Joalheria Paraense: do regionalismo ao afroindigenismo Amanda Gatinho Teixeira 1 O presente artigo aborda a joalheria paraense produzida, exposta e comercializada no Polo Joalheiro no município de Belém-PA, instalado no Espaço São José Liberto, que em 2002 foi eleito pelo Ministério da Cultura como Território Criativo. As pesquisas iniciais sobre a joalheria paraense centram suas identificações nas heranças regionais e indígenas em sua confecção. Porém, em observações preliminares observo influências das joias afro-brasileiras, mesmo sem visibilizar o reconhecimento acerca desse intercâmbio por parte de produtores e intérpretes. Para o alcance desse entendimento, exercito a experiência cartográfica em observações participativas bem como coleta de informações por meio dos processos de afloramento de memórias pessoais, profissionais e sociais. Neste sentido, apresento o Polo Joalheiro por meio do seu histórico até os dias atuais, para então, evidenciar o trabalho dos artistas que integram o Programa. Assim, relato minhas primeiras incursões ao espaço, com a apresentação da artista paraense Selma Montenegro responsável por apresentar criações ligadas ao universo afro, deixando indícios para problematizar as representações da joalheria produzida no Polo como tão unicamente de matriz regional e indígena. Palavras-Chave: Joias Paraenses. Joias afro-brasileiras. Polo Joalheiro do Pará. 1 Graduada em Artes Visuais (Ufpa), Especialista em Design (Iesam) e Mestranda no Programa de Pós Graduação em Antropologia (PPGA/ Ufpa);
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Joalheria Paraense: do regionalismo ao afroindigenismo...técnicas e crenças, fundidas em práticas indígenas locais, resultando novas manifestações que enriqueceram nosso patrimônio
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Joalheria Paraense: do regionalismo ao afroindigenismo
Amanda Gatinho Teixeira1
O presente artigo aborda a joalheria paraense produzida, exposta e comercializada no
Polo Joalheiro no município de Belém-PA, instalado no Espaço São José Liberto, que
em 2002 foi eleito pelo Ministério da Cultura como Território Criativo. As pesquisas
iniciais sobre a joalheria paraense centram suas identificações nas heranças regionais e
indígenas em sua confecção. Porém, em observações preliminares observo influências
das joias afro-brasileiras, mesmo sem visibilizar o reconhecimento acerca desse
intercâmbio por parte de produtores e intérpretes. Para o alcance desse entendimento,
exercito a experiência cartográfica em observações participativas bem como coleta de
informações por meio dos processos de afloramento de memórias pessoais, profissionais
e sociais. Neste sentido, apresento o Polo Joalheiro por meio do seu histórico até os dias
atuais, para então, evidenciar o trabalho dos artistas que integram o Programa. Assim,
relato minhas primeiras incursões ao espaço, com a apresentação da artista paraense
Selma Montenegro responsável por apresentar criações ligadas ao universo afro,
deixando indícios para problematizar as representações da joalheria produzida no Polo
como tão unicamente de matriz regional e indígena.
Palavras-Chave: Joias Paraenses. Joias afro-brasileiras. Polo Joalheiro do Pará.
1 Graduada em Artes Visuais (Ufpa), Especialista em Design (Iesam) e Mestranda no Programa de Pós
Graduação em Antropologia (PPGA/ Ufpa);
INTRODUÇÃO
O ser humano desde que se desalinhou dos outros animais buscou mecanismos
para se destacar. Entre esses mecanismos, o desejo pelo embelezamento do corpo foi e
ainda muito forte. Com isso, homens e mulheres criaram um simbolismo próprio através
de sinais materiais que denotavam poder espiritual, alegria, amor, luto, dentre outros.
Entre uma das formas de embelezamento da criação humana, estão as joias2, que eram
produzidas a partir dos recursos que a natureza oferecia. Assim, no período mais remoto
da antiguidade, e com diferentes intenções, era usado o raro, o singular, como conchas
com formas peculiares, plumas de pássaros, sementes, pedras polidas, ossos e presas de
animais, muitas vezes associados para compor os adornos3.
