Jornal Espírita de Uberaba – Ano 10 – Nº 131 – Agosto/2017 Página 1 “Seja útil em qualquer lugar, mas não guarde a pretensão de agradar a todos; não intente o que o próprio Cristo ainda não conseguiu”. André Luiz/Chico Xavier EDITORIAL O ESPÍRITA E O MOVIMENTO ESPÍRITA Atualmente, nas reflexões feitas na Casa Espírita, muito se fala a respeito do Movimento Espírita, sua abrangência e o que fazer para melhorá-lo. Encontramos no livro Cintilação das estrelas, do confrade José Raul Teixeira, excelentes apontamentos do benfeitor Camilo, acerca da temática em questão. Camilo conceitua o Movimento Espírita como: […] movimento dos homens que se sensibilizaram com o chamamento do Consolador, que deve, por isso mesmo, colocar- se a serviço do Cristo, para que Ele conduza o progresso de todos nós, Senhor que é de todos os movimentos de alevantamento do homem da sua indigência espiritual para os labores do seu próprio aprimoramento. Sendo um movimento dos homens, certamente encontraremos em seu bojo as imperfeições e os limites que caracterizam a criatura humana no seu atual estágio de evolução. Contudo, interessados que somos na expansão do Espiritismo, visando à iluminação de consciências e não apenas à conversão do próximo, para que isso ocorra temos que nos Ano 10 – nº 131 – Agosto/2017 – “Fundado em outubro de 2006” RESPONSÁVEL: Luiz Carlos de Souza (Trabalhador na seara espírita em Uberaba-MG) FACEBOOK: Jornal Espírita de Uberaba / TWITTER: @jornalespirita SITES: www.jornalespiritadeuberaba.com.br e www.issuu.com/jornalespiritadeuberaba E-MAIL: [email protected]/ WHATSAPP: (34) 9 9969-7191
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Jornal Espírita de Uberaba – Ano 10 – Nº 131 – Agosto/2017
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“Seja útil em qualquer lugar, mas não guarde a pretensão de agradar a todos;
não intente o que o próprio Cristo ainda não conseguiu”. André Luiz/Chico Xavier
EDITORIAL
O ESPÍRITA E O MOVIMENTO ESPÍRITA
Atualmente, nas reflexões feitas na Casa Espírita, muito se fala a respeito do Movimento Espírita, sua abrangência e o que fazer para melhorá-lo. Encontramos no
livro Cintilação das estrelas, do confrade José Raul Teixeira, excelentes apontamentos do benfeitor Camilo, acerca da temática em questão.
Camilo conceitua o Movimento Espírita como: […] movimento dos homens que se sensibilizaram com o chamamento
do Consolador, que deve, por isso mesmo, colocar- se a serviço do Cristo, para que Ele conduza o progresso de todos nós, Senhor que é de
todos os movimentos de alevantamento do homem da sua indigência
espiritual para os labores do seu próprio aprimoramento. Sendo um movimento dos homens, certamente encontraremos em seu bojo as
imperfeições e os limites que caracterizam a criatura humana no seu atual estágio de evolução.
Contudo, interessados
que somos na expansão do
Espiritismo, visando à
iluminação de consciências e
não apenas à conversão do
próximo, para
que isso ocorra temos que nos
Ano 10 – nº 131 – Agosto/2017 – “Fundado em outubro de 2006” RESPONSÁVEL: Luiz Carlos de Souza (Trabalhador na seara espírita em Uberaba-MG)
FACEBOOK: Jornal Espírita de Uberaba / TWITTER: @jornalespirita
SITES: www.jornalespiritadeuberaba.com.br e www.issuu.com/jornalespiritadeuberaba
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aperfeiçoar individualmente, a fim de que haja reflexos positivos no Movimento Espírita.
Não há como melhorar a qualidade do Movimento Espírita em todos os seus aspectos (doutrinário, expansão com qualidade, formas de divulgação etc.), se os
espíritas não se dedicarem com afinco e seriedade à própria tarefa de autoiluminação. O citado benfeitor assevera que:
[…] no trabalho imensurável da Oficina do Consolador, nosso exemplo e nossa dedicação farão do seu Movimento enobrecido o verdadeiro
retorno dos Irmãos de Jesus, amando e sofrendo para aprender e
ensinar, a fim de que, levantando o Cristo em nós, sejamos capazes de apresentá-lo aos nossos companheiros da estrada humana, vivendo o
entendimento da fraternidade no ministério luminoso. Ao citar o retorno dos Irmãos de Jesus, Camilo está comparando, obviamente, a
disseminação do Espiritismo ao crescimento do Evangelho à época do Cristo e nos três séculos posteriores, porque temos que nos esforçar para conquistar as mesmas
qualidades dos cristãos primitivos (fé, coragem, simplicidade, seriedade etc.), com o escopo de que o amor e a identificação com o Cristo sejam as características primordiais
do espírita e, portanto, do Movimento Espírita.
Para facilitar a reflexão profunda em torno deste tema, Camilo nos
apresenta algumas das principais virtudes pessoais para que possamos
contribuir com a boa qualidade no
Movimento Espírita. São elas: Fé – A racionalidade da fé, alicerçada nos
ensinos espíritas, é de primordial importância, a fim de que o Movimento
Espírita possa crescer com coragem e entusiasmo, sem pieguismos, tendo a
fidelidade do espírita à vivência do Evangelho como usina de força a
sustentar esse Movimento; Afeto aos irmãos – Muito se fala em Unificação do Movimento Espírita, o que, de fato é importante; todavia, somente conseguiremos essa
unificação se houver afeto e respeito entre os espíritas, porque sem a “adesão do coração” não há como se unirem em clima de paz e cordialidade. Aliás, uma unificação
desordenada e sem esse sentimento de afeto e verdadeira amizade entre os espíritas gerará efeitos mais danosos ao Movimento;
Alegria – O espírita deve pautar sua existência na alegria de viver, não obstante
os desafios do cotidiano, porque entende o verdadeiro sentido da vida, de forma que essa energia da alegria que contagia deve repercutir no Movimento Espírita, tornando-o
mais dinâmico e feliz; Caridade e interesse pelo próximo – A fé sem obras é morta em si mesma, já nos
ensinava o Apóstolo Tiago. Deve, pois, o espírita pautar sua vida pelo desejo sincero de servir, ajudando o próximo de forma material ou moralmente, sem preguiça e
reclamação, para que a sociedade identifique que o Movimento Espírita é a mensagem de Jesus convidando- nos à vivência do amor e ao conhecimento das Leis Divinas que
regem a vida; Entusiasmo – Em muitas mensagens da Espiritualidade Superior notamos a
advertência sobre a perda do entusiasmo inicial, pois muitos espíritas, com o passar dos anos, vão perdendo o vigor original, permitindo que o comodismo e a apatia lhes
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prejudiquem o processo evolutivo e, por consequência, tornem apático o Movimento
Espírita; Estudo permanente – Sabemos quão importante é o estudo, a fim de que se
evitem distorções e divergências no Movimento Espírita. Infelizmente, há muitos livros de péssima qualidade doutrinária e teorias esdrúxulas que vêm sendo aceitos pelos
espíritas, em afronta à chamada “pureza doutrinária”. Somente haverá essa pureza se deixarmos de lado o desinteresse e a preguiça, e estudarmos com profundidade as belas
lições que o Espiritismo proporciona.
