JORNAL DO BRASIL MCTO CAI NO GALEÃO: 13 MORTOS

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JORNAL DO BRASILRio dc Janeiro — Tcrça-ícira, 21 dc agosto cie 19'32 Ano LXII — N° 194

MCTO CAI NO GALEÃO: 13 MORTOS

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O TREM DE POUSO FICOU NA PISTA

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O PP-PDT deixou nu pista us dois pneumáticos de sen trem de pouso. O piloto fêz tudo para o avião parar

UM SOBREVIVENTE ,,

Os bombeiros salvaram mtrilos. Outros, populares ajudaram a escapar. Mas 20; desapareceram

JUNTO À PONTE DO GALEÃO

O DC-8 da Panair do Brasil, cie prefixo PP-PDT,pilotado pelo Comandante Lacerda, caiu na Bai;.da Guanabara, ontem à noite, cm chamas, instante,após decolar, às 22h03m, do Aeroporto do Galeão,com 93 passageiros e onze tripulantes a bordo.

Treze pessoas morreram, segundo levantamentooficial divulgado às 2 horas de hoje, Todos os mor-tos estão no Hospital da Aeronáutica — entre èlcsa aeromoça Fernanda Fortunata, de 25 anos, mo-rena, que morreu queimada, e o menino MarceloCastro, de alguns meses de idade, neto do DeputadoJosué de Castro.

Outros mortos são a funcionária Luzia Costa,da Panair, o funcionário José Luis Araújo, de 52anos, também da Panair, Maria Leite, filha doAlmirante Jorge Leite, Hélio Duarte de Meneses,Carlos Maria de Araújo, Jordânia Iossif, Gentil Cc-valho e Rômulo Macurso. Três corpos ainda nãoíoram identificados. O Deputado Josué de Castro eseus familiares, exceto Marcelo, e o Almirante JorgeLeite salvaram-se.

20 desaparecidos

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Há 20 pessoas peUTmenosdesaparecidas. Na madruga-da de hoje, um bombeirodisse ter visto oito corpos nafuselagem do avião.

O avião procedia de Bue-nos Aires e levava passagei-ros para Lisboa e Paris, in-clusive os delegados sovié-ticos ao Congresso de.Ferti-lidade que se reuniu no Rio.Um dos sobreviventes contouque o Comandante Lacerdaíêz reversão dos motores aoperceber que ganhava altu-ra muito lentamente. A ma-nobra, no entanto, não secompletou a tempo de im-pedir o choque da íusela-gem com a cerca do terre-no onde ficam os terminaisde depósitos de combustível.

Esparramou-se gasolina equerosene pela pista. Oavião largou uma de suasturbinas e caiu na água, jáincendiado. A cor rentezaümpurrou-o para perto daIlha Raimundo, onde per-maneceu queimando até às23 horas. No momento daqueda, as labaredas subirama 60 metros c o clarão íoivisto a um quilômetro dedistância.SOCORROS

Dezenas de pessoas logose atiraram na água para

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Centenas dc pessoas se ajttnturam para ver o desastre. O avião caiu ao longe, onde estão as luzes

recolher os sobreviventes. OSr. Salim Nacur, passagei-ro, disse ter ouvido uma cx-plosão na turbina do ladodireito; salvou-se nadando.Da mesma íorma escaparamNagib Emir, João Cruz, suamulher Hélia Cruz (apren-deram a nadar na hora, se-gundo disseram), Maria Ro-sa Taboada Pinheiro e suafilha Maria Teresa, Inaia dePaiva Coelho (cunhada doex-Ministro do Trabalho,Alírio Sales Coelho, que es-tava no Aeroporto), sua íi-lha Maria Alaíce, o Almi-rante Jorge Leite e todos osfuncionários de uma comis-são do Instituto Nacional doPinho.

A Sr.a Inaia de Paiva Coe-lho sofreu fratura de coste-las e íoi atendida no Hospi-tal do Galeão, seguindo,mais tarde, para o HospitalSousa Aguiar. Outros pas-sageiros íoram salvos porvoluntários: só o motoristaLuís José da Silva, que pas-sava pela ponte do Galeãoquando viu o desastre, con-seguiu salvar três. O bom-beiro Roberto "Wilson Mo-reira trouxe um dos pilotos,duas mulheres e uma crian-ça. Entre as pessoas salvasfigura toda a família (qua-tro .pessoas) do Sr. JoséCastanheira, Presidente daPortuguesa.

Segundo se informou noGaleão, o mesmo avião so-írerA um acidente, recente-mente, em Assunção. O vôodas 23 horas, da Varig, foisuspenso. Cinco balsas daAeroná u 11 c a procuraram,desde o início, apagar o que-rosene que se espalhava pe-la superfície da baía.

O Comandante Renato La-cerda César, após ser medi-cado no Hospital da Acro-náutica (ferimentos leves

na perna) afirmou ao JOJR-NAL DO BRASIL que eslavano comando durante a dr-colagem e sentiu "que oavião não queria subir".

O Hospital da Acronáuti-ca mobilizou 20 médicos eoito ambulâncias para aten-der aos feridos que chega-ram desde às 22h45m. Ou-tros feridos foram levado?;para os hospitais PaulinoWenuck (Governador >,Sousa Aguiar (três ambu-lâncias) c Getúlio Vargas(quatro ambulâncias).

Embarcaram no Galeão 73passageiros1

Para Lisboa — AlmiranteJorge Leite, Iolanda Leite,Maria Cristina Leite, InaliaCoelho, Maria Alice Coelho,João Cruz, Lídia Cruz, JorgeBrito, Fróis Fonseca e suaesposa; Inga Hagcmeistcr,Luis Araújo, Francisco Costae Luzia Costa, Fieb Matos,Helda Botão, Maneei Botão.Elisa Tavares, Rosa Pinhci-ro, Fernando Bouchard,Paulo Bouchard e MarceloCastro.

Co?.t destino a Paris —Deputado Josué de Castro,Glauce Castro, Maria CastroMara Castro, Cláudio Car-nciro, Maria Carneiro, Pro-íessor Magcndie, SenhoraMagendie, Lueber Bischoíf,Helga Bischoíf, Ernesto Sil-va, Dina Silva, Luís Lima,Maurício Rubinstein, Johan-son Doran, Amauri Cardoso,Coníaloniri, Lankovist, Cher-vakova, Gostridetz, Rhu..-nanniyas, Agaranov, Kusnc-tova, Fordanija.

Para Londres — WilliamKup, Alberto Vaz, RafaelElias, Peter Santos, NagibElawar, Salim Nacur, LuísLobato, Osvaldo Lobato, Ni-colas Santos, Erminio Ticia-no, Hélio Meneses, José Cer-cato, Cürt; Hagnam, AníbalCevalios e esposa; José Ale-x and ré, Bcrtiliu Wiltgcn,Bertoldo Michele, HenriqueBastos, Rômulo Mancurso,José Barbosa, Rosa Meneses,Orlandine Michèle, Anita,Alexandre, Malvina Mancur-so, Pegi Barbosa e LuisFrancisco..

Foram socorridos no Hos-pitai Sousa Aguiar o CapitãoOrlando Seco, Comandanteda Primeira Zona dos Bom-beiros, de São Paulo, Andrée Carmem Blay, residente..em Barcelona, Ernesto Silva,ex-Prefeito de Brasília, DináMaria Pais e Luis Lima, to-dos passageiros cm trânsito.

Os tripulantes do a v 1 á oeram: Comandante RenatoLacerda César; 1.°-oficialEugênio Jorge Tarcsay; 1.°-piloto Américo Brito Filho;2.°-pilòto Carlos Brisson; co-missários Rubens FerreiraA r g o 1 o, José Vasconcelos,Iria Bayer Penha, MárioGuedes, Nascimento Penha eFernanda Fortunata; radio-perador Osmar Antero Fer-reira. À exceção de Fernan-da, todos se salvaram.

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l.o Und., Jornal tin Brauil, 3."-íelra, «i-n-««

BAWISETAS NA CRISE

Berlinenses se levantam contra muroAnuncia-seditadura naArgentina

BuenoH Aires (AP-FP-UPI-JB) — Foi lançado ontem oempréstimo interno de cincobilhões de pesos para a recupe-ração nacional. O Governo es-pera aliviar, com essa medida,a grave situação econômica.

Circularam rumores ao mesmotempo, no entanto, de que aoGoverno chefiado pelo Presi-dente José Maria Guido sórestam algumas poucas lioras,antes de ser esmagado por umaditadura.DECISÃO

Enquanto os vespertinos vol-tavam a apregoar a crise mi-litar, o Presidente Guido man-teve outra reunião com o Ga-iiinolc, lia qual se acredita queq Ministro da Economia, Al-varo Alsogaray, tenha apresen-tado um informe favorável àemissão dc bônus c advertidoque sem estabilidade políticae sem tranqüilidade no Exér-cito, está em perigo o desen-volvimenlo do pais.

La Ra/.õn disse que a crisemilitar mantém "uma atituderie exoectativa c que os próxi-mos dias serão decisivos". Ou-trn diário referiu-se à situaçãoem termos ainda mais fortes:"O país encontra-se á beirada anarquia. Ao Governo res-tam somente algumas horasantes de ser asfixiado por umaditadura. A conspiração emmarcha .lá é do conhecimentopúblico c os chamados salvado-res estão preparados para seapoderarem do btitim."

6 esta a íorma pela qual o.lornal independente Corrcn dela Tarde, editado cm BuenosAires, descreve a situação ar-gentina, em um editorial deprimeira página assinado porseu Diretor Francisco Manri-que. tim cx-capitão que gozoude grande influência durante oGoverno provisório que se sc-guiu à, derrubada da ditadurade Juan Pcrón.

A pr edição de Manriqu»trouxe uma nota de presságiotétrlco ao mesmo tempo queaumentam os rumores, infor-mes e Indícios relativos acres-cente intranqüilidade nas filei-ras das Forças Armadas. Diz-seque esta noite a oficialidadefervia de inquietação.

Há sintomas cada vez maisevidentes de que as facções re-beldes e leal do Governo se en-contraiu novamente em luta.As duas manobram lia sombra.

Os rebeldes, encabeçados pe-lo General Frederico ToranzoMontero, Chefe do QuartoExército, levaram a Argentinaà beira dc um conflito armado,há 15 dias, forçaram a renun-cia do Secretário do Exército eameaçaram precipitar a crisede gabinete, em estado latente.

Os oficiais rebeldes não ocul-tam em suas conversas comcorrespondentes estrangeiros asIntenções de derrubar o Presi-dente José Maria Guido, parasubstitui-lo por uma ditaduramilitar, com o propósito de"limpar o pais".

O Coronel Roberto Guòriii,Chefe da Primeira Divisão Mo-torizada rebelde, com sede emBuenos Aires, foi demitido on-tem sumariamente de suas fun-ções, segundo se informou.

Quatorze altos oficiais doExército, todos leais, e íavorá-veis, segundo se diz, a manterGuido no poder, pediram baixado serviço ativo porque estãodesgostosos com a forma pelaqual os rebeldes estão minandoas altas esferas militares, aoque íoi informado.

Há especulações persistentesa respeito do Brigadeiro-Gcne-ral José Octavio Cornejo Sara-via, o novo Secretário do Exér-cito, pois ao que sc diz renun-ciará brevemente. Um porta-voz. oficial do Exército, no cir-tanto, negou que isso seja ver-dade.

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Ingleses querem reuniãoimediata para evitarnovos choques ein Berlim

Londres (FP-UPI-JB) — O Governo britânico consideranecessário organizar cm Berlim conversações entre as po-tências ocidentais e a União Soviética, para evitar a repe-tiçáo de incidentes sangrentos na cx-capital alemã.

As conversações, que seriam ao nivel dc comandantesmilitares, já estariam sendo objeto de consultas, segundouma íonte autorizada britânica, entre a Grã-Bretanha, aFrança e os Estados Unidos.

Policia Militar tios Estados Unidos, com biiióncliis caladas, dis-

prisma grupos de berlinenses que cmnéçárani apedrejando umôtiibitx soviético v terminaram fi/íCí/rc/V/iií/íi nnrte-iuiiniatnn.s r ate

policiais de lierliiii Ocidental. Protestavam contra o iiisnccsso dasautoridades ocidentais rm auxiliar um' 'Jilj]iiiiin baleado ípiundotentava ultrapassar o muro que divide u cidade, (lliidiojíilo dn

.tl\ especial para o JORNAL Dt) ILKISIL)

CONTACTO

O Forelgn Office anunciouque os três comandantes- oci-dentais e as autoridades deBerlim Ocidental encontram-seem contacto simultâneo, porcausa do incidente ocorrido nasexta-feira e que custou a vidade um rapaz alemão que ten-tava pular o muro, assim emitodas manifestações de berlintn-ses provocadas pelo dramáticoincidente.

Um porta-voz do Ministériodisse que "o assassínio de umjovem da Alemanha Oriental,junto ao muro divisionário deBerlim, íoi uma ação suma-mente desumana, cometida pe-la polícia de Berlim Oriental".

Nos meios diplomáticos lon-drinos reina certa inquietaçãosobre as conseqüências das ma-nifestações, durante as quaiselementos berlinenses atacarame apedrejaram o ônibus queconduzia soldados soviéticos aomonumento dos mortos. Deter-minados observadores temem arespeito que as autoridades so-viéticas retirem seus represen-tantes do Centro de SegurançaAérea, que controla o tráfegonos corredores dc Berlim, ale-gando falta dc segurança parao seu pessoal.

AGRADANDOFontes diplomáticas autori-

-zadas acham que o discursopronunciado no fim de sema-na pelo Primeiro-Ministro Ni-kita Kruschev evidencia que aposição russa com respeito aoproblema de Berlim se tornoumais severa.

Ao falar na Praça Vermelhade Moscou, Kruschev reiterouque Berlim! deveria .ser con-vertida cm' ''cidade livre" e quelima íôrça das Nações Unidas,da qual. não participariam os

membros da OTAN, deveriasubstituir as tropas aliadas naCidade.

Kruschev anteriormente ha-via proposto uma íôrça mistadas pequenas nações da OTANe do Pacto de Varsóvia. Foiessa a única mudança na po-slçáo soviética com respeito aoproblema.

Acredita-se, em todo o caso,que se aproximam vivas rea-ções soviéticas deante das úl-Umas manifestações cm BerlimOcidental.

Incidenteno espaçoaéreo

Berlim lUPl-FP-JB) -- O Ml-nistério da Defesa tia AlemanhaOriental anunciou ontem ter der-ilibado, As 13 h 33 m de sAtmclo,um avlío a Jacto da AlemanhaOcidental, que "violou o tcrrltó-rio" comunista c "desobedeceu àordem de aterrar".

O Incidente foi qualificado peloGoverno oriental de "piovocaçüoaérea organizada". O comunicadodiz que o piloto alemSo ocidentalse recusou n levar cm considera-çSo os tiros de advertência cie umcaça oriental "e assim foi dcrni-bndo". O Govôrno de Bona, poioutro lado, desmente essa conclu-sSo i diz que o aparelho conse-guiu descer Ileso cm uma basemilitar do norte da Alemanha.

O comunicado transmitido pelanRÔncla oriental Adn diz que oIncidente ocorreu perto da Cidadede Elsenhach, na Alemanha Orien-tal. e acrescenta que o avlfio dei-ilibado entrou cm território daRepública Democrática Alernd auma altitude de três mll metros,em um deliberado ato dc provo-caçfto aérea.

Ilerllm i AP-UP1-PP-JB) —Uma enfurecida multidão, deperto de cinco mil berlinensesocidentais entrou ontem á noi-te cm conflito com a policia riasua zona, ao longo da odiariamuralha comunista, na maisgrave explosão de violênciaocorrida desde que a muralhaexiste.

A multidão já havia voltadoa apedrejar outro ônibus sovié-tico cheio dc soldados, apesarda advertência norte-amerlea-na de que a crescente tensão"pode ter graves conseqüênciasque sc reflitam além da Cida-dc". A medida que avançava anoite, a multidão começou aengrossar, no posto de controlenorte-americano Charlie. Os jo-vens lançavam gritos dc "der-ruba a parede, derruba a pa-rede".

CONFLITO

A luta surgida à. noite entrea polícia ocidental e os mani-íestantes teve início várias ho-ras depois do ataque ao ônibus,que provocou da agencia sovié-tlca Tass a acusação de que apolícia dc Berlim Ocidental agiacom lentidão deliberada e deque as manifestações anteriores,ocorridas na véspera, haviamsido feitas por "turbas íascis-tas, que gozam ali de absolutaliberdade"

A polícia ocidental, apoiadapor canhões de água, carregoucontra as manifestantes, masestes a obrigaram a retrocedercom uma saraivada de pedras epequenas bombas. Pelo menosum policial c vários manifes-lantes íoram feridos. A políciadeteve vários jovens.

Apesar dos apelos à calma,parece que os furiosos berli-nenses ocidentais não conse-guiam conter-se. Desde que umrapaz íoi metralhado tentandoultrapassar a muralha, na sex-ta-feira, e morreu à vista, detodos, sem socorro, cm agonialenta, as manifestações tém si-do diárias, em crescente tensão.

OFERECIMENTO"Os comandantes ocidentais

de Berlim continuam dispostosa conversar com o comandan •te soviético, a íim de tratar dediminuir a tensão reinante nacidade, restabelecendo a or-dem e a tranqüilidade" — de-clarou ontem à tarde um por-ta-voz aliado, depois de comu-nicar que o comandante so-viético havia devolvido a men-sagem que lhe íoi enviada, nes-se sentido, por intermédio docomandante norte-americano.

O comandante das forcasnorte-americanas em Berfim,Major-General Albert WatsonII, havia enviado uma cartaaos russos prevenindo que asituação ao longo do muro di-

A Assembléia argelinaterá 71 militaresentre seus 196 membros

Luis Etl«tir de AndradeNosso correspondente

1'arl.i — Quarenta por cento dafutura Assembléia argeliana seráconstituída de militares. Comefeito, ds 198 candidatos apresen-tados na lista oficial, 71 perten-cem no Exército de LlbcitaçüoNacional. F. nSo obstante a ciei-çfio só se realize a dois de setem-l>ro, Já se sabe pcrXeltamente qualserá a composlçáo do Parlamento,pois os candidatos escolhidos, on-tem, após Intermináveis negocia-ções entre os chefes cias wHfiyas

I regiões militares) e os elementosda Comlssáo Política, nÃo teráocompetidor, estando automática-mente eleitos.

À primeira vista a eleleáo serápura formalidade. Todavia, con-roínltniitcmcnte com a eleição dosrepresentantes, haverá um plcbls-cito, no qual os eleitores argella-nos resolverfto se a lutura Assem-bléia terá, ou nSo, perrrogativaspnra elaborar a Constl tu tçáo na-cional. Dessa íorma, verlflca-seque prevaleceu, em tôda linha, avdhtado cie Ben Bella, o qual ad-Vogava o partido único, represen-tado pela PLN, nos moldes daschamadas "democracias populares".Nem mesmo os competidores maisinsignificantes — como era o casodos apresentados pelo Partido doTovo, de Mcssall HadJ — foramadmitidos na Assembléia. Nem aomenos prevaleceu a Idéia dc quea presençn de candidatos contra-rios k FLN daria animação aopleito, embora sem qualquer pos-sibilidade de vitória.

Ainda assim, será Imprudentepensar que a futura Assembléiavotará maciçamente com o Govftr-no. 15 verdade que todas as ten-dénclHS políticas da Argélia esta-rfto representadas no Parlamento:henbellstns. bcnkhedcllstas, elemen-tos das cabllas c, sobretudo, daswllayás, tcrRo voz na representa-çAa nacional. Foram, todavia,completamente excluídos, os mes-«alistas (partidários de MessaliHadJ) e os comunistas. A reuniãode cúpula, cm que os represcntnn-l.cs das wllayás e da Comlsfio >_>-litlca escolheram os representai!1tes, funcionou como um corpo de¦'grandes eleitores", substituindo ovoto popular. Ao defender o prin-ciplo ria chapa única, Bon Bellaquis dar li opinião pública inter-nacional a impressão He que aunidade da Frente de LlbcitaçüoNacional íol salvaguardada. Mes-mo assim, a simples existência deeldorados das mais divcrsiis ten-ciências, íarft com que se repitam,na Assembléia —, quando foremescolhidos n Presidente da Repú-blica e o Gabinete —, as dlvcr-péncias que culminaram na der-ilibada do Presidente do GovernoProvisório da Argélia, Ben Kcddn.Tudo indica que Ben Bella será oPremier c que Ferhat Abbas, nn-tiso Premier do Governo no cxillo,será o íuturo Presidente da Ar-pélia — caso Ben Bella nfio pre-ítra o Importantíssimo cargo deSecretário-Geral da PLN.

Como Moliamcd Klrider, atualSecretário ria Comlssllo Política,nHo se candidatou a deputado,»credita-se que o cargo de Secre-tárlo-Gcral da Frente de Liberta-ç&o Nacional passe para suas mao=.A grande surpresa lol a dcclsüodo Coronel Boumedlanue, Coman-dante do Exército, de nfio se apre-sentar como candidato. Isso foi,

| cm parte, neutralizado pela opre-sentaçílo dc seus auxiliares ime-tllatos, Coronel» Mendjll e Sllma-ne. para postos eletivos. HA. tem-

, pos, com o próprio Boumcrilenne,' ísse-s dois oficiais íoram demiti-des do Estado-Maior por Ben

Khedda. O Comandante do Exér-cito proferiu ficar íora do cenárioativo da política, puxando os cor-does por trás. Entre os militaresque Ingrcssarfto no Parlamento es-tfto os Coronéis Si Hassnn, Co-mandante da Wllaya 4 e Saout ElArab, Comandante da Wllaya 2.de Constantlna. Além deles, serftoeleitos 24 comandantes de unida-des, 25 capitães, 12 tenentes, timaspirante a oficial, cinco soldadose trôs mulheres do corpo auxiliar.

Isso quer di'*er que a Assembléiaserá fardada e os deputados- cn-trarão em ordem unida, fazendocontinência. Porque todos os ml-11 tares eleitos terôo de se afastardas fileiras do Exército, assumln-do o mandato. Por Isso, Boume-dlénne náo se candidatou e, porum tri/., 03 quartéis ílcam vazios.

Náo convém esquecer que oExército Revolucionário é vimExército sul pencris, diferente dosExércitos tradicionais, isto é, pro-ílsslonals. Os militares, atualmen-te, na Argélia em grande maioriavestiram ..tarda, a íim de fazer arevolução; nfto tém espírito de"miltcos". Caso típico é o do Jo-vem Coronel Sl Hossan, de 28 anos.chefe da Wllaya 2, ex-acadèmlcode medicina e um dos homensmnls lnfluentea na noya Argélia

Os.comunistas tudo fizeram pa-ra entrar na chapa da PLN. Suadelcgaçáo, de três muçulmanos,procurou Khlddcr, lugar-tenentede Ben Bella, a íim de propor, ln-genuamente, que o PC e a PLNapresentassem uma chapa comum.Entre 03 candidatos, nfio há qual-quer personalidade comunista, ape-uns um ex-comunista — Amar ou-zegane — cx-Deputado da Asaem-bléia Francesa, expulso do PC.

Os dezesseis candidatos europeusIncluídos na chapa, segundo í*proporçfio prevista pelos acordosde Évlan, sfio praticamente desço-nhecidos, á exceçáo dos membroseuropeus do Executivo Provisório,Mas há o padre Berenguer, sacer-dote católico candidato por Tlem-cen. Padre da diocese de Orft(- exl-lou-se em 1954, por ss manifes-lar contrário a.'guerra. í; conh*-cido da Imprensa cnrloca, pois es-teve, várias.' vfizes, no nio, Juntoa dclogaçóes cia PLN.

A campanha eleitoral, portanto,será uma 'formalidade, com o íltode arregimentar poíltlcament» a.«.massas muçulmanas.-Mesmo antesda eleiçfio, começa uma nova la-se: cntabnlaçôfcs' quanto à íorma-çao do Governo, nos. quais" Bou-mcdlônnc, com ,.uma hancada dp71 candidatos, constltulrA árbitroperigoso. Acontece que o Exér-cito, .como náo se Ignora, está dl-vklldo, bem como a,i poderosaswllayás que Ben Bélla quis des-trulr,-mas nfio conseguiu. Mos-tram áa chapas que as wllayás sftoverdadeiros feudos políticos.

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Acredita-se que Hstya de \x Tor-re partirá nesta semana ainda, aíim d« pronunciar conferências nnUruguai, Brasil. Venezuela, FrançaI. Alemanha. Para tanto, Haya r»ccheu convites.

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loiiRti cia fronteira — acres-oéntavn a meiisagemj— 'entreos setores soviéticos e ociden-tais, que resultaram na mor-le de residentes de Berlim,criaram um estado dc tensãoque ameaça seriamente a pav.e n ordem na cidade'!,

A curta, segundo um porta-voz ocidental, foi devolvida á.sede norte-americana ontem,pela manhã, com

'a. resposta

de que os russos "não deseja-vam discutir a questão".

O INCIDENTE

O ataque contra n ônibuscheio de soldados, que sc des-linavam k rendição da guar-da soviética ao monumento cmmemória dos mortos do Exér-cito Vermelho, situado na m-na ocidental, foi' o terceiro in-cidente em tres dias.

Uma multidão de perto de¦100 pessoas reuniu-se. aos cri-tos de "assassinos", poucas ho-ras depois da recusa russa dnatender ao apelo do comandan-te norte-americano. Os mani-restantes aguardaram o óni-bus soviético, um alvo fácilporque passa polo ponto docruzamento da fronteira dia-riamente, à tarde, entre as17 h 30 m e as 18 h.

Os berlinenses ocidentais ha-viam sido afastados da mura-lha, mas se aproximaram doponto dc passagem c lançaramuma chuva de pedras que que-brou as janelas do veiculo. Ossoldados russos em seu interrior permaneceram impassíveis.

Posteriormente, pessoas queestavam no Monumento nosMortos de Guerra, a quatroquilômetros c meio tle riistãn-cia, informaram que uni dossoldados parecia ter sido feri-do, pois tinha uma faixa en-sangüentada na cabeça. Aodescer rio veículo, os russossacudiram o pó e um dclcs.oti-rou furiosamente uma pedracontra alguns arbustos pró-ximos,

O apedrejamento do ônibusíoi precedido dc dois ataquescontra a muralha, pela manhã.Os guardas da Alemanha Ori-ental lançaram granadas lacrl-mogéneas e enxarcaram a mui-tidão com forte jactos de água.A Policia ocidental, por suavez, lançou granadas lacrimo-gêneas contra as sentineljis' có-munistas.ANSIEDADE •

A crescente ira dos bérllnen-ses ocidentais, provocada pelofuzilamento de nm rapaz dc 1Hanos, Peter Fctcher, que tentouescalar a muralha e morreu aopé da mesma, sem socorros me-clicos. está provocando ansiéda-de dos dois lados da frontei-ra, enquanto os acontecimentossc sucedem:

— O Prefeito Willy Brandi;ordenou que a Polícia atuecontra os manifestantes, ai-guns dos quais se- mostramigualmente furiosos contra rus-sos e norte-americanos. Brandi,preveniu que os perturbadoresda ordem "estão favorecendo:acausa do lado contrário". ,

— Um porta-voz norte-americano, cm Washington,qualificou de "atrocidade" amorte a tiros do jovem Fetchcre acrescentou: "Este incidenteestá sendo objeto de medidaspor parte de nossa gente, nolocal do fato."

3. Em Bona, o Governo riaAlemanha Ocidental 'pediu a.todos cs aleínães que ajudem aidentificar o policial orientalque feriu Fletcher mortalmen-te, para poder formular acusa-ção de homicídio contra êle.

4. A agência de notícias daAlemanha Oriental anunciou adetenção de "um grande grupode terroristas", dizendo que osdetidos foram adestrados emum centro norte-americano si-tuado na Alemanha Ocidental,para que provoquem disparescom o propósito de dar lugar a.repercussões internacionais. Aagência prometeu "detalhes as-sdmbrósos" para dentro de .d-guns dias.DEMONSTRAÇÕES _„,.. At..,.,t

Novas demonstrações ocorre-ram ontem á noile. ao longoda muralha. As autoridades rioBerlim Ocidental colocaram os18 mil efetivos da policia ç:nestado dc alerta, enquanto. áagência soviética T.tM diziaque "é significativo que a poli-cia de Berlim Ocidental • nfiptenha se esforçado para pôríim a esta insólita provocaçãocontra cs soldados russos".

Para' impedir novos" inciden-tes, foi proibido que o trânsitodc Berlim passe pelo ponto dpcontrole Charlie, cenário dosprincipais incidentes.

O Prefeito de Berlim Oci;-dental Willy Brandt. disse apopulação que esta espécie deincidentes "favorece a causacomunista" e pediu a suspen-são dos ataqueis contra a poli-cia de Berlim Ocidental e nssoldados norte-americanos, por-que isso permitirá que os co-munistas acentuem sua camrpanha, que qualifica -BerlimOcidental de "centro de in-tranqüilidade". "%"

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Jornal do Brasil. 3.»-felra, 21-8-62, l.o Cad,

O Presidente no Rio

Deputado diz a Goulartque haverá deputados

110 esforço concentradoNo longo encontro que, ontem agropecuária brasileira, estabe-

à tarde, manteve com o Presi- lecendo plano3 periódicos. Por(lente Joáo Goulart, no Palácio exemplo: para a produçfto dc do-das Laranjeiras, o Deputado Abe- terminado produto, seria feita alado Jurema comunicou-lhe ciue planlflcaçáo e, em função dessao Senador Juscelino Kubitschel., planlflcaçáo, é que seriam em-a bancada mineira (PSD e UDN) pregados os recursos financeiros,e o Deputado Ranieri Mazzilli, Essa planlflcaçáo, obviamente,Presidente da Câmara, estáo cm- seria feita com base em dados

Calmon não viu ainda o acordo PL adverte ciue a cnsede garantia dOS inveStimentOS 0 recesso parlamentar

penhados no trabalho de levara Brasilia. entre os dias 10 e 15,-luando se Inicia nôvo períododo "esforço concentrado" parla-mentar, o maior número dedeputados e senadores.

O Deputado disse ao Presiden-

estatísticos c com baj;e na ten-dência nacional da produçáo.

O custo clc vida, entretanto, éa maior preocupação do Minis-tro Renato Costa Lima, que dis-se ao Sr. Joáo Goulart que vaiusar. cm toda a sua c.tensáo,

te que havia tido contato com os pod6re_ conferidos por lei aopresidentes e diretores de com-panhlas de avlaçáo, deles ob-tendo a certeza de cooperação.

Governo, para Intervir no merca-do, inclusive na economia pri-vada. A Intervenção será feita

O Sr. João Goulart prometeu sem excessos, maa 'com energia-.autorizar & FAB a conjusar-senos esforços que serio feitos.TRANSPORTE RÁPIDO

O Sr. Renato Costa Lima con.sidera que a simples Interven-ção estatal, em certos setoresligados k produção de sustento,como medida Isolada, náo daricompletos resultados, tomando-Em síntese, o que se busca .

conseguir transporte rápido aue ¦ - ,permita a deputados e _. sena" " ,',Y!C03sarla * exeeu«:'° dB Vmadores estar cm Brasília no cha-mado período critico. As com-panhlas de aviação vão ajudara transportar os parlamentaresem campanha no Interior dos

política a curto prazo. Por Issopretende que o Banco do Bra-sil, o BNDE (no que fôr possi-vel) e outros órgãos governa-mentais se aliem, financiando o

Estados pnra as Capitais c chi. p ro "" l ° r ""'.^mente. preo-em outros aviões (Carável e ««P»»'1.0-» c°m <=•"• exclusiva .

... \wi.»«.n,.... lrr__»_-_ 1 ¦_ t - r_._-.i fn CIA o ~ f ) n_ Constellation,, Convalr etc.) nstransportarão para Brasilia. DoDistrito Federal êlcs poderão re-tornar, finda a missão, aos pon-tos de origem, para reiniciar acampanha eleitoral.

• O Sr. Abelardo Jurema tam-bém Informou ao PresidenteJoão Goulart que está sendofeito um rush Junto às ban-cadas partidárias na Câmara eno Senado para a aprovação da• m e ri cl a constitucional a serapresentada, fixando data paraK realização do plebiscito e paraa delegação de podêres constl-tuintes ao novo Congresso.

O Sr. João Goulart couside-rou o relatório "otimista" e pro- os assinou. SSo de "Interesse

Imediatamente. Só assim —acredita — será possível fazersurgir com abundância, produ-tos hoje carentes nos mercadosconsumidores.

O estabelecimento de preçosmínimos, por isso, deve ser fei-to depressa, procurando o Go-vêrno manter essa política per-manentei para íazer face a anor-maliclades constantes no setor.EXTERIOR

O Chanceler Afonso Arinos.como o Sr, Renato CostaLima, foi recebido, em despa-cho. pelo Presidente; Levou de-cretos so Sr. João Goulart, que

meteu, na sua área e no quelhe compete (sem dar margempara acusação de pressão ou deInfluencia sóbre o compor..-monto do Congresso), colaborar.DESPACHOS

O Sr. Joáo Goulart recebeu

eminentemente administrativos",segundo disseram fontes pala-cl?nas ao JORNAL DO BRASIL.

O Sr. Afonso Arinos, entre-tanto, conversou sobre políticacom o Presidente, comunicando— ao que a reportagem foi ln-formada — que. ni UDN, sáo,hoje. menores as resistências ao

ainda, em despacho, no Palácio acordo comunicado pelo Sr. Ra-das Laranjeiras, o Sr. Renato nlerl Mazzilli ao plenário da Cã-Costa Lima, Ministro da Agri- mara dos Deputados, relativa-cultura. O Ministro apresentou mente à aprovação de emendaao Presidente um esboço dc ele- constitucional fixando data pró-creto-leglslativo. dentro da dele. ,:lma para a rer.llzacáo do pie-gaçáo de podêres pedida pelo i,isci£0 em torno do p.rlamcn-Conselho de Ministros e apro- tarlsmo e atribuindo p o d ê r e svada pela Cymara. pendente ain- constituintes limitados ao

Congressooutubro.

a ser eleito a 7 deda de ratificação do Senado, re.1-clon-do cem o problema doaba3tcclmentr

O Sr. Renato Costa Lima apon-. tou aberrações no setor da po-litlca' de produção agropecuá-rla brasileira, dando um mime- ú° Banco do Brasil, tambem foiro que' considerou significativo recebido para despacho pelo Sr.

BANCO DO BRASILO Sr. Nel Galvão. Presidente

» Ilustrativo. Apontou que. cn-quanto os financiamentos desti-nados à produçáo elo amendoim

João Goulart. Disse, em -.inte-se, que o Banco do Brasil estámaterialmente equipado para

cresciam na proporção de 141 poi colaborar" no plano ele abast.cento, no ano passado, para o cimento ciue será desenvolvidofeijão essa tr.xa se elevava ape-nas'ao máximo de 18 por cento.

A fuga dos produtores para o, «imendolm, em detrimento do

r íeijão, íoi Inevitável e grave parao Pais.

pelo Conselho de Ministros.O Bando do Brasil deverá, en.

. tretanto, para isso, ser admlnis-tratlvamente dinamizado. Já ei.tá planejada a política a Berseguida pelo Banco, no setoragropecuário.CARTA E ÁLBUM

Em audiência, o Sr. Joáo Gou-lart recebeu, no Palácio das La-ranjeiras. o Embaixador do Bra-sil nos Estados Unidos, Sr. Ro-

CENTRALIZAÇÃOO plano do Ministro — depois

submetido ao Primeiro-MinistroBrochado da Rocha — prevê acentralização de todos os recur-sos financeiras governamentaispara a produção agropastorll no berto Campos. Oficialmente, tra-Fundo Agropecuário. ias. Fun- taram clc assuntos ligados a en-do absorveria todos os recursos tendlmentos mantidos pelo Em-ou, p.lo menos, teria gestão sô- balxador brasileiro, em Wash-bre eles. lngton. com entidades governa-

O Ministério da Agricultura mentais c particulares norte-passaria a centralizar a política, americanas.

ELOY DUTRAHoje, na

RÁDIO MAYRINK VEIGA,às 22 horas

O acordo para garantia deinvestimentos, que Brasil e Es-tados Unidos deveriam ter as-slnado na última quinta-feira,provavelmente nâo será assina-do nem esta semana, porque oSubsecretário da Fazenda, Sr.Miguel Calmon du Pin Almei-da, ainda não examinou o ori-cinal recebido do Itamarati.

Duas razões parecem haverforçado o adiamento da assl-natura: I — íalta de entendi-mento, á última hora, sobre amodalidade de seguro a ser da-do aos capitais norte-america-nos: II — tarefas prioritáriasdo Subsecretário, em face deprojetos de fundo econômicoenviados á Câmara pelo Pri-meiro-Ministro.

O ACORDO

O acordo, considerado degrande importância para asse-gurar a plena execução do pro-grama da Aliança para o Pro-gresso, tem caráter geral, nodisciplinamento dos investi-mentos futuros: o Governo bra-silelro escolherá os investimen-tos que possam submeter-se ãlegislação brasileira e interes-sar ao desenvolvimento . eco-nômico do Pais, e o Governodos Estados Unidos garantiráos investimentos escolhidos.

É êle uma decorrência dosrecentes problemas criados comencampações de comp anhiasnorte-americanas c da visitado Presidente João Goulart aosEstados Unidos.

Ficou assentado entre os doisPresidentes que seriam estuda-das fórmulas de diseiplinar-seo capital norte-americano noBrasil, desviando-o Inclusive daárea de serviços públicos (luzetelefones) para setores mais di-retamente ligados ao desenvol-vimento econômico.DELICADO

Segundo o secretário par-ticular do Subsecretário daFa-Mi.da, Sr. Vitor Gradim, oacordo envolve "matéria delica-da e complexa". Por isso, oSubsecretário Miguel Calmonainda não examinou os origi-nais, com os termos do acordo,que lhe foram enviados peloItamarati.

Na Sumoc, que necessária-mente terá de ser consultada,informaram ao JORNAL DOBRASIL que nada receberamsobre o acordo, cujas conversa-ções estão ainda "muito cruas".

Na Embaixada dos EstadosUnidos, adiantou-se que o acôr-do seria assinado amanhã ouquinta-feira. Deveria ter sidoassinado na última quinta.fei-ra, tanto que a Embaixada sepreparava já para divulgar otexto, quando recebeu um co-municado do Embaixador Lin-coln Gordon, mandando sustara publicação.

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Segundo a Embaixada, oadiamento da assinatura foi di-tado por duas razões:

— Falta de entendimento, à.última hora, sobre a modalida-de de seguro a ser dado aos ca-pitais norte-americanos. As au-toridades deverão deeidir-sepelo seguro em agências inter-nacionais adequadas. ou embancos, para Indenização emcaso de não cumprimento doconvênio.

II — Tarefas urgentes e prio-ritárias a serem executadaspelo Subsecretário a respeito deprojetos de fundo econômicoenviados à Câmara dos Depu-tados pelo Primeiro-Ministro.

CONFERÊNCIA

Durante todo o dia e parteda noite de ontem, o Subsecre-tário conferenciou no Rio como Primeiro-Ministro e com téc-nicos e economistas a respeitodas formulações de ordem eco-nómica que dizem respeito aosprojetos solicitados pelo Con-selho, enquanto o Itamaratiaguardava seu pronunciamentopara ultimar a redação doacordo e submetê-lo às assina-turas do Ministro Afonso Ari-nos e do Embaixador LincolnGordon.

O Presidente do Banco Na-cional do DesenvolvimentoEconômico, Sr. Leocádio Antu-nes — que almoçou em Brasi-lia com os Srs. Lincoln Gordon,Alonso Arinos e Teodoro Mos-coso, quando era esperada aassinatura do acordo —, a umapergunta do JORNAL DOBRASIL sobre o acordo, res-pondeu:O que é garantia de in-vestimentos?

E acrescentou:De minha parte, nada sei

sobre o assunto.Segundo o Coordenador da

Aliança para o Progresso, Sr.Teodoro Moscoso, o acordo seráuma espécie de seguro contraencampações, desvalorização damoeda brasileira e dificuldadesem outros setores, como naárea de remessa de lucros. Ser-virá — acrescentou — para di-namizar as bases da Aliança,atraindo ao Brasil capitais pri-vados norte-americanos.

PrMinií

Mancini: grandes paísesainda buscam soluções._»

sociais mais adequadas7 Na primeira sessão plenária, ontem, da XI Conferên-

cia Internacional de Serviço Social, o Sr. Luís Carlos Man-clni, seu Presidente, declarou em discurso que "nem ospaises desenvolvidos nem os subdesenvolvidos encontrarama ! forma desejável da convivência social dentro de suasfronteiras e muito menos entre os povos".— Se o problema agrário pode ser considerado perma-nente desafio às nações em desenvolvimento, o congestio-namento urbano e a massificação industrial estão longede encontrar solução nos chamados desenvolvidos — obrservou o Sr. Luis Carlos Mancini, cujo discurso foi coroa-do, várias vezes, com palmas entusiásticas. -

FALSAS SOLUÇÕES

Brasilia (Sucursal) — O Partido Libertador, em notaassinada por seu Presidente, o Deputado Raul Filia, adver-Mu ontem que a crise política não se atenuou, ao iniciar-se o recesso parlamentar: "a luta recomeçará certamenteem condições mais difíceis''. '

Frisa a nota que o PL não transigirá, náo entrará emacordo, nem aceitará a emenda constitucional, já assenta-da, "para levar ao abandono do sistema parlamentar edesimpedir inteiramente o caminho ao exercício do poderpessoal''.

Salientou o Sr. Luís CarlosMancini que as nações em pro-cesso de desenvolvimento cor-rem o risco de adotar falsassoluções:

1. Mito do desenvolvimentoautomático, "que procura afãs-tar, como irrelevantes, os fato-res morais e espirituais do pro-gresso, e não acredita no ho-mem como agente e objetoprincipais do dcsenovlvlmento".

2. Mito do marxismo, "que sóobtém certos progressos mate-riais à custa da deformaçãohumana c das comunidades na-turais".

3. Mito do capitalismo libe-ral, "que acredita resolver a

Portuáriosdo Recifeacabam greve

Recife (Do correspondei.-te) — A greve dos portuá-rios em toda a orla mariti-ma foi encerrada às últimashoras tle ontem. Os portuá-rios voltarão ao trabalhohoje às sete horas.

Sobral lembra ao JB quefoi o primeiro a fazera defesa de Sette Câmara

rimeiro*ístro

no RioAcompanhado do Sr. Nci

Brito e de siui esposa, o Pri-meiro-Ministro Brochado daRocha desembarcou ás 9h lõmde ontem i__- aeroporto SantosDumont, sendo recebido peloSr. Amintas Novais, represen-tante do Conselho de Minis-tros, no Rio.

Do aeroporto militar, o Pri-meiro-Ministro rumou para oPalácio das Laranjeiras, per-maneçé-ido todo o dia em con-tato ora com o Presidente JoãoGoulart, ora desenvolvendo ati-vidade paralela, em entendi-mentos sobre problemas poli-ticos e de abastecimento.

O Governador Aurélio cioCarmo, do Pará, foi recebidopelo Primeiro-Ministro, cm au-eliència. O Governador decla-rou-se solidário com o Conse-lho de Ministros e disse ao Sr.Brochado da Rocha que seuEstado precisa, também, deuma política agressiva paraaumento da produção agrícola,especialmente.

Depois desse encontro, &s 14horas, o Sr. Brochado da Ro-cha se reuniu com os Srs. Re-nato Costa Lima, Ministro daAgricultura, Nei Galvão, Presi-dente do Banco do Brasil, c oSr. Max do Rego Monteiro,Presidente da Coíap.

Foi discutido o projeto dedecreto-lei sóbre abastecimen-to, que será baixado pelo Con-...lho de Ministros tão logo oSenado referende decisão daCâmara, que aprovou projetasubmetido a ela pelo Gabinete.O Sr. Max do Rego Monteirofêz relatório sobre o problemado abastecimento, impressio-nando o Sr. Brochado da Ro-cha pela gravidade de certe..detalhes. Houve denúncia d«noambarcamento e de especula-cão, através de retenção dc cs-toques para comércio no càm-bio negro.

Depois clessn reunião, o Sr.Brochado da Rocha conferên-ciou com o Presidente JcãoGoulart, pondo-a a par de in-formações que recebera. Emseguida, realizou-se outra eon-ferência presidida pelo Sr. Bro-chado da Rocha, mas desta vezcom a presença dos Srs. NeiGalvão, do Banco do Brasil, eo Embaixador Edmundo Bar-bosa da Silva, Presidente do-Instituto do Açúcar e do Al-cool.

Os resultados dessa conferên-cia íoram mantidos sob r.ser-vá, mas se sabe que foi estu-nada a possibilidade de o Ban-co do Erasil não mais financiar— pelo menos por prazo mé-tíio — a lavoura açucareira.

Hoje, prova "cimente no Pa-lácio das Laranjeiras, será fei-ta nova reunião, presidida pe-lo Primeiro-Ministro Brochadotia Rocha para cuidar da poli-tica dc abastecimento a ser se-

r uida pelo Conselho dc Minis-t/os.

O advogado Sobral Pinto, fundador da Liga pela Le-galidade, cm 1955, endereçou carta ao Superintendente doJORNAL DO BRASIL a propósito de . tópico publicado emnossa edição de domingo, sobre os.problemas que o Pre-sidente João Goulart está encontrando para substituir oSr. Sette Câmara na Prefeitura de Brasiiia.

Diz o Sr. Sobral Pinto que antes das observações doJornal, "já havia chamado a atenção do Presidente doConselho cie Ministros e do Presidente da República parao que havia de perigoso para a moralidade administrativa

do Sr. Sette Câmara''.na substituiçãoCARTAS

"Escrevi com êste obj.tivo —acrescenta o Sr. Sobral Pinto— uma carta ao Dr. TancredoNeves, em 17 de maio do cor-rente ano, e outra ao Dr. JoãoGoulart, em 25 do mesmo mês.Tais c?.rtas, que chegaram aoseu d-stino, ficaram sem res-posta."

Na carta ao Sr. TancredoNeves, escrevia o Sr. SobralPinto: "Sei, de ciência própria,que a situação do Sette Cama-ra na Prefeitura de Brasilia es-tá gravemente abalada. Sei queo Presidente Jcão Goulart quertirá-lo da Prefeitura daquelaCidade. Sei que você não deu,até agora, um passo para evi-tar a saida do Sette Câmara."

Depois de aludir aos serviçosque o então Prefeito da Capl-tal Federal vinha prestando a.Erasília, lembrava que, "ines-peradamente, surgiu o rumorcie que sua situação estava aba»lacla, fazendo com que Brasi-lia em peso ficasse censternada,sentindo que a estabilidade, ocrescimento e a beleza da novaCapital passariam a correr in-disfarçável disco.

E tudo isso por quê? Porque,fiel aos deveres de seu alto car-go, não hesitou um segundo emmandar apurar fatos gravissl-mos que, consoante denúncia e.cie apresentada, estariam ocor-rendo ua administração daNovacap, presidida pelo Di.Francisco Laranja Filho, ami-go pessoal do Presidente JoãoGoulart."

Acentua mais adiante o Sr.Sobral Pinto:"A expulsão de um adminls-fcraçlpr honesto da Prefeitura deBrasilia, admiràvelmente bemconduzida até agora, por ter en-írentado um s.u subordinado,que procurou criar obstáculos àapuração, isenta e serena, deirregularidades graves aponta-das na repartição que èle diri-gia, fará derramar sobre o Go-vêrno da República um baldede lama que poderá ser o co-mêçó de uma agitação revolu-ciónária de conseqüências im-previsíveis."

