração e as palavras e/ou imagens que intercambiamos. Ao mesmo tempo, se manifesta como um alma que se eleva santifica a outros e um alma que se rebaixa (com imagens ou palavras inapropriadas) afeta a outros. Nunca esqueça isso ao utilizar esse meio. É meu desejo para cada um que, no cotidiano, Santa Catarina nos siga inspirando como modelo de santidade fundamentada na oração, na simplicidade e na fidelidade.
E um terceiro aspeto da vida de Santa Catarina que pode nos inspirar é sua perseverança. Nem a resistência de seu con-fessor, nem as dificuldades lhe fizeram retroagir no que tinha que fazer. Essas atitudes lhe permitiram viver plena-mente seu ser de Filha da Caridade, conseguir a cunhar a Medalha e ser testemunho do lançamento do primeiro gru-po da JMV. Esta mesma perseverança deve caracterizar hoje nosso caminhar como Associação. Nossos grupos, nossos Conselhos, nossos membros podem viver crises, mas nos deve animar o saber que este projeto não é nosso; é o desejo de nossa Mães e é Ela quem leva as rédeas da JMV. Somos apenas servidore(a)s de seu sonho, discípulos do Mestre com Ela, escravo(as dos pobres.
Esta perseverança deve manter nosso caminhar enquanto prosseguimos nossa Campanha Internacional de Autofinan-ciamento. A partir de 08 de dezembro de 2011, data de seu lançamento, conseguimos arrecadar 25.715,00 euros e 26.322,00 dólares, até o dia 15 de junho de 2012. A maior parte nos chegou de doadores membros da FV. No entanto, não queremos esquecer que esta campanha é nossa e que deve ser sobretudo o fruto de nossos esforços. Por isso dese-jo recordar-lhes que uma fundação está disposta a oferecer $25,000 se nos, membros, grupos e Conselhos da JMV, con-seguimos arrecadar esta mesma quantidade antes de junho de 2013. Até agora, arrecadamos 1.778,00 euros por nossos próprios meios e estamos longe do objetivo estabelecido pela fundação. Espero que nos próximos meses, todos os países se animem a pagar sua cota anual 2012 (que a forma-rá parte da campanha) e a enviar ao Secretariado as outras colaborações da campanha. O podemos fazer e estou segu-ra que poderei compartilhar boas notícias a respeito em minha carta do próximo ano.
Enquanto celebramos este ano o aniversário da Associação, vários representantes da JMV de América Latina estão reu-nidos em Quito (Equador) para viver o EMLA, Encontro-Missão de muita importância para JMV no continente. O recomendo a suas orações. Mais um ano, a JMV será recor-dada na Rue du Bac nesse dia. Cheios de confiança na pre-sença materna de Maria ao nosso lado, sigamos nosso cami-nho rumo a santidade como pessoas e como comunidades. Que este 18 de julho seja a oportunidade de um novo come-ço que nos mantenha fiéis ao que somos e ao que estamos chamados a ser.
Feliz Aniversário, JMV!
Yasmine Cajuste
#Presidente Internacional
Mensagem da Presidente Internacional para o 18 de julho de 2012
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Com o objetivo de fazer crescer esta grande família, ao lon-
go deste ano o Conselho Regional Centro visitou três possí-
veis novos grupos, que são os grupos de Oliveira de Frades,
Vila Seca (Condeixa) e Mões (Castro D´Aire).
Apesar de estarem ainda em fase “embrionária” temos a
convicção de que em breve a família JMV poderá estar
maior na região centro.
Sempre com uma esperança renovada, a JMV continua a
fazer com que a chama Vicentina não se apague na região
centro. Há sempre mais e melhor a fazer, mas ficamos feli-
zes por termos vivido estes momentos nos últimos meses.
Sérgio Caseiro #Vogal de Imprensa CR Centro
É com muito orgulho e satisfação
que vejo que a minha região reno-
var-se, estão a nascer dois gru-
pos: um no Sardoal que fica aci-
ma do Tejo, na zona Norte da
região sul e outro em Sines mes-
mo abaixo do Tejo, na zona Sul
da região!
Quando me perguntam se sinto
“pena” por um grupo morrer?
Eu já consigo responder que Não
porque “é preciso que a semente
morra para que dê muito fruto”.
Claro que é sempre difícil ver um
grupo desaparecer e tentamos
sempre que isso não aconteça
mas às vezes é preferível e a prova disso é a Região Sul, relembro (não sei se por esta ordem): Feijó, Alferrarede,
Marinhais, Nisa, Galinheiras, A-dos-Negros, Achete, Cabeça das Mós deram lugar a Achada, a Alferrarede, a Paialvo,
a Marinhais, a Carvalhal, a Cernache do Bonjardim, a Sobreiro, a Mafra, a Sobreira Formosa …
Sardoal já apresenta sinais fortes e sólidos para fazer uma caminhada responsável, tem mantido uma boa relação
com o seu paróco e com a paróquia, já sonha com a sua entrada oficial para a JMV.
