www.sindconir.org.br c[email protected]/sindconir •Ano 21 •Número 187 •Março de 2017 Publicação do Sindicato dos Trabalhadores Profissionais no Comércio e Serviços de Nova Iguaçu, Mesquita, Nilópolis, Paracambi, Itaguaí, Belford Roxo, Queimados, Japeri e Seropédica. Filiado à FORA TODOS ELES! ELEIÇÕES GERAIS JÁ, COM NOVAS REGRAS! ORGANIZAR A GREVE GERAL NACIONAL Foto: Divulgação CSP-Conlutas. Página 3 INTERNACIONAL Greve Internacional de Mulheres aconte- ceu dia 8 de Março para denunciar e lutar contra o machismo REFORMA DA PREVIDÊNCIA NÃO VAMOS ACEITAR! 15 de março foi dia de paralisação nacional contra as reformas da previdência e trabalhista No dia 15 de março trabalhadores de ponta a ponta do Brasil realizaram protestos, assembleias com paralisações, manifestações e greves. Foi um grande NÃO à reforma da Previdência do governo Temer que pretende levar os tra- balhadores à morte sem se aposentaram. Página 4 ENTREVISTA A privatização da CEDAE é um risco para a saúde do povo! Página 5 CATEGORIA Confi ra o calendário para retirada de conta inativa do FGTS Página 7 Página 3 CAMPANHA SALARIAL 2017 Por aumento de salário! Contra o desemprego! Sem retirada de direitos!
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•Ano 21•Número 187•Março de 2017Publicação do Sindicato dos Trabalhadores Profi ssionais no Comércio e Serviços de
Nova Iguaçu, Mesquita, Nilópolis, Paracambi, Itaguaí, Belford Roxo, Queimados, Japeri e Seropédica.
Filiado à
FORA TODOS ELES!ELEIÇÕES GERAIS JÁ, COM NOVAS REGRAS!
ORGANIZAR A GREVE GERAL
NACIONAL
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Página 3
INTERNACIONAL
Greve Internacional de Mulheres aconte-ceu dia 8 de Março para denunciar e lutarcontra o machismo
REFORMA DA PREVIDÊNCIANÃO VAMOS ACEITAR!
15 de março foi dia de paralisação nacional contra as reformas da
previdência e trabalhista
No dia 15 de março trabalhadores de ponta a ponta do Brasil realizaram protestos, assembleias com paralisações, manifestações e greves. Foi um grande NÃO à reforma da Previdência do governo Temer que pretende levar os tra-balhadores à morte sem se aposentaram.
Página 4
ENTREVISTA
A privatização daCEDAE é um risco para a saúde do povo!
Página 5
CATEGORIA
Confi ra o calendário para retirada de conta inativa do FGTS
Página 7
Página 3
CAMPANHA SALARIAL 2017
Por aumento de salário!Contra o desemprego!
Sem retirada de direitos!
FILIADO À CSP-CONLUTASSede: Rua Dr. Barros Júnior, 408/412, Centro, Nova Iguaçu - RJ TELS./FAX: (21) 2768-9297 / 2767-5130 / 2767-8232
Jornal de responsabilidade da diretoria colegiada do Sindicato dos Trabalhadores Pro� ssionais no Comércio e Serviços de Nova Iguaçu, Nilópolis, Paracambi, Itaguaí, Belford Roxo, Queimados, Japeri, Seropédica e Mesquita;
Redação, diagramação e projeto grá� co: Raphael Botelho (MTB: 35898).
Jornal dos ComerciáriosJornal dos Comerciários02 Sindicato dos Comerciários de Nova Iguaçu e RegiãoMARÇO 2017
DENÚNCIAS
CONVÊNIOS
Moda MixNilópolis
Um Mix de irregularidades: A empresa cobra o uniforme dos funcionários, descumprin-do a convenção coletiva que determina que ela deve forne-cer 3 uniformes por ano gra-tuitamente. Também não paga hora extra e o desvio de função rola solto: Os atendentes de loja são obrigados a lavar ba-nheiro e limpar a loja.Pra completar não há local
adequado para os trabalha-dores fazerem suas refeições e ainda por cima a loja está fun-cionando SEM ÁGUA, não tendo nenhuma condição de seus trabalhadores usarem o banheiro, ou até mesmo esco-varem os dentes. Estes desvios irão acabar.
