JESUS, O MODELO IDEAL DE HUMILDADE - LIÇÃO 4 - 28 DE JULHO DE 2013 - EBD - CPAD Hubner Braz Bíblica , Dominical , Escola , Lições Bíblicas da CPAD , Subsídio COMPARTILHE ESSE POST NO FACEBOOK E TWITTER - BOTÕES EM BAIXO... Compartilhar no FacebookCompartilhar no TwitterCompartilhar no Google Plus PORTAL ESCOLA DOMINICAL 3º Trimestre de 2013 - CPAD FILIPENSES: a humildade de Cristo como exemplo para a Igreja Comentários da revista da CPAD: Elienai Cabral Consultor Doutrinário e Teológico da CPAD: Pr. Antonio Gilberto ESBOÇO Nº 4 LIÇÃO Nº 4 – JESUS, O MODELO IDEAL DE HUMILDADE Jesus, ao Se humanizar, deu-nos o modelo perfeito de humanidade, que devemos seguir.
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JESUS, O MODELO IDEAL DE HUMILDADE - LIÇÃO 4
- 28 DE JULHO DE 2013 - EBD - CPAD Hubner Braz Bíblica , Dominical , Escola , Lições Bíblicas da CPAD , Subsídio
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PORTAL ESCOLA DOMINICAL
3º Trimestre de 2013 - CPAD
FILIPENSES: a humildade de Cristo como exemplo para a Igreja
Comentários da revista da CPAD: Elienai Cabral
Consultor Doutrinário e Teológico da CPAD: Pr. Antonio Gilberto
ESBOÇO Nº 4
LIÇÃO Nº 4 – JESUS, O MODELO IDEAL DE HUMILDADE
Jesus, ao Se humanizar, deu-nos o modelo perfeito de humanidade, que devemos seguir.
Lembremos sempre que quando Paulo pensava e falava de Jesus seu interesse, intenção e
propósito não eram em primeiro termo intelectuais e especulativos, mas sim eram sempre práticos.
Em Paulo sempre se unem teologia e ação. Para ele, todo sistema de pensamento deve
necessariamente converter-se num caminho de vida. Em muitos aspectos é um dos que têm maior
alcance teológico do Novo Testamento, mas toda sua intenção está em persuadir e impulsionar os
filipenses a viver uma vida livre de desunião, desarmonia e ambição pessoal. Paulo diz, pois, que
Jesus se humilhou, fez-se obediente até a morte, até o extremo de uma morte na cruz.
As grandes características da vida de Jesus foram humildade, obediência e renúncia de si mesmo.
Não desejou dominar o homem, mas sim apenas servi-lo. Não desejou seu próprio caminho, mas
sim o de Deus. Não desejou sua própria exaltação, mas sim a renúncia a toda glória pelo bem do
homem.
O Novo Testamento assegura várias vezes que só aquele que se humilha será exaltado (Mateus
23:12: Lucas 14:11; 18:14). Se a humildade, a obediência e a renúncia de si são as características
supremas da vida de Jesus Cristo, também devem ser os sinais de autenticidade do cristão, porque
este deve ser como seu Senhor.
Tanto a grandeza cristã como a unidade cristã dependem da renúncia de si mesmo; destroem-se
pela própria exaltação. O egoísmo, a busca e a exibição de si destruir a semelhança com Cristo e
nossa comunhão uns com outros.
Mas a renúncia que Jesus Cristo fez de si foi o meio para a glória maior. Por isso se constituiu no
objeto do maravilhado culto de todo o universo. Isto significa que algum dia, mais cedo ou mais
tarde, toda criatura do universo nos céus, na Terra e até nos infernos lhe renderá culto. Mas
advirtamos a origem deste culto: o amor. Jesus ganhou os corações dos homens não se exaltando
diante deles com seu poder, mas sim lhes mostrando amor, sacrificando-se e negando-se a si
mesmo por eles. Isto comove o coração humano.
À vista de alguém que deixa a glória pelos homens e os ama até o extremo de morrer na cruz por
eles, o coração do homem se enternece e se quebra toda resistência. Quando os homens rendem
culto a Jesus não se jogam a seus pés com uma esmagadora submissão, mas com um amor
maravilhado.