Sines começa a dar os seus primeiros passos, iniciou a formação do grupo com a apresentação dos pilares da JMV e
também já marca presença em encontros.
Caros JMV´S, particularmente conselho regional sul, temos uma grande tarefa nos anos que se seguem, se por um
lado nem as longínquas distâncias entre os grupos nos detêm por outro aumenta a nossa responsabilidade para com
estes novos grupos e para com os que já têm caminho trilhado.
Saibam que estarei a acompanhar-vos de longe e que podem contar sempre com as minhas orações!
Ritalexandra Bemposta #Vogal de Formação CR Sul
Renovar-se
Renovação na Região Centro
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O Conselho Nacional da Juventude Mariana Vicentina de Portugal escolheu o tema "Vicentinos, um estilo de vida
para hoje!" para o Ano Pastoral 2011/2012.
Nesse sentido, foi lançado um desafio a todos os jovens para criarem um hino para este ano, bem como um logótipo
que representasse este tema.
Os vencedores foram os seguintes:
- Logótipo: Centro Local de Paialvo (Fábio Mendes)
- Hino: Centro Local de Orgens (Alice Santos e Renato Ferreira)
HINO
“Vicentinos, um estilo de vida para hoje!”
Sol
Pudera eu ser tuas mãos,
Dó Ré
Ser esperança, ser semente…
Sol
Inventar-me na caridade
Dó Ré
Ser modelo de Vicente.
Hoje grito com vontade
Que sou capaz em cada passo,
De ajudar o meu irmão
Ser vicentino em tudo o que faço.
Ré7
Sol
Sei que sim…
Dó
Que amor é inventivo
Sol
Que a caridade é o caminho,
Dó Ré
Do mundo onde faço a diferença.
Sol
Sei que sou,
Dó
Vicentino no meu viver,
Sol
Olho os pobres como meus irmãos,
Dó Ré
E com eles aprendo a “Ser”
Dó Ré
E minha vida enche-se de Ti
Sol Ré Mi-
Sempre me entrego a meu irmão.
Dó Ré
Sou vicentino hoje e sempre,
Sol
Dou-te meu coração.
Letra: Alice Santos
Música: Renato Ferreira
Logótipo e Hino da JMV Portugal para o Ano 2011/2012
Explicação do Logótipo Vencedor:
O logótipo remete para a forma do peixe , símbolo dos
primeiros cristãos, e dentro dele existe um conjunto de
pessoas que lhe dão vida.
A pessoa do meio tem uns auscultadores para simbolizar
a modernidade e a vida de hoje.
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De 12 a 21 de agosto, um grupo de jovens da Juventude Mariana Vicentina de Portugal estiveram em Madrid
(Espanha), para participar em dois encontros internacionais de jovens: o Encontro Internacional de Jovens Vicentinos
(EJV) e as Jornadas Mundiais da Juventude (JMJ).
O Encontro Internacional de Jovens Vicentinos teve início no dia 12 de agosto e reuniu cerca de 2000 jovens vicenti-
nos de todos os continentes, tendo estado presentes 115 jovens portugueses. O nosso grupo ficou instalado num
colégio das Irmãs Filhas da Caridade de São Vicente de Paulo, onde também ficaram os jovens brasileiros e italianos,
o que proporcionou uma vasta troca de experiências com jovens de outras culturas que, como nós, são inspirados por
São Vicente de Paulo.
Este encontro, sob o tema “Vicentinos, um estilo de vida para hoje”, teve como objetivo mostrar aos jovens o que é
ser vicentino e a importância que os jovens vicentinos têm na sociedade atual, onde a pobreza e a falta de Fé se pro-
pagam a grande velocidade. Com vista a cumprir este objetivo, durante este encontro assistimos a várias catequeses,
dadas de acordo com grupos linguísticos. A primeira delas abordou a identidade do jovem vicentino – viver, contem-
plar e servir –, o qual deve “ser, não aparentar”. Jesus chama os jovens vicentinos a ser “sal da terra e luz do mundo”,
a ser suas testemunhas e, por isso, cabe-nos a nós deixar marcas na nossa caminhada e resistir à homogeneização de
culturas, mantendo as nossas características.
A segunda catequese abordou a vida e os ensinamentos de São Vicente de Paulo, nosso patrono, permitindo conhe-
cer melhor o seu percurso e os frutos que poderemos dar se permanecermos no Pai. Na terceira catequese, que abor-
dou o tema “Com Maria, semeemos a esperança”, percorremos vários momentos do percurso da nossa Mãe do Céu,
a principal semeadora de esperança, e fomos interpelados a seguir o seu modelo.