Nesse sentido, Camilo lembra que: […] atuantes, pois nos arraiais que visam divulgar e desenvolver as
mensagens espíritas, não será demais recordar que as horas de abençoado convívio na experiência doutrinária são como formosos
encontros que objetivam o crescimento da Alma, na troca das energias tão importantes.
Dessa maneira, se o espírita não valoriza as bênçãos da Casa Espírita, dos grupos de estudo e a convivência com os confrades, como idealizaremos um Movimento Espírita
mais equilibrado e ativo? Quantas vezes, nos compromissos das lides espíritas, como a realização de
palestras e seminários, ouvi dos dirigentes dos centros espíritas queixas sobre a frequência dos espíritas nesses encontros!
Diziam eles: “Mais da metade dos que convidei não vieram”.
Enquanto houver desinteresse pelo
estudo, pela aprendizagem doutrinária e pela falta de respeito e afeto entre os
espíritas e ausência de fidelidade a Jesus nas ações do cotidiano, ainda teremos um
Movimento Espírita com resultados aquém do esperado, por refletir as imperfeições
morais que ainda vigem na intimidade de cada espírita.
Lembremos, conforme Léon Denis, que o Movimento Espírita será aquilo que o
espírita dele fizer. Finalmente, é ainda Camilo que nos orienta:
Necessário é pensar e repensar as situações que se apresentam na continuada marcha que encetamos, de maneira a aproveitarmos os dias de iluminada messe de
orientações e conforto moral que as lições do Consolador propiciam.
Maomé segundo Allan Kardec1 Deve-se julgar Maomé pela história autêntica e imparcial, e não conforme as
lendas ridículas que a ignorância e o fanatismo espalharam por sua conta ou as descrições feitas pelos que tinham interesse em desacreditá-lo, apresentando-o como
um ambicioso sanguinário e cruel. Também não se deve responsabilizá-lo pelos excessos de seus sucessores, que quiseram conquistar o mundo para a fé muçulmana
de espada em punho. Sem dúvida, houve grandes infâmias no último período de sua vida; ele pode ser censurado por ter abusado, em algumas circunstâncias, do direito de
vencedor e de nem sempre ter agido com a moderação necessária. Entretanto, ao lado de alguns atos que a nossa civilização reprova, é preciso dizer, em sua defesa, que
muitíssimas vezes ele se mostrou muito mais humano e clemente para com os inimigos do que vingativo e que inúmeras vezes deu provas de verdadeira grandeza de alma.
Deve-se reconhecer, também, que mesmo em meio aos seus sucessos e quando havia
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chegado ao ponto culminante de sua glória, ele se fechou, até o seu último dia, no seu
papel de profeta, sem jamais usurpar uma autoridade temporal despótica. Não se fez rei, nem potentado e jamais, em sua vida privada, se manchou por algum ato de fria
barbárie ou de baixa cupidez. Sempre viveu simplesmente, sem fausto e sem luxo, mostrando-se bom e benevolente para com todos. Isto é da História.
Deve-se censurá-lo por ter estabelecido a sua religião pelo ferro, num povo bárbaro que o combatia, quando a Bíblia registra, como fatos gloriosos para a fé,
carnificinas de tal atrocidade que se é tentado a tomá-las como lendas? Quando, mil
anos depois dele, nos países civilizados do Ocidente, cristãos, que tinham por guia a sublime lei do Cristo, atirando-se sobre vítimas pacíficas, sufocavam as heresias nas
fogueiras, nas torturas, nos massacres e em ondas de sangue? 1 N.R.: KARDEC, Allan. Revista Espírita: jornal de estudos psicológicos. ano 9, n. 11,
nov. 1866, Maomé e o Islamismo, p. 430 e 431. Trad. Evandro Noleto Bezerra. 2. ed. 1. reimp. Brasília: FEB, 2007. Transcrição parcial.(O título do artigo foi interposto
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Horário: 19h30min Dia 25/08: Sônia Barsante Santos
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Palestra: OBSTÁCULOS Expositor: Vicente Higino
Programação: Palestra, Apresentação Musical, Sorteio de
Livros e Confraternização. Data: 26 de agosto de 2017 (sábado)
Horário: 19h30min Local: Centro Espírita Uberabense
(Rua Barão de Ituberaba nº 449 –
Estados Unidos – Uberaba-MG) Organização: UMEU – União da
Mocidade Espírita de Uberaba
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BÍBLIA DO CAMINHO A Bíblia do Caminho é uma compilação das obras completas de Allan Kardec e
Francisco Cândido Xavier, além de uma versão do Antigo e Novo Testamentos no formato hipertexto.
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ESTUDO
A PRECE É PRÁTICA RELIGIOSA RECOMENDADA
POR TODOS OS BONS ESPÍRITOS Estudos diversos comprovaram a consequência favorável que a prece produz. O
médico e pensador Alexis Carrel (1) dizia frequentemente que o importante não é acrescentar anos à sua vida, mas vida aos seus anos.
Em 1942, Carrel escreveu o artigo intitulado A Prece é Força, afirmando “que a oração é uma força tão real como a gravidade terrestre” (2). E acrescentou: “no meu
caráter de médico, tenho visto enfermos que, depois de tentarem, sem resultado, os outros meios terapêuticos,
conseguiram libertar-se da melancolia e da doença, pelo
sereno esforço da prece” (3).
Naquela tumultuada década dos anos 40 do século XX(4),
sobretudo para os médicos, era uma grande ousadia
admitir as implicações da “prece” sobre a saúde.
Todavia, o médico filósofo, contrariando seus colegas,
proclamou a força da oração. Sabe-se hoje que a
prece realmente atua sobre os doentes, influenciando o sistema imunológico, segundo estudo realizado no ano de
1988, no Hospital Geral de São Francisco, na Califórnia. “Nesse hospital foi possível comprovar que os pacientes que foram alvos de preces apresentaram significativas
melhoras, necessitando inclusive de menor quantidade de medicamentos” (5).