Na antropologia a narrativa mais emblemática que envolve adornos está presente
no livro Os argonautas do Pacífico Ocidental de Bronislaw Malinowski, em que é
relatado o Kula que consiste basicamente em uma troca ritual de caráter intertribal o
qual é praticado por comunidades dos grupos das ilhas Trobriand. Os participantes do
Kula recebem os ornamentos feitos de conchas, as quais são conservadas consigo
durante algum tempo e posteriormente são passadas adiante. Como relata o autor, os
ornamentos viajam constantemente em direções opostas:
No sentido horário movimentam-se os longos colares feitos de conchas
vermelhas, chamados soulava. No sentido oposto, movem-se os braceletes
feitos de conchas brancas, chamados de mwali. Cada um desses artigos, viajando em seu próprio sentido no circuito fechado, encontra-se no caminho
com os artigos da classe oposta e é constantemente trocado por eles. Cada
movimento dos artigos do Kula, cada detalhe das transações é fixado e
regulado por uma série de regras e convenções tradicionais; alguns dos atos
do Kula são acompanhados de elaboradas cerimonias públicas e rituais
mágicos (Malinowski 1976:75).
Dessa forma, é importante observar que em todas as civilizações o ser humano
sempre utilizou alguma forma de adorno, o qual possui um vínculo com os desejos e
intenções do seu usuário de construir novas linguagens através de símbolos e, com eles,
significados eficientes na construção de identidades, ou ainda um elemento de inserção
social a um determinado grupo: “[...] os objetos materiais são pensados como um
sistema de comunicação, meios simbólicos através dos quais indivíduos, grupos e
2 Segundo Gola (2008: 20) existem “duas possíveis proveniências para a palavra francesa joyau (jóia): do baixo latim jocalis, que vem de iocus (gracejo, brincadeira); e/ou do latim joie (alegria), que provém de
goie e gaudia”. Com isso, trata-se de uma ornamentação com o objetivo de celebrar, enfeitar, reluzir,
valorizar. Assim, entende-se a joia por meio da união entre materiais preciosos, costumeiramente ouro ou
prata, aliados a gemas. 3 Ornamento feito de metal nobre ou não nobre, gemas minerais orgânicas e/ou materiais alternativos.
categorias sociais emitem (e recebem) informações sobre seu status e sua posição na
sociedade” (Gonçalves 2007:20).
A PROBLEMÁTICA EM CONTEXTO E A METODOLOGIA
Ao longo de uma história de mais de cinco séculos a cultura brasileira é
assinalada pela contribuição de diversos segmentos étnicos, em que podemos destacar
as contribuições ibéricas e africanas que originaram um conjunto de saberes, práticas,
técnicas e crenças, fundidas em práticas indígenas locais, resultando novas
manifestações que enriqueceram nosso patrimônio histórico. Porém, de acordo com
Paiva:
No Brasil, é ainda pouco expressivo o número de pesquisas sobre a História
da África, sobretudo da chamada África Negra. A situação, entretanto, é
inversamente proporcional à enorme influência africana e afro-brasileira
sobre a formação do universo cultural brasileiro (2006:217).
Assim, a influência dos diversos saberes de matriz afro no Brasil, sempre esteve
presente em nossa história, porém, às vezes, silenciada nos dias hoje.
Glissant em seus estudos sobre crioulização no Caribe, espraiando-se para o
mundo diasporizado, aponta para a inferioridade dos elementos culturais de origem afro
encontrados em outros países:
Em países oriundos do processo de crioulização, como é o caso do Caribe ou
do Brasil, nos quais os elementos culturais foram colocados em presença uns
dos outros através do modo de povoamento representado pelo tráfico de africanos, os componentes culturais africanos e negros foram normalmente
inferiorizados (2005:21).