Para além das catequeses de formação, foi-
nos dada a oportunidade de visitar várias
obras vicentinas da cidade da Madrid – cen-
tros de apoio aos imigrantes, lares de idosos,
casas de apoio aos sem-abrigo, centros edu-
cativos de crianças seropositivas, escolas – e
de assistir a palestras sobre temas atuais e
de bastante importância para o jovem vicen-
tino – a mudança sistémica e a presença
pública dos jovens vicentinos na sociedade.
O Encontro de Jovens Vicentinos incluiu
também Eucaristias conjuntas, uma Vigília
Mariana – momento propício para nos apro-
ximarmos mais de Maria – e uma festa de
folclore, onde o grupo português deu a
conhecer aos jovens dos outros países três
tradições bem portuguesas – um rancho
folclórico, uma marcha popular e o bailinho
da Madeira. Este encontro terminou no dia 15 de agosto, com um festival vicentino, que reuniu todos os vicentinos
num ambiente cheio de festa onde mostrámos a alegria que é viver em Jesus Cristo.
No dia 16 de agosto tiveram início as Jornadas Mundiais da Juventude, encontro que viria a reunir os jovens de todo o
mundo a pedido do Papa Bento XVI, com o tema “Enraizados em Cristo, Firmes da Fé”. Neste primeiro dia, tivemos
oportunidade de conhecer melhor a cidade de Madrid, que tão bem nos acolheu. Visitámos o Museu do Prado, o
Museu Rainha Sofia, a Catedral de Nossa Senhora de Almudena, o Palácio Real, as Praças Maior, do Sol e de Espa-
nha, entre outros locais bem característicos. No final do dia, assistimos à missa de acolhimento, celebrada pelo
Senhor Cardeal Arcebispo de Madrid. Este foi o primeiro momento em que nos apercebemos da verdadeira dimen-
são das Jornadas, ao ver milhares e milhares de jovens de todo o mundo reunidos na Praça de Cibeles e arredores.
Foi um intenso momento de comunhão, o qual seria o pontapé de partida para um encontro único e inesquecível.
No segundo dia das Jornadas estivemos presentes numa catequese dada pelo Senhor Arcebispo de Braga, D. Jorge
Ortiga, e à noite assistimos ao musical “Wojtyla”, espetacularmente representado por um grupo de jovens portugue-
ses de Cascais. Este musical levou-nos a uma viagem sobre a vida do Papa João Paulo II, o Papa dos jovens, e fez
também referência às várias Jornadas Mundiais da Juventude, ajudando-nos a refletir sobre o propósito da nossa ida
a Madrid e sobre a forma de respondermos ao chamamento que nos foi feito.
JMV de Portugal nas Jornadas Mundiais da Juventude Madrid’11
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No dia 18 chegou o grande dia: o Papa chegaria a Madrid para se juntar aos jovens. Foi ao final da tarde que, mais
uma vez na Praça de Cibeles, os jovens se reuniram, mas desta vez para receber o Papa Bento XVI. Todos vivemos
momentos únicos por estar tão perto de Sua Santidade e pelas palavras que nos foram dirigidas. É inimaginável a
quantidade de jovens presentes e que bem alto gritavam “Esta é a juventude do Papa”.
No dia seguinte, visitámos o Parque do Retiro, onde decorreu uma Feira Vocacional e a Festa do Perdão. Além disso,
neste parque pudemos descansar para a grande manifestação de Fé que se seguiria ao final da tarde – a Via Crucis,
com imagens em tamanho real, utilizadas normalmente na Semana Santa espanhola, e cedidas por várias paróquias
de toda a Espanha. Foi, mais uma vez, um momento de rara beleza ver todos os jovens percorrer as várias estações
da Via Crucis, celebração presidida pelo Santo Padre.
No dia 20, ao final da manhã, foi altura de rumar ao Aeródromo de Quatro Ventos, onde à noite o Santo Padre iria
presidir à Vigília de Oração. Este foi o momento em que finalmente se reuniram todos os jovens que participaram
nas Jornadas, tendo por isso sido possível tomar consciência do encontro em que estávamos a participar: ver dois
milhões de jovens reunidos em torno do mesmo propósito – seguir Jesus Cristo – foi realmente uma visão esmagado-
ra. Para qualquer lado para onde se olhasse era impossível ver onde terminava a multidão. Foram momentos menos
confortáveis (devido ao forte sol e calor intenso) mas que, com o auxílio da nossa Fé, foram facilmente superados.
