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| Telefone: 232 437 461 · Fax: 232 431 225 · Rua Santa Isabel, Lote 3 R/C - EP - 3500-680 Repeses - Viseu · [email protected] · www.jornaldocentro.pt | pág. 02 pág. 06 pág. 08 pág. 12 pág. 18 pág. 20 pág. 21 pág. 27 pág. 30 pág. 33 pág. 35 pág. 36 pág. 39 pág. 42 pág. 43 UM JORNAL COMPLETO > PRAÇA PÚBLICA > ABERTURA > À CONVERSA > REGIÃO > EDUCAÇÃO > ECONOMIA > SUPLEMENTO > PASSEIO DE OUTUNO > DESPORTO > CULTURA > EM FOCO > SAÚDE > CLASSIFICADOS > NECROLOGIA > CLUBE DO LEITOR SEMANÁRIO DA REGIÃO DE VISEU DIRECTOR Paulo Neto Semanário 14 a 20 de Outubro de 2011 Sexta-feira Ano 10 N.º 500 1,00 Euro Publicidade Distribuído com o Expresso. Venda interdita. Nuno André Ferreira O panorama cultural do distrito | páginas 6 a 11 Publicidade Publicidade A ideia que devemos ter relativamente ao distrito é que ele é hoje um dos itinerários culturais mais importantes do país...” José Rui, ACERT. O Jornal do Centro na sua 500ª edição quis ouvir os interventores culturais...
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Jornal do Centro - Ed500

Mar 31, 2016

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Jornal do Centro - Ed500
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Page 1: Jornal do Centro - Ed500

| Telefone: 232 437 461 · Fax: 232 431 225 · Rua Santa Isabel, Lote 3 R/C - EP - 3500-680 Repeses - Viseu · [email protected] · www.jornaldocentro.pt |

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UM JORNAL COMPLETO

> PRAÇA PÚBLICA> ABERTURA> À CONVERSA> REGIÃO> EDUCAÇÃO> ECONOMIA> SUPLEMENTO> PASSEIO DE OUTUNO> DESPORTO> CULTURA> EM FOCO> SAÚDE> CLASSIFICADOS> NECROLOGIA> CLUBE DO LEITOR

S E M A N Á R I O D A

REGIÃO DE VISEU

DIRECTORPaulo Neto

Semanário14 a 20 de Outubrode 2011Sexta-feiraAno 10

N.º 5001,00 Euro

Pub

licid

ade

Distribuído com o Expresso. Venda interdita.

Nun

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reira

O panorama cultural do distrito

| páginas 6 a 11

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licid

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∑ “A ideia que devemos ter relativamente ao distrito é que ele é hoje um dos itinerários culturais mais importantes do país...” José Rui, ACERT.

∑ O Jornal do Centro na sua 500ª edição quis ouvir os interventores culturais...

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praçapública

palavrasdeles

rE sei ainda que este governo é composto por vários regionalistas mas não fará nunca a Regionalização”

Manuel QueirozCronista, Grande Porto, 07/10/11

rQueremos voltar a colocar Timor na ordem do dia, dez anos depois”

Fernando FigueiredoCoronel na reserva, 11/10/11

CI das Comemorações que assinalam a ida do Batalhão de Infantº de Viseu para Timor

rA reforma universitária passa pela atenção a dar à ética e à cultura a começar no seio das próprias Escolas (...) para cumprir a sua missão ao serviço do homem na lógica da antropologia humanista e espiritual com a defesa dos valores da justiça, do direito e da liberdade”

Manuel Augusto RodriguesCronista, Diário As Beiras, 11/10/11

rSentimos que Viseu tem um registo de solidariedade social”

Rui MoiteiroFranquiado do Rest. de Viseu da McDonald’s, Apresº do Projº

de Remodelação do Restaurante da Cidade, 11/10/11

“Liberdade significa responsabilidade. É por isso que tanta gente tem

medo dela.”(Bernard Shaw)

Vi recentemente na televisão, uma reporta-gem sobre a Grécia. Um país em bancarrota real e oficialmente no limbo

da dita. A reportagem vincava as mutações sociais, geradas pelas conturbações finan-ceiras conhecidas, expondo o declínio da classe média. Ficou-me esculpido na me-mória, aquele episódio de um professor uni-versitário, que deixou de ter dinheiro para educar o filho.

Isto, para nós portugueses, que ainda va-mos tendo algum fôlego – reparem que es-crevi ainda – é um pesadelo. É um facto, que a narrativa ali reportada, de um quotidiano trivial na Grécia actual, reflecte o estado ac-tual de ansiedade e inquietação, que todos vamos experimentando.

Resta-nos paciência, fé (se for caso disso) e, não esmorecer.

A palavra de ordem na rotina dos dias que vivemos, é resistir.

Neste cenário de compunção a que nos submeteram, nunca devemos esquecer, que

resistir é defender a liberdade. A austeridade obviamente é necessária,

mas nunca, por nunca, deve pôr em causa liberdades individuais. A liberdade deve ser sempre, uma intangível reserva moral. E é exactamente aqui, que entra um dos seus maiores expoentes. Um dos seus mais lí-dimos paladinos: Nelson Mandela. Um ho-mem que viveu toda a sua vida, em ambiente de crise. Agora, cumpre a tradição africana e, enquanto pessoa idosa, regressa à sua terra natal, para esperar pelo seu ultimo dia.

Vale sempre a pena lembrar, em tempos de sobrevivência, paradigmas da luta pela liberdade.

Começo a puxar o fio à meada, lembran-do que Nelson Mandela, pediu, que não o valorizassem pelos seus sucessos, mas sim, pelas vezes que caiu e se voltou a levantar. Notável.

Esta lenda da tenacidade e do estoicismo, esteve preso 27 anos, encarcerado por um regime desumano e cruel. Apesar das pri-vações, das sevícias, do enclausuramento brutal, escreve na sua autobiografia: “Quan-do saí da cadeia, essa era a minha missão, li-bertar tanto o oprimido como o opressor.” (Longo caminho para a liberdade, Campo de letras, 1995).

E este objectivo de vida, não deixa de ser estranho. Quem sofreu desmesuradamente

como ele, dificilmente borda outros senti-mentos, que não sejam o da vingança e o do ajuste de contas. Já Sófocles lembrava, que

“há algo de ameaçador num silêncio muito prolongado”.

Talvez, o tenha feito, porque, a liberdade em Mandela sobrepuje a tudo. A sua vida confunde-se com a peleja pela liberdade. Não há outro actor nos dias que correm, com semelhante curriculum.

Afinal, como aproveitou o laboratório da solidão? Esse território de silêncio, propicio a catalisar sentimentos demoníacos e exas-perados de vingança?

Mandela preferiu aproveitar a solidão e o silêncio, para construir uma obra reple-ta de valores humanos. A grande vingança de Mandela, foi pois, perdoar aos algozes. E essa fruição, só espíritos superiores a conse-guem sentir.

Mandela, levou, pois, 27 anos de vida suspensa, a construir uma missão: perdoar, em nome da liberdade/responsabilidade, a todos aqueles que o cercearam.

Imagina-se, o seu esforço em contrariar os mais profundos desígnios de vindicta. E, o sentimento de vingança é sinónimo de pra-zer, não se esqueçam.

A sua intelecção política invulgar, só está ao alcance de líderes incomuns.

Diga-se, a talhe de foice, que nunca se fa-

lou tanto de liderança, como hoje, por duas razões essenciais: porque está em crise, e porque serve para tudo e para nada. A lide-rança, foi adoptada pela nova gestão, como procedimento vulgar de desenvolvimen-to organizacional, por causa, da motivação das equipas.

Foi, também, nos 27 anos de cárcere, que Mandela desenvolveu as suas oito “Lições de Liderança”: 1 - A coragem não é a ausên-cia de medo, mas a capacidade de inspirar outros a superá-lo; 2 – Lidere no topo, sem nunca esquecer a base; 3 – Lidere de trás e deixe que os outros acreditem que estão à frente; 4 – Conheça o seu inimigo e descu-bra o seu desporto favorito; 5 – Mantenha os seus amigos por perto e os seus inimi-gos ainda mais perto; 6 – A aparência conta e não se esqueça de sorrir; 7 – Nada é pre-to ou branco; 8 – Renunciar também é um tipo de liderança.

Se este homem, em escassos 27 anos de privação absoluta, conseguiu criar os alicer-ces de uma grande liderança, feita de tole-rância e generosidade, imaginem, o que ele não vai fazer na sua eternidade. Infelizmente, nunca o vamos conseguir saber.

E tudo isto, em nome da liberdade. É que, como escreveu Vergílio Ferreira,

num texto notável: “Tu és livre deves portanto libertar-te”. (Conta-Corrente, vol.1).

Opinião Mandela

José Lapa Técnico Superior do IPV

Desde sempre, de forma séria e índole grave, com carácter imperioso, me foi in-culcada a necessidade de viver, também, para os outros. Fiquei ciente e sensibili-zado para esta faceta da vida social, in-teriorizando-a, possivelmente, de forma própria e com contornos específicos. De facto, coisas pequenas podem ter grandes significados.

Dar, mais de que receber, é algo que nos conforta, embora, vaidosamente, goste-mos que se nos reconheçam as dádivas e que as apreciem.

Ora, as dádivas são, muito naturalmente, actos que se revestem e compõem de sen-

tidos diferentes, por vezes opostos. Um, consubstanciado no palpável, material, substantivo; o outro, no impalpável, sub-jectivo e de valor inestimável. É assim que o facto de dar se manifesta como um con-junto de transferências: das que podemos trocar e daquelas que nos tocam pelo sig-nificado do que representam. Exemplifi-cando:

Imaginemos que um destes mais ou me-nos conhecidos sheikes, magnatas do pe-tróleo, cuja religião os prende ao radicalis-mo islâmico, decide dar ao Santo Padre um dos seus quantos Ferraris.

Questão: será uma oferta muito valiosa?

Consideremos. Num universo mega en-riquecido, como no caso apontado, o dito carro assume vários valores possíveis:

- O que ele representa no momento da sua aquisição (como satisfação de um ca-pricho);

- O seu valor venal;- O seu lugar como peça de colecção;- A sua dimensão enquanto julgado como

prenda;- A sua empregabilidade e utilidade pelo

destinatário;- A miséria que ficou por sustar, em vá-

rias famílias, com o que foi gasto na sua compra;

- A intenção que motiva o acto da oferta;- O momento da entrega, no que tange

ao inter-relacionamento com a política e com a religião;

- O gosto que no momento da dádiva o dador tem pela “peça”;

- A implícita forma de perpetrar o nome e a memória de quem oferece (por certo no Museu do Vaticano!);

- E o que mais se possa e queira imagi-nar.

Deixemos, então, acelerar o raciocínio, indo tão longe quanto as nossas capacida-des nos permitirem e, assim, de forma ab-solutamente pessoal e sem pressões apa-

Opinião Dar

Jornal do Centro14 | Outubro | 2011

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OPINIÃO | PRAÇA PÚBLICA

Como classifi ca o panoramacultural no distrito de Viseu?

Importa-se de

responder?

Quando tudo serve para ligar a vida, qual tirania umbilical, à má literatura do memorando da troika, ceifando na saúde, edu-cação…que esperar para a cultura? Eu acho que se deve salvar o essencial. Divida a cultura em dois palcos, a do aconchego(1) e a que desafia, a que permite baralhar as contas à mediocri-dade(2)… se tivesse as duas para salvar e apenas forma de uma tirar do cadafalso, optaria pela segunda… e é por isso que digo que é preciso lutar para que a Acert, o Teatro Viriato, o Cine Clube de Viseu… sobrevivam a esta tragédia lusitana… ou re-cuperar Aquilino, Afonso Ribeiro, Luís Veiga Leitão, Tomás e Branquinho da Fonseca…como referências de alpendre...

Nos últimos anos, sinto uma cidade produtiva e consumi-dora de cultura, curiosa, que já não se contenta apenas com o universo local, que exige a oferta contemporânea e ecléc-tica. As universidades enquanto pólos formativos e criativos contribuíram para a heterogeneidade de públicos, que cada vez mais reclamam projectos diferenciados em diversas áreas culturais. As organizações trabalham em redes informais que potenciam os eventos, e geram valor. Nesse aspecto, Viseu en-contra-se num estado interessante e propício ao aparecimento de investimento privado e associativo na área da Cultura,

Se entendermos por cultura, a realização de concertos do Tony Carreira ou de outros artistas de calibre semelhante, penso que es-tamos muito bem servidos, talvez até demais. Se entendermos por cultura a promoção e divulgação autores ou projectos ligados às artes performativas, à escrita, à música, etc. acho que ainda temos um longo caminho a percorrer.A programação regular do Teatro Viriato e do Teatro Ribeiro Conceição em Lamego, a programa-ção da Acert ou do Teatro Regional da Serra de Montemuro, o 13º Concurso e Festival Internacional de Guitarra Clássica de Ser-nancelhe e o Festival de Música da Primavera de Viseu são alguns exemplos do que de bom se vai fazendo no distrito.

Viseu tem um enorme potencial na área da cultura, dado que dispõe de uma grande diversidade de tipologias patrimoniais, muitas delas marcos incontornáveis no panorama cultural português. No âmbito da museologia, existem equipamentos de qualidade e relativamente sufi-cientes. A criação de mais “museus” terá de ser vista com muito rigor. No contexto cultural, há a considerar a necessidade de aprofundar par-cerias, reduzindo custos e potenciando o desenvolvimento de acções mais estruturantes. Também neste âmbito é importante que institui-ções promotoras da área da cultura, estabeleçam formas de comuni-cação que resultem em projectos financiados e sustentáveis.

Ricardo Bordalo Jornalista

Lúcia SimõesResponsável pela comunicação naFnac

José Carlos FerreiraDirector do Conservatório de Viseu

Sérgio GorjãoDirector do Museu Grão Vasco

estrelas

Paulo MacedoMinistro da Saúde

Fernando Figueiredo lidera a Comis-são Organizadora das Comemorações dos 10 anos da presença do Batalhão de Infantaria, PORBATT, em Timor. Congregar os 900 militares em Viseu é uma ousadia.

Soares MarquesEx-Presidente da Câmara de

Mangualde

números

4Número de mortos esta se-

mana em dois acidentes na A25.

Fernando FigueiredoCoronel na reserva

Deixou mais um exemplo de despe-sismo inconsequente nas mãos do ac-tual Executivo, ao pagar 50 mil euros por livro de luxo que nunca se viu…

Enquanto se constrói o novo Hospi-tal de Lamego, esvazia-se de valências o existente. O PSD embora crítico na altura do PS, continua esse bizarro processo.

rentes, cada um interiorize o que é o valor das coisas.

A relação simplética e afanosamente cuidada entre pessoas com o gosto pela mesa pode ser bem o exemplo do que pode vir a representar o acto de dar. Explico:

Quem “ama” a comida faz uma inces-sante procura de “pontos” onde a quali-dade gastronómica seja notória. É uma tarefa árdua, persistente, cara e selecti-va, mas, abraçada por muitos, com gos-to, sempre com o sentimento de se per-seguir a inatingível satisfação plena. E, de quando em vez, “acham-se”. Mas e então, neste bordo da nossa sociedade (mais uma minoria!) em que as relações interpessoais são intensas e muito dinâ-micas, as informações sobre o factor de

convergência que afunilam nas iguarias, fluem a enorme velocidade e com invul-gar vigor.

Adquirido este “precioso” saber, que é o “achado”, ele transforma-se na prenda que aos mais chegados se oferece, como um bem de valor muito alto. É uma infor-mação muito rica e prenhe de significa-do, neste círculo restrito. É gratuita e vei-culada com uma carga afectiva própria. E porquê? Porque uma vez espalhada a notícia e com o assomo de maior cliente-la ao “local”, ele vai, por certo, tornar-se numa vulgaridade como tantas outras. Perderá as qualidades que o distinguia e que era assente, sobretudo, numa mimo-sa e personalizada confecção dos alimen-tos, em porções pequenas, bem vigiadas,

e tratadas com o estatuto de “comida de casa”. Os donos, agora de casa cheia, vão querer aspirar os bolsos aos seguidistas e vai, sobretudo, constituir-se numa re-cordação para aquele que, feita a desco-berta, espalhou a “boa-nova”. Perdeu, já se vê, a posse de um bem que para si era estimável, quase precioso. Consciente-mente alienou-o sem outros proventos que não sejam o de dar prazer aqueles que tem no coração.

Destas dádivas falo com satisfação. Quer pelas que fiz, quer pelas que recebi. A sua singelez não as prejudica. Consti-tuirá, na minha magra e escanzelada opi-nião, um acto com contornos de nobreza e valor muito acima do outro, composto quase de forma química/alquimista de

pressupostos de cariz dúbio, interessei-ro, matreiro, capcioso, arrogante, humi-lhante e etc, como aquele que foi acima “imaginado”.

Partilhe-se, pois, o que de bom cada um de nós tem e que possa levar algum pra-zer e alegria a outros, mesmo a quem nos pareça não ter carências.

Permitam-me, ainda, que sugira que enviem a este vosso jornal as informa-ções que, eventualmente, tenham sobre os tais “pontos gastronómicos”, para que possamos dar essa informação.

Da minha parte vai a sugestão da do-brada no Caçador (restaurante). Boa, far-ta e simpaticamente apresentada.

Pedro Calheiros

Jornal do Centro14 | Outubro | 2011

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PRAÇA PÚBLICA | OPINIÃO

1. O mercado deu cabo da banca. A banca está a dar cabo do merca-do. Ou seja, durante anos próspe-ros, a banca portuguesa andou a enfiar pelos olhos dentro de espe-culadores da nossa praça biliões de euros. Até para comprarem acções de outros bancos (vide Berardo e a CGD/BES/BCP). Agora, ao que se diz por aí, a banca está semi-falida e de mãos cerradas para quem dela precisa. Gente séria, pequenos e médios empresários. Gente de tra-balho. Que vêem os seus financia-mentos recusados. Os seus projec-tos reprovados. Só com o caso Be-rardo, os três referidos bancos vão ter que suportar os 800 milhões de prejuízo entretanto gerados. Por-que, como escreve Nicolau Santos: …” os bancos existem para financiar a economia e a aquisição de equipa-mentos e não a compra de acções ou as férias no estrangeiro.”

A falta de liquidez da banca, em grande parte devida também ao Es-tado devedor e aos balões de oxi-génio que andou, durante anos, a conceder às muitas empresas “afilhadas” dos Governos, vai fa-zer ruir de vez a economia portu-guesa e fulminar os que vivem do seu trabalho e não das “jogadas fi-nanceiras”. Ainda me recordo, há bem pouco tempo, de um slogan do maior banco público português: “A … tem mais dinheiro do que aquilo que você pode imaginar!”

Pois tinha!

2. O Documento Verde da Re-forma Administrativa tem para já algo de bom: o verde no nome, cor da esperança e da natureza na sua aprazível paisagem. Até pode tra-zer outros positivos factores. Pena

não serem visíveis. Tal invisibili-dade traz as Juntas de Freguesia em polvorosa. O Governo, enquan-to “sujeito” não ouviu o “objecto” da reforma: os autarcas. Ora, de um dia para o outro, percebem que serão extintas. Absorvidas por outras Juntas. Que poderão vir a integrar outro Concelho, ou até, em casos extremos, outro Distri-to. O Governo, além de não ouvir as estruturas visadas não esclare-ce com clareza e sem ambiguida-des as vantagens destas reformas. Embora hoje os portugueses co-mecem a perceber que qualquer reforma que aí venha nada lhes traz de vantajoso e apenas tem um macro objectivo: poupar dinhei-ro a um Estado que é hoje um pe-lintra decadente, “estoira-vergas” de fundos incalculáveis e agora, parte integrante do pelotão dos “novos-pobres” da Europa. A se-guir à Juntas virão os Concelhos. E também, de um dia para o outro se eliminarão do mapa mais de meia centena. Passo a passo subir-se-á o escadote todo. E quando lá esti-vermos no cimo, deveremos ques-tionarmo-nos:

Porque não extinguir também o Governo, a exemplo da Bélgica onde o elevado nível de vida é bem o exemplo concreto de que, ao fim e ao cabo, ele não é preciso para nada!

3. A verdade, a montagem da re-alidade e a ficção são hoje um “es-perto” e actual tema para ensinar/partilhar com os mais novos e pe-rante o mundo da imagem em que se movem, ou até vivem.

A televisão, o dvd, o cinema, o computador… são veiculadores de

imagens a velocidades alucinan-tes.

Perante esta hiper informação, além de se gerar uma hipo assimila-ção de tanto conteúdo, há também, e com um grau de perigosidade já entrevisto mas ainda não, de todo, quantificado, a possível manipula-ção que os mass media podem le-var a cabo, na e pela magia miméti-ca da imagem, conduzindo os mais novos a mundos e vivências que em nada se assemelham à realida-de que vivem no seu dia-a-dia. E é aqui que os pais e os professores devem intervir com convicção, no desenvolvimento do sentido crítico e na possível distanciação objecti-va do mundo irreal – que já não é o do sonho e da fantasia – para onde são induzidos, a maior parte das ve-zes, onde se deparam com brutais rupturas e rotas de colisão com a realidade.

Escreveu Camões: “Cousas há i que passam sem ser

cridas,E cousas cridas há sem ser pas-

sadas…”

4. O mal urdido “esquema de ava-liação de desempenho dos docen-tes”, feito à pressa, sobre o joelho, por motivos meramente economi-cistas, nascido de parto difícil e por inseminação artificial vinda do longínquo Chile, onde foi erra-dicado por não produzir resultados positivos, começou a criar as pre-visíveis situações de polémica e de confronto nas nossas Escolas.

Ou porque os relatores/avaliado-res são “dotados de plurívocas in-terpretações sobre o assunto” (os leitores mais “finos” perceberão o eufemismo…), ou porque o “ami-

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GerênciaAlbertino Melo, Paulo Netoe Pedro Santiago

Os artigos de opinião publicados no Jornal do Centro são da exclusiva responsabilidade dos seus autores. • O Jornal reserva-se o direito de seleccionar e, eventualmente, reduzir os textos enviados paraa secção “Cartas ao Director”.

SemanárioSai às sextas-feirasMembro de:

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Associação Portuguesade Imprensa

União Portuguesada Imprensa Regional

Hoje, em muitas Escolas, vive-se um clima de “alta tensão” que desvia os professores da sua verdadeira missão e cria, entre pares, antagonismos, rivalidades e ódios corrosi-vos”

Editorial Sanguessugas e Povo

Paulo NetoDirector do Jornal do Centro

[email protected]

1. As grandes manifestações da CGTP-IN, em Lisboa e no Porto no passado dia 1 de Outubro, represen-taram uma vibrante resposta dos trabalhadores e do povo à política desastrosa que estamos a viver.

Segundo Durão Barroso, só nos últ imos três anos foram disponibilizados ao sector financei-ro da União Europeia cerca de 4,6 biliões de euros (4.600.000.000.000 euros) – o equivalente ao PIB da França e da Alemanha em 2010 – de dinheiros públicos. Eis uma confis-são da dimensão do maior roubo or-ganizado da história da humanidade que está em curso.

Em Portugal, o panorama é o mes-mo. Dos 78 mil milhões de euros do «empréstimo» da troika BCE/FMI/

União Europeia, 12 mil milhões irão ser utilizados na criação de um fundo PÚBLICO para apoio dos aumentos de capital dos bancos. E o Estado irá ainda disponibilizar 35 mil milhões de euros em garantias aos emprés-timos que a banca precisar de reali-zar. No caso destas garantias serem accionadas por incumprimento dos bancos, este montante entrará ime-diatamente na dívida pública, agra-vando ainda mais o endividamento. Para o sector financeiro tudo. Para o sector produtivo nada!

A extraordinária participação e a força imensa que esteve presente nestas manifestações, exprimem o sentimento comum de não resigna-ção perante as políticas ruinosas em curso. Políticas essas que significam

o empobrecimento da população, o ataque aos direitos laborais e sociais, o aumento das injustiças e das desi-gualdades, a destruição do tecido produtivo e a alienação da sobera-nia do país.

E exprimem, também, o compro-misso com a defesa dos valores e di-reitos conquistados com a Revolu-ção de Abril. Assim como uma enor-me determinação em prosseguir e intensificar a luta por uma alterna-tiva política e políticas alternativas para Portugal.

Políticas alternativas que visem o desenvolvimento económico, a cria-ção de emprego, a redistribuição do rendimento e a justiça social, assu-mindo o carácter central da questão da produção nacional. E também o

Opinião O significado do 1 de Outubro de 2011

António [email protected]

Jornal do Centro14 | Outubro | 2011

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OPINIÃO | PRAÇA PÚBLICA

guismo” e o “revanchismo” se sobre-põem, eventualmente, ao bom rigor, ob-jectivo e isento, ou porque todo o pro-cesso é um miserável “aborto”, o que é certo é verem-se alguns 10 (nota máxi-ma) em indivíduos (as) nunca se des-cortinou o mérito, assim como o con-trário, em docentes de competências reconhecidas por direcções, professo-res colegas, alunos, pais e encarregados de educação.

Durante anos vamos viver este pro-cesso inquinado e gradual de elimi-nação da Escola Pública encetado por Maria de Lurdes Rodrigues e titube-antemente continuado pela sua su-cessora, cujo nome já nem lembra-mos. Hoje, em muitas Escolas, vive-se um clima de “alta tensão” que desvia os professores da sua verdadeira mis-são e cria, entre pares, antagonismos, rivalidades e ódios corrosivos.

Os professores não são nem dese-jam ser tratados como uma classe à parte. Foram diabolizados por uma malévola equipa, por motivos incon-fessáveis e que tardarão a vir ao de cima, na sua íntegra plenitude. Todos os professores querem ser avaliados (e são-no diariamente e sem dema-gogias) por um modelo condigno e alheio às subjectividades geradoras do equívoco.

Nuno Crato, enquanto “homem li-vre” das férreas garras do sistema, era uma voz ouvida por quase todos, críti-co, gerador de consensos e de bom sen-so. Com ideias apreciadas e ansiadas.

E hoje? Já terá sido triturado” pelo “aparelho”?

5. É muito interessante a ideia dos banqueiros quererem criar um banco para nele depositarem as dívidas do Estado. Diria mais, uma solução enge-nhosa. Agrada ao Governo. Agrada ao

Banco de Portugal. Agrada à Banca. Se agrada a esta sagrada família,

tem de desagradar, obrigatoriamente, a mais de dez milhões de portugue-ses…

A ver vamos, que a procissão vai no adro! Certo será que o crédito às em-presas e às famílias “já era” e o que está a dar é o financiamento às em-presas públicas, há décadas cevadas em manjedouras de ouro, com ração superior paga por quem já nem miga-lhas tem para raspar do chão onde ou-trora caíam.

6. Portugal e a Crise, texto de Eça de Queirós in “Correspondência” (1891)

“Que fazer? Que esperar? Portugal tem atravessado crises igualmente más: - mas nelas nunca nos faltaram nem ho-mens de valor e carácter, nem dinheiro ou crédito. Hoje crédito não temos, di-nheiro também não - pelo menos o Esta-do não tem: - e homens não os há, ou os raros que há são postos na sombra pela política. De sorte que esta crise me pa-rece a pior - e sem cura.”

Parece-vos actual?

7. Acabo com uma citação da escrito-ra Agustina Bessa-Luís, in “Dicionário Imperfeito”, Guimarães Ed., 2008:

“Um povo faz-se com muitas lágrimas (…) Um povo não é um poema épico, nem um homem, nem mesmo uma for-ma de poder. É uma súplica melancólica através dos tempos, e que custa muito esforço; uma súplica digna de respeito porque se dirige, não à internacionali-zação da vida, não aos planos de expor-tação e de produção, mas a um impera-tivo que ponha fim ao egoísmo de todos. Um povo não verte lágrimas pacíficas: elas são sempre revoltadas.”

Alguma dúvida?

aprofundamento da democracia e a afir-mação da independência e soberania na-cionais.