Na carta ao Presidente JcãoGoulart, o Sr. Sobral Pinto re-velava que graças á "rede deinformações autenticai-, exatase extensas de que dispunha"soubera que èle e o então Pri-meiro-Ministro haviam firma-do o prepósito de tirar da Pre-feitura de Brasília, ende vinhapre:tando serviços yallòscs; oEmbaixador Sette Câmara.Achou que a cidadania o cbri-gava a intervir no episódio, pa-ra advertir o Presidente doConselho de Ministres e o Pre-sidente da República des riscose perigos que um ato desta na-tureza poderá acarretar para odestino das instituições rèpú-blicanas no nesso País.

Lembrava ainda o Sr. So-bral Pinto c:n sua carta queera m:>;tcr que o Presidentecompreendesse que a crise gc--"da pela renúncia do Sr. Jâ-nio Quadres ainda nâo fora

vencida, e não obstante era"numa hera desta qus, ao terciência de que uni seu amigodileto, Dr. Francisco LaranjaFilho, administrava a Ncvacapriescuidosamínte. o que estavapermitindo gravas irr.gulari-des no paramento des empre!-teiros, deliberara manifestar aoPrefeito d. Br.dlia o £eu tizs-contentamento e a sua mágoaper ter aquele prefeito maneia-do apurar as referidas irregu-l_'_idsd-S, ato que fei. lego de-pcis. seguido de outro aindamais grave: a demissão do Dr.Francis.o Laranja Filho docargo de Presidente da Nc-vacap".

questão através de processossimplórios de asslstencialismo.que não chegam a associar opovo ao próprio desenvolvi-mento".

4. Mito do estatismo, "peloqual o Estado se reveste da ca-pacidade mágica de tudo resol-ver, a burocracia se torna umaespécie de liturgia santificadapelos regulamentos minuciosos,c o homem um humilde pediu-te dos favores oficiais".

5. Mito do suposto nacióha-lismo, "hábil na transferênciade culpas e que, em nome dcmelhores virtudes cívicas, en-cerra as nações dentro do cir-culo de suas próprias limita-ções, para enfraquecer-lhes asestruturas e torná-las vulnerá-veis a um tipo de colonialismoideológico que subjuga os cor-pos pela manipulação e con-õicionamento da mente".

— Por trás da questão social,como hoje se apresenta, trava-se uma luta ideológica na qualo homem, nem sempre, é ob-jeto de promoção social, masde conquista. Não são poucas,infelizmente, as regiões domundo nas quais a liberdade éuma concessão do Estado, e oespirito produto de hábeis com,bihãções obtidas pela ação po-dèrosá da instrumentalidadedestinada a fabricar a opiniãopública e a condicionar o com-portamento social.

Para que sobrevivam, nessacompetição, os valores funda-mentais da civilização cristã —concluiu o Sr. Luis Carlos Man-cini — não basta que nos con-sideremos, a priori, seus legiti-mos depositários. Temos, antes,que fazer nossa própria reava-liação e reforma, e conquistar,cada dia, pelo exemplo, o di-reito de falar em nome da civi-lização. Êste é o tempo paraum universal exame de consci-ência.

A XI Conferência Internacio-nal de Serviço Social apontoucomo problemas que afligem ospovos do mundo inteiro: 1>crescimento da população; 21desorganização na família etihsâp na vida familiar: 3) foi-tá de saúde; 41 nutrição defi-ciente; 5) bnixos niveis de edu-c-Àção; 6i , desemprego e su-bemprègo; 7) habitação inade-qunda; 81 carência de facilida-des de recreação; 9) urgênciasentida pelos paises em desen-volvimento para alcançar, sema necessária preparação, o hí-vel de vida dos países desenvol-vidos — do que resultam ten-soes e frustrações.

Como metas do desenvolvi-mento da comunidade, foramassinalados o bem-estar social,habitação, saúde, nutrição, edu-cação, recreação e situação eco-nómica, dando-se prioridadeaos problemas educacionais,dentro e. fora da escola, e aoseconômicos.

A NOTA

E a seguinte, na integra, nneta do Partido Libertador;

"O recesso cm que entrou ..Câmara dos Deputados no dia18 do mès corrente tem sidointerpretado como trégua be-néfica ha luta que se diz tra-vada entre o Poder Executi-vo e o Legislativo.

Contestamos, primeiramente,que de tal luta essencialmentese trace. E achamos, por isto.descabido o apelo feito por ci-dadãos dignos do maior apreçoe consideração, para que osdois podêres políticos da Re-pública se entendam, de acôr-do com o que preceitua aConstituição Federal. Estives-sunos praticando o sistemaparlamentar de Governo esta-belecido, embora com algumasfalhas, pelo Ato Adicional, par-te Integrante da Constituição,tal luta nâo haveria c o con-flito que surgisse facilmente seresolveria. O Presidente da Re-pública, se alguma consciênciativesse da alta dignidade dasua magistratura, dela nãodesceria, para se imiscuir rinluta política, melhor, para tor-nar-se dela fator e parte.

Há realmente uma luta noseio do poder público, existeuma gravíssima crise política,que começou, ou, mais exata-mente, recomeçou no dia daposse do Sr. João Goulart, mastal luta náo é entre dois ra-mos do poder público — o Po-der Legislativo e o Poder Exe-cutivo — senão entre o poderpessoal, que o presidencialismocriou e levou até à ditadurapessoal, embora qüinqüenal, e aefetiva democracia represen-tativá, que no parlamentaris-mo encontra sua melhor ex-pressão.

Mas êste é apenas um aspec-to da questão: outro há, que.apesar de menos evidente, sópoderia passar despercebidonum pais de tão pouca sensi-bilidade moral na vida pública,qual o nosso. Referimo-nos aorespeito dos compromissos so-lenemente assumidos perante aNação.

Ninguém ignora que a emen-da parlamentarista, subscritapor dois terços dos membros dnCâmara, ali estava em normaltramitação, quando ocorreu acri.e poliüco-militar de agosto.E que então, sob a íorma deum substitutivo, que recebeu onome de Ato Adicional, foi aadoção imediata do sistemaparlairiéntár o recurso de quelançou mão o Congresso paraevitar a guerra civil iminente epacificar o pais. Embora sejareconhecido, é também igual-mente certo que os Ministrosmilitares relutaram em aceitara solução que lhes íoi apresen-tada pelo Congresso. Assim,tornou-se êste o fiador da paci-ficação perante o Pais e garan-tia do tratado de par peranteos Ministros militares, que que-riam impedir a posse do Sr.João Goulart, tratado que ha-veria de vigorar enquanto clu-rasse o mandato do Vice-Presi-dente da República. Já parao Presidenta empossado, ne-nhum valor tinha o Ato Adicio-

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nal. Era, apenas, um instru-mento que lhe serviria paragalgar o poder tornndo Inútildepois de alcançado o objetivoque não se sabe ao certo atéonde seria levado.

Como, pois, querer o acordoentre os dois ramos do podersegundo o apelo feito por cida-dãos dignos do maior apreço econsideração, se não se tratade divergências ocasionais en-tre eles, mns são duas tendén-cias democráticas e a tendên-cia autocrática? Ou vence umaou vence outra. Enquanto umadelas não dominar inteiramen-te a outra, permanente será acrise política. Depois, será ou nresignação na servidão ou orenascimento na liberdade. Tnlé a opção que se oferece aoPais.

Foi o Sr. João Goulnrt quem,instalando-se na Presidência,reabriu a luta já superada peloAto Adicional, e a vem delibe-rad.imente mantendo graça,,aos poderosos recursos ofereci-dos pelo alto cargo que éle vemexercendo desembaraçadamen-te. como se estivéssemos empleno sistema presidencial.Pressão e corrupção têm sidoas suas grandes armas. Dacorrupção e suas múltiplas erecônditas vias, não é misterfalar. Sente-se, mas não se vê.A pressão tem-se exercido sobvariadas formas: desde a di-reta e pessoal, nté a indireta ecoletiva. Instrumento destatem sido a falsa invocação dasclasses armadas. Exigem estaso ulebiscito e não toleram amenor dilação, apesar de esta-belecido pelo Ato Adicional,isto é, pela Constituição, a da-ta em que èle se poderá rea-lizar. Tal pressão tem-se pro-curado exercê-la, não somentesobre o Congresso Nacional,mas também sobre o próprioPoder Judiciário. Mas a maisperigosa forma é a que se po-de cha m a r pressão derna-póçica e tem sido aplicadacontra o Congresso e o siste-ma parlamentar. O Presidenteda República não se despojoudo seu atributo de chsfe po-pulista, como seria óbvio riopróprio sistema presidencial eimperioso no sistema parla-mentar. Assim, no mesmo tem.po que tem agravado a inflaçãocom a nomeação de dezenas d_milhares de funcionários, temsaído a acusar o próprio Con-.selho de Ministros, criação suae não representação do Par-lamento, de ser incapaz de re-solver o.s prementes problemasnacionais, que o Presidente dizresolver por conta própria, adc.oéito do Congresso.

E não bastando isto, temmobilizado os sindicatos, paraexercer pressão sóbre o Parla-mento, mediante ilegais grevespolíticas.

A Câmara dos Deputados, porsua vez naturalmente sensívela toda íorma de pressão de-magógica, tem grandementeagravada a sua sensibilidadepela infeliz proximidade daseleições legislativas.

Tal é a perspectiva que senos oferece, ao iniciar-se o re-cesso parlamentar. Não se ate-nuou, como a muitos se afigu-ra, a crise política. A luta re-começará, certamente em con-dições mais difíceis. & para talilusão que nos sentimos naobrigação de chamar a aten-ção dos partidos democráticose do Pais. O Partido Liberta-dor não transigirá, ainda quefique isolado na sua resistên-cia. Não entrará em acordo,nâo aceitará a emenda daConstituição, já assentada, pa-ra levar ao abandono do siste-ma parlamentar e desimpedirinteiramente o caminho aoexercício do poder pessoal. Nãoaceitará o que, mais do quetrégua entre combatentes deci-didos a prosseguir na luta, éarmistício nreoaratório da ren-dição."

Goulart vaifalar aoPaís dia 24

Brasília (Sucursal) — O Pre-sidente João Goulart deverá fa-zer um importante pronuncia-mento político à Nação, no dia24 de agosto, em São Borja,para onde viajará, como temfeito todos os anos, a fim dereverenciar a memória do Pre-sidente Getúlio Vargas.

Nessa data, segundo infor-mações não oficiais, colhidasontem em fontes ligadas àPrc-sidência da República, o pon-to será facultativo em tôdasas repartições públicas federais,conforme decreto a ser baixa-do hoje ou amanhã.

O Presidente cancelou a via-gem programada para amanhã,quando deveria presidir à inau-guração de uma refinadora cemilho, na Cidade paulista deItapetininga.

Faria LimasubstituiFauzc Carlos

São raulo (Sucursal) — OPartido Trabalhista Nacionalde São Paulo indicou domingo,em convenção, o nome do Bri-gadeiro Faria Lima para con-correr ao cargo de Vice-Go-.vernador na chapa do Sr. Jâ-nio Quadros. A decisão íoitomada diante da renúncia doSr. Fauze Carlos.

rt '4 «f IP. Cad., Jornal do Brasil, 3A-feira, 21-8-82

Campanha de vacinaçãocontra varíola no Riocomeça pela televisão

A Campanha de Erradicação da Varíola foi instalada,ontem à noite, na Guanabara, durante um programa detelevisão, em que íol demonstrada a maneira de aplicaçãoda vacina lioíilizada, de virus puro, com imunização garan-tida por quatro anos.

Na campanha contra a varíola — a ser realizada nosmesmos moldes da vacinação oral contra a poliomielite —serão aplicadas três milhões de doses, que foram doadas aopovo carioca pelo Governo do Peru, durante a gestão doPresidente Manuel Prado.

MARATONA' '&&'¦'&£$ ¦n :'.';

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Nelson deMelo fêz63 anos

' Oficiais e funcionários do Ml-liistérlo da Guerra homenagen-ram ontem o Ministro da Guer-ra, General Nelson de Melo, pe-Ia passagem do seu 63.° ani-versárlo.

O Coronel Euler Bentes Mo-reira saudou o General Nelsonde Melo em nome do Chefe doseu Gabinete, oferecendo-lheuma lembrança.

Ministrodelegapodêres'

O Ministro da Viação, Sr. Hé-lio de Almeida, assinou atodelegando competência aoSubsecretário, Sr. Plínio Ca-tanhede, para agir na sua au-sência, a íim de evitar solu-ção de continuidade no anda-mento dos processos.'

A competência abrange acoordenação de planejamento,instruções a órgãos do Minis-tério, concessão de autorizaçãopara serviço interior limitadode radiocomunicação, requisi-ção de adiantamentos e paga-mento de despesas dentro dasdotações orçamentárias, paga-mento de restos a pagar, dis-trlbuiç&o de créditos aos de-partamentose repartições, apro-vação « assinatura de contra-tos e assinaturas de convênios,ajustes e prorrogação de pra-zos d* vigência.

APLICAÇÃO

A nova vacina antivariólicaé aplicada através da introdu-ção de um alfinete esterilizadona pele. É indolor, mas podecausar alguma irritação, aste-nia muscular e até febre.

A varíola, conhecida no in-terior como bexiga, foi introdu-zida no Brasil pelos primeiroscolonizadores europeus. Febrealta e o aparecimento de erup-ções na pele são os sintomasiniciais. É doença altamentecontagiosa, epidêmica e infec-ciosa.

POSTOS

Além da vacinação de 450mil crianças pelo Departamen-to de Saúde Escolar, a Secre-taria de Educação atenderá aomaior número possível de pes-soas, diariamente, das 8h às18 h (aos sábados, das 8h às13 h), em todos os postos doDepartamento de Higiene enoutros que íoram instaladosespecialmente para a campa-nha.

Esses postos funcionarão naRua do Resende, 128; Rua El-pidio Boa Morte, 232; Rua Sil-veira Martins, 181; Rua Gene-ral Severiano, 91; Rua Tonele-ros, 282; Avenida do Exército,1; Rua Desembargador Isidro,52; Rua Visconde de Santa Isa-bel, 56; Av. Amaro Cavalcanti,125; Avenida Ministro EdgarRomero, 294; Rua LeopoldlnaRego, 754; Rua Cândido Bení-cio, 791; Rua Silva Cardoso,381; Rua Senador Camará, 56e Avenida Paranapuã, 435.

CERIMÔNIA

A cerimônia de lançamentoda campanha na televisão con-tou com a presença do Gover-nador Carlos Lacerda, do Car-deal Dom Jaime Câmara e doSecretário de Saúde, além dediversas senhoras que vão co-laborar como voluntárias.

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Comissão de Rádio diza Juiz que Lacerda nãosofreu censura na TV

Respondendo ao pedido dc informações do Juiz FonsecaPassos, da 4,a Vara da Fazenda Pública, o Presidente daComissão Técnica de Rádio, Tenente-Coronel Leonel Mar-tlns Nei da Silva, sustentou que o Governador Carlos Lacer-da não soireu qualquer restrição da censura em programaspela televisão, embora a União esteja autorizada a intervirnas irradiações que preguem a subversão da ordem e o dos-respeito às autoridades constituídas.

Em sua resposta, encaminhada ontem, afirma o Presi-dente da CTR que não há cabimento para o mandado de se-gurança, porque o impetrante não sofreu lesão em nenhumdireito líquido e certo. Se tivesse havido censura, a compe-tência para julgar o mandado de segurança seria do Tribu-nal Federal de Recursos, porque a autoridade coatora, nocaso, seria o Ministro da Justiça.

O Tenente Marinho conduz o Fogo Simbólico que deverá chegar, dia 1, a Porto Alegre

Kennedy, oBenfeitordo Ano

A Campanha da Criança Re-tardada do Brasil acaba deeleger o Presidente John F.Kennedy, dos Estados Unidos,o Benfeitor do Ano, pelo mui-to que já realizou e realiza nocombate ao retardamento men-tal.

O Presidente John Kennedyíoi o primeiro homem, nos Es-tados Unidos, a iniciar umvasto programa de pesquisas,serviços e combate ao retarda-mento mental, tendo convoca-do, para desenvolver o progra-ma, nada menos de 27 nomesexponenciais da ciência ame-ricana.AJUDA

O pai do Presidente JohnKennedy, Embaixador JosephKennedy, doou recentemente àFundação Joe Kennedy Júnior,mantida pela família, a impor-tància de USS 10 milhões, des-tinados a ajudar as criançasretardadas.

Como incentivo ao interessepela causa, a Fundação JoeKennedy Júnior concede,anualmente, um grande prêmioao nome que mais se destaqueno combate ao retardamentomental.

Maurel abre Semana deCaxias condenandoas ideologias corrosivas

Em discurso, ontem, em írente ao Panteão de Caxias,o Comandante da l.a Região Militar, General Emílio MaurelFilho, afirmou que, "no momento em que o mundo é sacudi-do pelos ventos das ideologias exóticas, nefastas c corrosi-vas, não podemos deixar de advertir os desgarrados, indi-cando-lhes o perfil admirável de Caxias".

A cerimônia, que contou com a presença do Comandan-te do I Exército, General Osvino. Alves, e grande númerode oficiais-generais, marcou o início da Semana de Caxias.Às 17 horas, no Panteão, foi comemorada a abertura daXXV Corrida do Fogo Simbólico da Pátria, organizada celaLiga da Defesa Nacional.CERIMONIA

O General Emílio Maurel Fi-lho exaltou, em amplo discur-so, os feitos do Duque de Ca-xias, culminando por assinalarque os inimigos do Brasil estãose esquecendo dos conselhos doPatrono do Exército, e que aobediência aos mesmos consti-tui base de ação para a gran-deza do Brasil.

Após as continências de es-tilo, execução do Hino de Ca-xias pelo coro do Grupamentode Unidades-Escola, execuçãode salva de artilharia de 21 ti-ros e revoada de pombos-cor-reio, íoi colocada uma palma deflores junto à cripta do monu-mento, encerrando-se a primei-ra parte das solenidades com oHino Nacional.

A passagem do Fogo Simbó-lico, às 17 horas, transportado-pelo Tenente Marinho, acom-panhado de mais vinte atletasmilitares, discursaram o Almi-rante Álvaro Norberto e o Pre-sidepte da Academia Brasilei-ra de Letras, Srs. Austregésilode Ataíde. O Fogo Simbólicopartiu do Convento da Lapa,na Bahia, devendo estar emPorto Alegre a 1 de setembro,para as comemorações da Se-mana da Pátria.

Este ano, a Corrida do FogoSimbólico presta homenagem ãmulher brasileira, que pelesseus feitos heróicos contribuiupara a formação da nacionaii-dade. A solenidade data de 25anos e simboliza a União Na-cional.

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C. Mendesfaz provascom atestado

Seguindo conselhos da di-reção da escola, mais de 400alunos da Faculdade de Di-reito Cândido Mendes apre-sentaram atestados médicospara poder realizar as pro-vas parciais, que foram ini-ciadas na noite de ontem —apesar das ameaças de dis-túrbios — e continuarão du-rante a semana.

Embora o Centro Acadê-mico Rui Barbosa e a UniãoMetropolitana dos Estudan-tes (UME) aleguem que asprovas são ilegais e que porisso vão solicitar sua anula-ção ao Ministro RobertoLira, o Diretor da Faculda-de, Sr. Eurico Brasil, afirmaque elas continuarão, pornada terem com o Ministé-rio da Educação. Cada pro-va custa Cr$ 500, pagos an-tecipadamente.

200 milhõesde marcospara o Brasil

O Sr. Hermann Goergen, cx-Deputado do Partido da UniãoCristã Democrática da Alemã-nha e Presidente da SociedadeTeuto-Brasileira, que ontemchegou ao Rio de Janeiro, dis-se que o seu país provàvelmen-te emprestará 200 milhões demarcos ao Brasil.

Acrescentou o Sr. HermannGoergen que está ocorrendo, nomomento, a preparação legaldos documentos para a aplica-ção do dinheiro no Brasil, emcujo desenvolvimento o Govêr-no alemão deposita uma gran-de confiança.

Disse também o Sr. HermannGoergen que pretende, na suaestada de quatro semanas noBrasil, pronunciar várias pales-trás, a fim de "neutralizar cer-tos mal-entendidos existentesatualmente entre brasileiros ealemães ocidentais".

Médico dosEUA elogiatese da URSS

O Professor Maxwell Roland,que chefiou a delegação norte-americana ao Congresso deFertilidade, declarou que o me-lhor trabalho de todo o Con-gresso foi o estudo apresentadopela delegação soviética sobreo novo método visando ao re-sultado positivo da gravidez,em organismos inférteis, atra-vés da cirurgia.

A declaração do ProfessorMaxwell foi feita ao embarcar,ontem, no Galeão, de regressoao seu pais, acentuando que areunião teve como finalidadepreatar esclarecimentos e aju-dar as pessoas a ter filhos tini-eamente pelos meios naturais.

APRECIAÇÃO

Quanto à delegação dos Es-tados Unidos, disse o seu chefeque ela se limitou a fazer umaapreciação de todas as tesesapresentadas, para confrontosfuturos com as pesquisas queatualmente se realizam por to-do o pais.

Magessideclina dehomenagem

O General Augusto da CunhaMagessi, Comandante da 1.*Divisão de Infantaria e Presi-dente do Clube Militar, distri-bulu nota ontem declinando dahomenagem que lhe estava sen-do preparada por amigos e ca-maradas, pela sua eleição parao Clube.

Na sua nota o General Ma-gessi "manifesta de público seuagradecimento pela fidalga in-tenção. solicitando, porém, quea homenagem não se realize,dada a quadra que atravessa-mos de intensa atividade ecompressão de despesas."

A mesma lista de adesões queestá correndo para o GeneralMagessi sugere, também, umahomenagem ao General Laclá-rio Pereira Teles, Comandantedo GUEs, pela sua recente pro-moção.

LEGAL

Além de citar os dois víciosapontados — inexistência decoação e incompetência dainstância —, o Tenente-Coro-liei Leonel Nei da Silva frisaque o ato de censura prévia éperfeitamente legal, porque aUnião pode intervir, sem ofen-sa ao princípio constitucionalda liberdade de pensamento,no interesse da ordem e da so-ciedade, nos programas e irra-diações que pregam a subver-são da ordem pública ou des-respeito aa autoridades consti-tuídas.

O que, sçm dúvida, nãopermite o Sr. Ministro da Jus-tiça, cioso de suas responsabi-lidades e no dever de fustigarngitações perturbadoras da or-dem interna do Pais — acres-centa —, é que se realizemprogramas políticos no rádio ena televisão em que os seusparticipantes, sem manifestara intenção de fazer propagan-da eleitoral, pretendem ofen-der as autoridades do País ealarmar a Nação.

Pol por isso — explica —que determinou a gravação emvideo-tape, para prévia censu-ra, da última alocução dirigi-

da á Nação pelo Sr. Governa-dor dêste Estado, sem anuncia-do propósito eleitoral. ,;

Candidato deconciliaçãoem São Paulo

São Taulo (Sucursal) — Onome do Sr. Francisco de Pau-Ia Vicente de Azevedo vemsendo lembrado nos círculospolíticos como uma possívelsolução para o problema dasucessão estadual, como can-didato de conciliação que reu-niria em torno de si as diver-sas correntes partidárias.

O Sr. Francisco de PaulaVicente de Azevedo já ocupoualtos cargos no Estado, in-c 1 u s i v e a Presidência doBanco do Estado dc SãoPaulo e a Secretaria da Fa-zenda. __ figura muito popu-lar no interior, tendo recebi-do o título de Patrono do Ca»fé pela sua desassombra-da atuação pelo restabeleci-mento do Instituto do Café. ¦

Estudantes grevistas de SPfazem passeata, comícioe exposição ao Governador

São Paulo (Sucursal) — Cerca de mil universitáriosde todas as Faculdades da Universidade de São Paulo des-filaram por três horas pelo centro da Cidade, ontem, can-tando paródias, fazendo discursos e levando faixas comexplicações sobre a sua greve, que mantém inalterada omesmo com perspectiva de agravamento a crise univer-sitária: professores contrários ao Reitor Ulhoa Cintra ten-tam derrubá-lo do posto, em favor do Professor Gama oSilva.

A passeata, que não fora autorizada pela DOPS, co-meçou na Faculdade de Filosofia e terminou com um cò-micio na Praça da Sé, onde os estudantes designaramuma comissão para entender-se com o Governador emexercício, Desembargador Silos Cintra, no Palácio do Go-vêrno. Embora recebesse os estudantes cortêsmente, disseo Governador que a autonomia universitária impede a suaintervenção.O DESFILE

Da Faculdade de Filosofia,na Rua Maria Antônia, a co-luna de universitários seguiupara a sede de O Estado doSão Paulo, onde os manifestan-tes entremearam com vaiasuma paródia da modinha Comjeito vai, dizendo: "Se alguémlhe perguntar se a greve é sub-versão, esclareça que isto é on-da do Estadão".

Dali, os estudantes seguirampelo Teatro Municipal, Ruas 24de Maio, Barão de Itapetinin-ga, Libero Badaró e Largo deSão Francisco, até alcançar aPraça da Sé, onde se realizou ocomício. Os Professores Fer-nando Henrique Cardoso e LuisFreitas Bueno, que estão ten-tando um entendimento dosestudantes com o Reitor, acom-panharam a passeata, "paraver como vocês esclarecem opovo".

Em suas faixas, os universi-tários definiram a Universida-de que pleiteiam: 1) que o mé-dico atenda a lodo:; 2) que oadvogado defenda os sem re-cursos; 3) que o engenheiroplaneje para tôda a sociedade;4) que o arquiteto se dediqueà habitação popular.

O encontro com o Governa-dor durou poUcos minutos: oDesembargador Silos Cintra ex-plicou, em tom cordial, quenão poderia tratar do assunto,porque a Reitoria da Universi-dade "tem desenvolvido as ges-toes necessárias para a soluçãoda crise".

•A greve, que poderá estender-se a outras unidades da Uni-

versidade de São Paulo, nãoapresenta possibilidades de so-lução imediata, porque tambémos professores que participamdo Conselho Universitário na-da acrescentaram neste senti-do, pois adiaram para hoje areunião em que deveriam de-bater o problema, ontem.

Ao lado do movimento estu-dantil, delineia-se o dos profes*sores que, dentro do Conselho,participam da oposição ao Rei-tor Ulhoa Cintra. Através desucessivos adiamentos da de-cisão sobre a questão, o grupooposicionista acredita poder en-fraquecer o Reitor e derruba-lo, para elevar ao posto o Pro-íessor Gama c Silva, Diretorda Faculdade de Direito.

O Reitor vê-se entre dois fo-gos, porque também não con-corda com a participação dosestudantes nos órgãos de dire-ção da USP. A chamada alaprogressista tem procurado umacordo com os alunos, para evi-tar o aproveitamento da crisepela oposição. O primeiro re-sultado dessas gestões íoi a de-socupaçáo das escolas pelos es-tudantes, sábado, por mediaçãodo Professor Fernando Henri-que Cardoso, catedrático de Ci-éncias Sociais da Faculdade doFilosofia e figura bastante po-pular entre os universitários.

Em face do impasse, outrasescolas da USP anunciam as-sembléias para decidir se en-tram em greve. Uma delas é aFaculdade de Direito, que ini-ciou à noite uma reunião paraexaminar o problema.

Embaixador Henrique Valevisitará países latinospara tratar de política

O Secretário-Geral Adjunto do Itamarati para AssuntosAmericanos, Embaixador Henrique Vale, que viajará depoisde amanhã para o México, a fim de chefiar a delegação bra-sileira à reunião da Associação Latino-Americana de LivreComércio, visitará, na fase intermediária da conferência,vários paises latinos, inclusive Venezuela e Cuba, para. in-crementar as relações diplomáticas.

Nesse giro pela América Latina, o Embaixador HenriqueVale negociará, em nível de comissões, as listas de produtoscujas tarifas serão reduzidas na zona de livre comércio.Sabe-se que em Havana o Embaixador fará gestões para aconcessão de salvo-condutos aos asilados que ainda perma-necem sob a proteção do Brasil.REUNIÃO

A viagem do EmbaixadorHenrique Vale assumirá espe-ciai importância na Venezue-Ia, onde deverá manter conver-sações sobre a politica conti-nental, tendo em vista as po-sições diferentes que o Brasile aquele país defendem quan-to ã instalação de governos ciefato na América Latiria e seureconhecimento.

Ontem, no Ita m arai I, oChanceler Afonso Arinos man-teve rápida reunião com o Mi-nistro Henrique Vaie c com osEmbaixadores brasileiros na

Argentina e na Venezuela; res-pectivamente, Srs. BolitreauFragoso c Antônio Correia doLago. •-'

Da reunião participaramtambém o Secretário-Geral dePolític/i Exterior, EmbaixadorHaime Chermont; o Secretáriodas Relações Exteriores, . Em-baixádor Carlos Alfredo /Ber-nardes e o Ministro LucilioHaddock Lobo, Chefe da Divi-sáo cia América Meridional, eque substituirá o EmbaixadorHenrique Vale na Secretaria deAssuntos Americanos, durantea visita dêste ao México- c ;.outros paises do Continente. ¦

Jornal do Brasil, 3.a-feira, 21-8-02. l.o Cad.

CPI do abastecimento encerrao seu inquérito na GuanabaraCom os depoimentos dos

Srs. Almiro Simões Pires,Presidente da Federação dasAssociações Bizícclas, e Vas-co Silveira, Conselheiro doIRGA, a Comissão Parla-mentar de Inquérito do Se-nado encerra, hoje, na Gua-nabara, a penúltima etapade seus trabalhos, seguindopara Brasília, a fim de ou-vir amanhã os ex-MlnistrosTancredo Neves e ArmandoMonteiro Filho, o Primeiro-Ministro Brochado da Rochae os Ministros da Agricuitu-ra, da Indústria e Comércioe Fazenda, encerrando a fa-se dos depoimentos.

A CPI reuniu-se ontem,e x t r a o r dinàriamente, naGuanabara, mas sem resul-tado: o ex-Primeiro-Minis-tro Tancredo Neves e b ex-Ministro da Agricultura, Ar-mando Monteiro Filho, nãopresta ram depoimento. Oprimeiro compareceu ao Pa-lácio do Monroe, mas pediuadiamento para o dia 28, às10 horas, em Brasília, pornão dispor, no momento, doselementos essenciais parasua exposição, enquanto queo Sr. Armando Monteiroconti nuava no interior dePernambuco fazendo propa-ganda política, mas deveráser ouvido em Brasília, emdata a ser marcada.PRODUTORES FALAM

Assim, a CPI marcou paraas lOh 15m de hoje o depoi-mento de produtores gaú-chos de arroz. Um deles, oSr. Jaime Mena Barreto Fiz-néri Presidente da Federaçãodas Cooperativas de Arroz,telegrafou informando q u eestá doente, não podendo,assim, comparecer. Em con-seqüência, serão ouvidosapenas dois, um do IRGA eoutro da Federação das As-sociações Rizicolas, Srs. Al-miro Simões Pires e VascoSilveira.CORONEL CAIROLI

O Senador Jefferson deAguiar, Relator da CPI, in-formou que vai solicitar doChefe do DFSP, CoronelCarlos Cairoli, documentossobre a atuação da PolíciaFederal na crise do feijão,em junho. O Senador, len-do recorte do JORNAL DOBRASIL do dia 17 de junhodo corrente ano, constatouque a Policia Federal, se-gundo nota oficial distribui-da pelo Coronel Cairoli,apreendeu faturas de com-pras do feijão, ao preço deCr$ 1300 a saca. No comu-nicado, o Coronel denuncia-va que o feijão-prêto do Suljá não estava mais nasmãos dos produtores, e simnas mãos dos Intermedia-rios. Frisava, ainda, o mili-tar, que "grupos especula-dores estão pretendendo lo-cupletar-se às custas do so-frimento do povo".

Também ao Juiz CastroCerqueira, da l.a Vara de

Fazenda Pública, a CPI vaidirigir-se. Pedirá certidãodo processo em que a Re-presentações Candanto Ltda.(Rua do Acre) impetroumandado de segurança con-tra a Cofap, pois a firmajuntou documentos, parailustrar o processo, nos quaisconfessa que o feijão-prêtofoi comprado por apenas ..Cr$ 1300 a saca, apesar deos comerciantes, em suceb-sivos depoimentos à CPI,afirmarem que o produtocusta Cr$ 4 000 a saca.

ARROZ A VENDA

A Cofap anunciou, parahoje, venda de arroz atravésdos postos do SAPS nas fa-velas de Ramos e Penha;amanhã, no Engenho Novo

¦ e Estrada Grajau—Jacaré-paguá; quinta-feira, nas fa-velas de Coelho Neto eBaixa do Sapateiro; na sex-ta-feira, na Rocinha.

O SVCESSO EM CEISA

FEIJÃO-PRÊTO

Sobre o feijão-prêto, aCofap disse que já apreen-deu 406 toneladas, sendodistribuídas 85 toneladas naGuanabara, em vendas avarejo em seus caminhões,nos do I Exército e rede demercadinhos da Secretariade Agricultura, além de ven-das a orfanatos, hospitais,escolas etc. As 321 tonela-das restantes, foram enca-minhadas ao Estado doRio, sob responsabilidade daCoap local.LIMINAR É EQUÍVOCO

O Juiz J. J. da FonsecaPassos, da 2.* Vara da Fa-zenda Federal, disse ontemao JORNAL DO BRASIL quenão concedeu liminar aomandado de segurança im-petrado pela CCPL visandoa liberação do preço do lei-te in natura, tendo por issorecebido com espanto a no-ticia de que o Presidente doTribunal Federal de Recur-sos havia cassado a liminar.

Por sua vez o Juiz CastroCerqueira, da 1." Vara daFazenda Federal, tambémrecebeu com surpresa a co-municação de que a liminarpara liberação do preço doarroz fora cassada porque,há vários dias, êle própriohavia suspendido a liminaranteriormente concedida.

Assim, das três liminarescassadas pelo Ministro Sam-paio Costa, Presidente doTribunal Federal de Recur-sos, em Brasilia, somente aque estava em vigor era aque liberou o preço do pão,concedida que foi pelo JuizCastro Cerqueira, da 1." Va-ra da Fazenda. Fontes doForo comentavam ontem queo Ministro Sampaio Costadeve ter sido induzido emerro por um dos Procurado-res da República, que reque-reram a cassação de limina-res não concedidas.

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Caixa Econômica aceitafim do expediente aossábados: acordo vai sair

O Presidente da Caixa Econômica Federal, Sr. JerònimoCastilho, entregou, ontem, ao Presidente do Sindicato dosBancários, Sr! Antônio Pereira, um documento no qualafirma que a Caixa Econômica acatará qualquer decisão doBanco do Brasil a respeito da extinção do trabalho aos sá-bados nos bancos do Estado da Guanabara.

O parecer da Caixa Econômica, segundo declarou aoJORNAL DO BRASIL o Sr. Antônio Pereira, tirou o últimoempecilho à assinatura do acordo que extinguira o trabalhoaos sábados, pois o Banco do Brasil não precisa ser con-sultado, já que é parte integrante do Sindicato dos Bancose respeitará, automaticamente, qualquer decisão do órgãode classe.

Além da consulta à CaixaEconômica, a única condiçãoimposta pelo Sindicato dosBancos para extinguir o traba-lho aos sábados foi aumentarmeia hora de trabalho por diano expediente dos bancos doEstado da Guanabara, cláusulaque foi aceita em assembléia-geral do Sindicato dos Banca-rios. Caso o acordo seja assina-do hoje, entrará em vigor den-tro de um mês.

Menino brasileiro quevisitará a Suéciaserá conhecido hoje

O menino brasileiro que irá à Suécia no próximo dia 30de agosto, para assistir, entre outras coisas, ã estréia mun-dial do filme As Aventuras Maravilhosas de Nils, será co-nhecido na tarde de hoje, quando o Júri formado por set»pessoas proclamará o nome do escolhido entre sete can-didatos.

A Professora Edvete da Cruz Machado, integrante doGrupo de Trabalho que organizou o concurso, promovidopelo JORNAL DO BRASIL e a SAS, disse que o ganhadorterá provavelmente uma pequena vantagem, porque o equi-librio é patente entre os sete meninos".

O ACORDO

Banqueiros e bancários reu-nidos às 15h 30m de hoje noSindicato dos Bancos poderãoentrar em acordo definitivo eassinar o decreto, pois, segundoo Sr. Antônio Pereira, todas ascondições estabelecidas quandodo primeiro acordo provisóriojá foram cumpridas e a Dire-toria do Sindica tg dos Banca-rios possui autorização da elas-se para tomar qualquer decisão.

DECISÃOO Embaixador da Suécia, um

representante da SAS, um daCruz Vermelha Brasileira, trêsda Secretaria de Educação e oSr. Bernard Campos, Superin-tendente do JORNAL DO BRA-SIL, estarão escolhendo às 15horas o representante brasilei-ro às festas que 21 crianças detodo o mundo assistirão e queculminarão com o lançamentodo filme que inspirou a pro-moção.

Os candidatos — todos coma mesma chance — são AndréColson Schwob, do Colégio São

Bento; Carlos Eduardo Corre»Pinto, do Colégio Estadual Ri-vádáyía Correia; José PadilhaGonçalves, do Colégio de Apli-cação da Faculdade Nacionalde Filosofia; Marco RobertoFlorski, do Colégio Anglo Ame-ricano; João Eugênio VieiraPacheco, do Colégio Cruzeiro;George Edward Machado Mo-rais, do Colégio Santo Inácio;e Richard Henrl de Albuquer-que, do Colégio Pedro II.

A exemplo do primeiro teste,o de hoje será feito numa salafechada, entre o entrevistadoe o entrevistador.

tltimos ensaios dc My Fuir Lady fórum ontem « noite:hoje o sucesso estará em cena

"My Fair Lady" lota hoje oteatro na "avant-première"e amanhã já repete sucesso

Depois de três meses de preparativos, será apresentada,hoje, em avant-première, com a lotação completa, no Tea-tro Carlos Gomes, a comédia musical Minha Querida Lady(My Fair Lady), baseada na peça Pigmaleão, de BernardShaw, tendo como artistas principais Bibi Ferreira, PauloAutran e Jaime Costa.

Para a avant-première de hoje, a lotação do Teatro estáesgotada desde a semana passada e, para a estréia, ama-nhã, restavam poucos lugares ontem à noite, quando fun-cionários do Carlos Gomes entregaram o teatro pronto aosresponsáveis pela peça. O último ensaio foi feito ontem, às23 horas.

Fontenele assumiu garagemda RP prometendo instalarlogo uma oficina mecânica

O Coordenador-Geral dos Transportes da Guanabara,Coronel Américo Fontenele, assumiu, ontem, a direção dagaragem da Radiopatrulha, dando licença para que 150 dos202 mecânicos, que não se conformaram com a criação deum horário único de trabalho, voltassem a suas repartições.Os 202 mecânicos cuidavam de 88 carros.

O Coronel Fontenele falou depois à imprensa, desmen-tindo que houvesse provocado "uma intriga junto ao Chefede Polícia para apoderar-se da garagem", e prometendopara dentro de 60 dias a Instalação de uma oficina mecani-ca. Os mecânicos da garagem eram todos improvisados.

PREÇOS

Membros do elenco de MyFair Lady disseram ao JOR-NAL DO BRASIL que a peça éa mais cara já encenada noteatro brasileiro, sendo que oseu custo está calculado emmais de CrS 10 milhões. Acre-ditam que a peça fique em ce-na tanto tempo quanto ficouem Buenos Aires: um ano. NosEstados Unidos, permaneceusete anos, em Londres, cincoanos e, no México, dois anos.

Foram os seguintes os preçostabelados para a peça: camaro-te, Cr$ 7 mil; poltronas, da pri-meira à oitava fila, CrS 1 500;da nona à 15°, Cr$ 1 mil; de-mais dependências da platéia,CrS 800; balcão nobre. CrS 600;e galerias, CrS 200. Serão reali-

zadas sessões diárias às 21 ho-ras: duas aos sábados (às19h45m e às 22hl5m), matinêsãs quintas e domingos, às 16horas, e sessão especial, às 18horas.

ELENCO

Além de Bibi Ferreira, quepor causa da peça recusou vá-rios contratos na televisão,.Paulo Autran e Jaime Costa,atuarão em My Fair Lady osseguintes atores: Sérgio Vioti,Suzana Negri, Hélio Paiva, Es-telita Bell, Sérgio de Oliveira,Elza Gomes, Suzy Arruda, Tel-cy Peres e Alexandre Belucci.

A orquestra terá como regen-te o maestro Alexandre Gna-talli, que atuará com um corode 16 vozes.

PLANO ANTIGO

Ssgundo o Coronel Pontene-le. desde fevereiro de 61 o Go-vérno pretendia que a Coorde-nação assumisse o controle doatransportes da Radiopatrulhae da Polícia Civil. Isso nãoaconteceu antes em face ú„ssucessivas mudanças na Chefiado Departamento Estadual deSegurança Pública.

Segundo o Chefe do Serviçode Radiopatrulha, a verba demanutenção foi cortada pelaAssembléia Legislativa. Porisso, o galpão das 88 viaturasdesde 5 de dezembro de 1960está com as obras de reformaparalisadas e não dispõe deoficina mecânica, ferramentase almoxarifado.

O saldo de uma verba federalde CrS 88 milhões foi destina-do à Coordenação- '

IRREGULARIDADES

No Posto Zero da Radiopa-tralha, por volta dar, 16 horas.o Coronel Fontenele começoua inteirar-se da sltuaçf.-j.

Apurou que 55 por cento da

frota estavam parados e os 45em disponibilidade tinham pre-cárias condições de funciona-mento. Vários mecânicos li-nham horário de serviço queimplicava em um dia de traba-lho por cinco de folga na se-mana, outros na base de setepor 48 horas ou 12 por 96.Nenhum deles era realmenteprofissional: eram todos guar-das da Policia Civil e de Vigi-lãncia e outros servidores im-provisados em mecânicos. ,

O Coronel estabeleceu umhorário único de 7 às 16 horas,cem escala para sábados e do-mingos.

Além dos 88 carros da RP —64 sedaixs e 24 Kombis — exis-tem na garagem 22 outros, queserão enviados para as reparti-ções a que. pertencem.

Pretende o Coronel Fontene-le. com mão-de-obra posta a -

' sua disposição pelo Chefe dePolícia, reformar o galpão de200 metros em que são guar-' dados cs carros e que será sub-dividido para alojar almoxari-

¦fado, ferramentaria, graxaria,vestiário, lavatório e setor delinha de revisão.

Vistorias nas farmáciassuburbanas do Rio nãoencontraram Thalidomide

As Administrações Regionais de Vila Isabel, Bangu,Campo Grande, Santa. Cruz e Ilha do Governador encerra-ram as vistorias nas farmácias e drograrias localizadas emsuas jurisdições, sem que em nenhuma delas fossem encon-trados vidros dos medicamentos à base de Thalidomide, se-gundo revelam os relatórios enviados ao Serviço Estadualde Fiscalização da Medicina.

As Administrações de Madureira, Jacarepaguá e doCentro terminaram suas vistorias ontem à tarde; hoje, de-vem enviar seus relatórios ao Serviço Estadual de Fiscaliza-ção. O Diretor do Serviço, Sr. Francisco Laport, revelou,oficiosamente, que não foram encontrados vidros de Sedin,Sedalis e Slip.ROTINA

Com as vistorias nestas Ad-ministrações, e mais nas Ad-ministrações de Copacabana,Lagoa, São Cristóvão, Paquetáe Tijuca, a busca de medica-mentos à base de Thalidomidepassará à rotina do Serviço Es-tadual de Fiscalização da Me-dicina, conforme anunciou seuDiretor.

Em todas as vistorias nasAdministrações Regionais fo-ram arrecadados 16 vidros demedicamentos à base de Thali-domide, conforme já divulgado.Para o Sr. Laport, "o resultadofoi espetacular", e mostra queos estabelecimentos cumpriramas decisões do Serviço.COLABORARAM

. -Esclarecendo dúvidas, o Sr.Dagoberto Miranda, Diretor-substituto do Serviço Nacionalde Fiscalização da ' Medicina,disse que simultaneamente àproibição das vendas de Sedin,Sedalis e Slip, em 28 de marçoúltimo, os laboratórios proprie-tários dos produtos foram proi-bidos de fabricar as drogas.

Esclareceu que os laborató»rios, apesar de terem cassadasas licenças de fabricação dosprodutos, colaboraram com oServiço Nacional na apreensãodos mesmos em todo o terri-tório nacional, enviando, inclu-sive, circulares aos seus repre-sentantes, nesse sentido.

"Pagador"não cumpriua promessaPorque os homenageados, pol

motivo de força, maior, nâo pu-deram cumprir a promessa _*comparecer ao Palácio Tlraden-tes, a Assembléia Legislativa adiousim- die a homenagem qua aeriaprestada ontem aos produtores •Intérpretes do filme O Pagador d*Promessas.

A homenagem, proposta pei»Deputado Roland Corbisier (PTB),constaria de uma recepção da Ca»sa aos protagonistas do filme, alémde discursos; na hora do grand*expediente.

Ex-Chefe da Penitenciária Lacerda afirma em cartade Mulheres diz que as ao Secretário de Viaçãodetentas não passavam mal que não desejou atingi-lo

O Sr. Aldacir Guimarães Hill, que chefiou a Penitencia-cia de Mulheres, em Bangu, até quarta-feira, quando houverebelião das internas, disse, ontem, ao JORNAL DO BRASIL,contestando acusações, que durante o tempo de sua gestãoas presidiárias não sofreram maus tratos, a comida não eraruim e nem havia detentas grávidas.

— Não temo o inquérito instaurado para apurar as res-ponsabilidades pela rebelião — disse o Sr. Guimarães Hill,que entregou o cargo, dia 13, ao Promotor Jefferson Machado,"por não conseguir que fossem destacados membros daPolícia Feminina para o serviço de repressão interna napenitenciária".

Em carta ontem dirigida ao Secretário de Viação, Sr.Enaldo Cravo Peixoto, o Governador Carlos Lacerda afir-mou que os termos de seu despacho em processo oriundodaquela Secretaria não tiveram a intenção de atingir o Se-cretário, acentuando que "a obra que o Governo está reali-zando náo pode ficar à mercê de interpretações maliciosas".

O Governador Carlos Lacerda, depois de ressaltar aconfiança que deposita no engenheiro Enaldo Cravo Pei-xoto, acrescentou que a publicidade dada ao despacho partiuda própria Secretaria de Viação e não do seu Gabinete.

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TINTAS PROBAL *MAS BOAS CASAS DO RAMO

núncia de estarem grávidas —Marlene Simões e Cármen Re-Bina — irão hoje a exame decorpo de delito, o Sr. Guima-rães Hill disse Ber impossivelaos internos do Sanatório Penalpassarem para a Penitenciáriadas Mulheres, através dos bu-racos no muro que separa osestabelecimentos.

O ex-Chefe da Penitenciárianão contestou, por outro lado,a agressão que sofreu por parteda detenta Arrudinha, esclare-cendo, porém, que registrouqueixa no 28.° DP. O inquéritoadministrativo, instaurado sex-ta-feira, na Penitenciária Le-mos de Brito, para apurar arebelião de quarta-feira, aindanão foi iniciado.

— Ignoro os prejuízos causa-dos pelas internas, pois nãovoltei à Penitenciária após arebelião — concluiu o Sr. Gui-marães Hill.