Nessa noite, o Santo Padre presidiu à Vigília de Oração, a qual decorreu debaixo de uma forte tempestade; mas isso
não desmobilizou os jovens de estar em oração com o Papa, mostrando a firmeza da nossa Fé em Cristo. Esta noite
foi passada no Aeródromo, onde os jovens dormiram todos juntos à luz da lua, esperando o último dia das Jornadas.
No último dia, os jovens acordaram com a chegada do Papa ao Aeródromo para a celebração da Eucaristia de encer-
ramento das Jornadas. Nesta Eucaristia, Sua Santidade apelou aos jovens presentes para que fossem missionários
nos seus grupos e nas suas paróquias, e confessou ainda que os jovens precisam da Igreja, tal como a Igreja precisa
dos jovens. No final, fomos enviados para a missão e informados de que as próximas Jornadas Mundiais de Juventu-
de decorrerão em 2013 no Rio de Janeiro (Brasil).
O balanço que fazemos destes dois encontros é muito positivo, tendo ultrapassado largamente as nossas expecta-
tivas. No Encontro de Jovens Vicentinos foi muito bom estar com outros vicentinos que, como nós, seguem Jesus
Cristo inspirados por São Vicente de Paulo, através do auxílio aos mais pobres e da evangelização. Este encontro foi
muito relevante para aprofundarmos a espiritualidade vicentina e para conhecer como os outros jovens vicentinos
vivem essa espiritualidade nos seus países.
As Jornadas Mundiais da Juventude foram surpreendentes, quer pela oportunidade de estar tão perto do Santo
Padre, quer pela experiência única de orar em conjunto com dois milhões de jovens que, como nós têm em Jesus
Cristo o seu ideal. Foram momentos de rara beleza e indescritíveis por palavras; por isso, agradecemos a Deus a bên-
ção que nos deu em poder participar nesta peregrinação, que recomendamos a todos os jovens. Esperamos em 2013
poder voltar a estar com o Santo Padre, no Rio de Janeiro, nas próximas Jornadas Mundiais de Juventude.
António Clemente #Vogal Nacional de Informação e Comunicação
JMV de Portugal nas Jornadas Mundiais da Juventude Madrid’11
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Como o meu cargo atual no meu centro
local é o de vogal de Missão e Caridade,
achei que não havia nada melhor do que
fazer voluntariado para perceber como
desempenhar melhor a minha função.
Uns imprevistos fizeram com que fosse
sozinha de Alcainça e iria passar a semana
com alguém que não conhecia, mas a
vontade de servir o outro era maior e nun-
ca pensei em desistir porque aquilo era
algo que já queria fazer à muito. Assim,
entre os dias 18 e 22 de Dezembro, lá fui
eu para o Externato de S. Vicente de Pau-
lo. No primeiro dia tivemos uma pequena
formação para nos preparar para os dias
seguintes. Entregaram-nos também um
plano de atividades para os dias seguin-
tes, em que iríamos estar com idosos,
crianças e sem-abrigo.
Na manhã do dia seguinte dirigimo-nos, ainda a medo
para os locais previstos, porque a casa é enorme e tínha-
mos medo de nos perder e porque não sabíamos o que
esperar. Apesar de algumas das coisas não nos serem
completamente estranhas, aquela experiência era nova
para nós e é impossível conter aquele nervosismo inicial.
Ajudada pela minha colega, consegui esquecer estes
receios e tudo correu bem. Depois criou-se uma cumplici-
dade e a Carla foi uma grande ajuda e uma excelente
companheira. As irmãs foram sempre espetaculares, e
deram o seu máximo para nos fazer sentir bem recebidas
e parte do sucesso desta experiência é mérito delas por-
que são um grande exemplo.
Ao fim de algum tempo, as pessoas já se tinham habitua-
do à nossa presença e sentia-me mais útil. Qualquer tare-
fa era bem recebida e a vontade de ajudar crescia, bem
como aquela recompensadora sensação de estar a fazer
algo bom. Ali conseguia verdadeiramente perceber a
importância que uma simples palavra, um pequeno gesto
ou um amável sorriso podem ter. É certo que todas pes-
soas ali servidas pelas irmãs e por quem trabalha com
elas é bem tratado, mas com tantas coisas para fazer, às
vezes falta o tempo para parar um bocado e simplesmen-
te conversar com as pessoas. No fundo acho que a nossa
missão era, para além de auxiliar as irmãs, dar algum cari-
nho e atenção àquelas pessoas e posso dizer com certeza
que é dando que se recebe.
Gostei particularmente do tempo passado com as irmãs
que estão no lar, pois aceitavam tranquilamente as limi-
tações que a idade lhes trouxe e apenas tinham pena de
não poderem desempenhar as funções que antes desem-
penharam, pois apenas queriam continuar o seu serviço.