Também é válido ressaltar os estudos de Vicente Salles, que pesquisou as
heranças deixadas pelas culturas negras em nossa região. “Na Amazônia, contudo, a
contribuição cultural do negro é sistematicamente diminuída, e até negada, no conjunto
dos seus valores constitutivos” (SALLES 1971: 67). Porém, sabe-se que certas
amostragens de dados etnográficos e folclóricos comprovam que o negro contribuiu em
larga escala à cultura regional. Sendo plasmada por meio da contribuição a níveis
sociais, culturais, políticos e econômicos da região amazônica, “além de constituir,
durante todo o regime de escravidão, o suporte da economia agrária” (Ibidem:7).
Também é válido apontar que segundo este intelectual houve um engajamento do negro
no Movimento Cabano “[...] dela participaram como se fosse uma luta pela sua própria
libertação” (Vergolino 2004 apud Salles 2004).
Em estudos sobre a constituição cultural da Amazônia, conforme Paes Loureiro
“deve ser enfatizado [...] a predominância do índio sobre o negro e o branco. E,
evidentemente, dos caboclos, isto é, mestiços descendentes de índios e brancos”
(2001:36). No que se refere ao discurso oficial do Polo Joalheiro do Pará, é ressaltado a
presença, muitas vezes, exótica, do indígena
As joias do Pará têm, no plano comum, o que é próprio de todas as joias: o ouro, a prata, o diamante, as gemas, a platina, as fibras, a madeira, os
caroços, as penas, as folhas, as sementes, a técnica, o profissionalismo e o
bom gosto. Mas arrancam sua originalidade de materiais e símbolos da
cultura paraense, mimetizada ou recriada, integrando tradição e modernidade,
particular e universal, local e mundial, presente e passado, indianismo e
cosmopolitismo, natureza e cultura, ecologia e tecnologia, sonho e realidade,
desejo e posse (Paes Loureiro 2004:5; grifo meu)4.
As pesquisas iniciais sobre a joalheria paraense, sempre identificam as raízes e
heranças locais (e) indígenas na confecção destas. Entretanto, defendo a ideia de que
adicionalmente a estas características, a produção belenense das joias, também recebem
influências da joalheria afro-brasileira, mesmo que de forma inconsciente. Desse modo,
se faz necessário identificar tais heranças apontadas como rastro/resíduo embasadas por
Glissant, que consiste em elementos culturais que são colocados em presença uns com
os outros pelos processos de colonização, os quais resistem pelo poder da memória e
são recompostos gerando linguagens crioulas e manifestações artísticas incríveis,
inesperadas e imprevisíveis (2005:18-19).
Portanto, a problemática da pesquisa consiste em enfrentar a invisibilidade e/ou
desconhecimento de outras heranças presentes nas joias paraenses, mesmo havendo
indícios de saberes africanos, como será discutido mais à frente. Ainda sobre esta
questão Pacheco nos seus estudos sobre as identidades afroíndigenas na Amazônia,
afirma que:
Por mais que esses encontros e empréstimos culturais tenham sido
silenciados, todos nós, quer nos identifiquemos como branco, índio, negro,
quer nos identifiquemos como europeu, judeu, árabe, americano, amazônida, caboclo, ribeirinho, ou qualquer outro adjetivo, para marcar o lugar social de
onde falamos, remetemos-nos a zonas de contato. Se habitamos na
Amazônia, somos alinhavados em nossas cosmologias cotidianas pelos
conhecimentos do mundo indígena e africano em profundas interconexões
(2012(a): 199-200).
Assim,
Nos fluxos e lutas para persistir com memórias de seus saberes e tradições, índios, negros e seus descendentes, em condições adversas de vida,
4 Texto de apresentação do catálogo Pará Expojoia de 2004, escrito por João de Jesus Paes Loureiro,
Associação São José Liberto.
misturaram seus corpos, almas, sentimentos e culturas, forjando uma nova
identidade cambiante em territórios da “diferença colonial” (2012(b):3).