A prece é recomendada por todos os Espíritos. Renunciar a ela é ignorar a bondade de Deus; é rejeitar para si mesmo a sua assistência; e para os outros, o bem
que se poderia fazer. (6) O Espírito André Luiz, que foi médico em sua última reencarnação terrena, disse: “Ah! se os médicos orassem”. A exclamação consta no
capítulo intitulado “Em aprendizado”, que revela o apoio que os benfeitores espirituais dão aos médicos que se disponham a abrir os seus canais de sensibilidade. “Todos os
médicos, ainda mesmo quando materialistas de mente impermeável à fé religiosa, contam com amigos espirituais que os auxiliam” (7).
Alexis Carrel, sob a luz da inspiração, certificou que “quando oramos, ligamo-nos, nós mesmos, à inexaurível força motriz que aciona o universo. Pedimos que uma parcela
desta força se aplique na devida proporção das nossas necessidades. Com o próprio ato de pedir, nossas deficiências humanas são supridas, e erguemo-nos fortalecidos e
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Os médicos americanos William Reed (9) e Roger Youmanas, quebrando os
paradigmas e axiomas acadêmicos, defendem a necessidade da oração na hora da cirurgia. Para Reed o poder da oração pode garantir o sucesso de uma cirurgia, na
atmosfera tensa de uma sala de operação. Quando uma enfermeira lhe passa um instrumento, o médico diz que faz sempre uma prece. Pede a Deus que o guie, de
acordo com os seus desígnios. Para o cirurgião, a oração cria o clima de calma, necessário para o trabalho.
William Reed e Youmanas citam o caso de hemorragias subitamente controladas
ou paradas cardíacas prontamente resolvidas. E o próprio Reed teve prova
disso com seu filho de dois anos. A criança estava com pneumonia e de
repente parecia que ia morrer. Salvou-o com respiração artificial, depois que
pediu a Deus para que não tirasse a vida de seu filhinho. Roger Youmanas,
cirurgião da Califórnia, confirma que sempre reza durante 30 segundos
quando se vê diante de um caso difícil. Acredita que a prece em favor de um
doente pode ajudar. E acredita que um cirurgião possa fazer uma operação
melhor se tiver inspiração divina” (10).
O Cristo disse: “por isso vos digo: todas as coisas que vós pedirdes orando,
crede que as haveis de ter, e que assim vos sucederão” (11). Para nós, espíritas,
a prece se reveste de características especiais, pois a par da medicação ordinária, elaborada pela Ciência, o magnetismo nos
dá a conhecer o poder da ação fluídica e o Espiritismo nos revela outra força poderosa na mediunidade curadora e a influência da oração. Allan Kardec, ao emitir seus
comentários na questão 662 de O Livro dos Espíritos, afirma que “o pensamento e a vontade representam em nós um poder de ação que alcança muito além dos limites da
nossa esfera corporal. A rigor, a eletricidade é energia dinâmica; o magnetismo é energia estática; o pensamento é força eletromagnética” (12).
Há pessoas que negam a Eficácia da Prece com o argumento de que, se Deus conhece as nossas necessidades, desnecessário se torna expô-las. Acrescentam, tais
descrentes, que as nossas súplicas não podem modificar os designo da Providência,
porque todo o Universo está regido por leis eternas. “Contudo, o Espiritismo nos faz compreender que na oração, sendo um canal de ligação com o Criador, podemos
solicitar, enaltecer e agradecer. As preces dirigidas a Deus são ouvidas pelos Espíritos encarregados da execução dos Seus desígnios; as que são dirigidas aos Bons Espíritos
vão também para Deus” (13). Quando o pensamento se dirige para algum ser, na terra ou no espaço, de
encarnado para desencarnado, ou vice-versa, uma corrente fluídica se estabelece de um a outro, transmitindo o pensamento, como o ar transmite o som. A energia da corrente
está na razão direta da energia do pensamento e da vontade. “É assim que a prece é ouvida pelos Espíritos, onde quer que eles se encontrem. “Pela prece, o homem atrai o
concurso dos Bons Espíritos, que o vêm sustentar nas suas boas resoluções e inspirar-lhe bons pensamentos” (14).
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O mestre de Lyon explana que “a prece do homem de bem tem mais merecimento
aos olhos de Deus, e sempre maior eficácia. Porque o homem vicioso e mau não pode orar com o fervor e a confiança que só o sentimento da verdadeira piedade pode dar.
Do coração do egoísta, daquele que só ora com os lábios, não poderiam sair mais do que palavras, e nunca os impulsos da caridade, que dão à prece toda a sua força” (15).