A CARTA

A carta que o Governadorenviou ao Sr. Enaldo CravoPeixoto é a seguinte: "Meucaro amigo, Dr. Enaldo CravoPeixoto: No prosseguimento donosso esforço comum para pôrem movimento a máquina ad-ministrativa, o senhor fêz pu-blicar despacho meu, no quallhe agradeço ter feito preva-lecer o bom senso num pro-cesso que se arrastava com astergiversações tão freqüentes,contra as quais temos procura-do agir.

Parece que, em alguns se-tores, sempre interessados emcriar confusões, procura-se in-terpretar esse despacho, cujadivulgação foi de sua iniciatt-va, como pronunciamento quepudesse, de alguma forma,atingi-lo. Ora, êle visa exata-mente o contrário, isto é, a de-monstrar quanto estamos iden-tificados no mesmo programade ação, no mesmo critériode apreciação de problemas ena mesma orientação para re-solvé-los.

Uma vez que tudo tem deser explicado no propósito de

Ganhe para a Guanabaraum bom Deputado em Brasília!

Eleja

CASTILHO CABRALDuputado Federal

FRENTI: POPULAR — PSDComitê Central. Ed. Av. Central, s/loja 227

tp

evitar as mínimas confusõesnesta e noutras matérias, ve-nho transmitir-lhe êste escla-recimento, para o senhor e pa-ra mim, desnecessário, masque talvez acalme a malícia edesarme á má-fé que procurasempre cercar-nos para inuti-lizar os nossos esforços. Aobra que o Governo está rea-lizaiido na Secretaria de Via-ção e na Sursan, sob sua di-reção, não pode ficar à mercêde interpretações maliciosas.

Conto com a sua inestimávelajuda, como — estou certo —o senhor conta çom a minhapermanente admiração e crês-cente amizade. Cordialmente,Carlos Lacerda".

US$ 1 milhãoparacaçar jacarés

Para preparar uma caçadaque lhe custará, em dezembropróximo, cerca de um milhãode dólares, chegou ontem aoRio de Janeiro o milionárionorte-americano Nathan Beer,que entre os seus bens conta12 poços de petróleo no Texase uma rede de frigoríficos es-palliada por todo o territóriodos Estados Unidos.

O Sr. Nathan Beer, que jáabateu nada menos de 103 ledese 25 panteras, pretende caçar,na Região Amazônica, onças ejacarés, e até búfalos da Ilhade Marajó, "se as autoridadesbrasileiras permitirem".

O caçador norte-americanodisse que para a caçada de de-zembro próximo trará uma co-mitiva de 90 pessoas.

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Ferreira Gullur

O Brasil nao se conhe-ce a si mesmo, e essa éuma das razões pelasquais, com facilidade, setêm adiado os problemasque agora atingem o seuponto de furo.

O Rio é o mais impor-tante centro de opiniãopública do Brasil. Mas quesabem os cariocas do quese passa em Goiás, no Pa-raná, em Alagoas, em Per-nambuco? Essa ignorân-cia p o s s i b i 1 i t a que sedesencadeiem fulminantescampanhas contra esta ouaquela iniciativa, ta-chando-a de inconvenien-te, Inócua ou subversiva.Como pode a opinião pú-blica tomar partido, seela quase sempre desço-nhece a r e a 1 i d a d e dosíatos ?

Lembro-me disso sem-pre que me chegam aosouvidos novas informa-Ções sobre o que se passalonge da metrópole. Te-nho contado o que sei,neste palmo de coluna.Esforço-me por saber maiscoisas, e me espanto cadavez mais.

Outro dia encontrei-mecom um velho pernambu-cano, católico, homem defamilia tradicional, quetrabalhou muitos anos nadireção de uma usina deaçúcar em Pernambuco.Falou-me das condiçóesde trabalho do homemque se aluga às usinas eque vagueia como um nô-made pelo sertão, sem pa-radelro.

A usina lhe dá trabalho,quando chega a época dalimpa. Contrata trezen-tos homens, por um sala-rio de fome, sem do-cumento. Ficam alojadoscom mulher e filhos numbarracão infecto, peloqual pagam boa quantia.Quando se aproxima ò fimda limpa, a gerência dausina começa a pensar nadispensa do pessoal.

— Fiz isso dezenas devezes — conta-me o per-nambucano. Coisa desu-mana dos diabos !

O processo de dispensaé o seguinte. Reúnem-seos trabalhadores e comu-nica-se-lhes que, a partirdaquele dia, não haverámais trabalho aos sába-dos. Já um bom grupo vaiembora. Depois, corta-se asexta-feira. Outras fami-lias debandam. E assimaté reduzir o ganho dohomem a menos do queêle precisa para morar ecomer. Mudam-se paraoutra usina, onde a mes-ma coisa os aguarda.

NSo podem ter lar, nãopodem educar os filhos(mesmo que houvesse es-colas), não podem se af ei-coar a um palmo de terraalheia.

Enquanto isso, os donosde usina moram no Rio evisitam a Europa.

JORNAL DO BRASILRio, 21 de «gosto de 1962

Diretor-Prestdent» Diretor:C. Pereira, Carneiro M. F. do Nascimento Brito

Remessa de lucros

COISAS DA POLÍTICA

Comissão do acordo convocadapara reunião a 9 de setembro

Cartasdosleitores* O Sr. Hynenny Gomes Fer-

reira, Assistente Técnico daDelegacia do Instituto de Ajpo-sentadoria e Pensões dos Em-pregados cm Transportes eCargas, escreve a propósito dareclamação, formulada atravésdesta seção, pelo Sr. LeonardoBezerra Cavalcanti Neto.

Diz o Sr. Gomes Ferreiraque, "ao contrário do que ale-ga o referido senhor, aposenta-do do instituto, o Iapetc nãolhe tem negado os reajusta-mentos legais concedidos peloPoder Executivo aos Inativos daPrevidência Social, como de-corrêncla do salário minimo.os únicos que, por direito, lhecabem, nas atuais clrcunstãn-cias".

Explica adiante que "o quea Delegacia tem indeferido —e com o que não se conformao interessado — são os cons-tantes pedidos de revisão docálculo do beneficio, e de ou-tra íorma não poderia sê-lo,atendendo a que não só as suascontribuições recolhidas atra-vés da Delegacia do Recife nãoproporcionam um valor multomaior como também porque oatualmente fixado acha-se emperfeita consonância com o mi-nimo local atribuído à região".

.-,': O Sr. Aloisio Rosas achaque os soviéticos não realiza-ram nenhum feito extraordiná-rio ao manter os astronautasNikolaiev e Popovlch quatrcdias em órbita, "se se comparaa proeza de ambos com a queo brasileiro assiste a cada dia:os preços dos gêneros allmenti-cios no Brasil Já chegaram aalturas que os cientistas sovié-ticos jamais imaginaram"."O Brasil — diz o Sr. Rosas,que reside na Rua Santa Sofia,na Tijuca — Já está obtendoprodígios muitos maiores, dian-te dos quais a ciência soviéticae a norte-americana só podemficar abismadas: dentro embreve vamos lançar o fogueteCusto de Vida VI, cujo destino,no imenso ílrmamcnto. só Deuspode prever."

Sexta-feira última, 17 cie agosto, trouxe de-safôgo na crise política. Em compensação, agra-vou novamente a crise cambial. É que, em votoatabalhoado, eufóricos os deputados ante a emen-da sobre o plebiscito, distraída como sempre aliderança, e boa parte da Câmara a caininbo doaeroporto, para escapar à perspectiva de um fimde semana em Brasília, votou-se a restauração dcalguns dos mais desastrosos dispositivos do antigoprojeto Celso Brant sobre remessa de lucros decapitais estrangeiros.

Vários comentários, todos melancólicos, nosocorrem. Em primeiro lugar, o desprezo pela ex-periência. Dizia Tucidides que os desatentos àslições da História estão condenados a repeti-la. Eo que nos sucederá. Sob o regime de controle cam-bial das remessas de capitais estrangeiros, queprevaleceu de 1947 a 1953, tivemos um saldo ne-gativo de 230 milhões de dólares, na comparaçãoentre o ingresso de capitais c remessa de rendi-mentos. Entre 1954 c 1961, adotado o regime deliberdade cambial, o saldo positivo foi de 452milhões de dólares, pois que, não se sentindo pri-sioneiro, o capital ingressou em maior volume ecuidou menos de transferir lucros.

Em segundo lugar, o incidente prova a de-terioração de nossos costumes políticos. Sabendoque o projeto original do Sr. Celso Brant, votadoem dezembro último, seria liminarmente rejeita-do pelo Senado, a Câmara acordou na formaçãode uma Comissão Mista partidária, das duas Ca-sas, na qual alguns extremistas, como o Sr. Sér-gio Magalhães, obtiveram importantes concessõesao seu ponto-de-vista. Num truque de esperteza,a Câmara agora mutila irremediavelmente o pro-jeto. que, fiel ao entendimento conciliatório, o Se-nado aprovara unanimemente.

Em terceiro lugar, espanta o descaso pelasnossas agruras cambiais. A estas horas está o Mi-nistro Moreira Sales a peregrinar o mundo, embusca de recursos para cobrir o déficit de 226milhões de dólares que teremos neste segundo se-mestre. Nessa mesma hora, um bando de depu-tados, peritos no consumo de divisas mas desafei-coados ao mister de criá-las, vota um estatuto res-tritivo e policialesco sobre o capital estrangeiro.É claro que os Governos financiadores exporãoao nosso Ministro da Fazenda a singular incoe-rência entre pedir empréstimos de um lado e. deoutro, afugentar capitais.

A Instrução 229A Instrução 229 da Sumoc, que restabeleceu,

em princípio, a liberdade de operar cm câmbio,conquanto mantenha o critério da uniformiza-ção da taxa, baixada quando o Conselho de Mi-nistros lutava para obter do Congresso podêresque o levariam a aprofundar a intervenção doEstado no domínio econômico, deixa claro quan-to é difícil ao Governo adotar certos rumos poli-ticos se o complexo econômico-financeiro não lheoferece um lastro que deixe implícita, para o fu-turo, certa liberdade de ação. O retorno ao cami-nho da liberdade cambial, que fora abandonadoprogressivamente desde os últimos dias de de-zembro, surgiu como imperativo das circunstân-cias. As primeiras reações aos novos rumos sãofavoráveis, benéficas. Há alguns setores, porém,que não acreditam na possibilidade de manuten-ção do esquema por muito tempo, a não ser quesejam adotadas medidas que limitem o créditopara operações especulativas no setor cambial.

Há alguns pontos da Instrução 229 que de-mandam esclarecimentos. Um deles, por exem-pio, é o da incidência ou não do depósito compul-sório de 80% do valor da importação no caso dasimportações de bens de capital. Essas importa-ções haviam sido declaradas isentas do depósitocompulsório pela Instrução 208. Com a isenção,tinha-se em mira amparar numerosos projetos denovos investimentos em curso, sobretudo no Nor-deste. Se a isenção fôr entendida como revogada,em face dos termos genéricos da Instrução 229,muitos planos terão que ser revistos, especialmen-te se levarmos em conta que sob o novo regime osdepósitos não são cobertos pelas Letras de Im-portação do Banco do Brasil, o que anula, na mo-bilização de capitais, um recurso que lhe vinhadando certa flexibilidade.

Denúncia graveA denúncia que o Deputado Elói Dutra fêz,

através da televisão, neste fim de semana, é extre-mamente grave. E mais digna de uma investiga-ção se torna porque veio em apoio de afirmaçõesfeitas pelo Ministro da Justiça, Sr. Cândido deOliveira Neto, e porque um jornal — a últimaHora — confirmou-a, declarando-se prejudicadopor um tipo de boicote que estaria sendo organi-zado por oficiais reformados do Exército.

Se, de fato, uma campanha dessa naturezaestá-se desenvolvendo nesta Cidade, é preciso re-conhecer que não há nisso apenas ura incitamen-to ao crime (e o boicote não encontra apoio emnosso Direito) mas, também, o estímulo a umerro político de conseqüências imprevisíveis. Pormais que algumas pessoas pensem que o comu-nismo pode ser combatido com armas iguais àsque os comunistas usam, a verdade é que aquelesque adotam essa tese acabam se identificando,de tal forma, com os seus adversários que a opçãoentre o totalitarismo que se diz democrata e ademocracia que age totalitàriamente deixa de tersentido e significação.

Uma das conquistas da sociedade verdadeira-mente democrática é a liberdade de imprensa.Quando, em nome de qualquer causa, restringe-seessa liberdade, é a democracia — regime imper-feito, sem dúvida, mas bem melhor do que qual-quer outro — que se vê ameaçada. Aqueles que,por acharem a democracia um regime fraco e to-lerante, querem curá-la à força deviam pensarduas vezes para que o remédio não acabe matan-do o doente.

Em quarto lugar, registre-se o descaso pelapopulação brasileira, cujo crescimento exige acriação anual de mais de 700 mil empregos pro-dutivos na indústria e serviços, somente paraabsorver os acréscimos negativos de mão-de-obra.Desde o pânico criado em dezembro último peloprojeto Celso Brant, cessou praticamente o ingres-so de novos capitais c muitos dos que aqui esta-vam emigraram.

Em quinto lugar, há ignorância do processode desenvolvimento. Alguns dos deputados extre-mistas preocupam-se ferozmente em desestimularo ingresso de capitais estrangeiros. Logicamentedeveriam propor medidas para conter gastos decusteio do Governo, reprimir o consumo, mode-rar reivindicações salariais, a fim de liberar re-cursos domésticos para investimento. Nada disso.Repelem a poupança externa sem estimular a na-cional.

Em sexto lugar, o enxerto das emendasBrant-Lossaco no substitutivo da Comissão MistaParlamentar transformou-o num monstrengo ju-ridico, de execução impossível. O Artigo 28 dizque o teto de 10% para a remessa de lucros sóse aplicará por períodos limitados, em situaçõesde emergência cambial, comprovadas pela Sumoce pelo Conselho Nacional de Economia. Trata-sede dispositivo razoável. O enxerto do Artigo 31estabelece êsse limite em caráter permanente,pela pura delícia de restringir, mesmo que não oexija a situação do balanço de pagamentos. O Ar-tigo 34 cria um novo tipo de confisco: os lucrosexcedentes de 10%, ainda quando reinvestidos,são considerados capital morto, não dando direitoa remessas em época alguma. E claro que nessascondições haverá pouco interesse em reinvestir emuito em remeter. Os nossos aprendizes de feiti-ceiro conseguirão assim transformar uma sangriaimaginária numa sangria real. Não parece haversolução para o impasse cambial que nos ameaçasenão um veto presidencial desses enxertos abs-trusos, que desmerecem o sério c demorado tra-1ialho da Comissão Mista.

Durante a semana passada, alguns deputadosfizeram esforço concentrado. Outros se concen-traram no esforço de arruinar o âís, provável-mente por não o julgar merecedor simultânea-mente de um desafogo político e de um ato debom senso econômico.

Propaganda políticaFoi regulamentada, preliminarmente, a propa-

ganda política através do rádio e da televisão naGuanabara, por meio de um esquema organizadopelo Presidente do Tribunal Regional Eleitoral, De-sembargador Homero Pinho. Haverá, segundo o es-quema e de acordo com as determinações legaispertinentes à matéria, reserva de uma hora à tardee de outra à noite, em função de rodízio de que par-ticiparão os partidos políticos regularmente inseri-tos. O TRE, a sua vez, terá assegurada uma faixa.de 15 minutos diariamente, para divulgação de suasinstruções e recomendações.

Nenhuma emissora ou estação televisora podeinsurgir-se contra a reserva de horário para os par-tidos políticos: trata-se de norma legal que deve,sem nenhuma dúvida, ser obedecida. Esta obediên-cia, no entanto, não nos inibe de fazer certos repa-ros em relação à regulamentação que se contém noesquema e nas recomendações do TRE da Guana-bara. Em primeiro lugar, em que pese a boa von-tade desse órgão de fiscalização do nosso processoeleitoral, é de estranhar-se que a mencionada regu-lamentação venha na undécima hora, pràticamen-te à véspera do pleito de 7 de outubro. O assuntodeveria ter sido tratado há mais tempo, para, entreoutras coisas, permitir que as emissoras e as emprê-sas de televisão organizassem os seus programascom antecedência, evitando compromissos que te-rão de alterar agora. Em segundo lugar, os contra-tos de publicidade já assinados entram em choquecom os horários afixados pára as emissoras, umavez que se terá horário preferencial para as irra-diações partidárias. A surpresa da determinação émenor do que o fato do desconhecimento de situa-ções jurídicas perfeitas e acabadas, sob a formacontratual, a que as empresas contratuais devematender. Fica o contrato — tão jurídico quanto anorma legal do processo eleitoral vigente — relê-gado, assim, a uma posição marginal, por interfe-rência, precisamente, de um órgão judiciário.

Ilusíão eleitoralA Cidade está bloqueada por uma avalancha de

cartazes eleitorais. O pior é que não se escolhemlocais para a propaganda política, em tese amplae irrestrita.

Na prática, porém, o que se vê (e se ouve) é ofestival do exagero e da ilusão eleitoral: há os queagridem o eleitor pelo luxo do tamanho, como se.estivéssemos numa nova Babilônia; há os que, em-bora aparentando modéstia, repetem sua propa-ganda de modo a enfastiar monòtonamente os cida-dãos desta Metrópole.

Há, finalmente, um grupo à parte que se ex-pressa por um mau gosto a toda prova: proclamamdelírios de demagogia e veiculam promessas que,evidentemente, nunca se poderão cumprir.

Em relação a tudo isso, quem sai perdendo, elonge, é a Cidade. Um estrangeiro desavisado, queaqui aportasse sem maiores conhecimentos do nos-so delírio eleiçoeiro, ficaria realmente perplexo: aquantidade é a técnica da persuasão, e os cândida-tos querem todos eles demonstrar uma capacidademaior de se insinuar.

Há um pouco de fábula em tudo isto, a coman-dar uma analogia irrecusável (todos querem fazer-se grandes e salvadores do País).

Pelo menos é o que indica o sistema de propa-ganda política. É preciso, no entanto, que se orga-nize melhor a propaganda ostensiva das eleições.A visão do conjunto é deprimente e oferece ao cida-dão uma impressão de tumulto. Quando não fun-ciona como elemento negativo para espantar votos.

Em meio a novas ma-nifestações de ceticismoquanto à praticabiliâaãedo acordo negociado nasemana passada entre aCâmara e o Governo, te-ve-se ontem o primeirosinal novo de uma von-tade real de cumpri-lo,por parte do Parlamen-to: o Comissão Especialde cinco membros, emcujo trabalho se basearáo pronunciamento deci-sivo do plenário nas duasCasas do Congresso, foiconvocada para uma reu-nião que se realizará a 9de setembro, em Brasi-lia, quando deputados esenadores, nos termos docompromisso assumi-ão pelas lideranças, de-verão estar convergindopara a Capital.

No dia 10, como se sa-be, começará o novo pe-riodo de esforço concen-trado aberto pelo Sr. Ra-nieri Mazzilli na fase derecesso autorizado peloRegimento ãa Câmaraem virtude da campanhaeleitoral. Convocan-do desde já a ComissãoEspecial sob sua presi-dência a reunir-se no dia9, o Deputado GustavoCapanema quis assegu-rar, de sua parte, o apro-veitamento integral doprazo de cinco dias esta-belecião para o trabalhoâo Congresso eque ter-minará no âia 15.

A convocação para oâia 9 foi feita sem em-bargo âe cair êsse dianum domingo. Visou apreservar, de um lado, asdisponibilidades de tem-po de cada parlamentarpara a sua campanhanos Estados, e a garantirpor outro laão a prepa-ração prévia âa matériasobre a qual será cha-maão a pronunciar-se oplenário âa Câmara, on-ãe se iniciará a tramita-ção da emenâa constitu-cional imaginada comosolução para o problemaão plebiscito.

No dia 9 mesmo, presu-mivelmente, a ma tér iaestará preparada pelaComissão Especial, quetrabalhará na base ãaEmenâa Oliveira Britopara lhe acrescentar aâisposição especificamen-te dedicada à constataplebiscitaria e sua datade realização: 15 deabril, caso não tenha siãofeita a revisão âo Ato Aài-cional nos seis meses ini-cais da legislatura; ou 60dias após a promulgaçãoda reforma, caso haja si-do esta processada dentrodesse prazo.

A Câmara poderá, as-sim, no próprio dia 10, co-meçar o debate da emen-da, para cuja tramitaçãofoi concedida, já, a mes-ma regimentaliãaâe deexceção que permitiu aaprovação ãa reformaparlamentarista em tem-po relâmpago" e a conse-q ü e n te solução pacíficada crise âe agôsto-setem-bro âe'1961.

Segundo ihissoA reunião da Comissão

Especial, no âia 9 de se-tembro, será na realidadeo segundo 2)asso par a ocumprimento do acordodos líderes em torno daEmenâa Brito e âo plebis-cito. O primeiro foi dadono curso mesmo dos en-tenãimentos conãuziáospelos Srs. Magalhães Pin-to e Ranieri Mazzilli.quanáo a Câmara restau-rou as ãisposições regi-mentais âe exceção quepossibilitaram a votaçãoâo vigente Ato Adicional.

Sem esta providência, otrabalho do Sr. GustavoCapanema não teria, ago-ra, nenhum sentiâo, poissem a restauração âa re-gimentaliâaáe excepcio-nal de 1961 a questão doplebiscito não poâeria serinserida., nos termos emque vai ser, na EmendaOliveira Brito : segundo oRegimento normal áa Câ-mara, emenda constitu-cional não poâe ser emen-daãa.

Do primeiro passo —decisivo, como se vê, pa-ra a viabiliáaáe âo acôr-ão — participaram dire-ta e conscientemente osdeputaãos, o que âesau-toriza o argumento pes-simista segundo o qualos entendimentos conãu-ziãos entre a Câmara eo Conselho de Ministroshaveriam ãe fracassarpor terem envolviâo ape-nas as liãeranças e ascúpulas ão Parlamento eão Governo.

FacilidadesCom a restauração âa

regimentaliãaâe ãe quese beneficiou a reformaparlamentarista, a mate-ria-base âo acôrâo goza-rá âas seguintes faciliãa-áes no seu processo âeelaboração e tramitação:

1 —( a Emenâa Olivei-ra Brito, que na sua for-ma atual se limita a con-ceãer poãêres especiais aofuturo Congresso pararever sem qualquer com-promisso o Ato Aãicional

(além da questão das rc-formas de base), pode seremendada pela ComissãoEspecial para tratar es-pecificamente das condi-ções em que se antecipa-rá a data do plebiscito;

— a emenâa âa Co-missão Especial, necessá-ria ao cumprimento âoacôrâo, precisa âo apoioâe apenas um quarto áoplenário àa Câmara;

— o número âe ora-dores será limitado pelaMesa;

— cada orador terá,por sua vez, tempo limi-tado para falar sobre amatéria;

— e serão suprimidosos interstícios que re-tardam enormemente amarcha âa matéria cons-titucional.

DificuldadesÀs facilidaües âe natu-

reza técnica,' entretanto,corresponãem, inegável-mente, algumas âificul-âaâes, umas puramentemateriais e outras ãe or-dem política.

Do ponto-de-vista poli-tico, há observar que ele-mentos ãa ãirecão âospartidos (UDN e PSD)começaram a sustentarontem, não se sabe atêonde planejadamente,que o acôrâo ãe Brasílianão envolveu compromis-so para aprovar a emen-âa, m a s simplesmentepara votá-la. Outros vãomais longe para afirmarque o acôrâo consistiunmn compromisso paraa realização de esforçosdestinados a obter oquorum inâispensável aopronunciamento âo Con-gresso em qualquer sen-tido.

Das primeiras âificul-âaâes, está cuidando pes-soalmente, desde queaqui chegou, o Presiden-te João Goulart, que on-tem se ocupou delas, de-moraãamente, com o Pri-ineiro-Ministro Brochadoda Rocha, combinandoas providências a tomarpara garantir o retornoâos parlamentares a Bra-silia no âia 10 ãe se-tembro.

Dessas proviâências,que vão âo estabeleci-mento âe uma ponteaérea entre Brasília e asâiferentes capitais até oenvio ãe emissários aosEstaãos, participarãotambém os Srs. Jusceli-no Kubitschek e Maga-lhães Pinto.

O Francês nos Estados Unidos

Houve um tempo, depoisda derrota de 1940, em queo ensino do Francês nos Es-tados Unidos tinha perdidoem velocidade. Sem dúvida,as suas posições permanen-tes não estavam ameaçadase a atração pela civilizaçãofrancesa, a recordação de umpassado comum, da partetomada pela França na in-dependência norte-america-na, mantinham as afinida-des entre as duas culturas.Para quem viaja para aAmérica, quantos m o n u-mentos testemunham aamizade dos Estados Unidospela França: seja o Palácioda Legião de Honra de Pa-

_ris reproduzido em SãoFrancisco, a Pont Neuf ser-vindo de modelo a umaponte de Indianápolis, ummosteiro francês reconstrui-do em Nova Iorque sobreuma altura dominando oHudson, sejam as esculturasda catedral de Chartres co-piadas em tantos santuários .norte-americanos ... emtoda parte a inspiraçãofrancesa se associa à vidados Estados Unidos, enqua-dra-a e às vezes a modela.Também são vistas nos mu-seus as mais belas coleçõesda pintura francesa moder-na existentes em qualqueroutra parte do mundo: dosimpressionistas aos cubistase aos abstratos, as telas daEscola de Paris servem deensinamento a jovens esco-lares norte-americanos quesão vistos irem formar seugosto diante dos Rehoif,dos Piss'aro ou dos Cézanne.

A cultura francesa nuncaesteve ausente desse imensocontinente que são os Es-tados Unidos. Mas a línguatinha cedido. E isso porduas razões: de uma parte,por motivos particulares á

França e provenientes doseu declinio momentâneo,de outra por motivos gerais,resultantes do fato de os Es-tados Unidos, no orgulho dasua Íôrça nova e da suapredominância mundial, te-rem ingenuamente imagina-do que podiam se dispensarde conhecer as outraslinguas.

A partir de 1958 a situa-ção modificou-se completa-mente. Por outro lado, aFrança firmou singularmen-te o seu reerguimento eco-nômico; no domínio poli tico,a criação de novos EstadosIndependentes, de culturafrancesa, que estão sendoagora admitidos na ONU,devolveu à língua francesao segundo lugar das assem-bléias diplomáticas e na vi-da internacional. De outraparte, deve-se dizer que osEstados Unidos, desde o fimda guerra mundial, tinham-se entorpecido um pouconuma espécie de orgulhonacional. Depois de teremsido os vencedores, tinham-se tornado os reconstruto-res, e êsse papel indiscutívellevava-os a impor a suatécnica e a sua cultura.

O despertar brutal, pro-vocado pelos acontecimentosnoutros países, em parti-cular pelos acontecimentossoviéticos em matéria deconquista do espaço, le-vou-os a renunciar a esseisolacionismo.

Os americanos, gente deboa-fé e sem preconceitos,tiraram desses acontecimen-tos uma lição prática. Paragarartir o concurso e a sim-patia dos outros paises oct-denta ,s era preciso em pri-meiro lugar compreendê-los,e para isso aprender as suaslinguas e ler seus livros.

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Robert Arou

Nessa feliz reviravolta, aFrança foi, sem dúvida, aprimeira beneficiária. Asvendas de livros francesesnos Estados Unidos passa-ram de 353 milhões de fran-cos em 1958 para 483 mi-lhões em 1959. Mas, sobre-tudo, a língua francesa, nasuniversidades e nos colégios,passou para o primeiro lu-gar das línguas estrangeirasensinadas.

Outros paises sâo susten-tados nos Estados Unidospor grupos de imigrantesmais importantes do que aFrança. Encontram-se lá1300 000 originários de pai-ses de língua alemã; 1200 000 de língua italiana;750 000 de língua espanholae 600 000 de língua polone-sa... contra 330 000 pessoassomente de língua francesa.Mas. apesar desse handicap,o Francês tornou-se a linguamais procurada no ensinosuperior. Ultrapassando umpouco o espanhol, distan-ciando-se de muito longe doAlemão e do Italiano, é es-t u d a d o por mais de umquarto dos estudantes e onúmero de professores au-menta cada ano.

Eu mesmo, numa recenteviagem aos Estados Unidos,falei em Francês peranteauditórios numerosos e emgrandes anfiteatros. Tam-bém tomei parte em traba-lhos de especialistas em uni-versidades. Em toda parteencontrei não só o mesmointeresse, mas quase ummesmo fervor. O Francêsvoltou a ser de n ô v o, aomesmo tempo, a lingua dePascal e a do Caravelle,quer dizer de uma civiliza-ção que tem grandes êxitostécnicos e uma tradição se-cular de humanismo e decultura.

Jornal do Brasil, 3.»-felra, 21-8-62, 1° Cad. — 7

Teste atômico produz novo cinturão radioativoNegociações diretas para acordo A

Genebra — (UPI-AP-JB) —Em atenção ao pedido da tn-dia, do grupo dc nação neu-trás na Conferência do Desar-mamento, os Estados Unidos ea URSS concordaram cm exa-minar as possibilidades de ne-goclaçôcs diretas, com vistas amm acordo de proscrição atô-mioa. Anteriormente, um por-ta-voz norte-americano dissera,por engano, que a realizaçãodos entendimentos diretos eracoisa certa.

Ainda n&s debates de ontem,o Vice-Prlmeiro Ministro VasiliKuznetsov, Delegado de Mos-cou, repeliu uma proposta nor-te-amerleana de proscrição dasprovas atômicas na atmosíera.para diminuir o perigo do au-mento das precipitações radia-Uvas e, com isso, atenuar at.tensões mundiais. Ao recusaro oferecimento, Kuznetsov dis-se: "Só estamos interessadosem fórmulas que incluam o ba-nimento de todas as provasatômlcao."

Um porta-voz dos EUA afir-

mou que, provavelmente aindaesta semana, haverá um de-bate entr» Arthur Dean. repre-sentante norte-americano, eKuznetsov, para exame daconveniêndia de entendimentosdiretos da proscrição das ar-mas nucleares. "Sc as nego-ciaçôes tiverem êxito", acres-centou, "os debates serão rea-llzados de acordo com as nor-mas sugeridas pelos países neu-tres."

Arthur Dean afirmou estar"profundamente interessado" nadiscussão com Kuznetsov, embo-ra reconheça que sua vlabili-dade dependerá de a URSS con-cordar com a Inspeção localnos pontos onde há suspeitade detonações clandestinas. ODelegado soviético limitou-sea manifestar o interesse de seupaís no debate, "do qual Mos-cou espera resultados poslti.vos". Nada disse com relaçãoa uma possível mudança deatitude, que leve a URSS aaceitar as inspeções desejadaspelos ocidentais.

Ao apresentar o plano dosneutros, Artur Lall, Delegadoindiano advertiu: "N&o ser4através úe simples íraseologiajurídica que criaremos obriga-ções de respeito à proscrição. Ocumprimento dos acordos sóserá possivel se todos os paísesadquirirem um perfeito sensoda obrigação em que incorrem."

Não obstante as palavras doDelegado indiano, os países oci-dentais demonstraram cautelaquanto à aceitação do plano,que admitem, apenas, como ba*se de entendimentos. Os Dele-gados dos EUA e Inglaterrajulgam que a cláusula de Ins-peção a convite por parte dopais suspeito de realizar pro-vas clandestinas, não é garan-tia suficiente de observânciado acordo de proscrição nuclear.Essa fórmula foi, entretanto,aceita pela URSS, cujo Delega-do a classificou de "alternati-va" ao projeto anterlorment»apresentado pelos representan-tes de Moscou e repelido pelosocidentais. Dentro em breve os

trabalhos da Conferência do de-sarmamento serão suspensos,pois os delegados presentes emGenebra deverão partir paraNova Iorque, a fim de tomarparte na Assembléia-Geral daONU.

ANTECIPAÇÃOAntes mesmo que começasse,

ontem, a 72.* sessão, um por-ta-voz soviético anunciou quequalquer proibição parcial nãoresolveria o problema das armasatômicas, acrescentando: "OsEstados Unidos continuarãocom suas provas subterrâneas,o que lhes dará vantagem mill-tar sobre a URSS." Silenciou,todavia, sobre o reinicio das ex-periências atômicas soviéticasna atmosfera.

Ante o impasse a que os en-tendimentos chegaram maisuma vez, os EUA anunciaram,em Washington, que o Govêr-no norte-americano está exa-minando uma nova proposta,ainda passível de ser apresen-

tada à conferência do desarma-mento, antes que ela entre emrecesso.

Sabe-se que a fórmula dosEUA terá como fundamento asuspensão das provas atmosíé-ricas, levando em conta quoelas são o maior motivo e preo-cupação para todos os povos.

Em 25 de julho o Brasil —do grupo de neutros — apre-sentou uma proposta de prós-crlção parcial, logo apoiada'pela Suécia e Itália.

Inicialmente os Estados Uni-dos a Inglaterra inclinavam-sepor um acordo global, incluin-do todos os tipos de provas.Depois, entretanto, ao veremque isso era praticamente im-possível, aceitaram a tese daproscrição parcial. Não obstan-te, a necessidade de Inspeçõeslocais, cerradamente defendidapelos Estados Unidos, jamaisfoi aceita pelos soviéticos, quetemem espionagem em seu ter-ri tório.

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esta etiqueta numerada,costurada na parte interna de uma confecção em legítimoTERGAL, dá a você a certeza de que se trata de umartigo controlado em seus mínimos detalhes, nos iabo-ratórios de teste da Companhia Brasileira Rhodiaceta e,portanto, é da mais alta qualidade.

Boulder, Washington (UPI —FP — JB) — O Dr. JamesWarwick, especialista do obser-vatórlo do Centro Nacional deInvestigações Atmosféricas, se-diado em Boulder, anunciouontem que as provas nuclearesrealizadas na alta atmosferapelos Estados Unidos podem terprovocado a formação de umnovo cinturão radiativo emtorno da Terra — semelhanteao conhecido cinturão de VanAllen.

Pouco depois das declaraçõesde Warwick, um porta-voz daComissão de Energia Atômicaconfirmava — oficialmente — aexistência de uma nova faixaradiativa em tôrn-1 do planeta,como conseqüência da detona-ção, a 9 de Julho, de uma bom-ba atômica norte-americana naatmosfera, a 320 km de altitu-de, sobre as ilhas Johnston, noPacífico central.

IDENTIDADE"A nova faixa que a nossa

bomba criou artificialmente,"disse Warwlck, "apresenta omesmo tipo de elétrons de altaenergia, encontrados nos cin-turões de Van Allen. Por en-quanto não podemos afirmarse o novo cinturão apresentaperigo para os cosmonautas, ouse causará atraso ou, mesmo, ocancelamento do projeto norte-americano Mercury. Segundoos dados de que dispomos, anova faixa de radiação apare-ceu no espaço logo após a rea-lização da prova com a bombanorte-americana, antes referi-da. Nossas estações no Pacifi-co; de Baguio, nas Filipinas eo Observatório de Departamen-to Nacional de Pesos e Medi-das, do Peru, registraram apresença desse novo cinturãode partículas radiativas, próxi-mo à parte inferior da faixa de

Van Allen. Sua duração poderáir de vários meses a cinco anos.A largura da faixa é muito pe-quena e ela se desenvolveaproximadamente ao longo doEquador."

RESSALVA

Ao anunciar a criação deuma nova faixa radioativa emtorno da Terra, o porta-voz da.Comissão de Energia Atômicaressalvou: "O fenômeno nãodará margem a qualquer peri-go para a Terra ou para aatmosfera. Da mesma forma,os satélites artificiais e os seuseventuais tripulantes nada te-rão a temer. Os cosmonautasa serem lançados pròxlmamen-te", disse o porta-voz em cia-ra alusão à subida do astro-nauta norte-americano WalterSchirra, ao espaço, projetadapara o mês de setembro, "nâoserão afetados pelo novo cm-turão radioativo".

Segundo afirma a Comissão,a intensidade radioativa do nô-vo anel perde metade de suapotência a cada três semanasque passam. "Embora êsse cln-turão artificial se desenvolvaaproximadamente segundo atrajetória dos cosmonautas iií-timamente lançados, o perigopor êle apresentado é nulo".De acordo com esses esclareci-mentos, os cosmonautas Niko-laiev e Popovitch, recentemen-te lançados pela URSS, viaja-ram no espaço logo abaixo.

A Comissão esclareceu quehá três entidades oficiais nor-te-amerioanas empenhadas emaveriguar os possíveis efeitosda faixa de radiação nos tri-pulantes de naves cósmicas aserem lançadas nas próximassemanas.

3a. explosão soviéticaprovavelmente a grandealtura, anuncia Suécia

Upsala, (AP-FP-JB) — Oobservatório slsmológico daUniversidade de Upsala e oInstituto de Geodésia de Es-tocolmo na Suécia, registra-ram ontem, às 9h2m (horalocal), a explosão da tercei-ra bomba atômica soviéticaexperimentada na atmosfe-ra, anunciando que sua po-tência varia entre dez adoze megatons.

De acordo com os dados,a explosão ocorreu a maisou menos 2 200 quilômetrosde Estocolmo, na região daIlha de Nova Zembla, noÁrtico.300 BOMBAS

Embora não tenham afir-mado categoricamente quea prova foi realizada a gran-de altitude, os dois obser-vatórios anunciaram essaquase certeza. As duas ou-

trás bombas da atual série,detonadas pelos soviéticos,íoram, respectivamente, dequarenta e três megatons.

Desde o lançamento daprimeira bomba nuclear sò-bre Hiroshima, em 1945, dü-rante a Segunda GuerraMundial, foram detonadas,segundo se acredita, 300bombas de fissão no mundointeiro. Somente os EstadosUnidos experimentaram 180artefatos, sendo que sua úl-tima série, sobre o Pacífico,foi de 13 engenhos, seguidosde mais 20 subterrâneos.A Inglaterra, por sua vez,detonou 22 bombas nuclea-res, todas no deserto deWoomera, na Austrália, en-quanto a França levava acabo provas com quatrobombas atômicas atmosféri-cas e duas subterrâneas, nodeserto de Saara.

China em condições defazer bombas atômicas,diz técnico americano

Washington (FP-UPI-JB) —Em entrevista à revista U. S.News and World Report, o Pre-sidente da Comissão de Ener-gia Atômica, Glenn Seaborg,declarou que a China comunls-ta tem desenvolvimento técni-co suficiente para produzir ar-mas atômicas. Depende, ape-nas, de uma questãÃ de tempo.

Seaborg qualificou de "vagas"as declaxações recentes de Krus-chev, de já possuir o fogueteantiprojétil, e declarou que asEstados Unidos superam aUnião Soviética no terreno daí

Barco Ainiciaviagem

A bordo âo navio atômicoSava_u_ah <AP-JB) — O Sa-rannah, de 22 mil toneladas —[primeiro navio mercante domundo de prapulsão atômica— iniciou, ontem, sua viageminaugural de dois dias e meio,desde Yorktown, Virgínia, aSavannah, Geórgia, abrindouma nova era nos transportesmarítimos.

Antes de mn ano e meio oSavainnaJ» não fará serviço re-guiar, mas apenas viagens ex-perimentais. fi passível, entre-tanto, que faça embarcar al-giins passageiros, para peque-rios percursos entre portos nor-te-amerícanos.

A viagem do Savannah mar-ca, também, uma conquistanorte-americana, na corridatecnológica com a União So-viética. Com efeito, os sovié-ticos construíram um quebra-gelo de propulsão nuclear, masnavios mercantes movidos aenergia atômica estão, ainda,ao que se acredita, em fasepreparatória.

Círculos da Comissão deEnergia Atômica disseram queas operações do navio não for-necerão lucros, uma vez que setrata do primeiro no gêneroe seu custo íoi bastante alto.

O navio deve seu nome àprimeira embarcação a vela,também monda a vapor quecruzou o Atlântico em 1819.De 320 toneladas, parte da ro-ta realizou apenas utilizandoo sistema de vapor.

armas nucleares e dos veículosde lançamento.

Segundo Seaborg, a impossl-bilidade, até o momento, de seconcluir um tratado de proscrl-ção das provas atômicas, podeprovocar a proliferação dessasarmas. A realização dessa pers-pectiva nfio é senão uma quês-tão de tempo, conforme afir-mou, em países de avançado de-senvolvimento técnico, como aChina, Israel e Suécia.

Círculos responsáveis dos Es-tados Unidos náo escondem suapreocupação face à prolifera-çáo das armas nucleares, e Sea-borg acentuou que "uma dasrazões que levam a gestionarum tratado de proscrição é exa-tamente o problema que repre-senta o fato de poderem outrasnações fabricar armas nuclea-res e utilizá-las de modo a afe-tar as grandes potências".

O Presidente da CEA revelouainda que as explosões nuclea-res soviéticas do ano passadodisseminaram, na atmosfera, 25megatoneladas de matérias ra-dioatlvas, isto é, mais de quar-ta parte do total produzido portodas as experiências nuclearesaté 1961.

Para Seaborg, o prossegui-mento das explosões norte-americanas dependerá da po-tência das efetuadas na UniãoSoviética, que os Estados Uni-dos Já podem avaliar.

Explosõesa grande .altitude

Newton Carlos

Quando os Estados Unidospreparavam o teste atômicojeito a nove de julho, sobreo Pacifico, cientistas dctodo o mundo indagavamse uma explosão a grandealtura não correria o riscode romper a parte inferiordo cinturão de Van Allen,danificando o abrigo queprotege a Terra contrabombardeios cósmicos. Con-tra a prova, argumentou SirBernard Lowell, Diretor domundialmente famoso Ob-servatório de Jordrell Banlie um dos mais destacadoscientistas ingleses;

— Não se deve realizaruma experiência cujas con-seqüências são imprevisíveis.

Acompanhando o ponto-de-vista do cientista inglês,sugeriu o New York Timesque os Estados Unidos con-fiassem a uma junta cienti-fica do Ocidente a tarefaâc examinar os efeitos dasexplosões nucleares a gran-ãe altura, antes de realiza-Ias. Contra tais explosões,pura e simplesmente, 700cientistas dos Estados Uni-dos e da Europa já haviamencaminhado memorial aoPresidente Kennedy.

A inquietação no meiocientífico, com repercussõesem jornais importantes esem nenhuma tradição dehisteria ou sensacionalismo(o Guardian, grande jor-nal liberal inglês, chegou aafirmar que "ninguém tem odireito de envenenar o in-vólucfo atmosférico da Ter-ra, propriedade âe tôãa ahumanidade"), não fora de-terminada por um tom deabsoluta impossibilidade deprevisão, quanto às conse-qiiências da explosão.

O próprio Lotoell já haviadito que explosões a grandealtura, danificando o cin-turão de Van Allen, "pode-rão provocar uma liberaçãodesordenada e perigosa departículas radioativas". VanAllen^ que descobriu o cin-turão, declarou acreditarque uma explosão nuclear a500 quilômetros de altitudenão apenas romperia a par-te inferior da tela (o cintu-rão ãe Van Allen, em tornoda Terra, é constituído deuma tela tríplice formadapor partículas radiotivas),como deslocaria o campomagnético da Terra.

A explosão norte-ameri-ena foi realizada apesar detodos os protestos, reservasc advertências. Quarentadias depois, James Wamick,Diretor do Centro Nacio-nal (norte-americano) âeInvestigações Atmosféricas,anuncia a descoberta de umcinturão radioativo em tôr-no da Terra, produzido peloteste sobre as ilhas Johns-ton. O Governo dos Esta-dos Unidos confirma o fato,manifestado receio de queêle possa prejudicar os vôosde seus astronautas progra-mados para este ano. Masas conseqüências ficarão li-mitadas a isto, a compro-meter vôos espaciais tripu-lados, ou se cumprirá, den-tro de prazo maior, a previ-são de Lowell, de que taisexplosões poderiam liberarpartículas radiotivas de mo-ão desordenado e perigoso?

Aberto a nove de julho,com um teste sobre o Paci-

N fico, o controvertido proces-so das explosões a grandealtura recebe suas primei-ras peças científicas. Umnovo anel radiotivo, feitopelo homem e não maispela natureza, fechou-se emtorno da Terra.

Com o "SAFA-ELEVA-DORES" V. S." nãoficará mais preso nacabina do elevador. —INFORMAÇÕES PELO

TELEFONE:52.9800

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X-15 bateo som5 vezes

Bui diu Força Aérea em Ed-warda, Califórnia (APJB) — Pilo-tado pelo Major Robert Rueworth,o avlão-íoguetè X-15 ontem bo-brevoou o deserto a uma velocl-dada cinco vezes superior à doeom, com suas asas enegrecidaspela, fricçío da atmosfera.

Calcula-se que as temperatura*na fuselagem metálica do apare-lho atingiram a 1 200 graus Fab-renhelt (cerca de 650 graus cen-tlgrados), embora J4 se tenha re-glstrado a temperatura de 1380graus (694 graus centígrados) emvôos anteriores.

DEPÓSITOSDESCONTOSCOMANÇAtCAMBIOcasa rom* liai

Diretoria:Oscar G. Sanf Ann»Alberto dt Castra M*mzmRaul Oscar S«nt'Ann»Hettot Oscar Sant'Am.t

IMII»RUA SETE DE SEUMBRO, J1

AGENCIA BOTAFOGO: PR MA Dt BOTAFOGO, 31Í

AGÊNCIA SAO SEBASTIÃO: AVENIDA BRASIl. 12Í9S

8 — 1.° Cg d., Jornal do Brasil, 3.a-felra, 21-8-62

PEDRO MÜLLER informa:

Praia de Copacabana terá paisagem nova

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milhão e 400 mll

Srs. Rafael e Dario de Almeida MagalhãesPosse no Banco da Guanabara

A SURSAN está planejando a modifica-ção total da Praia de Copacabana. A reformacomeçaria pelo areai da praia, que seria du-plicado através de dragagens da Ster, queatuou no Flamengo. Toda a extensão dapraia, do Leme ao Posto 6, seria aterrada.A Avenida Atlântica teria pista dupla e no-va decoração. Por enquanto tudo está nabase de estudos, mas acredita-se que bre-vemente poderá ser realidade. Talvez den-tro de 60 dias.

SOLDADO DE JANGO!

O Sr. Jânio Quadros çnviou recado aoPresidente João Goulart, pelo Sr. Leocá-dio Antunes, Presidente do BNDE, em quelhe dizia que no momento está intelramen-te de acordo com a política do Presidente eque se sentia mais um soldado do Governodo que político de São Paulo.

O Sr. Lcocádio Antunes ficou impres-slonadlssimo com o recado que, no dia se-guinte, em Brasília, transmitiu ao Presiden-te Goulart.

MUSICAL

Caberá a Silvinha Teles a difícil missãode substituir Tom, Vinícius e João Gilberto,nas suas apresentações no Au Bon Gourmet.Com seu metro e cinqüenta e muita dispo-Bicão, estreará na próxima segunda-feira.

MILITAR

Na noite de domingo, alguns Almiran-te3 mais chegados ao Ministro Pedro PauloSusano estiveram em sua residência parauma reunião informal. A certa altura, comoestivessem presentes os Almirantes Goiano(recentemente promovido) e Sílvio Mota (in-dicado para a Presidência da Comissão deMarinha Mercante), a Sra. Susano mandouque íôssem servidas taças de champanhapara comemorar os dois fatos.

AO MAR

Hoje, às 16 horas, será lançado ao mar onavio Londrina, quinto de um grupo de cin-co navios de 5 600 toneladas, construído noEstaleiro de Inhaúma, da Ishikawajima. Foiconstruído em exatamente vinte meses e éo último da "série incentivo".