Estava espelhada nelas uma vida inteira dedicada aos
outros, e as suas histórias enchiam-nos o coração. O espí-
rito vicentino ainda estava bem presente nelas e as que
estavam mais ativas auxiliavam as outras naquilo que
precisassem.
Aprendi muito com todas as pessoas com
que me cruzei naqueles dias, e as pequenas
formações que tivemos com as irmãs foram
importantes momentos de reflexão. Depois
daqueles dias percebi finalmente porque S.
Vicente se deixou cativar pelos mais pobres e
não consigo imaginar uma maneira mais
bela de louvar a Deus do que amando o pró-
ximo.
Aconselho vivamente que façam voluntaria-
do porque sairão mais ricos e porque não há
maneira melhor de perceber o que é ser
vicentino.
Alexandra Cruz #CL de Alcainça
JMV em Missão
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Pertenci à JMV (Agilde – Celorico de Basto) durante 8
anos, participei em encontros entre vários grupos de
jovens da JMV, participei e ajudei na organização e concre-
tização de atividades para a comunidade de Agilde, visitei
lares de idosos e os doentes da freguesia, entre outras
atividades. Quero com isto dizer-vos que sempre necessi-
tei de partilhar e participar em experiências solidárias com
os outros. Adorava e adoro conviver com pessoas, conhe-
cer pessoas de outros locais e ajudar sempre que esteja ao
meu alcance. No entanto, nunca tinha experimentado o
voluntariado. Quando surgiu esta oportunidade em
Dezembro, resolvi abraçar este desafio. Até porque senti
que esta oportunidade ajudar-me-ia a tornar-me mais for-
te e encorajar-me-ia para enfrentar os desafios que estão a
ser “impostos” à nossa sociedade. Vou partilhar convosco
um pouco da experiência vivida na semana (de 17 a 23 de
Dezembro de 2011) de voluntariado na congregação das
irmãs de São Vicente de Paulo no Campo Grande em Lis-
boa.
Durante a semana, foi elaborado um calendário com dife-
rentes tarefas onde estava estipulado o que devíamos
fazer em cada dia e durante toda a semana. Destaco: lar e
centro de dia; lar das irmãs de São Vicente de Paulo; Cre-
che; prestar auxílio nos almoços aos sem-abrigo; desenvol-
ver atividades com alunos do ATL. Posso começar por vos
dizer que foi muito enriquecedor conviver com os doentes
e idosos do lar e centro de dia. Ouvir o relato daquelas
pessoas, conhecer o percurso das suas vidas, ouvir o que as
angustiava, etc. A nós apenas competia aproximarmo-nos
delas, darmos o nosso carinho, iniciar o diálogo, porque
logo as pessoas falavam. Senti, que a maioria daquelas
pessoas nutria falta de afeto, sentia-se abandonada pelas
famílias e amigos e era notório a necessidade em falar e
que alguém as ouvisse e as reforçasse positivamente.
Prestamos auxílio nos lanches, foi também uma forma de
contactarmos mais de perto com estas pessoas.
Na creche foi também gratificante o convívio com os
bebés, tão inocentes, meigos e ao mesmo tempo indefe-
sos. Brincamos com eles e dêmos-lhes carinho e afeto. No
ATL, elaboramos postais de Natal com as crianças. Houve
uma grande adesão, empenho e entusiasmo por parte das
crianças. O resultado foi bastante enriquecedor. Durante a
atividade, estabeleceu-se uma grande empatia entre nós e
as crianças, quando nos cruzávamos nos corredores ou no
recreio vinham ter connosco sempre com uma palavra
amiga.
Sem dúvida que a tarefa na qual dedicamos mais tempo
foi ao serviço dos sem-abrigo. Durante toda a semana,
ajudamos na preparação dos pequenos-almoços e servi-
mos os almoços. Prestei ainda apoio a um sem-abrigo
(guineense) na leitura e escrita, uma vez que não sabia ler
nem escrever. Esta foi sem dúvida a tarefa do voluntariado
que me marcou imenso, tomar conhecimento da quanti-
dade de jovens e menos jovens que recorrem à ajuda deste
tipo de serviço. Conhecer algumas das histórias de vida
sofrida destas pessoas (sem-abrigo) foi sem dúvida duro.
Outra tarefa que adorei, foi o lar das irmãs. Contactar e
ouvir as histórias exemplares de entrega pelos outros foi
maravilhoso. As irmãs revelaram uma paz, tranquilidade e
dever cumprido impressionantes. O contacto e convívio
com as irmãs, foram momentos inesquecíveis, que hei-de
guardar sempre no meu coração. Sem dúvida que quem se
entrega por uma causa e tem gosto por tudo aquilo que
faz, só pode mesmo transmitir aos outros toda aquela
serenidade da qual fui testemunha.