Porém, quem não se julga suficientemente bom para exercer uma influência salutar, não deve deixar de orar por outro, por pensar que não é digno de ser ouvido. “A
consciência de sua inferioridade é uma prova de humildade, sempre agradável a Deus,
que leva em conta a sua intenção caridosa. A prece que é repelida é a do orgulhoso, que só tem fé no seu poder e nos seus méritos, e julga poder substituir-se à vontade do
Eterno” (16). Outra questão
importante para o tema é a prece coletiva; será que tem
ação mais poderosa? Sim! Quando todos os que a fazem
se associam de coração num mesmo pensamento e têm a
mesma finalidade, porque então é como se muitos
clamassem juntos e em uníssono. “Mas que importaria
estarem reunidos em grande número, se cada qual agisse isoladamente e por sua
própria conta? Cem pessoas reunidas podem orar como egoístas, enquanto duas ou três, ligadas por uma aspiração comum, orarão como verdadeiros irmãos em Deus, e
sua prece terá mais força do que a daquelas cem” (17). “E quando orais, não faleis muito, como os gentios; pois cuidam que pelo seu
muito falar serão ouvidos. Quando orais, não haveis de ser como os hipócritas, que gostam de orar em pé nas sinagogas, para serem vistos pelos homens”(18). Por isso
que as formas e as fórmulas utilizadas para a oração se fazem secundárias, sendo indispensável a intenção do suplicante, cujo propósito estimula o dínamo cerebral a
liberar a onda psíquica vigorosa que lhe conduzirá a vontade. O pensamento, portanto, ligado a Deus, ao bem, ao amor, ao desejo sincero de ajudar, eis a oração que todos
podem e devem utilizar, a fim de que a paz se instale por definitivo nos corações. Jorge Hessen – http://jorgehessen.net
Referências bibliográficas: (1) Ganhador do Prêmio Nobel de Medicina por seus trabalhos em sutura de vasos
sanguíneos e autor do livro “O Homem, Esse Desconhecido”
(2) Publicado Revista Reader’s Digest.Reader’s Digest de fevereiro de 1942 (3) Idem
(4) Em 1942 as nações mais ricas da Europa e a própria América, onde Dr. Carrel vivia, estavam engalfinhadas na Segunda Guerra Mundial
(5) Artigo de Kátia Penteado intitulado Efeitos da Prece na Saúde : a Ciência confirma a Doutrina Espírita – Nov/2004
(6) Kardec, Allan. O Evangelho Segundo o Espiritismo, Rio de Janeiro: Ed. FEB 1990, cap 27
(7) Xavier, Francisco Cândido. Libertação, Rio de Janeiro: Ed FEB, 1990 (8) Publicado Revista Reader’s Digest.Reader’s Digest de fevereiro de 1942
(9) William Reed é presidente a Fundação Médica Cristã que possue mais de 3.000 médicos associados
(10) Publicado na Revista O Espírita setembro / dezembro de 2001, nº 110 Ano XXIII
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(11) Mc, XI: 24)
(12) Kardec, Allan. O Livro dos Espíritos, Rio de Janeiro: Ed. FEB, 1994, questão 662 (13) Kardec, Allan. O Evangelho Segundo o Espiritismo, Rio de Janeiro: Ed. FEB 1990,
É muito frequente, no meio espírita, quase uma rotina, ouvir-se esta expressão: “O Senhor (ou a Senhora…) é médium e precisa desenvolver-se”. É o que se diz,
indiscriminadamente, quando alguém se dirige a um centro à procura de solução para seu caso físico ou espiritual. Poucas, relativamente falando, são as instituições que têm
certo cuidado neste sentido e, por isso mesmo, examinam primeiramente a situação da pessoa, suas reações, seu estado emocional, suas ideias e assim por diante. E somente
depois dessa “tomada de contato” é que decidem se é ou não um caso de sessão
mediúnica. Na maioria, porém, manda-se logo para a “mesa de
desenvolvimento”, sem qualquer preparo, sem qualquer
observação prévia. A própria pessoa poderá dizer, consigo
mesma, que não sabe o que é isso, não sabe o que está
fazendo, pois apenas lhe disseram que precisa
desenvolver a mediunidade e nada mais… Isso é muito vago.
O desenvolvimento, chamemo-lo assim, é feito,
portanto, de modo
completamente empírico, sem a menor instrução a respeito da mediunidade, sem que o candidato a médium tenha, pelo
menos, alguma noção inicial ou primária do que seja mediunidade e quais as implicações que ela possa ter, positiva ou negativamente. Nada disso se diz. O
candidato vai às cegas para a mesa, simplesmente porque o mandaram e nada sabe, afinal, do papel que está desempenhando ou vai desempenhar. Há boa intenção, não há
dúvida, pois há o desejo de servir, de prestar caridade, como geralmente se repete em toda parte. É necessário, porém, que haja condições decorrentes de um conjunto de
providências. Lembremo-nos de que o próprio Allan Kardec, quando dirigia a Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas, em Paris, tinha preocupações, muito sensatas, aliás,
quanto a pessoas que, sem objetivo, sem motivo sério, mas apenas para “ver como é”, queriam entrar no recinto das sessões mediúnicas.
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Allan Kardec fazia, como se diz hoje, uma espécie de teste com o visitante, a fim
de sondar suas intenções, seu verdadeiro propósito, seus conhecimentos gerais sobre problemas filosóficos, etc. Não levava ninguém, portanto, para a mesa de sessões, logo
no primeiro momento. Hoje, no entanto, em muitos casos, procede-se de maneira bem diferente…
Poder-se-á dizer, em contrapartida, que tudo isso foi no século passado, mas, atualmente, já não há necessidade desses cuidados. Há, sim. O problema é o mesmo,
ontem e hoje. Sessão mediúnica é trabalho muito sério e de grande responsabilidade.
Justamente por isso, o candidato a “desenvolvimento” deve receber, pelo menos, algumas instruções gerais, sobretudo no que diz respeito à parte moral. É preciso que o
médium em desenvolvimento saiba o que está fazendo, o papel que está desempenhando e, por fim, o uso que deve fazer da mediunidade. São princípios
iniciais, sempre válidos em qualquer tempo.
Além de tudo, e este ponto é o mais relevante do que se possa
pensar, a mediunidade é um instrumento de experiência espiritual,
é um meio, em suma, é o primeiro passo, digamos, de uma jornada, que
se vai empreender, visando ao melhoramento do homem. Prática
mediúnica sem estudo da Doutrina,
sem educação do médium, sem objetivos superiores, termina sempre
caindo na rotina, no hábito, quando não se transforma em espetáculo, às vezes de mau gosto…
Há, evidentemente, uma preocupação corrente, na maioria dos casos: “preparar” médiuns para a caridade. Sim, o desejo é sincero, não duvidamos, mas não é por este
meio. O médium não se “prepara” simplesmente pelo desenvolvimento, mas pela noção de responsabilidade, pela educação, pela renovação íntima, pelo conhecimento, enfim.
Deolindo Amorim Revista Cultura Espírita – ICEB (Instituto de Cultura Espírita do Brasil) – Ano IV – Edição
nº 38 – Página: 07 – Rio de Janeiro – Maio/2012. Livro Pesquisado: JORGE, José (org.) – Relembrando Deolindo – II – Editora CELD –
Página: 26-28 – Rio de Janeiro – 1994. Transcrito do link:
JOVENS ESPÍRITAS E AS DROGAS A história que vou contar agora serve de lição para muitos. O entrevistado pediu
para não ser identificado, então usarei um nome fictício, irei chamá-lo de Jorge. A entrevista aconteceu em uma escola, na Zona Norte. Hoje, com 30 anos, ele relembrou
os tempos tristes em que usou e traficou entorpecentes: “Só não usei cocaína e drogas injetáveis. As outras todas eu usei: maconha, loló, lança perfume, LSD, ecstasy... Você
fica num estado de confusão mental tão grande que precisa se entorpecer de alguma forma”, contou ele.