MINISTRO

Está na mesa do Ministro Brochado daRocha a indicação do Sr. Fausto CasteloBranco, médico, para a vaga de Ministro daSaúde. O nome tem o apoio do PTB e, par-tlcularmente, o empenho do Deputado BabyBocaiúva.

ABBR

Ê de se ressaltar o trabalho desenvolvi-do pela Sr1. Marisa Sparvoll que, sozinha,vendeu 480 ingressos para a noite de altacostura italiana, no Copacabana Palace. Seuesforço admirável rendeu para os cofres da

ABBR nada menos de 1cruzeiros.

CAMPEÃ

Domingo passado, a Sr.1- Louise Brownsagrou-se tricampeã, no torneio feminino degôlíe. Trata-se de uma grande desportista.

EMPRÉSTIMO

Foi aprovado no Tribunal de Contas doEstado da Guanabara o empréstimo de 35milhões de dólares que o BID concederá, aíim de serem investidos em obras de águae esgotos. Com esta ajuda a Secretaria deViação do Estado pretende completar deuma vez por todas com obras dêsse gênerons. Cidade Maravilhosa.

BALNEÁRIOS

Finalmente o Rio terá balneários emsuas mais belas praias. O Sr. Mario Cam-pelo, administrador regional de Jacarepaguá,Informou-nos que serão instalados balneâ-rios no Recreio dos Bandeirantes e Barra daTijuca, já para o próximo verão. Dois gru-pos interessados na exploração do negóciojá estão providenciando projetos que obe-decerão às diretrizes do plano urbanístico deSírsio Bernardes.

PESCA NO SUL

Um grupo de capitalistas paulistas e ca-riocas está pretendendo explorar a pesca nolitoral do Rio Grande do Sul. Para tantopediram financiamento ao BNDE, da ordemde um milhão e duzentos mil cruzeiros. Têmo mesmo objetivo industriais gaúchos. OBNDE ainda não se decidiu. O grupo indus-trlal japonês Mltsubish Interessou-se pelonegócio e apresentará sua proposta ao BNDE,brevemente.

DE DEZ EM DOIS ANOS

O atual Governo do Estado da Guana-bara já investiu cêrca de 130 milhões decruzeiros no sistema de distribuição de ener-gia elétrica do Estado, durante os anos de1961 e 1962. Em dez anos, anteriormente, amesma quantia havia sido dedicada à mes-ma finalidade.

JANGO E BROCHADO NO RIO

O Presidente João Goulart está no Riopassando alguns dias. No domingo almoçouna piscina do Copacabana com o Sr. SanTiago Dantas, numa mesa, sozinhos.

Também está no Rio o Primeiro-Minis-tro Brochado da Rocha, no anexo do Copa-cabana Palace. Na sexta-feira ambos deve-rão retornar a Brasília.

GRÁTIS ATÉ ELEIÇÕES

O Sr. Sami Jorge, candidato a depu-tado estadual pela Guanabara, fêz contratocom companhia fornecedora de leite paraentrega do alimento, Inteiramente grátis,aos favelados do Morro do Borel. Êste con-trato só vigorará até as eleições, depois ofavelado vai ter que beber água mesmo.Esta medida demagógica custará ao candi-dato alguns milhares de cruzeiros. O Sr.Sami Jorge gastará perto de 40 milhões decruzeiros com a sua propaganda eleitoral.

Ó mandato de deputado é de quatro anos,sendo que um deputado não ganha, em mé-dia, 150 mil cruzeiros, isto é, em quatro anoso parlamentar ganhará 7 200 mll cruzeiros-

Aliás a mesma questão pode ser esten-dida ao plano federal, onde candidatos estãogastando até 100 milhões para se elegerem.

Só para defender os interesses do povo?

FRASE

Numa discussão com o Senador Jusce-lino Kubitschek, disse o poeta Augusto Fre-derico Schmidt:

— A diferença entre nós é que eu aindasou juscelinista e você não o é mais.

Custas põemadvogadosno Sindicato

Trezentos novos profissionaisrequereram, na sexta-feira úl-Uma, inscrição no quadro doSindicato dos Advogados daGuanabara, a fim de poderem-se beneficiar com a tabela decustas máximas que ontem en-trou em vigor, sob a fiscaliza-ção da Diretoria do Sindicato.

Nenhum incidente se verlfi-cou no primeiro dia de vigên-cia da nova tabela porque osescreventes foram avisados pc-los titulares dos cartórios daque só deveriam receber aqui-lo que os advogados quisessempagar, apesar de declararemexpressamente não reconhecervalor na tabela.

Sabedor da iniciativa do Sin-dicato dos Advogados o Cor-regedor da Justiça, Desembar-gador Coelho Branco, apres-sou-se em enviar para estudo,pelo Conselho da Magistratura,o Regimento de Custas de suaautoria, que irá substituir oatual como obsoleto.

Na próxima semana será co-nhecido o resultado do julga-mento pelo Conselho da Ma-gistratura, do Regimento deCustas, ãue assim deverá entrarem vigor imediatamente.

Cartaz emárvore podedar cadeia

Desembargador HomeroPinho, Presidente do TribunalRegional Eleitoral, autorizou,ontem, o Conselho Florestal Fe-deral a retirar todas as faixase cartazes eleitorais que esti-verem presos nas árvores doEstado da Guanabara, uma vezque os pregos e arames usadospara fixá-los prejudicam o seucrescimento.

Em despacho proferido cmoutra consulta, formulada pe-lo Administrador Regional doCentro, Sr. Cláudio Plragibe, oDesembargador Homero Pinhotambém autorizou a retirada doscartazes colocados no teto daestação de ônibus da Av. Eras-mo Braga e no Tabuleiro daBaiana, sob fundamento de se-rem aqueles dois prédios pró-prios municipais.

A fim de dar cumprimento ãordem de retirada dos cartazesdas árvores, o DesembargadorHomero Pinho enviou ofício aoChefe de Polícia, insistindo narecomendação já feita parapreservação das árvores que es-tão sofrendo verdadeira des-fruição com a propaganda po-lítica.

Lembrou, ainda, o Presiden-te do TRE que "constitui con-travençáo florestal matar, le-sar ou mutilar, por qualquermodo. plantas de ornamenta-ção de logradouros públicos",sendo que a pena cominada pa-ra tal infração é de detençãoaté 15 dias ou multa de CrS

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QUARENTENAi

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Canadá e EUA lutam paraevitar que se alastrevaríola levada do Brasil

Nova Iorque, Toronto (UPI-AP-JB) — Autoridades sa-nltárias dos Estados Unidos e do Canadá travam umabatalha contra o tempo a fim de localizar e vacinar não sóos passageiros de um avião das Aerolineas Argentinas, noqual viajou de São Paulo para Nova Iorque o menino Ja-mes William Orr, portador de varíola, mas as pessoas quetiveram contato com o enfermo.

O jovem atacado de varíola, filho de um missionáriodestacado no interior do Paraná, Brasil, entrou nos Es-tados Unidos com um certificado de vacina fornecido pormédico brasileiro, apesar de não ter sido vacinado contraa varíola há cinco anos. Ao chegar a Toronto, no Canadá,o menino, que tem 14 anos, adoeceu e foi recolhido a umhospital.

O missionário batista James Robert Orr está de quarentena:varíola

Líder feminista aplaudeprojeto que concededireitos à mulher casada

A cientista e lider feminista Dr.a Berta Lutz saudoucomo "uma vitória relativa" o projeto do Deputado NelsonCarneiro, aprovado pelo Congresso no fim da semana passa-da, e pelo qual a mulher casada deixa de ser civilmenteincapaz, não sendo mais equiparada aos silvícolas e aosdébeis mentais.

— Ainda não pude ler o texto do projeto, pois me encon-tro presa em casa, acometida de forte gripe, mas peloque me disseram, a proposição reforma muita coisa, emborase devesse esperar reforma mais radical. Continuaremosbatalhando, no entanto, para que marido e mulher tenhamdireitos iguais — declarou D. Berta Lutz.

CAUTELAO missionário afirmou que

seu filho fora vacinado pelaúltima vez "há cinco ou sei3anos", e que as autoridadesbrasileiras emitiram novo cer-tifiçado "com base nas marcasde vacinação anterior".

A familia Orr viajou de SãoPaulo para Nova Iorque e dalipara Toronto. No aeroporto deIdléwild, tomaram um táxi queos levou até à estação ferrovia-ria Gran Central, onde per-maneceram oito horas até asaída do trem rumo ao Ca-nada.

O Ministro de Saúde Públi-ca de Ontário, Mattew Dy-mond, declarou ontem que "fo-ram tomadas todas as medidasque o caso requer". Por suavez, o Comissário de Saúde deNew Britain, no Connecticut,exortou todos os passageirosque estiveram na estação GranCentral, no dia 11, entre as 13

e as 20 h 30 m, a que se va-cinem sem demora. A Policiajá localizou, à exceção de seis,os passageiros que viajaramem companhia do enfermo, noavião das Aerolineas, vôo 322.

O missionário, que está dequarentena, no Canadá, jun-tamente com a esposa e maisdois filhos, declarou que a fa-milia visitou c Dr. Carmezim,médico dn missão de Laranjei-rar. do Sul, no Paraná, a íiinde ser vacinada.

— O médico estava muitoatarefado, com uma longa filade pacientes ã espera. Exami-nou as nossas cicatrizes e dis-se que nós estávamos imuniza-dos. No departamento de saú-de local recebemos certificadosoficiais de vacinação antlva-riólica, necessários â viagem.Esses certificados foram exa-minados em Idléwild, mas nãoo foram no Canadá — expli-cou o missionário batista Ja-mes Robert Orr.

Loteria Federal começoua distribuir bilhetespara sorteio em setembro

A Caixa Econômica Federal da Guanabara Iniciou, on-tem, a distribuição, pelas suas agências e casas lotéric*^para venda ao público, de 11500 dos 40 mil bilhetes da Lote-ria Federal que concorrerão, na extração do dia 15 de se-tembro, a um total de prêmios de CrS 42 milhões, dos quaisCrÇ 15 milhões são destinados ao primeiro prêmio.

O Presidente do Conselho Superior das Caixas Econômi-cas, Sr. Olinto Fonseca Filho, informou, ontem, ao JORNALDO BRASIL que, em dezembro^ haverá uma extração espe-ciai, cujo prêmio maior será de CrS 200 milhões. Em setem-bro, as extrações serão semanais, mas a partir de outubroserão feitas duas extrações por semana, às quartas esábados.

CONQUISTA

Presidente da Federação Bra-slleira pelo Progresso Feminino,ciue ajudou a conquistar para amulher, em 1034, o direito devoto, a Dr.a Berta Lutz lembrouhaver iniciado a luta pela refor-ma do Código Civil, na parte quese refere â mulher casada, quan-do tinha 28 anos de Idade. Hojeconta 68 anos.

— De acordo com os termos doprojeto Nelson Carneiro — disseDr." Berta Lutz — a chefia dasociedade conjugai continua cn-tregue ao homem. Acho, porém,que uma sociedade de duas pes-soas nâo precisa de chefia. Naprática, o que vai acontecer éque cada casal procurará ajustar-se do melhor modo possível. Achomesmo que, neste particular, oprojeto foge ã realidade. Entre-tanto, nós, mulheres, já conse-gulmos algumas conquistas.

DIREITOS

A Dr.» Zela Pinho Resende,consultora Jurídica da FederaçãoBrasileira pelo Progresso Femlni-no, acha que o projeto NelsonCarneiro, agora transformado em

Experiência Mais 40no Cantagalo telefonesdeu certo públicos

SERVIÇO DIRETO

BRASIL-SUIÇÀ-iExpandindo sua rede de rcomunicaçõesinternacionais, a RADIOBRÁS acaba deinaugurar 2 canais diretos de TELEXcom Berna, ampliando assim suas comu-nicações com a Suíça. Nesse novo serviço,rápido e seguro, a RADIOBRÁS está em-pregando moderno equipamento ele •Irônico TOR, de fabricação suiça "Hasler"

WrCIA. RADM_tfÊLEGRAFICA BRASILEIRA

Kio • São Paulo • Santo» • Rtcifa

ítltgramai, Talafonti» TELEX • Radiofotos para o exterior

RIO DE JANEIRO

A». Rie «ronco, 45. 156 (loja 12) • 243-T.I. 52-6000

A». Atlântico, 1602-A . Imllt 37-4891

"SHOW"SOCIETYNO MESBLA

A Nestlé, no próximo dia 23,quinta-feira, às 18 horas, oíe-

recerá um coquetel à sociedadecarioca, no Restaurante Pano-râmico da Mesbla. Tambémserá apresentado um grandeshow com a participação deManoel de Nóbrega, RonaldGolias, Carlos Alberto Nobre-ga, Monsueto e sua escola desamba e outros grandes nomesdo rádio e da televisão brasi-leira. Ao ensejo dêste Coque-tel-Show, a Nestlé fará aapresentação da sua nova linhade produtos: — sopas, caldose condimentos Maggi. Os ca-nais 9 e 13 — TVs Continen-tal e Rio, transmitirão ao vivoêste grande acontecimento queterá a assisti-lo, no local, asociedade carioca, homens deimprensa, rádio, televisão, au-toridades, fornecedores e re-vendedores Nestlé. Não deixetambém de assistir êste gran-de espetáculo na TV Continen-" " TV-Hio, --

O Diretor do Serviço deTrânsito, Sr. Estélio de Mo-rais, disse ontem ao JOR-NA1> DO BRASIL que a ex-periência feita para discipli-nar o tráfego no Corte doCantagalo teve êxito abso-luto, tanto assim que não severificaram mais, naquelelocal, os costumeiros aci-dentes.

Informou o Sr. Estélio deMorais que dentro em breve,a Secretaria de Viação doEstado retirará os sacos deareia que demarcam atual-mente as pistas do Corte doCantagalo, separando-as de-pois por canteiros ajardi-nados.

O Diretor do Trânsito dis-se ainda que não pretendeIntroduzir qualquer novamodificação no tráfego daZona Sul, a não ser depoisda inauguração, esperadapara breve, do Túnel Pom-peu Loureiro—Toneleros, queestá sendo construído paraaliviar o trânsito da RuaBarata Ribeiro.tal, canal 9 e tv-jkio, ca-

nal 13. |

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A_MARCA DAS ESTRÉLAS^^^g^^^^^gTt^

O Governador Carlos Lacer-da autorizou a instalação detelefones públicos em cêrca de40 pontos da Cidade, incluindoestabe lecimentos comerciais,clubes, praças e asilos.

Os endereços onde serão ins-talados telefones serão os se-guintes: Rua Alcobaça, 4, Ilhado Bom Jesus; Asilo de In vá-lidos da Pátria, Estrada Rodri-gues Caldas, 571; Rua Cardosode Castro, 162; Rua Marcos deMacedo, 244; Rua TeixeiraCampos, 619; Estrada do Enge-nho Novo, 92; Praça Raul Bar-roso, 3; Rui Lindóia, 281;

"Rua

Arapiranga, 281; Estrada Sepe-tiba, 5 755; Estrada da Ca-choeira, 1 105; Estrada Rio daPrata, 1 332; Morro de SãoCarlos; Clube Internacional deRegatas, Av. Sílvio Noronha,sin.0; Confeitaria e Bar Nova.Olinda de Botafogo Ltda., RuaMarquês do Paraná, 128 — lo-ja D; Atlas Atlético Clube, RuaVilela Tavares, 169; Café eBarGuloso Ltda., Rua Barata Ri-beiro, 171-A; Jobel de Carva-lho Almeida, Rua Paz, 18; Ca-íé e Bar Jardim do GrajaúLtda., Praça Edmundo Rego,12-B; Panificação Luisa Ltda.,Av. Italianos, 1 233-A; I.A.P.B.Rua "AB" sin.°; Cia. Telefôni-ca Brasileira (2 aparelhos),Pça. Duque de Caxias, s;n.c;Gherman & Kaufman Ltda.,Rua do Catete, 29131; ManuelMonteiro, Av. N. S. de Lourdes,83; Clube Campestre da Gua-nabara, Rua Alberto Rangel,8-A; A. R. Gomes, Rua Vis-conde de Pirajá, 318 — boxe 25;Associação Cristã Feminina doRio de Janeiro, Av. FranklinRoosevelt, 84; Cia. S. João Ar-mazéns Gerais, Rua SenadorAlencar, 230; Cia. S. João Ar-mazéns Gerais, Rua São LuisGonzaga, 1 055; Colégio SantaRosa de Lima, Rua Voluntáriosda Pátria, 110; Farmácia Pre-dileta, R. Pernambuco, 658-A;A Esplanada Roupas SÂ., Av.Nilo Peçanha, 155-B; Oliveira& Castro, Av. Ernàni Cardoso,32; Garagem Cristina, Rua SãoFrancisco Xavier, 915; Juru-pinga Ltda., Rua Conde de Bon-íim, 176; Casa Matos, Papela-ria e Livraria SA., Rua Ra-malho Órtígão, 24; e Casa Pa-checo Peças e Acessórios paroAutomóveis, Avenida Presiden-te Vargas, 2 914.

lel, depende apenas de sançfiopresidencial, representa uma subs-tanclal vitória para a mulher. D»acordo com as novas disposições,a mulher doravante poderá exer-cer qualquer profissão, Indepen-.dente do autorização do marido.Quando viúva e casando nova-mente, conservará o poder pátriodos íllhos do matrimônio ante-rior. Estará também em condi-ções de exercer mandato políticoou de qualqxier outra natureza,som autorização do marido. Ou-tros atos que a mulher poderáexercer e que ante» lhe eram ve-dados: depositar dinheiro cmbanco, viajar etc.

Quanto k igualdade total de di-reltos entre homem e mulher, aDr.a Zela Pinho Resende afirmaque isso só se verifica na legls-lação dos países comunistas ousocialistas. Pnra que a mulhervenha a adquirir igualdade totalde direitos, acredita que isso de-

pende do evolução lenta ou deuma revolução ou impacto social.

Kos termos da sociedade em

que vivemos — explica a Dr.»Zéia Pinho Resende — o homem6 o chefe da sociedade conjugai;A nova lol, que sábado passadosubiu para sanção presidencial, Járegistra alguns avanços. Antes, avontade paterna era absoluta.Agora, por exemplo, na educaçãodos íllhos, a vontade paternaprevalece, mas dela a mulher

pode recorrer para a Justiça,desde que se verifique estar omarido Incidente em erro.

PREÇOS

As Caixas Econômicas de to-dos os Estados já estão deposse dos bilhetes para a pri-meira extração da Loteria Fe-deral, na sua nova fase. Osbilhetes são vendidos ao pú-blico pelo preço unitário deCrS 1500,00, a metade do quecobra a Loteria do Estado daGuanabara.

O Sr. Olinto Fonseca Filhodisse ao JORNAL DO BRASILque ainda não está estipulado

o preço do bilhete da Loteriade Natal, mas adiantou-se quenão será muito caro.

As extrações da Loteria Fe-deral, em sua nova fase, se-rão realizadas na Rua Maré-chal Floriano. A Loteria, se-gundo o Sr. Olinto Fonseca Fi-lho, só irá para Brasília, quan-do fôr o Conselho Superior dasCaixas Econômicas.

Mesmo com a transferência,os bilhetes continuarão a servendidos na Guanabara, namesma quantidade.

Testemunhasdesaprovamperseguição

As Testemunhas de Jeová daCongregação Central do Rio deJaneiro, em resolução distribui-da aos jornais, desaprovam"toda espécie de perseguiçãoreligiosa por parte de autori-dades do Governo de Franco,na Espanha, contra uma mi-noria indefesa conhecida comoTestemunhas de Jeová, sim-plesmente porque se empe-nham na divulgação de suacrença e esperança."

Conclui a resolução dizendo:"Com esta nossa desaprovaçãopública do que ocorre na Es-panha, esperamos que as au-toridades espanholas e S. Exa.Francisco Franco Bahamondetomem providências para queseja descontinuada tal perse-guição e que seja observado oArt. VI da Carta de Direitosda Espanha, que diz que "nin-

guém será molestado por suascrenças religiosas, nem peloexercício p articular de seuculto."

GRAJAÜHOMENAGEIA"MISS" U

Miss Universo 1062, Srta.Norma Beatriz Nolan, será ho-menageada hoje pelo GrajaúCountry Clube_ ãs 23 h 30 m.

A mais bela do mundo par-ticipará de dois desfiles queserão televisados pelo Canal 6.Um dos desfiles será em soirec,com modelos do Corte de Ou-ro e o outro em maio da linhaCatallna.

A maqüilagem dc Miss Um-verso estará sob os cuidados deHelena Rubinstein — a maiorautoridade mundial em as-suntos dc beleza.

Viaturas desfilam hojecomemorando modernizaçãoda coleta de lixo na GB

Uma carroça puxada por seis burros, simbolizando o an-tigo processo de coleta de lixo na cidade, abrirá, hoje pelamanhã, o desfile que, no aterro da Glória, comemorará oprimeiro aniversário da modernização total daquele pro-cesso, hoje feito em 200 caminhões e pranchas.

De um palanque, o Governador Carlos Lacerda assistiráao desfile, que terá início às nove horas, constando de duaspartes: na primeira, carros-pipa, caminhões basculantes,ônibus, caminhões de lixo etc, compreendendo todas as via-turas padronizadas. Na segunda parte, desfilarão as nãopadronizadas, como jipes e pick-ups.

número de viaturas oficiais cmcirculação, a moralização deseu uso, com as faixas amare-Ias, determinou uma economiade 10 milhões de cruzeiros, se-mestralmente, a partir de 1960.

A apresentação das viaturasterá início às 9 horas, na Pis-ta A, do aterro da Glória. Odesfile partirá da Avenida RuiBarbosa, continuando pela Av.Perimetral, seguindo pela Ave-nida Presidente Vargas e Pra-ça 11, dispersando-se pelas ga-ragens.

ECONOMIA

Segundo esclarece a Superin-tendência dos Transportes, das2 047 viaturas existentes em1960, apenas mll circulavam, eassim mesmo em péssimas con-dições. Era uma frota compôs-ta de mais de 47 marcas dife-rentes. Atualmente, dentro donovo plano de padronização emanutenção, a frota está sen-do reduzida a cinco marcasapenas: Mercedes, FNM, Ford,Volkswagen, Vespacar. As com-pras são feitas à vista, direta-mente nas fábricas, eliminandointermediários: com isso, obte-ve-se uma economia de 150 mi-lhões de cruzeiros.

Apesar de ter aumentado o

Tenor darácursosôbre coro

O tenor João Wilson Saustlne,Ministro da Música da PrimeiraIgreja Presbiteriana Independen-te da Capital paulista, formadopela Westminster Cholr College,dará um curso sôbre coro de me-ntnos. na Escola de Música Sa-era do Colégio Bennctt, dc hojeató o dia 24 próximo.

Além do curso, o tenor dará,um recital de canto no dia :!3,quinta-feira, à noite, na Escolade Música Sacra do Bennett,

Candidatovisitoua Baixada

Niterói (Sucursal) — O Ge-neral Edmundo de MacedoSoares, candidato do PSD, PL,PN e dissidência da UDN aoGoverno do Estado do Rio, vi-sitou nos últimos dias da se-mana passada diversos distri-tos de Caxias, Sáo João deMeriti. Nilópolis e Nova Iguaçu.

Nessas visitas à BaixadaFluminense o General MacedoSoares participou de comíciosrelâmpagos, diálogos e conver-sas pessoais, inteirando-se dasreivindicações básicas da po-pulação da Baixada.

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ESTRELAS ¦*•***•

Jornal do Brasil, 3,»-íeira, 21-8-02, l.o Cad. — 0

GÊNEROS E MATÉRIAS-PRIMAS

AÇÚCAR

Nova Iorque (AP-UPI-JB — Omercado mundial de açúcar es-tevo ontem ativo, mas com ten-clcncla baixista, o illoponlvol foicotado a 3.35 centavos tle dólarpor libra-pOso. Notlclou-se quon Ruménla vendeu k Slrla 14 000toneladas de açúcar adquiridoInicialmente a Cuba, por preçoequivalente a 2.03/05 centavosde dólar a Ubra-p6so.

03 futuros domésticos c_tl.se-ram firmes. A procura do roí!-nado lol boa.

MERCADO A TERMO

Cotaçócs cm contavos de dólarpor libra-p6so, entravas luturas;

contraio nfi 7:

Setembro ;.. 0.18Novembro ',. 6.4nDisponível «,0o

Contrato n.° s:

Outubro 3.33Março 3.28Maio '•'¦21

MERCADORIASCAFÉ

Em pc.lçSo firme e cem is

jjpreçoa Inalterados, funcionouontem o mercado de f\íé cils-ponlvel. Cotou-se tipo 7 a baseantcrlr tic CrS 555,00 pr 10 qui-los c durante os trabalhos nfio

-houve vendas. Foram despacha-da para embarques 81 819 _a-cos. Fechou Inalterado.

Cotações: l'ur 60 quilos:

Tipo 2 CrS 005,00TiiPÓ 3 C-.rS 595.00Tipo 4 Crs 585.00Tipo 5 CrS 575.00Tipo 6 CrS .05.00Tipo 7 CrS 555X0Tipo 8 CrS 545.00

PAUTAS .

AÇÚCAR

Continuava, ainda ontem, omercado deste produto em pc-slç&o estivei e inalterado. En-traram 13 227 _ncc_ do Estadodo Rio e sairam 10 COO, ficandocm depósito 255 553 cacos.

Cotações: Por 60 quilos:

Branco Cristal 1800/1 950,00

ALGODÃOEsse mercado funcionou on-

tem firme e Inalterado. Níohouve entradas e saíram IDO,ficando em depósito nes trapl-ches 27 323 fardos.

Cotações: Por 10 quilos:

Estado de Minas —Café Comum Cr.

Idem, fino CrsEstado do Rio —

Cnfé comum Cr.sIdem, finos CrS

55150108,75

100.C0168,35

(Entrega cm 120 dla;lfibra Longa Cr?Serldó — Tipo 3 2 500 a 2 550Sedlró — Tipo 4 2 450 a 2 500

Imposto do Selo d. r.

Fibra MédiaSeríÕej — TipoSertões — TipoCer.rá — TipoCeará — Tipo

Cuté —Café E.

Rio ...Santes

Cr.sCrs

-*".__ Fibra Curta

Liberação cm 1" do corrente:

Estrada rle Rodagem

Por 60 quilos:

Matas, tlpcs 3-4Paulista tipo 5

2 350 .002 3C0 li 3502 250 _C02 2C0 250

Nominal1 930 a 2 GC0

Jvjlho 3.29Outubro 3.35

CAFE

O café Santos B, para entre-cas luturas fechou inalterado,eem que fossem registradasvendas.

O contrato M também fechouInalterado e sem vendas.

As operações ficaram paralisa-dus pela lnoerteza sóbre o resul-tado final da Conferênola Mun-'dial do Café nas Nações Unidase devido também à recente des-valorização do cruzolros brasi-loiro.

O mercado de entrega lmedla-ti. permaneceu tranqüilo e semmodificações* O Santos 4 fechouinalterado a 34 centavos por 11-bra, e os colombianos fecharameem modificações a 40 centavos.

O ambrlz nfi 1 nfto teve co-taçio. O número 3 fechou lnal-terado a 21 3/8| Os mexicanoslavados de Coatepoc fecharamsem modlflcaçío a 23 1/4 cen-tavos por libra.

ALGODÃO

O alvod&o para entregas Íutu-ras fechou hoje entre 13 pontosde baixa e um ponto de alta.lla. cotaç&o para a entrega dedezembro, desceu a 33.81 centa-vos por libra, quo é o mala bal-so nivel registrado neste mês,desde 18 de julho último.

As noticias favoráveis sobre amsreha da nova saíra tambémpesaram sobre as cotações dasentregas mais próximas.

CACAU

Cotações do cacau, para entre-ga imediata, em centavos de dó-lar por 11'ora-péso:

AcraBahia Equador Dominicano ...

20.2021.2J20.0519.40

TÍTULOSMina.. 1.081Paraná 1.C55Goiás 7C0Sáo Paulo 5C0

Total -.210

tiestie 1.° do mei ,,.. 'Í..5..5Desde 1.° dc julho .. 1.GU3.-66Idem. ano pat.ado .. 113.CC7Café ent. p. camlnhSo 4.216Desde l.ò de Julho .. 151.117

EMBARQUES

Em 17 do corrente;

América do Norte .... 4.130América do Sul 500

TAtal 4-650

Desde lfi. do més .... 104.663Desde 1." de Julho .. 508.514Idem. ano passado .. 528.814Existência 963.927

Ontem, a Bolsa de Títulosfuncionou cm condições anima-das, registrando-se negócios devulto nos papéis em atividade.Aa apólices da União, as Obriga-ções do Reaparelhamento Eco-nômico, as de Guerra Grau IIIc estaduais cotaram-se estáveis esem alteração apreciável. As Mu-lllclpãlo Lei 820, planos A e B,regularam calmas e em baixa. Asações dc bancos permaneceramInalteradas. Estiveram mais flr-mes c em alta as ações das Cias.Siderúrgica Nacional, Mesbla, Ci-mento Aratu, Moinho Santista,Cigarros Sousa Cruz, Sáo PauloAlpargatas e Brahma. Acusarambaixa as da Belgo-Mlnelra e osdemais papéis ficaram sem alte-raçfio, Foram vendidos 94 057 tl-tulos, na Importância de Crs99 567 973,00 e as letras de cám-bio CrS 76 734 013,00, como se vèa seguir.

VENDAS EFETUADAS ONTEM

MOEDASUnião Apls. c Obrs.

DÓLAR

VendaCompra

LIBRA

CrS 415*00CrS 403,00

500 D. Emiss - Port. Pec.— c/8

1 ReaJ. Econ. (500) ....6 Reap. Econ. (52) ....

753 Idem (1953) 21 Idem 44 Idem (1954)

360 Idem 1 Grau III (100) 1 Idem (500)

121 Idem (1000) 279 Idem (5000)

Vencia CrS 1166,565Compra CrS 1130,818LIVRE

Abriu ontem o mercado decâmbio' livre em condições ir-reguláres, com o Banco do Bra-¦sll, vendendo o dólar a CrS415,00 e a libra a CrS 1 166,565e

'comprando a CrS 403,00 e a

Crfi 1130.81B, respectivamente.Fechou inalterado. Os bancosparticulares sacavam a CrS ..440.00 por dólar c compravam aCrS 420,00 c a libra a CrS 1 234,00c a CrS 1178,00 respectlvamen-te. Fechou Irregular, com o dó-lar regulando para venda a Cr5435,00 e para compra a CrS 420,00e' a libra a CrS 1 220,00 c a CrS.1178,00, respoctevln.nntc. Nomercado de câmbio manual odólar papel regulou na aberturaa CrS 570,00 para venda e aCrS 560,00 para compra, íechan-do a essas taxas. No mercadoparalelo, o dólar-papel vigorouna abertura a CrS 575,00 paravenda e a CrS 565,00 para com-pra e no fechamento a CrS ..577,00 e a CrS 562,00 respectiva-

•monte.O Bnnco do Brasil afixou as

seguintes taxas de câmbio livre:

Venda Compra:

1 166,505 1 130,813415,00 403,00

Estaduais: .. .

260 Estado do Bio— Port

30 S. Paulo — 6Ç_ .

8%

Cr?

870400COO730725760770

70380860

4300

530£70

I.ttras de Câmbio:

Banco Chia:

500 Venc. cm 504 dias

DccreU:

7350 Venc. em 350 dias

Cr cflnan:

12500 Venc. em 180 dias ..12500 Venc. cm 210 dias ..12500 Venc. em 240 dias ..12500 Venc. em 270 dias ..

Investlmntcs Unidcsdo Brasil

15000 Venc. cm 180 dias

Guanabara:

1000 Venc. em 181 dias

lnvc.co:'

10000 Venc. em 187 dias ..300 Venc. em 240 dias ..500 Venc. em 253 dias ..200 Venc. em 270 dias ..100 Venc. em 301 dias ..

Municipais:

1000 Lei 820 — P/A 4952250 Idem 5059100 Idem 490

500 Idem 504500 Idem 530

2000 Idem — P/B 430337 Idem 495133 Emp. 1917 170

Companhias:

Libra Dólar Franco fran-

cês Franco suíço

84,909 82,25296,280 93,294

Libra lsland. 1 109,924 1 074,277Llb. chinesa 1160,565 1130,818

80,905Coroa sueca .Coroa dln. ..Coroa por. ..Franco bolbaLira Escudo Shllllng Peso argent. ,Marco Peso ürttg. ..Florlm

57,45158,266

3,7350,671

14,65016,2893,735

104,20739,425

115,578

78,36355,51356,3793,2240.649

14,10515,6163,224

100&0136,270

112,034O Banco do Brasil cotou o

dólar convênio do Chile, Argcn-tina e Rússia a CrS 415,00 paravenda e a Crs 403,00 para com-pra e os demais convênios a Crs394,85 e CrS 382,85, respectiva-mente. O dólar fiscal, para o mêscm curso. íoi fixado a CrS 358,92.

Ouro fino — O Banco do Bra-eu,' vendia a grama de ouro-fino a CrS 466,9893 c comprava3. CrS 453,4865.

CÂMARA SINDICAL

Médias cambiais fixadas cm 16do corrente:

MERCADOS

PAÍSES CrS

LIVREAmérica do Norte —

Dólar Alemanha — Marco ..Bélgica — Franco BelgaDinamarca — Coroa ..França — N. Franco .Inglaterra — LibraPortugal — EscudoSuéciaSuíça -

- CoroaFranco

411.70103.4540

8,3157,036084,2960

. 1 143,781614.544089.3286,00

MOEDAS

AméricaDólar .

do Norte —

CAMBIO EM N. IORQUE

Nova Iorque (UPI-JB) — Co-tacão de moedas estrangeiras emrelação ao dólar norte-americano:

Cruzeiro 0.002425Libra esterlina 2.3048Marco alemão 0.2304Peso argentino 0.00812..

200 Moreira Sales - Port. .19200 Brasileira de Tecidos

e Tecelagem de JutaNom

30 Fáb. dc Tcc. D. Isa-bel — Pref

500 Aços Vilares - Pref. .300 Amo — Pref200 Idem 100 Brás. Gás — c/bonif

c/d 800 Brás. Pet. Ipiranga

Prcf600 C. Industrial 030 Cerv. Brahma - Ord. .450 Idem 100 Cerv. Brahma - Ord. .276 Idem — Prcf623 Idem 355 Idem

10 Idem 100 Idem 190 Clg. S. Cruz — Pt. ..320 Idem

1587 Idem 200 Idem 100 Idem 200 Cimento Aratu 186 Idem

3900 D. Santos — Port. ..700 Klbon — Ord800 Mesbla — Port

1723 Idem 2760 Idem

195 Idem 100 Moinho Santista

10 Produtos Roclie Qui-micos e Farmacéutl-COS

902 Petrobrás - Pref40 Ref. E. Exp — Pet.

Unláo — Pref. de CrS1 000,00

3847 S. P. Alpargatas 7820 Idem

360 Idem 810 Sld. Belgo-Mlnciia —

Portador 1087 Idem

650 Idem 1071 Idem 1735 Idem

75 Idem 100 Idem 751 Idem

1775 Idem 300 Idem

1100 Sld. Mannecmann —Ord. — c/9

300 Idem — c/8 70 Idem — Prcf. - c/0 .

150 Idem — c/9150 120 Idem — c/3 991 Sld. Nacional

1116 Idem 531 Idem 500 Idem 100 Idem 232 Vale do Rio Doce —Nom

30 Vale do Rio Doce —Nom

400 Idem — Port500 White Martins - . jrt.

7237 Willys — Ord 3503 Idem

Ücbcnturcs:

1 Petrobrás (200) 25 Idem (1000)

Litras Hipotecárias:

97 Banco dó Estado cGuanabara

63,48

76,67

83.5086,5884,0782,75

83,00

83,438

89.05384,00

83,83082,00

79,938

serviçobancário

hámeio

século340

300

12001590800810

270

7901755750573058005700575057305780580053605400542054105415350086001223456306406356451520

150225

1150323320330

3740375037693730878038003745372037303725

2540258025002530260013701350133013401300

3320

330049008309394

2001000

630

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TÔDAS AS OPERAÇÕESBANCÁRIAS — INTER-CÂMBIO BELÉM - RIO

MATRIZ: Belém -faráFlUUlRio-Rua Buenos Aires, 68

Sudene e ONU firmamcontrato: pesquisade sal em Sergipe

A Superintendência do De-Bei-volvlmento do Nordeste e oFundo Especial das Mações Uni-das firmarão hoje, às 15 horas,no escritório da Sudene, umacordo para pesquisa de depó-sitos de sal-gema de Sergipe.

O projeto, cujo custo total éde 980 600 dólares, será, postocm prática por um período dedois anos e meio, a partir doúltimo trimestre dêste ano. Oobjetivo final dos estudos é aImplantação de uma indústriade álcalis no Nordeste.

A ASSINATURA

O convênio será assinado pe-lo Superintendente Celso Fur-tado e pelo Sr. Daniel de Ma-ret, Representante-Hresidenteda Junta de Assistência Técni-ca no Brasil.

O Fundo Especial das NaçõesUnidas contribuirá para o pro-jeto com um engenheiro de mi-nas, um geólogo e um enge-nheiro químico, além de outrostécnices estrangeiros que oerãocontratados, de acordo com asnecessidades, em diferentes cta-pas do trabalho.OBJETIVOS

O objetivo do projeto 6 ava-liar o potencial econômico desdeposites de sal-gema existen-tes em Sergipe e, possivelmente,em Alagoas, determinando, ini-cialmente, a localização exata,grandeza e composição dos de-pósitos, que se encontram a

profundidade média de 1 200metros.

Outros sais, notadamente acanalita (potássio), serão obje-to de estudo. A área de pesqul-sa, de cerca de mil quilômetrosquadrados, será estudada ini-cialmente por melo de reconhe-cimento geológico, para a sele-ção de áreas que ofereçam me-l-iores condições de produçãode sal sob a forma dc salmoura.

Após o reconhecimento, se-rão firmados contratos parasondagem com brocas teste-munhadoras. Onze furos estãoprevistos, estando êste númerona dependência dos resultadosda análise geológica. O Insti-tuto de Tecnologia de Aracajuserá convocado para colaborarna análise dos testemunhos.

O CUSTO ..

Cada técnico estrangeiro se-rá assistido por um brasileirode igual especialidade, que osubstituirá no futuro. Os brasi-leiros, após üm período de tra-balho no projeto, serão envia-d:s ao estrangeiro para aper-íelçoamento.

A contribuição brasileira parao projeto será de 410 750 dóla-res, dos quais 161 200 em di-nheiro norte-americano e osrestantes 240 550 em cruzeiros,á taxa de agora nas NaçõesUnidas (Cr$ 350 para um dó-lar)'.

O Fundo Especial contribuirácom USS 569 000.

Presidente da ADVB diz queCongresso cia classe vaiser acontecimento histórico

_ Os dirigentes de vendas vivem momentos de gran-c'e expectativa com os conseqüentes e imponderáveis re-ílexos* sobre os negócios, reflexos esses que sao o fruto damutação constante do estado econômico-íinanceiro doPaís afirmou ao JORNAL DO BRASIL o Sr. Gilberto LaceBrandão, Presidente da Associação dos Diretores de Ven-das do Brasil. , „-,.,.„

— Agora — rirossegue o Presidente da ADVB — po-deremos fazer abstração dos problemas particulares e in-ternos de nossas organizações para nos dedicarmos a aju-dar a criar algo de novo para o bem comum, uma vez queo III Congresso Pan-Americano dos Diretores de Vendas, aser realizado no Rio de Janeiro, no período de 14 a 18 deoutubro, nos dá essa oportunidade.

ACONTECIMENTOHISTÓRICO

— O Congresso, certamente,será um acontecimento históri-co que irá permitir a todos nós,homens pan-americanos de ven-das, nos congraçarmos num ob-

Safra decacau serámaior

Londres (BNS) — A famosa fir-ma cacauelra Glll and Duffus,em seu boletim do corrente mès,prognostica que a' colheita de ca-cau da temporada 1961-62 ascen-dera a cerca de 1 mllh&o e 203mll toneladas, o que Importa cmvim aumento de 5CÍ sóbre a pro-duçâo recorde do período anteriore excedente em 115 mll toneladaso consumo esperado.

Acredita a ílrma que a prlncl-pai causa do aumento será aiíi-ande produção brasileira, quepassará de 120 mil toneladas noano anterior para 179 mll no anoatual. Contudo, ao íazer o seuprognóstico, a ílrma mostra-semais otimista do que outras. au-toridades do mercado. Recente-mente foram recebidas noticiasde que, no Brasil, o mau tempoesti prejudicando a colheita echegou a haver mesmo quem su-gerisse que ela poderia ser total-mente perdida. Acredita a com-pj.nl.la Glll and Du.fu. que, ..asocontinuem as chuvas, nao haverádanos e a produção brasileira po-dera atingir um milhão e melode sacas.

Nada obstante o rápido aumen-' to da produção, parece provável

que a atual temporada será aprimeira, Já há bastante tempo,em qüé o aumento da percenta-gem de consumo superará a daprodução. Calcula ainda a com-panhia ([ue o consumo mundialtle um milhão de toneladas supe-ra em cerca de 10% o total tioano passado.' Mas. ainda assim,os. estoques acumulados sóbre oconsumo provável se elevarão amais ou menos 370 mll tqnela-das, o que eqüivale à colheitatotal de Gana, que é o maior pro-dutor do mundo.

jetivo comum: o aprimoramen-to profissional. É uma oportu-nidade impar para o nosso País,quando poderemos reaílrmar*astradições de cultura democráti-ca de nossos homens de vendas.

— Como Presidente' da Asso-clação dos Diretores de Vendasdo Brasil, considero que, alémdo apoio de tôdas as regiõestambém de grande importânciao apoio dos dirigentes de SãoPaulo, o que seria imperdoávelse náo o fizessem maciçamente.E é nesse sentido que faço umapelo às tradições de cultura,inteligência e liderança dos ho-mens de empresa de São Pau-lo, para que unidos possamosdemonstrar aos homens de ven-das das América nossa capaci-dade de organização, concluiuo Sr. Lace Brandão.

Consumo deestanlio na

MM j|SÍ^_ft|1|e

lgÍ^====J$L DEPOIS 00 TRABAIH0 ... Íh-CDEPOIS DO TRABALHO.-!\ UM BANHO AGRADÁVEL=|V REC0NF0RTANTE DE

CHUVEIRO

InglaterraLondres (BNSI — Nos primei-

rcs seis meses <lo ano, o consu-mo britânico da estanho elevou-se cm 5T_, atingindo 11 mll534 toneladas, contra 10 mll 9SD,em Igual período do ano ante-rior.

Em Junho, o consumo de c..-tenho refinado. atingiu o totalds 1 mil 786 toneladas, contra lmll 193 em maio e 1 mil 822 emjunho de 1961.

Em íim dè Junho último, ásreservas do metal no -i.lno Unido, no total de 5 mll 307 tonela-das. superavam cm 289 toneladas&á <ie ílns de maio.

EnriquePérez fica5 dias

Chegou ontem ao AeroportoInternacional do Galeão, parauma visita de cinco dias aoBrasil, o famoso escultor es-panhol Enrique Pérez Comen-dador, que veio a convite doEmbaixador da Espanha, Con-de de Casas Rojas.

Depois de sua visita ao Bra-sil, Enrique Pérez viajará paraSantiago, afim de esculpir Pe-dro de Valdlvia, conquistadordo Chile.

OUJlos os«j JORNAL

IO bras:FORM

pelaRÁDIO

BRASILlondas médias 940 k<

Iteis. às7h55m-12h30raÉ.9jDomingos: às I2{g^_rn ^9h

• pôf roí

Por dentro do negócio

Bola de neve dos custos

Insiste-se, com estranheza, noalto preço âe venâa âe alguns pro-autos essenciais ao consumiâor, es-tabelecenâo-se o contraste áaquelecom o preço vigente na fonte âe pro-áução. Segunâo composição âo preçoáe custo áe sal norãestino na praçaüe São Paulo, verifica-se que uma to-nelaáa âo proãuto custa nos ater-ros, no litoral âo Rio Granáe âoNorte, CrS 1 530^00. Somente áa sa-Una para o navio são feitas áespesas110 valor áe CrS 1 613,85: taxas, im-postos, transporte, embarque, fisca-lização. As áespesas marítimas, com-preenãenâo frete líquiâo, taxa áe re-novação âa Marinha Mercante, esti-va, âesestiva, aâicionais, previâên-cia, seguros e outros encargos, seme-lhantes, somam Cr$ 3 219,08. Essestrês totais parciais montam a CrS6 362,93: valor pelo qual chega aoPorto âe Santos o sal que ciistou noaterro, no litoral âo Rio Granáe ãoNorte, apenas CrS 1 530,00.

As áespesas realizaâas pela to-nelaáa áe sal âo cais âo porto ao va-gão e, ãepois; sua manipulação emSão Paulo, compreenâenâo ensaca-mento, carretos, armazenagem e ou-trás, são âa orâem âe Cr$ 2 798,35,valor que, aâicionaâo aos CrS6 362,93 acima inãicaáos, áão ocusto ãe Cr$ 9161,28. A êste totalsomam-se mais o Imposto âe Venâase Consignações, taxa e comissõesbancárias, quebras e outras inciâên-

Oirier MONTALEGRE

cias estimaâas em Cr$l 374,19. Comisto, chega-se ao custo efetivo áeuma tonelaáa âe sal que, no RioGranáe âo Norte, custou Cr$ ....1 530,00 e que, em São Paulo, che-gaa Cr§ 10 535,47. '

Ora, o sal não é um casoisolaâo.O fosfato embarcaào em Recife,} ôaçúcar -âe Pernambuco, Alagoas' eoutros Estaâos, a fibra âe sisal, tôâaa sorte, enfim, âe proâútos embarca-âos âo Norte e âo.Norâeste.para, oSul, âa mesma sorte que'.todos csprodutos ão Sul que o Norte impor-.ta,são numa escala maior ou menorsujeitas ao processo âe bola ãe neveâos custos intermeâiários, onâe'èèmultiplicam taxas, sobretaxas e con-tribuições, impostos, previdência,adicionais, perdas e avarias. Istonão é ficção, mas uma realiâaâe pai-pável e verificável.

No dia 21 de setembro entraráem vigor um novo aumento dos fre-tes na navegação âe cabotagem. Se-rá mais uma achega à bola áe neve:um acréscimo âe sta natureza nãovem só, pois influi em tôâa a sérieáe inciâências proporcionais, âesâeo Imposto ãe Venâas e Consignaçõesna primeira venâa, até a áerraáeiraparcela que compõe o custo total.Aí tem o leitor como e por que ospreços aumentam, nos armazéns,nas feiras, nos mercaãos, por tôâa aparte.

INSTRUÇÃO REGULADA— A Fiscalização Bancária jáexpediu carta-circular regu-lamentando a Instruçãon.° 229, da Sumoc. As nor-mas de operação estabeleci-das começaram ontem a ln-fluir na tranqüilização domercado.

CAFÉ — Continuam bai-sas as exportações de café.Neste mês, até o dia 17, ha-viam saldo 555 mil sacas. Es-pera-se porém que, com aaprovação do Acordo, o mer-cado volte a operar regular-mente, cessando as reservase restrições que vinham in-fluindo no seu comporta-mento.