UtilicasaNilópolis
A loja vem obrigando os tra-balhadores a trabalharem aos Domingos de 9h às 16h sem ti-rar hora de almoço e sem folga na semana. Dessa forma o tra-balhador chega à até 15 DIAS DE TRABALHO consecutivo, sem folga! um completo absur-do! O Sindicato tomará as me-didas necessárias para resolver os problemas.
Zelia NoivasItaguaí
Várias denúncias de assédio moral por parte da gerência contra as trabalhadoras. Esta-remos acompanhando de per-to essa situação!
GuanabaraItaguaí
O desvio de função rola sol-to com as operadoras de caixa, que são obrigadas a abastecer o hortifruti. Estamos de olho!
� O Sindicato mantem convê-nios com o plano de saúde Me-morial e o plano odontológi-co Prima Vida. Além disso na área de saúde também temos convênios com a Clínica Seg-medic, Clínica Hoverly, Clínica Rio de Janeiro, Plano odonto-lógico Isodont e Óticas Diniz. Quem é sócio do Sindicato tem descontos nestas instituições. Para saber como receber o des-conto entre em contato com o Sindicato indo à sede ou sub--sedes, ou mesmo pelos telefo-nes 2767-8232, 2767-5130, ou 2768-9297.
Memorial SaúdePlano de Saúde
PrimaVidaPlano Odontológico
03Jornal dos Comerciários Sindicato dos Comerciários de Nova Iguaçu e Região 03Jornal dos Comerciários Sindicato dos Comerciários de Nova Iguaçu e Região
INTERNACIONAL
MARÇO 2017
• No dia 8 de março mulheres no mundo todo mostraram sua revolta diante da violência ma-chista, a explo-ração capitalista, e o discurso de ódio contra as mulheres indí-genas, negras e emigrantes, e a negligências dos governos, mídias e instituições em relação à luta pe-los nossos direi-tos.
O movimento convocado a par-tir das mobiliza-ções na Argen-tina com o “Ni una a menos” e a greve de mulhe-res na Polônia, conta atualmen-te com a adesão de 43 países e se espalha por mais de 220 cidades, prevendo um histórico “Dia sem mulher”. A ação é Inspira-da nas mulheres islandesas, que em 1975 prota-
gonizaram uma grande greve geral conhecida como “O dia de folga das mu-lheres”, em que 90% das mulhe-res recusaram-se a trabalhar, cozi-nhar e cuidar das crianças por um dia.
Como apre-sentado na car-ta das ativistas e intelectuais feministas dos EUA, espera-se mobilizar as mu-lheres, incluindo
as transgeneros, para a construção de um novo mo-vimento femi-nista internacio-nal, antirracista, anti-imperialista, anti-neoliberal e anti-hetero-normativo e di-ferenciando-se radicalmente das perspectivas de empoderamento e do corporati-vismo feminista.
O fato das mu-lheres estarem se organizando a partir de um
método da clas-se trabalhadora, que é a greve, é muito signi� ca-tivo e evidencia a necessidade de construirmos a nossa luta em bases muito só-lidas de indepen-dência de classe e dos governos para avançar-mos em nossas conquistas e na construção de uma sociedade verdadeiramente igualitária, uma sociedade socia-lista.
Por que Para-mos?
Entre as pau-tas apresentadas pela Greve In-ternacional es-tão: a luta contra o feminicídio e o transfeminicí-dio, a violência machista, a ex-ploração e invi-sibilidade do tra-balho feminino, as politicas de migração xenó-fobas e o genocí-dio e violação das mulheres indíge-nas, garantia dos
direitos repro-dutivos e a equi-paração salarial entre homens e mulheres.
Nós do MML estivemos pre-sentes nos atos e atividades em nossas cidades, construindo e mobilizando as mulheres e ho-mens para se so-marem a esse dia histórico de luta das trabalhado-ras.
A Greve de mulheres é o caminho para uni-ficar os trabalhadores contra o machismo,
a violência, os governos e os patrões
O 8 de março contou com um protesto em Nova Iguaçu, que depois se integrou ao ato unifi cado no centro do Rio: Só a luta pode melhorar a condição das mulheres.