2. O balanço dos 100 dias de governa-ção do PSD/CDS traduz-se numa autên-tica declaração de guerra aos trabalha-dores, aos jovens, aos desempregados e aos pensionistas. Estamos perante um programa de Governo todo ele dirigido contra os serviços públicos e as funções sociais do Estado na Saúde, na Educação e na Segurança Social. Um programa que representa uma ofensiva sem preceden-tes contra os direitos dos trabalhadores, no roubo do subsídio de Natal, no aumen-to e desregulação dos horários de traba-lho, no boicote à contratação colectiva. São 100 dias marcados pelo constante e generalizado aumento dos preços, in-cluindo bens essenciais como os trans-portes, os medicamentos, produtos ali-mentares e a energia.

Como se afirma na Resolução aprova-da, está claramente demonstrado que a

política económica que está a ser segui-da é orientada para os interesses dos cre-dores estrangeiros e contra os interesses nacionais. O seu resultado imediato é o aprofundamento da recessão económica, o qual constitui, por sua vez, pretexto para novos programas de austeridade. O seu resultado a prazo é a alienação, a favor do capital privado estrangeiro, de centros de decisão que são fundamentais para impul-sionar o desenvolvimento do país. Esta po-lítica, ao gerar mais recessão, não só não resolve qualquer problema como acaba por agravar a dívida. Esta é a mesma polí-tica que, tendo falhado na Grécia, está con-denada ao fracasso em Portugal.

Nunca, na nossa história mais recen-te, um Governo tinha concitado con-tra si a expressão de uma tão veemente oposição. E isto em apenas 100 dias de (des)governação. E esse facto será mais uma vez demonstrado na semana de luta convocada pela CGTP-IN para os dias 20 a 27 de Outubro.

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tema da semana textos ∑ Emília Amaralfotografias ∑ Nuno André Ferreira

Depois de publicar durante 500 semanas aquilo que vai acontecendo e o que foi notícia no distrito de Viseu, o Jornal do Centro, nesta semana especial, lançou o desafio de debater à mesma mesa o estado da cultura na região. Ana Oliveira, professora da Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Viseu e João Luís Oliva, investigador do Centro de Estudos Interdisciplinares do séc. XX da Universidade de Coimbra, aceitaram o desafio de moderar o debate com cinco grandes interventores culturais, responsáveis pelo trabalho de excelência que se tem desenvolvido na região em termos culturais. José Rui Martins (Acert), Eduardo Correia (Teatro Regional da Serra do Montemuro), Alberto Correia (historia-dor), Paula Garcia e José Fernandes (directora Adjunta e director Financeiro do Teatro Viriato). No alinhamento do trabalho constavam ainda duas entrevistas aos responsáveis pela cultura das autarquias de Viseu e Sernancelhe, até ao fecho da edição não foi possível realizar a entrevista com a autarca Ana Paula santana da Câmara de Viseu.

“Há uma região que tem uma dinâmica muito própria, que se começa a destacar do Porto e de Lisboa”

João Luís Oliva. Investi-gador do Centro de Estudos Interdisciplinares do séc. XX da Universidade de Coimbra, entre outras participações, integra o Centro de Artes do Espectáculo de Viseu e colabora quinzenal-mente no Jornal do Centro com uma crónica sobre as práticas culturais na região.

Ana Oliveira. Professora co-ordenadora da Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Viseu, entre outras actividades integra a comissão científica da Editora Edições Esgotadas

Estamos aqui a considerar “cultura” (que é palavra armadilhada…) num sentido restrito; aquele que se refere às práticas relacionadas com a actividade artística e a respectiva fruição. Enfim, à sua criação e produção, bem como aos equipamentos da sua socialização, respectivos programadores e públicos que os frequentam.

Nessa perspectiva, Viseu e a sua região cons-tituem um exemplo de vitalidade, sobretudo relativamente às artes de palco - quanto a mu-seus, bibliotecas e património arquitectónico a conversa é outra-, em que os projectos postos em prática no terreno se distinguem pelo seu enraizamento na sociedade, mobilizando a po-pulação, exercendo uma acção ímpar de forma-ção de novos públicos e constituindo pólos de atracção de espectadores de outras geografias; com realizações que se pautam pela diversida-de, universalidade e contemporaneidade, sem recurso a facilitismos de moda, populistas, ho-mogeneizadores e acríticos.

No entanto, se os poderes públicos locais, muitas vezes, traduzem com o seu apoio o re-conhecimento do papel das práticas culturais no desenvolvimento regional (e nacional), já o poder central, a quem caberia a definição estra-tégica de uma política cultural, se caracteriza por uma total ausência de plano estruturado, limitando-se a medidas avulsas, mutantes e contraditórias; porém devidamente enquadra-das por um corpo imenso de funcionários es-pecializados em aritmética.

Isto é, no contraponto de agentes culturais com uma prática social e artisticamente sus-tentável, temos do poder uma acção eleitoral e burocraticamente sustentada.

Manda a verdade que se diga que, no distrito de Viseu, as manifestações culturais já começam a ter o seu espa-ço. Esta situação fica a dever-se mais à qualidade dos projetos desenvolvidos que vão angariando o apoio da popula-ção do que à iniciativa do poder central. Assim, quer se fale de teatro, de dança, de museus, de jornais e revistas, ou de outro tipo de património cultural, as sinergias combinam-se e a nossa região dá passos firmes no sentido de assumir-se como uma referência que chega a ul-trapassar cidades maiores. No contexto cultural viseense, destacam-se, como fatores de importância primordial, o apoio das autarquias que não regateiam esforços para acarinhar os eventos, e o interesse e a capacidade de adesão com que o público responde, enchendo as salas de espetáculos.

r A cultura é a capacidade de

interiorização dos fenómenos mul-tisensoriais que

envolvem a nossa existência”r Deve ser definida

uma estratégiade política cultural”

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TEMA DA SEMANA | O ESTADO DA CULTURA

O secretário de Estado da Cultura, Francisco José Viegas, disse no parlamento: “Portugal tem um excesso de equipamentos culturais e muitos deles não estão aproveitados” (26 de Julho). António Barreto (sociólo-go) afirmou que “Portugal deve acabar com a cultura de segredo de Estado”, em que as coisas são faladas pontualmente e não são discutidas livremente” (Julho). Como é que se manejam nestas duas definições?

Paula Garcia ∑ Começa a ser recorrente esta discussão so-bre a rede de teatros e cine-teatros em que se percebe que não há uma política definida. A sensação que se tem é que o Governo não sabe. Essa frase [do secretário de Estado da Cultura] despoleta logo a questão dos teatros e dos cine-teatros. De governo para governo, de ministério para ministério e agora na secretaria de Estado, percebe-se que não há uma estratégia política para esta rede que tem vindo a ser construída e

a sensação que se tem é que, sempre que o Go-verno muda, estão a fazer o levantamento do número de espaços que foram construídos ao longo destes anos e nunca se percebe qual é a estratégia que vai ser definida.

Apetrechem esses projectos com equipas, coloquem-nas a trabalhar com um plano de acção bem estruturado e depois vamos ver ser há ou não excesso de equipamentos cul-turais.

A cultura é a arte que pode transformar o cidadão. Às vezes basta convidar um jovem a passar por um processo criativo e todos eles dizem: “eu vou de autocarro para a escola e agora olho para o mundo de uma forma dife-rente, mas eu não percebo porquê”.

∑ Qualquer destas estruturas, a Acert, o Tea-tro Montemuro e o Teatro Viriato, para terem acesso ao financiamento público apresentam planos de acção e orçamentos para quatro anos e, depois, especificamente, para cada ano de ac-tividade. Não há aqui qualquer segredo de Esta-do, há uma completa clareza e somos avaliados publicamente pelas equipas de avaliação. Pres-tamos contas anualmente e ao fim de quatro

anos pode ou não ser aprovado o orçamento. Aliás, não se sabe o que vai acontecer em 2012. E há a avaliação do público que frequenta os espectáculos.

∑ As duas frases são demagógicas. António Barreto, porque é sociólogo, tem a obrigação de clarificar, senão esta ideia fica só para os ilumi-nados. A do secretário de Estado é lançada para um vazio. Não há equipamentos a mais de na-tureza nenhuma. Estou-me a lembrar do meu concelho (Sernancelhe) em que as freguesias têm hoje 150/200 pessoas e ,em termos de equi-pamentos desportivos, cada aldeia tem um gim-nodesportivo que está fechado porque não há ninguém para o abrir e não há jovens. Nas ilhas dos Açores há um bairrismo tamanho e todas as freguesias querem ter um grande pavilhão

do espírito santo que leva 600 pessoas para al-moçar uma vez por ano e não serve para mais nada. Na cultura não me parece. Podemos es-tar a pensar em teatro, museus ou galerias de exposição, e era necessário categorizar estas coisas. No domínio dos museus, há uns anos tentou fazer-se um levantamento do número de museus existentes no país. Depois procu-rou-se racionalizar a questão e criou-se a Rede Nacional de Museus. O museu tem que ter ins-talações, um conteúdo, pessoas e um projecto, senão tiver isso, não o é. A nível local e regional, temos dúzias de ditos museus. Esses são falsos

equipamentos que distorcem uma realidade. Se o secretário de Estado [da Cultura] quiser referir-se a partir deste parâmetro, há museus a mais, mas eles não são museus efectivamen-te. É criminoso uma câmara chamar [a deter-minado espaço] museu ou ecomuseu quando não é nada. Em relação aos números, o que me mais me tem preocupado e inquietado ultima-mente é o chamamento do número às coisas. Há museus em que é impossível que tenham entrado sequer 50 mil pessoas quanto mais 80 mil. Isto está a acontecer porque superiormen-te estão a exigir isso.

∑ Essa ideia já é recorrente. Num debate re-cente no Teatro Viriato, falou-se em sítios con-cretos, como Ílhavo e Gafanha da Nazaré, em que as pessoas que são de Ílhavo podem ir à Gafanha e não há necessidade de dois espaços. Isso não é verdade. Quem conhece a realidade sabe que as pessoas de Castro Daire não vão ao Teatro Viriato ou ao contrário. O problema não são os equipamentos a mais, mas como dinami-

zar os equipamentos. A experiência diz-me que o problema de

tudo isto são os números. Há pouco tempo, no Ministério [da Cultura], o adjunto da ex-minis-tra olhou para o projecto [de Campo Benfei-to] e disse: “então estes números referem-se a uma equipa de produção de sete pessoas?”. E eu disse, realmente somos sete mas temos pessoas pontualmente a trabalhar connosco

nos projectos que realizamos e ele insistia que havia qualquer coisa que não funcionava bem. Portanto, o problema eran os números.

∑ As frases são provocadoras. É uma fra-se para sacudir a água do capote. Está a fa-lar de quê? De museus? De teatros? Excesso para quem? Para aqueles que votam? Ou para os agentes culturais? Ele deveria falar era na inoperância dos vários departamentos que des-centralizaram, das direcções regionais, etc., que balanço é que faz dos investimentos do Estado nesta áreas. Sobre a frase do António Barreto não concordo em absoluto. Acabar com a cultura de segredo de Estado é uma visão re-dutora e demonstra algum desconhecimento do que é a realidade cultural e artística do país. Quem tem assumido a maior responsabilidade da vitalidade do tecido cultural e artístico por-tuguês é a parte da cidadania, ou seja, nos locais onde não existem alternativas culturais são os criadores que têm que criar as alternativas. O Estado tem-se demitido de dizer: esta estrutu-

ra num determinado distrito tem feito um tra-balho muito válido, vamos ver qual é a maneira de o continuar a fazer e nós irmos retirando a nossa responsabilidade e o nosso investimen-to. A menos que António Barreto não esteja a falar daquilo que nos move aqui, mas de uma super esfera da intervenção do Estado. No Or-çamento Geral do Estado vemos que 75/80 por cento se destina a pagar a instituições governa-mentais, ficando muito pouco para aquilo que é a vida artística e cultural do país.

Nas leis estão previstos mecanismos de cor-recção. Infelizmente o Ministério da Cultural nunca fez uma avaliação ao Instituto dos Mu-seus, nunca vez uma avaliação a um projecto que, no fim de avaliado, e perante os resultados atingidos, fazia uma correcção. Falta, coragem e idoneidade para o fazer. Quem não lê os relató-rios, quem não descodifica o investimento cul-

tural e social, não pode fazer estas correcções. Está a falar-se em números e a cultura é mui-

to mais do que números, tem um efeito sobre o cidadão que se vai reflectir na economia. As pessoas ficam com mais conhecimentos, com mais capacidade de reflexão, mais capacida-de de transformação, mais capacidade de não acomodação. É ver a posição de um cidadão de Campo Benfeito com outro cidadão de uma al-deia a 10 quilómetros. A sua postura e a sua ca-pacidade de identificação com o seu local é de um valor que não pode ser mensurável em ter-nos economicistas. Ele identifica-se com a sua terra e não tem um discurso “lamechas” do ou-tro cidadão que está abandonado, que não tem pontos de identificação com o seu local.

José Fernandes

Alberto Correia

Eduardo Correia

José Rui Martins

r Sem a autarquia, não seria possível existir o

Teatro Viriato”

r Uma criança de Tondela, de Viseu ou

de Campo Benfeito vê mais espectáculos por ano que o seu colega

de Lisboa”

rO que sinto no norte do distrito é que não há

empenho”

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O ESTADO DA CULTURA| TEMA DA SEMANA

Qual é o estado da cultura no distrito de Viseu?

∑ Os projectos não se sobre-põem. Cada um tem o seu objec-tivo, e o seu plano de acção bem definidos.

∑ Viseu tem neste momento três companhias profissionais (Paulo Ribeiro, Trigo Limpo da Acert e Grupo Regional da Serra do Montemuro).

∑ Esta região é internacionalmente conhecida, há cartas que se dão e isso é importante em múltiplos aspectos, mas está a abordar-se um certo quadro e te-mos que ir também aos museus, às bibliotecas, ao tu-rismo, a um património monumental, à arquitectura, à música. Se vamos às bibliotecas e ao turismo ver o que se faz em termos de edição, olhamos para uma cidade como Viseu e não temos um livro.

A cidade até se cumpre em termos de produção de revistas [especializadas], mas vemos que em termos de turismo através de episódios e de roteiros, se des-cermos aos museus o que temos? Dois museus nacio-nais sem orçamento. Aqui é que o senhor secretário de Estado deve falar dos equipamentos, que os ponha a funcionar. Depois temos outros museus. Quantos são? Se o são, que projectos têm? Se perguntarmos quantos museus tem cada concelho, dizem-nos, mas depois verdadeiramente não chega a ser nada e essa instituição cultural que pode ser poderosa, se calhar até é prejudicial.

∑ Na altura do 25 de Abril, todos os jovens de Tondela que iam estudar para a Fa-culdade. Ficavam a trabalhar nos grandes centros. Nós não podemos escrever isso no relatório, mas é importante falar na quantidade de estudantes universitários que está a tirar os seus cursos e que hoje vêm à sua localidade todos os fins-de-semana e trazem os amigos das grandes cidades para ver os espectáculos como alterna-tivas culturais. Uma criança de Tondela, de Viseu ou de Campo Benfeito vê mais espectáculos por ano que o seu colega de Lisboa ou de um grande centro. Isto é um valor enorme. Em Tondela não havia ninguém que escolhêsse para o seu futuro ti-rar um curso de artes, hoje são dezenas. Setenta e cinco por cento do investimento do Estado que é feito nas nossas estruturas, vai para tudo menos para ordenados. Reflecte-se nas carpintarias, nas retrosarias, na hotelaria, etc.

Se olharmos para as alternativas das salas de espectáculos culturais a acontecer no norte, Viseu tem uma percentagem significativa. A Companhia Paulo Ribeiro não se consubstancia a um projecto dentro do distrito, são as bandeiras nacionais e internacionais, que anda a ser falado no mínimo na Europa. Quando os políticos nos seus discursos falam da parte cultural sem nunca se terem preocupado com ela, é porque estamos a fazer um bom trabalho.

Qual tem sido o papel das autarquias?

∑ No Teatro Viriato, a autar-quia é proprietária do edifício, financia com a agora Secretaria de Estado da Cultura e garante o funcionamento daquela casa. Sem a autarquia não seria possí-vel existir o Teatro Viriato.

∑ A nossa relação [do Grupo de Te-atro Montemuro] é muito intermiten-te. Por exemplo no Alentejo, as câ-maras juntam-se para pedir apoios e depois convidam-nos nós vamos com muita regularidade e fazemos um trabalho de formação que era im-portante que acontecesse no distrito. Nós não temos protocolo como ne-nhuma câmara, a nossa realidade é mais versátil.

∑ É pretensioso da parte de qualquer das nossas estrutu-ras dizer que está a fazer-se. Está a fazer como os outros. Há uma nova postura de algumas das autarquias, mas o que se destaca é o conjunto de sinergias. Temos projectos muito heterogéneos, que se complementam e que têm identidade. Estes projectos têm uma relação entre si de respeito mútuo, mas também de conjugação de esforços, pelo menos não es-tão de costas voltadas.

O distrito tem uma visão estratégica para a cultura?As estratégias de cada instituição são feitas a pensar em quem?

∑ Mesmo respondendo posi-tivamente, o projecto tem que ser sempre repensado em re-lação àquilo que foi feito.

Em reuniões de trabalho fora de Portugal. as pessoas já não perguntam só por Lisboa e Por-to, sabem que há ali uma região no Centro de Portugal e que o Teatro Viriato não está sozi-nho. Eu não posso estar a falar do Teatro Viriato e da Compa-nhia Paulo Ribeiro e não falar do trabalho da Acert de 35anos, não me posso demitir de falar do Teatro Regional da Serra do Montemuro, do Cine Clube de Viseu…. Acabamos por nos potenciar uns aos outros e isso dá uma imagem de escala.

∑ É necessário que todas as instituições de que falá-mos, seja a biblioteca muni-cipal, o museu daqui ou de além, têm que ter um pro-jecto e esse projecto tem que ter uma avaliação sé-ria de quem é mecenas, seja a empresa do bacalhau ou a câmara municipal. Outra coisa é, cada instituição, fa-zer um projecto orientado para um determinado pú-blico e encontrar uma es-tratégia para que se atin-ja esse público. Claro que a instituições têm que fa-zer a sua auto-gestão e têm que encontrar mecanismos para atingir o máximo.

∑ Pensamos na nossa realidade e o público res-ponde. Se os espectáculos do festival não estiverem esgotados, temos que re-pensar o festival.

É bom referenciar a so-lidez que estas estruturas têm.

Se não existisse a Acert, o Teatro do Montemuro nunca existiria pelo apoio que é dado.

∑ Ninguém tem a coragem de dizer que desconhece o processo, porque há um pro-cesso que está instalado, que são bandeiras locais do ponto de vista da identidade e da afirmação. O presidente da Câmara de Tondela, chega ao Estoril, onde está a ser mostrado um filme sobre a vida cultural do país e uma das imagens que aparece é da produção local da sua cidade (Tondela). Isto catapulta uma reflexão dessas pessoas para, quando chegar a hora da decisão, não poderem desconhecer, porque eles pró-prios capitalizam isso na sua apresentação pública em outros locais. Quanto ao gas-to, qualquer destas estruturas substituiu-se às de outras autarquias que têm que fazer estruturas pesadíssimas para desenvolver trabalhos semelhantes, ao mesmo tempo que há a capacidade de gerar sinergias. O Paulo Ribeiro não está a trabalhar em Viseu porque a sua companhia não pode estar instalada em Lisboa ou em Paris. Isto é uma potencialidade de uma região. Alguém acreditava que a Acert podia ter 40 patroci-nadores locais? Outro exemplo é o conjunto de preocupações culturais das empresas, ao dar aos seus trabalhadores 50/60 entradas para espectáculos. Qual é o distrito que está com esta oferta cultural, por exemplo, para esta franja da população? Estas estru-turas têm potencialidades para não acabar, porque têm projecto, têm identidade pró-pria. Não estou a dizer que não precisamos do apoio estatal, o apoio estatal que nos é dado é porque eles precisam de nós, para prestarmos o serviço público mais eficaz. Hoje, seria muito difícil à Câmara de Viseu prescindir do apoio que está a dar ao Te-atro Viriato porque desguarnecia na sua frente. Tondela dificilmente faz uma opção dessas, a não ser pela avaliação e pelos resultados obtidos e isso é difícil.

Paula Garcia

José Fernandes

QAlberto Correia José Rui Martins

José Fernandes Eduardo Correia José Rui Martins

Paula Garcia Alberto Correia Eduardo Correia José Rui Martins

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TEMA DA SEMANA| O ESTADO DA CULTURA O que não funciona na região?

Há críticas veladas às programações. O que provoca essa crítica?∑ Quando se acusa o Teatro Viriato de ter

uma programação elitista é porque não leu sequer os programas, porque a programa-ção é tão heterógenia que é impossível ser-mos acusados. Depois há a grande preocu-pação da formação dos públicos ao ir junto das escolas e dos mais diversos públicos e trazê-los para as várias linguagens.

∑ Fazem falta duas coisas, a qualidade de cada um do projecto e o seu desenvolvimento, e a formação das pessoas que estão por detrás. Dou alguns exemplos. A Acerta pegou no “Queima de Judas” como deve ser, e deu-lhe um carácter de modernidade. Hoje, tem lá cinco mil pessoas. Mas existe o Carnaval de Lazarim, que qualquer dia estiola. Neste momento há uma ins-tituição de Lisboa que o vai lá fazer, mas essa gente de Lisboa não interiorizou verdadeiramente a região e faz mais do mesmo. Vamos até Vila Nova de Paiva e temos na terça-feira de Carnaval o chamado “Enterro do Rico-Irmão”, podia ser uma coisa fantástica por-que o espaço da aldeia (Touro) com uma rua imensa assim o proporcionam, mas o que temos é uma brasi-leirada sem jeito nenhum. Faltam ali as pessoas certas para imprimirem qualidade. Tem que se saber o que é exactamente a tradição para a renovar e dar a conhe-cer. Não custa nada levar cinco mil pessoas ao Tou-ro (Vila Nova de Paiva) à meia-noite, só que é preciso saber fazer. As Cavalhadas de Vildemoinhos podiam ser em Viseu um cartaz fantástico e não há uma tele-visão a filmar. Nem aparece em rodapé dos noticiários da, porque falta ali um profissionalismo. A tradição subjacente é fantástica, mas os organizadores nem a estudam, não a identificam antropologicamente para a valorizarem. É necessário que isso se faça como se fez em Tondela. Os carros tradicionais que introduzem, é a pantomineirice completa. Para introduzirmos quali-dade às Cavalhadas tem que haver por detrás gente de história, de antropologia, ligada à terra, um designer que desenhe as fatiotas dos moleiros… as Cavalhadas trazem 200 mil pessoas a Viseu.

As autarquias têm tido um papel fantástico em mui-tos aspectos e transformaram o país, agora há sempre o reverso da medalha. Nós vemos um populismo que muitas vezes colocam nas festarolas de Verão, não no sentido da política autêntica do governo da cidade e da qualidade de vida, mas porque é importante ter um voto e trazem o cantor pago por todos nós para distrair, quan-do deviam fazer de outro modo. Mas não somos perfei-tos (sorrisos).

∑ O que sinto a Norte de Viseu é que não há empenho. Não se valoriza o trabalho e há um olhar de desconfian-ça perante o agente cultural. Com este património todo, porque é que não se pega nele? Tenho a certeza que ia ser produtivo, mas as autarquias e as pessoas responsáveis mostram-se pior que no passado.

∑ A palavra elitista é uma ratoeira. Eu desejo que o meu público seja uma elite. Por outro lado, nós que reflectimos muito o nosso trabalho entre a tra-dição e a modernidade, não fazemos a reprodução da tradição, é pegar na tradição como um objecto de transformação, com identidade, mas com ino-vação. O Judas, do meu ponto de vista, é o espectáculo mais elitista da Acert, e é um espectáculo comunitário. Não passemos atestados de estupidez ao público, em espectáculos, em que alguém cataloga como elitistas, são desco-dificados por outro público, às vezes, muito melhor que um público urbano. Estou a lembrar-me das coreografias de Paulo Ribeiro, onde é permanente um universo rural, quer nas projecções, quer nas danças ocultas que fazem as suas bandas sonoras. Lembro-me da nossa máquina Memoriar na Expo, que é a reprodução de um objecto popular com toda a linguagem dos trolhas de Molelos. Vejamos a riqueza que isto constitui. Agora, detesto quem se au-to-denomina de vanguarda.

O facto de existir Tondela, Montemuro e Viseu, não quer dizer que não haja um outro conjunto de organizações, como o projecto do Bar do Capitão (Viseu) e outros pequenos nichos que têm papéis preponderantes nos nossos projectos, e que estão a aparecer cada vez mais. Agora a folclorização de um conjunto de fenómenos tem efeitos nocivos muito grandes, porque alguém continuar a cha-mar programação a coisas redutoras do ponto de vista da sociedade do conhe-cimento.

∑ Eu remetia para o Governo central, porque o que se torna mais difícil para o nosso traba-lho são as sucessivas mudanças na cultura. Temos a sensação que estamos sempre a começar. Estamos nesta altura a trabalhar em projectos para 2013, mas com algum receio, porque não sabe-mos o que vai acontecer. Não conseguimos perceber que es-tratégia política vai ser defini-da, qual é a vontade política. É difícil trabalhar sem saber se es-tamos a ir longe demais porque de repente vão-nos ser retira-das possibilidades de continuar. Esse é um ponto importante.

∑ As candidaturas são feitas de quatro em quatro anos. Em 2012 acabam os contratos de finan-ciamento para estas estruturas. Neste momento, já foi anunciado que iam rever os regulamentos, não sabemos se vai haver con-cursos, com que regras e isso em termos de programação é com-plicado, porque em termos de programação, é necessário tra-balhar com muita antecedên-cia.

∑ É necessário que todas as instituições de que falámos, seja a biblioteca municipal, ou seja o museu daqui ou de além, terem um projecto e esse projecto tem que ter uma avaliação séria de quem é mecenas, seja a empresa do bacalhau ou a câmara muni-cipal. Outra coisa, é cada insti-tuição fazer um projecto orien-tado para um determinado pú-blico e encontrar uma estratégia para que se atinja esse público. Claro que as instituições tem que fazer a sua auto-gestão e têm que encontrar mecanismos para atingir o máximo.

∑ Nesta altura há uma indefinição na cultura e uma indefinição no país. Em períodos de crise, a auto-estima é um factor preponderante para vencer contrariedades, não esperar que as soluções venham do exterior, mas criar no próprio país as soluções com identidade.

Se por um lado pensarmos na resolução em termos de emprésti-mos que vêm do exterior, ou temos capacidade criativa e reflectiva sobre nós próprios, ou então, este grau de dependência vai aumentar e a cultura desenvolve aqui um papel crucial sob o ponto de vista de fruidor cultural que, para além do espectáculo, se interroga a cada momento. Desfolhei o protocolo da troika para ver o que preconi-zavam para a cultura e nem uma linha. Ou seja, estamos numa área muito simpática, para cumprir o acordo da troika ninguém pode dizer que corta na cultura. Agora, há um redobrar de responsabi-lidades que recaíram sobre nós. A falta de perspectivas que temos para este sector. O que fazemos perante expectativas que criámos de serviço público? Vamos fazer o quê a projectos que nos deram tanto trabalho? Há aqui uma responsabilidade social que os respon-sáveis ministeriais não estão a tomar em conta, julgando que a acti-vidade cultural e artística se estabelece no espectáculo.

José Fernandes

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Eduardo Correia

José Rui Martins

Que caminho é necessário percorrer no futuro?

Paula Garcia José Fernandes Alberto Correia José Rui Martins

rQuem acusa o Teatro Viriato de ter uma programação

elitista é porque não leu, sequer, os

programas”

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Qual é para si o Estado da Cul-tura no distrito de Viseu?Na minha visão, o termo

cultura é bastante abran-gente, pois pode englo-bar actividades culturais, desportivas e sociais que contribuem claramente para o engrandecimento das po-pulações e para a melhoria da sua qualidade de vida.

O distrito está recheado de actividades culturais que, grosso modo, estão adequa-das à dimensão, à estrutu-ra e mesmo às necessidades das populações nesta área. O que falta, muitas vezes, é proporcionar uma visão conjunta a estas iniciativas para que possam ser mais abrangentes e não se limi-tem somente às fronteiras de cada Município.