DESEMPREGO — A cen-tral sindical AFL-CIO, dosEstados Unidos, iniciou cam-panha pela instituição da se-mana de trabalho de 35 ho-ras, sem redução de salários,como meio de aliviar o quechama de "um nível intole-rante de desemprego". A in-dústria siderúrgica norte-americana está trabalhandocom apenas 52,4fo de sua ca-pacldade, não havendo sinalde que as coisas melhorema curto prazo.

ARMAZÉNS E SILOS —A Caixa Econômica de SãoPaulo vai aplicar 300 milhõesde cruzeiros na ampliação darede estadual de armazéns esilos, a cargo'da Cia. de

Armazéns Gerais do Esta-do de São Paulo.

FABRICA EM MINAS —Estima-se em um bilhão decruzeiros o valor do investi-mento a ser feito numa íá-brica de rolamentos e má-quinas operatrizes projetadapara Minas Gerais pela fir-ma italiana Giustina S. A.,que participará do empreeu-dimento com 600 milhões decruzeiros em equipamentosque serão trazidos da Itália.Grupos brasileiros subscreve-rão os 400 milhões restantes.

PESQUISA RURAL — 30milhões de cruzeiros serãoaplicados num programa depesquisa rural, em Minas Ge-rais.

Localizadopetroleiroitaliano

Aviões do Serviço de Busca eSalvamento encontraram on-tem, na Enseada das Tijucas, opetroleiro italiano NlcoleiaMontanari, que estava desapa-recido desde o dia 14 de agosto.

O navio não parece estaravariado.

ANÁLISE E PERSPECTIVAECONÔMICA

Está circulando o n.° 1 da APEC, carta econômicaquinzcnal de circulação limitada, destinada a membro»da Administração Superior de Empresas e Instituições. En-tre outros assuntos da maior oportunidade, trata êstenúmero de Capitai» e Investimentos — Tensões e Dlna-mlsmo Social — O BNDE e a Livre Empresa — InflaçãoPrejudicial ao Brasil —.As Geadas e a Situação Cafeeir»— Siderurgia e Exportação de Minério — Indústria d«Celulose no Brasil — Moeda e Bancos etc. — Redação:Av. Rio Branco, 81 — 20.° andar, sala 2 003. Tel. 43-5879.

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10 — I.° Cad., Jornal do Brasil, 3.-feira, 21-3-62

AGENDA JBVACINAÇÃO

A Secretaria de Saúde comunica que todas as pessoasresidentes na Guanabara serão obrigadas, a partir de hoje,a procurar os seguintes postos, a ílm de serem vacinadas con-tra a varíola: Resende, 128 (Centro); Elpidio Boa Morte, 232(Praça da Bandeira); Silveira Martins, 161 (Flamengo); Ge-neral Severlano, 91 (Botafogo); Toneleros, 232 (Copacabana);Avenida do Exército, 1 (São Cristóvão): Desembargador Isidron.° 52 (Tijuca); Visconde de Santa Isabel, 56 (Vila Isabel):Amaro Cavalcanti, 125 (Méler); Ministro Edgar Romero, 29_(Penha); Leopoldina Rego, 754 (Olaria); cândido Benício, 791(Jacarepaguá); Silva Cardoso, 349 (Bangu); Augusto Vas-ooncelos, 254 (Campo Grande); Senador Camará, 56 (SenadorCamará); e Paranapuã, 435 (Ilha do Governador).

Os postos funcionarão das 8 às 17 h 30 m, nos dias úteis,e das 8 às 13h, aos sábados.

PARADORES NÃO PARAM

Tot motivo de reparos na os Santos. Pararão, entretan-linha 1, entre as cabinas 2 e4, os trens paradores quepartem de D. Pedro II nãofarão paradas hoje nas Es-tações de Mangueira e Todos

to, nas Estações de LauroMuller, São Cristóvão, SãoFrancisco Xavier e Silv»Freire.

Lei de assistência ahospitais leva médicoa visitar todo o País

O médico sanitarista Virgílio Augusto Bezerra, Pre-sidente do Grupo de Trabalho sobre a Situação Econômi-co-Pinanceira das Santas Casas, visitou as Capitais dos Es-tados, de Manaus a Vitória, mantendo contato com as Se-cretarias de Saúde, com o fim de fazer os Governos esta-duais insistir com suas bancadas na Câmara para queseja votado o anteprojeto da Lei Orgânica de. AssistênciaHospitalar.

A Lei Orgânica de Assistência Hospitalar, conformeíoi elaborada pelo Grupo de Trabalho, prevê a transfor-mação da Divisão de Assistência Hospitalar em ServiçoNacional de Assistência Hospitalar, e a criação de um Con-selho Nacional de Assistência Hospitalar e de um FundoNacional de Assistência Hospitalar, que teria, inclusive,os lucros das loterias e 50.. do imposto de consumo de pro-dutos farmacêuticos.

COFAP VENDERÁ FEIJÃO

A Cofap comunica que colocou à venda, nos mercadinhosda Secretaria de Agricultura, grande quantidade de feijão, aCr$ 55 o quilo. A Cofap pede seja solicitada a presença daDelegacia de Economia Popular, toda vez que houver tenta-tiva de cobrança acima da tabela.

CHEFE-SUBSTITUTO

Hoje, o Chefe de Policiasubstituto será o DelegadoDaltro de Almeida Rocha,

que estará no 2.» andar d»Chefatura de Policia, na Ruada Relação.

SAÍDAS DE TRENS

A Estrada de Ferro Leopoldina programou para hoje asseguintes partidas: às 5h 25m (expresso) para Friburgo, Por-tela, Campos e Cachoeiro do Itapemirim; às 12 h (rápido)para Campos; às 22 h 30m (noturno) para Campos, Cachoeirodo Itapemirim e Vitória; às 5 li 50 m, para Petrópolis, TrêsRios, Porto Novo, Recreio e Carangola; às 20 h 10 m (no-turno) para Petrópolis, Três Rios, Porto Novo, Recreio, Ca-

''.-angola c Manhuaçu; às 6h 50m, às llh, às 17ii e as 21 li;

para Guapimirim.Na Central do Brasil: às 5h 30m e 17h 10m (expresso):

às 7h 30 m (automotriz); às 8h e às 21 h 30m (rápidos) eàs 23 h (Santa Cruz), para São Paulo; às 5h 30 m (expresso)para Conselheiro Lafaiete; às 6h 30 m c às 19 h 30 m (rapi-"dos)

para Bolo Horizonte, e às 21 h 10m (Vera Cruz); asi3h às 16h 10ni e às 18h 45m, para Mangaratiba; às oli30 m, às 8h 10 m, ãs 14 h e às 18 h 10 m, para Três Rios, viaLinha Auxiliar.

TRÂNSITO: MODIFICAÇÕES

Por determinação do Ser-viço de Trânsito, no próximodia 25, serão estabelecidas asseguintes normas para o trá-go na Praça Duque de Ca-xias: a) os veículos que vie-rem pela Avenida PresidenteVargas no sentido da PraçaOnze pela alameda externa(lado das edificações) entra-rão na Avenida Tome de Sou-sa, à direita, Avenida Maré-chal Floriano, Ruas Viscondeda Gávea e Marcilio Dias,Praças Cristiano Otoni e Du-que de Caxias e Avenida Pre-sidente Vargas. Os que proce-derem da pista central, nomesmo sentido, na altura daEscola Rivadávia Correia to-marão a pista central ã es-querda, que terá sua mão dedireção invertida, retomandoa pista normal no enizamen-to com a Praça da República,em frente â Central do Bra-sil; b) os veículos oriundos daAvenida Marechal Florianoseguirão pelas Ruas Viscondeda Gávea e Marcilio Dias,Praças Cristiano Otoni e Du-que de Caxias e Avenida Pre-sidente Vargas; c) os veículosprocedentes das Ruas BuenosAires, Senhor dos Passos eConstituição, exceto coletivos,da Praça da República, to-marão a pista central da Ave-nida Presidente Vargas, queestará com a sua mão de di-reção invertida. Os que do-lirarem ã direita, tomarão aalameda dos bondes; d) oscoletivos, vindos da PraçaTiradentes pela Rua da Cons-tituição, dobrarão à esquerdana Praça da República, con-tornando-a, juntamente comos veículos que saem da Ruados Inválidos, pelas alamedascm frente ao Corpo de Bom-beiros e ao Hospital SousaAguiar, entrando, a seguir,nas Ruas Moncorvo Filho,Frei Caneca e Santana, deonde atingirão a AvenidaPresidente Vargas; e) os vei-culos procedentes da AvenidaPresidente Vargas na direçãoda Candelária pela alamedacentral, ao atingirem o cruza-mento da Praça da Repúbli-ca, tomarão a pista junto aoParqne Júlio Furtado, reto-

mando aquela defronte à Es-cola Rivadávia Correia; f) oslotações da Zona Sul componto no Castelo, a partir das7 h 30 m, não irão à Estradade Ferro, regressando de seuspontos no Castelo; g) os lo-tações da Zona Norte que têmponto na Praça Mauá, a par-tir das 7 lt 30 m, retornarãopela Avenida Rodrigues Al-ves; h) os coletivos das li-nhas intermunicipais componto na Rua Edgar Gordilhoe Avenida Venezuela, a par-tir das 7 h 15 m, trafegarãopela Avenida Rodrigues Alves,quer na ida, quer na volta;i) a partir das 7 h 30 m, osbondes da linha 35 serão su-primidos e os da linha 3G,quando na direção da Can-cela, da Avenida Mem de Sá,entrarão na Avenida GomesFreire, Rua da Constituição,Praça da Reipública (alamê-das em frente ao Corpo deBombeiros e a Casa da Moc-da), Avenida Presidente Var-gas e daí pelo itinerário nor-mal. Na volta, da AvenidaPresidente Vargas, entrarãona Praça da República (ala-meda em frente ã Casa daMoeda), Ruas Vinte de Abrile Senado, Avenida GomesFreire, Rua Riachuelo etc;j) os bondes que trafegampela Praça da República, ala-meda em frente ao HospitalSousa Aguiar, entrarão nasRuas Vinte dc Abril e Sena-do, a partir das 8 horas; klsó será permitido o tráfegodc bondes no trecho da Ave-nida Presidente Vargas cor-respondente ao Parque JúlioFurtado, em sentido único dedireção igual ao dos demaisveículos, isto é, no sentido daPraça da Bandeira para aAvenida Passos; 1) ficará ex-pressamente proibida a para-da de quaisquer veículos,inclusive bondes, no tre-cho da Avenida PresidenteVargas correspondente aoParque Júlio Furtado; m) oacesso dos carros conduzindoautoridades e demais convi-dados será feito pela AvenidaMarechal Floriano ou Aveni-da Presidente Vargas junto áEscola Rivadávia Correia.

Atê o dia 31, os HospitaisVolantes das Pioneiras Sociaisatenderão, gratuitamente, nosseguintes locais: Praça doTinguã-Estrada de Santa Ma-ria (Campo Grande); PraçaBarão da Taquara (Jacaré-

"PEREIRA CARNEIRO"«»,$£•? .<*V'<!.'-??•>!''' ' *. '"" ¦' ''."•' ' "s'/ i <,-;")

j *_ I. I||i

5." ZONA: MESÁRIOS

O Juiz da 5.* Zona Eleitoral comunica que será realizada,no dia 3 de setembro próximo, às 14 h, na sede da zona, naRua Ministro Viveiros de Castro, 154, em Copacabana, a au-diência pública para nomeação de membros das mesas recep-toras das seções que funcionarão nas eleições de 7 de outubro.Na ocasião, será íeita a designação dos locais onde as 6eçõcsserão Instaladas.

HOSPITAIS VOLANTES

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CURSOS, CONCURSOS ECONFERÊNCIAS

MEDIDAS JA TOMADAS

O Grupo de Trabalho queestudou a situação das SantasCasas, por determinação do en-tão Presidente Jânio Quadros,apresentou um relatório emque, além da Lei Orgãni-ca, eram sugeridas medidas decaráter imediato. Estas medi-das íoram tomadas na formade quatro decretos, que deter-minaram: parcelamento para opagamento dos atrasados devi-dos à Previdência pelas San-tas Casas, sem juros c sem mo-ras; isenção de taxa de Previ-dência para as entidades filan-

paguá); Rua da Matriz —próximo à Estação (San'!""'-mo); Rua César Zama iVilela Tavares — em írt.i.cao Hospital Marcilio Dias,Lins de Vasconcelos.

trópicas; os bens patrimoniaisdas Santas Casas passaram aser impenhoráveis (estavamsendo penhorados para pagaras dividas da Previdência); ad-judicação dos serviços hospita-lares da Previdência às SantasCasas.

A Lei Orgânica, por sua vez,fixará as características doshospitais filantrópicos, limi-tando a eles os benefícios doFundo Nacional de AssistênciaHospitalar. O Serviço Nacionalde Assistência Hospitalar seráórgão técnico, de planejamen-to, ficando o Conselho com asatribuições financeiras.

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Devera ser lançado ao mar, no próximo dia 27, pe los Estaleiros Vèrolhié, o navio Pereira Carneiro,xegttndo transatlântico construído no Brasil. Deslocando 15 500 toneladas e com capacidade dt car-ga equivalente a uma frota de mais d* 1000 caminhões de 10 toneladas, destinas» o Pereira Car.neiro ao transporte de passageiros e carga _ servirá às linhas internacionais do Lôide Brasileiro.

Seu nome é uma homenagem ao Conde Pereira Carneiro, pioneiro da nossa industria daconstrução naval

Mais vinteKombisapreendidas

Mais vinte camionetas Koin-bi, que estavam funcionandocomo lotação em horários nãopermitidos, foram apreendidas,ontem, durante a blltz efetua-da cm vários pontos do centro,bairros e subúrbios pelas auto-ridades do Serviço de Trânsitoe do Departamento de Con-cessões.

As Kombi serão liberadasapenas quando os motoristasinfratores assinarem requeri-mento ao Departamento d»Concessões solicitando permis-são para trabalhar cm determi-nada linha e cumprirem a por-taria 804, dc 13 dêste mês, bai-xada pelo Chefe de Policia.HORÁRIO

Estabelece a portaria os ho-rários de 7 às 10 e de 17 às 20horas para a conversão cm lo-tações dos carros que fazem otransporte simples de passagei-ros, em caráter extraordinário.

. até que as empresas de ônibusaumentem em um terço as suasfrotas.

O Diretor do Departamentode Concessões, Coronel Améri-co Fontenele, não se reuniu,ontem, com os motoristas, con-íorme fora anunciado. O Co-ronel Fontenele íoi designado,ontem, para chefiar o Serviçode Manutenção da Radiopa-trulha.

Repressão ao Contrabando Donos de padarias pedirãoapreendeu mercadorias prazo a empregados paraem quatro casas comerciais conceder aumento de 50%

O Serviço Federal de Repressão ao Contrabando apre-endeu ontem, na Casa Bayard (Avenida Marechal Fio-riano), um contrabando - de revólveres, navalhas e balassuecos, avaliado em Cr$ 2 milhões.

Em Copacabana, o Serviço apreendeu geladeiras, te-levisorês, gravadores de som e aparelhos eletrodomésticoscm três lojas da Rua Barata Ribeiro, iniciando campanhaque mobilizará todos os seus agentes.REPRESSÃO

O Chefe do Serviço, Gene-ral Francisco Saraiva Martins,exigiu de todos os agentes umarepressão enérgica contra mer-cadorias contrabandeadas quevêm sendo vendidas nas lojasda Cidade.

Os agentes Kepler, Braga.Gastão, Pelozzi, Renato e Men-des compareceram à CasaBayard Comércio ImportadoraLtda. (Avenida Marechal Fio-riano, 81) e apreenderam rc-vólveres Colt-32, Válter Qua-dros-5 e 765, Beretas, pistolasC-Z e navalha s Solinger eWèdenstil.

O gerente da Casa, Sr. Mau-i-o Loureiro, e o fornecedor domaterial, Sr. João Augusto Al-ves da Si 1 v a, estiveram noServiço, onde foi lavrado o tèr-mo de apreensão. A mercado-ria, encaminhada ao depósitoda Recebedoria do Ministérioda Fazenda, será leiloada.

EM COPACABANA

Só na Rua Barata Ribeiro,em Copacabana, foram apre-endidas mercadorias em trêslojas.

No número 759-A, onde fun-ciona a firma A.G. HenriquesLtda., um dos sócios, Sr. An-tônio Gonçalves Henriques,não conseguiu provar a lega-lidade da importação de 10 ge-ladeiras.' Além disso, a firmanão tinha escriturada em seuslivros a entrada de aquecedo-res, ferros elétricos, panelaselétricas, quebradores de gè!o,ventiladores, exaustores, apa-relhos de ar refrigerado, tor-i-adeiras, bandejas, frigideiras èoutros artigos eletrodomésticos,quase todos de procedêncianorte-americana. O Sr. Jcsi-no da Silva Amaral, do SRC,lavrou o termo de apreensãoe depósito. O gerente ficoucom a guarda da mercadoriarelacionada, mas não poderádispor de nada, sem antesprovai- a legalidade de suaaquisição.

No número 322, onde estáestabelecida a firma Josias M,Cordeiro, cs agentes Ivã e Al-gibe constataram irregulari-dades, mas o Sr. Cordeiro quisimpedir uma vistoria no depó-sito. Os agentes comunicaram-se com o General FranciscoSaraiva Martins; que os auto-rizou a continuar na dili-gência, porque, em caso de rc-sistência, mandaria reforces.O Sr. Cordeiro, que desejavaconsultar primeiro um seuamigo — Sr. Castro Neves, doImposto do Consumo — aca-bou permitindo o lèvàntamch-

to da mercadoria, grande parteda qual íoi levada para o Mi-nistério da Fazenda. Outrasmercadorias,em situação tam-bám irregular, ficaram sob aguarda do Sr. Cordeiro, quehoje deverá fazer prova legal,no Gabinete do Chefe do SRC,de sua aquisição.

No número 463-A, onde estáestabelecida a firma HelvécioRodrigues de Magalhães Ltda.,a mesma turma que havia vi-sitado a Casa Bayard consta-tou a existência de geladeiras,televisores, gravadores é apare-lhos eletrodomésticos em situa-ção irregular. A firma terá deapresentar os comprovantes ciaentrada da mercadoria noPais. . .

O Sindicato dos Proprietários de Panificações e Con-íeltarias responderá amanhã, com um pedido de prazo, ásolicitação de reajustamento salarial dos padeiros e con-feiteiros da Guanabara, que reivindicam aumento na basede 50% sobre os vencimentos atuais e já se declararamdispostos a recorrer ao dissídio coletivo, caso a classe pa-tronai seja contrária ao reajustamento.

Os patrões alegam que "não têm condições para con-ceder o aumento", cm virtude do ato do Ministro Sampaioda Costa, do Tribunal Federal de Recursos, que cassou, nasexta-feira, as liminares concedidas por Juizes da Fazen-da da Guanabara contra o tabelamento do pão.

Troca de talões atinge a60 mil no primeiro dia eSérie B sairá em 15 dias

' ' Com o'lançamento ontem da Série A do concurso Seu

Talão Vale Um Milhão, íoram trocados 60 mil talões nos22 postos da Secretaria de Finanças, que espera lançar,

já nos próximos 15 dias, a Série B.A inclusão de fotocópias de notas de compra foi abo-

lida para evitar que se pudesse concorrer mais de uma

vez com as mesmas compras, segundo informou o Coorde-nador do concurso, Sr. Paris Barbosa.

DOS EMPREGADOS

O Presidente do Sindicato dosTrabalhadores nas Indústriasde Panificação e Confeitaria,Sr. Manuel Leal de Abreu, afir-mou ontem que os padeiros econfeiteiros "em hipótese algu-ma se afastarão da proposta de50.i de aumento".

Disse que o Sindicato que di-rige estava esperando, ontem,a resposta da classe patronal,que pediu, no entanto, um pra-zo até quarta-feira para res-ponder definitivamente.

Externando o sentimento da

Testemunha que escutouconversa sobre diamantesnão apareceu para depor

À testemunha, cuja identidade vem sendo mantida emsigilo pelas autoridades do 3.° Distrito Policial, não compa-receu ontem, como estava previsto, para prestar depoimentono caso do roubo dos diamantes de Dona Ester Monteiro,avaliados em CrS 7 500 mil.

Essa testemunha viu os detectives José Gomes Craveiroe Zimel Pinheiro discutirem com Herman Levi e Zimer Albu-querque no interior do Bar Pernambuquinho, em Copaca-bana, sobre questão de dinheiro.

classe, afirmou que os padeirosc confeiteiros, caso os patrõesrecusem a proposta, recorrerãojunto à Justiça do Trabalhocom ação de dissídio coletivo.

DOS PATRÕES

Dirigentes do Sindicato pa-tronai revelaram ontem que"a situação se complicou", reíe-rindo-se à cassação das limina-res concedidas por Juizes daFazenda do Estado contra o ta-belamento do pão, que, segun-do eles, dificultou a situaçãodas empresas, impedindo a con-cessão imediata de aumento sa-laíial.

O QUE VALE

Para o sorteio dêste semes-tre, marcado para 30 de de-zembro, terão validade todos oscomprovantes de compra ex-traidos a partir de 16 de de-zembro de 1961.

Só concorrerão, porém, aosorteio, os talões que tenhamsido, de fato, adquiridos peloconsumidor, para evitar a re-tenção de notas de compra porparte de empregados nas casascomerciais.

Essa medida íoi tomada peloGrupo de Trabalho instituídopelo Secretário! de Finanças,para estudar as modificações aserem introduzidas na campa-nha'.

AO MEU ANJODA GUARDAAgradeço a graça recebida,

por vosso intermédio. — ZE-NAIDE S. NUNES.

AO GLORIOSOS.JORGE

Agradecemos (com atraso),a graça recebida. •— LOUR-DES e JOAQUIM.

ACHARAM

O Detective Jorge Balbi, lo-tado na Polícia Técnica, in-formou ao Delegado Edgar Fi-gueiredo Façanha que, junta-mente com Hugo Colier, loca-lizou Herman Levi, em suaresidência, na Rua FigueiredoMagalhães, onde conversavacom Zimer Albuquerque, oca-sião em que ambos íoram con-vidados por Colier a compa-recer ao 3.° Distrito para pres-tar esclarecimentos.

Horas antes, Balbi e Colierestiveram na casa de HermanLevi, mas sua esposa informouque ele se encontrava em SãoPaulo. Após certificarem-se noHotel Ambassador de que Zi-mer Albuquerque se encontra-va hospedado ali, os detecti-ves voltaram ã Rua Figueire-do Magalhães, onde afinal cn-contraram os dois.

ClJovem! Cumpra

do serviço militar, alis-

lando-sc a partir tios _6

anos.

15 casos deliiclrofobiaem Santos

São Paulo (Sucursal) —Quinze pessoas foram mordi-das, entre sábado e domingo,cm Santos, por cães hidrófo-bos e apenas duas receberamtratamento.

As autoridades sanitárias es-tão tentando identificar as quenão foram atendidas, para evi-tar que a raiva se transmita aoutras pessoas.

ADMINISTRAÇÃO DE PESSOAL — Inicia-se, hoje, noXPET, o 2.° Curso de Conferências sobre Administração dsPessoal. As conferências serão oito e obedecerão aos seguintestemas: Relações co»i os Empregados — Serviço Social nasEmpresas — Recrutamento c Seleção — Problemas dc Trci-iiamento — Salário e Gratificações — A Psicotécnica nas Em-prosas — Legislação Trabalhista. Informações na Secretariado IPET, na Av! Presidente Vargas. 435 — Grupo 401 —Telefone 23-9148.

AÇÃO DE GRAÇAS — Depois de amanhã, às 9 h 30 m.na Igreja de Bom Jesus do Calvário, será celebrada Missacm Ação de Graças, pelo transcurso da data natalícia doMinistro Tristão de Alencar Araripe.

ORGANIZAÇÃO ESCOLAR — O Prof. Lourenco Pilhodará um curso de administração c organização escolar, pro-movido pela Associação Brasileira de Educação, para profes-sòrcs dos vários níveis e ramos, alunos das Faculdades d»Filosofia e de curso normal. Terá inicio no dia 11 de setem-bro, na sedo da Associação, na Avenida Rio Branco, 91, IO.'andar, com. aulas ãs terças c quint_3-fcirgs, às 16 h 15 m; 1

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LAMENTOU

O Detective Balbi lamentouo procedimento do seu colegaPlácido, lotado no Posto doLido, por não ter comparecidoantes à Delegacia, a íim defornecer algumas informaçõessóbre o caso.

O Detective José Craveirotem sido visto freqüentementena Praça do Lido com a fisio-nomia abatida. O DelegadoFaçanha vai pedir-lhe que nãoande armado, diante da:ameaças que íêz aos seus cole-gas Pereira e Balbi, logo noinicio das investigações.

O Chefe de Policia, Sr. Mar-quês Cruz, chamou ontem àtarde a seu Gabinete o Dele-gado Edgar Façanha.

Tchecos vãodizer seDana é viva

Niterói (Sucursal) — Dentrode alguns dias deverá chegarde Praga, na Tcheco-Eslová-quia, a resposta ao pedido deinformações feito pelo JuizUlisses Valadares às autorida-des daquele país, sobre a possi-bilidade de estar Dana de Tef-íé vivendo ali — disse ontem aoJORNAL DO BRASIL o Pro-motor Gil Castelo Branco, cs-clarecendo ainda não seremverdadeiras as noticias de quelôra encontrada cm Teresópo-lis uma carteira de identidadeda milionária.

Segundo o Promotor CasteloBranco, o Delegado Nei Rei-cheid negou tais notícias, queíoram divulgadas pela impren-sa, considerando-as como sim-pies "boatos para tumultuar oprocc.-o".

ComendadorOthon M. É Lou part+ (IN MEMORIAM)

Manoel Ferreira Guimarães, Di-retores e Funcionários da OR-GAMZAÇÀO PHILIPS BRASI-

LEIRA, convidam para assistir à missa

que fazem celebrar no altar-mor daIgreja da Candelária, amanhã, quarta-feira, dia 22 do corrente, às llli3Qmda manhã, por alma do seu grandeinspirador, Sr. OTHON M. E. LOU-PART, Comendador da Ordem do Cru-zeiro do Sul, falecido em Eindhoven,Holanda, a 13 de agosto e desde jáagradecem a todos que comparecerem

ato religioso. CPa esse

JOSÉ RAMIRES VIEIRA

+

A esposa, filhos., nora, irmãos, cunhada,sobrinhos, neto, convidam a todos os ami-gos da família, para a missa que mandarão

celebrar pela alma de seu esposo, pai, sogro, irmão,cunhado, tio e avô, na Igreja de N. S.a da Glória,no Largo do Machado, às 10h30m do dia 22 docorrente, quarta-feira. ÇP

OCTACILIO PINTO TEIXEIRA(FUNCIONÁRIO DO LÓIDE BRASILEIItO)

(MISSA DE 7." DIA)

Adelina Souza Teixeira e filhos, Cecília- Maria Tei-_eira e filhos, cunhados e sobrinhos agradecem as

manifestações dc pesar recebidas por ocasião do fa-lecimento do seu inesquecível esposo, Pai._íilhp, tio ecunhado, e convidam para a missa de 7° dia, que

mandam celebrar, 'pela

sua boníssima alma, amanha, quarta-íeira dia 22, às 9 horas, no altar-mor da Igreja de N. S. dalena. aia •""^à*Morte;';fla

Rua do Rosário esq. da Av. *»«

+ConceiçãoBranco.

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O MÁXIMO EM UM

O Sr. Paris Barbosa faz umapelo aos concorrentes paraque procurem colocar num sóenvelope a maior quantidadapossivel de comprovantes, a fimde facilitar a conferência c di-minuir o volume das trocas.

O apelo é motivado pela de-íiciéncia de pessoal: são poucosos servidores do Estado posto.tã disposição do concurso SeuTalão Vale um Milhão.

Como prova do que afirma,diz o Sr. Paris Barbosa que, no»primeiros dias da atual cam-panha, os postos de Olaria e doTeatro Municipal não íuncio-narão por falta de servidores.

Processo deOberlaenderhoje com oProcurador

Niterói (Sucursal) — O pro-cesso em que O Prefeito DalmoOberlaender foi enquadrado, naLei de Responsabilidade, porcrime de desobediência a deci-são judicial, deverá ser enca-minhado hoje ao Procurador-Geral do Estado, pelo Juiz Ge-raldo Toledo.

O Prefeito está sujeito a per-da de mandato, prisão por 15dias e até seis meses e impug-nação de sua candidatura adeputado estadual.. O processoíoi movido pelo Tenente-Coro-nelBernardino Irineu T-órido,beneficiado por uma decisão daCâmara Municipal.

NAO EXISTE

O Tenente-Coronel do Corpode Bombeiros de Niterói, Ber-nardino Irineu Flórido, foi re-formado e promovido ao postode coronel, com os vencimen-tos de Cr$ 126 mil mensais. OPrefeito recusou-se a cumprira lei municipal c, posterior-mente, o mandado de 6eguran-ça concedido pelo Juízo dosPeitos da Fazenda Publica, soba alegação de que o cargo pre-tendido não existe.

Diante das duas recusas, oTenente-Coronel Irineu Flóridovoltou a apelar para a Justiçae o Juiz deu o prazo de 48 ho-ras para que o Prefeito cum-prisse a decisão, prazo que ex-pirou na última sexta-feira.

Em face da decisão judicial,o Sr. Dalmo Oberlaender cn-viou mensagem à Câmara Mu-nicipal, pedindo a criação docargo para, então, promover onproveitamento do reclamante.

JUIZ DISCORDA

' O Prefeito de Niterói achaum absurdo a decisão do Legis-lativo, pois o obrigará a pagarao beneficiado vencimentosquatro vezes superior aos quesão atribuídos ao funcionáriomunicipal em final de carreira.

O Juiz Geraldo Toledo, en-tretanto, discorda de suas ale-gações, afirmando que "lèi épara ser cumprida" e que oPrefeito não precisa de autori-zação da Câmara pava cumprir,a decisão.

O Processo contra o PrefeitoOberlaender, depois de encami-nhado ao Procurador-Geral doEstado, deverá ser distribuídoho Juizo Criminal ou a um dosprocuradores do Estado, paradecidir se o Sr. Dalmo Ober-laender será preso por crime dedesobediência, ou perderá omandato, por crime de respon-sabilidade, por ter desrespeita-do uma decisão judiciul.

Jornal rio Brasil. 3."-Mra. 21-8-62. 1." Cad. — H

BrasilBelo êxitono Troféu

Célio de Burro*¦- O atletismo carioca está de parabéns, pelo pleno êxito

com gue foi disputada a segunda competição'do IV TroféuBrasil, essa magnífica prova instituída pelo Depariamen-ta de Educação Física e Esporte do Estado de Sao Pauloa que concorre a fina flor do atletismo nacional e queano a ano, cada vez mais, vem-se ivipònão co?no das maisúteis-e. empolgantes competições do esporte brasileiro

Á Federação de Atletismo do Rio de Janeiro havia, to-mado todas as providências necessárias para que essa fes- ¦ta do nosso ¦ esporte base se revestisse do maior, brilho. A.organização dada, bem dirigida c supervisionada.:pela Di-retoria da Federação e seu dedicado corpo de juizes que

• constituem a'Associação de Juizes de Atletismo, funcionouinteiramente a contento e bastante satisfação, de todosós' clubes concorrentes. - . -_'• ' •••

- Merece, especial registro o trabalho do Major Pedro •Richard que se encarregou ãa parte festiva, desfiles ini-ciai e de encerramento, banda militar e entregar de. me-üalhas ao som de clarins dando a tudo isso uma feiçãoqué agradou em cheio à numerosa assistência qué aflüiuaóestádio. • ',,.' .

Coube o triunfo final, tal como m era esperado, a oti-via turma ãe atletas, de ambos os sexos,, âe que' dispõe ocampeão rubro-negro. Não há a menor restrição a fazerà bela vitória do Flamengo, delineada logo na primeira

¦ parte disputada sábado e completada nó domingo, regis-trando ainda o maior número de primeiros lugares e aquebra ãe recordes do Troféu. O segundo lugar pertenceud boa equipe do São Paulo F.;Ç., que teve a realçá-la aconquista ãe um recorde sul-americano ma 'prova de 1500metros, classe de juvenis com Geraldo Oliveira Júnior eaviarcaSe4m2s7.Ò terceiro posto a escassa diferençade] 4 pontos do São Paulo, classificou-se o Fluminense F.Ç., seguindo-se o Pinheiros, Vasco da Gama, Paulistanop ãcitictis

Nada menos do que nove recordes do Troféu foramquebrados, cinco masculinos, um feminino e três juvenis.Sebastião Mendes'e João Alexandre, do C. R. ão Flamengo,marcaram 9m lis 7para os três mil metros steeple e 45ni33no disco; Maria Teresinha Ventura, também ão Flamen-go, com 40ml8 no arremesso ão disco; Anubes Ferraz doC. A. Matarazzo com 52m9 na prova de 400 metros combarreiras; Bcneâito Firpio do Amaral, do São Paulo F. C„com 15m 9s 7, nos '5 000 metros e Válter de Almeida do C.A. Paulistano com 63m53 no arremesso do dardo e nosjuvenis, além de Geraldo de Oliveira Júnior nos 1 500 me-¦trosr JVólson Ber.nardi, âo Pinheiros, com lm 80 em saltoem altura e.José Carlos Jacques âo São Paulo F. C. comÍ5ni 66 ho arremesso ão peso. José Roberto Right, ão Flu-minense com 4ml4s2 bateu o recorãe carioca âe 1 500metros para juvenis e Ubirajara Ramos, âo C. R. Vascodá Gama., na mesma classe, .bateu o âo peso com Um 6.

Como se vê essa âisputa ão Troféu Brasil, além âo beloàúto qice alcançou, âestacoa-se, ainda, pelo bom índicetécnico que apresentou.

Fia teve 3 recordes,9 primeiros lugares evenceu Troféu Brasil

O Flamengo-venceu h segunda competição doIV Troféu Brasil, com 283,5 pontos, distanciando-se\l-31 pontos do segundo colocado, o São Paulo, cias-sificando, 9 atletas cm primeiro lugar e batendo 3recordes do total de 9 conseguido em toda a disputa.

• Dos-9 primeiros hígares conquistados pelo Fia-mengo, 5 íoram conseguidos pelas moças e 4 pelosrapazes, que tiraram, no entanto, 16; segundos luga-res e deram, praticamente, a grande vantagem de

'SHOW" NO ATAQUE Gérson facilitou avitória do Fia, quecontinua como líder

O Flamengo, num jogo em que «eu melhorjogador, Gérson, teve dc usar Iodos os seus recursospara facilitar a vitória que o adversário ameaçavacomplicar, venceu o Bonsucesso por 4 a J, conser-yando a liderança invicta do campeonato, sem pontoperdido.

O Olaria, derrotando o Amcricu, cm CamposSales, por 3 a I, manteve sua invencibilidade e aposição de terceiro colocado, com três pontos per-didos, alirmando-se como uma das boas equipesdêste campeonato. O Vasco e o Bangu, devido âfragilidade «le seus adversários, venceram fácil oCanto do Rio e o São Cristóvão, respectivamente,por 4 a 0 e 4 a 2. *

Embalo e Gérson

mmsm _Seguro pelas pernas t pelo tronco, Gérson — o dono da vi tória conlra o Bonsucesso — assim mesmo se desvencilha

niurva o terceiro gol do Flamengo

'SHOW" NA DEFESAuÊÈt I'$ I:

* ¦

pontos.A CLASSIFICAÇÃO

Foi a seguinte a classifica-ção: Flamengo '— 283,5 pon-tos; S. Paulo — 152,5 pontos;Fluminense — 148 pontos; Es-porte Clube Pinheiros — 118pontos; Vasco — 113 pontos;Clube Atlético Paulistano -—106 pontos; Associação Des- ¦

portiva Floresta .— 92,5 pon-tos; Brasil F. C. (Santos) —52 pontos; Clube de RegatasTietê — 45 pontos;. Associa- ,ção. Atlética Matarazzo (Ara-çatuba) — 29 pontos; Botaío-go. — ib pontos; Clube AtléticoAramáçari — 15,5 pontos; Clu-be de Regatas Nitro-Química—.:¦ 13 pontos; Siderúrgica deVolta Redonda — 8 pontos;Goiana' Atlético- Clube- — 7¦pontos; Birlguí Pérola Clube— :3 pontos; Clube do CentioTécnico ¦ de Aeronáutica — 3* pontos; Jundiaí Clube — 2

.pontos e Bangu— 1 ponto:Apesar de ter vencido com

tranqüilidade e superioridadeabsoluta, o Flamengo não con-seguiu um ponto sequer na ca-tcgoiia de juvenis, o que dei-xa certa preocupação quandosé

"tratar da renovação de va-

lôres. ¦ ' '

RESULTADOS,—r Eis as provas e os re-

sultadoSr -1500 metros rasos — Juvc-

nil;í— Geraldo Oliveira Júnior,•SPPC, 4m,02,7s; José Roberto.Wright, do .Flu., com 4,m2s eEucler Giraldi, do Pinheiros,com 4m,17,7s.

Os dois primeiros resultadosconstituem recordes da classe,sendo o do atleta Wright, o

'recorde carioca.Fêso-Juvenial — José Car-

los.:.' Ja quês, do SPFC, com15ni,B6; Ubirajara da SllvaRamos, do Vasco, com 14m,06e Gilberto Jesus, do Brasil,com-:13m,25. O atleta do S.Paplo conquistou o nõvo rc-

•corde do Troíéu e o do Vasco,o carioca.

Salto, em altura- — Juvenil— Nelson Bernardi, do Pinhei-ros, com lm,80; Carlos Paisrie Barros, do Paulistano, comlm,75 e Oscar de AlmeidaPra'do Júnior, do SPFC, comlm,70- Ber na r d 1 conquistounovo recorde de Troféu e Paiade ^Barros tambem, passandoa prevalecer o primeiro, após asua homologação pela. CBD.

100 metros rasos, juvenil —Raimundo Fernandes da Silva,do Vasco, com ll,2s; GilbertoJesus, do Brasil, com ll,4s eLuís P. Castro, do Paulistano,cont II,5s.

Martelo — Roberto ChapChap, do Pinheiros, com 55m,

.83; Válter Kupper, do Flamen-ro, com 50m,09 e Válter Rodri-gues, do Vasco, com 49m,93.

Salto cm altura, moças —-Maryling Saling, do Flamengo,çom lm,55; Aida dos Santos.rio Vasco, com lm,50 e MariaJosé de Lima, do Paulistano,com lm.45.

-110-metros com barreirai —Cai-los-Luis Mos.sr. cio SPFC,com 14,3s; José Teles ria Con-

f^fî^^mW^^^^^^^^^^^Î^^ 7,.7777., ... ..

O Flamengo jogou o necessá-rio para vencer o Bonsucesso eo escore de 4 a 1, embora umtanto injusto com a equipe der-rotada, pois não traduz o seuesforço e resistência, teve umacausa: Gérson.

O time rubro-negro, depois deseu primeiro gol, marcado porDida, no primeiro tempo, pare-ceu satisfeito com a vantagemconseguida. Embora sem per-der o dominio técnico da parti-da, o Flamengo deixou o Bon-sucesso jogar mais à vontade e,até mesmo, ameaçá-lo. O se-gundo gol, ainda íeito por Di-da, cm ótimo lançamento deGérson, no inicio do segundotempo, não deu ainda ao Fia-mengo a tranqüilidade que se-ria normal com a vantagem dedois gols. O Bonsucesso conse-guiu diminuir para 2 a 1, comum gol de Manuel, e, se nãoíõsse a categoria e a vontadede Gérson, o jogo poderia terficado muito difícil para o Fia-mengo.

O Bonsucesso, após seu gol,chegou a dominar e o empatepassou a ser admitido como umíato lógico pelo que aconteciaem campo. Uma jogada de Gér-son, que somou às qualidadestécnicas uma íôrça de vontade

O bom Olaria

impressionante, decidiu defini-tivamente a partida para oFlamengo, com o terceiro go).Depois, ainda dos pés de Gér-son, nasceu o quarto gol, mar-cado por Henrique.

O Flamengo, mais uma vez,mostrou que c uma equipe em-balada pelo sucesso, que íaz daunião de seus homens a gran-de arma para vencer, mas quetem, ainda assim, várias deíi-ciências, que se tornam eviden-tes quando o time é exigido. Adefesa, embora seus homens gesuperem no auxílio mútuo, tem.íalhas de cobertura, c no ata-que os extremas são poucoaproveitados, principalmenteAlfredinho, que mesmo lutan-do muito não deixa de revelarsua pouca capacidade técnica.

Estas deficiências, porém,são compensadas pelo extraor-dinário futebol de Gérson, quedestrói, arma e atira em golcom a mesma eficiência. Se-guindo Gérson, vem Dida, emótima fase, de nóvo presente

área e com grande visãonade gol. Erguido sobre estesdois homens está todo o es-quema do Flamengo e suas cs-peranças, que são muitas, 4com razão.

O Olaria, jogando um fute-boi bom e bonito, derrotou oAmérica por 3 a 1, superandoos íatôres que lhes eram ad-versos com a maior facilidade.Bem armado na defesa, ondetem um jogador de qualidadesexcepcionais — Haroldo — oOlaria joga, no meio de cam-po e no ataque, com simplici-dade e eficiência, sabendo uti-lizar as qualidades de seus jo-gadores e explorar os erros doadversário.

O América, um time perdidoe desorganizado, foi um ad-versário relativamente fácilpara o Olaria. Armado emcampo apenas nas disposiçõesnormais', o time dirigido porMiguel Pimenta não sabe mo-ver-se, hão possui o menorsenso de estrutura. Para o

Olaria, uma equipe segura, jus-tamento o oposto do América,íoi fácil chegar à vitória. E,com esta vitória, o Olaria afir-mou-se como um dos melhore»times do campeonato. Temem Ernâni um goleiro experi-ente, que conhece como poucossua posição; em Murilo e Ha-roldo dois ótimos zagueiros,bem acompanhados por Casi-miro e M a f r a; no meio dacampo, a técnica de Nelsoncompleta a malícia de Valdé-mar; e, no ataque, Válter, Ro-darte, Salatíel e Romeu mo-vem-se com' agilidade e inteli-gência, vi s a n d o sempre umúnico objetivo: o gol. Na sim-plicidade de suas ações, o Ola-ria forja um futebol bonito eeficiente, valorizado pela boaqualidade de seus jogadores.

celção, do Flamengo, com 14,9se Guaraci Mendes da Silva, doFlamengo, com 15,8s.

1 500 metros rasos — Sebas-tião Mendes, do Flamengo, com3,59,3s; José Davi Santos' So-brinho, do Floresta, com 4,03,4se Belchior Bernardo Gomes, doBrasil, com 4,03,4s.

Disco, homens — João Ale-xandre. com 45m,33 (recorde d»Troíéu); João Lotto, do Pau-llstano, com 44m,82 e CláudioRomaninl, do Pinheiros, com42m,10.

5 000 metros rasos — Bene-dito Amaral, do SPFC, com 15m;09,7s; Edgar Freire, do SPFC,com 15m,14,'9s e João Alves dosSantos Filho, do Vasco, com15m,23,3s.

400 metrds rasas — AnubesFerraz, do AA Matarazzo, com,49,0s; Joel Carvalho Rocha, doFloresta, com 49,6s e ValdemarMoritezariò, do Botafogo, com49,9s.

Revezamento de 4 x 100, ju-venis — Fluminense, com Dar-que Araújo França, Paulo MaltaLins e Silva, Oscar Luís C. Co-lombo e João Aires, com 44,ls;Pinheiros, cora 43,3s e Brasil,com 44,8s.

Salto cm altura, homens —Roberto Antoniazzi, do Pinhei-ros, com lm,85; Arnaldo dosSantos, do SPFC, com lm,85 eSilvio Moreira, do Vasco, comlm,85.

O PVLO DO VICE

Haroldo continua subindo muito' e,'na vitória sobre o América, voltou-a ser o melhor, homem do-Olaria Vasco fácil

Botafogo sódepende

Rodada debasquete no

de si no vôlei MaracanãCora n derrota do CIB para o

Tljuca, o Botafogo ílcou dlstan-ciado dol» pontos doa vlce-lidere»e só depende de al para conquis-tar o titulo de campe&o carioca dsVoleibol Masculino. Bestam 4 ro-dadas para terminar o torneio e oBotaíogo terá compromissos lm-portantes, a partir de hoje, quan-do enlrentara o Tljuca, em «uanova quadra, no Mourisco.

A seguir. Jogará contra o Flu-minense, Flamengo e CIB, poden-cio mesmo sagrar-se campe&o an-tes do encerramento do Campeo-nato, caso vença nas três próximasiodadas ou se os seus dois próxt-mos perseguidores — Flamengo •CIB — percam pontos lnespera-dos, O CIB Irá hoje ao ginásiodas Laranjeiras, para atuar contrao Fluminense. A rodada comple-ta-se com os Jorob: Sirlo e Llba-

.rvèsi x Municipal, nn slnáslo doSirlo: Mackenzie x América •AABB x Flamengo, no ginásio doSatélite. . .

Flamengo x Tijuca e Vascox Grajau TC, os dois princi-pais jogos de hoje pelo Cam-peonato Masculino de Basque-te, serão disputados no giná-sio do Maracanã. A rodadacompleta-se com Fluminense xBangu, no ginásio do Vila Isa-bel. Lider invicto e isolado, oFlamengo é o favorito, emborao Tijuca venha de duas vitó-rias seguidas, contra o Vasco eBangu. O Vasco deverá íazerjogo equilibrado com o Gra-jaú, e o Fluminense levará amelhor com facilidade sobre oBangu, que ainda não conse-guiu nenhum resultado positi-vo este ano, na parte ílnal doCampeonato. A classificaçãoatual dos concorrentes é: 1." lu-gar — Flamengo, invicto; 2." —Fluminense,. 1 derrota; 3." —Tijuca, 3: 4." — Vasco, 4;' 5.»— Grajau TC, G; 6.° — Ban-gu, 7 derrotas. i

Iates de oceano correma Regata JB domingo empercurso de 20 milhas

Os iates da ííotilhà da Associação Brasileira deVeleiros preparam-se, esta semana, para á disputa daV Taça JORNAL DO BRASIL, programada para opróximo domingo, em um percurso de-cerca de 20milhas ao largo da entrada da barra.

Essa regata, que é anualmente organizada pelaABVO em conjunto com o JORNAL DO BRASIL, tevecomo último vencedor o iate Vendaval II, de JoséLuís PimentéL Duarte.

O Vasco, encontrando umadversário íraco e impotente,venceu por 4 a 0 o Canto doRio, sem nenhuma dificuldade.O jogo íoi sempre tranqüilopara o Vasco, que não vendosua defesa ser forçada, pôdededicar-se com tempo à tarefade íazer gols. Nisso, obteve umsucesso razoável, pois se náoImpressionou como equipe, teve

jogadores capazes de, em joga-das de méritos individuais,marcar quatro gols.

O Canto do Rio, uma equi-pe que consegue, trilhar comregularidade o caminho dasderrotas, esteve mais medíocredo que nunca. Sua atuação, tãoíraca, facilitou e, sobretudo,desvalorizou a vitória do Vasco.

Bangu tambémO Bangu também teve uma

vitória tranqüila, ao derrotar oSão Cristóvão por 4 a 2. Domi-nando o jogo do início ao íim,o Bangu teve, como o Vasco,sua vitória desvalorizada pelafragilidade do adversário.