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Jorge viveu com a mãe e o irmão mais velho durante 20 anos no Complexo do
Alemão, um dos maiores conjuntos de favelas da cidade. Desde bebê, frequenta uma Casa Espírita no próprio Complexo. O rapaz nunca deixou de ir ao centro, até mesmo
quando no vício: “Eu sempre me sentava na cadeira ao lado da porta. Eu me sentia bem lá, mas não me
achava digno de estar ali. Muitas vezes eu fui
entorpecido para a
evangelização”, lembrou. Jorge
contava com o carinho dos evangelizadores,
que sempre faziam a inscrição dele na
COMEERJ (Confraternização de
Mocidades Espíritas do Estado Rio de Janeiro),
evento que acontece durante o carnaval:
“mesmo quando eu dizia que não ia participar, eles me inscreviam. Insistiram por três anos!”, contou admirado.
O que o motivou a buscar as drogas? Violência doméstica. Na infância, levou
surras do padrasto e viu no crime a chance de não apanhar mais: “percebi que ele tinha muito medo dos traficantes”, relembrou o jovem, que começou na maconha aos 13
anos: “hoje sei que foi uma escolha infeliz”, desabafou. O prazer momentâneo, o dinheiro fácil e a sensação de poder das drogas fizeram
com que Jorge se envolvesse mais ainda com o mundo do crime. Aos 17 anos, se uniu a um colega para fabricar “loló” dentro de casa e fornecer para as bocas de fumo. Jorge
acompanhou a morte de muitos que, como ele, se envolveram na criminalidade. Ele queria sair do vício, mas não conseguia. Expulsou o padrasto da comunidade,
que nunca mais apareceu por medo. E no auge de uma das crises provocadas pelas drogas, chegou a colocar fogo em casa: “Numa das vezes que eu estava doidão,
simplesmente peguei o álcool, joguei no sofá e ateei fogo. Totalmente inconsequente!” O rapaz tinha chegado ao fundo do poço! Na Casa Espírita buscou atendimento
fraterno para o problema pela primeira vez. Até que numa sexta-feira de carnaval, então com 19 anos, em meio a uma festa com muitas drogas, teve uma experiência
inesquecível: “eu simplesmente estava lá, doidão, quando de repente abriu o meu
campo espiritual. Vi muitos encarnados sendo vampirizados pelos desencarnados. Aquela cena vista com tanta clareza me deu um choque! Ao mesmo tempo uma voz me
disse: ‘você tem outra opção’. Na hora lembrei a inscrição na COMEERJ e fui pra lá”, lembrou emocionado. Foram quatro dias de vivência Cristã, fundamentais para ele sair
do mundo das drogas. Hoje, Jorge trabalha dignamente, faz faculdade de direito, é atuante no meio
espírita e, principalmente, ajuda outros jovens na mesma situação. Ele revelou que ainda há muitos espíritas envolvidos com drogas e para eles deu um recado: “perceba
aquela pessoa que possa confiar, alguém que possa interagir com você para que não fique sozinho vivendo essa realidade”. Jorge começou assim e hoje comemora: “já estou
limpo há 11 anos!”, disse ele com um sorriso de felicidade. Drogas e obsessão
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O Presidente do Hospital Psiquiátrico Pedro de Alcântara, Dr. Paulo Hobaica, que
atende no Rio Comprido, zona norte do Rio de Janeiro, com 70 internas com transtornos mentais, percebe o aumento do número de pacientes ligadas às drogas. E entre os
vários motivos que podem levar uma pessoa a usar entorpecentes, ele lembrou também dos fatores espirituais. Como o Hospital é mantido pela Associação Espírita Obreiros do
Bem, tratamentos médico e espiritual são feitos simultaneamente: “existe sempre, em todos os casos, aqueles irmãos equivocados que acompanham estas pessoas. Alguns
obsidiam já de longa data, companheiros que
muitas vezes seguem juntos, ora como obsessores, ora como obsediados”.
Essa constatação pode ser lida também em muitos livros. Vício e obsessão espiritual andam
quase de mãos dadas. Mas isso não tira a responsabilidade do indivíduo pelo ato praticado,
já que todos sabem dos problemas que as drogas trazem para a vida.
Joanna de Angelis, em Após a Tempestade, por Divaldo Franco, aconselha aos pais de
usuários de drogas: “não fujas dele, procurando ignorá-lo em conivência de ingenuidade, nem te
rebeles, assumindo atitude hostil. Conversa, esclarece, orienta e assiste (...) para a tua e a ventura dele”. E vale lembrar também conselho de Santo Agostinho, na lição 919 de
O Livro dos Espíritos: “qual o meio prático mais eficaz que tem o homem de se melhorar
nesta vida e de resistir à atração do mal? Um sábio da antiguidade vo-lo disse: Conhece-te a ti mesmo”.
Dr. Paulo Hobaica lembrou também que a problemática das drogas não se restringe só as ilícitas, mas também aquelas de consumo legalizado, como o álcool e os
remédios controlados, usados indevidamente: “quantas pessoas hoje só dormem se tiverem sobre o efeito de determinados medicamentos? Isso não é uma condição
normal. Essas pessoas tem que buscar ajuda!”. Medicina e espiritualidade, ciência e fé, para tratar do corpo e do espírito.
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Da humildade e do amor, na fé que te ilumina.
E, abrindo o coração qual fonte cristalina, Aprende, aluda e crê. Serve, luta e perdoa...
Fita o Mestre na cruz e segue-O monte acima
Recebe, jubiloso, a dor que te sublima E abraça na bondade a senda meritória.
E, embora a tempestade em que a terra se agita. Terás contigo mesmo a beleza infinita
Da Suprema Alegria em Suprema Vitória! Amaral Ornelas
Transcrito do livro “Lindos Casos de Chico Xavier” de Ramiro Gama.
MENSAGEM ESPÍRITA
DESCULPISMO E todos, um a um, começaram a escusar-se. Disse-lhe o primeiro: comprei um
campo e tenho necessidade de sair para vê-lo. Peço-te que me dês por escusado. Lucas 14:18
Desculpismo sempre foi a porta de escape dos que abandonam as próprias obrigações.
Irmãos nossos que tiveram a infelicidade de escorregar na delinquência costumam
justificar-se com vigoroso poder de persuasão, mas isso não lhes exonera a
consciência do resgate preciso. Companheiros que arruínam o corpo
em hábitos viciosos arquitetam largo sistema de escusas, tentando legitimar as atitudes
infelizes que adotam, comovendo a quem os ouve, entretanto, acabam suportando em si
mesmos as consequências das responsabilidades a que se afeiçoam.