Alguns agentes culturais criti-cam a falta de uma estratégia global para o distrito ou para a região? Concorda? Concordo. Mas deve co-

meçar por esses agentes cul-turais uma resposta imedia-ta de colaboração para que a estratégia global se imple-mente nesta região. Veja, o distrito de Viseu está divi-dido administrativamen-te em duas Delegações Re-

gionais de Cultura, duas CCDR, em três Comunida-des Intermunicipais e, sal-vo erro, em duas regiões de Turismo, a Região de Turis-mo Dão Lafões e a Região de Turismo do Douro, esta à qual pertence o concelho de Sernancelhe e que, pouco ou nada tem feito pela região do Douro a não ser um mo-delo estranho e desajustado de promoção de filmes e ar-tistas que nada contribuem para o desenvolvimento da região.

Acha que devia haver projectos conjuntos entre autarquias?Tenho a certeza que esse

procedimento representaria uma mais valia para a pro-moção dos usos, costumes e tradições das gentes locais.

A autarquia de Sernancelhe organiza um Festival Interna-cional de Guitarra Clássica que tem já um público conquistado e fidelizado. Porque é que este fenómeno acontece em Ser-nancelhe e não se passa em outros concelhos? Qual é o vosso “segredo”?O Concurso e Festival

Internacional de Guitar-ra Clássica, que contou no mês passado a sua 13.ª edi-ção, traz a Sernancelhe pro-fessores e concorrentes oriundos um pouco de todo o mundo, e promove, para além da aprendizagem e da competição, um espírito sa-lutar de convívio e troca de experiências.

Agora, não há nenhum se-gredo associado à organiza-ção deste evento. Trata-se,

sem dúvida, de uma apos-ta e um desafio em levar a cabo uma iniciativa de cariz mais erudito, mas que ao longo dos anos, se foi enrai-zando nos hábitos culturais da região e se assume como uma rampa de lançamento e imagem de marca para futu-ros músicos de reconhecido mérito internacional.

Essa é uma questão que não deve preocupar os agen-tes culturais, pois é natural que na base dos seus pro-jectos estejam sempre pre-missas como a inovação e a constante adaptação a uma sociedade em constante evolução sempre com a pre-ocupação de criar activida-des culturais que marquem pela diferença e que, na sua maioria, não têm qualquer apoio financeiro provenien-te do Estado ou outros, aten-dendo a que estas entidades se direccionam apenas para os grandes centros urbanos descurando por completo as zonas mais rurais.

A Câmara de Sernancelhe elabora anualmente ou para os quatro anos um projecto cultural para o concelho?A Câmara de Sernance-

lhe encara a cultura como uma forma de engrandecer o concelho e de estimular a capacidade crítica e o es-pírito criativo dos seus mu-nícipes. Por isso, contempla sempre na sua actividade eventos que caracterizam a mundividência cultural do município.

Deste modo, o Concurso e Festival Internacional de

Guitarra Clássica, a Festa da Castanha, que terá lugar no Exposalão – Multiusos de Sernancelhe já nos pró-ximos dias 28, 29 e 30 de Outubro, e que se assume como o grande certame do município e que se projecta um pouco por todo o País, a Feira Aquiliniana, uma ho-menagem ao Mestre escri-tor Aquilino Ribeiro, a Fei-ra Sementes da Terra/ Ac-tividades Económicas, um evento organizado em épo-ca de férias de Verão para dinamizar a economia lo-cal e por onde passam uns largos milhares de pessoas e o Natal Sem Idade, diri-gido à população sénior do concelho, são já actividades incontornáveis no calendá-rio cultural do Município.

Deixo ainda um pedido para me dizer quantos equipamentos culturais há em Sernancelhe.O Auditório Municipal é

palco de eventos eruditos, como é o caso do Festival de Guitarra Clássica, mas tam-bém de iniciativas de cariz mais tradicional como é o caso da actuação de grupos de música tradicional, peças de teatro, concertos de gru-pos corais e de bandas mu-sicais, actividades inseridas no ciclo mensal MusicArte.

A Biblioteca Municipal Abade Vasco Moreira co-loca à disposição das acti-vidades de enriquecimento curricular projectos como “A hora do conto”, e colabo-ra na publicação da Revista Literária “Aquilino”, que tem como director o Dr. Paulo

Neto, como colaborador efectivo a Universidade de Aveiro e como “padrinho” o Eng. Aquilino Ribeiro Machado, filho do escritor Aquilino Ribeiro.

O Centro Municipal de Artes/Posto de Turismo é um edifício inaugurado em 2003 e que conta já com 100 exposições inseridas no âmbito do ciclo MusicAr-te. Este projecto alcançou enorme visibilidade e ser-viu de rampa de lançamen-to a artistas locais que aqui iniciaram o seu percurso artístico.

A Escola Municipal de Trânsito, única a nível re-gional, recebe os alunos das actividades de enriqueci-mento curricular, que assis-tem a aulas teóricas e prá-ticas de prevenção rodovi-ária para além de acolher cerca de 4000 alunos ano de concelhos limítrofes e de toda a região.

Na Academia de Música de Sernancelhe, com cer-ca de 4 anos de existência, centenas de crianças têm formação musical no âm-bito das actividades de en-riquecimento curricular. Esta formação já deu fru-tos, pois em três participa-ções no Festival Nacional Foco Musical Júnior, que decorreu no Coliseu dos Recreios, obteve três pri-meiros prémios.

O Exposalão–Multiusos de Sernancelhe é um espa-ço recentemente construído que veio criar condições logísticas para levar a cabo eventos culturais de gran-

de envergadura que até ao momento da sua constru-ção era impossível realizar. Inaugurado pelo Sr. Presi-dente da República há cer-ca de um ano, já acolheu certames diversificados que foram desde o Salão Automóvel de Clássicos a um Encontro Nacional de Concertinas, passando por uma Feira de Construção Civil, outra de automóveis usados e um Encontro de Bandas Filarmónicas, por exemplo.

Na área do desporto, o Complexo Desportivo de Sernancelhe, que contem-pla a Piscina Municipal, re-cebe hoje imensos visitan-tes que procuram o Centro de Bem-Estar que engloba a sauna, o banho turco e o ja-cuzzi, e também a sala cár-dio-fitness, que permite a prática regular do exercício físico, nomeadamente aos idosos de algumas fregue-sias do concelho que, uma vez por semana, se deslo-cam à sala cárdio-fitness e à Piscina Municipal.

O Pavilhão Desportivo Municipal assume-se como um centro desportivo que acolhe clubes ou grupos or-ganizados que pretendem a prática regular do exercício físico. Neste sentido, acolhe a prática do futsal, basque-tebol, ginástica e também a educação física inserida nas actividades de enriqueci-mento curricular, que pro-porciona às crianças do 1.º ciclo a familiarização com a actividade física e a criação de hábitos saudáveis.

O ESTADO DA CULTURA | TEMA DA SEMANA

Conclusão Alberto Correia. Quero formular um desejo. Estes bons exemplos de que falámos que se apoiam sempre na qualidade dos projectos e na preparação séria das pessoas que os desenvolvem, se estendam a todas as instituições que colaboram no quadro da cultura.

Eduardo Correia. Quando devíamos estar concentrados em criar, estamos muito espremi-dos pela política e não conseguimos nada a longo prazo. Depois, temos que dizer o que eles [políti-cos] querem ouvir. Esta indecisão preocupa-nos muito e até nos tira a capacidade de sonhar.

José Rui Martins. Temos todos que ver o valor que isto tem. Queremos estar a trabalhar comple-mentarmente ou não? É uma coisa que não está só do nosso lado, está nos interlocutores que temos e numa aposta global.

Paula Garcia. Estas estruturas culturais têm contribuído para uma imagem de marca da região no panorama nacional, mas continua a haver um percurso muito longo a percorrer. No teatro Viriato tem-se vindo a sentir uma mudança na forma como o público vai evoluindo à medida que vai beneficiando das actividades que estas estruturas vão oferecendo. As pessoas reivindicam muito facilmente uma estratégia política para a saúde e para a educação, mas não o fazem para a cultura e continuamos a ser reféns de um passador.

Tem a palavra

Carlos SilvaVereador do Pelouro da Cultura da Câmara Municipal

de Sernancelhe

“O distrito está recheado de actividades culturais...”

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região

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O presidente da Câ-m a ra Mu n ic ipa l de Mangualde, João Aze-vedo, garantiu numa As-sembleia Municipal que

“a autarquia viu-se de-fraudada em cerca de 50 mil euros, devido a um negócio feito pelo ante-rior presidente Soares Marques”, para a reali-zação de um livro foto-gráfico.

O Jornal do Centro questionou o antigo autarca, que confirmou

“a celebração de um con-trato com uma editora do

Porto para a execução de um livro fotográfico, alu-sivo à evolução urbanís-tica de Mangualde”. Soa-res Marques disse ainda que “escreveu o prefácio do livro e que chegou a vê-lo” contudo, entretan-to “veio embora da Câ-mara e desconhece os de-senvolvimentos”. O antigo presidente social demo-crata lembra que “há me-canismos jurídicos que podem ser activados pela autarquia contra a edito-ra e que o contrato está na posse do actual exe-

cutivo”. Soares Marques aponta ainda uma de duas soluções: “Ou a autarquia recebe os livros que con-tam o desenvolvimento de Mangualde nos últimos 100 anos ou então tem de ser reembolsada”. João Azevedo disse que “o au-tor devia entregar em No-vembro de 2008 um con-junto de 2000 exemplares, dos quais 100 seriam em conjunto de luxo, em cai-xa, encadernados manu-almente, gravados a ouro e com o brasão da autar-quia em baixo relevo”. So-

ares Marques não se re-corda do prazo de entrega da obra, mas João Azeve-do lembra que “o contra-to previa o pagamento de 47.000 euros sem IVA, pa-gando-se 5.875 euros em oito prestações, a partir de 2008. O actual presidente garante que “esta verba foi toda paga e o livro nunca apareceu”.

O t í t u l o d a o b r a “Mangualde Passado e Presente” encaixa nesta aventura. Uma vez que o socialista João Azeve-do parece não querer vi-

ver o presente a pensar em contas do passado. E, em boa verdade, acres-centa o autarca João Azevedo, “não se vivem tempos favoráveis a des-pesas com edições luxu-osas de livros que, ainda para mais, foram adian-tadamente pagos e nunca foram apresentados. Es-tas práticas são incom-patíveis com a boa ges-tão autárquica e lesam Mangualde e os man-gualdenses”, conclui.

Tiago Virgílio Pereira

Onde estão os livros?“Mangualde Passado e Presente”∑ Aguarda-se desenlace “feliz” no futuro

A Contrato lavrado entre Soares Marques e o autor(?) da obra em 22 de Agosto de 2008

OS VERDES REUNE EM VISEU

O conselho nacional de “Os Verdes” reúne este sábado, em Viseu. Já durante o dia de hoje, uma delegação irá efec-tuar várias visitas ao distrito e reunir com diversas actividades para “conhecer melhor os problemas e preocu-pações que afectam a região”, acrescenta a di-recção em comunicado. No final do dia, decor-re uma tertúlia subor-dinada ao tema “Viseu, capital de distrito sem ligação à Ferrovia Na-cional”, às 21h30, no Bar do Capitão. EA

CÂMARA DENELAS ASSINAPROTOCOLOS

A Câmara Munici-pal de Nelas assinou protocolos com várias entidades do concelho no seguimento da po-lítica desportiva de-senvolvida pelo exe-cutivo.

“É objectivo destes protocolos fomentar a prática desportiva, através da continuida-de do projecto Activi-dade Física em Popu-lação com diabetes e do projecto Crianças em Movimento, pro-porcionando um de-senvolvimento salutar, autonomia, coordena-ção e aprendizagem a cerca de 400 crianças do concelho” adiantou a presidente do execu-tivo, Isaura Pedro.

A autarquia contem-plou sete instituições. EA

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A era de 1500 – “il cin-quecento è un secolo ric-co di avvenimenti storici e culturali…” – trouxe ao mundo uma profunda re-volução a todos os níveis. O homem do Renascimen-to (o nascer de novo) assu-miu o ideal antropocêntri-co (o homem como centro do mundo) contra o ideal teocêntrico até aí vigen-te (Deus como centro do Universo). É a época da fé inquebrantável no poten-cial humano; a era dos Des-cobrimentos; o momento da emergência de Da Vin-ci, Miguel Ângelo, Luís de Camões e tantos outros.

O Jornal do Centro edi-ta hoje o seu número 500. Deste número grandioso apenas tenho a responsa-bilidade de duas dezenas. Os meus parabéns àque-les que aqui chegaram e os meus votos de muitos e bons anos, com boa prática jornalística a toda a Equi-pa actual: Emília Amaral; Tiago Virgílio Pereira, Marcos Rebelo, Catarina

Fonte, Ana Paula Duarte, Sabina Figueiredo, Nuno André Ferreira, Gil Peres, Andreia Mota e Raquel Rodrigues. Longa vida!

O 500 é um modelo míti-co da Fiat (Fabbrica Italia-na Automobili de Torino fundada por Giovanni Ag-nelli em 1899).Tão marcante quanto a Vespa, trouxe a re-volução social urbana às grandes metrópoles italia-nas e à Europa, em geral. No século XX, a maioria do povo andava a pé; passou à bicicleta, depois à lambreta e enfim, ao Fiat 500…

Como o Volkswagen, carro do povo, na rica Ale-manha do norte, no sul “il piccolino” fez escola.

Hoje, volvido meio sécu-lo do seu aparecimento, a Fiat retomou, com um êxi-to retumbante o renasci-mento do pequeno mode-lo de Turim. E, umas atrás das outras, as versões sobre a mesma base estrutural, multiplicam-se com ima-ginação, criatividade e ino-vação.

O concessionário Fiat – Soveco (Gocial, SGPS)de Viseu, na pessoa do nosso estimado amigo Henrique Rodrigues disponibilizou-nos para esta ocasião e um alongado test-drive, o Fiat 500 Twinair. Afinal que quer isto dizer? Que esta-mos perante uma concep-ção de motor análoga à do seu avoengo, no aspecto bi-cilíndrico. Quanto ao resto, e apesar das analogias de inspiração para o exterior, é a diferença entre a noite escura e o dia claro.

Este pequeno veículo de 3,5 metros e pouco mais de 850 kgs. de peso é anima-do por um vigoroso motor de 875 cm3, com dois cilin-dros em linha, alimentado por injecção mais turbo. Temos aqui 85 cv de potên-cia, cheios de vigor e de agi-lidade. Na cidade até voa… Estacionar, é com ele (os censores também ajudam); dispõe de 4 lugares e uma bagageira com 185 litros, o que dá, à vontade, para duas malas de porte considerá-

vel. E na estrada? Rápido quanto baste, os 175 km/h anunciados não nos pare-cem difíceis de alcançar… A estabilidade, com uma exce-lente suspensão e pneumá-ticos de tamanho generoso (185/15) bem colocados nos quatro extremos do chas-sis dão uma segurança de “kart”, tornando o peque-no Fiat numa diversão cons-tante. Bem equipado, com rádio, leitor de cd, AC, pon-to de Tom-tom, bluetooth, porta windows, conta rota-ções, comandos ao volante, computador de bordo, tecto transparente, este Fiat, nos seus 15 mil euros de preço e na sua racionalidade ecoló-gica, nível de emissões de 92 grs/km que fazem dele um “carro verde”, é rápido e pouco gastador. Registámos médias em percurso misto urbano/estrada, com uma pessoa a bordo e AC desli-gado, em torno dos 4,5 litros aos 100 kms.

Uma tentação!

Paulo Neto

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REGIÃO | S. PEDRO DO SUL

O Poço Negro é uma la-goa natural com uma pro-fundidade de cerca de sete metros situada na zona de Sernadinha, em S. Pedro do Sul. É um dos locais na-turais mais emblemáticos e de rara beleza da região.

A lagoa é local de lazer e passeio, especialmente no Verão, onde centenas de pessoas visitam e se ba-nham nas águas límpidas e cristalinas, provenientes do rio Teixeira.

Era assim até há pouco tempo, porque agora, o Poço Negro está preto. O ícone da freguesia de Ma-nhouce foi soterrado devi-do às enxurradas de lamas provenientes do desassore-amento do açude do apro-veitamento hidroeléctrico de Carregal, a 100 metros a montante do poço. An-tónio Duarte, presidente

da Junta de freguesia de Manhouce lamenta esta situação e lembra que “an-tigamente o poço era fun-do e agora caminha-se em cima dele devido às areias”. O responsável pela Junta disse que “foi a população que o alertou da poluição” e que de imediato “infor-mou a Câmara Municipal de S. Pedro do Sul e as enti-dades competentes”. A au-tarquia sampedrense, pela voz do presidente António Carlos Figueiredo, admite que esta situação “prejudi-ca o concelho”. Ainda as-sim garante que “na pró-xima semana é esperada uma visita de alguém do Ministério do Ambien-te para fiscalizar a zona e proceder à limpeza da la-goa”.

Quem também aguarda por uma resposta do Go-

verno é o partido “Os Ver-des”. Recentemente, uma delegação do PEV – Par-tido Ecologista “Os Ver-des” – deslocou-se ao lo-cal para ver o que aconte-ceu ao Poço Negro. Após a visita, na pergunta entre-

gue na Assembleia da Re-pública pode ler-se: “Esta situação, para além de da-nificar este monumento natural, provoca graves impactos na fauna aquáti-ca. O PEV constatou ainda que a maioria dos detritos

provenientes do desasso-reamento do açude foram colocados na margem di-reita do rio, numa encosta íngreme, sendo previsível a ocorrência novamente de enxurradas de lamas após as primeiras chuvas de Ou-

tono”. “Os Verdes” preten-dem saber que acções o mistério vai desenvolver para retirar os detritos do Poço Negro. As respostas ainda não chegaram.

Tiago Virgílio Pereira

“Poço Negro nunca esteve tão preto”Causa∑ Enxurradas de lamas soterraram uma das mais belas lagoas naturais da região

A O Poço Negro no Verão A O Poço Negro actualmente

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MANGUALDE | REGIÃO

A Feira dos Santos de Mangualde regressa este ano ao centro da cidade. O anúncio foi feito esta sema-na pelo presidente da Câ-mara. João Azevedo justifi-cou que o regresso aos ve-lhos tempos visa potenciar uma nova dinâmica aos es-tabelecimentos comerciais aí situados.

Nos últimos anos, o se-cular certame conhecido por “feira das febras”, que se realiza no primeiro fim-de-semana de Novembro, ocupou um recinto junto ao Monte da Senhora do Cas-telo, afastado do centro da cidade de Mangualde.

“É uma mudança estra-tégica para alavancar o co-mércio, porque sentíamos há muito tempo que as pes-

soas queriam que a feira voltasse para dentro da ci-dade, porque faz com que os milhares de pessoas que vêm à Feira dos Santos na-queles dois dias comecem novamente a viver, a visi-tar e a passear dentro de Mangualde”, acrescentou o autarca.

João Azevedo, adian-ta que irão participar no

certame 250 feirantes, que vendem artigos tão varia-dos como alfaias agrícolas, roupa e calçado, produtos regionais e febras de porco, entre outros.

Além das mostras de ar-tesanato, de produtos re-gionais, agropecuária e de pintura, este ano a feira in-tegrará também uma expo-sição de automóveis, uma

vez que esta é uma “peça fundamental” do desen-volvimento concelhio e re-gional, encontrando-se ali instalada a maior empresa do distrito, a fábrica da PSA Peugeot Citroën.

“Queremos relacionar a tradição à modernidade. Mangualde era essencial-mente uma terra agrícola e de comerciantes e, na dé-cada de 60, e passou a ser uma terra industrializada com a vinda da Citroën”, su-blinhou.

A “Feira dos Santos à Mesa”, junta-se à “feira das febras”, em que os restauran-tes aderentes apresentarão uma ementa especial com pratos típicos regionais.

Emília Amaral

MAIS DE MIL CAMIÕES SEM ALTERNATIVA EM MANGUALDE

O presidente da Câma-ra de Mangualde, João Azevedo, afirmou que os mais de mil camiões existentes no concelho vão ficar sem alternati-va para circular com a entrada em vigor do pa-gamento de portagens na autoestrada A25.

Em declarações aos jornalistas, à margem da apresentação da Fei-ra dos Santos, o autarca socialista lembrou que o troço da EN 16 - no final dos anos 90 de-safetado para o domí-nio municipal-, já sofre de “problemas de ma-nutenção” e “começa a dar sinais de grande desgaste”.

João Azevedo expli-cou que “há mais de mil camiões residentes no concelho”, de empre-sas como a Patinter, a Bernardo Marques, a Gefco e outras mais pe-quenas, o que represen-ta “um volume enormís-simo de transportes pe-sados” que precisam de circular. Lusa

Feira dos Santos regressa ao centro de Mangualde Novidades ∑ O certame integra exposição de automóveis e a “Feira dos Santos à Mesa”

A A feira decorre no primeiro fim-de-semana de Novembro

O vinho - Os copospara a prova

Opinião

A prova de vinho é um exercício que necessita de orientação e treino meto-dológico regular.

Nas típicas tascas que en-contramos um pouco por todo o pais, é muito fre-quente ainda a venda de vi-nho a copo. Nessas situa-ções, os copos são comple-tamente cheios e o vinho é bebido de uma golada ou duas, o famoso “penalty”.

Este tipo de procedimen-to, ou exercício tão frequen-te, em nada contribui para uma nova cultura, ou con-ceito de vinho a copo que importa implementar nes-ses locais, e fomentar numa restauração mais acurada.

Ao desenvolvermos este procedimento para beber um vinho não estamos a desfrutar de todas as suas características típicas, nem utilizamos de forma regu-lar as nossas ferramentas sensoriais para um acto que visa substituir o conceito de beber pelo de provar.

Este comportamento an-teriormente descrito não permite determinar de for-ma consistente as possíveis características de um vinho tais como: a cor o brilho, o bouquet os aromas, a sua estrutura e complexidade, apenas para destacar as mais fáceis de mensurar. O resultado desta apreciação poderá apenas cingir-se a um simples gosto ou não, que em última análise é já a emissão de um juízo bas-tante válido e serve de cata-pulta para uma apreciação mais cuidada, esmerada e detalhada.

Experimentem beber um vinho desse modo e tentem caracteriza-lo, vão dar-se conta que não conseguem provavelmente descrever nada, ou talvez muito pou-co.

A correcta prova de um vinho resulta da conjuga-ção correcta e harmoniosa que se pode estabelecer en-tre os nossos vários órgãos sensoriais; os olhos, o nariz e a boca, isto é, a visão, o ol-facto e o palato.

Deste sentido, impor-ta também escolher um dos utensílios fundamen-tais para este fim, os copos. Existem vários copos e es-tes foram evoluindo ao lon-go dos tempos. Nos dias de hoje já não se bebe Cham-panhe por taças. Estas fo-

ram substituídas por flutes e o Vinho do Porto possui um copo peculiar desenha-do do arquitecto Siza Vieira em muito idêntico ao copo de provas oficial (ISO). Al-guns dos copos agora uti-lizados nas provas foram estudados e desenvolvidos para cada região, no senti-do de potenciar as intrín-secas particulares dos seus vinhos.

Os copos devem evi-denciar entre outras, as seguintes características: serem incolor, cristalino e de vidro fino (copo de cris-tal), o bojo deverá afunilar e não alargar, terem um vo-lume que permita acomo-dar uma pequena quanti-dade de vinho 1/4 de litro e possuírem um pé suficien-temente sustentável para se segurarem e promover a agitação. Os copos mais conceituados entre outros, para este fim são da Riedel com requisitos peculiares e desenhados para as dife-rentes regiões e castas.

No caso de não terem co-pos com estas proprieda-des sugiro que adquirem 3 copos para as futuras acti-vidades. Os mais vulgares e que cumprem os requisitos mínimos para este fim têm um preço de proximamen-te 1 euro e são fáceis de en-contrar no comercio.

Após a sua aquisição, aconselho que vertam 1/4 da sua capacidade com água e procurem fazer o se-guinte exercício. Peguem no copo pela base utilizan-do os seguintes dedos. O polegar pressiona a parte superior do pé do copo, o indicador pressiona a ou-tra parte superior de pé e o dedo médio a parte infe-rior do copo dando supor-te a este.

Com esse volume de água no copo, procurem fazer rotações do pulso no sentido de um eixo anti ho-rário de modo a que o liqui-do possa rodar com alguma velocidade pela parede do copo sem verter. Repitam este exercício até ao seu do-mínio completo.

Este é um requisito fun-damental para se iniciarem na prova.

Rui CoutinhoTécnico Superior Escola Superior Agrária de Viseu

[email protected]

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REGIÃO | MANGUALDE | OLIVEIRA DE FRADES | MOIMENTA DA BEIRA

A Três bombeiros ficaram feridos no incêndio de Moimenta da Beira, um deles em estado grave

Temperaturas elevadas alteram época crítica de incêndiosRisco∑ Instituto de Meteorologia coloca 13 concelhos de Viseu em risco muito elevado

Três bombeiros f ica-ram feridos no combate a um incêndio em mato que lavra em Moimenta da Beira.

O bombeiro que f i-cou em estado conside-rado grave foi transpor-tado para o hospital de Viseu. Os dois feridos li-geiros foram assistidos no centro de saúde de Moimenta da Beira.

O acidente aconte-ceu numa hora em que, aquele que era conside-rado um dos maiores in-cêndios do país (7 de Ou-tubro), lavrava em Bal-

dos, cerca das 14h40,com duas frentes activas.

No mesmo dia lavra-va um fogo no concelho de Tondela, junto à Ser-ra do Caramulo, muito perto das aldeias de Sil-vares e Souto Bom.

Os incêndios têm sido uma preocupação no país neste Verão prolon-gado. À hora do fecho do Jornal do Centro (12 de Outubro), vinte e três concelhos de Portugal continental apresentam um risco máximo de in-cêndio, segundo o Ins-tituto de Meteorologia

(IM), entre eles Cinfães, Resende, São Pedro do Sul, Castro Daire, Vi la Nova de Pa iva , Moimenta da Beira e Sernancelhe, no distri-to de Viseu

Os dados d ispon í-veis no site de Internet do IM apontavam ain-da para um risco muito elevado 13 concelhos nos distritos de Viseu.

O domingo passado foi o dia com mais incêndios florestais este ano com um total de 399 ocorrên-cias de fogo em 24 horas, segundo a Autoridade

Nacional de Protecção Civil (ANPC).

O Ministério da Admi-nistração Interna (MAI) decidiu na quarta-feira prolongar até sábado o reforço dos quatro he-licópteros ligeiros no combate aos incêndios florestais, tendo em con-ta as previsões meteoro-lógicas, embora a época oficial mais crítica em incêndios florestais te-nha terminado a 30 de Setembro.

Emília [email protected]

ACIDENTEMangualde/A25. Dois mortos e um ferido li-geiro é o balanço de um acidente que ocorreu, na segunda-feira, pelas 7h00 da manhã, na auto-estrada A25, no sentido Mangualde/Guarda. O embate aconteceu na localidade de Chãs de Tavares, em Mangualde, ao quilómetro 118, quan-do uma carrinha ligeira mista colidiu na trasei-ra lateral de um camião TIR. Os veículos circula-vam no mesmo sentido, a uma velocidade conside-rada “normal”, segundo José Correia, 2º Coman-dante dos Bombeiros Vo-luntários de Mangualde. O 2ª Comandante admi-te duas causas para o aci-dente: “ Ou foi distracção ou o condutor da carri-nha adormeceu”. Dos três ocupantes da carrinha, o único sobre-vivente foi o condutor Filipe Fernandes Dias, 30 anos, natural de La-mas, Braga. O homem foi transportado para o Hospital S. Teotónio, em Viseu, com ferimentos ligeiros num braço, mas teve alta hospitalar às 11h40. O camião TIR transportava portas de habitação e dirigia-se para Barcelona, Espanha.

O condutor não teve qual-quer ferimento.