Por Paula Falcão, do MML Rio de Janeiro
Jornal dos ComerciáriosJornal dos Comerciários04 Sindicato dos Comerciários de Nova Iguaçu e RegiãoMARÇO 2017
NACIONAL
• A CSP-Conlu-tas e suas entida-des � liadas reali-zaram, nos dias 21 e 22 de fevereiro, em Brasília, uma série de ações con-tra a reforma da Previdência. Diri-gentes de sindica-tos e centrais sin-dicais estiveram no Congresso Na-cional para pres-
sionar deputados a votarem contra a reforma do gover-no Temer.
A iniciativa foi mais uma da série de atividades que a CSP-Conlutas vem realizando contra essa re-forma que, entre outros ataques à direitos dos tra-balhadores, quer
igualar para ho-mens e mulheres e aumentar a idade mínima de apo-sentadoria para 65 anos, quer impor que o tempo mí-nimo de 25 anos de contribuição para a aposenta-doria e 49 anos para o trabalhador receber aposenta-doria integral.
O governo diz que a reforma é necessária para acertar as contas públicas, no en-tanto continua atolado em esque-mas milionários de corrupção, e se recusa a taxar grandes fortunas e a buscar outros mecanismos que não penalizem os trabalhadores. Eles criaram essa crise junto com os patrões agora querem que você pague a conta.
Além disso já está provado que a previdência não dá prejuízo, mui-to pelo contrário. O prejuízo vem quando estes re-cursos são usados para pagar outras dívidas através de mecanismos como a DRU (Desvinculação de Receitas da União).15 de Março: Pa-ralisação Nacional Contra as Refor-mas da Previdência e Trabalhista
Outra data im-portante foi o 15 de março, Dia Nacional de Para-lisações, convoca-do pelas Centrais Sindicais. Foram realizadas assem-bleias, greves e manifestações em diversos estados. Esta paralisação nacional foi um importante passo para a convocação imediata de uma Greve Geral no país, única forma de luta que é capaz de derrubar estes ataques.
15 de março foi dia de lutar contra a Reforma da Previdência
REFORMA DA PREVIDÊNCIA
NÃO VAMOS ACEITAR!
A campanha da CSP-Conlutas conta comadesivos, cartilha explicativa e cartaz.
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Jornal dos Comerciários Sindicato dos Comerciários de Nova Iguaçu e RegiãoJornal dos Comerciários Sindicato dos Comerciários de Nova Iguaçu e Região MARÇO 2017 05
ENTREVISTA
“...se o objetivo da iniciativa privada é o lucro, com certeza a questão da qualida-
de (da água) está colocada em risco.”
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Por que privatizar a CEDAE é um pro-blema?“Primeiro pelo o
que ela representa para o povo do nosso estado. Sabendo que a água é um bem que sem ele as pessoas não vivem, (...) trans-formar isso numa mercadoria signi-� ca colocar o lucro na frente do social. A CEDAE (...), é a única empresa que � -cou no Rio de Janei-ro. Esse mesmo pro-cesso de privatização se deu na década de 90, na época de FHC e Marcelo Alencar, aqui no Rio, que fo-ram dois colaborado-res do neoliberalismo no Brasil. Você pode ver que aqui todas as estatais foram embo-ra. A CEDAE num
movimento muito intenso e participati-vo, ela por pouco não foi privatizada, mas foi com muita luta... Foi com ocupação dos meios de produ-ção, e essa coisa toda.”Privatizar pode en-tão fazer com que a CEDAE não cum-pra o dever social que ela tem?“Principalmente
isso. A outra questão que é importante é que se o objetivo da iniciativa privada é o lucro, com certeza a questão da qualida-de está colocada em risco. E a água sem essa qualidade, ela começa a perder, do ponto de vista do tra-tamento, diminuin-do a quantidade de produtos químicos pra obter mais lu-
cro. (...) Para você ter uma ideia ela de certa forma vai transferir para a população um
monte de problemas de ordem da saúde vinculados à água. O pessoal vai começar a gastar dinheiro com remédio!... A outra
questão em relação à saúde é que, segun-do dados estatísticos, cada um real gasto
em saneamento eco-nomiza-se quatro em saúde.Do ponto de vis-
ta dos trabalhadores com certeza eles vão
trocar os funcioná-rios por terceirizados, quer dizer, precariza-ção da mão de obra. Inibe qualquer direi-to. “E o que é possível fazer nesse momen-to?“Eu acho que agen-
te não pode se dar por vencido. O go-verno do Rio de Ja-neiro, encaminhou esse projeto de trans-formar a CEDAE numa moeda de tro-ca, segundo eles, com o governo federal, pra passar pra mão da iniciativa privada, dizendo que com isso pagaria os servidores públicos que estão com salários atrasa-dos, etc. Mas ela sen-do passada por R$ 3,4 bilhões não ga-rante 3 meses de pa-
gamento da folha do servidor publico, quer dizer, você só adiaria, de certa forma, um problema que já está acontecendo. Exis-tem outras formas. A primeira é acabar com um monte de incentivos desme-didos às empresas, a várias empresas. Depois seria cobrar as dividas que várias empresas do Rio de Janeiro têm com o estado. Isso resolveria o problema... Temos que tentar
por todos os meios possíveis. Inclusive se somar aos esforços dos trabalhadores da empresa que na mi-nha opinião de certa forma � caram um pouco isoladas nessa luta que é de interes-se geral.”