E, ainda agora, quando a Doutrina Espírita revive o Evangelho, concitando os
homens à construção do bem na Terra, surgem às pencas desculpas disfarçando
deserções:
— Estou muito jovem ainda… — Sou velho demais…
— Assumi compromissos de monta e não posso atender… — Minhas atribulações são enormes…
— Obrigações de família estão crescendo… — Os negócios não me permitem qualquer atividade espiritual…
— Empenhei-me a débitos que me afligem… — Os filhos tomam tempo…
— Problemas são muitos… Tantas são as evasivas e tão veementes aparecem que os ouvintes mais argutos
terminam convencidos de que se encontram à frente de grandes sofredores ou de criaturas francamente incapazes, passando até mesmo a sustentá-los na fuga.
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Os convidados para a lavoura da luz, no entanto, engodados por si próprios,
acordam para a verdade no momento oportuno e, atados às ruinosas consequências da própria leviandade, não encontram outra providência restauradora senão a de
esperarem por outras reencarnações. Autor: Emmanuel pela psicografia de Chico Xavier
Livro: O Evangelho por Emmanuel: Comentários ao Evangelho Luca
TRABALHO IMPORTANTE
FEAL- FUNDAÇÃO ESPÍRITA ANDRÉ LUIZ
Em 1990, um período de muitas transformações políticas e econômicas no país, nascia a FEAL, somando esforços ao trabalho de atendimento gratuito a pessoas com
deficiência intelectual, em muitos casos associada à deficiência física, realizado pelas Casas André Luiz
desde 1949. Em meio a muitos desafios para prosseguir
com a divulgação da mensagem consoladora do Cristo, a persistência e o trabalho pelo ideal fizeram
parte da história da Fundação, norteados pela relevância da educação moral para o progresso,
como uma das bases da Doutrina Espírita. “É pela educação, mais do que pela instrução, que se
transformará a Humanidade” – Obras Póstumas.
Com o comprometimento de levar um conteúdo instrutivo para a vida das pessoas, contribuindo no despertar do ser humano e na renovação de ideias e atitudes,
o trabalho prossegue crescendo a cada dia, com a expectativa que possa chegar cada vez mais longe, abrangendo um maior número de corações.
Os canais de divulgação da FEAL: Rede Boa Nova de Rádio, TV Mundo Maior, Editora Mundo Maior, Mundo Maior Filmes, Mercalivros e Portal do Espirito.
Rede Boa Nova de Rádio – 1975
Antes mesmo do reconhecimento jurídico da FEAL em 1990, o projeto embrionário da comunicação em
prol de um planeta de regeneração já havia se iniciado desde 1963, com a aquisição da Rádio Clube de
Sorocaba. Em 1964, a Rádio Difusora, na cidade de Guarulhos, São Paulo também passou a fazer parte do
projeto. Mas foi em 1975 que viria a ser chamada Rádio
Boa Nova, que cresceria e seria responsável por levar para milhões de corações e mentes um conteúdo
educativo e consolador. A partir daí outras frentes de comunicação viriam complementar essa obra de luz.
A programação da Rede Boa Nova de Rádio pode ser acompanhada em tempo real tanto pela rádio quanto pela web: www.radioboanova.com.br
Clube Amigos da Boa Nova – 2000
Em julho de 2000 nasceu o Clube Amigos da Boa Nova. Anteriormente chamado Clube do Ouvinte, surgiu a partir de uma
iniciativa da Rádio Boa Nova de unir esforços para ampliar o trabalho de divulgação da Doutrina Espírita. Por meio do Clube Amigos da Boa
Nova a FEAL capta recursos, possibilitando a divulgação do
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preservação da natureza que nasceu o Mercalivros, mais um projeto
da Fundação Espírita André Luiz. Site: www.mercalivros.com.br
Transcrito do link: https://feal.com.br/a-feal/
PERSONALIDADE DE DESTAQUE NO MOVIMENTO ESPÍRITA
ALI HALFELD
Ali Halfeld nasceu em 18 de março de 1900, em Água Limpa (hoje Coronel Pacheco), Município de Juiz de Fora, Minas Gerais, onde iniciou o Curso Primário com o
Prof. Paulo Estelita. Em 1907 mudou-se para a cidade de Juiz de Fora, em companhia de seus pais, senhor Pedro
Halfeld e D. Hortênsia de Pinho Halfeld, ali terminando o referido curso. No ano de 1910 sua família o levou para
Caxambu, mas, dentro de poucos meses, regressou ele para Juiz de Fora, a fim de continuar os estudos,
passando, então, a residir com seu padrinho, o Sr. Cláudio Fernandes. Seu Curso Ginasial foi feito até 1915
no antigo Ginásio Santa Cruz, dos saudosos professores os irmãos Alípio e Oscar Peres.
Em 1916, sendo de família de poucos recursos, não pôde continuar seus estudos. Fez, então, um curso rápido
de Comércio e Datilografia, a fim de poder trabalhar, e
logo após se empregou como auxiliar de escritório em uma oficina mecânica, do Sr. Francisco Kascher.
No ano de 1918 mudou de emprego, indo trabalhar na Drogaria Americana, que, na ocasião, pertencia ao Sr. Bruno Barbosa, aí
permanecendo até Julho de 1921. Em 1º de Agosto do mesmo ano associou-se com o farmacêutico Francisco
Queiroz Caputo, na Farmácia S. Sebastião, localizada à Avenida dos Andradas, esquina com Barão de Cataguases, organizando a firma Caputo & Halfeld, hoje Drogafar S.A .,
firma na qual permaneceu até a sua desencarnação. Em 18 de Setembro de 1924 casou-se com D. Carmem Baccara, e do matrimônio
nasceram cinco filhos: Kleber, Maurício, Alvair, Ruth e Iclea. Sua esposa foi sempre uma pessoa dedicada, companheira de seus momentos difíceis. Sempre esteve a seu lado,
conformando-o e estimulando-o a continuar a luta em todos os seus setores. Ainda no campo profissional foi, durante muitos anos, Diretor do laboratório
Melpoejo Ltda., juntamente ao lado de Francisco Queiroz Caputo e Maria Silveira Alvim.