ACIDENTEOliveira de Frades/A25. Um problema num pneu terá estado na origem de um despiste de uma car-rinha ocorrido na quar-ta-feira, no sentido Vi-seu–Aveiro da A25, en-tre Reigoso e Talhadas. O acidente provocou dois mortos e cinco feridos graves. O segundo comandan-te dos bombeiros de Vouzela, Paulo Teixeira, que esteve no local, ex-plicou que na carrinha de cabine dupla, com carroçaria, seguiam sete trabalhadores de uma empresa da zona de Es-posende. Segundo Paulo Teixeira, as vítimas mortais foram o motorista, que ficou en-carcerado, e um dos ocu-pantes, que foi projetado e bateu contra a estrutu-ra, que teriam “entre 25 e 35 anos”. Os feridos gra-ves ficaram dentro da viatura, alguns dos quais encarcerados, acrescen-tou.O sentido Viseu – Aveiro da autoestrada esteve cortado durante quase duas horas.

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educação&ciência

S e b e m q u e n a 1 ª fase das candidaturas para 2011/12, o Institu-to Politécnico de Viseu apenas tivesse visto pre-enchidas 703 das 1542 vagas disponibilizadas, a 2ª fase veio restabe-lecer o equilíbrio para a instituição, que tem o seu orçamento anual definido em função do número de alunos que a frequentam. Assim, se nesta fase posterior re-cebeu mais 373 discen-tes, os concursos a nível local, através dos regi-mes especiais, trouxe-ram mais 599 .

No cômputo final, o IPV não só respondeu às expectativas determi-nadas pela tutela, como ainda as excedeu em 28 candidatos.

Deste modo, o núme-ro de alunos colocado corresponde a 102,5%

das vagas disponibiliza-das para o concurso na-cional.

Recordamos ainda que o IPV tem uma oferta de 37 licenciaturas, distri-buídas pelas diferentes Escolas Superiores que o integram e compõem.

Quanto aos alunos de pós-graduações tais como mestrados e espe-cialização tecnológica, o seu total está ainda por apurar.

De significativo, o fac-to de e apesar dos cor-tes orçamentais para o Ensino Superior afecta-rem o funcionamento das instituições, a res-posta em quantidade de alunos colocados, con-segue, de modo impor-tante, colmatar essa re-alidade, desvanecendo eventuais apreensões para 2011/12. PN

O IPV e o novo ano escolar

“O director de turma na escola actual”. Foi sob este mote que decorre-ram as jornadas de coor-denação dos directores de turma direccionadas aos docentes do Agru-pamento de Escolas de Mangualde, do EduFor - Centro de Formação de associação de esco-las dos concelhos de Ne-las, Mangualde, Penalva do Castelo, Sátão e Vila Nova de Paiva e escolas de Viseu e Aveiro.

A formação teve lugar no Auditório do Complexo

Paroquial de Mangualde, nos dias 30 de Setembro, 1 e 8 de Outubro, com um total de 220 professores participantes.

“No ano passado de-tectámos que havia di-ficuldades na gestão de certos conf litos, que ocorriam no espaço da escola, por parte dos di-rectores de turma” e por isso decidimos organi-zar estas primeiras jor-nadas, disse ao Jornal do Centro Ana Bernardo, uma das formadoras.

“Face à abrangência do

tema e ao facto de outros directores de turma, de outros agrupamentos, sentirem as mesmas di-ficuldades, alargou-se a mais escolas, incluindo aquelas que fazem parte do centro de formação EduFor”, explicou.

E os professores com-pareceram em massa. “Inicialmente estava previsto que as confe-rências se realizassem na biblioteca municipal - limitada a 60 inscri-ções - face ao espaço fí-sico, mas inscreveram-

se tantos professores que tivemos de alterar o espaço.

Em jeito de sumário, a docente disse que “foi importante para trocar experiências e adquirir novos saberes e, futu-ramente, os professores poderão aplicar estes conhecimentos dentro da sala de aula. A forma-ção é importante para a vida na medida em que se reactualizam conhe-cimentos”.

Tiago Virgílio Pereira

Mangualde dá formaçãoa directores de turmaObjectivo ∑ Encarar conflitos que surjam na sala de aula

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A Pormenor do painel e do auditório

A Câmara Municipal de Resende destacou 65 jovens com o Prémio Rebelo Moniz, atribuí-do aos alunos do ensino do 2.º, 3.º ciclos e secun-dário, que obtiveram os melhores resultados.

No auditório, os alu-nos do 2.º e 3.º ciclos fo-ram distinguidos com um diploma e com um prémio monetário no valor de 124,79 euros.

No ensino secundário, o a luno com melhor média final obtida re-cebeu 149,94 euros. O presidente da Câma-ra Municipal, António Borges referiu que “ao distinguirmos o mérito dos nossos jovens esta-mos a consagrar a espe-rança na nossa terra e a esperança no tempo que temos de construir a seguir”. TVP

impr imimos as tuas ide ias . . .

Prémio RebeloMoniz em Resende

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economiaUm Novo Banco

Opinião

A última edição do Jornal Expresso dava conta de mo-vimentações da Associação Portuguesa de Bancos, do Governo e do Banco de Por-tugal no sentido da criação de uma Nova Instituição Bancária que serviria para “colocar” as dívidas do Es-tado, em particular as dívi-das das empresas públicas contraídas junto dos bancos nacionais. Esta solução per-mitiria, segundo algumas fontes contactadas pelo jor-nal, injectar liquidez na eco-nomia e reduzir o défice das contas públicas anuais, uma vez que estes 1384 milhões de euros representariam cerca de 0,8% a menos no défice estimado para o final de 2011. Na prática, a criação deste banco iria permitir a troca dos valores dos em-préstimos contraídos pe-las empresas públicas junto da banca, por títulos emiti-dos pelo Estado Português, possibilitando aos bancos com maiores créditos sobre as empresas públicas des-contar estes títulos junto do Banco Central Europeu.

Pediria aos leitores al-guma reflexão sobre esta questão. Primeiro, a cria-ção de um banco com esta natureza - a ser de facto ver-dade - não deixa de ser uma forma muito expedita dos Bancos se livrarem de um activo, agora, indesejável dadas as condições de ava-liação impostas pelas agên-cias de raiting internacio-nais às empresas públicas nacionais. E eu digo, agora, dado que no passado recen-te os empréstimos da ban-ca a empresas do universo do sector empresarial do Estado, sempre foram uma

enorme fonte de rendimen-to para os Bancos. De facto nesse período nunca hou-ve queixas dos banqueiros, todos procuravam dispu-tar de forma competitiva os contratos de crédito das empresas públicas. Aquilo que antes era um bem pre-cioso, tornou-se um bem pernicioso.

Segundo, permitiria aos bancos trocar o “lixo”, con-siderado pelas agências de raiting, em “euros novos” descontados junto do Ban-co Central Europeu. Esta forma expedita de “lavar” a dívida pública, limpava os passivos bancários da toxi-cidade inerente aos activos da dívida das empresas pú-blicas. O que iria acontecer no fundo era uma restitui-ção da dívida à sua proveni-ência reconvertendo-a em dívida pública soberana.

Temo mais uma vez que o interesse público fique pos-to em causa. O desespero do Governo na obtenção dos 5,9 por cento de défice para este ano, associados à forte crise que a banca nacional e também europeia neste momento atravessam, po-dem criar a prazo mais um enorme buraco que vamos deixar para resolver mais tarde. Sim, porque não te-nhamos dúvidas que todo esse passivo vai ter de ser mais uma vez pago pelos do costume e aqui não incluo, como seria de obviamente de esperar, os Bancos.

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Viseu declara insolventes 81 empresas Análise ∑ COSEC analisa 10 distrito no terceiro trimestre do ano

De acordo com a aná-lise trimestral da com-panhia de seguros de crédito COSEC ao nú-mero de insolvências registadas em Portugal, no distrito de Viseu fo-ram declaradas insol-ventes 81 empresas até ao final do terceiro tri-mestre de 2011.

A distribuição das in-solvências por distritos mantém-se inalterada face ao trimestre ante-rior. O Porto com 829 (re-presenta 24 por cento do total) insolvências, segui-do de Lisboa com 716 e do

distrito de Braga com 439 casos são os que maior número de insolvências registam. Seguem-se Aveiro, Leiria, Setúbal e Santarém e, já no final da tabela de 10 distrito, estão Faro, Coimbra e Viseu (ver quadro).

Os sectores de activi-dade mais afectados são o da construção/mate-riais de construção (27 por cento) com 912 casos e o sector do Comércio (onde se destaca o co-mércio alimentar, auto-móvel e vestuário) com 674 casos (20 por cento).

O sector Têxtil e Calça-do e Agro-alimentar as-sumem também valores de relevância (456 e 450 casos de insolvência res-pectivamente).

Portugal regista um

aumento de 10 por cen-to nas insolv~encias até ao final do terceiro tri-mestre de 2011.

Emília [email protected]

A Sectores da construção civil e comércio (alimentar, automóvel e vestuário) são os mais afectados

Alexandre Azevedo PintoEconomista

[email protected]

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Textos: Andreia Mota

Grafismo: Marcos Rebelo

SUPLEMENTOMUNICÍPIO DE MORTÁGUA

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SUPLEMENTOMUNICÍPIO DE MORTÁGUA

Jornal do Centro14 | Outubro | 201122

Rodeada por paisagens férteis e terrenos verdejantes, plenos de ruralidade, Mortágua é um pacato concelho integrado na pro-missora Região de Dão Lafões. Marcado pela beleza, o município é composto por 94 povoações integradas em dez freguesias – Al-maça, Cercosa, Cortegaça, Espinho, Marmeleira, Mortágua, Pala, Sobral, Trezói e Vale de Remígio – e oferece a quem o visita um encontro privilegiado com a calma e a tranquilidade que só a Na-tureza sabe oferecer.

A explicação mais consensual para a origem da sua toponímia é a de “Terra das Lagoas“, “Águas Dormentes“ ou “Lameiros”. To-das estas designações indiciam a presença de água estagnada em grande quantidade. Já a palavra adoptada actualmente resultou da reforma ortográfica ocorrida em 1911.

MORTÁGUA É O ESPELHO DE ÁGUA DA REGIÃOEntre o verde da natureza e o azul da albufeira

“Uma vez veio um juiz de fora que não respeitou os usos da terra. Tantas maldades cometeu que o povo se reuniu, deslocou-se para lá da ponte do rio Criz, esperou e matou-o com forquilhas, farpões e roçadouras. O oficial do rei chegou para descobrir

e punir os culpados. Parece que à pergunta sobre quem tinha morto o juiz, o povo dava sempre a mesma resposta: “Foi Mortágua”. O oficial nunca conseguiu descobrir o culpado porque a resposta implicava uma responsabilidade colectiva.”

Reza a lenda que…

A descobrirAo longo dos anos, Mortágua conseguiu manter as suas fortes tra-

dições e um ambiente rural cativante, apostando no aproveitamento dos seus férteis solos e produzindo fruta, vegetais, vinho e pasto para gado, não esquecendo as ricas zonas florestais.

A orografia é dominada por uma das mais turísticas das serras (de-pois da Estrela): o Buçaco. A par da paisagem marcada pelas fron-dosas árvores, cujo porte impõe respeito, também a arquitectura é um dos pontos de interesse a descobrir.

O património é outra das vertentes indissociáveis do concelho. Além da Igreja Matriz, datada do século XVI e em homenagem a Nos-sa Senhora da Assunção, merecem também destaque o Pelourinho manuelino, com as armas do concelho, e o Santuário de São Salvador do Mundo. Construída no local de um antigo castro, a ermida é um dos muitos legados rurais que podem ser encontrados pela região. Depois podem também contemplar-se moinhos, azenhas, e espi-gueiros de madeira, estruturas que atestam o sábio aproveitamento das forças da natureza.

Indissociável do território de Mortágua é a água, que os visitantes podem encontrar a correr livremente por entre montes e vales, for-mando rios e ribeiros que escondem e preservam algumas espécies florestais autóctones.

Fruto da intervenção humana, existe também um extenso manto de água que oferece recantos paradisíacos e que vale a pena desco-brir: a Albufeira da Aguieira.

E depois de um passeio por todo o município é fácil deliciarmo-nos com o Bolo de Cornos, uma receita que está 24 horas a levedar e que antes era cozida em forno de lenha em cima de uma folha de couve. Comido com queijo, com azeitonas ou sem nada, o melhor é mesmo provar.

HistóriaA existência de alguns vestígios de castros

e até mesmo de arte rupestre, como na Lapa dos Mouros, faz com que se acredite que a região fosse ocupada desde tempos remotos. Para este facto contribuem ainda algumas povoações Romanas e a existência de uma das mais importantes vias do Império, que li-gava ao litoral oeste da Península Ibérica.

A partir da atribuição do primeiro foral, por parte da rainha D. Dulce, esposa de D. Sancho I, a vila passou a ser um município de direito com magistratura privativa, com

funcionários locais e delegados do rei, in-vestidos de poder civil e militar. Foi adopta-do um modelo organizativo de acordo com o que vigorava em Salamanca, o mais seguido nas Beiras.

Também por altura das invasões france-sas, a região desempenhou um papel impor-tante. Reza a história que o 6º exército fran-cês, composto por 23.000 homens, acam-pou a 24 de Setembro no lugar do Barril. De 26 para 27, acampou aí também vindo de Santa Comba Dão, o 8º exército, comanda-do pelo general Junot.

Diz-se que Napoleão Bonaparte era su-persticioso quanto aos nomes começados por ‘M’. No que diz respeito à batalha do Bu-çaco, o nome Mortágua aterrorizava-o pois era o concelho onde estiveram quase todas as posições francesas, ali vencidas.

Na segunda metade do século XIX, o con-celho é marcado pela construção da estra-da que ligava Viseu à Mealhada e, mais tar-de, com a construção da linha da Beira Alta que ligava Mortágua ao Litoral Português, a Espanha e à restante Europa.

Parque VerdeParque Verde Parque VerdeParque Verde Quedas de Água das ParedesQuedas de Água das Paredes

Resort AguieiraResort Aguieira

Marina ResortMarina Resort

Bolo de CornosBolo de Cornos Vinhos Sociedade Boas QuintasVinhos Sociedade Boas Quintas

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SUPLEMENTOMUNICÍPIO DE MORTÁGUA

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Afonso Abrantes satisfeito com a evolução de Mortágua

Como caracteriza o município?Mortágua é hoje um concelho estruturado. Os

equipamentos básicos estão praticamente acaba-dos, faltando apenas saneamento nalgumas povo-ações – menos de 20 por cento do território, cuja pequena dimensão dificulta a implementação de uma rede.

Construímos também, ao longo dos últimos anos, todos os equipamentos de âmbito social, não só os da responsabilidade municipal, mas também das instituições e da Administração Central, como foi o caso do posto da Guarda Nacional Republicana. Criamos, em média, mais de um equipamento so-cial por ano e o último a surgir foi o Centro Educativo, que projectámos em função das conclusões da Rede Escolar. O Lar Residencial e Centro de Ocupação de Actividades para pessoas portadoras de deficiência, que a Santa Casa da Misericórdia está a fazer e no qual o município é parceiro, é outro dos exemplos.

Podemos dizer que o concelho conseguiu pre-servar e valorizar uma mancha florestal que é uma riqueza natural muito importante e uma fonte de ri-queza para as famílias. O manto verde ocupa actu-almente cerca de 85 por cento do território, é eco-nomicamente rentável e aproveitável para outro tipo de actividade, como os desportos de natureza e ac-tividades de lazer. Quando as serrações, que eram a principal indústria do concelho, perderam força fo-mos à procura de soluções alternativas associadas à floresta, como a central termoeléctrica até uma fábrica de pellets, que aproveita resíduos e madei-ras que não são utilizados para pasta de papel nem para outra finalidade.

A água é outro recurso importante, não só en-quanto bem de primeira necessidade, mas também pelo Plano da Barragem da Aguieira, que permitiu o aparecimento de um resort, o único em toda a la-goa. Neste Verão, a ocupação rondou as cerca de 400 pessoas.

E apesar de sermos um concelho envelhecido, tal como a maioria do Interior, não fomos daque-les que perderam mais habitantes. De acordo com o último Census, a população decresceu cerca de 4,9 por cento.

A economia tem sido uma grande aposta. Sim, tal como a área do emprego. O parque indus-

trial está praticamente ocupado e a sua ampliação é agora o nosso principal investimento. Até ao final do mandato, se não conseguirmos executar as infra-es-truturas queremos, pelo menos, adquirir os terrenos necessários para os 50 hectares. O objectivo é o de estarmos preparados para quando a crise passar e conseguirmos responder a quem nos procurar.

Está satisfeito com os resultados obti-dos?

Quase que me atrevo a dizer que tudo o que que-ríamos fazer, fizemos; quer ao nível de investimentos públicos, quer na área social. Mas nunca partimos para as obras sem ter garantido o seu financiamento, e nunca tivemos receio de recorrer, de forma contro-lada, aos empréstimos de médio e longo prazo quan-do assim tinha de ser. Isso permitiu-nos aproveitar as verbas dos quadros comunitários.

Nunca devemos um tostão a empreiteiros ou a for-necedores e 90 dias são, há anos, muito tempo para nós. Sempre tivemos uma gestão rigorosa.

Qual o projecto que mais o marcou?O Centro Educativo de Mortágua, talvez pela mi-

nha formação como professor. É o que me toca no coração, mas não posso es-

quecer que construímos um centro de actividades culturais, o Ninho de Empresas, as piscinas e o pa-vilhão municipais, entre outros equipamentos. Tam-bém considero importante o facto de termos levado às povoações os recursos indispensáveis, mas nem assim conseguimos impedir a desertificação de al-gumas delas.

A verdade é que assisti ao surgimento de um novo concelho.

A autarquia teve a preocupação de não au-mentar os impostos municipais. Porquê?

Esta medida não deriva da crise, mas insere-se numa política social que aplicamos há alguns anos. As taxas reduzidas são um apoio às famílias e às empresas.

Sempre defendi que são necessários equilíbrios. Por exemplo: aplicávamos uma taxa de IMI aos pré-dios não avaliados abaixo do máximo; o que era uma injustiça para os avaliados e que tornava difícil man-ter uma taxa de 0,25 nestes casos.

Mas há outras medidas de cariz social em que a autarquia tem investido.

Sim. É o caso do programa SOS Município Solidá-rio que temos em orçamento há três anos, sem que houvesse necessidade de lhe mexer. O programa funciona sem burocracias e, após a sinalização dos casos, transferimos para instituições de solidarieda-de social os recursos necessários para esse apoio.

Tínhamos o chamado prolongamento de horá-rio gratuito no pré-escolar, mas demos conta que as famílias o usavam mesmo sem precisarem. Por isso, substituímo-lo pela atribuição de refeições gra-tuitas para todas as crianças do pré-escolar e do 1º ciclo. Estamos a falar de cerca de 275 e 250 euros, respectivamente, por criança e por ano. Este é um forte contributo para a educação alimentar destes meninos.

Aos jovens proporcionamos uma série de activi-

dades, desde a participação na Universidade Júnior a outras iniciativas de Verão.

Todos os jovens casais que constroem casa pró-pria estão isentos de taxas, desde que se aprova o projecto até que obtêm a licença de habitação. Na última Assembleia, foram contabilizados 6 mil euros em isenções, só na licença de construção.

Esta isenção é atribuída também às empresas, desde que criem cinco postos de trabalho.

Quais têm sido as principais preocupa-ções em termos do turismo?

Começámos por aproveitar o facto de termos um território com uma grande vastidão de mancha flo-restal, para provas de todo-o-terreno e de BTT. A Aguieira é outro elemento potenciador - com um grande êxito - de diferentes actividades e a marina está também preparada para ser um centro dinami-zador através do turismo.

Outros recursos importantes são o vinho e uma oficina de ourivesaria, que procuramos integrar nos nossos programas de animação para seniores, por exemplo.

As festas de Verão desempenham igualmente um papel importante em termos de promoção do con-celho e as receitas geradas são significativas para as Associações Locais.

A área da cultura tem registado também um grande crescimento.

Ao nível cultural procurámos apoiar o associa-tivismo local e encontrar todos os programas nos quais as instituições pudessem enquadrar os seus investimentos. Praticamente todas possuem a sua sede e desenvolvem as suas actividades com o apoio da autarquia.

Em termos de gastronomia, Mortágua está numa zona de transição, sendo difícil perceber se perten-cemos à Bairrada ou à Beira Alta. Mas temos um prato que valorizamos muito: a Lampantana – feita não com carne de cabra, mas sim com ovelha ou borrego. Em defesa dessa ementa vamos, pelo se-gundo ano consecutivo, promover o Fim-de-semana da Lampantana. O leitão é também muito procurado e vai à mesa em casamentos, baptizados e em dias de festa para as famílias.

Ao nível do artesanato, tínhamos muita tradição no barro vermelho e éramos o concelho do distrito onde a cerâmica tinha uma maior importância. Te-mos procurado preservar a cestaria e a tanoaria, mas sabemos que actualmente é difícil viver ape-nas destas artes.

“ASSISTI AO

SURGIMENTO

DE UM NOVO

CONCELHO”

Afonso Abrantes Afonso Abrantes assumiu o comando assumiu o comando

da autarquia de da autarquia de Mortágua há 22 Mortágua há 22

anos e assume que anos e assume que o município está o município está muito diferente.muito diferente.

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O futuro é das crianças. A pensar nesta máxima, a autarquia de Mortágua tem apostado, entre outras áreas, no ensino e formação, sobretudo dos mais novos.

Um dos ex libris a este nível é o Centro Educativo, que abriu por-tas para acolher mais de 400 alunos: no pré-escolar estão inscritas 180 crianças e no 1º ciclo mais 275, integradas em 13 turmas. O equipamento inclui também uma creche contígua, que recebe 25 educandos. Esta vertente é gerida pela Santa Casa da Misericórdia, através de um protocolo com a autarquia.

Com um investimento de oito milhões de euros, o Centro, que de-verá ser inaugurado em Maio do próximo ano, no âmbito do Dia do Município, recebeu uma comparticipação do Fundo Europeu de De-senvolvimento Regional (FEDER), que representa uma percentagem

de 47 por cento desse valor.Equipado com modernas condições físicas e pedagógicas,

vocacionadas para um ensino de qualidade e excelência, a estrutura assegura ainda o fornecimento de refeições gratuitas, o prolonga-mento de horário e um ATL. Assegurar a deslocação dos alunos foi outras das preocupações. Actualmente 244 crianças são transpor-

tadas por uma rede que compreende circuitos em carreiras públicas e em recursos do município, da Santa Casa e do Centro BALMAR.

Entre as áreas disponibilizadas no Centro Educativo de Mortágua estão salas equipadas com quadros interactivos, espaços para acti-vidades lúdico-pedagógicas e extracurriculares, dois pequenos pa-vilhões gimnodesportivos e refeitórios.

CENTRO EDUCATIVO DE MORTÁGUA POSSUI RECURSOS DE EXCELÊNCIAAbriu a 15 de Setembro

Mortágua é hoje um concelho em crescente expansão industrial. Uma característica para a qual tem contribuído o apoio da autarquia, inclusivamente com a construção do parque industrial.

Localizado em Barril, numa zona particularmente bem servida por acessos rodoviários e ferroviários, a infra-estrutura é constituí-da por uma área de cerca de 160 mil metros quadrados e dispõe de arruamentos, e redes de abastecimento de água, de gás natural e de electricidade de baixa e média tensão; redes de drenagem de águas pluviais e residuais; e uma ETAR.

A autarquia prepara-se agora para aumentar a estrutura em cer-ca de 50 hectares, num investimento que irá rondar os 4 milhões de euros.

O projecto poderá também contribuir para reduzir ainda mais a taxa de desemprego do concelho, que ronda os 4 por cento. Mortágua consegue, há anos consecutivos, a mais baixa taxa de desempre-

go no grupo de municípios que faz parte do Centro de Emprego de Tondela – Carregal do Sal, Tondela, Mortágua e Santa Comba Dão.

São vários os factores no concelho que promovem a fixação de empresas. Preços favoráveis, incentivos à interioridade, possibili-dade de isenção de todas as taxas de construção, a existência de um Ninho de Empresas e o acompanhamento de todo o processo de licenciamento são alguns dos factores positivos. A este nível não se pode esquecer ainda o apoio no relacionamento entre em-presas e investidores com os organismos da administração central, regional e local, e a todos os outros serviços de apoio e informa-ção prestados pelo Gabinete de Desenvolvimento do Empreende-dorismo do município.

No ranking das 100 Maiores Empresas do distrito divulgado re-centemente, Mortágua possui uma firma nas 10 primeiras e quatro nas 50 com melhor desempenho.

AUTARQUIA INVESTE 4 MILHÕES NA AMPLIAÇÃO DO PARQUE INDUSTRIAL

CONHEÇA AS PROPOSTAS PARA ESTE MÊSHá festa em Mortágua!

O Rali é uma modalidade que reúne centenas de adeptos e que todos os anos leva muitos curiosos até Mortágua, o centro nevrálgico de pilotos, carros e equipas. Promovida pelo Clube Automóvel do Centro, esta prova de desporto motorizado é já uma tradição e tem a particularidade de ser disputa-da em asfalto.

Além de ser um momento de convívio e repleto de adrenalina, trata-se de uma corrida pontuável para o Campeonato de Portugal de Ralis, para o Campeonato de Portugal de Ralis 2L/2RM e ainda para o Campeonato Regional de Ralis - Centro.

Uma proposta a não perder nos dias 22 e 23 de Outubro.

Lampantana casa com vinho do Dão

Com tanta emoção, é hora de aconchegar o es-tômago. E a melhor sugestão surge com o Fim-de-semana da Lampantana, um sabor a descobrir des-de o próximo dia 29 até 1 de Novembro.

A lampantana é confeccionada com carne de ovelha, assada em caçoila de barro e servida com batata “fardada” e grelos a acompanhar. Trata-se, desde tempos imemoriais, de uma das especialida-des gastronómicas do concelho de Mortágua.

Dos inúmeros rebanhos de gado lanígero que ou-trora pastavam pelas abundantes encostas de urze do município terá surgido o ingrediente fundamental à qualidade deste prato forte e suculento que, em dias de festa, era, e continua a ser, rei à mesa.

A origem desta iguaria ainda não é bem conhe-cida, mas são várias as histórias que gerações an-teriores têm guardado e transmitido até à actuali-dade. Conta-se que, aquando da passagem das tropas napoleónicas pela região, as populações teriam, estrategicamente, envenenado as águas. Como era preciso cozinhar a carne, teria sido utili-zado, como recurso, o vinho. Da aliança entre estes dois ingredientes terá resultado este prato de exce-lência, cujo segredo na confecção e no tempero foi sabiamente perpetuado.

A acompanhar a iguaria surge o vinho do Dão produzido pela Sociedade Agrícola Boas Quintas e oferecido pela autarquia.

São onze os restaurantes aderentes: A Mó; A Roda; Acepipe Real; Floresta; Lagoa Azul; Magnólia; O Nosso Lar; Orlando; Teu Amigo, Aldeia Sol e Mon-tebelo Aguieira Resort.

Castanha é rainhaA localidade de Quilho, no concelho de Mortágua, volta a ser o centro de todas as atenções ao aco-

lher, no próximo dia 30, a IV Feira da Castanha. O certame é organizado pela ADESQ – Associação de Desenvolvimento Social Cultural e Desportiva de Quilho.

A castanha dá o mote a este certame que se realiza na zona do concelho e da freguesia de Espinho onde existe a maior concentração de castanheiros. Além deste fruto, a feira promove ainda a venda de uma grande variedade de produtos agrícolas e regionais, como cereais, pão e doces caseiros, mel, frutos secos.

A gastronomia é outro das vertentes aliciantes. Durante a iniciativa, os visitantes podem ainda apreciar pratos de cariz tradicional, como a sopa da matança, o serrabulho, os torresmos, as febras e os rojões. A animação também não vai faltar, com as propostas de Ruizinho de Penacova e passeios a cavalo.

Não faltará também o tradicional magusto, acompanhado de água-pé e jeropiga.

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ECONOMIA | INVESTIR & AGIR

Recuperação

financeira de pessoas

singulares

Opinião

As pessoas singulares e as famílias, podem en-contrar na insolvência um caminho que lhes permita a recuperação, sem que tenham que li-dar com a agressividade de instituições de crédi-to, empresas de cobran-ças, processos executi-vos, penhoras, ameaças e outros mecanismos menos legais.