Valter Veríssimo é ativista das lutas sociais etrabalhador aposentado da CEDAE.
� Conversamos com Valter Veríssimo, ativista das lutas sociais e trabalhador aposentado da CEDAE para sabermos um pouco mais sobre o que vem aconte-cendo com a empresa.
MOVIMENTO
Jornal dos ComerciáriosJornal dos Comerciários06 Sindicato dos Comerciários de Nova Iguaçu e RegiãoMARÇO 2017
Oposição dos trabalhadores em Asseio e Conservação se filia à CSP-Conlutas
Ato contra o fechamento do Hospital da Posse reúne 300 pessoas em Nova Iguaçu
Trabalhadores no asseio e conservação realizam assembleia no dia 14 de feveriro.
Ato ocorreu na frente do Hospital da Posse no dia 14 de fevereiro.
• Diante da crise � s-cal que abala os mu-nicípios, os governos e patrões vem ata-cando direitos dos trabalhadores e atra-sando salários para recompor seus caixas e lucros. Em Nova Iguaçu, os trabalha-dores que cuidam da conservação da ci-dade também estão tendo seus salários atrasados.No entanto, in-
conformados com a situação eles estão indo à luta. Diante da paralisia de seu sindicato diante des-ta situação, organi-
zaram eles mesmos protestos e paralisa-ções reivindicando o direito de receber em dia.Mas eles não para-
ram por aí, decidiram fundar uma oposição à atual diretoria de seu sindicato e com o apoio do nosso Sin-dicato, se � liaram à CSP-Conlutas para fortalecer sua orga-nização, e colocá-la no caminho da luta!Os trabalhado-
res da Codeni e da Eims estão dando um exemplo de luta e organização!
• Diante da a� r-mação da Pre-feitura de Nova Iguaçu de que, se o governo fede-ral não enviasse recursos fecharia o Hospital Geral de Nova Iguaçu, conhecido como Hospital da Pos-se, ativistas co-meçaram a se movimentar para lutar em defesa da saúde pública e do hospital que é referência na região.
Um ato foi convocado para o dia 14 de feve-reiro e aconteceu
na porta do hos-pital. O protesto reuniu quase 300 pessoas entre ati-vistas, trabalha-
Foto: Raphael Botelho.
dores e usuários do hospital da posse. A mani-festação exigia a manutenção do
hospital e inves-timentos na saú-de pública (SUS).
O Sindicato
esteve presen-te por entender que o hospital é fundamental para a saúde dos
t r aba lhadores da região e está apoiando esse movimento.
Jornal dos Comerciários Sindicato dos Comerciários de Nova Iguaçu e RegiãoJornal dos Comerciários Sindicato dos Comerciários de Nova Iguaçu e Região MARÇO 2017 07
CATEGORIA
SINDICATO
FGTS inativo já está disponível para saque
Sindicato realiza baile de carnaval para confraternização dos comerciários
• Para fugir da cri-se econômica, o governo federal li-berou os trabalha-dores para sacarem integralmente o valor nas contas do FGTS (Fundo de Garantia por Tem-po de Serviço) que estavam inativas até 31 de dezembro de 2015.
O governo não fez nenhuma cari-dade. Esse dinheiro é nosso. E quem lucra com esse di-nheiro durante anos
é o governo Fede-ral e os banqueiros. Sacar esse dinheiro em tempos de crise é uma obrigação.