No melo de campo, RobertoPinto jogou a sua melhor par-tida desde que se transferiupara o Bangu, armando e ain-

da se projetando para o ataquecom oportunismo.

Os dois gols do Sáo Cristóvãoíoram produtos de íalhas dadefesa bangüense; uma vez pordescuido, outra por incrível fa-lha do goleiro Ubirajara, quedepois de já haver defendido abola, deixou-a passar por cn-tre as pernas.

PERCURSO fi MAIOR' Com o percurso bem mais ex-

tenso que das vezes anteriores,somando um total de 20 milhasnas montagens das ilhas Rasae Pai, a disputa da Taça JOR-NAL DO BRASIL, este ano,prriínete superar o êxito dasregatas precedentes. Cerca de12 barcos deverão inscrever-sena prova: Singnala, de RagncrJanei'; Calrú II, de Jorge Ge-ycr; Vendaval II, de José LuisPlmentel Duarte; Aldebaran,

¦777 '^l^^'^ '

de Joaquim Pádua Soares; BoaSorte III, de Antônio Albu-querque; Klncald, de MauroJoppert; Cangaceiro, de IsraelKlabln; Lorelel, de Hans Due-mlchen; Mis trai, de OsmarStamm; Cangrejo, de CésarAugusto de Melo; Majoy, deJean Peter; Sargaço, de H.Chamoun, e Flrat» II, de Au-gusto Bayan.

RUMO AS ILHAS

A Taça JORNAL DO BRA-SIL, cuja. posse é transitória,

-está em mãos do Comandante

Santos venceu Jabaquarae seu próximo jogo é emCampinas com Guarani

São Paulo (Sucursal) — Depois de manter-secomo líder isolado, e ainda invicto, do campeonato,derrotando o Jabaquara por 5 a 1 em Vila.Belmiro, oSantos terá agora de ir a Campinas para enfrentaro Guarani, no domingo, ao mesmo tempo em queCoríntians e São Paulo estarão jogando a principal

José Luís Pimentei Duarte, que partida da rodada, no Pacaembu.

Jrnnliln <fo» Santos, do Sno Paulo, como seu chihe nn i-nn lanem geral tio Troféu Brasil, íoij pulando f,HJ m no jinnl

glttida ,vrf/fí> rm

íoi o vencedor no tempo corrigldo (com desconto dos handi-caps) da regata do ano pas-sado. . .

A regata dêste ano tem seupercurso estendido à Ilha Rasa(a ilha do íarol), onde, após-o contorno, os barcos concor-rentes rumarão para a Ilha doPai, ao largo do litoral ílumi-nense. A linha de chegada serádemarcada ao longo da Praiado Flamengo.

JB NA PROVA

A regata está programadapara domingo pela m a n h á,mas, seguindo o critério daABVO de reunir, sempre quepossível, os participantes navéspera, haverá um jantar deconfraternização para todas astripulações, no sábado, à noite,na sede do Iate Clube Brasilei-ro, em Niterói.

Representando a Diretoriado JORNAL DO BRASIL, to-mara parte na competição oSr. Bernard Campos, especial-mente convidado pelo como-doro Jorge Geyèr para fazerparte riR tripulação cie seu late,Cairíi II.¦ -stk-:¦-.¦.-

Com a derrota do São Paulo ante o XV de No-vembro, por 2 a 1, o Coríntians isolou-se na vice-lide-rança do campeonato, três pontos atrás do Santos.O São Paulo, com cinco pontos perdidos, esta emquarto lugar, ainda atrás do Palmeiras, Botafogo deRibeirão Preto e Ferroviária, que têm apenas quatropontos perdidos.colocações

Cm os resultados da sétimarodada', a tabela de colocaçõesdo Campeonato Paulista pas-sou a ser a seguinte: 1.° —Santos (invicto), zero pontoperdido; 2.° — Coríntians, 3pontos; 3.° — Palmeiras, Bo-tafogo e Ferroviária, 4 pontos;4.° — São Paulo, 5 pontos; 5."— Comercial, 6 pontos; 8.°' —Guarani, 1 pontos; 7.° — No-roeste, 9 pontos; 8.° — Portu-guêsa de Desportos, Juventuse XV de Novembro, 10 pontos;9.° — Esportiva, 11 pontos;10." — Jabaquara e Prudenti-na, 15 pontos; 11.° — Tauba-té, 17 pontos.

RODADA NO FIM DASEMANA

Ao contrário das rodadas an-teriores, a oitava rodaria doCampeonato Paulista não teráJogos no meio da semana. Co-meçárá na noite dc sábado;rom a partida entre Juventusc Palmeiras, na Rua Javari. ccontinuara na tni-dc rie rio-

mingo, com os seguintes Jogos:São Paulo X Coríntians, noPacaembu; Guarani e Santos,em Campinas; Esportiva XPrudentina, em Guaratingue-tá; Taubaté X Noroeste, cmTaubaté; Jabaquara X XV deNovembro, em Vila Belmiro, eFerroviária X Botafogo. Essaúltima partida, que será dispu-tada em Araraquara, assumegrande importância pelo fatode as duas equipes estarem jo-gando sua sobrevivência naterceira colocação na tabela.Para o Palmeiras — que jogano sábado — o melhor resul-tado dessa partida seria o cm-pate. que o deixaria isolado naterceira colocação.

PELE JA TEM CINCO

Com mais dois gols marca-dos na partida contra o Pru-dentiàà, no domingo, o meiaSilva, do Coríntians, Isolou-seainda mais na liderança dor,artilheiros cln campeonato; jáagora com Ulh lotai rir 12 ten-tos. - :.

*W»_»! IV.',VH.

CSAF marcará lugar e data para Santos x PenarolT, , ia II . ÚLTIMO ENCONTROVenda dc Amarildo aoJuventus só dependede sua chegada ao Rio

O Botafogo espera unicamente a chegada deAmarildo ao Rio, na próxima semana, para-vendê-loao Juventus, da Itália, por Cr§ 165 milhões, as mes-mas bases em que tratara o negócio há dois me-ses, pouco antes de a Federação Italiana de Fu-tebol bloqueá-lo, sob o pretexto de que se estavaformando um leilão em torno do jogador.

; O representante de Amarildo nas negociaçõesentre o Botafogo e o Juventus, Sr. Noel Guimarães,declarou ontem ao JORNAL DO BRASIL que des-conhecia os planos*<do clube italiano de emprestar ojogador por um ano ao Real Madri, depois de com-prá-lo. . ,— Se isso fôr verdade, vou exigir um aumentonas luvas de Amarildo. Se o Juventus vai ganhardinheiro com o empréstimo, Amarildo deve ganhartambém — disse o Sr. Guimarães.Sô FALTA AMARILDO

Já-sem qualquer participa-çáo do Fiorentina, cujas espe-culações, cm julho, formaram oclima de leilão condenado pelafederação da Itália, o Botafo-ro' e o Juventus vêm manten-do as negociações para a; trans-íerência de Amarildo quase emsigilo. O representante do clu-be Italiano, Sr. Cornélio Gior-gette, e os dirigentes do Bota-fogo já chegaram a um acordopara a venda do passe, depen-dendo agora apenas da palavraíinal do jogador, que chegaráao' Rio na próxima semana,com a delegação do clube queestá excursionando pela Ame-rica-do Sul. Amarildo receberá,por três anos de contrato, CrS35 milhões, salários de Cr$ 280

PalmeirasteráKanela

São Paulo (Sucursal) — O: Palmeiras, diante do seu Insu-cesso no campeonato paulistade basquetebol, resolveu reor-ganizar sua equipe c vai con-tratar o técnico Togo RenanSoares (Kanela) por seis me-ses..

Como Kanela não quer dei-Nar o Flamengo, acei-iou dirigiro Palmeiras provisoriamente, edeve .estrear no próximo dia 29,contra o Coríntians, em jogopelo campeonato estadual.

Kanela acha que o Palmeiraspossui um dos melhores gruposdé jogadores de basquetebol doBrasil e que em pouco poderáreorganizar sua equipe. O téc-nico deve chegar a São.Pauloamanhã, para assinar contratoe Iniciar seu trabalho.

mil mensais c um automóvel,além de ter casa c despesaspagas durante toda sua estadacm Turim.

QUARTO JOGO EMCARACAS

O Presidente do Botafogo,¦ Sr. Paulo Azeredo; telcgrafouontem • para a Colômbia, man-dando que o chefe da delega-ção do clube, Sr. Djaima No-gueira, aceitasse ó convite pa-ra o jogo em Caracas, na Ve-nezuela, no próximo domingo.A consulta fora feita porque

. os dirigentes venezuelanos ofe-recém apenas 8 mil dólarespela exibição do Botafogo, enão os 12 mil que o clube vemcobrando pelos seus jogos naColômbia.

BOTAFOGO JOGA AMANHA

A equipe do Botafogo, quederrotou, no domingo, o Mi-lionários de Bogotá por 6 a 5,numa partida "difícil, mas cx-'celente" — segundo o própriochefe da delegação explica cmseu telegrama, — voltará a jo-gar amanhã ã jioite na Co-lòmbia, enfrentando a equipado Deportivo de Cali, em Call.

Depois desse jogo, a delega-ção do Botafogo deverá viajarpara Caracas na quinta-feira,preparando-se para jogar nodomingo. A delegação deveráestar de volta ao Rio logo noinicio da próxima semana, pos-sl velmente na segunda-feira.

O ex-Vice-Presidente de Fu-tebol do Botafogo, Sr. Otávio.Guimarães, pediu, ontem, de-missão de seu cargo de Diretor-Geral de Esportes do clube. Omotivo da renúncia foi um dé-sentendimento com o conse-lheiro-benemérito Paula Ra-mos. O Presidente Paulo Aze-redo está disposto ,á não acei-tar o pedido de demissão do Sr.Otávio Guimarães, planejandopromover a sua reconciliaçãocom o Sr. Paula Ramos.

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A Confederação Sul-Aincrieiuiu dc l.ulcbolmarcará amanhã data c local .para a terceira e ilejasiva partida entre Santos o Penarol, pelo lílnl"continental «le. clube.?, e a tendência c fixá-lapara o dia 2% quarta-feira que vem, mantendoconio local o campo do ítiver, cm Buenos Aires.

Santos e Penarol, mantendo clima dc hostili-dade mútua, nem sequer sc consultaram paia umpossível acordo sobre o terceiro jogo — c o prazopara isso termina hoje —, deixando tudo a cargoda CSAF. Com as decisões desta, ambos concor-darão, como já havia decidido o Penarol, chegandoa esta conclusão ontem à noite o Santos, cm reuniãona CBD.

Santos

Ontem às 17' horas, Miguel Piríienta /oi ao escritório do Sr. Wolney Braune ?e lá resolveu-sua saída amigável do América

MARTIM FRANCISCO VEMAMANHÃ PARA O AMÉRICA

Na reunião de ontem, naCBD, estiveram presentes osSrs. João Havelahge (Presiden-te), Luís Murgel, Abílio de Al-meida c, pelo Santos, os Srs.Atiê Jorge Cúri e Modesto Ro-mn, que chegaram falando cmnão jogar "em hipótese ne-nhuma, fossem quais fossemns conseqüências", mas saíramdo encontro a portas fechadasmuito cordatos e dispostos a"manter a tradição de disci-plina e obedecer à determina-ção da CBD".

Determinação da CBD que,aliás, não houve, pois quandose fecharam as portas a pala-vra do Sr. Havelange íoi sóesta:

— O Santos tem duas sai-das: a primeira é concordarcom a Confederação Sul-Ame-ricana e jogar onde e quandoela determina; a outra é nãojogar e pagar a multa de sete

mll dólares, ficando suspensorie competições internacional,,durante três anos.

A concordância foi imediataporque três anos longe da...competições internacionais si. -nificam três anos longe de suamelhor fonte de rendas, parao Santos. A CBD alegou tam-bém que o Santos tinha colo-cado tudo cm suas mãos, ntéagora, e sua decisão íinal cr»essa, o que definira em têr.-mos de rebeldia uma não con-cordància do Santos. Afinal, oclube, que multo tinha criti-cado e reclamado da CBD des-de o início, curvou-se à decisãodesta. Foi distribuída entãouma nota oficial cm que aCBD, dizendo concordar sol»protesto, deixa a marcação dadata e local para a CSAF _onde o Santos declara só aca-tar a decisão para respeitara CBD.

Peííarol

Real nãose esquecede Pele

Barcelona (UPI-JB) — O Sr.Santiago Bernabeu, Presidentedo Real Madri, declarou que ojogador Pele, considerado omais perfeito futebolista domundo, Interessa — e inferes-sara sempre — ao seu clube.

Perguntado sé há. posibilida-des do Real contratar Pele, res-pondeu:

— Isso, quem pode saber?O Real Madri partiu para

uma excursão pela África, ondeganhará em quatro jogos 6 mi-lhões de pesetas. No seu-pri-meiro jogo em Acra, Capital deGana, o Real empatou por 3 a3, com o Estrela Negra, domin-go último.

Canário

ao SevilhaSevilha (UPI-JB) — O pon-

ta-direita Canário, que perten-cia ao Real Madri, será contra-tado hoje pelo Sevilha, que lhepagará, por um ano, 600 mil pe-setas (Cr$ 2 500 mil). O joga-dor brasileiro vai iniciar ime-,diatamente seus treinos em seunôvo clube, a fim de poder jo-gar pelo Sevilha contra o Glas-gow, no próximo dia 5 de se-tembro.

O Atlético de Madri, que ha-via entrado em entendimentoscom Canário para contratá-lo,fêz ao jogador uma propostaque foi por este recusada, porser multo baixa.

Depois de procurar sem resultado por Aimoréc receber'resposta negativa de Fleitas Solich, o Pre--idente Wolney Braune conversou com o técnicoMartim Francisco, pelo telefone, e dêlc obteve apromessa de vinda ao Rio, amanhã, a fim de tratardas bases de sua contratação pelo América.

O primeiro a ser procurado foi Aimoré, quenão foi achado porque estava na sua granja emTaubaté, em lugar de difícil comunicação. O Sr,Wolney Braune, então, conversou com Fleitas So-lich, e o técnico disse-lhe que tem compromissocom o Coríntians até inarço do próximo ano. O ter-ceiro foi Martim Francisco, que embora esteja eíunegociações com o Colo-Colo acertou sua vindaamanhã, para tratar da contratação.

Telegrama da AP, de Mon-tevidéu, informa que o Pena-rol recusou-se terminantemen-te a estabelecer contatos como Santos, do Brasil, para fixarcomum acordo sobre data elocal para o terceiro jogo en-tre ambos pelo torneio de clu-bes campeões da América doSul, mas disputará a partida.

O clube uruguaio considerainamlstosa a conduta do San-tos em relação ao segundo jogoentre ambos, que o juiz chile-no Carlos Robles deu por ter-minado quando o Penarol ven-cia por 3 a 2, por causa daagressividade da torcida san-tista, que tem por hábito uti-lizar-se de garraíadas certeirassobre as cabeças de juizes ebandeirinhas. Adjunta diretivado clube, reunida ontem à

noite, resolveu deixar lavradotudo isso cm suas resoluções »também um protesto contra oPresidente da Federação Pau-lista, Sr. Falcão, "que proferiugraves ameaças contra o juiz.Robles na partida jogada cmSantos".

A decisão da ConfederaçãoSul-Americana de, diante datudo isso, ainda dar ao Santosa oportunidade de uma tercei-ra partida depois de ter cl»protestado contra suas deter-minações . iniciais desagradouao Penarol. Também por essomotivo o Penarol decidiu nãoentrar cm acordo para a ter-ceira partida, deixando tudo acargo da CSAF, que a adiou.Mas concordou finalmente cmdisputá-la, apesar de tudo, em-bora sob protesto.

Colombo

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ACORDO DECAVALHEIROS

• M a rtlm Francisco, atual-mente dirigindo o Comercialde Ribeirão Preto, íoi procura-do por um representante doColo-Colo, a quem propôs luvasde-Ci'S 2 milhões e salário deCr$ 120 mil mensais por suatransferência. Enquanto espe-i-ava a resposta ido clube chi-leno, Martin íoi procurado peloAmérica e deverá assinaramanhã.

Ontem, à tarde, Miguel Pi-menta manteve um encontrocom o Sr. Wolney Braune,quando acertou sua saída doAmérica em bases amigáveis.O encontro íoi pedido por Pi-menta, e realizado ãs 17 horas,'no escritório de Braune.

Segundo o que ficou acerta-dó, o América dará Cr$ 160 mila Pimenta, não como indeni-zação, mas por sua atitude,considerada elegante pelos di-rigentes do clube.

O Sr. Wolney Braune aindapropôs a Miguel Pimenta queficasse dirigindo os aspirantesé' os juvenis',' mas b técnico rc-cusou, ao mesmo tempo emque se colocava à disposição doclube para trabalhar até achegada de seu substituto.Braune aceitou a oferta, e oindividual de hoje ainda serádirigido por Pimenta.

EM PAZ

Miguel Pimenta disse qii-preferiu sair bem com o Amé-rica, pedindo demissão, "pa-ra ter a cabeça erguida c po-' der trabalhar em paz em ou-tro clube".

Para êle o time do Américaestá em más condições físicas,e daí ser difícil armá-lo, prin-cipalmente no meio de umcampeonato difícil. Fêz quês-tão de frisar que saiu bem comtodos,, lembrando que traba-lharâ até a chegada do nôvotécnico.

— Perderá o torneio auto-màtícamente e será punidoquem não comparecer ao jogo,qüe, diante das atitudes dosdois clubes, parece,' será mar-cado mesmo pela CSAF — dis-se o Sr. Raul Colombo, Presi-dente da entidade sul-america-na, em declarações exclusivasao repórter Mauro Pinheiro, doJORNAL DO BRASIL, cm Bue-nos Aires,

Na mesma ocasião, o Sr., Co-lombo confirmou ao JB que »atitude mais provável de suaConfederação seria mantercomo local Buenos Aires, par»onde o jogo já tinha sido mar-cado inicialmente, c, respeita n-do o documento que o obri. áa ser disputado ainda èste mês,íixá-lo para o dia 29.

Éder x Medel começouvenda de ingressose já rendeu um milhão

Foi iniciada, ontem, à venda antecipada de iri-gressos para a luta Éder Jofre x José Médel, marca-da para o próximo dia 6, tendo sido apurado cercade CrS 1 milhão de cruzeiros, com os ingressos ven-didos nos seguintes preços: cadeira de ringue — CrS

>8 mil; cadeira semi-ringue e poltrona — Cr§ 5 mile geral a Cr§ 1 mil. -

Os dois lutadores continuaram seus treinos,ainda em caráter leve, com Éder bem disposto e oti-mista quanto ao problema do peso, que começa aficar normal, e Medel reafirmando suas característi-cas de brigador, procurando sempre o combate, mes-mo sem forçar muito os seus sparrings.ÉDER OTIMISTA

Flavio diz que melhorpara a torcida seráincentivar Alfredinho

— É uma injustiça o que a torcida está fazen-do com Alfredinho — disse o técnico Flavio Costa,reprovando o:começo de vaia que partia de algunstorcedores do Flamengo, domingo, no Maracanã,quando o pontá-esquerda errava algumas jogadas,principalmente passes.

Flavio considera Alfredinho desambientado nofutebol carioca e, por isso mesmo, acha que, ao invésde vaias, a torcida' deveria incentivar o jogador eesperar um pouco mais.HABILIDOSO

— Alfredinho ainda serámuito útil ao Flamengo. Temtodas as características de umbom jogador: chuta íorte, pas-sa bem, é veloz, enfim, é umhomem habilidoso com a bola.O que lhe está faltando é tran-qüilidade; Alfredinho veio deMinas para jogar no Flamcn-go, um dos maiores clubes doBrasil, e, atualmente, líder docampeonato carioca. É melhorque a torcida tenha um poucode paciência e incentive a Al-íredlnho — afirmou FlavioCosta.

A reprovação de uma parteda torcida, contudo, náo teveinfluência na disposição queAlfredinho tem de acertar. Ojogador estava satisfeito pelavitória, muito calmo, e con-versava com Gérson sobre a

falta de entendimentos em cer-tos lances. Por íim, Alíredi- .nho comentou: — Já estou per- _cebendo bem as trama do ata- ¦

que e, com mais uns jogos,estarei ambientado ã equipe.

O prêmio aos jogadores doFlamengo pela vitória sobre oBonsucesso ainda será determi-nado pelo Departamento dsFutebol rubro-negro.

Entretanto, como a cota doFlamengo íoi de Cr$ 664 mil.deverá.cada jogador da equip»titular receber de Cr$ 7 a 10mil.

O programa de treinamentopara o jogo contra a Portu-guêsa começará, hoje, com umindividual. Amanhã, o prepa-rador Eitcl Seixas dirigirá ou-tro individual e, na quinta-feira, haverá conjunto, deven-do começar também a concen-tração.

CIA. DE

CIGARROS

SOUZA CRUZ

melo nfcculo \

d» tradição «

preferência

Éder Jofre iniciou seu treina-mento com um footing de 40minutos, pela pista do Flores-ta, e, mais tarde,' compareceuà Academia Brasileira, ondeíêz 3 rounds com o campeãobrasileiro dos penas, Oripes dosSantos; 2 rounds com o meio-médio ligeiro amador AntônioAlves; 3 rounds de sombra e 4de ginástica.

Nos intervalos Éder nãoabandonou os dois cobertoresconi que se cobre sempre, a umdos cantos do ringue. O pro-blema do peso está diminuindobastante, e sente-se que o cam-peão já tem maior dose de otl-mismo. O programa de treina-mento de hoje será o mesmode ontem.

José Medel começou com umfootiiiR de 40 minutos, na pis-ta do Pacaembu, e às 13 horasfez 4 rounds de luvas com IváCipriano; 3 rounds de saco deareia; 2 de punchlng-ball; 1 desombra; 1 de corda e 1 de gl-nástica.

Mostrando estar bastante avontade. Medel treinou bem,procurando sempre a luta, cm-bora poupasse visivelmente seu«parring, Ivã Cipriano. A dis-posição dc Mcdcl c excelente, n

. Ip. se mostra sempre cm bonscondições depois do treina-mento.

Estão sendo esperados ama-nhã, em São Paulo, o empresa-rio George Parnassus, promo-tor da luta Éder x Medel, e oslutadores Jayme Gine, campeãosul-americano dos leves, e RI-cardo González (Gonzalitb),campeão sul-americano dos pe-nas.

Gine e Gonzalito colocarãoseus títulos em jogo em prell-minares da luta Éder x Medel,respectivamente contra Sebas-tião Nascimento e Oripes dosSantos. Também virão o trei-nador Vicente Luparelo, de Gi-ne, e Lázaro Kossl, de Gonza-lito.

Espera-se, também paraamanhã, a chegada do médioMiguel A'ngel Aguero, que lu-tara contra Abraão Franciscode Sousa. Como Hiram Camposnão quer colocar seu título dosmeio-pesados em jogo em umapreliminar, contra Renato deMorais, é possível que esta lu-ta seja substituída por um com-bate entre Fernando Barreto eo uruguaio Ruben de Oliveira,

Já com reserva cm hotéis pa-ra o dia 27, espera-se a chega-da do manager Antoni Petro-nela, Nat Flets.hcr e WillieKetchun, que é dono de umacampamento de treinamentorie box-, tendo vários treinado-rés a seu serviço.

Olaria pagou 25 mile está disposto aaumentar os prêmios

O Olaria pagou Cr§ 25 mil a cada jogador pela.vitória de domingo sobre o América e está dispostoa pagar sempre prêmios, altos, pois acha que as boasexibições do time estão canalizando grandes rendaspara seus jogos e dando oportunidade a isso.

Se o time repetir contra o Fluminense suas ul-timas atuações e depois ganhar do Flamengo, serápago por essa vitória um prêmio nunca^ inferior aCr§ 30 mil, pois sem dúvida esse jogo terá uma ren-da excepcional se a equipe jogar bem contra o trí-color.MAFRA CUMPRIMENTADO

O técnico Duque gostou mui-to da atuação de seu quadrocontra o América e recebeu avitória comovido. Agradeceuespecialmente ao zagueiro cen-trai Mafra, que teve de entrarcm lugar de Navarro e só sou-be disso ã última hora, por-que Navarro machucou-se numanhã dc sábado r só entãocle, que è aspirante c nemestava escalado para a concen-

tração, teve de preparar-se parao jogo.

Mafra jogou bem porque eu-trou absolutamente tranqüilocm campo, como um veterano,sem se impressionar com a im-portância do jogo, mas cientede sua responsabilidade.

Hoje cedo, comum individual,o Olaria inicia seus picparati-vos para a semana do Flumi;nciise, pross-gu.ndp.òs amanhacom o primeiro treino cio con--junto.

O homem e a fábula

m

Até Rodrigo faz golZezé Moreira, técnico de fute-

boi, sustenta uma doutrina segun-do a qual o time que ganha o jogoc aquele que se defende. Os joga-dores do Fluminense, submetidosa uma rígida disciplina, conse-guem o milagre de ganhar sem-pre por um a zero, ou empatarem zero. ultimamente, o Flumi-nense trouxe do Uruguai um jo-vem atacante, Rodrigo, famosopor sua capacidade de fazer gols.E assim, sob a expectativa datorcida saudosa de afirmações(quando duas equipes se defen-dem, a torcida morre de tédio),Rodrigo entrou cm campo paraíazer muitos gols. Entretanto,não fêz. Passaram-se as semanas,e nada. Nas primeiras partidas, ogoleador que não faz gol foi im-piedosamente ridicularizado. Maistarde, porém, todos compreende-ram que aquilo era qualquer coisabastante dramática. Não tinhasentindo Rodrigo não fazer gol.Toda gente, torcendo ou não peloFluminense, passou a viver naesperança do gol que não vinha.E finalmente, sábado, Rodrigo fêzo seu primeiro gol. A torcida in-teira se levantou para aplaudi-lo.Como diz Nelson Rodrigues, aocontrário dos atacantes em todosos tempos, Rodrigo ficou famosojustamente porque, sendo golea-dor, jamais fizera um gol. Ago-ra, tendo acertado o pé, poderáser visto como um jogador qual-quer. Deixou de ser um mito.

A situação de Rodrigo me lem-

José Carlos Oliveira

bra um episódio verídico narradohá algum tempo pelo brilhanteArmando Nogueira. Veio de Per-nambuco, creio que para o Vasco,um jovem considerado o melhorcm sua posição nos jogos de fu-tebol. Inebriado pela alegria dejogar no Rio, o rapaz era a pró-pria imagem da felicidade, dentroe fora do campo. Quando o seutime estava concentrado, êle dis-traía os companheiros tocandoviolão e cantando. Infelizmente,porém, não era o futebolista ex-traordinário que se acreditava, demodo que o Vasco se desinteres-sou dele. Trouxeram do Paraguaium zagueiro para substituí-lo. Navéspera do seu embarque paraPernambuco, onde retornaria aoostracismo, o rapaz raciocinouassim: "Realmente o paraguaio émelhor do que eu e, de fato, eunão era merecedor da fama quetinha em Recife. Mas não levomágoa. Tanto que hoje mesmovoltarei à concentração e tocareiviolão e cantarei, como fiz sem-pre, e sempre agradando tanto aoscompanheiros."

A tardinha, surgiu o rapazcom o violão debaixo do braçopara a seresta de despedida. Teve,entretanto, uma surpresa desa-gradável: o zagueiro paraguaioque íôra chamado para substituí-lo estava, naquele mesmo instan-te, embevecendo os jogadores doVasco. Cantava guaranias comoninguém. E tocava violão. E vio-lão elétrico, minha gente.

Caderno BJORNAL DO BRASIL — TÊRtJA-FElKA, 21 DE AGOSTO DE 1962

do jeito que o mundo vaiReumatismoe defesav.onlra roubo

Paris — Assaltada por umladrão em sua residência, naRua d'Urfce, após regressardc um jantar em casa deamigos, a Sra. Gencviève Le-proux teve que lhe entregara carteira com mil francosnovos, um isqueiro e um lá-pis âe ruge, mas salvou obem principal, um anel deouro de oito quilates, por-que o reumatismo não o dei-xa, há anos, sair do dedo.

Ainda com o pescoço mar-cado pelas unhas do bandido,que fugiu no rumo do Bu-levar Suchet e da AvenidaMarechal Maunoury, Mada-ma Lcproux bendisse o seur. e u m a t i s m o, comen-tando que ela própria, cmvão. tem tentado tirar oanel. mas os dedos estão pordemais encarquilhados peladoença.

Homem nuexpõe casoà Polícia

Paris — Após tentar cs-conder em vão a sua nudezcom uma leve camisa, noBois de Boulogne, onde foraassaltado de madrugada porcinco malfeitores, que lhe ti-raram a roupa, M. André, de30 anos, apresentou-se aoComissariado de Dauphinepara expor, juntamente como corpo, o seu caso, c pedirmeios de voltar a casa.

Conta André que tomavafresco num bosque com umaamiga, quando, por volta das2h 30m, os ladrões, rapazesde 20 anos aproxlmadamen-te, atacaram-nos, levando,além da roupa e documen-tos, uma carteira contendo100 francos novos e a chavedo apartamento. Mesmo vc.s-tido pelos policiais, André sópôde entrar cm casa comajuda dc um serralheiro,

Quem- vai _.o_ar sc aviaem terra

Paris — Embaraçado dt-ante do rumo que deveria sc-

guir, no voo que empreen-dia de Luxemburgo com des-tino a Toussusle-Noble, opiloto inglês Michael NashWorüion não hesitou ematerrissar o seu monomotorde turismo na rodovia deFontainebleau para pergun-tar aos camponeses que di-reção deveria seguir.

Depois de obter todas asin/ormações necessárias aoprosseguimento da viagem,Michael enfrentou um pro-blema novo: alcançado porguardas, só pqde partirapós jazer ampla exposiçãodc seus documentos e da car-ta dc habilitação de piloto,

ONU acha

ilhasde saúde

Nova Iorque ¦— Cientistasda WHO, órgão da ONU, tra-balham intensamente paradescobrir as causas da lmu-nização expontânea existen-te em aldeias primitivas es-palhadas pela Bolívia, Bra-sil, Equador e Peru, cujoshabitantes jamais sofrem dedoenças cardíacas, malária,câncer, cárie dentária e dis-túrbibs nervosos.

O que mais perturba os cl-entistas é o fato de algumaspessoas, como um engenhei-ro cardíaco, terem ficadocompletamente curadas aomudar-se para uma daquelasregiões. A calma que reinanessas ilhas de saúde não ésuficiente para explicar, porexemplo, a ausência de do-entes mentais, já que nou-tros lugares igualmentetranqüilos há muitos psico-patas.

l)onas-de-cusacuidam daforma física

Estocolmo — Cinqüentamil (lonas-dc-casa dr, cercarir dez mil cidades da Sue-cia estão tomando parte nos

Itália viu língua de Carolinee Jackie em liberdade vigiada

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Aplaudida nas ruas sc-culares de Ravello (Itá-lia) como PresidentessaKennedy, quando seu es-tonteante Cadillac con-trastava com a bizarriadas vielas, Jacqueline fêzuma temporada no Me-diterrâneo com a filhaCaroline (de quatro) e ofilho Anthony (de trêsanos).

Hospedada na casa déverão da irmã de Jackie— a Princesa Lee Radzi-willi —, a família do Pre-sidente teve manhãstranqüilas: Caroline na-vegou sobre colchãopneumático, Anthonyserviu-se de proletáriabóia, a Princesa nadoucom touca de pétalas eJacqueline exibiu maioverde de uma só peça.

Mas a liberdade, tão dogosto americano, era vi-giada. A curta distância,como revelou o Time, doisbarcos se encarregaramde conter a curiosidadedas câmaras fotográficas.Quando o cerco se tornouIrresistível, Jackie con-sentiu em ser fotografa-da. O resultado aí está,embora sem o melhor dafesta: uma pose nadaprotocolar da garota Ca-roline, que surpreendeuos fotógrafos, pondo alíngua bem à mostra. Coi-sa que realmente nâochega a surpreender,quando parte de umacriança. E jamais escan-daliza, se a criança temsobrenome rico.

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cursos de ginástica especialque 7ios últimos anos têm-seconvertido numa espécie decoqueluche. Quando EllyLo/strand, jovem e entusias-ta professora de educação fi-sica, iniciou o curso em 1942,havia somente 17 participan-tes, na maioria tímidas do-nas-ãe-casa de meia-idade,vestidas de algodão c abo-toadas até o pescoço.

Hoje, segundo Elly, a do-na-dc-casa que pratica gi-nástica parece mais jovemdo que é na realidade, ficamais esbelta e sabe comomanter o corpo em excelen-tes cnndições. Os simplesmovimentos do tronco cminclinações laterais têm fei-to maravilhas. Tão grandetem sido o êxito do curso quejá está seiido adotado nou-tros paises, como Áustria,Holanda, Noruega, Suiça eAlemanha.

Café já éseparado poreletrônica

Londres — Com uma pro-dução de 60 quilos por horade grãos verdes de café, umafirma londrina lançou umseparador eletrônico quefunciona à base de célulasfotoelétricas. Cada grão éinspecionado simul-tâncamente, de quatro àn-gulos diferentes, pelas célu-las fotoelétricas, que fazema seleção por côrcs e tama-nhos.

O separador cromáticoserve também para peneirarervilhas, feijão, milho e pro-dutos similares, apresentan-do a vantagem adicional deeliminar os grãos bichados,que com freqüência burlam

,á vigilância humana. O sc-parador dispõe ainda de umsistema aperfeiçoado dealimentação, dc guias deajuste automático a qualquermudança do tamanho dosprãos c dc um limpadoriçualmcntc automático daslentes c das lâmpadas.

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pontes rolantesque sedistinguempela qualidade

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Máquinas Piratininga, através de seção .especializada emsolucionar problemas ligados à movimentação de cargas,tem prestado, há muitos anos, inestimáveis serviços as indúslri*»,armazéns, cais, pátios e outros locais onde taistrabalhos devem ser racionalizados.

Máquinas Piratininga poderá, prazerosamente, atender suasolicitação, indicando o equipamento exato que sua indústriarealmente necessita, efetuando estudos e todo o planejamento.A larga experiência de Piratininga, no fabrico de pontes rolante**,guindastes, pórticos, cavaletes rolantes, talhas, guinchos,paus-de-carga, "jib cranes" e outros equipamentos similares,será, sem dúvida, um seguro investimento de capital.

para movimentar ràpidament»cargas mèditt a granduidistâncias.

talha "TR"para transportarpequenas cargas, emvelocidade média.

cavalète rolanteindicado para movimentaçãoele grandes cargasem espaços limitados.

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____¦ iiiiiriS.Paulo: rua Rubião Júnior, 234 - tel.: 93-5124 .Rio de Janeiro: rua Visc.de Inhaúma, 134-4: - tel.: 43-0083Recife: rua do Hospício. 97 - tel.: 3872

2 — Cad, B, Jornal do Brasil, 3,«-íeii'a, 21-8-62

•NOTAS E COMENTÁRIOS

O ESTADO DA GUANABARA acaba df. organizar oConselho Estadual de Educação, para éle nomeando jígu-ras dignas e respeitáveis que, por certo, irão dignificar omandato que ora lhes foi conferido. A Lei ãe Diretrizes eBases da Educação Nacional, cumprindo, nesse particular,a. sábia disciplina que lhe é imposta pela Carta Constitu-cional, empresta àquela entidade importância decisiva. Po-

. de-se mesmo afirmar, sem erro, que enquanto não estiveremorganizados os Conselhos Estaduais de Educação, até agoramui poucos, não será possivel cumprir, em toda a suaplenitude, os dispositivos salutares que o novo diploma hou-ve por bem impor. Isso porque, sendo, acorde o texto cons-iitucional, meramente supletiva a preseiiça do Governo Fe-deral, em matéria pedagógica, cabe'ao Estado organizarseu próprio sistema de ensino, nele não interferindo a União,salvo em casos taxativos. Para que o sistema local se ins-rale e venha a funcionar, urge que o Conselho Estadual deEducação, cumprindo ainda ai os preceitos da Lei de Di-retrizes e Bases, estruture cada um dos seus graus e ramos.Sem essa providencia, estarão fraudados espirito e letra dalei. Dentre inúmeras atribuições inerentes àqueles órgãos,ressaltam, pela sua importância, as que diretamente inter-ferem com a autorização para funcionamento dos estabele-cimentos de ensino primário e médio não pertencentes àUnião, Art. 15 — Aquelas que exigem seja da competênciaconcomitante dos Coiiselhos Estaduais e Federal "indicar,para todos os sistemas de ensino médio, até cinco dtscipli-nas obrigatórias, cabendo (especificamente) aos ConselhosEstaduais de Educação completar o seu número e relacionaras de caráter optativo que poáem ser aâotaâas pelos esta-btlecimentos ãe ensino". Art. 35, 1 — Compete-lhes, tam-bém, papel âestacaâo no planejamento e aplicação dos re-cursos áestinaâos ao ensino, sendo igualmente digno de no-ta, por fim que "o Conselho Federal de Educação e os Con-selhos Estaduais âc Educação, na esfera de suas respectivascompetências, envidarão esforços para melhorar a qualidadee elevar os índices de produtividade do ensino em relaçãoao seu custo". Art. 96 — Tanto promovendo a publicaçãoanual de estatísticas do ensino e dados complementares, uti-lizados na elaboração ãe planos de aplicação de recursospara o ano subseqüente, quanto estudando a composiçãode custos do ensino público e propondo medíáas adequaáaspara ajustá-lo a melhor nivel âe proâutiviâaâc. Essa, emsíntese, a tarefa que se áepara aos novos conselheiros es-taduais de educação que, como dissemos, se encontram per-feitamente qualificados para a árdua e honrosa investiduraPor fim, uma palavra que. não poderíamos deixar de pro-ferir. A Lei de Diretrizes e Bases fixa, em seu Artigo 10.°, queos conselhos estaduais de educação devem incluir "repre-sentantes dos diversos graus âe ensino e âo magistério ofi-ciai e particular". Claro que os nomeaâos satisfazem taisrequisitos. Mas, a nosso ver, para que a palavra represen-tantes fosse interpretaâa âemocràticamente, tais elemen-tos, para serem realmente representantes, deveriam ter sidoindicaâos pelos órgãos oficiais âe classe existentes no Es-tado da Guanabara. Assim não se procedeu e- os escolhidos,por certo dignos e competentes, não podem, em sã consci-ència, ser tidos como representantes. Representam, isso sim,quem^ os escolheu, arbitrariamente, para o desempenho dafunção. O que não deixa âe ser uma pena, conquanto cmnaâa prejudique as atividaâes do Conselho Estadual deEducação que sinceramente desejamos sejam úteis c pro-veitosas.

SOUZA BRASIL

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Coragem, pessoal!

MOONLIGHTIN VERMONT

Suessdorf — Blàrkbnm-renny'» in a streamFalling léavèa of Sycamor»Moonlinght in Vermont1 aee flnger waves3kl-trálla on the mountain sid»Snow light ln VermontTelegraph cables as they nine

tdown the hlswayAnd travelish bendlng tha roadPeopl» who meetln this romantlc settlngAra ao hypotlzed by tht lo.ely

(Bis)Kvenlng summer breeiseWarbling of tha mettle larltMoonlinght ln Vermont

(Paia terminai)Tou and I and moonlight ln

(Vermont.

VAMOS CANTARCristoTlo de Alencar —

Nerrton Teixeira

Quem. pensa multo na. vidaAcaba sempre chorandoEu nem me lembro da. vidaPor Isso' vivo cautandoVamos cantaraem pensar na dorVamos sonharLindos sonhos da «morVamos, amarQue o tempo voaVamos brincarQua a vida * Boa!

Quando n General Nelsonde Melo deixou a Chefaturade Policia, lembro-me dè lhehaver dirigido um telegramadc congratulações pelo êxitode sua gestão num dos seto-res mais dlficeís na adml-nlstração. Não guardei o tex-to. Naquela época já meusentusiasmos eram controla-dos. Não se dirigiam aos sóisnascentes: preferia esperaro ílm para julgar. Agora,quando de sua nomeação pa-ra o Ministério da Guerra,tive ímpetos de lhe telegra-far. Pensei, pensei e recuei.Resolvi esperar. E não o fizem vão. Hoje, se lhe tele-grafasse, seria nestes tèr-mos: "V, Ex.a decepcionou aNação." Creio que o poderiafazer sem delegação, inter-pretand,o o pensamento detodos aqueles que, ante seunome entre os ministros mi-lltares, estavam certos deque por sua ação não seconsumaria o golpe já emplena marcha contra a or-dem democrática. Suaatitude íoi uma decepção.Suas declarações repercuti-ram como um golpe de mi-sericórdla nas instituições.Enquanto o Poder Judicia-rio, fiel ao dever, não quisinvadir a esfera do PoderLegislativo, repelindo a ln-vestida de coonestação doatentado às prerrogativas doCongresso, generais das trêsarmas arvoram-se cm júris-

tas f derramam doutrinaconstitucional. Por que e pa-ra quê? O General Nelsonde Melo, o brigadeiro e o al-mirante que lhe serviram deventriloquos são homens decurso de Estado-Malor. Co-nhecem a realidade brasilel-ra e sabem que as guerrilhasdeflagradas na Paraíba, emPernambuco, Sergipe, Bahia,Estado do Rio, Paraná,Goiás, são, apenas, etapasde um processo de rebeliãoarticulado íora dasírontei-ras do Brasil, cujos agentesexploram a miséria de nossopovo, o contraste entre estamiséria e o superluxo dosexploradores da coisa públi-ca, para, tornando os mise-rávels seus instrumentos,atingir a objetivos que nãosão do tabaréu brasileiro,mas dos agitadores importa-dos e preparados para fina-lidades contrárias ao inte-rêsse nacional. Pretenderque essa agitação, essa ex-ploração, essa marcha sobreo Poder, têm origem na ins-tituição do regime parla-mentar é íazer dós brasilel-ros néscios. A crise é velhae vem sendo alimentada pe-lo oportunismo político da-queles que, afirmando quevoto'não tem côr, monopoli-zam a riqueza, a produção,disseminam a fome e o de-sespêro, financiam o comu-nismo e seus agentes paragalgar posições, e por mill-tares que resolvem coníun-dir o dever de preservar aordem pública e as institui-

ções com a ambição de cer-tos figurões, cuja presençaem postos de governo jáconstitui um atentado aosistema, democrático quedesprezam, fraudam, desres-peitam.

Atribuí-la ao Ato Adicio-nal só pode ser ignorânciaou má-fé para servir a inte-rêsses políticos momentâ-neos. A doutrina jurídicasobre validade do Ato Adicio-nal e plebiscito dos MinistrosMilitares faz-me lembrar adefinição de Toblas Barreto,quando arguido em concur-so para a cadeira de Direi-to Internacional, na Facul-dade de Direito de Recife:"Direito Internacional é aboca do canhão". Não é ou-tra a doutrina sobre Direi-to Constitucional, cortada àmesa pelo bisturi do Dr.Juscelino Kubitschek, ingeri-da mas não digerida peloGeneral Nelson de Melo, noalmoço do último domingo.Porque a não digeriu, voml-tou-a contra a Nação estar-reclda.

O golpe nas instituições jáíoi desferido. Resta saber seo Congresso, que teve receiode prorrogar a crise da qualsurgiu o Primeiro-Ministro,chefe da intentona, serábastante responsável paravotar a desconfiança nochefe do Gabinete e cm seusMinistros Militares, que, aoinvés de.cumprirem a Cons-tituição, estão desrespentan-do-a. Este, o dever do Con-gresso. Em lugar de anteci-

Maria Ritapação de plebiscito é delega-ção de Poderes, descopíiah-ca no chèíe do Gabinete enos Ministros Militares. Asentrevistas do Primeiro-Mi-nistro, e as notas dos Minis-tros Militares justificam eexplicam o voto de descon-fiança. Este é o dever doCongresso, sejam quais fo-rem as conseqüências. Osoutros tem .outros deveres.Cumpri-los-ão? O problemaè deles. Alguém, neste Pais,precisa ter coragem de arris-car a pele, cargo, fortuna, oque fôr, para encontrar umasolução digna e impedir queos geradores de crises conti-nucm a engordar à custa detodos nós, os que vivemos detrabalho, e nem trabalharpodemos, porque eles, os do-nos de tudo, querem sem-pre mais, sem medida e semcontrole.

Coragem, pessoal! Descon-fiança neles. Eis a ú n i c aresposta decente à altura daprovocação.

E se o Congresso acuado,como está, pelo pronuncia-mento dos chefes das trêsarmas, ceder? Não haverásalvação: nem para os con-gressistas, nem para o Pais.Para os que, não cederem,entretanto, sobrará um con-fòrto sádico, embora: quan-do a horda vermelha domi-nar, assistirem antes deles,pagando no paredón de seuscomparsas de hoje os crimespraticados contra a Pátria,os que, por interesse ou co-vardia, agora, capitulam.

PROBLEMAS DE PAIS E FILHOS

Sentimento de culpa (2)

MY SPECIALANGEL

J1M DUNCANTou are my speclal angelSent from up aboveThe Lord smlled down on nuAnd sent an angel to lov..'Tou are my speclal angelnight liom paradlse.Heaven is in your eyes.The smile from your UpsBrlngs the summer shunshlneThe tears lrom your oyes bnng

fthe ralri:I feel your touch, your varm

l.embrac»And l'm ln heaven agaln.Tou are my speclal angelThrough «ternlty.l'U have my speclal ann»!Here to watch over mt,Here to -watch over me.

BRIGAR,POR QUÈ?

F.d.on Menezes —Gracindo Júnior

1.» part»(Bis)

K n meu amor n*o vern...alm, eu íul brigar por qui?Eu nio devia ter íalado *3slmJ. agora estou aem meu hem

I.»- partt(BIS)

Choro, • de chorarEu penso o qua ii-zLembro do nosso amor que era

lUo bom

Volta meu amorPorque eu tenho pra lhe darMulto amor que JunteiPorque aolri.

KEEP SMILIJN',KEEP LAUGHÍIN',BE HAPPY

Slnger,1> parla

Lefa keep smlllngLet'.. keep laughingLefs be happy, ho ho ho ho haLefa keep smlllngLefs keep laughlngLefs be happy, ho ho ho ho ha

2> parteKeep smlllngAnd keep laughlngKeep punchlngAnd everything wlll be ali rlght

YOU'LL NEVERKNOW

íiordon — WarrenDo .lime: Mello, Frises, Mello

Tou'll never knowJust how much I miss youTou'11 never knowJust how much I cri1»And if I trledI stlll couldn't bidêMy love for youTou ought to knowFor haven't I told you so

s, mlllion or more times/ou went away and my heart

Iwent with youI speak your name in my every

ipraycr(Bis)

If there's some o Lher wayTo prove that I love you1 Rwear I don't know howYouMl never knowIf you don't know nowTou went away and my heart

Iwent with youI tpeak your name ln my every

IprayerPlease., tell me how do I prevê1 always wlll love youI wl-h you show me howIf you don't know how.

Falou-se outro dia nosentimento dc c u Ipa,mostrando que éle podecomeçar e acabar de mo-do diferente. Viu-se avantagem ou contribui-ção do sentimento deculpa que, baseado emrealidade objetiva, buscaformas mais altas ou ma-duras de pensar, sentir eagir. Dizem os estudiososda conduta humana qxie— embora sempre doloro-

so — êsse sentimento cn-riquece a personalidade,sempre que ultrapassa afase da lamentação este-ril, e ajuda o indivíduo adefrontar-se consigo mes-mo e a tentar a sua pró-pria reconstrução. Acasonão é êsse o único jeitode encontrar o caminhoda lucidez e ãa soliâarie-dade — essa estrada real,batida de sol, qxie conduzaos outros seres huma-

nos e, através deles, aoCriador?