Este processo visa precisamente a recupe-ração financeira de pes-soas e famílias, permi-tindo a sua reintegração plena na vida económi-ca.

Podem fazê-lo de duas formas: Já aqui abordei o “Plano de Pagamen-tos”, vou dar uma bre-ve explicação da “Exo-neração do Passivo res-tante”.

A “Exoneração do Passivo restante”, pre-tende resolver as situa-ções de sobreendivida-mento, isentando os de-vedores, do pagamento de créditos ou dívidas, que não forem integral-mente pagos no proces-so de insolvência ou nos cinco anos posteriores. Ou seja, uma libertação definitiva do devedor face às obrigações res-tantes. Com pequenas excepções, multas, cré-ditos por alimentos, Fi-nanças e Seg. Social.

O princípio geral, é o de poder ser concedida ao devedor pessoa sin-gular a exoneração dos créditos ou dívidas que não forem integralmen-te pagos no processo de insolvência. A “Exone-ração do Passivo restan-te” é apenas opção para pessoas singulares, sen-do vedada a empresas, mas os empresários, in-dividualmente, podem beneficiar desta possi-bilidade de reabilitação económica, o fresh start (recomeço).

Tânia CostaConsultora Financeira

[email protected]

McDonald s de Viseu promete surpreender

A O projecto de remodelação foi apresentado esta semana

Remodelação ∑ reabertura anunciada para dia 28

O r e s t a u r a n t e McDonald s de Viseu vai reabrir ao público dia 28 deste mês com uma nova decoração. O projecto de remodelação que está a acontecer irá transformar restaurante num espaço “mais moderno, contem-porâneo e mais confortá-vel”.

“Ao fazermos 10 anos, pensámos em mudar e dar à cidade muito mais”, adiantou o franquiado do restaurante de Viseu, Rui Moiteiro na conferência de imprensa de apresentação do novo espaço.

A mudança surge na se-quência do programa em curso da companhia em Portugal e na Europa, mas para Rui Moiteiro a remo-delação “vai de encontro às necessidades sentidas pela população”.

Colocada no grupo das melhores lojas a nível na-cional, o McDonald s de Viseu (Rotunda Paulo VI) vai trazer um novo con-

ceito tanto a nível interior como exterior, com o ob-jectivo de abandonar a tendência de restaurante de passagem e dar-lhe um ambiente “mais acolhedor que seja sobretudo um lo-cal para estar”, descreveu Rui Moiteiro.

De acordo com a descri-ção apresentada pelo ar-quitecto responsável pela obra, Miguel Teixeira Pin-to, a decoração destaca-se pelos pormenores, pelos materiais em madeira e em pele “mais confortá-veis e com nova sofisti-cação”, e a predominân-cia da pedra e do metal no exterior, com os verdes como pano de fundo. Fo-ram igualmente introdu-zidos sistemas que permi-tem uma maior eficiência ao nível da água e da luz, através da iluminação de baixo consumo. Menos esplanada, mas um es-paço readaptado para as crianças, são outros por-menores.

Responsabilidade so-cial. O McDonald s de Viseu cumpriu um dos ob-jectivos do projecto de não destruído o velho equipa-mento que foi retirado das instalações do restaurante e entregou o material ao Lar de Santo António, à Junta de Freguesia do Campo e às Obras Sociais da Câma-ra Municipal de Viseu. “Te-mos o cuidado de procu-rar não destruir e senti que Viseu tem este registo de solidariedade social”, justi-ficou Rui Moiteiro.

O equipamento retirado da esplanada do restauran-te vai ajudar a apetrechar um imóvel do Lar de San-to António no Algarve. O material cedido à Junta do campo servirá para ajudar a mobilar um espaço infan-til da freguesia e o restante material servirá espaços da autarquia, descreveu o franquiado.

Emília [email protected]

Cada época precisade um líder

Clareza no Pensamento

Actualmente, as em-presas que queiram ser competitivas, terão de recorrer à inovação. Para tal, necessitare-mos de mais inteligên-cia, mais criatividade e mais energia por parte de todas as pessoas que compõem a organiza-ção. Nesse sentido, ha-verá que tornar as orga-nizações mais flexíveis onde os profissionais terão de ser geridos de outra forma, pois que-remos mais e mais das pessoas.

Já não serve a força dos músculos dos bra-ços dos colaboradores, também já não nos ser-virá “alugar” o seu tem-po, ou aquele conheci-mento que caduca rapi-damente. Queremos as suas ideias, a sua cria-tividade, a sua paixão, queremos que colabo-rem mais.

Estes são os novos desaf ios do líder, de forma a dar resposta às necessidades actu-ais. Esta evolução pro-duz-se em função da implicação das pesso-as, quanto mais quere-mos das pessoas, quan-to mais queremos o seu compromisso, mais ne-cessidade há de um lí-der que gira os aspec-tos mais profundos das emoções.

Segundo o modelo de empresa e segundo as necessidades de cada uma delas, assim será o estilo de liderança mais aconselhável ou mais efectivo.

Cientes, de que o tema, seja suficientemente am-plo, aqui ficam alguns conceitos sobre quatro estilos de liderança e os rasgos mais relevantes de cada um deles.

a) O líder gestor: É aquele que possui uma elevada experiência, co-

nhecimento, optimiza os processos para obter resultados, é rigoroso e disciplinado. A análi-se, a gestão do tempo e a ordem são os seus va-lores fundamentais, as pessoas não são tão im-portantes (autores de re-ferência: Weber, Taylor, Fayol)

b) O líder gestor de pessoas: Sabe obter re-sultados através dos outros, “rentabilizan-do” as pessoas que li-dera, introduz aspectos motivacionais e aspec-tos como a delegação, o empowerment e o tra-balho em equipa. Valo-riza em particular, as-pectos motivacionais. (autores de referência: Hersey, Bla ncha rd , Blake, Mouton).

c) O líder gestor de muda nça : Mobi l i za pessoas, vive a visão da empresa, promove a gestão de ideias, desafia tendo um sentido críti-co, cria culturas inova-doras onde a criativida-de flui fazendo com que a organização avance mais rapidamente do que as outras. Gere re-sistência, cria alianças, valoriza a parte emo-cional e os valores das pessoas. (autores de re-ferência: Bennis, Kot-ter, Goleman).

d) O líder gestor de sentido: Preocupa-se em dar sentido quer ao tra-balho dos outros, quer ao próprio negócio. É o líder ao serviço dos ou-tros, impulsionador de causas, a dimensão ética cobra relevância procu-rando uma implicação pessoal com as pesso-as e com a comunidade. Preocupa-se com a parte mais transcendental das pessoas, criando motiva-ção e compromisso. (au-tores de referência: Co-vey, Hamel, Ulrich).

(http://clarezanopensamento.blogspot.com)

Paloma CabañasDocente da cadeira de Gestão de Recursos Humanos IPV

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texto e fotos ∑ Paulo Neto

Com a chegada do Ou-tono, acabados os pas-seios de Verão, tentamos dar continuidade sazonal a esta nossa deambula-ção pelas terras do nosso distrito, a conhecer geo-grafias novas, gente, cos-tumes e monumentos di-versos. E claro está, a usar diferentes meios de trans-porte, como mais uma possível sugestão a trans-mitir aos nossos leitores.

Desta feita elegemos a Gralheira e um modelo da Ford.

O dia escolhido foi o 1º de Outubro, um sábado que se apresentou à saída, de Viseu, com boa cara e 22 graus de temperatura. Saímos às 10H45, pela EN2 rumo à A24, em direcção a Vila Real. Por engano ou lição mal estudada, em vez de sairmos para Cas-tro Daire Norte e depois cortarmos para Cinfães, Porto, Montemuro e mais adiante Picão, Gralhei-ra, fizemo-lo para Bigor-ne. De pouca monta, o engano serviu até para completarmos uma es-pécie de circum-navega-ção. Em plena Serra do Montemuro, descabela-da de seus pinhais, o ven-to sopra ligeiro e a tempe-ratura baixa 4 graus à do ponto de saída. E portan-to, andámos meia centena de quilómetros apenas.

A Serra, como já tive ocasião de escrever no anterior Editorial, tem plantada em toda a sua espinha dorsal um corri-do “pomar de ventoinhas” metálicas, sibilantes, atro-ando os ares e inquinando a paisagem. Projecto que foi de um outrora recente uma mirífica perspecti-va de modernidade eco-lógica e ainda conseguiu seduzir os alemães, mas por pouco tempo… Porém, não é para vos falar de an-tenas que aqui estou.

Depois de algumas so-litárias voltas por aquela aridez sem fim, lá desco-bri uma placa que anun-ciava Panchorra e Gra-lheira. E num instante me lá pus.

A freguesia é “manei-rinha”. Sabe-se lá porquê destino, estando a 17 qui-lómetros de Castro Daire, pertence ao concelho de Cinfães, que dista quase o dobro da distância. A Gra-lheira, em cujo étimo car-reia o significado antigo de agreste, é uma aldeia simpática erguida como uma ermida na serrania adversa. Os monumen-tos não são sumptuosos, a existirem. As igrejas, ostentatórias da riqueza das Ordens, não acampa-ram, no passado, por tais bandas. Antes se baldea-ram para a próspera ferti-

lidade dos Vales do Vouga, do Paiva, do Varosa… Na Gralheira, os monumen-tos são a sua gente cres-tada pelos rigores das in-vernias longas e anchas e pelas canículas dos estios pesados. Os monumentos são o seu gado, bovino e caprino que tasquinha na terra sáfara o pão nosso de cada dia. Na Gralheira, os monumentos são os ro-chedos altivos em milenar granito, de atalaia serra-nia fora até Baião, abrigo de pastores transumantes e estátuas rudes de rosto dado à neve que neles la-dra e ao sol que neles re-china suas iras estivais.

E mal parados ainda es-távamos quando passa o Sr. Manuel das Vacas com a sua curta manada de arouquesas de porte né-dio, luzidias, galhaduras imponentes sem embola-mento à vista. Homem de tez clara, cabelos louros e olho azul, a dizer que nos outros tempos por ali te-riam passado mais godos e astrogodos, que fenícios ou árabes…

A Gralheira tem dois restau ra ntes . Como não íamos de rota pré marcada, entrámos no primeiro que se nos de-parou. Estava cheio. De gente estranha, como eu, àquelas bandas. Turis-tas e curiosos. Gente em

busca das raízes, de uma memória ou de uma rus-ticidade perdida. Amen-sendado, fomos lestos ser-vidos pela também loura Anabela, que despacha-da, sem entreactos aces-sórios, logo à frente nos depôs saboroso e alvo pão, negras azeitonas ao alho, melão com presun-to (ambos competentes), chouriça a saltar estrepi-tosa no azeite da fritura e, como ponto alto, uma fa-tia avontadada de queijo da Serra, branco, leitoso, corredio e saboroso, aco-modado em dourado mel de flor de carqueija, nado no Mezio.

Pois se querem saber, de tão perfeito estado, já por ali nos quedávamos sem mais incursões, não fora a prévia encomen-da a anunciar-se envolta ainda no exalado fumo quente da cozedura. Ora aí estava, uma travessa de barro vermelho com arroz e outra, com meia dose de Cozido à Portu-guesa, de superior com-petência, na quantidade e na qualidade. Produtos de criação local, desde a flo-ra em couves, batata, ce-noura e nabo dos quintais trazidos e a fauna, desde a “pica-grão” caseira, à sá-pida vitela local e ao se-nhor suíno, decerto por ali bem cevado e arreda-

do das rações plásticas. Em boa verdade, da meia dose, ficámos por meta-de, até e porque, de olho cobiçoso no queijo e mel que poupáramos à pri-meira investida, aí quería-mos voltar de sobremesa. Uma água e um café cum-priram o repasto que nos ficou pela módica quan-tia de 18E30. As petisque-tas assinaláveis na “carta” eram de seu natural varie-gadas: do tentador arroz de enchido ao anho assa-do na brasa ou cabrito as-sado em forno de lenha, passavam sem transição para 21 pizzas! Sim, Caro Leitor, entendeu bem: 21 pizzas. Que faria tão ro-mano petisco no cume da serrania, a lembrar Nápo-les, Verona, Bolonha, Mi-lão, Turim, Aosta… ainda não percebemos, mas pe-los vistos até já tinha sido nacionalizado, e era ver a Pizza à Pastor da Serra, a Pizza à Capucha, a Pizza ao Rio Cabrum, a Pizza à Tamanca, a Pizza Arou-quesa… e tão natural pro-duto se oferecia entre os 7 e os 12 euros, tanto aqui como em Veneza… 36 eram os vinhos e desde os 8 E do Esteva aos 30 da Reserva Quinta Tecedei-ra, os Douros predomina-vam, com surgimento, de alguns Dãos: o Cabriz, o Grão Vasco, o Duque de

Viseu, o Casa de Santar, o Vinha Paz… ou seja, em abono da verdade, culto-res de Baco não morre-riam de sede.

Ainda não tínhamos sa-ído e já um simpático ci-dadão local que encon-tráramos à chegada e nos dera preciosas informa-ções, nos procurava para ajudar nesta empresa de conhecer a Gralheira. Ti-nha lá fora, à sombra de uma humilde capelinha, a trave mestra do saber lo-cal, o Sr. Carlos de Olivei-ra Silvestre, natural da al-deia, de 76 frescos anos, aposentado da PSP, autor de livros, entre eles a Mo-nografia local: “Gralheira de Montemuro” e “Cróni-cas da Serra”. Extraordi-nário Homem… que tem peregrinado pela memó-ria dos tempos recuados e dos avoengos ainda vi-vos para nos lavrar em 350 páginas a História da sua Terra, dos seus costumes, das suas gentes, de forma sábia, entusiástica, dili-gente, rigorosa e criterio-sa. Nos dois livros que nos ofereceu com o gosto de quem sabe o valor da obra feita, nada falta, desde as sardinheiras de Boassas, aos pastores que dormem de pé, às birras e desven-turas da Tia Delfina, às danças e cantorias do pas-sado, às lutas de bois, à co-

passeios de Outono IDe Mondeo, pela Gralheira agreste e acolhedora...

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PASSEIOS DE OUTONO

lheita das maias, às feiras e romarias, ao penedo da saúde e à cura dos tuber-culosos… página a página é um desfolhar gracioso e de muita e pesada valia. O Sr. Silvestre traz no co-ração caloroso e na men-te bem ágil todo um am-plo celeiro de histórias, recolhidas com carinho, para que não se perdes-sem para os vindouros e para que aos vindouros pudessem contar, com or-gulho, até onde entorgam suas raízes.“Pertenço a uma geração

que assistiu à mudança do mundo”, diz de olhos a luzir debaixo do chapéu de palha em que se acoi-ta, “Quem aqui viveu há cinquenta ou há quinhen-tos anos, a vida era muito semelhante.”; “A minha memória é um testemu-nho: deixar o testemu-nho do passado das suas vivências para o futuro e para os vindouros, é mi-

nha intenção.” “Escre-vi o meu primeiro livro em Luanda, por voltas de 68/69. No Porto, trabalha-va no Conselho Adminis-trativo da PSP. Compul-sei o que conhecia e o que ouvia dos mais velhos.”

“Um dia o Jaime Gralhei-ro veio à Gralheira à pro-cura das raízes, da família dos Gaspares e eu disse-lhe, o sr. Dr. vai em fren-te e depois vira à sua es-querda.” “Eu viro sempre à esquerda, me respondeu lesto.” De seguida, já em torno do Penedo da Saúde explicou: “ O Dr. António Ramalho era um médico daqui oriundo. Sofreu de tuberculose e foi enviado para a Suíça. Este médico especializou-se em doen-ças pulmonares, escreveu um livro sobre a climato-logia da Gralheira e come-çou a enviar os seus do-entes para cá. Acabou por construir aqui uma casa em madeira, veio com

os filhos e isto aqui, em 1900, parecia um acam-pamento, tantos eram os pacientes, que chegavam com 30 kgs e ao fim do Verão já pesavam 60!”. “A nossa proximidade afec-tiva não é como distrito de Baião, sim com o de Viseu. Porém, pertencen-do a Cinfães estamos a 30 kms e a 17 de Castro Daire, o que dá uma maior afini-dade com esta Vila. A fre-guesia mais próxima de Cinfães, está a 15 kms, é Ferreiros, que dantes foi sede do Concelho.” “Uma curiosidade: o capitão da equipa do Benfica na década de 50, o Fernan-do, era daqui e filho de um corneteiro do 14 que veio de Viseu no Regi-mento para lutarem con-tra quatro monárquicos capitaneados pelo Padre Amadeu Freitas, que de metralhadora em punho puseram tudo em pé de guerra.”

E para acabar, uma curiosa nota fonética:

“Quando a palavra se es-creve com “ch” lê-se [ni-tchu]; “Tens a mão tão intchada”; com “X” lê-se normalmente : Chega cá essa ‘inxada’!”

Prometemos voltar para ter a longa e mereci-da conversa com o Sr. Sil-vestre…

A Garagem Lopes, con-cessionária da FORD em Viseu proporcionou-nos um novo Mondeo. Nes-te caso o 1.6 TDCI Eco-notic. Em boa verdade se diga que não esperáva-mos grandes surpresas, na perspectiva de que 115 cv e um pouco mais de to-nelada e meio de peso não fazem milagres… Mas a surpresa começou logo no momento da entrega: a cor preta ia-lhe “a ma-tar” dava-lhe uma esbelte-za mais fluida aos 4,8 me-tros. Também o interior nos impressionou: mui-

to repleto de instrumen-tação e com materiais de boa qualidade. O chek-in continuou com o bem dis-posto Carlos Neto a ten-tar explicar como é que podíamos “falar” com o Mondeo. E é um facto, pois desde o telefone ao som, AC, etc., ele acata as instruções de voz. Uma delícia… Lá arrancámos direitos à estrada. Aqui convém dizer que o teste foi feito com o AC ligado e apenas com o condutor. Na cidade é desenvolto e ágil e o start stop per-mite uma real economia. Na estrada, tendo o biná-rio optimizado entre as 2 e as 3.000rpm, em 6ª ve-locidade já rolamos a ve-locidades capazes de nos tirarem a licença de con-dução… Mesmo a subir, em 6ª, com inclinação de 7%, o Mondeo avança, im-pávido e sereno, alheio à morfologia do terreno, ao seu peso e aos seus 115 cv.

Em plenas estradas sinuo-sas da montanha, deixou-nos uma surpresa muito positiva. A aderência é ex-celente; não adorna, mos-tra um excelente chassis, não lhe sendo decerto alheio a barra estabiliza-dora frontal e traseira e a suspensão multi link com que é dotado. No dia se-guinte, em cidade, mais detalhadamente, perce-bemos como este mo-delo cumpre bem sua função, com imenso espaço interior e uma bagageira que é referen-cial no segmento: 528 li-tros, ou seja, dá quase para mudar de casa… O que nos espantou ainda mais foi o baixo consu-mo, tendo averbado em estrada médias inferio-res a 5 litros e na cidade, uma média geral de 6,4 litros de gasóleo. Uma surpresa! O preço ronda os 32 mil Euros.

Até breve, Caro Leitor!

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desportoVisto e Falado

Vítor [email protected]

Cartão FairPlay A possível candidatura

de Carlos Marta à Fede-ração Portuguesa de Fu-tebol é uma boa notícia para o desporto do inte-rior do País. Com uma larga experiência, o ac-tual autarca de Tondela, é figura consensual no meio associativo para gerir o futebol federado. A candidatar-se, Carlos Marta será uma candi-datura forte e os agen-tes desportivos distritais devem unir esforços no apoio ao candidato.

Cartão FairPlay Rally de Portugal His-

tórico e II Encontro Na-cional de UMM s, dois eventos na Região este mês. As máquinas de ou-tros tempos andam pelo distrito e é uma oportu-nidade de reviver épo-cas únicas do desporto automóvel em Portugal. Em Mangualde, o encon-tro de UMM s, começa a ganhar contornos de tra-dição. O desporto a con-tribuir para a promoção turística da região.

Cartão Amarelo Das seis equipas do

distrito na III Nacional nenhuma venceu . O Sp. Lamego, na Série B, tem a vida complicada e per-der em casa não é bom sinal. O empate entre-Sampedrense-Canas de Senhorim, deixou os vi-sitantes mais satisfeitos. O Oliveira Frades perdeu em Oliveira de Hospital e Penalva empatou em casa e o Ac. Viseu empa-tou a zero em Avanca.

Visto

FutebolCarlos Marta

DesportoMotorizadoViseu e Mangualde

FutebolIII DivisãoEquipa Viseu

A Partida em Penalva terminou com um empate a dois golos

III Divisão Nacional - Série C

Futebol espectáculoLiderança ∑ Penalva do Castelo e Nogueirense demonstraram porque estão na frente

Foi um grande jogo de futebol que Penalva do Castelo e Nogueirense proporcionaram a quem se delocou até ao Está-dio de Santa Ana, em Penalva.

As duas equipas que chegavam a esta parti-da na liderança da série C, em igualdade pontu-al, mostraram por que andam na frente.

O Nogueirense é uma equipa com um plantel experiente e de gran-de qualidade. Se não for o melhor da série não andará muito lon-ge disso.É, claramen-

te , uma equipa com condições para lutar pela subida, numa cor-rida onde, na teoria, o Académico de Viseu será parceiro, mas os vi-seenses tardam em con-firmar esse estatuto.

Os homens de No-gueira de Cravo é que não estão pelos ajus-tes, e entram em cam-po para confirmar esse potencial.

Foi o que fizeram em Penalva do Castelo, só que tiveram pela frente uma equipa que priva-da de alguns jogadores, como o experiente Sér-

gio, fez da irreverência da sua juventude uma mais valia para este de-safio.

António Costa (Tótá) bem pode estar orgu-lhoso dos homens que comanda. A primeira parte contra o Noguei-rense foi do melhor que temos visto esta tempo-rada, sendo o mote para um grande jogo de fu-tebol, com incerteza no resultado até final.

Papi, pelos dos go-los que marcou, foi ho-mem em destaque nos da casa, mas Ferrari foi também gigante entre

os postes. Por várias vezes, com defesas de grande categoria, sal-vou a equipa de perder o jogo.

Uma derrota, diga-se, que seria injusta, pela forma como o Penalva jogou nos 90 minutos.

O empate final aca-ba por ser o resultado que melhor se ajusta aos que as equipas fizeram, e pelo grande espectá-culo de futebol que pro-porcionaram.

Coisa rara em jogos da III Divisão.

Gil Peres

AGENDA FIM-DE-SEMANATAÇA DE PORTUGAL

III ELIMINATÓRIA

16 Out - 15h00

Sp. Lamego - Sp. Covilhã

Anadia - Tondela

Tirsense - Sampedrense

ASSOCIAÇÃO DE FUTEBOL DE VISEU

DIVISÃO DE HONRA

4ª jornada - 16 Out - 15h00

Fornelos - Lageosa Dão

Paivense - Castro Daire

Mortágua - Arguedeira

Alvite - Sátão

Silgueiros - GD Parada

Molelos - Vale Açores

Tarouquense - Lusitano

Lamelas - Viseu Benfica

I DIVISÃO DISTRITALSÉRIE NORTE

3ª jornada - 16 Out - 15h00

Sernancelhe - Nespereira

Resende - Vilamaiorense

Ferreira Aves - M. Beira

Boassas - Oliveira Douro

Vouzelenses - Roriz

Sezurense - Carvalhais

03ª jornada - 16 Out - 15h00

Carregal Sal - Nelas

Canas St. Maria - Farminhão

S. Cassurrães - Vila Chã Sá

Parada Gonta - Mangualde

Moimenta Dão - Nandufe

Sp. Santar - Campia

I DIVISÃO DISTRITALSÉRIE SUL

Futsal - II Divisão

Viseu 2001 entra a ganharEntrou com o pé direito

na nova época de futsal a equipa do Viseu 2001.

Foi com uma vitória por 3 a 1, frente aos Piratas de Creixomil, que conquista-ram os primeiros pontos numa temporada que os di-rigentes do clube esperam

que seja a da subida à I Di-visão.

Robson, Berto e Rafa mar-caram, num jogo em que o Viseu 2001 foi para o inter-valo a vencer por 2 a 0.

Na segunda parte os fo-rasteiros reduziram para 2 a 1, lançando alguma incer-

teza quanto ao resultado fi-nal, mas o terceiro golo dos da casa acabaria por senten-ciar a partida.

Pior sorte teve o ABC de Nelas que, na série B, foi goleado por 9 a 3 na deslocação ao Dramático de Cascais. A Robson marcou um dos golos do Viseu 2001

Gil

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Gil

Pere

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MODALIDADES | DESPORTO

Mangualde

Espectáculo de Trial animou II Feira TT

Uma pista de Trial, de-senhada no sopé do mon-te da Senhora do Castelo, em Mangualde, acolheu os quatro concorrentes que deram um grande es-pectáculo ao qual assisti-ram algumas dezenas de espectadores.

Rodrigo Sousa, ao volan-te de um UMM, preparado pela ARC Sport, acabou por vencer, demonstran-

do um grande à vontade neste tipo de competições, nas quais é um piloto ex-periente.

Na segunda posição fi-cou Ivo Mendes, com um Land Rover Defender, se-guido de Emídio Bastos, também com um Land Ro-ver Defender, ficando a úl-tima posição para Álvaro Alves, em Toyota.

A prova foi um dos pon-

tos destaque na II Expo Feira TT, que decorreu no passado fim-de-semana, numa organização conjun-ta entre o Clube Rodas no Trilho e o Dá Gás Clube de Mangualde, dois clubes da região que desenvolvem a sua actividade na área do todo-o-terreno, e que nes-ta prova optaram por jun-tar sinergias para organi-zar este evento. GP

Eleições FPF

Associações querem Carlos Marta na corrida

Várias associações de futebol, entre as quais a de Viseu, querem Carlos Marta na corrida à presi-dência da Federação Por-tuguesa de Futebol.

Presidente da autarquia de Tondela desde 2001, Carlos Marta tem 54 anos e é licenciado em Educa-ção Física. Tem um lon-go currículo de activida-des ligadas ao desporto, quer como praticante, quer como dirigente, ten-do sido delegado da Di-recção-Geral dos Despor-tos de Viseu, presidente da Associação de Futebol de Viseu, presidiu ainda à Comissão de Fiscalização do Euro’2004 e também ao Conselho Superior do

Desporto.José Alberto Ferreira,

presidente da associação de futebol de Viseu já as-sumiu publicamente que Carlos Marta é o seu can-didato. O autarca man-tém-se em silêncio sobre esta possibilidade, apesar de merecer o apoio de al-gumas das principais as-sociações do país, que não se revêem no projecto profissionalizante do fu-tebol com que Fernando Gomes, actual presidente da Liga de Clubes, se apre-senta nesta corrida.

As eleições são a 20 de Dezembro, mas as candi-daturas terão que ser ofi-cializadas até ao próximo dia 27 deste mês, pelo que

nos próximos dias deverá haver uma decisão sobre o assunto. GP

A Emídio Bastos, com um Land Rover Defender

A Carlos Marta

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DESPORTO | AUTOMOBILISMO

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AGENDA FIM-DE-SEMANANACIONAL DE FUTEBOL

FEMININO

02ª jornada - 15 Out

Póvoa Futsal - Viseu 2001

II DIVISÃO NACIONAL FUTSALSÉRIE B

2ª jornada - 15 Out

ABC Nelas - Centro Popular

DISTRITAL FUTSALASSOCIAÇÃO FUTEBOL DE VISEU

DIVISÃO DE HONRA

3ª jornada - 15 Out

Rio Moinhos - S. M. Mouros

S. J. Pesqueira - Armamar

Moimenta B. - Viseu 2001 B

Amorim Girão - Pedreles

Tondela - Sp. Lamego

São Martinho - Balsa Nova

CB Castro Daire - Juvenil 31

04ª jornada - 15 Out

Penedono - Inter Tarouca

CB Mortágua - Unidos Estação

O Crasto - Naval Viseu

Mangualde - Oliv. Frades

Carbelrio - Lusitano

Folga: Vilar Besteiros

DISTRITAL FUTSALASSOCIAÇÃO FUTEBOL DE VISEU

I DIVISÃO FEMININO

Campeonato Open de Ralis - Desafio Modelstand

Fabrício Lopes foi 4º em LouléEstá a correr bem a

época de terra a Fabrício Lopes no Open de Ralis.