Tendo abraçado o Espiritismo em decorrência de artigos espíritas que eram escritos no Correio da Manhã por estudiosos da Doutrina, Ali Halfeld foi logo despertado
pelo desejo de trabalhar em benefício dos semelhantes. Auxiliou com entusiasmo e equilíbrio todas as entidades de assistência social que
lhe solicitavam ajuda. No setor espírita, devemos mencionar a Fundação João de Freitas, obra de amparo à velhice e à viuvez, que construiu, e para a qual foi eleito
presidente em 2 de Fevereiro de 1934, e o Instituto Jesus, destinado ao menor abandonado, que, fundado em 19 de Março de 1944, foi inaugurado em 18 de Setembro
de 1955. Eleito presidente na própria assembleia que fundara o Instituto Jesus, Ali Halfeld permaneceu em sua direção até 26 de Março de 1960, quando, por motivo de
doença, teve que afastar-se da direção da Entidade. Grande entusiasta da imprensa espírita, Ali Halfeld colaborou com muito amor
junto à Associação de Publicidade Espírita, mantenedora, durante muitos anos, da
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revista O Médium. Eleito vice-presidente, em 9 de Agosto de 1937, deu à mesma todo o
seu esforço. Ainda no setor do Espiritismo, entre outras atividades devemos mencionar o
estudo que, durante anos a fio, fez da obra O Livro dos Espíritos, na tribuna da Casa Espírita, assim como o trabalho que escreveu: "O Problema do Menor", cuja publicação
foi feita pelo Jornal Diário Mercantil, em apresentações semanais. Poucas vezes, é certo, teve ele contato direto com a Federação Espírita Brasileira,
mas foi o bastante para se aquilatar a
grandeza espiritual que ressumbrava de suas palavras serenas e humildes.
O presidente da FEB, Sr. Wantuil de Freitas, teve a feliz oportunidade de
conhecê-lo pessoalmente e até mesmo de visitar em Juiz de Fora, a elogiável obra
que é a Fundação João de Freitas. Embora sempre se ocultando no
silêncio e na humildade, não pôde evitar, entretanto, que seu nome, aureolado do
respeito, da admiração e da gratidão de toda uma coletividade, transpusesse as fronteiras de Minas Gerais.
Espírito modesto, Ali Halfeld sempre declinou das homenagens que "Manchester mineira" lhe quis tributar. Dizia que a humildade era, a seu ver, uma das virtudes mais
difíceis de ser cultivada. No entanto, quem com ele conviveu terá observado que aquela
virtude, entre outras, ele a soube muito bem exemplificar. Ali Halfeld foi também um amigo do setor artístico, tendo ocupado a presidência
da Orquestra Filarmônica de Juiz de Fora. Desencarnou em 13 de Setembro de 1967, após ter "combatido o bom combate".
WANTUIL, Zêus. Grandes Espíritas do Brasil. FEB, 1ª edição. RJ Transcrito do link: http://www.feparana.com.br/topico/?topico=593
DATAS IMPORTANTES DO ESPIRITISMO
AGOSTO
Dia 01 de 1865 – Em Paris, França, Allan Kardec lança O céu e o inferno, quarta obra da Codificação Espírita.
Dia 02 de 1873 – Fundado o Grupo Confúcius, na residência de Francisco Siqueira Dias Sobrinho,
sendo o primeiro grupo Espírita do Rio de Janeiro,
tendo entre os participantes Bittencourt Sampaio. Dia 03 de 1951 – Em Goiânia, Goiás, fundada a
Federação Espírita do Estado de Goiás. Dia 05 de 1951 – Em Salvador, BA, o médium
Divaldo Pereira Franco inicia o programa espírita semanal Voz da Fraternidade, de 30 minutos.
Dia 08 de 1946 – Em São Paulo, SP, fundada a Instituição Beneficiente Nosso Lar, dirigida por muitos anos pó Nancy Puhlmann Di
Girolamo. Dia 08 de 1989 – O médium Divaldo Pereira Franco psicografa mensagem de Joanna
de Angelis, em inglês especular (invertido), em St. Petersburg, EUA.
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Dia 11 de 1826 – Em Nova York, Estados Unidos, nasce o médium americano Andrew
Jackson Davis. Desencarna em 13 de janeiro de 1910, em Massachusetts, Estados Unidos.
Dia 14 de 1930 – Abertura do 1º Congresso Espírita da Bélgica, com o patrocínio da Union Spirite Belge, tendo à frente M. L. Home.
Dia 15 de 1905 – Em Matão, São Paulo, fundada por Caírbar Schutel a Editora O Clarim e no mesmo dia começa a circular o jornal O Clarim.
Dia 15 de 1952 – Em Salvador, Bahia, é fundada pelo médium Divaldo Pereira Franco
e colaboradores a Mansão do Caminho, departamento assistencial do Centro Espírita Caminho da Redenção.
Dia 16 de 1886 – O Dr. Bezerra de Menezes se torna adepto do Espiritismo e se filia à Federação Espírita Brasileira, sob a presidência de Ewerton Quadros.
Dia 17 de 1885 – No Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, numa sala da Rua da Alfândega, a Federação Espírita Brasileira inaugura suas conferências públicas, tendo à frente Elias da
Silva, Bittencourt Sampaio e outros pioneiros do Espiritismo. Dia 19 de 1936 – Na Rádio Cultura de Araraquara, São Paulo, Caírbar Schutel inicia o
1º Programa Espírita Radiofônico do Brasil. Dia 19 de 1937 – No Rio de Janeiro, RJ, fundação da Hora Espiritualista, por João Pinto
de Souza. Primeiro programa radiofônico de longa duração no Rio de Janeiro. Denominado, posteriormente, por Geraldo Aquino, sucessor de João, como Hora
Espiritualista João Pinto de Souza. Dia 20 de 1873 – Nasce em Sainte-Foy-lès-Lyon, França, Aléxis Carrel, pensador e
pesquisador dos fenômenos mediúnicos.
Desencarna em 16 de abril de 1944, em Paris, França.
Dia 20 de 1918 – Em São Paulo, São Paulo, a Dra. Marina Cardoso lança no Centro Espírita
Pedro e Paulo, seu livro A religião nos presídios.
Dia 20 de 1960 – A AME – Aliança Municipal Espírita de Uberaba foi fundada no dia 20 de
Agosto de 1960, (embora tenha sido deliberado, nesta reunião, que o dia 09 de
Outubro deste ano, seria considerado o de sua fundação, quando foi empossada a sua
diretoria - Livro de ata fls. 01 a 08) quando, em reunião no Centro Espírita Uberabense, às 14h, estiveram representadas as
seguintes Casas Espíritas: União da Mocidade Espírita de Uberaba, Centro Espírita
Uberabense, Centro Espírita Henrique Krüger, Centro Espírita Aurélio Agostinho, Centro Espírita José Horta, Centro Espírita Vicente de Paulo, Casa do Cinza, Centro Espírita
Caminho da Luz, Centro Espírita Bezerra de Menezes, tendo como presidente “ad-loc” Dr. Jarbas Leone Varanda e secretário também “ad-loc” Antônio Fonseca de Abreu.
Dia 23 de 1940 – Em Sorocaba, São Paulo, abertura do 1º Congresso dos Jornalistas Espíritas do Interior, promovido pela Associação Sorocabana de Imprensa.