Comecemos a ver aqui,hoje, a culpa imagináriaou, melhor, o sentimentode culpa que se baseia em

Generiçe Vieira

modelo que os pais lheprepararam, indiferentesà realidade do seu ser.Levanta-se então o cru-ciante problema, o pro-blèma sem solução: como

fantasia ou imaginação, corresponder à expectatiportanto em uma realida- va ãos pais? Como satis

Vencedores do concursodo Assista a Pluft...

Publicamos hoje a relação dosvencedores, por idade, do concur-«o Assista a Pluft, o Fantasmlnha,Colorindo í:ste Desenho, para cri-ancas at* 10 ano». Para cada ida-de, foram escolhidos cinco colori-dos.

t ANOS

Newton Orlando Pinho da Co.-ta, Av. Suburbana, 7201. ap. 301— Abolição; Maria Cristina Mate-sa, Hua Pacheco Leio, 150, ap. 204,bl. 1 — Gávea; Válter, Rua Ben-Jamlm Constant, 90, ap. MB —Glória: Luis Gustavo, Rua 7, qua-dra 17, casa 21 — Guadalupe;Márcia — Rua Lauro Müllcr, 1220,ap. 1003 — Botafogo.

ap. 102 — Copacabana: Hélio Bel-for. Rua das Laranjeiras, Ml,ap. 40. — Laranjeiras.

» ANOS

Marcelo Gottllea, Rua BarataRibeiro, 206, ap. 201 — Copacaba-na; Sônia Maria Burnler, Av, Epl-táclo Pessoa, 770 — Ipanema; Re-gina Maria da Silva Melo, RuaDona Mariana, 29, ap. 202 — Bo-tafogo: Zélla Íris Ferreira, RuaClcncri.1 Canabarro, 364 — Mara-c.nã; Leôncio Sàblrio", Rua Cora-çio tle Maria, 106, bloco 2, ap. 202— Méier.

CANÇÃODE AMOR

Chocolate — Flano íl» ."siila1." parte

SaudadeTorrente de PalxSoErnoçUo diferenteQue aniquila a vida da genteUma dor que nâo sei de onde vemSeixaste meu coração vazioDeUaste a saudadeAo desprezares aquela amizadeQue nasceu ao chamar-te meu hem

2.» parteNas cinzas do meu aonhoUm livro entío componhoSofrendo a desilusãoQue me invadeCançlo de amorSaudade

(para terminai*)Saudade, saudada...Saudade, saudade...

S ANOS

Patrícia Lagden, Rua RainhaEllzabeth, 001, ap. A — Copaca-bana; Jasmlnho, Rua André Pin-to, 103, ap. 101 — Ramos; CibeleGanem, Rua Bulhões de Carvalho,399, ap. 301 — Copacabana; Mariade Fátima Silva, Rua Silva Pinto,111, ap. 302 — Vila Isabel; CarlosAlberto, Rua Vaz Toledo, 679 —Engenho Novo.

I ANO..

Tereslnha de Jesus MaraJoA, RuaToneleros, 218, ap. 304 — Copa-i-abana; Jane Paiva Melo, RuaMem de Sá, 154, ap. 301 — Icaral,Niterói; Moacir B. da Silva, Rua13, quadra 3, bloco 12, ap. 201(IAPI) — Del Castillo; Ana Leo-nor Gomes. Praia de Botafogo,S60, ap. 705 — Botafogo; AntônioAlberto Vieira, Rua Cesáiio Al-vim, «5 — Botafogo.

1 ANOS

Sônia A. Costeira, Rua PaulaFreitas, 89, ap, 503 — Copaca-bana; Marlane Coelho Pereira,Rua Just in lano da Rocha,179, casa 2, ap. 202 — Vila Isa-bel; Mário Sérgio Mendes Perel-ra. Rua General Urquiza, 242, ap.jo!) — Leblon; Dora Cohen, RuaMinistro Viveiros de Castro, 116,

* ANOS

Maria de Fátima Fonseca, RuaBarSo de Plrassununga, 69', ap. 202

TIJuea; Amné Amlr, EstradaVelha da Tijuca, 1130, ap. 202 —TIJuea; Slnval Sénra Martins, Av.Duque de Caxias, 981, ap. 301 —Deodoro; Regina Coeli P. Silva,Rua das Palmeiras, 93. ap. 303 -Botafogo; Maria Helena da SilvaMelo, Rua Dona Mariana, 29, ap.202 — Botafogo.

10 ANOS

Fernando A. G o n ç a 1 ves. RuaDiomedes Trota, 96, ap. 101 — Ra-mos; Luis Otávio Burnler, Av. Epl-táclo Pessoa. 770 — Ipanema; Pau-Io Roberto Pereira. Rua Aguiar,36, ap. 103 — Tijuca; Márcia Ha-blb Freitas, Rua Marques deAbrantes, 26, ap. 207 — Flamengo;Rubens Sabóla. Rua J. Carlos, 90

Jardim Botânico.Solicitamos aos ganhadores (ou

«eus pais ou responsáveis) que pro-curem os seus convites (para duaspessoas) no Serviço de UtilidadePublica da Rádio JORNAL DOBRASIL — Av. Rio Branco, 110,5." andar, e que venham munidosde alguma identidade (ou um do-eumento que os identifique comotais). E... dlvlrtãm-st.

de inteiramente subjeti-va, isto é, criada ou fabri-cada pelo seu próprio do-no (aquele que a experi-menta ou sofre) no lon-ginquo tempo de sua in-jáncia.

Em tal situação, a pes-soa não se sente culpadaou arrependida por ter —propositadamente ou não— feito ou deixado de fa-ser alguma coisa que dc-pendia exclusivamente desua própria iniciativa. Aocontrário, ela sofre porsentir-se responsável porfaltas ou crimes que ima-gina ter cometido ou, es-tar cometendo ainda, cm-bora tais faUas não te-nham qualquer apoio narealidade objetiva.

Um exemplo desse casoé a criança educada (ou,melhor, mal-educada)por pais imaturos e, porisso mesmo, exigentes, in-tolerantes, pais que, semcogitar de mais nada,querem que o filho sejaextraordinário, motivo ãeorgulho para a famiiia,etc. e tal. Ao invés ãe ve-rem a criança que têmdiante ãe si, em áiferen-tes fases ãe sua evolução,conforme as idades, aoinvés ãe atentarem parao seu (dela) feitio pró-prio, seus anseios e possi-büidaáes naturais, essespais levantam a bandeirado interesse pessoal, istoé, do ideal que dormia nê-les há muito tempo. Di-zem então, ou sentem, oseguinte: "Nosso filho se-rá isto ou aquilo!" Mas,comq a imagem idealiza-da é alta demais, comoestá fora ou acima do al-cance do filho, surge neleo sentimento de culpa —o amargo, o irracional(mas nem por isso irrealpara a vida psíquica)sentimento ãe culpa. Ê,no caso, a dor por nãocaber âentro ãa fôrma ounão possuir a estatura do

fazer àqueles que êle amaacima de tudo, àquelesque constituem a razãomesma do seu existir,sem deformar-se, semanular a sua própria in-dividualiáaâe?

È assirn que nasce ecresce, absurdo, mas sóli-do e avassalador, o senti-mento de culpa, essa an-gústia — consciente oxinão — por não ser ou nãoconseguir ser tão bom,tão inteligente ou tão há-bil como os pais esperamoxi exigem qxie êle seja.

Veremos, na próxima,as conseqüências práticasdessa sitxtação.

PALAVRASCRUZADAS1/ li ¦ 3 4™ 5 I

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HORIZONTAIS

1 — (fiK.) A morte. — 6 Levara reboque. 1 — Monarca. 8 —Conj. De outro modo. 10 — Altardos sacrifícios. 11 — Dar rumoa; encaminhar-se. 13 — Amolie.

VERTICAIS

1 — Natural do rara. 2 — In-crédulo. 3 — Amoílna. 4 — Aqui.5 — (Bras.) Um peixe da Ama-rônla. 0 — Verbal. 10 — Pátrio.12 — único.

IOLUÇAO DO PROBLEMA

ANTERIOR:

H.: Prosa — saída — Iro — re-ma — tal — doido — páreo.

V: Parada — vio — od — sa-rado — «lm —elo — tie —or.

Correspondência: aliviona redaçáo dêsl.» Jornal.

Alves,

NOTAS RELIGIOSAS

Sentido da vocaçãoDevli estar realmente multo feliz aquele ilustre casal Qtif-

«a Matriz tle São Paulo Apóstolo, om Copacabana, viu, sábado,o seu jovem apadrinhado rezar a. missa nova, £. sem dúvida, umaalegria espiritual poder contribuir para uma vocação, sobretudoa vocação religiosa. .

Quem conhece a vida católica no Pais t sabe que para aten-der » um* população de sessenta milhões de católicos existemapenas dez mil sacerdotes; quem acompanha essa mesma ativ!-dade noutros paises, não tanto católicos nem tanto populosos, eque jè. contam com um padre para mll fiéis, pode avaliar o querepresenta, para nós, uma ordenação sacerdotal, a, realizaçãoplena de uma vocação.

Todos sabemos como é difícil não apenas recrutar vocaçõe*.mas alcançar a graça de vê-los receberem o sacramento que osdeclara homens de Deus, segundo a palavra de São Paulo: Ma*tu,.ó homem de Deus, foge destas coisas e segue a justiça, a pie-dade, a íé, a caridade, a paciência, a- mansidão.

A vocação sacerdotal é um problema de pobreza, cie renun-cia, de abandono a todas as coisas para recobrá-las em Cristo.Náo é fácil, criaturas humanas que somos sujeitas a todas asfraquezas, aceitar a condição de desprezar as glórias do mundo,o conforto, o íastlgio. e até o convívio da íamilia, para dedicar-se Inteiramente áo serviço de Deus e dar-se ao trabalho da sal-vação das almas, ao apostolado do amor ao próximo, da caridadeverdadeira. . .

São múltiplos os requisitos que dão sentido a uma vocaçãoreligiosa. Um eminente escritor sacro, altamente empenhadonessa tarefa, nos diz que o simples significado da palavra voca-çáo, do verbo vocare, chamar .sugere quatro perguntas: quemchama, que é o chamado, quem são os chamados, a que são cha-mados. .'¦'¦,"'¦- . _,Na resposta a essas questões esta a caracterização exata doque seja uma vocação. Quando elas se conjugam plenamenteem torno de um aspirante às ordens sacras, ai estará definidauma perfeita' vocação sacerdotal. Mas, responder a todas as qua-tro perguntas é receber uma graça rara e incomparável.

Dai. a deficiência numérica das vocações e, em conseqüência,igual deficiência de sacerdotes para a assistência espiritual e apregação num pais dê enorme extensão territorial, onde os nus-sionários ss "sujeitam ft sacriíicios heróicos para realizar a obragrandiosa da evangelizaçáo. "¦'. .

Eis por què não prescinde a Igreja do <» ícurso de instituiçõesque auxiliem as vocações sacerdotais e religiosas e mostra-se re-conhecida ãs famílias católicas que, como aquele distinto casal d«Copacabana, ajudou a. encaminhar o menino, o jovem, • ve. iaagora, o novo sacerdote barnabita integrar-se totalmente no exer-cito de Cristo e no magistério de nossa santa Igreja.

M. A.Tresença — A excelente publicação oficial da Ação Católica

aprésênta-sê com o número 11. todo êle dedicado ao ConcilioEcumênico. A história dos Concilios e a preparação do VaticanoII constituem o assunto da edição, que inclui ainda um pequenosuplemento informativo do Movimento de Ação Católica.

CONGRESSO LATINO-AMERICANO DE IMPRENSA CATÓLICABogotá, agôosto (NC) — Os jornalistas católicos latino-ame-

ricanos agradeceram á. Associação de Imprensa Católica dos Es-tados Unidos e do Canadá sua generosa e fraterna atenção aosproblemas da imprensa católica e do apostolado da opinião pu-blica na América Latina. O II Congresso Latino-americano ciaImprensa Católica, aqui recém-realizado, acentuou a, assistênciaque presta a AIC norte-americana e canadense mediante bolsas-de-estudo e treino para jornalistas latino-americanos, e viagensde técnicos pela América Latina.

A assembléia pediu a criação da Federação Latino-amenca-na, de Escolas Católicas de Jornalismo; a atenção especial daspublicações católicas para oa problemas sociais; a intensificaçãode noticiário sobre o II Concilio Ecumênico Vaticano; e melhoraeconômica dos redatores da imprensa católica, cujos salários naodevem ser inferiores aos correntes na profissão; as associaçõesnacionais estendam seu raio de ação aos jornalistas católicosque trabalham na imprensa neutra; as Escolas de Jornalismocriem cursos para correspondentes noticiosos.

Outras resoluções estimulam as iniciativas ligadas ao_ jorna-lismo feminino; recomendam a publicação das classificações mo-rais de filmes de acordo.com os centros nacionais encarregadosdesse trabalho, e reconhecem ft necessidade de contar com ummanual prático de jornalismo que possa servir de guia aos Joi-•nalistas improvisados. ... „tij„j... O Congresso estabeleceu quotas de associação as entidadesnacionais que se filiarem à ULAIC e enca"'egou»,aônsemî-retor da ULAIC de um estudo sobre a realidade latino-americanano setor da opinião pública.

Condenou o cerceamento da imprensa em cuba.ROMARIA VICENTINA APETRÓPOLIS

No próximo domingo, dia 26,terá lugar a tradicional RomariaVlcentlna. Este ano íol escolhidaa cidade fluminense de Petrópo-lis, devendo os romeiros embai-car em ônibus especiais na Hs-taçio Bario de Mauá, is 6h 3Qni.

Da Estaçáo de Petropolis os ro-metros seguirão em desfile orga-nlzado até a Catedral, onde ás-«latirão Missa com Cornunháo ge-ral às 9 horas. Depois da Missaserá servido café • is 11 horas«erá realizada Sessio solene no «a-lio do Colégio Santa Isabel, se-guindo-se tempo livre para vlsl-tas até is 14 horas, quando terálugar a Concentraçlo na Praça daCatedral para a Proclssáo Euca-rística, finalizando com a hènçlndo SS. Sacramento. As 13h 30mdar-st-i o regresso dos romeiro».O Diretor da Romaria pede aosvlcentlnos para Irem Já confes-findos. Nio vHo senhora;;. As in*-cri ções sio íeitas na. Casa de SlnVicente, Rua Riachuelo, 75.

FESTA DO IMACULADO COEA-ÇAO DE MARIA NO MÉIER

Na paróquia do Coraçío deMaria, no Méier, estlo sendo rea-lizadas solenidade» em honra dé«ua Padroeira, comemorando aomesmo tempo o Jubileu de Ouroda Arqulconfraria do ImaculadoCoraçlo de Maria. Até sábado,dia 25, haverá, diariamente Missafestiva is 1 horas • Missa, nove-na, «ermlo » bênçio is 19h 30m.No dia 2Í seri celebrada Missacom Comunhlo geral is 7 horas,sendo celebrante Dom HonoratoPlazzera; ií 10 horas Missa can-

tada com assistência • pregaçlodo Em.» Sr. Cardeal ArcebispoDom Jaime de Barros Câmara •

Consagraçlo do Novo Estado da

Guanabara ao Imaculado Coraçio

de Maria. As l«h 30m, Froclssio *

is 1* horas Missa vespertina t

Bínçio do SS. Sacramento.

«ANTO DE HOJE!

SANTA JOANA FRANCISCAFftEMIOT DE CHANTAL

Como Sio Bernardo, esta santa

nasceu em Dijon. Depois de ser

esposa e mie exemplar, consa-

grou-se totalmente a Deus pormorte do Bario de Chantal, seu

marido. Viúva aos 28 anos, ficou

com quatro filhos dos seis qu»tivera • com o pai, anciio adml-

rivèl, que compreendeu i seçun-

dou a filha na nova vocaçlo a

que Deus a chamava. Foi no en-

tanto Sio Francisco de Sales o

homem mandado por Deus paraa coadjuvar • orientar na realiza-

çio dos desígnio* que a Provi-

dência lhe confiava. Com a sua

direçio doe» e persuaslva prepa-iou-a para se desligar dt tudo

qu» lhe prendesse o coraçlo, ar-

mou-a de força para jdeixar os 11-

lhos i para fundar assim a nova

Ordem da Vlsltaçio. Morreu em

Moulina em 1641. Sofreu no fim

da vida medonhas provas Inte-

rlores. suportou essa provaçiotio resignadaménte que Deus a

recompensou por um acréscimode consolaçóes.

A MISSA DE HOJE:

Hoje, 21 dè agosto — Têrça-íei-ri, — Santa Joana Franclsca Fre-

mlot de Chantal. viúva — Tercei-ra Classe — Missa CognoTl —

Glória — Orações próprias — Pre-

íáclo comum — Paramento d»

cór brinca.

A MISSA DE AMANHA:

Amanhi, 22 de agosto — Quarta-feira — Irhaculado Coração d»Maria — Segunda Classe — Missa

própria Aíeamns — Glória — Se-

gundi óraçio dos Santos MártiresTimóteo e companheiros — Cr»-do — íreficio d» Nossa Senhora— Paramento dt cór branca.

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Jornal do Brasll, 3.R-feira, 21.-3-82, Cad. B — 3

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Cad. B, Jornal do Brasil, 3.a-feira, 21-8-G2

Artes VisuaisFerreira Gullar

Pintura deEleutheriades

Abriu-se ontem, naRua Domingos Ferreira,122, loja B, esquina deSanta Clara, uma exposi-çao do pintor StephanEleutheriades, sob o pa-trocínio do Congresso pe-la Liberdade da Cultura.

Esta é a segunda expo-sição do pintor no Rio,tendo ' sido realizada a

-.primeira em 1956, na Pe-.tite Galerie, toda ela de-

<-dicada à cidade de Man-„. gali, no Mar Negro da

Romênia, donde é origi-,;'; nário o artista.":-¦¦ A mostra atual é apre-i sentada pelo crítico J. R.

Teixeira Leite, que escre-; ve: "Equilíbrio cromáti-'i co, sentido rigoroso da| proporcionalidade, vonta-

. de de organização da for-ma com o aproveitamen-'to total do plano em que

se -desenvolve, um rit-mo bastante remarcável,traduzido em proporções- m a t emáticas progressi-vas, eis algumas das ca-

:¦ racterísticas da pinturat de Stephan Eleutheria-; des, o artista greco-rome-

no que pela segunda vez,¦e após vários anos, inau-

.' gura uma individual noRio de Janeiro."

Retrospectiva deIberê Camargono MAM do Rio

,; O MAM do Rio progra-'.. mou para outubro próxi-•Imo uma ampla exposiçãof retrospectiva do pintorlibere Camargo, que obte-¦ve o prêmio de Melhor'Pintor Nacional na últi-ma Bienal de São Paulo.Com êsse objetivo, oMAM realizou minuciosolevantamento dos colecio-' nadores do artista, cujo

| número ascende a quaseuma centena, para Os•quais enviou carta solici-

.tando o empréstimo das"peças. Informa o MAMque, até o momento, ne--nhum dos colecionadores^respondeu à solicitação, o•que de certa forma difi-cultará a elaboração do

catálogo. Acrescenta ainformação do MAM queofereceu aos colecionado-res perfeita garantia deseguro contra riscos e en-carregando-se das despe-sas de transporte. Assim,o MAM apela no sentidode que os colecionadoresmanifestem com urgên-cia a sua concordânciana elaboração da mostrado pintor. ¦".

Obras do MNBAirão a S. Luísdo Maranhão

Em colaboração como Conselho Nacional deCultura, o Museu Nacio-nal de Belas-Artes envia-rá um considerável con-junto de pintura brasilei-ra que será exibido emSão Luís do Maranhão naprimeira quinzena de se-tembro. Essa mesma ex-posição seguirá para Be-lém e depois para BeloHorizonte. A mostra visaa dar um panorama dapintura brasileira de suasorigens aos nossos dias.

Wollncr ganhou oeoncurso Varig

O pintor e designerAlexandre Wollner, resi-dente em S. Paulo e pro-fessor de Arte Gráfica doMuseu de Arte Modernado Rio, obteve o primeiroprêmio do concurso daVarig, organizado peloInstituto de Arquitetosdo Brasil (GB). O prêmioconsiste numa viagem deida e volta a Nova Iorquee uma ajuda de custa deUS$ 100. O segundo prê-mio foi ganho por AloísioMagalhães (ida e volta aBuenos Aires) e o tercei-ro — Menção Honrosa —por Luís F. de Noronha eSilva. Os prêmios para otema ícaro não foramconcedidos por não teremos trabalhos preenchidoas exigências mínimas doedital do concurso.

MúsicaRemo Massarani

Vida concertística.Em série especial, a OSBapresentou o maestro DanielSternefeld. Público escasso:será mesmo musicalmenteútil continuar com tantosconcertos gratuitos? Sterne-íeld, da radiodifusão belga,não é um regente elegante(bastaria seu braço esquer-do, para arruinar-lhe a li-nha.. .¦)¦, mas é muito segu-ro e musical, domina o con-junto e alcança ótimos re-sultados; todo. o concerto,evidenciou suas qualidades,até um trecho teatral deGomes que —conforme oshábitos atuais — represen-ta, com Braga è poucos, ou-tros ilustres, o Brasil naOSB. A Sinjonia 36, de Mo-zart, particularmente no íi-nal, teve momentos bem lin-dos; a n.° 2, de Brahms, cor-reu equilibrada e intensa.Uma pequena OuvertureJoyeuse, de Mareei Poot, re-presentou a música belga:mesmo se impessoal e tradi-cional (um par de quebrasno ritmo não basta paraatualizá-la),' é agradável cbem desenvolvida.: Sterne-feld, domingo, acompanhoua jovem cantora gaúcha Te-resinha Ferreira Rohrig, emStradella, Purcell, Wagner, eno Azulão, de Jaime Ovale,tão maravilhoso no equilíbriodo; seus poucos compassospara canto e-piano, que nãotolera orquestrações e con-trapontos arbitrários; o so-prano cantou com voz bo-nita e dramática.

As Ondas Musicais apre-sentaram o Coro da Associa-ção de Canto Coral, sob aregência de Cléoíe Personde Matos, num programa degrande interesse, que còm-.preendia obras de Vitória,Palestrina, Debussy, Brasi-lio Itiberê e Vila-Lôbos; par-ticiparam, com muito relê-vo, as solistas Dircéia deAmorim, íone Guimarães ea pianista Clélia Kiszely.

CinemaInglaterrae Alemanha

Dorenski (apresentado nodia 14, pela SBTM) e MariaClodes (apresentada no dia16, pelo MAM) têm, os dois,uma sua personalidade bemmarcada: qualidade rara,num mundo dé. pianistasbons' ou ruins, sensíveis ouinsensíveis, perdidos numapianistica estandardizada.

Destarte, poderei discordarda maneira um pouco dis-traída como o primeiro to-•ou a op. 49, n.° 2, de Bee-thoven, e a segunda tocouChopin. Mas, Dorenski na111, e Clodes na 109, pa-receram seguir um mesmocaminho, afastando-se doslugares-comuns da interpre-tação, dramatizando umpouco mais os contrastes,acelerando alguns movimen-tos, para dar às duas obras-primas de Beethoven, tãoextraordinárias,' um maisquerite contato còm o pú-blico;

O primeiro reproduziu Vi-la-Lôbos de maneira todapessoal, mas com resultadosbem agradáveis; e a segun-da, também. O primeiro to-cou três mazurcas, de Cho-pin, com grande elegânciae serenidade; a segundavenceu excelentemente asdificuldades do mundo mu-sicalíssimò da Novelletta n.°8, de Schumann, e tocouuma Sonata, ile Haydn, demaneira um pouco seca, cia-vicembalística, com lindosresultados; O primeiro tevetambém o bom gosto deapresentar um compositorde sua terra, Sçhedrin; de-vemos agradecê-lo, mesmose a Humoresque desse mú-sico lembra não pouco Pro-kofieff, é o Basso' Ostinatoplagia Prokofieff, tranqüilae abertamente. :'"¦¦

NOTICIÁRIO'— Amanhã,às 21 horas, na Maison deFrance, Concerto Debussy,com Iberê Gomes Grosso,Oscar Borgeth e o QuartetoJacovlno. — Quinta-feira, às

.21 horas, no Municipal,Quinteto de Sopro do Rio.

— Sábado, Concerto SocialOSB, com o maestro Chaves;o programa será oportuna-mente comunicado. — Nosdias 25 e 26, espetáculo noMunicipal do ballet doTeatro. — No dia 27, Con-certo ABC Pró-Arte, comobras de Debussy, Brahms,Guarnieri e Bartok, inter-pretadas por Daisy de Luca,Tinetti, Jaffé, Oliani, De Lu-ca e Bologná. — No dia 27,na ENM, a Fundação Amé-rico de Viveiros apresentaráa OSN, regida por Bochino,e a pianista Vicky Adier.

Teatro"My Fair Lady" no Brasil

Barbara Heliodora

iniciamregime deco-produção

LONDRES (B N S)— Aqueles que tiveremassistido aos filme sRoom at the Top e Sa-turday Night and Sun-day Morning lembrar-se-ão, sem dúvida, doexcelente trabalho de cá-mara de Freddie Fran-eis. Êsse cinegrafista ini-cia agora auspiciosamen-te sua carreira de dire-tor, inaugurando tam.-bém uma série de co-produções anglo-germâ-niceis, com o filme TheBrain, em rodagem nosestúdios de Twickenham,perto de Londres. RobertStewart e Philip Mackieescreveram o roteiro,deixando de lado os as-pectos de science fictiondo original — Donoyan'sBrain, de Curt Siódmak.

Donovan's Brain jáfora filmado por ArturBrauner, com Lew Ayrese Erich von Stroheitnnos principais papéis.Agora, Peter Eyk, HansNeilson,, Siegfried Lo-¦witz, Anne Heywood,Bernard Lee, JeremySpenser, Maxine Audley,Miles Malleson e EllenSchwiers compõem oelenco. O filme será ro-dado em inglês e dubla-do para o alemão. Oprograma de co-produ-cães an gl o-germânicusinclui vasto número depelículas a serem roda-das. nós dois países, co-meçündo bem com o lan-çamento de um profis-sional de tanto talento,como o é Freddie Fran-eis, na direção geral.

Hoje à noite teremos, noCarlos Gomes, uma estréiaque tem de levar, lnevità-velmente, a toda uma sériede considerações, já que étodo o seu método de apre-sentação uma concepção •quase que diametralmenteoposta aos hábitos teatraisbrasileiros normais, desde aprópria natureza de seu fi-nanciamento por partícula-res que encaram sua parti-clpação na produção comouma. inversão de capital aser recuperado, e com a pos-sibilidade de trazer até mes-mo lucro áos mesmos invés-tidores, desde que a produ-ção tenha uma carreira pro-longada e de sucesso.

Todo o lançamento do es-petáculo tem em vista, o im-peratlvo da conquista deúm público muito maisnumeroso do que o que énormalmente antecipado pe-lo teatro profissional brasi-leiro, e não temos dúvida deque deve existir entre os pro-dutpres — em virtude do as-pecto visual espiendoroso doespetáculo — a conquista detoda aquela camada da po-pulação que normalmente sófreqüenta o teatro de revis-ta, mas que se mantém ali-jada do teatro de comédia.

A comédia musicada ame-rlcana, que atinge públicosimensos nos EUA e tambémna Inglaterra, é em tudo epor tudo semelhante à ope-reta que já teve no Brasilbons períodos de grande vo-ga, e isso faz crer que hajaboas possibilidades de sechegar realmente a atingirum público maior do que oque é normalmente previstopara uma.produção profis-sional entre nós. E, ao con-trário do que é conhecidoaqui com o título de teatrode revista, a comédia musi-cada serve perfeitamentebem como possível elementode ligação entre o públicoaté agora avesso à comédiae êsse gênero, já que a co-média musicada depende deação,: de um espetáculo quetem um desenvolvimento deenredo, diálogos, estruturade atos algo próxima da doteatro declamado etc.

É claro que em My FairLady muito vai depender daadaptação para o Português,dificílima, sendo'¦; inevitávelem parte a perda da críticado Pigmalião de Shaw, e oconseqüente maior apoio dosucesso do espetáculo em suarealização em si e em suatrama propriamente dita,com menores ecos de críticasocial. Mas se o espetáculo

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Bibi Ferreira e Paulo Autran na primeira cena de My Fair Lady,que estréia hoje ò noite no Teatro Carlos Gomes, em recita de

caridade

íizer jus às produções ame-ricana e inglesa, se os mé-todos de produção millmè-tricamente detalhada e dealto nível de montagem fo-rem integralmente realiza-dos e conseguirem, apesardas possíveis perdas naapresentação em outra lin-gua, ao menos o método deapresentação de um espeta-cuio desse gênero em si, jápoderá determinar a mudan-ça de atitude em relação aproduções teatrais entre de-terminados grupos interessa-dos, possibilitando de futu-ro, por exemplo, a apresen-tação da burleta de ArturAzevedo A Capital Federal,até: aqui sempre consideradamuito cara para compensaruma produção por um grupoprofissional. Se My Fair La-dy conseguir estabelecer ofato de que um públicoexcepcionalmente numerosoapoia um espetáculo caromas realmente bem apresen-tado, então estará aberto umcaminho nôvo para a produ-ção no teatro brasileiro, ca-minho êsse orientado peloprincípio de que o que nãovinga é a tentativa tímida,mas sim a arrojada. Aliás

sempre tivemos de nós paranós que a meia medida emtodos os sentidos foi a res-ponsável pelo fracasso deuma tentativa como a bemintencionada Tomei um Ita,no Norte, que nunca conse-guiu passar de um pequenirtogrande espetáculo.

A estréia de hoje, pois, nãosó apresenta um espetáculoque — se igual ao original —é sem dúvida em si atraentee inteligente como tambémprecisa ser considerado comutoda uma possivel nova tri-lha na busca do grande pú-blico no teatro brasileiro.Esperemos pelo melhor.

A equipe que realiza o es-petáculo é a seguinte: dire-tor, Gregory Kayne; coreó-grafo, Harry Woolever (exe-cutando, respectivamente, o,direção de Moss Hart e a co-reografia de Hanya Holm);cenários de Oliver Smith; fi-gurinos de Cecil Beaton. Noelenco estão Bibi Ferreira,Paulo Autran, Jaime Costa,Sérgio Viotti, Susana Négri,Hélio Paiva, Elza Gomes, Es-telita Bell, Sérgio de Olivei-ra, além de coro e corpo debaile.

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RADIOTAMOIOeooko«0 UIO 00 DIU

José Mauro revolucionou a programação da Rádio Tamoio, apartir dè 1956, e, desde então, os "Bacharéis do Disco" vimacompanhando todos os grandes lançamentos musicais. Asgravações sio criteriosamente julgadas • Inapelsvelmente con-denadas. quando nâo atendem a um mínimo da requisitostécnico» • artísticos Por isso, a Rádio Tamoio lhe oferece amúsica saudável, que se Identifica com o seu bom-gôsto.Note. como em nossas 19:30 h diárias dé musica, a seleçãoè cada vez mais noornsa.

OS BACHARÉIS DO DISCO ^ selecionam rigorosamente au» Mwwtua uu UI3C0 -^ programação, velando qual-

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í^ preparam programas dosados com alegria e despreocu-pação conquistando » preferencia de todas as gerações.

•j}j estão sempre em dia com oa últimos sucessos, mantendocontato permanente com as grandes lojas de discos

LANÇAMENTOS :

Íy FEIRA.DE ILUSÕES — Pa-

cio. Prod. americana *m cô-res. Drama musicado. Numa la-zenda do Texas, uma familiafeliz vive momentos de soniios.Dir. José Ferrcr. Com Pat.Boo-ne, Bobby Darln, Pamela Tlf-fln, Anri Margret, Tom Well,Alice Faye. Livre. (Fox).0 HIENAS DO ASFALTO —Eng. da Dentro, Penha. Irajá,Paraíso, Roullen. Drama poli-clal americano. Fracassados emsuas profissões procuraram re-compensa pelo crime. Dir. GeneFowler. Com Gregg Palmer, Ka-tttleen Crowley, Edward Fiat*;,John Lupton. Imp. até 18 ancs.(Allied). .¦ NAS GAItRAS DO MORCE-GO — iria, Azul, S. João deMeriti, S. Jòrge-Niteról. Prod.americana. Drama de horror : Aoanoitecer, um èxtranhò morcegofaz das suas ... Dir. Crane Wil-bur. Com Vleent Prlce, AgnesMoorehead, Cavln Gordon, Le-riltai Lane. Imp. até 14 anos.(Allied).* O HOMEM DE DUAS CA-BECAS — Brunl-Flamengo. Prod.americana em cores. Comédiamilitar: Confusões durante a2.» guerra mundial quando umpraclnha substitui pela seme-lhança física a importante co-ronel. Dir. Melvllle Shavelson.Com Danny Kaye, Dana Win-ter, Diana Dors. Livre. Hor.:14 — 16h — 18h 20 • 23h. (Pa-ramount).tk PLUFT O FANTASMINHA —Pathé, Rlviera, Art-Palácio-Copa-cabana, Art-Palâclo-Tijuca, Az-teca, Mauá, Para Todos. Prod.nacional em cores baseada nu-ma peça infantil de Maria' Cia-ra Machado. Dir. Romain Lesa-ge. Com Dlrce Magllacci, "Kal-ma Murtinho, Ira Etz, NelsonDantas. Livre. Hor.: 14h lãh40m — 17h 20m — l.h — 20h40m • ' 22h 20m. (França).

REPRISES :

itilJJlU lAMUlU musica. ímlus-vamente música... a cada vez melhor!

0 A' ARCA DE NOÉ — Im-pério, Píralá, Guanabara, Fio-riano, Tijuca, Leopoldina. Re-prise americana de 1928. Dramauniversal em duas historias: oDilúvio nos tempos bíblicos, aguerra em nossos dias. Escritapor Dárryl F. Zanuck. Dirigidapor Mlchael Curtlz. Com DoloresCoatello, George 0'Brien, NoahBerry, Guinn Williams. Livre.(United).0 O. ASSALTO AO TREM PA-GADOR — Paissandu, Paris, Fa-lace, Rlvoll. Prod. nacional. Dra-ma social. A vida de misérianos morros cariocas ocasiona dl-fleuldades i policia. Dir. Ro-berto. Farias. Com Ellezer Go-mes, Reglnaldo Farias, Gran-de Otelo, Ruth de Sousa. Imp.até 18 anos. Hor.: 14h — 16h— 18h — 20 e 22h. (HerbertRichers).0 MELODIA IMORTAL — VI-tória. Madrid. Miramar. Repriseamericana cm cores. Drama trá-slco-muslcado. A história de fa-moso pianista atormentado peloprematuro desaparecimento desua amada. Dir. George Sldney.Com Tyrone Power, Klm Novak.

Livre. Hor.: 14h — 16h — 18h20h e 22h. (Colúmbia).

0 O SABRE E A FLEXA —Odeon. Western em cores. Aluta dos Índios contra brancosdurante a colonização america-na. Com Broderlcl. Crawford,Barbara Hale. Imp. até 10 anos.(Colúmbia).0 FESTIVAL FOX — Um fil-me por dia. Hoje: Leblon —Estigma da Crueldade. Com Ore-gory Peek, Joan Çollins. Imp.até 18 anos. Hor.: 14h — 16h

18h 20h e 22h. — K« —Fúria no Alaska — Com JohnWayne, Cápueiné. Imp. até 14anos.0 TARZAN E A MULHER LEO-

PARDO — Flórida, Royal, Es-Icye-Tijuca, Imperator, Rio Bran-co, Nacional, Regência, Guará-cí, Rosário, Mello. Reprise ame-rlcana. Romance e aventurasnas selvas. Com Johnny Wes-smuller, Brenda Joyce, JohnSheffleld, e a macaca Chita.Imp. até 10 anos. (Unida Fil-mes).0 UM ANJO SÔBRE A TER-

RA — Art-Paláclo-Méler. Reprisefranco-alemá em cores. Comédiaromântica. Na Rlviera um ásdo volante encontra extranhaparceira. Com Romy S.hnelder,Henry Vidal, Jean Paul Bel-mondo. Livre. Hor.: 14h — 16h

18h — 20h e 22h. (Art).

AINDA EM CARTAZ :

0 A EMBRIAGUEZ DO SU-CESSO — Alvorada. Reprise ame-rlcana. Drama. Dir. AlexanderMackendrik. Com Burt Lanças-ter. Tony Curtis. Imp. até 18anos. Hor.: 14h — 16h — 18h

. 20h • 22h. (Unlted(.0 ADA — Metro Passeio, Me-tro Copacabana, Metro TIJuca,Pax-Ipanema, Rlcamar, Palácio

, Higlenópolis. Prod. americana emcores. Drama politlco-amoroso.Uma mulher de passado duvido-ao casa com um candidato agovernador. Com Susan Hay--j-ard, Dean Martin. Imp. até14 anos. Hor.: 14h — 16h —13h — 20 e 22h. (M.G.M.)0 BONEQUINHA DE LUXO —Caruso, Brltânia, Kelly. Frod.americana em cores. Comédia.As peripécias amorosas de umalinda e sofisticada vigarista. Dir.Black Edwards. Com AudreyHepburn, George Peppard. Pa-trlcia Neal, Buddy Ebsen. Imp.até 18 anos. Hor.: 14h — 16h

18h 20 e 22h. (Paramount).0 EL CID — ópera. Frod.americana em cores. Drama épi-co. A vida, amores e lutas deum horól espanhol no séculoVIII, durante a ocupaç&o mon-ra. Dir. Anthony Mann. ComCharlton Heston, Sofia Loren,Raf Valone, Massimo Serato.Imp. até 14 anos. Hor.: 14h30m — 17h 4õm e 21h (Allied).0 O PAGADOR DE PROMES-SAS — S&o Luls, Plaza, Copa-cabana, Astória, Olinda, Carioca,Santa Alice, Mascote. Prod. na-cional laureada no Festival deCanes. Drama social. A históriade um homem que enfrentoumll dificuldades para pagar umapromessa. Dir. Anselmo Duarte.Com Leonardo Vilar, Glória Me-nezea. Dlonislo Azevedo, Geral-do Rei, Norma Bcngcll. Imp.até 18 anos. Hor.: 141. — 161.

18h — 20h • 22h,

0 O ERRO DE SUSAN SLADE—Monte Castelo, Mello-Bonsuces-so e Roma. Prod. americana emcores. Drama. A história de umaJovem que n&o soube esperar ...Dir. Delmcr Daves. Com TroyDonahue, Connie Stevens, Doro-thy McGulre, Lloyd Nolan. Imp.até 14 anos. Hor.: 15h 30m —1711 40m — 19h SOm e 22h.

0 AMOR LIVRE — Brunl-Co-pacabana, Alfa. Reprise francesa.Drama sensual realista. Dir. Vai-croze. Com Bernadette Lafont,Françoise Brion, Alexandra Ste-wart, Jacques Rlberolles, PaulGuers. Imp. até 18 anos. (Su-per-Clnemas).

ExposiçõesMAM do Rio (Aterro da Glória)

— Exposiç&o de pinturas de Feli-pe Vallejo.

GALERIA LETRAS E ARTES(Livraria) — Rua Raimundo Cor-rela, 23. Pinturas de Joaquim Pin-to e De Souza.

GALERIA BARCINSK1 — AV.Copacabana n.o 400-A — Exposi-ç&o do escultor Bruno Glorgi.

GALERIA BONINO — Rua Ba-rata Ribeiro, S78. Litografias ¦ dePlcasso. (Até 4 de agosto j.

GALERIA DEZON — Av. Atlftn-tica, 3 534 e Av. Copacabana, 1133.Exposições de guaches, desenhos ecolagens de artistas nacionais eestrangeiros: Di Cavalcanti, DJa-nira, Ceschlattl, José Morais,Lazslo Meltner, Iv& Serpa, JeanLurçat e outros.

GALERIA GEAD — Rua Slquel-ra Campos n.° 18-A. Exposlç&o daescultora norte-americana RuthTrobe.

IBEU — Av. Copacabana n.« 690.Exposiç&o de pinturas, desenhos eesculturas de: a norte-americanaAlice Belle Crawford e a brasilei-ra Leda Coutinho Fltzalls.

GALERIA MACUNAÍMA — (RuaMéxico, esq. Araújo Porto Ale-gre). Exposlç&o das gravadoras:Isa Aderme Vieira, Aurellna Pe-relra do Carmo. Galeria MNBA —Desenhos, relevos, gravuras sobreos monumentos da nubla.

SOBRADINHO — Rua LeopoldoMiguez, 102, sobrado — Desenhose pinturas de Eurldice, José Pau-lo Moreira da Fonseca, Maria Te-resa Vieira, Chapman, Iazld, Rai-mundo úe Oliveira, Roslnha Bec-ker do Vale, Isolda e Edelweiss.

GALERIA SANTA ROSA —(Ipanema) — Pintura do Jovempaulista Márcio Mattar.

PICOLA GALERIA — (Praia doFlamengo, 286, sala 201). Insti-tuto Italiano de Cultura. Expo-sição do desenhista paulista Jo&oSuzuki. o

PETITE GALERIE — (Praça Ge-neral Osório, 53). — Exposlç&ode Desenhos, do carioca CarlosArtur Thlré.

GALERIA RELEVO — Exposi-çâo de Paolo Rissone.

PALÁCIO ITAMARATI — E:<-posiç&o de Arte Sacra, no sal&ode leitura.

COPACABANA — 57-1818, ramalteatro — ... Em Moeda Correnteno Pais — Coro Cacilda Becker.Valmor Chagas, às 21 h.

DULCINA — Tel.: 32-5817. — OsUa Esquerda São Devotos de San-to Antônio — Às 21h.

DA PRAÇA — 37-7003 — DisqueM para Matar — 21 h 15 m dlà-riamente.' Sábados 20 h 30 m •22 h 30 m. Vesperals domingos,17 h.

GINÁSTICO — 42-4521 — Tiro •Queda — 21 h. Sábados 20 h 822 h. Vesperals quintas às 16 h.Domingos às 18 h.

MUNICIPAL — Les Étoiles du'Ballet, de L'Opcra de Paris, às21 h.

MESBLA — 42-4880 — Periodo doAjustamento — 21 h. Sábados 20 he 22 h. Vesperals quintas e domin-gos, 16 h.

MAISON DE FRANCE — Tel.:52-3456 — O Beijo no Asfalto — DeNelson Rodrigues — As 21h.

NACIONAL DE COMÉDIA —22-0367 — O Pagador de Promessas— 21 h. Vesperals domingos, 16 h.

RIO — 45-9051 — Plgmaleoa —21 h. Sábados 20 h e 22 li: Vespe-rals quintas e domingos, 16 h.

RIVAL — 22-2721 — EscândalosRomanos — 21 h. Estréia sexta-feira, às 21 horas.

SANTA ROSA — 47-8641 — TodaDonzela Tem um Pai que Ê uma.Fera — 21 h 15 m. Sábados 20 h15 m e 22 h 15 m. Vesperals quin-tas e domingos, 16 h 15 m.

UNIÃO — 26-3126 — Chapéu deSebo — Quarta a domingo, 21 h.

TeatroCOMÉDIA

topos os d%-S"PJORR

IO BRAS]FOR1VL

pelaRÁDIO

BRASILlondas médios 940 kc

|teis: ás 7h55m-12h30n#l9|-2$£5rW Domingos: às 12$Wm •#?!»'

BOLSO — 27-3122 — Ratos e Ho-mens — Estréia, hoje, sexta-feira,ás 21 li 15 m.

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Jornal do Brasil, .T.R-íeii'«, _!l-8-fi», Cad. B — 3

T U Mi F E

ALBANY PASSOU MILHA EM 101" CORRENDO MUITOViolon Celeste ganhouGP Duque de Caxias:ÍAlthéa finalizou era 2a

Violon Celeste surpreendeu na tarde de domin-'•¦go ao levantar o G. P. Duque de Caxias, derrotando;as favoritas Hansita e Althéa nos dois quilômetros,fem pista de grama leve.

Logo após a partida, Bugrinha passou a fazer- 6 train, seguida de Karachi, Violon Celeste, Olhada,ilAlthéa, Eoseclair, Hansita e Lady Champagne, at«!>a entrada da reta, quando a pilotada de Albênzio^Barroso dominou a situação, para conter nos me-firos íinais o avanço de Althéa. Karachi e Hansita.completaram o placar, e Olhada decepcionou, de-Jjnonstrando não ter readquirido sua melhor íorma.

Ç)s resultados técnicos de domingo íoram os se-"suintes: .' 1 .• PAREÔ — 1 .1011 metro- —_«;. i.. — crs i5i> 000,00f¦ (TBNENXR CORONEL JOÍO CAR-

I.OS DE VILAGRAN CABRITA)

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2," Balona, A. Santos 57..."Ginga. A. Bollna 57_.* Qu» Guapa, V. Veloso .

(ap.) 545.» Cadla, L. Acufia 57

Diferenças — _t corpos t 3|4 d«corpo — Tempo — 62" — Vence-dor — (5) 55,00 — Dupla — (34)«(..OO — Placês — (5) 19,00 — ¦(_)16,00 • (1) 17,00 — Movimentodo páreo: — Cr* 6 000 650,00.

JA usa — f. A., 4 anoa — rt.G. do Sul — Filiação — Meulen¦ Jactancla — Proprietário — Je-rônlmo Mércio Silveira — Trei-nador — Gonçalino Feijó — Cria-dor — Haras Jaguarao Grande.

"j* PAREÔ — 1 »0(t metros —

Pista — G. I,. — Prêmios — Cr*1.10 000,00"'

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Diferenças'— Paleta e 3 corpo*Tempo — 111"1|5 — Vencedor(5) 205,00 — Dupla — (33) ..

301,00 — Placêa — (5) 43,00 —!*) 24,00 e (1) 18,00 — Movimen-to do páreo: Cr* 6 218 800,00.

ARGAIL — M. O.', 5 «nos — SioPaulo — Plll-içfto — Prosper •lia Foullleuse — Proprietário —Carlos Alves de Sousa — Treina-dor — José Luis Pedrosa — Cria-dor — A. J. Peixeiro de Castro.Júnior.

4 • PAREÔ — 2 000 metros —Pista — G. h. — Prêmios — Cr*jao 000,00

(MARECHAL DEODORO DAFONSECA)

' 1.» Scoubldou, J. G. Silva 502.» Prenuncio, O. Ricardo .

(ap.) 51-(•Amilcar» Dllemma, T.

Lima 53.4.» Kllpar. T\ Gomes 515.* Brámane, M. Silva 57

Diferenças — 3 4 de corpo •pescoço — Tempo — 124"2\. —Vencedor — (1) — 38,00 — Dupla•— (14) 78,00 — Placês — (1) ..15,00 — (9) 17,00 e (3) 12,00 —

Movimento do páreo: Cr* 6 866 550,00.

SCOUBIDOU — M. C, 4 anos¦ -T- Paraná — FUlaçáo — Derna)-e Tela — Proprietário — StudTlé-Sangue — Treinador — Gil-berto L. Ferreira — Criador —l.uis G. A. Valente.