Depois dos bons resulta-dos em Oliveira do Hospi-tal e Gondomar, que con-trastaram com o mau iní-cio de época no asfalto, o piloto viseense regressou do Rali de Loulé com um quarto lugar entre os Peu-geot 206 GTi que compe-tem no Desafio Models-tand.

Nos duros troços do rali algarvio, Fabrício Lopes foi previdente, preocupa-do com as contas finais, e porque sabia que um bom

resultado em Loulé seria fundamantal.

Com os 21 pontos que conquistou , Fabr íc io Lopes soma agora 90, ten-do consolidado o 5º lugar no Modelstand e dilatado a vantagem para os perse-guidores.

O Open de Ralis segue agora para Monção, úl-tima prova da época em piso de terra, e termina depois com o Rali de Vila Real, em asfalto, que se-rão disputados no primei-ro e último fim-de-sema-na de Novembro, respec-tivamente. GP

A Piloto viseense somou pontos para o Modelstand

Apuramento Euro 2012 - Sub 17

Selecção chega hoje a ViseuEstá de malas avia-

das para Viseu a Selec-ção de Portugal Sub-17 anos, que no distrito vai procurar apurar-se para a Fase de Elite, onde se vai jogar o apuramento para o Europeu de 2012 neste escalão.

Os jogos vão decor-rer apenas entre 24 e 29 de Outubro, mas Hélio Sousa vai juntar já hoje em Viseu os 19 jogadores que convocou para esta fase de apuramento.

Até aos jogos, onde Portugal vai medir for-ças com as selecções da Rússia, Roménia e Fin-lândia, a equipa nacio-nal vai cumprir um pro-

grama de treinos onde procura afinar a má-quina para que, dia 24 de Outubro, no Fonte-lo, com a Rússia, esteja nas melhores condições possíveis.

Portugal vai ao longo dos próximos dias fa-zer sessões de treino em Viseu, Mangualde, San-ta Comba Dão, Penalva e Tondela, passando as-sim por todos os conce-lhos onde esta fase de apuramento será joga-da, no que será, igual-mente, uma oportuni-dade das populações lo-cais verem de perto os futuros craques do fu-tebol português. A Hélio Sousa, é o seleccionador de Portugal

RALI DE LOULÉ

DESAFIO MODELSTAND

Classificação Final

1º Carlos Fernandes 50m08,3s

2º Manuel Inácio a 7,8s

3º André Marques a 10,1s

4º Fabrício Lopes a 1m21,4s

5º Manuel Martins a 1m57,7s

6º Salvador Gonzaga a 2m04,2s

7º Casimiro Costa a 2m31,9s

8º Paulo Moreira a 3m42,4s

9º João Castela a 3m45,8s

LISTA CONVOCADOS

BenficaAlexandre Alfaiate, Filipe Nascimento,

João Gomes, João Nunes, Marcos Lopes,

Raphael Guzzo, Rebocho, Romário Baldé

e Ruben AlfaiateFC Porto

André Silva, Francisco Ramos,

Ivo Rodrigues, Rafa, Raúl e Tomas Podstawski;

SportingCristian e Ricardo Tavares;

Vitória GuimarãesPalha

II DIVISÃO NACIONAL FUTSALSÉRIE A

6ª jornada - 15 Out

Cadima - Escola FC

02ª jornada - 15 Out

Inter Tarouca - Sp. Moncorvo

Lourosa - AJAB Tabuaço

III DIVISÃO NACIONAL FUTSALSÉRIE B

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culturasD “Carros 2” em Lamego

O Teatro Ribeiro Conceição exibe, no Domingo, pelas 16h00, o filme de animação “Carros 2”. O preço de entrada varia entre os 3 e os 4 euros.

expos

roteiro cinemas Estreia da semana

Os 3 Mosqueteiros– Ao des-cobrirem uma sinistra conspira-ção para derrubar o Rei, cruzam-se com D’Ártagnan -um jovem aspirante a herói -que acolhem ao seu cuidado. Os quatro em-barcam na perigosa missão de desmascarar a traição que amea-ça não só o futuro da Coroa fran-cesa, mas da própria Europa.

Destaque Arcas da memória

A mulher que caiu de uma Amoreira

Era uma vez um homem, de sua graça Aurélio Coe-lho, morador em Sernan-celhe, casado, e saiu um dia, como de costume, nas horas mansas da manhã, para a sua pequena quinta, não sabemos bem se ela fi-cava nas margens do Me-dreiro ou descendo para Rape ou para o Mosteiro. A história vem contada num ingénuo quadrinho que se encontra hoje no pequeno mas belo museu-zinho levantado na Lapa, na Casa que antes fora Câ-mara e Cadeia e agora já não é. Carlos Massa, na-tural de Sernancelhe, la-vrador e pintor nas horas vagas, foi quem pintou este quadro ao amigo a troco, porventura, de um alqueire de pão, não sabe-mos bem. Aconteceu que a mulher de Aurélio Co-elho que o acompanhara para a horta subiu nesse dia a uma amoreira, era o tempo das cerejas, era Ve-rão, decerto para encher a cesta das amoras que, nes-se tempo, não parece ha-ver por ali criação de bi-cho da seda. Não se sabe bem como é que aquilo aconteceu. O que é certo é que a mulher caiu, desam-parada, da amoreira so-bre o chão duro da encos-ta onde a árvore pousava. Correu o homem quando ouviu o baque de um cor-po a cair e assustou-se ao

ver que ninguém andava por ali para acudir. Pa-recia morta a mulher no abandono em que ficara, mal se ouvia o respirar e foi então que aquele ho-mem levantou as mãos ao céu e o chamou para lhe valer. Lembrou-se o homem de invocar como

“advogada”, era assim que a gente do céu era tratada, a Senhora da Lapa onde o homem costumava ir com a mulher, na maior festa do ano, em Agosto. Pro-meteu mandar pintar o

“milagre” que agora, com fervor, ali pedia, se ficas-se sã e escorreita a com-panheira. Carlos Massa, o ingénuo pintor de Sernan-celhe, pintou com emoção a historia que o amigo lhe contou, o corpo meio mor-to da mulher sob a copa verde da amoreira, o seu homem de mãos postas a rezar e a Senhora ouvindo lá no céu que se abriu no rasgão das nuvens costu-meiras. E a história conta-da que ficou para a gente ler nas tintas da invulgar paleta do pintor e na rese-nha breve contida na le-genda desenhada com o pincel e que a gente que ia à Lapa, em romaria, se en-tretinha, lentamente, a so-letrar no quadro pendura-do no muro da capela.

Alberto CorreiaAntropólogo

[email protected]… é obra de Jaime Ricardo

Gouveia, oriundo de Leomil, Moimenta da Beira. Tem como sub-título “O delito de solicitação no Tribunal de Inquisição – Portugal 1551-1700.” A edição — cui-dada, refira-se, é da Palima-ge (www.palimage.pt).

O seu autor vem com esta obra proporcionar ou-tras perspectivas das ac-tividades do Tribunal do Santo Ofício da Inquisição que se prendem com os confessores e os segredos da consciência e a qua-se obrigatoriedade de de-nunciar os heresiarcas em depoimentos perante os juízes da fé. Esta obra apre-senta relatos baseados em muita investigação e pes-quisa de testemunhas com-pelidas à acusação por im-posição dos seus confesso-res.

A Introdução, nesta cita-ção, é disso clara imagem:

“(…) que vindo buscar a Deos à confissão, achara o Diabo (…)” – Inquisição de Évora, Caderno dos So-licitantes.

Os três capítulos pelos quais se espraia a obra: Iº O enquadramento jurídico-legal, ideológico e político-institucional; IIº A estraté-gia persecutória; IIIº A re-gressão inquisitorial… têm na conclusão o relevar da tese de que a subversão do

sentido da confissão, por parte dos sacerdotes encar-regados de ministrar os sa-cramentos, leva a confis-são a transformar-se em ocasião de pecado e o so-licitante a ver na denúncia induzida um meio de ob-ter a salvação, assim como modo de censura e de ins-trução para a recuperação das almas perdidas.

De todo este terrífico processo não surgiam só castigos. Havia também o carácter reconciliatório que por vezes dele emergia. Citando o autor: “Desta for-ma a Inquisição cumpria dois objectivos de uma as-sentada: sentenciava o réu

no seio dos seus pares para que ele fosse votado à ig-nomínia, a fim de que não reincidisse no delito, e ad-vertia os confessores pre-sentes para a autoridade do Santo Ofício, nesta matéria, no sentido de os acautelar para que não incorressem no mesmo crime.”

É já vasta a obra deste jo-vem historiador-investiga-dor, tendo tido o prazer de contar com a sua colabo-ração na Revista Literária

“AQUILINO” e num ciclo de conferências sobre o Centenário da República, por ele organizado.

Paulo Neto

“O sagrado e o profano em choque no confessionário”…

VILA NOVA DE PAIVA

∑Auditório Municipal

Carlos Paredes

Até dia 31 de Outubro

Exposição “A Arte de

Decorar”, de Fátima Go-

mes.

∑ Até dia 31 de Outubro

Exposição de fotogra-

fia “Alto Paiva”, de Nuno

Correia.

∑ Até dia 31 de Outubro

Exposição de escultura

“Vida”, por António Car-

doso.

SANTA COMBA DÃO

∑Biblioteca Municipal

Até dia 30 de Novembro,

Exposição temática “Pri-

mórdios da Fotografia”.

∑ Até dia 4 de Novembro

Exposição itinerante do

projecto “Olha para a

Pobreza com Olhos de

Ver”.

∑ Casa da Cultura

Até dia 1 de Novembro

Exposição “Força Intrín-

seca”, da autoria de Paul

Mathieu.

VISEUFORUM VISEUSessões diárias às 13h30, 16h10, 18h50, 21h30, 00h10 (sexta e Sáb.)Os 3 Mosqueteiros(CB) (Digital)

Sessões diárias às 11h10( Dom.), 13h40, 16h00Os Smurfs(M6) (Dob.) (Digital)

Sessões diárias às 15h00, 17h40, 21h10, 00h00(sexta e Sábabado)Killer Elite - O Confronto(M12) (Digital)

Sessões diárias às 14h20, 17h30, 21h00, 23h50 (sexta e Sáb.)Cuidado Com o Que Desejas(M16) (Digital)

Sessões diárias às 11h00(Dom.) 14h00, 16h30, 19h00, 21h20, 00h10 (sexta e Sáb.)O Regresso de Johnny English (M6) (Digital)

Sessões diárias às 18h20, 21h20, 00h20 (sexta e Sáb.)Sangue do Meu Sangue(CB, M16) (Digital)

Sessões diárias às 14h00, 16h30, 19h00, 21h40, 00h30 (sexta e Sáb.)A Idade Secreta(CB, M16) (Digital)

PALÁCIO DO GELOSessões diárias às 14h20, 16h50,19h20, 21h50, 00h30 (sexta e Sáb.)Contágio(CB) (Digital)

Sessões diárias às 14h30, 17h10, 21h10, 23h50 (sexta

e Sáb.)Os 3 Mosqueteiros(CB) (Digital)

Sessões diárias às 11h00 (Dom)Os Smurfs(M6) (Digital)

Sessões diárias às 14h00, 16h30, 19h00, 21h30, 00h00 (sexta e Sáb.)O Regresso de Johnny English (M6) (Digital)

Sessões diárias às 13h40, 16h00, 18h10, 21h20, 23h30

(sexta e Sáb.)Medo Profundo(CB) (Digital 3D)

Sessões diárias às 14h10, 16h20, 18h40, 21h40, 00h10 (sextaª e Sáb.)Meia-Noite em Paris(M12Q) (Digital)

Sessões diárias às 13h30, 15h40, 18h00, 22h00, 00h20 (sexta e Sáb.)A Casa de Sonhos(M16) (Digital)

Jornal do Centro14 | Outubro | 2011

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Page 34: Jornal do Centro - Ed500

culturas No próximo dia 21 vai ser lançado o romance “Mãe Preta”, da autoria da escritora carregalense Celeste Cortez. O evento está marcado para as 21h30, na Fun-dação Lapa do Lobo.

D “Mãe Preta”, por Celeste Cortez

Dez anos depois de o 2º Batalhão de Infanta-ria/PORBATT ter saído de Viseu para conduzir a missão da UNTAET em favor da causa timorense, o momento volta a ser re-cordado na cidade, com uma jornada marcada para os dias 22 e 23 deste mês de Outubro.

A ideia é promover um reencontro entre os 952 elementos que integra-ram o batalhão, num con-vívio à volta das memórias desses tempos vividos há uma década de forma in-tensa, podendo dessa for-ma partilhar essas memó-rias com a cidade, a região e o país.

“As razões que nos tra-zem aqui têm a ver com o facto de querer recordar memórias daquela que foi a missão que o batalhão, saído daqui de Viseu, em Fevereiro de 2001, realizou a favor do povo Timoren-se ao serviço das Nações Unidas”, reforçou o coro-nel na reserva, Fernando Figueiredo, da comissão organizadora e um dos elementos que integrou o batalhão.

Ao longo da missão, o

PORBATT conduziu as primeiras eleições livres de Timor e viveu momen-tos como o 11 de Setembro. “Acreditamos que contri-buímos bastante para a re-construção daquele país e essa é também uma das razões que nos levam a procurar reunir todos os ex-militares”, acrescen-tou.

Do programa do evento que vai decorrer ao longo dos dois dias, destaca-se o seminário subordina-do ao tema “Timor uma Década Depois”, no Solar do Dão, dia 22, às 14.30, a inauguração da exposi-ção “Artigos Religiosos Timorenses”, na cape-la do solar, seguindo um momento musical com a cantora, Isabel Silvestre, a madrinha do batalhão e o lançamento do vinho Dão Timor. As celebra-ções prosseguem no dia 23 com várias activida-des, em que se destaca a inauguração da exposi-ção “Expressões Lorosae” com a presença da embai-xadora de Timor em Por-tugal.

Emília Amaral

Timor umadécada depois

EfemérideDestaque

Em Outubro, cincoteatros nacionais recebem três espectáculos de cria-dores emergentes portu-gueses, que marcaram a temporada 2010/2011.

O Teatro Viriato, em Viseu, recebe amanhã, pelas 21h30, “Rosmer-sholm”. Uma peça de tea-tro encenada por GonçaloWaddington. O espectá-culo do dramaturgo no-rueguês Henrik Ibsen re-flecte as mudanças so-ciais, políticas e religiosas de classes tradicionalmen-te dominadoras. Este será a primeira representação no âmbito do “Tri-Ciclo”,

da rede de programação cultural “5 Sentidos”, que une ao teatro viseense o

Centro Cultural Vila Flor (Guimarães), o Teatro Mu-nicipal da Guarda, o Tea-

tro Maria Matos (Lisboa) e o Teatro Virgínia (Tor-res Novas).

“Rosmersholm” abre “Tri-Ciclo”Teatro Viriato ∑ Até ao fim do mês apresenta os melhores espectáculos de criadores portugueses

Na aldeia vinhateira de Barcos, em Tabuaço, de-corre este fim-de-semana o Festival do Imaginário, organizado pela Câma-ra Municipal. Provas de vinhos, cortejos e recria-ções históricas, passeio pedestre “Acavalo pelas Vinhas do Douro”, músi-ca, teatro de rua, gastro-nomia, são as propostas do festival para a edição deste ano.

“Uma das particulari-dades deste evento, que o torna único na região, é o envolvimento e a par-

ticipação activa dos habi-tantes das freguesias de todo o concelho nas di-versas actividades”, des-taca a autarquia, em co-municado, nomeadamen-te na “recriação de lendas e reprodução de algumas actividades mais emble-máticas e simbólicas do concelho, como é o caso da tradicional lagarada e do mercado de produtos agrícolas”.

As festividades come-çam no sábado, às 10h00 e prolongam-se até às 19h00 de domingo.

Festival do Imaginário em Tabuaço

Publicidade

A cidade de Viseu recebe na segunda-feira, dia 17 o concerto “Um Violino no Fado” pela a r t ista polaca Natalia Juskiewicz. O espectáculo, mar-cado para as 19hoo, na Igreja do Seminá-rio Maior, integra-se no programa da con-ferência “O Futuro da Política de Coesão e o Desenvolvimento Re-gional” que decorrer ao longo da manhã do mesmo dia, no Hotel Montebelo.

Natalia Juskiewicz, nascida em Koszalin, reside em Portuga l há vários anos, onde exerce a sua carrei-ra artística depois de se ter formado numa d a s e s c o l a s m a i s c o n c e i t u a d a s d o mundo, a Academia de Poznan . No ano passado gravou um disco de fado clássi-co - Um Viol ino no Fado - onde pela pri-meira vez a tradicio-nal voz é substituida pelo violino.

“Um Violino no Fado” em Viseu

Variedades

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em foco

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Paul

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Jornal do Centro14 | Outubro | 2011 35

Centro Visages festejou o seu 5º aniversárioO Centro Visages - Centro de Estética e de Rea-

bilitação Dento-Facial, proporciona um conjunto de valências único em Viseu, pela sua abrangência e vasto leque de profissionais que com ela colaboram.

A sua Direcção, para comemorar esta efeméride, de forma inovadoramente original, decidiu propor às suas clientes um concurso para eleger a beleza do sorriso.

Perante Miguel Moura Gonçalves, director clíni-co e sua esposa Alba Moura Gonçalves e com um júri constituído pela modelo e actriz Sofia Aparício, Va-nessa Veloso, directora da Just Models e o fotógrafo de moda Carlos Ramos, no espaço exterior privilegia-do do Hotel Grão Vasco, procedeu-se, no dia 8 de Ou-tubro, à cerimónia da entrega dos prémios às vencedo-ras: Liliana Martinho, Prémio Modelo Women Visages e Maria António, Prémio Modelo Teen Visages, que vão receber uma formação profissional de manequim na agência Just.

A todas as finalistas foi oferecido um “book” com as melhores imagens da sessão fotográfica, autoria de Carlos Ramos.

I Concurso Canino de MangualdePela primeira vez a autarquia Azurarense organizou

o Concurso Canino de Beleza de Mangualde. Com mais de 50 concorrentes e muito público, o re-

sultado final foi o seguinte:Cão adulto - Cão Serra da Estrela, exp. GouveiaCão Jovem - Pastor Alemão, exp. AroucaMelhor par - Beagle, exp. AveiroMelhor cão sem raça - Serra da Estrela (s/ pedigree)

O Concurso iniciou-se com uma “Cãominhada” e a selecção esteve a cargo de Maria Amélia Taborda e Ju-dite de Sousa.

Nun

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reira

Page 36: Jornal do Centro - Ed500

saúde

Decisão∑ A unidade hospitalar perdeu recentemente a valência de ortopedia depois de terem encerrado outras unidades

PCP denuncia extinção de serviços no Hospital de Lamego

A Direcção da Organi-zação Regional de Viseu e a comissão concelhia de Lamego do PCP apelam às populações do Douro Sul, norte do distrito de Viseu, para protestarem contra o alegado “esvaziamento” de serviços do Hospital de Lamego.

Aquele hospital foi transformado em Unida-de Hospitalar na depen-dência do Centro Hospi-talar de Trás-os-Montes e Alto Douro (CHTMAD) e vai ter um novo edifício, com abertura prevista para Janeiro de 2012. Um investimento de 42 mi-lhões de euros.

A unidade hospita-lar tem vindo a perder valências na sequência da

reestruturação leva a cabo pelo anterior Governo de José Sócrates. Para o PCP, o “esvaziamento” de serviços verificou-se já com o encer-ramento da urgência de pe-diatria, de uma unidade de medicina, da pediatria e da obstetrícia. O encerra-mento da última valência de ortopedia, ocorreu na passada semana, e “preju-dica seriamente as popu-lações do Douro Sul”, sen-do os dez concelhos desta região habitados por cerca de 90 mil pessoas.

Para travar este proces-so de diminuição de servi-ços prestados pelo hospital de Lamego, o PCP exorta as populações ao protesto e vai levar o caso ao Parla-mento, pedindo esclareci-

mentos ao Governo.Os comunistas assegu-

ram que vão “continuar a intervir por um verdadei-ro hospital para Lamego, com recursos, valências e serviços de qualidade, que sirvam as populações”.

A decisão de passar o Hospital de Lamego para a dependência de Vila Real, tomada pelo ante-rior governo, e a diminui-ção dos serviços ali presta-dos, desagrada também as autarquias do Douro Sul, que têm manifestado a sua discordância.

O presidente da Câma-ra de Lamego, Francisco Lopes disse à agência Lusa que o processo de abertu-ra do novo hospital “está a correr muito mal” e que

o acompanha com “muita preocupação”, embora te-nha admitido que se trata de um novo modelo, sendo natural o fecho de alguns serviços que existiam no antigo hospital.

O autarca adiantou que “não está excluída nenhu-ma forma de protesto” con-tra a nova unidade e o seu modelo, visto que “não tem nem uma cama destinada ao internamento”, criando “grandes dificuldades para as populações do Douro Sul”, que se verão “obriga-das a ir para Vila Real para internamento”.

Para já, porém, disse apostar no diálogo com o Governo.

Emilia Amaral/Lusa A Autarca de Lamego mostra-se preocupado

Jornal do Centro14 | Outubro | 201136

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SAÚDE

A Liga Portuguesa Contra o Cancro está a promover a décima volta do Programa de Rastreio do Cancro da Mama no concelho de Moimenta da Beira, até Novembro.

O rastreio gratuito destina-se a mulheres

com idade compreen-dida entre os 45 e os 69 anos.

A unidade móvel está estacionada junto ao Centro de saúde da vila e aberto ao público de segunda a sexta-feira, das 9h00 às 13h00 e das 14h00 ás 17h00.

Rastreio do cancroda mama em Moimenta da beira

Estudo∑ Conclusões revelam que o consumo moderado regista nos consumidores efeitos positivos

Café pode melhorar estado de humor

U m g r u p o d e i n -vestigadores do cen-tro de Neurociências e Biologia celular de Coimbra concluiu que o consumo moderado de ca fé (20 -200mg) pode ter inf luência na melhoria do estado de humor.

Segundo o estudo, os consumidores envolvi-dos na pesquisa, repor-taram efeitos como “au-mento de energia, ima-ginação, eficiências e auto-confiança após in-gestão da bebida”. Para-lelamente, acrescenta o estudo, “referiram sen-tir-se ainda com maior capacidade de concen-

tração e motivação para o trabalho, bem como com maior disposição para se socializarem”.

“Consumir regular-mente café pelo seu cheiro ou sabor, a fa-lar com a família, ami-gos ou colegas duran-te uma pausa no traba-lho, pode ser parte do efeito benéfico do café no estado de humor. A ingestão moderada de cafeína, graças às suas propriedades, apresen-ta, por isso, um conjun-to de benefícios neste campo, tais como o au-mento de energia, efi-ciência, capacidade de concentração, entre ou-

tros” explica em comu-nicado Rodrigo Cunha, neurologista e coorde-nador da investigação.

O p r o g r a m a “ C a fé e S a ú d e ” fo i implementado em Por-tugal , em 2007, pela Associação Industrial e Comercial do Café, com o objectivo de mu-dar a atitude dos profis-sionais de saúde rela-tivamente ao consumo de café, na tentativa de desvendar mitos sobre a ingestão da bebida e reunir evidência cien-tífica.

Emília [email protected]

Um novo sorrisoao alcance

de qualquer um

Opinião

A implantologia é uma especialidade da Medi-cina Dentária que pos-sibilita repor dentes per-didos na cavidade oral, conferindo ao paciente uma sensação de dentes naturais com quase to-tal ausência de períodos de adaptação a um corpo estranho. A perda dentá-ria de um ou dois dentes pode ser corrigida com a utilização de implantes dentários, acabando com a necessidade de desgas-tar dentes saudáveis para a elaboração de uma pon-te fixa sobre dentes. O im-plante dentário colocado na estrutura óssea dos maxilares funciona como uma nova “raiz” (porção invisível do dente) onde, uma coroa meticulosa-mente elaborada, é colo-cada repondo a estrutu-ra dentária em falta. Por outro lado, quando a per-da dentária é mais exten-sa, a utilização de implan-tes dentários possibilita o abandono das tradicionais próteses dentárias esque-léticas e acrílicas, que por vezes são causa de gran-de desconforto para o pa-ciente. Com a colocação de implantes existe não só uma mudança estética drástica como um aumen-to da capacidade mastiga-tória.

Sabia que um pacien-te totalmente desdenta-do, reabilitado com duas próteses tradicionais, só possui 1/3 da capacida-de mastigatória que pos-suiria se essas mesmas próteses estivessem su-portadas por implantes dentários?

A combinação da reabi-litação oral estética e a im-plantologia pode mudar radicalmente o seu sorri-so, aumentando ao mes-mo tempo a capacidade de mastigação, contribuindo assim para um organismo mais saudável.

Pedro Carvalho GomesMédico Dentista

Clínica Médica Dentária de Viseu, Supreme Smile

Jornal do Centro14 | Outubro | 2011 37

Page 38: Jornal do Centro - Ed500

SAÚDE

É um facto que a cartila-gem protectora das nossas articulações começa a de-teriorar-se ao longo do tem-po, levando eventualmen-te a uma situação dolorosa e debilitante designada os-teoartrose. A boa notícia é que pode impedir o desen-volvimento desse desgaste

– e provavelmente ajudar a repará-lo.

Existe um momento na vida de todos em que as ar-ticulações se tornam doloro-sas e a perda de mobilidade parece inevitável. A osteo-artrose é uma deterioração gradual da cartilagem arti-cular que provoca sintomas como dor, inchaço, e fraca mobilidade. A boa notícia é que investigadores iden-tificaram algumas substân-cias no marisco que estão

envolvidas na síntese de cartilagem, substância ex-tremamente elástica, forte e flexível que une as extre-midades dos ossos e previne a sua fricção directa.

Travar a osteoartrose de forma natural. A investiga-ção científica descobriu um tratamento capaz de travar a deterioração das articula-ções. A substância eficaz, no extracto de marisco, chama-se glucosamina. No entanto, existem outros factores en-volvidos na saúde da cartila-gem articular. Uma substân-cia activa designada sulfato de condroitina, um compo-nente estrutural importante da cartilagem. Com a desco-berta da glucosamina e da condroitina, duas substân-cias naturais com um papel fundamental na síntese da

cartilagem, parece ter sido encontrada uma solução para travar a deterioração da cartilagem relacionada com a idade, que de outro modo limitaria a liberdade de cada um. Alguns acredi-tam mesmo que a utilização regular destas duas substân-cias pode reparar a cartila-gem já deteriorada, tornan-do possível a melhoria da os-teoartrose inicial.

Como funciona a glucosa-mina e a condroitina ? Quan-to a cartilagem se desgasta, os ossos ficam expostos en-tre si, causando inflamação, dor e rigidez das articula-ções e imobilidade. A gluco-samina e a condroitina pre-vine estes acontecimentos fornecendo a matéria prima necessária ao seu organis-mo, para produzir cartila-

gem articular saudável, sua-ve e elástica. A combinação das duas substâncias (sul-fato de glucosamina e con-droitina) provou conseguir:

- Reduzir a dor das articu-lações;

- Aumentar a lubrificação das articulações;

- Estimular a reparação da cartilagem;- Inibir as enzimas que des-

troem as cartilagens;- Preservar o espaço de ar-

ticulação; - Actuar enquanto

anti-inflamatório

Sulfato de glucosamina – eficácia assegurada. A glu-cosamina encontra-se co-mercialmente disponível sob 3 formas: cloridrato de glucosamina (HCl), sulfato de glucosamina e N-acetil-glucosamina. A única forma

que demonstrou ter efeitos fiáveis foi o sulfato de glu-cosamina. A explicação é a seguinte: a glucosamina necessita do grupo sulfato (que contém enxofre) para funcionar.