Para isto, julgo pertinente desenvolver uma “cartografia de memórias” (Pacheco
2015) com estes artistas produtores, embasado nas reflexões de Martín-Barbero ao
propor a elaboração de um mapa não apenas sobre, mas a partir das margens, sugerindo
um deslocamento do eixo de análise para pensar a América Latina. Assim para o
pensador, “estamos ante uma lógica cartográfica que se torna fractal [...] e se expressa
textualmente, ou melhor, textilmente: em pregas e despregas, reveses, intertextos,
intervalos” (Martín-Barbero 2004:12). Tendo ainda, uma lógica arquipélago, que
consiste em um “[...] lugar de diálogos e confrontação entre as múltiplas terras-ilhas
que se entrelaçam” (Martín-Barbero 2004:13).
Este pensamento é compartilhado por Glissant, o qual recebe a denominação de
pensamento arquipélago que consiste em “[...] um pensamento não sistemático,
indutivo, que explora o imprevisto da totalidade-mundo [...]” (2005, p. 47).
Na perspectiva de Gilles Deleuze e Félix Guattari os mapas podem ser pensados
como abertos, conectáveis e modificáveis, oferecendo interpretações poéticas,
incorporando valores culturais, como afirmam:
[...] o mapa é aberto, é conectável em todas as suas dimensões, desmontável,
reversível, suscetível de receber modificações constantemente. Ele pode ser
rasgado, revertido, adaptar-se a montagens de qualquer natureza, ser
preparado por um indivíduo, um grupo, uma formação social (Deleuze;
Guatarri 1995:22).
A partir destes pensadores, Pacheco (2015) desenvolve uma cartografia de
memórias, a qual valoriza as intersecções e interculturalidades. “Para este campo, os
saberes locais não são puros, as tradições são sempre reinventadas e as etnias
historicamente misturadas” (ibidem, p.4). Para ele
cartografia de memórias como aporte teórico e ao mesmo tempo
metodológico de pesquisas preocupadas em captar processos, discursos,
experiências e sentidos de vivências interculturais arquitetadas nos imbricamentos rural & urbano, tradição & modernidade, oralidade & escrita,
passado & presente (ibidem:6).
Portanto, a cartografia de memórias valoriza as múltiplas vozes que insurgem
pelas reminiscências dos que produzem saberes e práticas locais, recompondo
contaminações, traduções e recriações a partir de bricolagens, além de ser um trabalho
com foco interdisciplinar.
CONHECENDO O POLO JOALHEIRO DO PARÁ
O Polo Joalheiro é abrigado, desde 2002, no Espaço São José Liberto (Fig. 1),
que está localizado na Praça Amazonas, no bairro do Jurunas. Sua primeira edificação
data de 1749, com a construção do convento São José, pelos franciscanos. O espaço
abriga diversas relíquias que datam dos primórdios da constituição da sociedade
paraense em pedras, rochas e objetos deixados pelos antepassados amazônicos que estão
até hoje preservados.
Figura 1 - Fachada do Espaço São José Liberto
Fonte: Autora, 2015.
O processo de transformação deste espaço se deu de acordo com a necessidade
histórica. Em 1758, o convento foi ocupado pelo governo e transformou-se em depósito
de pólvora, depois em quartel e, em seguida, abrigou uma olaria. No ano de 1835,
tornou-se um hospital e, em 1843, presídio municipal. Em 1894 ocorreu a primeira
reforma do prédio e em 1926 sua segunda reforma. Entre os anos 1950 e 1960
denominou-se Presídio São José. Em 2000 o prédio foi desativado e restaurado, em
2002 ficou conhecido com Espaço São José Liberto, que é composto: pela Capela São
José, o Museu de Gemas do Pará, a Casa do Artesão, o Jardim da Liberdade, o
anfiteatro Coliseu das Artes, o Memorial da Cela, um espaço gourmet, oito lojas de
joias, duas ilhas5 (Fig. 2) com serviços especializados em ourivesaria e lapidação, escola
de ourivesaria, auditório e mezanino.