O calendário de saque será baseado na data de nasci-mento dos traba-lhadores. Desde o dia 10 de março (Sexta) já estão li-berados os saques. Você pode conferir se tem direito ao sa-que no site da Cai-xa. Con� ra o calen-dário ao lado:
10 de Março - Traba-lhadores nascidos em Janeiro e Fevereiro.
10 de Abril - Trabalha-dores nascidos em Mar-ço, Abril e Maio.
12 de Maio - Traba-lhadores nascidos em Junho, Julho e Agos-to.
16 de Junho - Traba-lhadores nascidos em Setembro, Outubro e Novembro.
14 de Julho - Traba-lhadores nascidos em Dezembro.
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Sant
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• O Sindica-to organizou mais um bai-le de carnaval na sexta feira que antecede a festa, dia 24 de fevereiro. A presença de funcionários do Sindicato e dos comerci-ários, agitou a confraterniza-ção que con-tou com muito samba e ani-mação. Veja al-gumas fotos da festa:
Fotos: Paulo Santos.
COMBATE ÀS OPRESSÕES
21 de março diainternacional de luta contra o racismoPaulo Tomé, diretor do Sindicato
NEGRAS E NEGROS
• No dia 21 de março de 1960 na cidade de Joa-nesburgo, capital da África do Sul, durante o regime do Apartheid, 20 mil negros (as) protesta-vam contra a lei do passe, que os obrigava a portar cartões de iden-ti� cação, especi-� cando os locais por onde podiam circular.
No bairro de Shaperville, os manifestantes se depararam com tropas da polícia. Mesmo sendo uma manifes-tação pací� ca, a polícia atirou sobre a multi-
2016: Um ano manchado de sangue e covardia
• 2016 foi consi-derado o ano mais violento desde 1970 contra pes-soas LGBTs. De acordo com o re-latório divulgado pelo Grupo Gay da Bahia (GGB), 343 LGBTs fo-ram assassinados em todo o Brasil. Em 2017, até 22 de janeiro, já fo-ram documenta-dos 23 assassina-tos de LGBTs.
A Bahia é o es-tado que mais mata LGBTs no Nordeste e, nacio-nalmente, ocupa a segunda posição, com 32 assassina-
LGBT’s
dão, matando 69 pessoas e ferin-do outras 186. Esta ação � cou conhecida como o Massacre de Shaperville.
Aqui na Baixa-da Fluminense o Movimento Negro também se organiza e já é uma realidade com a criação do Movimento Na-cional Quilom-bo Raça e Classe Núcleo Baixa-da Fluminense que se reivindica como uma nova ferramenta a serviço da luta do povo negro. Estamos convi-dando você que se auto declara negra e negro a participar do nosso Quilom-
tos. O estado baia-no só perde para São Paulo, que no ano passado con-tabilizou 49 homi-cídios. Rio de Ja-neiro (30 mortes) e Amazonas (28 mortes) também � guram entre os estados com maior número de crimes. O único estado do Brasil que não registrou casos foi Roraima, que em 2014 liderou a lis-ta.
Precisamos de um basta. Che-ga de mortes.
Dos 343 assas-sinatos, 173 eram gays, 144 trans (travestis e tran-
bo. Lembran-do que aqui o debate con-tra o racismo passa também pela questão de classe e gênero.
Aquilombar para Reparar é uma das nossas palavras de or-dem para esse ano de 2017. Venha nos co-nhecer. Somos uma organi-zação inde-pendente de governos e pa-trões � liado a CSP-Conlutas. Contatos: [email protected], [email protected] ou pelo Face: Qui-lombo Raça e Classe RJ.
sexuais), 10 lésbi-cas, 4 bissexuais e 12 heterosse-xuais (parentes ou conhecidos de LGBTs que fo-ram assassinados por algum envol-vimento com eles e ou elas). Temos que destacar tam-bém a di� culdade para coletar da-dos sobre mortes de LGBT pois as informações são escassas. Lamen-tavelmente esses números podem ser ainda maiores.
Precisamos lutar para vencer esse ódio. Lembrando que LGBTfobia ainda não é crime aqui no Brasil.
Marcelo Baena, diretor do Sindicato
Jornal dos ComerciáriosJornal dos Comerciários08 Sindicato dos Comerciários de Nova Iguaçu e RegiãoMARÇO 2017
Foto: Anderson Riedel (2014).
Massacre de Shaperville em 1960: Marco da luta contra o racismo.