Como escolher um bom produto? Existem vários produtos no mercado que contêm glucosamina e con-droitina. Um dos mais efi-cazes é o BioActivo Gluco-samina Duplo, à venda em farmácias, cuja fórmula contém as substâncias sob a forma de sulfato para uma melhor eficácia e cujos re-sultados estão cientifi-camente documenta-dos. Ao contrário de outros produtos, este suplemento contém a dose mínima diária re-comendada (1000mg

de sulfato de glucosamina e 800mg de sulfato de con-droitina que de acordo com os investigadores é a dose necessária para obter bons resultados). Outra das van-tagens do BioActivo Gluco-samina Duplo é não apre-sentar os efeitos secundários dos AINEs (anti-inflamató-rios não esteróides), habitu-almente utilizados nos ca-sos de problemas nas arti-culações.

Acabe com as dores nas articulações!

Opinião

Inês VeigaFarmaceutica

F. Nogueira MartinsNuno Nogueira Martins

Médicos Especialistas

Obstetrícia e Ginecologia

Av. Mon. Celso Tavares da Silva, Lote 10 Lj M 3504-514 VISEU (Qta do Seminário)

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Jornal do Centro14 | Outubro | 201138

Page 39: Jornal do Centro - Ed500

CLASSIFICADOS

ADVOGADOSVISEUANTÓNIO PEREIRA DO AIDOMorada Rua Formosa, nº 7 – 1º, 3500-135 Viseu. Telefone 232 432 588 Fax 232 432 560

CARLA DE ALBUQUERQUE MENDES Morada Rua da Vitória, nº 7 – 1º, 3500-222 Viseu Telefone 232 458 029 Fax 232 458 029Fax 966 860 580

MARIA DE FÁTIMA ALMEIDAMorada Av. Dr. Alexandre Alves nº 35. Piso 0, Fracção T - 3500-632 Viseu Telefone 232 425 142 Fax 232 425 648

CATARINA DE AZEVEDOMorada Largo General Humberto Delgado, nº 1 – 3º Dto. Sala D, 3500-139 Viseu Telefone 232 435 465 Fax 232 435 465 Telemóvel 917 914 134 Email [email protected]

CARLA MARIA BERNARDESMorada Rua Conselheiro Afonso de Melo, nº 39 – 2º Dto., 3510-024 Viseu Telefone 232 431 005

JOÃO PAULO SOUSAMorada Lg. Genera l Humber to Delgado, 14 – 2º, 3500-139 Viseu Telefone 232 422 666

ADELAIDE MODESTOMorada Av. Dr. António José de Almeida, nº275 - 1º Esquerdo - 3510-047 Viseu Telefone/Fax 232 468 295JOÃO MARTINSMorada Rua D. A ntón io A lves Martins, nº 40 – 1º A, 3500-078 Viseu Telefone 232 432 497 Fax 232 432 498

ANA PAULA MADEIRAMorada Rua D. Francisco Alexandre Lobo, 59 – 1º DF, 3500-071 Viseu Telefone 232 426 664 Fax 232 426 664 Telemóvel 965 054 566 Email [email protected]

MANUEL PACHECOMorada Rua Alves Martins, nº 10 – 1º, 3500-078 Viseu Telefones 232 426 917 / 232 423 587 - Fax 232 426 344

PAULO DE ALMEIDA LOPESMorada Quinta Del Rei, nº 10 - 3500-401 Viseu Telefone/Fax 232 488 633 Email [email protected]

ANTÓNIO M. MENDESMorada Rua Chão de Mestre, nº 48, 1º Dto., 3500-113 Viseu Telefone 232 100 626 Email [email protected]

ARNALDO FIGUEIREDO E FIRMINO MENESES FERNANDESMorada Av. Alberto Sampaio, nº 135 – 1º, 3510-031 Viseu Telefone 232 431 522 Fax 232 431 522 Email [email protected] e [email protected]

MARQUES GARCIA Morada Av. Dr. António José de Almeida, nº 218 – C.C.S. Mateus, 4º, sala 15, 3514-504 Viseu Telefone 232 426 830 Fax 232 426 830 Email [email protected]

JOÃO NETO SANTOSMorada Rua Formosa, nº 20 – 2º, 3500-134 Viseu Telefone 232 426 753FABS – SOCIEDADE DE ADVOGADOS – RENATO FERNANDES, JOÃO LUÍS ANTUNES, PAULO BENFEITOMorada Av. Infante D. Henrique, nº 18 – 2º, 3510-070 Viseu Telefone 232 424 100 Fax 232 423 495 Email [email protected]

CONCEIÇÃO NEVES E MICAELA FERREIRA – AD VO GADAS Morada Av. Dr. António José de Almeida, 264 – Forum Viseu [NOVAS INSTA L AÇÕES], 3510 - 043 Viseu Telefone 232 421 225 Fax 232 426 454

BRUNO DE SOUSAEsc. 1 Morada Rua D. António Alves Martins Nº 40 2ºE 3500-078 VISEU Telefone 232 104 513 Fax 232 441 333Esc. 2 Morada Edif ício Guilherme Pereira Roldão, Rua Vieira de Leiria Nº14 2430 -300 Mar inha Grande Telefone 244 110 323 Fax 244 697 164 Tlm. 917 714 886 Áreas prefe-renciais Crime | Fiscal | Empresas

MANGUALDEJOSÉ MIGUEL MARQUESMorada Rua 1º de Maio, nº 12 – 1º Dto., 3530-139 Mangualde Telefone 232 611 251 Fax 232 105 107 Telemóvel 966 762 816 Email [email protected]

JOSÉ ALMEIDA GONÇALVESMorada Rua Dr. Sebastião Alcântara, nº 7 – 1º B/2, 3530-206 Mangualde Telefone 232 613 415 Fax 232 613 415 Telemóvel 938 512 418 Email [email protected]

NELASJOSÉ BORGES DA SILVA, ISABEL CRISTINA GONÇALVES E ELIANA LOPES Morada Rua da Botica, nº 1, 1º Esq., 3520-041 Nelas Telefone 232 949 994 Fax 232 944 456 Email [email protected]

RESTAURANTES

VISEURESTAURANTE O MARTELOEspecialidades Cabrito na Gre-lha, Bacalhau, Bife e Costeleta de Vitela. Folga Segunda-feira. Mora-da Rua da Liberdade, nº 35, Falor-ca, 3500-534 Silgueiros. Telefone 232 958 884. Observações Vinhos Curral da Burra e Cavalo de Pau.

RESTAURANTE BEIRÃOEspecialidades Bife à Padeiro, Pos-ta de Vitela à Beirão, Bacalhau à Casa, Bacalhau à Beirão, Açorda de Marisco. Folga Segunda-feira (excepto Verão). Preço médio refei-ção 12,50 euros. Morada Alto do Caçador, EN 16, 3500 Viseu. Tele-fone 232 478 481 Observações Aberto desde 1970.

RESTAURANTE TIA IVAEspecialidades Bacalhau à Tia Iva, Bacalhau à Dom Afonso, Polvo à Lagareiro, Picanha. Folga Domin-go. Preço médio refeição 15 euros. Morada Rua Silva Gaio, nº 16, 3500-203 Viseu Telefone 232 428 761. Observações Refeições econó-micas ao almoço (2ª a 6ª feira) – 6,5 euros.

RESTAURANTE O VISOEspecialidades Cozinha Caseira, Peixes Frescos, Grelhados no Car-vão. Folga Sábado. Morada Alto do Viso, Lote 1 R/C Posterior, 3500-004 Viseu. Telefone 232 424 687. Observações Aceitam-se reservas para grupos.

CORTIÇOEspecialidades Bacalhau Podre, Polvo Frito Tenrinho como Man-teiga, Arroz de Carqueja, Cabrito Assado à Pastor, Rojões c/ Morce-la como fazem nas Aldeias, Feijo-cas à maneira da criada do Sr. Abade. Folga Não tem. Preço mé-dio por refeição 15 euros. Mora-da Rua Augusto Hilário, nº 45, 3500-089 Viseu. Telefone 232 423 853 – 919 883 877. Observa-ções Aceitam-se reservas; Take-way.

RESTAURANTE O CAMBALROEspecialidades Camarão, France-sinhas, Feijoada de Marisco. Folga Não tem. Morada Estrada da Ra-malhosa, nº 14, Rio de Loba, 3500-825 Viseu. Telefone 232 448 173. Observações Prato do dia - 5 euros.

RESTAURANTE PORTAS DO SOLEspecialidades Arroz de Pato com Pinhões, Catalana de Peixe e Car-ne, Carnes de Porco Preto, Carnes Grelhadas com Migas. Folga Do-mingo à noite e Segunda-feira. Morada Urbanização Vilabeira - Repeses - Viseu. Telefone 232 431 792. Observações Refeições para grupos com marcação prévia.

TORRE DI PIZZAEspecialidades Pizzas, Massas, Carnes. Folga Segunda-feira. Mo-rada Avenida Cidade de Aveiro, Lote 16, 3510-720 Viseu. Telefo-ne 232 429 181 – 965 446 688. Observações Menu económico ao almoço – 4,90 euros.

RESTAURANTE CLUBE CAÇADORESEspecialidades Polvo à Lagareiro, Bacalhau à Lagareiro, Cabrito Churrasco, Javali na Brasa c/ Arroz de Feijão, Arroz de Perdiz c/ Míscaros, Tarte de Perdiz, Bifes de Veado na Brasa. Folga Quarta-feira. Preço médio por refeição 15 euros. Morada Muna, Lordosa, 3515-775 Viseu. Telefone 232 450 401. Observações Reservas para grupos e outros eventos.SOLAR DO VERDE GAIOEspecialidades Rodízio à Brasi-leira, Mariscos, Peixe Fresco. Fol-ga Terça-feira. Morada Mundão, 3500-564 Viseu. www.solardover-degaio.pt Telefone 232 440 145 Fax 232 451 402. E-mail [email protected] Observações Salão de Dança – Clube do Solar – Sextas, Sábados até às 03.00 horas. Aceita Multibanco.

RESTAURANTE SANTA LUZIAEspecialidades Filetes Polvo c/ Migas, Filetes de Espada com Arroz de Espigos, Cabrito à Padeiro, Arroz de Galo de Cabidela, Perdiz c/ Casta-nhas. Folga Segunda-feira. Morada EN 2, Campo, 3510-515 Viseu. Tele-fone 232 459 325. Observações Quinzena da Lampreia e do Sável, de 17 de Fevereiro a 5 de Março. “Abertos há mais de 30 Anos”.

PIAZZA DI ROMAEspecialidades Cozinha Italiana (Pizzas, Massas, Carnes e Vinhos). Folga Domingo e segunda-feira ao almoço. Morada Rua da Prebenda, nº 37, 3500-173 Viseu Telefone 232 488 005. Observações Menu económico ao almoço.

RESTAURANTE A BUDÊGAEspecialidades Picanha à Posta, Cabrito na Brasa, Polvo à Lagareiro. Acompanhamentos: Batata na Bra-sa, Arroz de Feijão, Batata a Murro. Folga Domingo. Preço médio por refeição 12,50 euros. Morada Rua Direita, nº 3, Santiago, 3500-057 Viseu. Telefone 232 449 600. Ob-servações Vinhos da Região e ou-tros; Aberto até às 02.00 horas.

COMPANHIA DA CERVEJAEspecialidades Bifes c/ Molhos Variados, Francesinhas, Saladas Variadas, Petiscos e outras. Preço médio refeição 12 euros. Morada Quinta da Ramalhosa, Rio de Loba (Junto à Sub-Estação Eléctrica do Viso Norte), 3505-570 Viseu Tele-fone 232 184 637 - 918 680 845. Observações Cervejaria c/amplo espaço (120 lugares), exclusividade de cerveja em Viseu, fácil estaciona-mento, acesso gratuito à internet.

RESTAURANTE SAGA DOS SABORESEspecialidades Cozinha Tradicio-nal, Pastas e Pizzas, Grelhados, Forno a Lenha. Morada Quinta de Fora, Lote 9, 3505-500 Rio de Loba, Viseu Telefone 232 424 187 Ob-servações Serviço Take-Away.

O CANTINHO DO TITOEspecialidades Cozinha Regio-nal. Folga Domingo. Morada Rua Mário Pais da Costa, nº 10, Lote 10 R/C Dto., Abraveses, 3515-174 Viseu. Telefone 232 187 231 – 962 850 771.

RESTAURANTE BELOS COMERES (ROYAL)Especialidades Restaurantes Ma-risqueiras. Folga Não tem. Morada Cabanões; Rua da Paz, nº 1, 3500 Viseu; Santiago. Telefone 232 460 712 – 232 468 448 – 967 223 234. Observações Casamentos, bapti-zados, convívios, grupos.

TELHEIRO DO MILÉNIOQUINTA FONTINHA DA PEDRAEspecialidades Grelhados c/ Churrasqueira na Sala, (Ao Do-mingo) Cabrito e Aba Assada em Forno de Lenha. Folga Sábados (excepto para casamentos, bapti-zados e outros eventos) e Domin-gos à noite. Morada Rua Principal, nº 49, Moure de Madalena, 3515-016 Viseu. Telefone 232 452 955 – 965 148 341.

EÇA DE QUEIRÓSEspecialidades Francesinhas, Bi-fes, Pitas, Petiscos. Folga Não tem. Preço médio refeição 5,00 euros. Morada Rua Eça de Queirós, 10 Lt 12 - Viseu (Junto à Loja do Cida-dão). Telefone 232 185 851. Ob-servações Take-away.

GREENS RESTAURANTEEspecialidades Toda a variedade de prato. Folga Não tem. Preço médio refeição Desde 2,50 euros. Morada Fórum Viseu, 3500 Viseu. Observações www.greens-restaurante.com

MAIONESEEspecialidades Hamburguers, Saladas, Francesinhas, Tostas, Sandes Variadas. Folga Não tem. Preço médio refeição 4,50 euros. Morada Rua de Santo António, 59-B, 3500-693 Viseu (Junto à Estrada Nacional 2). Telefone 232 185 959.

RESTAURANTE O POVIDALEspecialidades Arroz de Pato, Gre-lhados. Folga Domingo. Morada Bairro S. João da Carreira Lt9 1ª Fase, Viseu. Telefone 232 284421. Observações Jantares de grupo.

RESTAURANTE ROSSIO PARQUEEspecialidades Posta à Viseu, Espetada de Alcatra ao Alho, Ba-calhau à Casa, Massa c/ Baca-lhau c/Ovos Escalfados, Corvina Grelhada; Acompanhamentos: Migas, Feijão Verde, Batata a Murro. Folga Domingo. Morada Rua Soar de Cima, nº 55 (Junto ao Jardim das Mães – Rossio), 3500-211 Viseu. Telefone 232 422 085. Observações Refeições económi-cas (2ª a 6ª feira) – sopa, bebida, prato e sobremesa ou café – 6,50 euros.

FORNO DA MIMIEspecialidades Assados em Forno de Lenha, Grelhados e Recheados (Cabrito, Leitão, Bacalhau). Folga Não tem. Preço médio por refei-ção 14 euros. Morada Estrada Nacional 2, Vermum Campo, 3510-512 Viseu. Telefone 232 452 555. Observações Casamen-tos, Baptizados, Banquetes; Res-taurante Certificado.

QUINTA DA MAGARENHAEspecialidades Lombinho Pesca-da c/ Molho de Marisco, Cabrito à Padeiro, Nacos no Churrasco. Folga Domingo ao jantar e Segun-da-feira. Preço médio por refei-ção 15 euros. Morada Nó 20 A25, Fragosela, 3505-577 Viseu. Tele-fone 232 479 106 – 232 471 109. Fax 232 479 422. Observações Parque; Serviço de Casamentos.

CHURRASQUEIRA RESTAURANTE STº ANTÓNIOEspecialidades Bacalhau à Lagareiro, Borreguinho na Brasa, Bacalhau à Brás, Açorda de Maris-co, Açorda de Marisco, Arroz de Lampreia. Folga Quarta. Morada Largo Mouzinho de ALbuquerque (Largo Soldado Desconhecido). Tele-fone 232 436 894. Observações Casamentos, Baptizados, Banque-tes, Festas.

RODÍZIO REALEspecialidades Rodízio à Brasilei-ra. Folga Não tem. Preço médio por refeição 19 euros. Morada Repeses, 3500-693 Viseu. Telefo-ne 232 422 232. Observações Ca-samentos, Baptizados, Banquetes; Restaurante Certificado.

RESTAURANTE A COCHEIRAEspecialidades Bacalhau Roto, Medalões c/ Arroz de Carqueija. Folga Domingo à noite. Morada Rua do Gonçalinho, 84, 3500-001 Viseu. Telefone 232 437 571. Ob-servações Refeições económicas ao almoço durante a semana.

RESTAURANTE CACIMBOEspecialidades Frango de Chur-rasco, Leitão à Bairrada. Folga Não tem. Preço médio por refei-ção 10 euros. Morada Rua Ale-xandre Herculano, nº95, Viseu. Telefone 232 422 894 Observa-ções Serviço Take-Away.

RESTAURANTE PINHEIRÃOEspecialidades Rodízio à Brasi-leira, Carnes e Peixes Grelhados. Folga Domingo à noite e Segunda. Sugestão do dia (Almoço): 6,50 euros almoço. Morada Urb. da Misericórdia, Lt A4, A5, Cabanões, Ranhados. Telefone 232 285 210 Observações Serviço de grupo e baptizados.

PENALVA DO CASTELOO TELHEIROEspecialidades Feijão de Espeto, Cabidela de Galinha, Arroz de Míscaros, Costelas em Vinha de Alhos. Folga Não tem. Preço mé-dio por refeição 10 euros. Mora-da Sangemil, Penalva do Castelo. Observações Sopa da Pedra ao fim-de-semana.

TONDELARESTAURANTE BAR O PASSADIÇOEspecialidades Cozinha Tradi-cional e Regional Portuguesa. Folga Domingo depois do almoço e Segunda-feira. Morada Largo Dr. Cândido de Figueiredo, nº 1, Lobão da Beira , 3460-201 Tondela. Telefone 232 823 089. Fax 232 823 090 Observações Noite de Fados todas as primeiras Sextas de cada mês.

SÃO PEDRO DO SULRESTAURANTE O CAMPONÊSEspecialidades Nacos de Vitela Grelhados c/ Arroz de Feijão, Vite-la à Manhouce (Domingos e Feria-dos), Filetes de Polvo c/ Migas, Cabrito Grelhado c/ Arroz de Miú-dos, Arroz de Vinha d´Alhos. Folga Quarta-feira. Preço médio por re-feição 12 euros. Morada Praça da República, nº 15 (junto à Praça de Táxis), 3660 S. Pedro do Sul. Tele-fone 232 711 106 – 964 135 709.

OLIVEIRA DE FRADESOS LAFONENSES – CHURRASQUEIRAEspecialidades Vitela à Lafões, Bacalhau à Lagareiro, Bacalhau à Casa, Bife de Vaca à Casa. Fol-ga Sábado (excepto Verão). Pre-ço médio por refeição 10 euros. Morada Rua D. Maria II, nº 2, 3680-132 Oliveira de Frades.

Telefone 232 762 259 – 965 118 803. Observações Leitão por encomenda.

NELASRESTAURANTE QUINTA DO CASTELOEspecialidades Bacalhau c/ Broa, Bacalhau à Lagareiro, Ca-brito à Padeiro, Entrecosto Vi-nha de Alhos c/ Arroz de Feijão. Folga Sábado (excepto p/ gru-pos c/ reserva prévia). Preço médio refeição 15 euros. Mora-da Quinta do Castelo, Zona In-dustrial de Nelas, 3520-095 Ne-las. Telefone 232 944 642 – 963 055 906. Observações Prova de Vinhos “Quinta do Castelo”.

VOUZELARESTAURANTE O REGALINHOEspecialidades Grelhada Mista, Naco de Vitela na Brasa c/ Arroz de Feijão, Vitela e Cabrito no Forno, Migas de Bacalhau, Polvo e Bacalhau à Lagareiro. Folga Domingo. Preço médio refeição 10 euros. Morada Rua Teles Loureiro, nº 18 Vouzela. Telefo-ne 232 771 220. Observações Sugestões do dia 7 euros.

TABERNA DO LAVRADOREspecialidades Vitela à Lafões Feita no Forno de Lenha, Entrecos-to com Migas, Cabrito Acompa-nhado c/ Arroz de Cabriteiro, Polvo Grelhado c/ batata a Murro. Folga 2ª Feira ao jantar e 3ª todo o dia. Preço médio refeição 12 euros. Morada Lugar da Igreja - Cambra - Vouzela. Telefone 232 778 111 - 917 463 656. Observações Janta-res de Grupo.

RESTAURANTE EIRA DA BICAEspecialidades Vitela e Cabrito Assado no Forno e Grelhado. Fol-ga 2ª Feira. Preço médio refei-ção 15 euros. Morada Casa da Bica - Touça - Paços de Vilhari-gues - Vouzela. Telefone 232 771 343. Observações Casamentos e Baptizado. www.eiradabica.com

FÁTIMARESTAURANTE SANTA RITAEspecialidades Bacalhau Espiri-tual, Bacalhau com camarão, Bacalhau Nove Ilhas, Bife de Atum, Alcatra, Linguiça do Pico, Secretos Porco Preto, Vitela. Fol-ga Quarta-feira. Preço médio refeição 10 euros. Morada R. Rainha Santa Isabel, em frente ao Hotel Cinquentenário, 2495 Fáti-ma. Telefone 249 098 041 / 919 822 288 Observações http://santarita.no.comunidades.net; Aceita grupos, com a apresenta-ção do Jornal do Centro 5% des-conto no total da factura.

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A Escola de Negócios das Beiras promove uma acção de formação so-bre Alteração na Relação Laboral – Acordo FMI troika, dia 28 de Outubro, nas suas instalações em Viseu. O objectivo da for-mação é dar a conhecer as alterações na legisla-ção laboral impostas pelo FMI e as consequências futuras nas empresas.

“O acordo com a troi-ka/FMI prevê diversas e profundas alterações à legislação laboral que terão um forte impacto no dia-a-dia dos profis-sionais desta área”, jus-tifica a escola em comu-nicado lembrando que “apesar de algumas me-didas ainda necessitarem de ser transpostas para os regulamentos nacio-nais, as suas linhas gerais já são conhecidas e serão implementadas muito brevemente, pelo que é necessário ficar desde já preparado para o que aí

vem”.A acção de formação de

sete horas vai abordar um conjunto de 12 conteúdos programáticos, entre os quais, a ainda polémica alteração de as empresas passarem a pagar menos por horas extraordiná-rias, os bancos de horas negociados directamen-te com os trabalhadores e a maior carga horária e diária e mais dias de tra-balho efectivo.

Paulo Reis, consultor de várias empresas em áreas como gestão admi-nistrativa pessoal, gestão do tempo, processamento salarial e Segurança So-cial, gestão de carreiras e direito laboral, é forma-dor desta acção de forma-ção, destinada a todos os colaboradores que queira actualizar conhecimen-tos na área.

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“Durante anos sofri de dores, mas o suplemento de glucosamina resolveu o meu problema. Estou 100% sem dores”, conta Ana Garrido que vive em Vila Nova de Gaia.

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O BioActivo Glucosamina Duplo contém sulfato de glucosamina e condroitina, dois compostos activos biológicos considerados essenciais para o bom funcionamento da cartilagem. O corpo necessita destas duas substâncias para construir e reparar a cartilagem danificada das articulações.

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O BioActivo Glucosamina Duplo é um suplemento alimentar e não substitui um regime alimentar variado. Para mais informações consulte o seu médico ou farmacêutico.

“Teria ficado muito triste se não pudesse continuar a praticar exercício, pelo que estou maravilhada por o meu fisioterapeuta ter recomendado o suplemento de glucosamina e condroitina. Estou 100% sem dores e sinto-me óptima”, afirma Ana Garrido que vive em Vila Nova de Gaia.

Durante muito tempo, Ana lutava contra as dores no joelho. As articulações do joelho estalavam e provocavam-lhe muitas dores.

Mesmo quando estava sentada, durante algum tempo no trabalho ou a ver um filme em casa, por exemplo, sentia um grande desconforto na articulação do joelho.

“O BioActivo Glucosamina Duplo resolveu os meus problemas. O desconforto foi desaparecendo lentamente e agora já não sinto dores. Este produto parece ter sido a solução,” afirma Ana Garrido de 55 anos, aliviada por poder aproveitar e ter uma vida activa novamente.

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de Defesa da Flores-ta Contra Incêndios”, dia 22 de Outubro, às 14h30, no Quartel dos Bombeiros Voluntá-rios de Santa Cruz da Trapa.

Os interessados em participar devem fa-zer a inscrição até dia 20, no Gabinete Téc-nico Florestal da au-tarquia, ou pelo email [email protected]

Formação sobredefesa da floresta

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Jornal do Centro14 | Outubro | 2011 41

Page 42: Jornal do Centro - Ed500

NECROLOGIA / INSTITUCIONAIS

NECROLOGIA

INSTITUCIONAIS

Maria do Carmo Borges Leitão Dias, 69 anos, casada. Natural de Oli-veira do Conde, Carregal do Sal e residente em Cabanas de Viriato, Carregal do Sal. O funeral realizou-se no dia 9 de Outubro, pelas 16.00 horas, para o cemitério de Cabanas de Viriato.

José Ferreira, 83 anos, casado. Natural de Nelas e residente em Fiais da Telha, Carregal do Sal. O funeral realizou-se no dia 11 de Outubro, pelas 17.00 horas, para o cemitério de Fiais da Telha.

António Nunes de Figueiredo, 82 anos, viúvo. Natural de Oliveira do Conde, Carregal do Sal e residente em Vila Meã, Carregal do Sal. O funeral realizou-se no dia 13 de Outubro, pelas 16.00 horas, para o cemitério de Vila Meã.

Agência Funerária São BrásCarregal do Sal Tel. 232 671 415

Jorge Manuel Dias Duarte, 53 anos, casado. Natural de São Joani-nho, Castro Daire e residente em Moure de Madalena, Campo, Viseu. O funeral realizou-se no dia 7 de Outubro, pelas 16.00 horas, para o cemitério de São Joaninho.

Maria da Luz Silva Ribeiro, 53 anos, viúva. Natural e residente em Pereira, Pinheiro, Castro Daire. O funeral realizou-se no dia 12 de Outubro, pelas 9.15 horas, para o cemitério de Pereira.

Agência Funerária Amadeu Andrade & Filhos, Lda.Castro Daire Tel. 232 382 238

José de Almeida, 82 anos, viúvo. Natural de Parada de Ester, Cas-tro Daire e residente em Ester de Cima, Castro Daire. O funeral re-alizou-se no dia 10 de Outubro, pelas 17.00 horas, para o cemitério de Ester.

Agência MorgadoCastro Daire Tel. 232 107 358

Natália de Jesus, 93 anos, viúva. Natural e residente em Almeidinha, Mangualde. O funeral realizou-se no dia 8 de Outubro, pelas 10.30 horas, para o cemitério de Mangualde.

Benjamim Pinheiro, 87 anos, casado. Natural e residente em Corva-ceira, Chãs de Tavares, Mangualde. O funeral realizou-se no dia 9 de Outubro, pelas 16.00 horas, para o cemitério de Corvaceira.

Artur Pais de Figueiredo, 85 anos, casado. Natural de Almeidinha, Mangualde e residente em Mangualde. O funeral realizou-se no dia 13 de Outubro, pelas 15.00 horas, para o cemitério de Mangualde.

Ana Maria Monteiro Nunes, 54 anos. Natural e residente em Mangualde. O funeral realizou-se no dia 13 de Outubro, pelas 16.30 horas, para o cemitério local.

Agência Funerária Ferraz & AlfredoMangualde Tel. 232 613 652

Ana da Piedade António, 61 anos, casada. Natural de Trancozelos, Penalva do Castelo e residente em Cubos, Mangualde. O funeral re-alizou-se no dia 11 de Outubro, pelas 17.30 horas, para o cemitério de Trancozelos.

Agência Funerária PaisMangualde Tel. 232 617 097

Celeste Tavares Ferreira, 75 anos, casada. Natural e residente em São João da Serra, Oliveira de Frades. O funeral realizou-se no dia 11 de Outubro, pelas 16.00 horas, para o cemitério de São João da Serra.

Agência Funerária Figueiredo & Filhos, Lda.Oliveira de Frades Tel. 232 761 252

Fernando Alcino Fernandes Carneiro, 45 anos, casado. Natural de Vieira do Minho e residente em Queirela de Bodiosa. O funeral re-alizou-se no dia 7 de Outubro, pelas 17.45 horas, para o cemitério de Bodiosa.