Com este voluntariado reforcei o verdadeiro sentido da
amizade, da partilha, da gratidão, da oração, da Fé e da
esperança. Fui testemunha da força da irmã Celeste em
ajudar todos aqueles sem-abrigo, a luta em conseguir jun-
to das instituições bens de sobrevivência, a capacidade de
diálogo demonstrada pela irmã com os sem-abrigo, a
entrega da irmã por aquela causa – ajudar e em dar bons
conselhos.
Esta experiência permitiu-me conhecer novas realidades,
apesar de saber que elas existem, nada melhor como
vivenciar uma experiência como esta, deixa-nos alerta das
diversas situações em que o ser humano está constante-
mente inserido, é uma forma de nós olharmos mais para
os outros e desvalorizarmos certos problemas que temos,
que por vezes não são problemas quando comparados
com outros. Os resultados de praticarmos o amor e a
entrega por uma causa nobre são sem dúvida gratificantes
para a nossa vida. Ajuda-nos a crescer, a sermos menos
egoístas e mais solidários. Aprendi ainda que a nossa força
se encontra na nossa disponibilidade, no nosso querer.
Quero ainda expressar-vos a minha admiração por todo o
trabalho desenvolvido por todas as irmãs que estão no
ativo e mesmo as que não estão, que de uma maneira ou
de outra contribuem com a sua experiência, que incansa-
velmente se dedicam aos outros. Quer no lar e centro de
dia, no apoio e carinho que dedicam aos doentes e idosos;
no lar das irmãs, igualmente acarinhadas; na creche; nos
sem-abrigo; às crianças que frequentam o ensino básico,
etc.
Quero ainda acrescentar a minha gratidão e o meu muito
obrigada à irmã Celeste, que nos acolheu muito bem, todo
o seu carinho e preocupação demonstrada. A todas as
irmãs que se reuniram connosco, que nos deixaram mais
“ricas” pela sua sabedoria e Fé. Às restantes irmãs que
sempre tiveram uma palavra de conforto e esperança para
connosco. À Catarina, à Marta (que quase todos os dias
almoçou connosco), à Alexandra (grande amiga de volun-
tariado).
A todas, o meu muito obrigada, o que fiz, foi bem menos
que o que recebi.
Recomendo a todos os jovens a participação no volunta-
riado, acreditem, que saem reforçados a todos os níveis.
Por isso, pratiquem o voluntariado…
Carla Sofia Ribeiro
JMV em Missão
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Eu fui fazer voluntariado para o externato, pois já tinha pen-
sado em ir mas nunca me tinha chegado à frente porque sen-
tia que ainda não estava preparado.
Quando comecei na terça-feira de manhã, estava com um
pouco de receio que algo corresse mal, mas acabei por ultra-
passar essa barreira logo no primeiro contacto que estive
com as crianças do ATL, comecei logo a perceber que estava
a começar bem e vi que não era assim tão difícil.
O que tirei de melhor desta experiência, para além de todas
as outras que foram também muito boas, foi ter estado na
creche com as crianças mais novas, pois nunca tinha estado
tão próximo de bebés. Ali percebi que eles precisavam muito
de nós e foi onde me senti mais útil.
Gostei muito de ter feito esta experiência de uma semana e
vou ter de repetir. Não vou ficar por aqui e acho que todos
nós deveríamos experimentar, isto é, dar um pouco mais de
nós aos outros.
Daniel Salvador #Vogal de Imprensa do CL de Paialvo
Apesar de não ter sido a primeira vez que fiz missão nestes moldes, é único! Já tinha tido outras oportunidades, mas
em cerca de 11 ou 12 anos em que já sou JMV, sentia que tinha dado muito pouco de mim a estas pessoas… os anos
vão passando, primeiro por medo, depois por preguiça, depois porque vamos adiando adiando… e o tempo passa!
Lembro-me da primeira vez que fiz missão, estava cheia de medo e por isso concordei em ficar apenas alguns dias e
não uma semana como estava estipulado. Na altura eu achava que as pessoas que nasciam com deficiências, quer
físicas, quer mentais, eram infelizes, pensava muitas vezes qual o sentido da vida delas, este mundo parecia não ter
lugar para elas, sentia que não as sabíamos acolher… nessa altura pude testemunhar o quanto estava ERRADA. Ain-
da hoje me lembro da Quaresma e como ela me marcou, vivi dias plenos de felicidade e apercebi-me que felizmente
ainda há quem cuide tão bem destas pessoas
e… as ame! Apercebi-me que afinal elas
podem ser felizes, talvez até mais felizes que
eu ou tu, que apenas preocupamos com coi-
sas fúteis do nosso dia a dia, elas vivem outra
dimensão.. elas são felizes.