...• PAREÔ — ?. 000 metros —Pis.*' — G. L. — Prêmios — Cr*coo 000,00; Cr* lio ooo.oo; «._._ ..120 000,00 a Cr$ «0 000,00 —(CLÁSSICO)

(GRANDE PRfc.MIU DUQUE l.KCAXIAS)

1> Violon Celeste, A. Barroso 582.» Althéa, M. Silva «i

-3.0 Karachi, F. Irigoyen 584.» Hansita, P. Vaz 585." Bugrlnha, J. Marchant .. 58

Nio correu Harmonieus»Diferenças — 3/4 de corpo ? 1

¦•orpo — Tempo — 123"l/5 — Ven-redor — (7) 321,00 — Dupla —(23) 53,00 — Placês — (7) 50,00 —(4) 14,00 • (5) 18,00 — Movimentodo páreo: Cr* 7 51» 400,00. VIO-LON CELESTE — F. C. 4 anos —Paraná — Fillaçio — Violoncelle eHopltte — Proprietário — JúlioCorbeta. — Treinador — A. P. daSilva — Criador — L. G. A. Va-lente.

fi." PAREÔ — 1 .10(1 metros —Pista — G. L. — rrémios — Cr*

A soo 000,00.Uí- .'

(MARECHAL FLORIANOPEIXOTO)

.1.» Cisne, J. Portilho 56; 2.0 I-prd Galo, O. Machsdo 5_

3.o Chico Preto, C. It. Carva-lho íifi

4 • Corumln. _>_. Silva :<f,5.o Ciclone, A. Santos _fi

Diferenças — 3/4 d_ corpo r 3corpo* — Tempo — AO'1 — Vence-

,. dor — (2) — 46,00 — Dupla — (14)52,00 — Placês — (2) 25,00 — IV)i9,oo • (in 28,00 — Movimentodo páreo: Cr. 3 055 930,00. CISNE— M. C. .'I anos — Sio Paulo -¦Filiação — Sayani e Qtietua —¦Proprietário — Jo:* Mari»no Ca-mara o Uaggio — Treinador — e7ò-fi S. ria Silva. —• Criador — A.... Peixoto ri» Castro Jr.

7.» PAREÔ — 1 000 metros —Pista — G I, — Prêmios — Cr*130 000,00.

(MARECHAL MANOEL LUIZOSÓRIO)

l.o Bomarbelo, C. R. Carvalho 572." Balma_, A. Santos 573.o rery, A. Portllho 574.o Miracle. A. Bolino (*) .. 57 .4.o L. Glrande, A. Ricardo (•) 57Nio correu Manclnelli.Diferenças — 1 corpo • vários

corpos — Tempo — 60"3/ — Vcn-cedor — (1) 23,00 — Dupla —(13) 32,00 — Placês — (1) 12,00 —(7) 17,00 • (10) 13,00 — Movimen-to do páreo Cr$ 7 762 150,00. BO-MARBELO — M. A. 4 anos — R.G. Sul — Fillaçio — Bomarsund• Bela Dona — Proprietário —Franfclln Antônio Bocha —Treinador — Francisco Abreu —Criador — Joio Goulart.

8.» PAREÔ — 1 400 metros —Pista — <.. L. — Prêmios — Cr*130 000,00.

(MARECHAL CARLOS MACHA-DO BITTENCOURT)

l.o Red Orlon, J. Portilho .. 542.o quarante, A. Santos .... 543.o Rompante. J. Ramos .... 544.o Galbion. J. G. Silva .... 585.o Ghosty Wlnd, O. Machado 58

Nio correu Unido.Diferença» — Cabeça e paleta

Tempo — 84"3/J — Vencedor —(10) 50,00 — Dupla — (34) 63,00

Placês — (10) 27,00 — (6) 41,00• 3) 21,00 — Movimento do pá-reo: Cr» 8 632 300,00. RED ORION

M. C. 5 anos — B. G. Sul —Fillaçio — Falríax _ Holandilha

Proprietário — Orion GavlioCalado d» Castro — Treinador —Armando Rosa — Criador — HarasRealce. cnsMovimento de após-tas 56...M. 900,00Concursos 1 504 710,00

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Albany, que íoi retirada anteontem do GrandePrêmio Duque de Caxias, deixando o Stud PauiaMachado defendido pela parelha Althéa—Bugrinha,trabalhou ontem a milha em ótimas condições,igualada apenas pelo conhecido campeão dos ma-tinais, Báculo.

Com J. Pedro no dorso, Albany íloreou a milhacm 101", correndo muito.

Dos demais trabalhos, podemos ainda salientaro bom floreio de Também, ao lado de Lord Espa-darte, cobrindo os 1500 metros em 96"3/5.

A reportagem do JB cronometrou os seguintesexercidos para as próximas corridas de sábado edomingo:

O ('.enoral Francisco Dainaureno Ferreira Portugal saútln o Jòcfccy Club Brasileiro, Irntltt . àdireittt o Senador Gilberto Marinho « o Ccncriil Dét-io Eicobar e, ti esquerda o Dr. Tilde Neivti

tle Lima Rocha, IP V-icé-Prèiidente tio Jockcy Club Brasileiro

O Jockey Club Brasileiro•' ........

homenageou o Exército NacionalNos discursos proferidos no ai moco, exaltadas as tradições de

Caxias "que só desenibainhou sua gloriosa espada a serviço de

causas sagradas" — Destacada b ciiemerência do Jockey Club Bra-

sileiro na palavra do ilustre intérprete do Ministro da Guerra

O Jockey Club Brasileiro, na oportunidade que lhe dáanualmente a realização do Grande Prêmio Duque de Caxias,reuniu domingo último no Hipódromo da Gávea altos represen-tantes do nosso Exército. Um almoço a diretoria da nossamaior sociedade turíista ofereceu ao Ministro da Guerra, quea êle compareceu em companhia de generais de comando aquisediados. Ao lado da excelente programação turíista que lhesfoi dedicada, os ilustres homenageados tiveram ensejo de rece-ber as demonstrações de apreço dos diligentes e do corpo socialdo Jockey Club Brasileiro e as da sociedade carioca que aliacorreu. Foi uma bela festa de que damos detalhes a seguir.

Total 5» 101 «10,00

C. R. Carvalhofoi suspensopor imperícia

BI» »* resoluções da Comlsutoda Corridas:

a) — Ifotl-icar os treinadores dosanimais Famona, Garota deOro, Praça Onze, Drible, Pa-talou, Hedon, __emember-m_,Cowboy, Purus e Cisne (1_*re.7.) e Carbonifera, J_ncla eKllpar (2.* e última vez) —ilndocllldade);

bl — Suspender, por lnfraçSo doartigo 161, do Código deCorridas (Imperícia), o Jó-quel Carlos Roberto Carva-lho (Gran Princesa), até odia 24 de Setembro do cor-renU ano (esta punlçio sóentrará em vigor a partir dodia 24 do mês em curso);

c) — Suspender, por Infração do5 1.", do Artigo 154, do Có-digo de Corridas (dificultara partida), os profissionaisJo_o M. Santos (Jamoyl eReduzino Freitas F.° (Kan-farinha), até o dia 28 próxl-mo (estas punições só entra-r*o em vigor a partir do dia24 do corrente);

d) — Suspender, por Infração doArtigo 162, do Código deCorridas (prejudicar os com-petldores), os seguintes pro-ílsslonals: Adálton Santos

i Balmaz • Quarante) até odia 2 de setembro e Albên-7,1o Barroso (Violon Celeste)• Arno Hodecker (Remem-ber-me) até o dia 26 próxl-mo (estas punlçóes só en-trarão em vigor a partir dopróximo dia 24 do corrente;

e) — Estender «s punlçóes, porlnfraçio do Artigo 162, doCódigo de Corridas (prejti-dicar os competidores), dosprofissionais Daniel Neto(Apuva), até o dia 13 de se-tembro de 1962, e Joio M.Santos (Passarella), até o diaS do próximo mês;

f) — Multar, por lnfraçio do Ar-tlgo 165. do Código de Cor-ridas (desvio de linha), osseguintes profissionais: JoséSantos (Palpiteiro) em Cr*3 000,00, E. Faria (Klang) •Albênzio Barroso (ViolouCeleste) em CrJ 1 500,00. •Luís Carvalho (Tarso) emCr» 1 000,00;

D — Multar, por lnfraçio do Ar-tlgo 141, do Código de Cor-ridas (excesso de peso), o Jó-quel Antônio Bolino (Kll-par) em Cri 1 000,00;

h) — Multar, por lnfraçio do Ar-tlgo 147, do Código de Cor-ridas (perda de boné), o jó-quel Carlos Roberto Carva-lho (Bomarbelo) em Cr? ...1 000.00;

•}') — Multar, por lnfraçio da «H-nea D, do Artigo _5, do Códi--o de Corridas ínâo ..presen-tar a blusa com que deviacorrer seu pensionista), ostreinadores Artur de Araújo(Los Andes), Alberto Ttrlllo(DIna) . Olímpio Pinto (Ly.melus) cm Cr.? 1 000,00:

I) — Cancelar, de acordo com oArtigo 127, do Código deCorridas, as Inscrições rec_-Toldas para a 2.*- prova espe-rinl de leilão (potrancas),reabrindo-as para a corridadr 1 ou 2 de setembro pró-ilmo;

fcj — Ordenar n pagamento fia»,corridas dos dias fí, 11 c n

. rie «s^Míi rie 1062.

O ALMOÇO EDISCURSOSPROFERIDOS

No elegante Salão das Ro-sas, antes das corridas, íoiservido um almoço a quecompareceram o Ministro daGuerra General de ExércitoNelson de Melo, os Generais deDivisão Oscar Rosa Nepomu-ceno da Silva, Décio Escobar,A. Moraes Ancora, Luís Ra-¦veduttl Sobrinho, Emílio Mau-reli Filho, Augusto MaggesslPereira, Alberto Sallaberry,Inácio Freitas Rollin e Erftes-tino Gomes de Oliveira e Ge-nerais de Brigada F. Damas-ceno Ferreira Portugal, Hugo A.de Carvalho, Floriano Macha-do, Altamir B. Lopes, IsaacNahon, Genaro Bontempo eOsmar Dutra. O Presidente doJockey Club Brasileiro. Dr.Francisco Eduardo de PaulaMachado, presidiu o ágape e ti-nha a companhia dos demaisdiretores e membros dos Con-selhos e Comissões da socie-dade: Drs. Tude Neiva de Li-ma Rocha, Paulo Rubens Mon-te, José Tertuliano Ferreira deBrito, Armando Pires, João Sa-avedra, Murilo Moreira, Alva-ro Werneck, Almirante Augus-to do Amaral Peixoto, RodolfoPorto D'Ave, Guilherme Pen-teado, Dr. José Parente Sobri-nho, Marechal do Ar ArmandoTromposwsky, Ministro Frede-rico Barros Barreto, SenadoresGilberto Marinho e Daniel Krie-ger, Almirante Jorge DodsworthMartins, Dr. José Olímpio Pe-reira, General N a p o le ã o deAlencastro Guimarães, acadê-mico Rodrigo Otávio Filho, Drs.Humberto Shmith de Vascon-celos, José Manoel Fernandes,José de Oliveira Castro, Aristi-des Casado, Cel. José Cândidode Miranda, Júlio Moura, LuisGouveia Rego e César SabolaPontes. Num ambiente de Intei-ra cordialidade Íoram proferi-dos, ao champanha, eloqüentesdiscursos: Senador Gilberto Ma-rinho, em nome do Jockey ClubBrasileiro, e pelo Exercito, oGeneral Francisco DamasccnoFerreira Portugal.

SAUDAÇÃO DO .TOCKEYCLUB BRASILEIRO

Após saudar o Ministro daGuerra e demais generais pre-sentes, o Dr. Francisco Eduar-do de Paula Machado, Presi-dente do Jockey Club Brasi-leiro, deu a palavra ao Sena-dor Gilberto Marinho, desta-cado membro do seu ConselhoConsultivo, para' saudar, emnome da entidade, os ilustreshomenageados. Em magníficoImproviso começou o SenadorGilberto Marinho dizendo que:"Em cada época de sua histõ-ria as Forças Armadas Brasi-leiras souberam expressar osanseios cio povo. A chance des-sa missão histórica está nomodo como elas nasceram. Osmesmos exércitos que se for-maram para repelir os Invaso-res. anlcs de 1822, serviramlogo para derrubar n sistemacolonial e afirmar a nossa in-ilependência. Serviram tambémpara levar a liberdade c a jus-tiça mais além dc nossas fron-leiras a serviço dos povos ame-rlcanos. Xasccram. pois, para_i»'r os brasileiros pudessem dr-cidir por si mesmos do seu des-llnn. Para ll-rrlar r. não para

subjugar. Vara defender nossosideais de liberdade e de paz.Por isso, Pacificador e náo co-"mo Conquistador st chama nos-so máximo herói militar. E maisadiante, que na veneração dosseus símbolos è no culto dosseus heróis, os povos costumamrecuperar a sua força origina-ria e encontrar a chance deseu destino. Os que olvidamessa veneração e êsse culto so-negam o seu sangue c renun-ciam a sua personalidade, paradesvanecer-sc no ceticismo ena indefinição que é talvez omais perigoso dos ab isrri o s."Noutro período de sua oração,S. Excia. disse que:

"Em todosos momentos cruciais da vidada Nação em que as Forças Ar-madas, síntese do povo, foramchamadas a intervir, nunca scconverteram em lnst rumentode prepotência ou usurpação,jamais agiram em proveito daclasse, senão cm exclusivo be-nefício da Pátria. Elas sãoguardiãs da soberania c baluar-tes da integridade do País. Sãoo braço armado da Nação Bra-sileira, mas são também o bra-ço impulsionador do desenvol-vimento nacional. São parte danacionalidade c dos seus ideais.Assim os conceberam os gran-des da Pátria que forjaramseus quadros. Assim as quer opovo, cm cujas entranhas senutrem. Assim as quer, presen-

. tes cm todas as horas cm quese decide a sorte do País. Nashoras cruentas das batalhaspela defesa da honra e do solobrasileiro e nas horas incrucn-tas, nas decisivas como estasque vivemos cm que a Pátriasc lança inteira na conquistadc seu grandioso destino na-cional." Para depois de outrasconsiderações, concluir com es-tas palavras: "O trabalho dohomem é a medida da grandezade uma nação. De nós, portan-to, c só dc nós depende que osfilhos de nossos filhos possamrelatar a epopéia de 70 milhõesde seres humanos que lutaram •para converter a Pátria brasi-leira cm uma esperança domundo."

O AGRADECIMENTO DOEXÉRCITO

Designado pelo Ministro daGuerra, agradecendo a homena-gem, o General Francisco Da-maceno Ferreira Portugal pro-feriu a brilhante oração quese segue: "É sobremodo honro-sa para o Exército Brasileiro ahomenagem que, tradicional-nienlc. lhe presta o JockeyClub Brasileiro, nesta efeméride.A alta significação dêste prei-to reside no fato dc que, o Jo-ckey Club Brasileiro, por suasfinalidades estatutárias c porseu brilhante passado, já seafirmou no conceito da Socie-dade Brasileira como uma desuas mais inconfundíveis cx-pressões. Seu Indiscutível pres-ligio nâo provem de .requinta-do padrão dc elegância c fidal-guia que tem caracterizado suaatividade social. Decorre tam-bem dos inestimáveis serviçosprestados ao País pelo cons-tante incentivo c esta granderiqueza que é a cquinuciillura;ao desenvolvimento do hipismo.. assim também, da apreciávelobra de assistência social quetem realizado. Há quase um sé-culo, desde sua fundação em18..K, que esla benemérita So-ciedade vem servindo,ao Brasil.

Montariasoficiais:quinta-feira

-.• PAREÔ — A.. ;•- h 10 m1500 metro.. — Cr? 130O00.0Í.

São tão ilustres os nomes quesucederam aos seu primeiropresidente, o grande MarianoProcópio, e é tão ampla a re-lação dos homens públicos li-gados aos destinos do JockeyClub Brasileiro que, multasvezes, nós temos a Ilusão deque estes noventa e quatro anosdc atividade representam umfulgurante capitulo .da .nossahistória. Náo deixa de ser exatoeste conceito se considerarmosque seu quadro social é inte-grado por uma elite de brasi-leiros que transfere para a in-Umidade do Club todo o nr-dor e todo o sentimento cívicocom que cada nm acompanhanu participa da vertiginosa eincontida" evolução do Brasildos nossos dias. Em razão dasnaturais apreensões da horapresente, decorrentes da atualconjuntura, é que bem com-preendemos a oportunidadedesta homenagem ao Exército,consubstanciada na "evocaçãode seu imortal patrono, o Du-que de Caxias.

As Forças Armadas do Bra-sil que não são mais do que aprópria Nação em armas es-pelham todas as tendências esentimentos de seu povo, as-sim como todas as caracteris-ticas de sua índole ordeira, pa-cífica e brava. A sua existên-cia, exclusivamente voltadapara os labores e sobrevivên-cia da unidade da Pátria, dasinstituições e da ordem legal.— Caxias foi a própria perso-nificação de tão transcendentedesideralo. Pacificador do Ma'-ranhão, de São Paulo, de Mi-nas Gerais e do Rio Grandedo Sul, êle conjurou o perigodc uma sucessão. Amante da .liberdade e grande disci-plinador, ensinou que a vidaem sociedade é incompatível''com a desordem, e que a liber-dade sem disciplina é o caml-

. nho da dissolução, Impertérri-to defensor da justiça e do Di-reito, só desembainhou a s u aespada gloriosa a serviço decausas sagradas. No estrangei-ro, lutou contra as afrontas datirania, mas não tripudiou sô-bre o inimigo que êle1 venceulealmente. As Forças Armadasdo Brasil são, hoje, fiéis de-positárias dessa respeitável he-rança.

Como Forças Armadas deuma Democracia, estarão sem-pre prontas a assegurar n li-vre exercício da vida institu-cional, e nunca fugirão ao de-ver de defender o regime de-

, mocrático e os podêres Cons-íituídos contra ameaças dequalquer procedência. Sua uni-ca ambição consiste em mere-cer, cada vez mais, o respeitoe a confiança que o povo bra-sileiro. nelas deposita. Esta-ráo sempre coesas para quenunca seja perturbado o ambl-ente de estabilidade e de p azIndispensável ao labor daque-les que constróem o progressodo Brasil."

ArOS O GRANDE PRÊMIODUQUE DE CAXIAS —ENTREGA DE MEDALHAS

Transcorrido o Grande Pré-mio Duque de Caxias, aindano Salão das Rosas, a direto-ria do Jockey Club Brasilei-ro reuniu os destacados ho-menageados, oferecendo-lhesuma taça de champanha. Dc-pois de breves palavras deagradecimento pela sua pre-sença e dos demais generais, oDr. Francisco Eduardo de Pau-Ia Machado solicitou do Sr.Ministro da Guerra General-de-Exército Nelson de Meloque fizesse entrega das meda-lhas que a sociedade conferiaaos ganhadores da prova e queforam recebidas sob aplausos,pelo Sr. Paulo Soledade, pro-curador do proprietário de Vio-lon Celeste ícm nome do pro-pri.tário Sr. Júlio Corbeta) epolo treinador c jóquei AntônioPinto ria Silva e. A. Barroso.

AOAPANTO, P. Lima, 1300 em84"; MONTEJARI, H. Lima, 1200em 80"; KOSMOS, D. Moreira,1400 em »„": QWAL, D. P. Silva,1500 em 08": GÊNIO, M. Silva,1400- em 95"; QUICKSTEP, L.Acufia, 1000 em 68"3|5; QIUL1A-NO, A. Bolino, 1 600 em. 110"; ES-PANHOLA, J. Ramos, 1800 em107"; LORD VERMOUTH, J. Bar-ro», 1000 em 65"; CAPTOR, A.Santos, 1 600 em 106" 3>; SHIPT,J. Fagundes, 1 000 em 65": GIOIA.A. Barroso, 1400 em 94"; HOTSPRING, A. Bolino, 1400 em90" 115: EWER, J. Silva, 1500 em98"; ENVOT, O. Machado, 1000em 65"2|5: NEGRUCHO, L. Car-valho, 1000 em 62" 3)5; BAMBO-LAIO, O. Ricardo, 1500 em 99" 3|5;MAR VERDE, A. Hodecker, 1200em 79"2|5: NECTAR DOURADO,S. Reis, 1 600 em 110" 2|5; EPPRE-NÉ, Lad., 1600 em 106" 1|5; TRA-PEZIO, S. França, 1500 em101"2|5; INTIME AMIE, O. Ma-chado, 1200 em .9"2|5; GALA, S.Reis, 1400 em 91": EXTEND, P.Lima, 1400 em 99": ORLON, A.Portllho, 1 000 em 64" 3|5; ZUNIN-GA, J. Vieira, 1200 em 78"3|5;CECEU, J. Silva, 1200 em "ÍI";INTRUJA. F. Pereira F.o, 1 400 emS0"3|5'; FASCINANTE, A. Bolino,1 600 em 100"; HAPPY, A. Bolino,1500 em 99"3|5; DATCHA, P. Go-mes, 1000 em 62"3!5; PASTO-RELLA, M. Silva,'1400'em 900" 215;1AGO, H. Lima, 1 300 cm 84" 2J5;AHMAN, L. Carvalho, 1 300 em84"3|5; R1SON, O. Ricardo, 1500em 100"; BREVET, J. Sousa, 1 500cm 98"; BOGARDO, Lad., 1000em 63": SATCHMO, O. Machado,1500 cm 97": BAILE, J. Correia,1200 em 78" 2|5; ABRIL, O. RI-cardo, 1600 em 102" 2|5; XINI-NHA, J. Silva, 1500 em 97" 3|5:CAMI, D, Neto, 1200 em 79"; AR-LESIANA, D. Barbosa, 1200 em78"; COCHICHO, D, Moreno, 1500em 102": HEMIPO, E. P. Coutl-nho. 1500 em 99" 1|5: PITANGA.V. Veloao, 1400 em 94"; ALBANT,J. Pedro, 1 600 cm 101": BACULO,O. Machado, 1 600 em 101"; GREYDINO, J. Portllho, 1000 em 66 2I5:AKATRUBI. L. Lins, 1 200 em 79":SACK, J. Portilho, 1500 em 98";GABARDO, E. P. Coutinho, 1900em 140"; VAPORETO, D. Barbo-«a, 1300 em 84"; ZUNIDO. Lad.,1300 em S8"2]5: LEVER, S. Go-mes. 1200 em 80"; CHICANA, .1.Portllho, 1000 em 65"; BONJAR-DIM, F. Mala, 1 600 em 107"; BE-LAFONTE, J. Barros, 1300 em 84";HONEL, J. Tinoco, 1500 em90"2;5; LORD PARDAL, J. Mar-

PISTA LEVE

chant, 1400 em 90" 215: CARTA-GO, O. Machado, 1300 em 84":CLÁUSULA. F. Mala, 1400 em91"2]5; HEDRINHA, J. Tlnoco,1500 em 100": COLO COLO, J.Portllho, 1600 em 105" 3|5; DE-VOTO, I, Oliveira, 1200 em 79":RAMAZON, P. Lima, 1400 em 94";BEAUJOLAIS, J. G, Silva, 1 500em 96"3|5; PROCONSUL, J. Mar-chant, 1600 em 105"; SADU, O.Ricardo, 1600 em 107"; BRUMA-DO, J. Pedro, 1300 em 85"; LAMISSIÕN; R. Mala, 1300 em 86":BLACK-TIE, F. Mala, 1200 em78"; OLD LADY, C. Morgado. 1 300em 80"; OUSADO, V. Andrade,1 400 em 90"; GARAY, J. A. Silva,1 400 em 90"; ZÉ Catlmba, J. Ti-noco, 1600 em 103"; DARKPEARL, F. Pereira F.", 1200 em81"2|5; B. PLAY, J. Lopes, 1200em 81": ALL THE WAY. J. G. Sil-va, 1300 em 85"3|5; UMDO, D.Moreno, 1600 em 104"; MARILI-NA, J. Marchant, 1500 em 98" 2.r,SNOWBIRD, O. Machado. 1500em 96"1|5; EL GIN, P. Tavares,1 200 em 78"; MOUNT BLANCHE,A. Barroso, 1 400 em 94"; JUABA,C. A. Sousa, 1300 em 88"; CAM-BOIM, O. Moura, 1600 em 108" 1|5;BOSS, E. Barbosa, 1 300 em 84" __|s:CALEDONIA, J. Pedro, 1000 em68"; LADY CORRUÍRA. F. Est.-ves, 1300 em 88"; CAVEIRA, M.Silva, 1200 em 79"; VOLUSIA, I.Oliveira, 1000 em 88"; ZIL, M.Henrique, e ZOLULO, A. Azeve-do, 1 400 em 90" 2|5; SUNSTAR, A.Ricardo, e GIULETTE, R. G. Mar-tins, 1300 em 88" 3|5; BABUL, P.Lima, e ARMENDARIZ, A. Bar-roso, 1300 em 83"; ONDULA, C.Morgado; e DENGO, D. Neto, 1 400em 92"2|5; LAMBAO, C. Morgado,e PAMPILHO. J. M. Santos, 1400em 90"2|5; CLUB GLOSSYPE, A.Olivares, 1 200 em . 78" 2|5; HAN-NETON, L. Carvalho, 1000 em65"2|5; BELO ANTÔNIO, A. M.Santos, e MIRALUA, A. Cardoso,1 400 em 93" 115; DAUPHINE GAS-TAL. D. Moreira, e SHD30, A.Santos, 1 200 em 79"; COMANCHE,L. Carvalho, e DUGDEI, A. Car-doso, 1200 em 81"; OT1GIA, J.Marchant, e LA GUAÍRA, R. Pe-nido, 1400 em .92"; LORD SABIA,L. Vaz, e DORD CARDEAL, J.Santos. 1600 em 105"; BILIDOR,C. A. Sousa, • EUCALIPTO, A. Ra-mos, 1200 em 83": SATANAZ, ,1.Lopes, • EL GUSTAVO, L. Vaz,1500 em 100" 2|5; BLUEBELL, H.Cunha, e BEDEL, A. Santos, 1400em 90" 215; TAMBÉM, J. Portilho,e LORD ESPADARTE, L. Vaz,1 500 em 96"3|5.

de Luiz Reis

Notas à margemdò caso Mohtecristo:falta de previsão

1. — Se o Sweepstake èj! modalidade de extração debilhetes de loteria, que depende do resultado de uma cor-rida de cavalos, é mais do que lógico, que o pagamentodos prêmios aos contemplados, seja íeito de acordo com omais importante, entre os dispositivos que regem umaprova no Hipódromo da Gávea. Referimo-nos ao exame dacromatografia, — sem o que o dono do ganhador, nem jó-quei, nem treinador, nem cavalariço, podem buscar natesouraria do Jóquei Clube a importância correspondenteao triunfo.

Quem pensou no regulamento do Sweepstake baseou-seexclusivamente no pagamento das pules — o que ocorreapós a confirmação do páreo, ou seja, quando a Comissãode Corridas ordena que a bandeira vermelha seja bai-xada.

— O caso do bilhete,contudo, é muito diferente.Tanto o treinador, como. ojóquei e o cavalariço serãobeneficiados, em caso de vi-tória, percebendo somas co-bicadas por todos os profis-sionaísdo turfe. E se o do-no ou os donos do bilhetenão têm culpa do dopinf, poroutro lado não se pode nemse deve premiar profissio-nais direta ou indirètamen-te implicados na fraude, queé o maior crime contra acriação do puro-sangue emotivo de sérias adverten- <cias e providências da Asso-clação de Criadores de Ca-valos de Coridas em certareunião.

— Portanto, trata-se deum erro clamoroso marcadopela falta de previsão.Criou—se, mesmo, o climada descrença em que se afir-mava que não havia croma-tografia no Grande PrêmioBrasil. E tudo por quê ? Pa-ra não haver confusão como Sweepstake.'

Imaginem se aparecessedopado um cavalo vencedordo Grande Prêmio Brasil....O Jóquei Clube Brasileiro íi-caria em situação embara-cosa, às voltas com a Jus-tiça, com os recursos daque-les que sc sentiram prcjudl-cados.

4 — Embora não passe dpuma .questão de rotina, poi,.

*«í—i

23

42—5

63—7

88

4-10111213

2.* PAREÔ — A« 20 h «0 -.1 400 metros — Crf 150 000,00.

X_t

1—1 Abandono, J. FaRtindei 571Montejota, M. SUv» ... 57,Montejarl. A. Bolino .. 57,

2—4 Lago, I. Oliveira 57,Vaporito, B. Santos ... SI,Meu Negulnho, A. Ra-moa 57;

3—7 Rio Tigre, D. P. Silva . 57Mlnuano, E. Gibson .. 10 ,.7!Murmúrio, A. Hodeclur 57

4-10 Mar Verde, J. Marchant -SJllMount Blanchí, A.

Barroso 57" Manclnelll, F. Mala .. 57

3.' PAREÔ - Al 21 h 16 —11200 metros — Cri 130 000,00.

Kg

1—1 Giant Star, C. A. Sousa sa" Queen Iseult. A. Bolino .<_«2—2 Amarallna, M. Silva .. sa

3 Manga. J. Marchant .. 5*3—4 Arge, J. Ramos 5a

" Aura, A. Santos 5«5 Nahusla, F. Pereira F.« 5*

4—S Nova Serra, J. Santos . 5*7 Buena Fe, ,1. Tlnoco .. 54s Jauru, V. Veloao 54

4.» PAREÔ — As 21 ll 40 m ^1 300 metros — Cr| 1.10 000,00.

kB1—1 Zangâo, F. Pereira F.". 4 54

2 Larápio, J. Portllho ... 'Sil2—3 Pimpinela Escarlate, A.

Ricardo * 5-84 Good Fellow, A. Barro-

so 1 543—5 Shla, A. M. Caminha .. « 5»" Anfora, A. Santo» 7 SS

6 Garota de Oro, J. Fa-Kundes 5 sa

4—7 Quotldien, J. Marchant 3 5»Gloucester. n. correr* a 54

AU Sabá, J. Jtlliio .... • «4

5.» PAREÔ — As :« h IS m —11300 metro.. — CrV 110 000,00 —(BEITING).

Kí

1—1 Fauvette. A. Barroso .. sa" Análla, J. Correia .IR

Nellzlnha, A. M. Caml-nha 54Lagunlta, F. Conceição 58

2—4 Lebre, nio correr!. 10 5S5 Marinha, S. Crua SS« Mila, J. Martins ..«

Patlnete, A. Santo» ... 5B3—R Teimosa, E. Faria 54

Gata Azul, F. PereiraF."> 13 ..»

10 Jamoy, I. Oliveira 5»11 Nlfia Tamar, V. Veloso 54

4-12 Lady Tamar, C. A. Sou-aa 54

13 Sayonara, J. Machado 5»14 Klbamba, A. Saldanha. 5»15 Adioly, A. Ricardo 5»

" Lady Cockney, n. cor-re.*, .....11 5_t

outros parelhelros têm apa-recido dopados, estamos âvontade para dizer que o Jó-quei Clube Brasileiro agiucom desassombro. Não co-nhecemos de perto o Sr. ,Carlos Novis, mas estende-mos-lhe a mão pela cora-gem de vir imediatamente apúblico, através dos meiosde informação, divulgar oresultado do exame da pro-va do material colhido deMontecrlsto e que evlden-ciava audaciosa manobra,onde a vulgarissima benze-drina íoi ministrada em altadose ao cavalo, como se osresponsáveis pela manobraestivessem no auge do de-sespêro.

5 — Não duvidamos da in-formação d a proprietária,que afirmou que seu cavalovenceria de qualquer manei-ra, porque tinha qualidadesde sobra, como revelara an-teriormente em Buenos Ai-res. Mas dai a justificar amanobra do doping há mui-ta diferença.

No dia em que Ortile der-rotar Gelboé e Sarapião portrinta e cinco corpos e oexame da cromatografia re-velar a existência de benze-drina no material recolhidoapós a carreira, fique a pro-prietária de Montecristo cer-ta de que o cavalo será de.--classificado para o últimolugar.

«.* PARE» — As ?.?. h 5(1 m —1 B00 metros — Cri 110 0(10,00 —(BETTING).

Ka1—1 Zelo, J. G. Silva 13 5<-

" Zulu, A. Santos 10 5(S2 Canssonlere, F. Maia .. 8 60

2—3 Dublin, J. Marchant . Sfi" Sabrlna, F. Estêves ... 5»

Emir, Vf. Meireles .... 14 ASDirlglvel, F. Pereira F.» Si

3—6 Zás, O. Machado 3 ..fi" Efírení, P. Lima 11 5(5

Orenoco, A. Ricardo .. 7 60Ranal, H. Lima 3 5»

4—9 Expresso, A. Bolino ... fio10 Ze Panjaré, J. Tlnoco. 1.1 íi-.11 Drart, J. Correia 5812 Airways, S. Reis 32

7.» PÁREO — A- :!3 h 2.. m —1200 metros — CrÇ 130 000,00 —(BETTING).

1—1 Amlm, A. Santo» 54" Aresto," A. Barroso .... 54

Guerlaln, J. Ramos .. sa2—3 Darlc Dlclc, M. Silva ... 5a

" Zarco, P. Gomes 544 Xalum. A. Ramos 54

3—5 Qulet Boy, O. Machado 5»6. Arguapo, J. Marchant 54

Poraqui, C. A. Sousa 54Clarinete, J. Tlnoco .. 54

4—9 Baalbek, A. M. Caml-nha 54

10 Kamakura, F. PereiraF.o 54

II Gororó, D. Moreira 5412 Festivo, n. correrá .... 51

r. beijo nao

gostou deF. ConceiçãoGonçalino Feijó declarou nn-

tem; no JB, que nfto gostou ri*

fctüaçfto do aprendi/. T. cU Con--etç*o no dorso de sua pinslo-nista Violenta, na corrida de ..á-bado passado.

O treinador culpou o Jóquei pc-iIa péssima corrida da égua •-

afirmou que tem multas esp' .ranças na sua vitória no pri .meiro páreo de quinta-feira.

— Para isso — terminou Gon-*

çallno — já contratei Manu<"| ¦

Beücrra d" Silva,pai. monlá-lí.., )

!Larlstan, F. Perelr» _P> 10 saPlnlíit, n, comi'*, ssLa Candura, C. A. Sou-«a 11 su .1Aluía, A. Pinheiro 12 5(1Crystal Parle, J. Correi» 5aSunred, G. Queirós ... 5»Violenta, M. Silva ..(_Jardlnelra, J. Fagundes 14 SdNlbor, A. Saldanha ... 5BLaurindo, A. M. Caml-nha SSBelo Bom, F. Esteve» . SRRusslnha, J. Ramo» .. 5(5Dark Scotch, excluído. .5*Sem Rival, A. Portllho. saFlezelln, A. Santo» 13 58Melodlsta. J. Veiga 5flJudy, excluída 14 5S

1

. <¦ & TZ"

jazzje seusinstrumentos

Luis OrlandoCarneiro

O jazz é, fundamental-mente, um modo de tocai*

.música. Assim, qualquerinstrumento musical po-de ser veículo de expres-são para o jazz man. En-

I tretanto, certos instru-; mentos passaram a ca-racterizar o jazz. Foramos instrumentos de soproherdados das marching

i banãs; a guitarra e obanjo, dos blues singers;e o piano, dos ragtimers.

A formação típica dosconjuntos tipo Nova Or-léans compreendia, noprimeiro plano, uma ouduas cometas, um trom-'boné e um clarinete; e,

| como suportes rítmicos, o1 piano, a bateria, o banjo

e a tuba (ou contrabai-xo). Tal era, por exemplo,a composição da bandade King Òliver e a dosHot Seven de Louis Arms-trong.

Com o desenvolvimen-to do jazz, a incômodatuba cedeu definitiva-mente o seu lugar ao me-nos incômodo e mais sua-ve contrabaixo, e o banjofoi sendo substituído pelaguitarra, com recursosmais amplos, embora sóconvenientemente expio-rados no fim da décadade 1930.

O saxofone íoi introdu-zido no jazz, pelo menoscomo instrumento ativo,por volta de 1920, emC h i c a g o, por StompEvans e outros. Foi nojazz que esse instrumen-to, concebido por Adol-phe Sax, no fim do séculoXIX, começou a ser efe-tiyamente explorado, jáqúe a música clássicapreferia o som mais aris-tocrático do clarinete enão se acostumou ao nô-vo instrumento.¦As grandes orquestrasde jazz da década dos 30estabilizaram uma sono-ridade característica eum jogo típico entre asseções de metais (três acinco trompetes, dois outrês trombones) e de pa-Ihètas (dois saxes-altos,dois tenores, clarinete e,às vezes, mais um barí-tono). Completava a or-questra-padrão de jazz aseção rítmica habitual:piano, guitarra, baixo ebateria.

Com relação aos peque-nos conjuntos, as combi-nações eram variadas,mas os instrumentos usa-dos eram sempre os tra-dicionais. Note-se, entre-tanto, a descoberta parao jazz do vibrafone, cujadifusão se deve a LionelHampton e, depois, a EedNorvo. Com o advento dobop, o vibrafone adaptou-se de tal maneira ao jazzque hoje não pode sermais considerado um ins-trumento bissexto.

Os instrumentos de ar-co nunca foram caracte-rísticos no jazz, exceçãofeita ao contrabaixo, to-cado, entretanto, sem ar-co, isto é, em pizicato,como suporte rítmico.Jimmy Blanton, em 1940,começou a explorar todosos recursos do baixo co-mo instrumento musical.Siam Stewart o usavacom arco, acompanhan-do, nos solos, a melodiaproduzida, com a voz,uma oitava acima. Hoje obaixo com arco é usadofreqüentemente, não sóna apresentação dos te-mas, como em solo (PaulChambers, p. ex.).

. O violino serviu de vei-culo de expressão a ai-guns músicos tradicio-nais, como Stuff Smith,Eddie South e Eay Nan-ce, que também tocatrompete, na orquestra

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1

Mulher se despe hámilênios mas só temmistério há dez anos

Dolphy lurinele-baixo

As mulheres se vestem, asmulheres se despem, e o en-canto milenar de ato apa-rentemente tão simples con-tinua fazendo o maior su-cesso através dos tempos,

Protegido, antiga-mente, pelo mistério mornodas alcovas, e realizado ape-nas diante de uma assistên-cia reduzidíssima, passou emseguida a ser explorado co-mercialmente, transformadoque foi em ato cênico de milrequintes, número de boatepara vasto público.

O introdutor do strip-teasena França foi Alain Bernar-din, há dez anos proprietá-rio do famoso Crazy HorseSaloon, que, segundo suaspróprias palavras, é o berçodo strip-tease francês, a nãoser confundido com suasimitações, especialmente asamericanas, vulgar-mente praticadas diante deplatéia unicamente masculi-na. Na França não, o strip-teasc não é espetáculo eró-tico para jestinhas de con-gressistas. É uma verdadeiraobra de arte, a que assistemcasais burgueses, e recomen-dávcl mesmo para velhastias de província, ou scriis-simas primas solteironas.

A variação é enorme, Exis-

tem, é claro, os númerosclássicos, sempre repetidos,e religiosamente vistospelos entendidos, que amamestudar as diferentes inter-pretações, de acordo com aartista, mas além desses (ostrip-tease do telefone, dabanheira, do canapé e danoiva) t eni os magnificasrealizações, diante das quaisnão se sabe bem se ficarentusiasmado pela belezapropriamente plástica oupela imaginação cênica doautor.

Assim, Alain Bernardín,cuja habilidade na matériaparece inextinguível, apre-senta, diante do público,uma moça completamentenua e desamparada no pe-queno palco rodeado de cor-tinas pretas. Dir-se-ia jáchegado o clímax, mas logoos refletores começam, numfantástico calidoscópio, acolocar cm cima do corpoperfeito peças de roupa ima-ginárias e impalpáveis. Elaparada, marmórea, e as lu-zes que se mexem, que dan-çam, que fazem e desman-cham; e as velhas tias deprovíncia sorriem satisfeitas,cientes de não terem desper-diçado sua viagem a Paris.

E claro que não faltam

candidatas para tanto su-cesso, mas não é simples, emuitos são os requisitos ne-cessários. É outra vez Ber-nardin quem nos fala: "Étriste confessar, mas umaboa strip-teaser só chega aomáximo de sua perjormance,depois de trinta anos de pro-fissão, e portanto, as melho-res não têm, em geral, me-nos de cinqüenta anos." Éuma questão dc comunica-ção, de especial decência,através da qual se estabelc-cc uma corrente de simpatiaentre o público e a cena,corrente essa essencial aoêxito.

É justamente para estu-dar esta parte espiritual dacoisa que as mais bem dota-das pela natureza vão-seaprimorar na Academia deStrip-Tease, fundada emParis, em 1955, e orgulhosacriadora dos grandes suces-sos do ramo. Principio bási-co da Academia é de nãoíazer uma escola, mas, pelocontrário, estimular a indi-vidualidade de cada aluna evalorizar seus talentos pes-soais.

A primeira condição parase mostrar despida em cenaé, por estranho que possaparecer, um bonito rosto,

pois o espectador se interes-sa multo pela cara de umamulher nua. Em segundo lu-gar vêm as mãos, que quan-do vulgares ou pesadas, cor-rem o risco de estragar osmelhores números. Só entãoé que chegamos ao corpf»propriamente dito. Defeitqp.pequenos, como uma ligeiracelulite, ou cadeiras largas;são facilmente disfarçáveiscom jogo de luzes, mas, di-ante de pernas tortas ou co-'xas magras, não há truquecênico que adiante, é melhormudar de carreira.

A verdade é que se tratade um trabalho muito bemremunerado, como é tam-bém a melhor pista de lan-çamento para qualquer ou-tra profissão artística, ver-dadeiro manancial de vede-tas e artistas de cinema.

Mas a concorrência égrande, a natureza pródiga,e não é fácil encontrar umlugar debaixo de um rede-tor, nem mesmo quando otalento c grande e a plásticaperfeita,

de Duke Ellington. Porter pouca dose de tensão,o violino nunca se inte-grou no jazz.

Hoje, entretanto, qual-quer instrumento encon-tra lugar no jazz, emboraainda prevaleçam os tra-dicionais.

O uso de instrumentosnão tradicionais se deveà procura de novos sons,ou seja, à eterna procurade originalidade na arte.O bop — revolução har-mônica e rítmica, sobre-tudo — não se preocupoucom o problema da ins-trumentação. O pequenoconjunto bop típico éde instrumentos tradicio-nais: sax, trompete outrombone, piano, bateriae baixo. Feita a revoluçãodo bop, os músicos, com-positores e arranj adoresde jazz voltaram-se parao problema da textura einiciaram a revolução daorquestra.

A pequena orquestrade Miles Davis, de 1949,fruto da troca de idéiasentre o trompetista eos compositores-arranja-dores Gil Evans e GerryMuligan iniciou essa re-volução. Buscando umaprofundidade de som con-traria ao clangor dos me-tais, temperado com aspassagens das palhêtas,típico das orquestrassioing; evitando os riffs;Evans, Mulligan e Davisestabeleceram um diálo-go de raro equilíbrio en-tre o solista e a orques-tra, explorando com suti-leza as tonalidades e atextura sonora. Ellingtonfoi, talvez, o primeiro apreocupar-se, no! jazz,com a côr da orquestra,em função de um climapropício à personalida-de dos seus músicos. Aorquestra de Miles Da-vis-1949 procurou, antesdo que um clima caracte-rístico, estabelecer umcaminho e uma lingua-gem. A instrumentaçãooriginal dessa orquestra,com a trompa e a tuba,ao lado do trompete, sax-alto, barítono e trombone,não só ganhou em pro-fundidade de som, comorompeu com a divisãotradicional de seções, per-mitindo tôda sorte decombinações sonoras.

A influência dêsse con-junto de Davis não tar-

dou. O jazz da WestCoast, que teve seu gran-de momento entre 1950 e1954, preocupou-se muitocom as combinações so-noras e com a suavidadedo som. Essa preocupa-ção levou aquele estilo aesquecer certas conquis-tas harmônicas e rítmi-cas do bop, por uma mú-sica um tanto fria.

A flauta — que o des-conhecido Wayman Car-ver usou, às vezes, comChick Webb, na décadados 30 — passou a serbastante empregada nojazz, por Bud Shank,Sam Most, Herbie Mann,Buddy Colette e outros.Hoje é usada em quasetodas as orquestras mo-dernas, como instrumen-to de colorido e como so-lista, por Eric Dolphy,Yusef Lateef, James Moo-dy e tantos outros. Ins-trumentos como o oboé eo come-inglês são hojecomuns, embora bissex-tos, no jazz. O tenoristaBob Cooper — do movi-mento da West Coast —-foi dos primeiros a usá-los constantemente. Oclarinete-baixo, que temuma oitava mais gravedo que o comum, tambémvem encontrando aceita-ção no jazz.

Músicos como D a v ePell o haviam empregadocom freqüência, na WestCoast. Hoje, é o instru-mento favorito de ummúsico como Eric Dol-phy. John Graas e JuliusWatkins dedicaram-se àtrompa, assim como Gun-ther Schuller. Como ins-trumento solista, a trom-pa não tem a mobilidadedesejada para o jazz, so-

. bretudo pelo seu som ro-tundo e de difícil contrô-le. Como instrumento decôr, Gil Evans, por exem-¦ pio, não o dispensa. Ovioloncelo parece ter sidousado no jazz, pela pri-meira vez, por Harry Ba-basin. O quinteto de Chi-co Hamilton, alguns anosatrás, o adotou, com o ce-lista Fred Katz. CharlieMingus o empregou emalgumas composições.Eay Brown tem tambémtocado violoncelo. O apor-deão (Mat Mathews, Pe-te Jolly) é um instrumen-to também empregado nojazz, embora sem maiorsucesso. O sax-soprano

não é propriamente uminstrumento estranho aojazz, pois um clássico co-mo Sidney Bechet o culti-vou, assim como o nossoBooker Pittman. Entre-tanto, nunca teve grandedifusão. Entre os músicosmodernos, Steve Lacy eJohn Coltrane o redesco-briram, o último comgrande sucesso e proprie-'dade.

Concluindo, o jazz li-berta-se cada vez mais dainstrumentação - padrão.Todos os instrumentossão hoje veículos para ojazz. Do manzello e dostritch de Roland Kirkaos instrumentos orien-tais e africanos de YusefLateef ou Herbie Mann, ojazz tem hoje todos osinstrumentos à sua dis-posição.

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NOTASA Fermata, que repre-

senta a Atlantic, no Bra-sil, deverá lançar esta se-mana o disco Blues inModem Jazz. O lp emquestão colige faixas deoutros discos Atlantic, deboa qualidade, de Dizzy -Gillespie, Art B1 a k e y,Thelonious Monk, LennieTristano, Charlie Mingus,Ray Charles, JimmyGiuffre e do Modern JazzQuartet. * Também estasemana deverá estar naslojas o lp da Philips JazzSoitnd Track. * O sextetode Julian Cannonball Ad-derley se apresentou noFestival de Comblain-la-Tour, na França, no últi-mo dia cinco de agosto.* A Mocambo, que repre-senta a Vogue, no Brasil,editou recentemente osconcertos de Sidney Be-chet, na Salle Pleyel, eestá estudando o lança-mento de outros discosde jazz, entre os quaisO Profeta, de TheloniousMonk e as gravações Clif-ford Brown na" Suécia.Esses dois discos não fo-ram editados nos EstadosUnidos. * Dos últimosdiscos editados pela mar-ca Impulse, nos EstadosUnidos, destacam-se maisum Coltrane (Imp.2/21); Cabin in theSkay, coc Curtis Fuller(A/22); e o quarteto deRoy Haynes, com Ro-land Kirk, Henry Grimese Tommy Flanagan(A/23).

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