Agência Funerária Loureiro de Lafões, Lda.S. Pedro do Sul Tel. 232 711 927

2ª Publicação

(Jornal do Centro - N.º 500 de 14.10.2011)

2ª Publicação

(Jornal do Centro - N.º 500 de 14.10.2011)

2ª Publicação

(Jornal do Centro - N.º 500 de 14.10.2011)

Maria de Lurdes Baptista Ferreira, 64 anos, casada. Natural e resi-dente em Fragosela, Viseu. O funeral realizou-se no dia 7 de Outubro, pelas 16.00 horas, para o cemitério de Fragosela.

Manuel Lopes, 76 anos, viúvo. Natural de Fragosela, Viseu e residen-te em Prime, Viseu. O funeral realizou-se no dia 7 de Outubro, pelas 17.30 horas, para o cemitério de Prime.

João António Miguel de Oliveira, 41 anos, solteiro. Natural e residen-te em Ranhados, Viseu. O funeral realizou-se no dia 8 de Outubro, pelas 17.30 horas, para o cemitério velho de Ranhados.

Agência Funerária D. DuarteViseu Tel. 232 421 952

Pedro José Gonçalves, 57 anos, viúvo. Natural de São Sebastião, Pe-dreiras, Lisboa e residente em Viseu. O funeral realizou-se no dia 6 de Outubro, pelas 16.00 horas, para o cemitério novo de Viseu.

Fernanda Lopes Duarte, 87 anos, viúva. Natural de Orgens e residen-te em Póvoa de Abraveses. O funeral realizou-se no dia 6 de Outubro, pelas 17.00 horas, para o cemitério velho de Abraveses.

Idálio Esteves, 77 anos, casado. Natural de Orgens e residente em Quintela de Orgens. O funeral realizou-se no dia 8 de Outubro, pelas 17.00 horas, para o cemitério de Orgens.

José Luís Sanches Gracia, 70 anos, casado. Natural de Madrid e re-sidente em Viseu. O funeral realizou-se no dia 10 de Outubro, pelas 10.00 horas, para o cemitério novo de Viseu.

Virgílio da Costa de Figueiredo, 76 anos, casado. Natural de Orgens e residente em São Martinho de Orgens. O funeral realizou-se no dia 11 de Outubro, pelas 17.00 horas, para o cemitério de Orgens.

Maria Gracinda Machado Soares, 61 anos, solteira. Natural e resi-dente em Viseu. O funeral realizou-se no dia 12 de Outubro, pelas 15.00 horas, para o cemitério de Sátão.

Alberto Fragoso Moiteiro, 84 anos, casado. Natural de Penha França, Lisboa e residente em Viseu. O funeral realizou-se no dia 12 de Ou-tubro, pelas 16.00 horas, para o cemitério novo de Viseu.

Isaulina Gastão Franco Farmhouse, 61 anos, viúva. Natural de Ango-la e residente em Viseu. O funeral realizou-se no dia 14 de Outubro, pelas 16.00 horas, para o cemitério novo de Viseu.

Agência Funerária Decorativa Viseense, Lda.Viseu Tel. 232 423 131

1ª Publicação

(Jornal do Centro - N.º 500 de 14.10.2011)

Jornal do Centro14 | Outubro | 201142

Page 43: Jornal do Centro - Ed500

clubedoleitorJornal do Centro - Clube do Leitor, Rua Santa Isabel, Lote 3, R/C, EP, 3500-680 Repeses, Viseu.Ou então use o email: [email protected] As cartas, fotos ou artigos remetidos a esta secção, incluindo as enviadas por e-mail, devem vir identificadas com o nome e contacto do autor.O semanário Jornal do Centro reserva-se o direito de seleccionar e eventualmente reduzir os originais. Não se devolvem os originais dos textos, nem fotos.

DEscreva-nos para:

FOTOS DA SEMANA

HÁ UM ANO

Rali Mortágua 2010

Publicidade

16 e 17 de Outubro

O Rali de Mortágua, sétima

prova do Campeonato de Por-

tugal de Ralis, pode decidir as

contas do título absoluto de

pilotos em 2010.

Na produção, R icardo

Moura chega a Mortágua

com o título no bolso, mas no

Campeonato de Duas Rodas

Motrizes (CPR2), Mortágua,

quinta prova do campeonato,

o fim-de-semana pode trazer

decisões importantes nesta

classe.Bernardo Sousa, a duas

provas do final da tempora-

da de ralis, está na primeira

linha entre os favoritos à vi-

tória em Mortágua, e também

no campeonato. O piloto ma-

deirense pode mesmo chegar

ao título nacional, caso vença

e Vitor Pascoal, actual segun-

do, por exemplo, não pontue

este fim-de-semana.

À espreita de chegar à lide-

rança está também Ricardo

Moura. Com o título da Pro-

dução, e também dos Açores,

já conseguidos, uma vitória

em Mortágua pode deixar o

piloto açoreano na corrida ao

título absoluto.

Tudo para conferir este sá-

bado, 16 e domingo, 17, num

rali mais uma vez organiza-

do pelo Clube Automóvel do

Centro.

Uma prova que, estrutural-

mente, mantém o figurino de

2009 no que diz respeito aos

troços escolhidos para as es-

peciais de classificação: sá-

bado, dia 16, há dupla passa-

gem pelas classificativas de

Mortágua e Buçaco, termi-

nando o dia com a Super Es-

pecial, em Mortágua.

Domingo, nova dupla pas-

sagem, mas pelos troços de

Carapinhal e Espinho.

Quanto ao Regional Cen-

tro, que vai decidir o campeão

em Mortágua, os pilotos fa-

zem apenas a Super Especial

e os troços de Domingo.

Campeonato de Portugal de Ralis

Mortágua pode consagrar

o novo Campeão Nacional

Nacional de Ralis ∑ José Pedro Fontes é o grande ausente Regional Ralis Centro ∑ Campeão vai sair de Mortágua

textos e fotos ∑ Gil Peres

DR

SUPLEMENTO

∑ O projecto de seis milhões de euros do grupo Nutroton está em fase

de teste e inicia produção em Novembro, na Zona Industrial da Adiça

Pub

licid

ade

pág. 02

pág. 06

pág. 07

pág. 08

pág. 12

pág. 15

pág. 18

pág. 20

pág. 23

pág. 24

pág. 26

pág. 27

UM JORNAL COMPLETO

> PRAÇA PÚBLICA

> ABERTURA

> À CONVERSA

> REGIÃO

> NEGÓCIOS

> DESPORTO

> CULTURAS

> SAÚDE

> RESTAURANTES

> CLASSIFICADOS

> NECROLOGIA

> CLUBE DO LEITOR

| Telefone: 232 437 461 · Fax: 232 431 225 · Bairro S. João da Carreira, Rua Dona Maria Gracinda Torres Vasconcelos, Lt 10, r/c . 3500 -187 Viseu · [email protected] · www.jornaldocentro.pt |

S E M A N Á R I O D A

REGIÃO DE VISEU

DIRECTOR

Pedro Costa

Semanário

15 de Outubro de 2010

Sexta-feira

Ano 9

N.º 448

1,00 Euro

(IVA 5% incluído)

SAP de Cinfães

População disposta

a avançar com

manifestação

contra fecho

durante a noitepágina 11

| página 6

Distribuído com o Expresso. Venda interdita.

Tondela recebe

a primeira central

de biomassa animal

Nesta edição

Suplemento Rali de Mortágua

e Especial Caça

gáguudde OutubroOutubro

cono N

Ralis Cent

especial CaçaA caça é considerada por muitos uma paixão e uma tradição. Na realidade, e ainda que em outros moldes, a caça faz

parte da natureza do ser humano, que recorria a ela para se alimentar. Hoje em dia esta prática faz-se pela aventura e pelo

convívio com a natureza.Mas se ainda não for caçador e estiver a pensar nisso, o Jornal do Centro diz-lhe quanto pode custar comprar os diversos

materiais necessários à caça.Em Vila Nova de Paiva, a loja Armicana está aberta ao público desde há cinco anos e disponibiliza todos os equipamentos

que pode adquirir para se tornar um verdadeiro caçador.

Arma

Depois da licença de caça e de uso e porte de arma, um caçador tem que comprar a sua arma.

Existem para todas as bolsas, de vários modelos e marcas e os preços variam. Com um investimento que ronda

os mil euros, um caçador pode levar para casa uma arma de qualidade mediana e que dura muitos anos.

No entanto, Paulo Loureiro, da Armicana, diz que “há armas que podem chegar a custar 50 mil euros” e que

“no distrito há pessoas com colecções muito interessantes”.

Munições

Sem munições para a arma é impossível caçar. Uma caixa com 25 cartuchos de caça custa, em média, cerca de

sete euros e meio. “Esta quantidade dá perfeitamente para um dia de caça”, esclarece Paulo Loureiro.

Equipamento pessoal

No equipamento pessoal estão incluídas as botas, casaco, o colete e a cartucheira, bem como outro material

que pode ou não ser adquirido.As botas devem ser feitas em material impermeável e ter uma sola que combata o stress do pé. Podem custar

entre 40 e 300 euros, dependendo da qualidade.

Já os casacos e calças a levar para um dia de caça devem ser feitos, também eles, de material impermeável e

confortável. Um casaco pode custar entre os 30 e os 400 euros e umas calças entre 25 e 150 euros.

Depois, o colete, uma boa faca de mato e umas luvas. São dispensáveis para uns e indispensáveis para outros.

Os preços variam conforme a qualidade e durabilidade do equipamento.

textos e fotos ∑ Raquel Rodrigues

Coelho-bravo e LebreTerreno OrdenadoDe 5 de Setembro a 31 de De-zembro de 2010Terreno não OrdenadoDe 3 de Outubro a 30 de No-vembro de 2010

Raposa e Saca-RabosTerreno OrdenadoDe 3 de Outubro de 2010 a 28 de Fevereiro de 2011 Terreno não OrdenadoGeralDe 3 de Outubro a 30 de De-zembroEditalDe 1 de Janeiro a 27 de Feve-reiro de 2011

Perdiz-vermelha e FaisãoTerreno OrdenadoDe 3 de Outubro de 2010 a 31 de Janeiro de 2011Terreno não OrdenadoDe 3 de Outubro a 30 de De-zembro de 2010

Pombo-da-rochaTerreno OrdenadoDe 22 de Agosto a 31 de De-zembro de 2010Terreno não OrdenadoGeralDe 3 de Outubro a 30 de De-zembro de 2010EditalDe 22 de Agosto a 30 de Se-tembro de 2010

Pega-rabuda e Gralha-pretaTerreno OrdenadoDe 22 de Agosto a 28 de Feve-reiro de 2011Terreno não OrdenadoGeralDe 3 de Outubro a 30 de De-zembro de 2010EditalDe 5 a 30 de Setembro de 2010 e de 1 de Janeiro a 27 de Fevereiro de 2011

Pato-real, Marrequinha, Pato-trombeteiro, Arra-bio, Piadeira, Zarro-co-mum, Negrinha, Galeirão, Galinha-d’águaTerreno OrdenadoDe 22 de Agosto de 2010 a 20 de Janeiro de 2011Terreno não OrdenadoGeralDe 3 de Outubro a 30 de De-zembro de 2010EditalDe 22 de Agosto a 30 de Se-tembro de 2010 e de 1 a 20 de Janeiro de 2011

Tarambola-douradaTerreno OrdenadoDe 1 de Novembro de 2010 a 20 de Janeiro de 2011Terreno não OrdenadoGeralDe 1 de Novembro a 30 de Dezembro de 2010EditalDe 1 a 20 de Janeiro de 2011

GalinholaTerreno OrdenadoDe 1 de Novembro de 2010 a 13 de Fevereiro de 2011Terreno não OrdenadoGeralDe 1 de Novembro a 30 de Dezembro de 2010EditalDe 1 de Janeiro a 13 de Feve-reiro de 2011

Rola-comumTerreno OrdenadoDe 22 de Agosto a 30 de Se-tembro de 2010Terreno não OrdenadoEditalDe 22 de Agosto a 30 de Se-tembro de 2010

CodornizTerreno OrdenadoDe 5 de Setembro a 28 de No-vembro de 2010Terreno não OrdenadoGeralDe 3 de Outubro a 28 de No-vembro de 2010EditalDe 5 a 30 de Setembro de 2010

Pombo-bravoTerreno OrdenadoDe 1 de Novembro de 2010 a 20 de Fevereiro de 2011Terreno não OrdenadoGeralDe 1 de Novembro a 30 de Dezembro de 2010EditalDe 1 de Janeiro a 20 de Feve-reiro de 2011

Pomba-torcazTerreno OrdenadoDe 22 de Agosto de 2010 a 20 de Fevereiro de 2011Terreno não OrdenadoGeralDe 1 de Novembro a 30 de Dezembro de 2010EditalDe 22 de Agosto de 2010 a 20 de Fevereiro de 2011

Tordo-comum, Tordo-ruivo, Tordeia, Estorni-nho-malhado, Narceja-co-mum, Narceja-galegaTerreno OrdenadoDe 1 de Novembro de 2010 a 20 de Fevereiro de 2011Terreno não OrdenadoGeralDe 1 de Novembro a 30 de Dezembro de 2010EditalDe 1 de Janeiro a 20 de Feve-reiro de 2011

Javali, Gamo, Veado, Cor-ço, MuflãoTerreno OrdenadoDe 1 de Junho de 2010 a 31 de Maio de 2011Terreno não OrdenadoEditalDe 1 de Junho de 2010 a 31 de Maio de 2011

CALENDÁRIO VENATÓRIO

Jornal do Centro15 | Outubro | 2010

16

Maria do Carmo Bica,

presidente da Associação de

Desenvolvimento Rural

de Lafões | páginas 8

“A região

de Lafões

já é muito

procurada por

espanhóis”

À conversa

RegiãoPresidente da

República inaugura

Centro Educativo

do Norte em

Santa Comba Dãopágina 10

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deirense pode mesmo g

ao título nacional, caso vença

e Vitor Pascoal, actual segun-

do, por exemplo, não pontue

este fim-de-semana.

À espreita de chegar à lide-

rança está também Ricardo

Moura. Com o título da Pro-

dução, e também dos Açores,

já conseguidos, uma vitória

em Mortágua pode deixar o

piloto açoreano na corrida ao

título absoluto.

Tudo para conferir este sá-

bado, 16 e domingo, 17, num

rali mais uma vez organiza-

do pelo Clube Automóvel do

Centro.

Uma prova que, estrutural-

mente, mantém o figurino de

2009 no que diz respeito aos

troços escolhidos para as es-

peciais de classificação: sá-

bado, dia 16, há dupla passa-

gem pelas classificativas de

Mortágua e Buçaco, termi-

nando o dia com a Super Es-

pecial, em Mortágua.

Domingo, nova dupla pas-

sagem, mm pe os troços troçelos troçelos tropelos troçs troçpelos troçpelos troçelos troo t oçelos trtroçm pelos troçlos tloos troçelos trelos troelloelos tromaaasss pepelos troçmaaasss pelospeellopelos trommaaasss pelommaaa

os dos dos dos ddos dss ddos dososss dos dss ddddoos d

Carapinapinhin al e Espinhal e Espinhe Espinhoe Espinho.spipie Espinhp nhonhopinhonhhEspinhoal e Espinho.EEspinho.pial e Espinhho

nhhhall EspinhEssspnhhhha e Espinspp nhoonnhhhhaa Espinnhhoonnhhhha Esnnhhhha

QQuaua to ao Regional aao Regi ao Regio ao Regiona

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DDDeDeDepois, o epois, o cDepois, o cDepoisDepois, o coleloletetolete umolete, uumDDepois, o coleteetl e umDDDepois,oi co umummDepois, o coleteDepoisDe o co eete, ue, uummummet umummumtteee,, uuummmma boa faca boa faca de mato ea boa faca de mato efoa fafaca de mato eca dea de mato eto ea boaa baa boa faca da aca de ma boa facaa boa faaa bboa faa boa facaooaa faca dffaca daca de mca de mato ea a boa facboa facboa faoaoa faa de eoa faca oa fa de de mato eeee umumasas ls luuvuvuvavasvas. vas. SSSão didisãs llluu uv Sããomas oo um Sããoom s lu as SãããoooSãããoooo pensáveis para uns e indispensáveis para outros.

Os preços varOOsOs preçoOs preços vapreços vapreços vreçoreços vs çeçs preços vpreços vos variamreços vari m coiam conO ppreço ri m conconcoOs preços variOs preços vas reçOs preços i m conriamriamriamam coOOs arriam iiaam conmm cononO arriaaariam concocoonpreços variam coeços vaeço amos variam cocooo forme a qualrme a qualime a qualme a qume a quarme a quaforme a qualididaaadadeade e dade e de eforme a qualrmerme erme a quaorforme a qualidafforforme a qualie d e f me a qume a qu liffoororm li dme a uaa ualua de ddd daddeade e de dd eqququida edu adede doo eqdurab lidaduurabiill ad eurababiurabilidlid ddo eeqddurrabilabilli dooo eduraabilidabbiliddadadaaddde dooo eebilli aad oo eeoo eeqq pamento.

De 5 a 30 de Setembro de 2010 e de 1 de Janeiro a 27 de Fevereiro de 2011

Pato-real, Marrequinha, Pato-trombeteiro, Arra-bio, Piadeira, Zarro-co-mum, Negrinha, Galeirão, Galinha-d’água

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Terreno OrdenadoDe 22 de Agosto de 2010 a 20 de Janeiro de 2011Terreno não OrdenadoGeralDe 3 de Outubro a 30 de De-zembro de 2010EditalDe 22 de Agosto a 30 de Se-tembro de 2010 e de 1 a 20 deJaneiro de 2011

Tarambola-douradaTerreno OrdenadoDe 1 de Novembro de 2010 a 20 de Janeiro de 2011Terreno não OrdenadoGeralDe 1 de Novembro a 30 de Dezembro de 2010EditalDe 1 a 20 de Janeiro de 2011

Terreno não OrdeGeralDe 1 de Novembro aDezembro de 2010EditalDe 22 de Agosto de 2de Fevereiro de 2011

Tordo-comum, Toruivo, Tordeia, Estnho-malhado, Narmum, Narceja-galeTerreno OrdenadoDe 1 de Novembro de20 de Fevereiro de 20Terreno não OrdenGeralDe 1 de Novembro a 3Dezembro de 2010EditalDe 1 de Janeiro a 20 dereiro de 2011

Javali, Gamo, Veadoço, MuflãoTerreno OrdenadoDe 1 de Junho de 2010 aMaio de 2011Terreno não OrdenaEditalDe 1 de Junho de 2010 aMaio de 2011

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Praga de pombas

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moradores∑ Queixosos falam em “caso de saúde pública” junto aos semáforos

da Avenida Infante D. Henrique, em Viseu

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EDIÇÃO 448 | 15 DE OUTUBRO DE 2010

∑ O grupo Nutroton anunciou a construção da primeira central de biomassa animal do país, em Tondela. O projecto de seis milhões de euros lo-caliza-se na Zona Industrial da Ediça.

∑ A Associação de Desenvolvimento Rural Dão Lafões (ADRL) lançou o projecto “Viajando por Besanas” que visa criar pacotes turísticos para a região através de uma parceria com Espanha.

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Resido no Centro Histórico de Viseu desde 1973A minha casa situa-se

num lugar aprazível, na en-costa da Sé, com uma vista fabulosa para o Campo de Viriato, montes de Santa Luzia e Crasto. Como se-não tem o barulho provo-cado pelas festas nocturnas dos estudantes, e o provo-cado anualmente pela Fei-ra de São Mateus. Este ter-minava à meia-noite, muito raramente ultrapassando esta hora. Mas era um ba-rulho aceitável e pouco in-cómodo. Aqui faço uma referência muito especial ao Sr. Jorge Carvalho, que sempre se empenhou em que todo o ruído produzi-do, fosse ele das diversões, ou da aparelhagem sonora disseminada por todo o re-cinto, tivesse limites acei-táveis. Tinha expectativas que o novo presidente da Expovis, tivesse o mesmo respeito para com todos os moradores na zona envol-

vente da Feira de S. Mateus. Além de tal não ter aconte-cido, ainda coloca um novo palco sobre o chamado es-pelho de água, onde eram dados espectáculos de DJ s, às quintas, sextas e sá-bados, algumas vezes até às 3 Horas. O barulho, que de música não tinha nada, era ensurdecedor e foram noites perdidas sem des-canso. Julgava eu que se-

ria apenas na primeira se-mana. Grande erro. Isto sucedeu durante toda a Feira. Uma noite telefonei para o secretariado a quem expus as minhas queixas. Foi-me dada toda a razão, mas, num tom com laivos de ironia, a funcionária respondeu que tinham li-cença de ruído. Também mal feito fora não a terem, sendo a Câmara a princi-

pal accionista da Expovis. Ignoro se nos anos vindou-ros tal façanha se repeti-rá. Mas espero que, a bem da sanidade mental dos vi-seenses, isso não aconteça. Será que o tão propalado aumento de visitantes teve algo a ver com estes tristes espectáculos? Tenho sérias dúvidas. E será que as des-pesas foram compensadas pelos bilhetes vendidos? Também tenho as minhas dúvidas. Senhor Director, é um desabafo longo, mas espero que com a ajuda de V. Ex.” os administra-dores da Expovis se cons-ciencializem de que, ape-sar de todo o publicitado êxito do certame, este não pode, nunca, ser consegui-do à custa do sacrifício das pessoas que moram junto à freira, algumas já de ida-de muito avançada.

João Carlos Peres Lopes

Esta rubrica está aberta à participação dos leitores. Submeta a sua denúncia para [email protected]

Dias e dias sem ser recolhido. O contentor está cada vez mais cheio e ninguém o vem recolher há muito tempo, ao ponto do lixo se começar a espalhar pela estrada onde passam os carros. Travassós de Cima, Viseu.

Natacha Fernandes

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Jornal do Centro14 | Outubro | 2011 43

Page 44: Jornal do Centro - Ed500

A Comissão de Utentes (CU) Contra as Portagens na A25, A23 e A24 promo-ve esta sexta-feira uma via-gem entre Viseu e Aveiro pela EN 16, com veículos pesados. Segundo os or-ganizadores “é a única via transitável” para as viatu-ras de maior porte, como alternativa à A25. Com esta viagem a comissão - que vai levar um autocar-ro e um ou mais camiões pesados - quer mostrar ao país as localidades e ou-tros pontos críticos, devi-do à estreiteza da via: “Não ficarão dúvidas. O Go-verno não mediu bem as consequências”, sublinhou Francisco Almeida.

Na segunda-feira passa-da a CU realizou um pro-testo junto à Loja do Cida-dão, em Viseu, onde colo-

cou uma faixa a apelar à luta e ao protesto. A faixa foi colocada junto ao gui-chet onde são vendidos os “chips” que permitem passar nos futuros pórticos de cobrança das taxas, que vão ser ataviados durante o mês de Outubro.

O protesto surgiu a meio de uma recolha de assinatu-ras para enviar ao primeiro-ministro no sentido de sen-sibilizar Pedro Passos Coe-lho para os prejuízos que as populações e as empresas do interior do país vão ter com a medida.

Na mira da comissão está igualmente a ausên-cia de alternativas a estas SCUT, actualmente sem custo para o utilizador, que vão passar a auto-estradas com cobrança imediata, “obrigando milhares de

camiões pesados a usar as alternativas, que vão criar o caos”.

O protesto no interior da Loja do Cidadão só ter-minou após um oficial da PSP, à civil, acompanhado de dois agentes de unifor-me, ter estado no local a falar com os elementos da comissão. Nas imediações da Loja do Cidadão estava ainda uma viatura da PSP, com cerca de uma dezena de elementos no seu inte-rior, que não chegou a des-locar-se ao local.

Francisco Almeida, su-blinhou que a CU vai “in-tensificar os protestos”. Os buzinões, marchas lentas e novas recolhas de assina-turas seguem-se nos pró-ximos dias.

Emília Amaral / Lusa

JORNAL DO CENTRO14 | OUTUBRO | 2011Impresso em papel que incorpora 30 por cento de fibra reciclada, com tinta ecológica de base vegetal

Hoje, dia 14 de Outubro, tempo limpo. Temperatura máxima de 30ºC e mínima de 13ºC. Ama-nhã, 15 de Outubro, tempo limpo. Temperatura máxima de 28ºC e mínima de 10ºC. Domingo, 16 de Outubro, tempo limpo. Temperatura máxima de 26ºC e mínima de 8ºC. Segunda, 17 de Outubro, pouco nublado. Temperatura máxima de 23ºC e mínima de 6ºC.

tempo: sol

Olho de Gato

Joaquim Alexandre [email protected]

Petróleo

Desde que Raul Solnado descobriu petróleo no Beato que, ciclicamente, se fala desse jackpot no subsolo pátrio. O assunto, de quando em vez, invade a conversa nos media, nos barbeiros, nos táxis e demais ajuntamentos públicos, e põe as pessoas a sonhar.

E se, por baixo dos pés que caminham em Al-jubarrota e Torres Vedras, jazessem, de facto, 486,8 milhões de barris de petróleo conforme a estimativa da Mohave Oil & Gas, a empresa ca-nadiana que tem andado por lá a fazer buracos?

Que me lembre, esta sorte grande com cheiro a crude foi falada pela última vez há dois anos. Dizia-se na imprensa, em 2009, que Joe Berardo ia investir forte na Mohave. Coisa congruente: o homem tem jeito para a mineração, até achou um filão no Centro Cultural de Belém sem esca-rafunchar o chão.

Era bom, sem dúvida, achar-se petróleo em Portugal mas esse achamento, como tudo, tam-bém teria os seus problemas. Um deles é conhe-cido como “doença holandesa”. Quando, nos anos de 1960, a Holanda começou a vender em força gás natural proveniente do Mar do Norte, a sua moeda, o florim, valorizou-se muito o que fez com que as exportações holandesas perdes-sem competitividade. Uma riqueza que virou po-breza, a mostrar como o mundo é complicado.

A Noruega, que fica ainda mais lá para cima numa latitude cheia de “ética protestante”, apli-ca as receitas do petróleo num fundo cheio de cuidados éticos e preocupado em salvaguardar as gerações futuras.

Mesmo que apareça petróleo debaixo de Alju-barrota, não se fique com muitas expectativas. As nossas elites são predadoras e corruptas. Bas-ta lembrar o que elas fizeram com o “petróleo” dos fundos comunitários e das privatizações. Se a Mohave acertar no sítio, vamos ter a “doença holandesa”, mas não a “ética norueguesa”.

http://twitter.com/olhodegatohttp://joaquimalexandrerodrigues.blogspot.com

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Viseu ∑ Contra as portagens Comissão convida a viajar pelo “caos” da EN16

Comissão “intensifica” protestos

Sábado, 15Viseu∑ A Confraria de Saberes e Sabores da Beira “Grão Vasco”, em conjunto com a Associação Comercial do Distrito e a Confraria dos Enófilos do Dão realiza a VIII edição da Festa da Sopa, no pavilhão Multiusos de Viseu, a partir das 16h00. Os participantes na festa vão poder apreciar mais de 30 variedades de sopas, confeccionadas por 22 restaurantes da região.

Segunda, 17Viseu∑ A embaixada da Polónia, no âmbito da presidência polaca da União Europeia, promove em Viseu a conferência “O Futuro da Política de Coesão e o Desenvolvimento regional”, a partir das 10h00, no Hotel Montebelo. A conferência decorre durante a manhã. A sessão de abertura contará com a embaixadora da República da Polónia em Lisboa, com o secretário de Estado da Economia, António Almeida Henriques e o presidente da Câmara de Viseu, Fernando Ruas.

agenda∑

808 20 40 20 HORÁRIO DA LINHA DE ATENDIMENTOSEG. A SEX. 9H ÀS 22H/SÁB. 10H ÀS 13H

WSI VISEUR. Dr. António José de almeida, nº 52 - r/c

3510-042 viseu (em frente à segurança social)

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o Aprende e diznão à crise!

A Faixa colocada junto ao guichet onde são vendidos “chips” na Loja do Cidadão

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