Mas depois surgiu outra questão: nos dias em
que fiz missão eu nunca fui essencial na casa
onde estava, estava tudo já tão bem organi-
zado e tão bem preparado que eu não fazia
qualquer diferença (é que quando fui fazer
missão pensei que precisavam de mim, que a
minha ajuda era muito importante para fazer
camas, dar comida, etc.), mas a verdade é
que eu estar ali ou não aquelas pessoas iriam
ser igualmente bem tratadas.. e felizes. Então questionei-me: se a minha ajuda não é essencial porquê abdicar do
meu tempo e fazer missão? E a resposta foi-me dada: ainda que a minha mão de obra não seja imprescindível, eu,
enquanto pessoa sou importantíssima, sou alguém que vem do mundo exterior com o qual eles nem sempre podem
ter contacto, sou novidade na vida rotineira deles, sou uma nova cara, uma nova presença… e por isso faço diferença.
No Pousal descobri novos amigos e, até uma paixão J foram dias diferentes, e mesmo que as mesmas atividades de
sempre, eram com pessoas diferentes J e apesar de ser tão pouco tempo no final já os conhecíamos um pouco: a sua
maneira de ser, as suas necessidades, e até as auxiliares. Já sabíamos quem queria ir passear até à rua, ou quem pre-
feria ficar a jogar dominó e ganhar sempre, ou até mesmo quem queria anunciar os números do bingo…
Foram dias de entrega, em que deixei o stress do dia a dia, a agitação e fui procurar a tranquilidade e aprender a viver
JMV em Missão
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Esta foi a minha estreia em missão, uma semana que
me fez crescer e ver o outro lado de uma realidade
totalmente diferente. Cheguei com um pouco de
receio, não sabia mesmo o que fazer, mas tudo
mudou quando o à vontade e a alegria daquela gente
me contagiou! Com o tempo já nos pediam para os
tratar por tu…
Foram momentos de intensa aprendizagem, pois ali
entendi a importância de um simples sorriso, descobri
que só vivendo em comunhão podemos ser felizes. E
que sentido levam aquelas pessoas na vida!? Foi a par-
te mais chocante da minha missão, perceber que
aquelas pessoas nunca vão ter uma vida como cá fora,
nunca vão estudar, nunca vão ter um emprego, e que
alguns deles, nem nunca conseguirão levar a comida à
boca com as próprias mãos! Contudo, sei que ali, no
Pousal, são amados como são, como verdadeiros filhos de Deus!
Quando cheguei a casa perguntavam-me: Então, gostaste? Foi muito difícil? E eu, com um sorriso na cara, até achei
estranho estar a explicar e não precisar de fazer gestos para me entenderem! Mas, sim, claro que gostei, e quero
repetir! Decerto se criou uma empatia com muitos deles que não tornou fácil a hora do adeus. Mas, em breve volta-
rei!!
José Ribeiro #CL de Cernache do Bonjardim
Outro Campo de Missão foi o Telhal, onde foram 5 jovens
da Achada com ótimo projeto “Find@ no” foram desafia-
dos a fazer uma passagem de ano diferente. Estiveram
nesta aventura entre o dia 28 de Dezembro até dia 1
Janeiro.
“(…) Pode parecer pouco tempo mas realmente fez diferen-
ça em mim. Conheci pessoas que me fizeram refletir e
repensar a maneira de ver a minha vida. (…) Pessoas que
nós deitamos a baixo e menosprezamos apenas por serem
diferentes são as que de melhor nos desejam.”
Sara Mendes
“Foi uma passagem de ano totalmente diferente das outras
porque em vez de pensar em mim tive a possibilidade de
ajudar os outros e levar lhes muita alegria. Espero poder lá
voltar e levar muito mais alegria para as pessoas que lá se
encontram.”
Joana Batalha
“Mesmo doente lá fui eu para o Telhal, a dois dias antes da
passagem de ano. Uma energia contagiante eu trouxe de
la, no momento do adeus não queria vir embora, mas teve
de ser e um até breve ficou. O mais marcante: os sorrisos e
a felicidade dos doentes.”
Filipa Freire
“Gostei mesmo muito. Foi uma experiência a repetir. Aque-
las pessoas ficam felizes e dão imenso delas enquanto nós
lhes damos um simples abraço, conversa ou até mesmo
um sorriso.”
Sara Batalha
“Eu apenas lhes respondia que precisava de me sentir “em
casa”, o Telhal é realmente uma segunda casa para mim, lá
encontro Deus no próximo, encontro uma Família capaz de
me acolher seja quando for, encontro tanta coisa que me
preenche e não consigo dar nem metade daquilo que rece-
bo. Encontro uma Família capaz de me acolher seja quando
for, encontro tanta coisa que me preenche e não consigo
dar nem metade daquilo que recebo.”