Dia 24 de 1902 – Fundada a Federação Espírita do Paraná, na sala da redação da A Doutrina, na Rua América, número 9, às 10 horas da manhã, tendo sido assinada a ata
por Vicente Nascimento Junior, Augusto Correia Pinto, Benedicto Vianna, João Urbano de Assis Rocha, Sebastião Paraná, João Álvaro de Aguiar, Domingos Duarte Velloso,
Grupo Espírita Allan Kardec e Grupo Espírita Luz nas trevas, ambos de Antonina. Dia 24 de 2002 – Reinauguração oficial da Sede Histórica da Federação Espírita do
Paraná, na Rua Saldanha Marinho, 586, Curitiba, Pr., estabelecendo-se a entrada pela
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Alameda Cabral, ao lado do número 300. Gestão de Maurício Roberto Silva, como
Presidente da FEP; Maria Helena Marcon, como 1ª Vice-Presidente e Francisco Ferraz Batista, como 2º Vice-Presidente.
Dia 26 de 1996 – O Jornal Diário Popular, de São Paulo, publica destacada matéria sobre a participação de Divaldo Pereira Franco na XIV Bienal do Livro.
Dia 26 de 2006 – Reinauguração da Biblioteca Espírita Infantil e Videoteca da Federação Espírita do Paraná – FEP, devidamente ampliadas. Ambas localizadas na Sede
Histórica da FEP, na Alameda Cabral, ao lado do número, 300, em Curitiba, Pr.
Dia 27 de 1967 – Fundada Associação Espírita Irmandade de Jesus, na cidade de Cascavel, Paraná.
Dia 28 de 1900 – Em Sacramento, Minas Gerais, fundado Centro Espírita Luz e Amor, tendo como fundador e primeiro Presidente Mariano da Cunha Júnior, amigo de
Eurípedes Barsanulfo. Dia 29 de 1831 – Nasce em Riacho do Sangue, CE, Adolfo Bezerra de Menezes
Cavalcanti, o Médico dos Pobres. Por duas vezes foi Presidente da Federação Espírita Brasileira. Desencarna no dia 11 de abril de 1900, no Rio de Janeiro, RJ.
Dia 29 de 2008 – Lançado, em estreia nacional, o filme Bezerra de Menezes: o Diário de Um Espírito, longa-metragem sobre a vida de Bezerra de Menezes.
Dia 30 de 1952 – Fundado o Colégio Lins de Vasconcellos, departamento da Federação Espírita do Paraná, em Curitiba, Pr.
Dia 31 de 1926 – Fundada em Lisboa, Portugal, a Federação Espírita Portuguesa. Dia 31 de 1948 – Em São Paulo, São Paulo, realiza-se o Congresso Brasileiro de
Unificação.
LIVROS DO “CLUBE DO LIVRO ESPÍRITA”
DEPARTAMENTO – CLUBE DO LIVRO ESPÍRITA
“MARIA DOLORES” Rua Artur Machado nº 288 – sala 04 – Centro
O SONO DOS HIBISCOS – Lygia Barbiére Amaral O que acontece com o espírito enquanto o corpo está em coma? Depois
de dezoito anos ligado a aparelhos em uma UTI, Conrado não sabe ao certo o que se passa. Não queria morrer. Lembra-se de Marília, mas sem
saber onde ela poderia estar. Será que estaria zangada por ele não ter comparecido ao encontro? Algo em seu destino, porém, haveria de
despertá-lo. Sonho? Realidade? Esta narrativa transita pelo universo das
experiências de morte e quase-morte. Um enredo envolvente, onde segredos do passado e do presente se revelam, trazendo um grande
ensinamento aos personagens: a vida é muito mais do que aparenta ser!
REENCARNAÇÃO QUESTÃO DE LÓGICA – Américo D. Nunes Filho De forma criteriosa, embasada nos textos bíblicos, experimentos
científicos e depoimentos de estudiosos das diversas áreas do conhecimento humano, comprova em vários aspectos a pluralidade das
existências. Ainda é enriquecido com o depoimento emocionante de um espírito que, reencarnado na África como herdeiro do monarca se vê,
repentinamente, capturado e submetido à escravidão em um país desconhecido, onde é alvo do ódio mortal de seu feitor. Ao desencarnar,
de forma cruel, toma ciência de que todo esse sofrimento era a colheita da dor plantada
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em outros corações num passado remoto, marcando sua consciência com um remorso
infinito que pedia reajuste urgente. Alguns outros temas abordados: crianças com as mais diversas anomalias e restrições, natimortos, doenças de ordem mental e outros
comprometimentos envolvendo o nascimento na Terra.
Vários livros espíritas à R$ 20,00.
SUGESTÃO DE LEITURA
CARTAS AO DR. BEZERRA DE MENEZES – Diversos Autores
Sob a orientação do mundo espiritual e da Dra. Marlene Nobre (in memoriam), estudantes vinculados ao departamento acadêmico da
Associação Médico-Espírita do Brasil escreveram cartas com dúvidas e questionamentos referentes à prática de cuidar. Do outro lado da vida,
Dr. Bezerra de Menezes respondeu às cartas no transcorrer de três anos esclarecendo sobre ciência, biologia, saúde, espiritismo, escolhas
profissionais, prática médica, espiritualidade, entre outros temas. Para complementar este trabalho, diversos membros das AMEs espalhadas
pelo Brasil compartilham suas experiências e conhecimentos a respeito dos assuntos contidos nas cartas. Um livro feito de corações para corações, lançando luz
sobre a trajetória e desafios, internos e externos, daqueles que se comprometeram em fazer de suas profissões e vidas um campo de trabalho a serviço de Jesus.
IRMÃ SCHEILLA - MISSIONÁRIA DO AMOR – Fabio Dionisi Cairbar Schutel descreveu Irmã Scheilla como um verdadeiro exemplo
de fé, de perseverança, de humildade e, sobretudo, de muito amor. Na Terra, diversos núcleos de assistência ao próximo estão ligados à
veneranda Irmã, que, na espiritualidade, presta valioso trabalho de luz e fraternidade. Esta obra apresenta a biografia de duas de suas
reencarnações, como Santa Joana de Chantal (1572-1641), na França, e como Irmã Scheilla (1915-1943), na Alemanha. Acompanha CD, com
faixas que homenageiam esta importante figura: Hino à Irmã Scheilla II, Hino à Irmã Scheilla, Fica Conosco Senhor, Canção para Scheilla,
Obreiros de Jesus, Irmã Scheilla, Scheilla, Hino da Juventude Espírita Abel Gomes, Quando, Lírios de Luz.