5Na ilha de ourivesaria, os visitantes podem observar o trabalho de criação e fabricação de uma joia pelo
ourives, além de conhecer a variedade de gemas minerais brasileiras e peças criadas por designers e
demais empreendedores.
Figura 2 - Espaços do São José Liberto
Respectivamente da esquerda à direita: Capela São José, Museu de Gemas do Pará,
Casa do Artesão, Jardim da Liberdade, Coliseu das Artes, Ilhas de Produção.
O Museu de Gemas do Pará reúne acervos gamológicos e arqueológicos do país.
Contém apenas cinco salas, que acabam contrastando com a grandiosidade de riquezas
contidas neste espaço. A sala intitulada de “O homem da Amazônia” nos permite
entender um pouco mais dos indígenas que habitavam nosso estado, por meio de
artesanatos tapajônicos e marajoaras como: estatuetas, urnas funerárias, cunhas,
machadinhas e pontas de flechas em quartzo.
As salas “Histórico das Gemas e do Ouro da Amazônia” e “Gemas do Pará I e
II” reúnem cerca de quatro mil peças, algumas em estado bruto, entre elas estão
esmeraldas, turmalinas, ametistas e diamantes originárias de diversas regiões do Pará e
também de outros estados brasileiros bem como de países latino-americanos. Este
acervo também é composto pelos os famosos muiraquitãs6 marajoaras. Enquanto a sala
“Joias e Adornos Regionais” expõem a primeira coleção de joias produzidas pelo
Programa Polo Joalheiro.
Na “Casa do Artesão”, onde são comercializados artesanatos, acessórios entre
outros objetos autorais, que ajudam a divulgar o trabalho de artesãos, designers e
estilistas locais, propagando ainda mais a cultura material do Pará.
6 Amuletos de pedra em forma cilíndrica ou batraquial utilizados como protetores para a caça e a pesca.
É válido ressaltar que em 2012 o Ministério da Cultura (MinC) reconheceu o
Espaço São José Liberto como Território Criativo, responsável por abrigar setores e
categorias culturais, além de desenvolver ações em seis áreas da economia criativa no
Estado do Pará. Atendendo à dinâmica integrada entre a criação, geração, produção e
comercialização de produtos. Nele são comercializados joias artesanais e artesanatos7 de
43 municípios do estado do Pará.
Atualmente as lojas [que comercializam as joias] instaladas no Espaço São
José Liberto são: Amorim Mendes, Amazonita, Brilho da Amazônia,
É valido ressaltar que as joias produzidas neste espaço agregam não apenas
metais nobres e gemas naturais (conceito universal de joia), mas também ocorre a
introdução de materiais alternativos9 para a confecção das chamadas biojoias
10.
Além destes materiais naturais, são utilizadas as técnicas de incrustação de
materiais fragmentados de diferentes tipos, que dá alusão de uma pintura sobre o metal
(Fig. 5). Esta técnica é usada com o objetivo de representar imagens de diversas
temáticas a partir das cores de materiais naturais ou sintéticos.
Figura 5 - Pendente em prata e incrustação paraense
Disponível em: http://saojoseliberto.com.br/
Para a produção destas joias, os designers percorrem diversas etapas que podem
ser agrupadas em processo de criação a partir de um tema proposto, pesquisa e
elaboração de esboços das joias. Portanto, a partir do trabalho coletivo entre designers,
produtores e ourives, as coleções são concretizadas.
Após a implantação do Programa, os profissionais do setor joalheiro participam
das atividades que são promovidas pelo Instituto de Gemas e Joias da Amazônia
9 São todos os materiais não convencionais utilizados na joalheria. 10 É o termo utilizado às joias que tem como diferencial a matéria prima vegetal como: sementes, fibras,
conchas, cascas, semente de jarina, tucumã, açaí, entre outros.