Patrícia Coelho
#CL da Achada
JMV em Missão
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Este ano as nossas férias da Páscoa começaram de
maneira diferente; começaram talvez, da melhor maneira
para nós, e da pior visto na mentalidade de muitos outros
jovens. A 1ª semana, foi dada ao outro, pois conseguimos
partilhar o nosso tempo com ele, e assim oferecer a nossa
alegria, que foi inteiramente recompensada com toda a
humildade, força, felicidade,… de todas aquelas pessoas.
Esta experiência foi … única, foi talvez a melhor experien-
cia que alguma vez já tivemos, os sentimentos que vive-
mos foram tao profundos que quase nem dá para expli-
car.
Quando chegamos ao Externato, tivemos uma pequena
formação, que foi sem dúvida muito interessante, em que
conseguimos aprender muitas coisas. Foi de certeza pre-
parada/dada com muito amor e entrega (por isso agrade-
cemos desde já, a quem a deu e preparou). No dia seguin-
te começou então esta nossa aventura, se o podemos
chamar assim, tínhamos um programa que tínhamos de
cumprir, e mil e uma coisas para fazer. Tínhamos os ido-
sos, os sem-abrigo e as crianças, como fazíamos um pou-
co de tudo, tínhamos de saber digerir muito bem as nos-
sas emoções, o que por vezes era muito complicado.
Da parte da manhã estávamos no lar das irmãs e na cre-
che, são duas áreas bastante diferentes, mas que adorá-
mos. Na creche estávamos com crianças muito peque-
nas, dos 2 a 3 anos, as crianças só queriam brincar e que
lhe lesse-mos histórias, era sem dúvida algo intenso.
Mas, e o lar das irmãs? Este era onde nos sentíamos feli-
zes, da parte da manhã estávamos com
irmãs já de idade com grande experiência
de vida, onde elas nos contavam histórias
brilhantes, onde elas nos contavam o que
faziam quando eram mais novas, contavam
as suas experiências a fazer missão, conta-
vam sempre tantos episódios, que nós às
vezes até parávamos, e ouvindo todas
aquelas coisas pensávamos “No meio disto,
nós não fazemos nada.”, mas apercebemo-
nos que não, como certas irmãs que ali se
encontravam já não falavam, nos não con-
seguia-mos estabelecer conversa com elas,
mas aprendemos que, elas ate podem não
falarem para nós, mas sentem ali a nossa presença, e ás
vezes só isso muda o dia daquela pessoa, ao sentir a nos-
sa presença, sentem a nossa alegria, e isso é o que real-
mente importa. Depois seguia-se a hora de almoço, que
era onde partilhávamos o que já tínhamos feito durante a
manhã, e sempre que tínhamos dúvidas tínhamos ali uma
pessoa que nos ajudava em tudo (obrigada Marta).
Porém, o dia ainda ia a meio e muito trabalho ainda
tínhamos para fazer, e assim era, dirigíamo-nos para os
sem-abrigo, onde por vezes nos sentíamos um pouco
inúteis, pois nada havia para fazer, pois eles tem as suas
obrigações, mas percebemos que afinal havia muita coisa
para fazer, foi lá que nos apercebemos, que nós temos
tudo, e ainda andamos sempre a falar na crise, nós não
sabemos é dar valor ao que temos, pois nunca nos falta
uma refeição, não nos falta roupa, não nos falta a educa-
ção, … e nós nunca nos lembramos disto, só nos lembra-
mos que queremos um ténis novos, e a minha mãe agora
disse que não, … mas para que servem essas coisas, se o
que mais importa não é isso, o que mais importa é o amor
e a felicidade, aqueles sem-abrigo com quem estivemos,
são pessoas muito simples que a única coisa que querem
é um pouco de comida e alguém que lhes dê atenção. Por
isso, às vezes havíamos de pensar mais nessas pessoas, e
não exigir tantas bem materiais. No fim, voltávamos ao
lar, no entanto já não era o das irmãs, era outro, em que
ajudávamos a dar o lanche aqueles idosos e fazia-mos
companhia a eles, cantávamos com eles, jogávamos com
eles, … era espetacular. Com o dia quase a acabar ainda
íamos até ao ATL, no principio não sabia-mos muito bem
o que fazer ou dizer, mas logo que as crianças nos viram
foram ter connosco e perguntaram o que estava-mos la a
fazer e montes de perguntas, depois aí sim, corríamos,
pulávamos, saltávamos, cantávamos, jogávamos, sei lá,