A pessoa não diz: "Não posso resistir a um poder como este", mas sim: "Um amor tão assombroso
e tão divino exige toda minha alma e todo meu ser". Não diz: "Fui reduzido e submetido", mas sim:
"Estou abismado no assombro, no amor e no louvor." Não é o poder de Cristo que reduz ao homem
e o submete; é o amor maravilhoso de Cristo que faz com que o homem se ajoelhe com um amor
maravilhado.
A adoração se baseia não no temor, mas no amor. Paulo diz ademais que, como consequência do
amor sacrificial e da abnegação de Jesus, Deus lhe deu um nome que está acima de todo nome. É
comum na Bíblia dar um nome novo para marcar um estágio novo e determinado na vida do
homem. Abrão se converteu em Abraão quando recebeu a promessa de Deus (Gênesis 17:5). Jacó
se converteu em Israel quando Deus entrou em nova relação com ele (Gênesis 32:28). A promessa
de Cristo ressuscitado tanto a Pérgamo como a Filadélfia tem por objeto um nome novo (Apocalipse
2:17; 2:2).
O novo nome é o signo de uma nova situação. Qual foi então o novo nome que Cristo recebeu?
Não podemos determinar com absoluta segurança o pensamento de Paulo, mas o mais provável é
que foi Senhor. O grande título pelo qual Jesus chegou a ser conhecido na Igreja primitiva foi
Kyrios. Jesus se fez especificamente o Senhor Jesus.
A palavra Kyrios tem uma história luminosa.
(1) Começou significando senhor ou proprietário. Foi sempre um título de respeito.
(2) Chegou a ser o título oficial dos imperadores romanos; o imperador romano era Kyrios em
grego e Dominus em latim, ou seja Senhor e Dono.
(3) Chegou a ser o título dos deuses pagãos; cada um dos deuses tinha o título de kyrios – senhor
– como prefixo do nome próprio.
4) Kyrios era o termo grego que traduzia a Jeová na versão grega das Escrituras. Desta maneira,
quando Jesus era chamado Kyrios, Senhor, significava que era o Senhor e o Dono de toda vida, o
Rei dos reis e Senhor de imperadores; o Senhor de uma maneira em que os deuses pagãos e os
ídolos mudos jamais podiam sê-lo. Era nada menos que divino. O novo nome de Jesus com Aquele
que todo o universo o chamará um dia é Senhor.
TUDO PARA DEUS
Filipenses 2:11 é um dos versículos mais importantes do Novo Testamento. Aqui lemos que a
intenção de Deus, seu sonho e seu desígnio, é que um dia toda língua confesse que Jesus Cristo é
o Senhor. Estas cinco palavras foram o primeiro credo da Igreja cristã. Ser cristão significava fazer
profissão de fé em Jesus Cristo como o Senhor (Romanos 10:9). É um credo simples que,
entretanto, abrange tudo. Seria bom retornar a este credo.
Em épocas posteriores os homens tentaram definir mais precisamente o que pensavam e com isto
discutiram, inimizaram-se e se chamaram mutuamente hereges e néscios. Mas sempre será
verdade que se alguém disser: "Para mim Jesus Cristo é o Senhor", é um cristão.
Aquele que diz isto afirma que Jesus Cristo é para ele único; que está disposto a entregar-se a Ele
com uma obediência que não brindaria a ninguém; que está preparado a lhe dar um amor, uma
lealdade e uma fidelidade que não tributaria a ninguém em todo o universo. Pode ser que se sinta
incapaz de reduzir a palavras o que Jesus é e significa, mas enquanto morre em seu coração este
amor maravilhoso, viva sua vida em altares de uma obediência absoluta, é cristão, porque o
cristianismo consiste menos no entendimento da razão que no amor do coração.
Assim chegamos ao final desta passagem, e ao fazê-lo voltamos ao começo. Virá um dia em que
os homens chamarão Jesus Cristo de Senhor, mas o farão para glória de Deus Pai. Toda a obra de
Jesus e toda sua vida não apontam à glória própria, mas sim a de Deus. Paulo fala com absoluta
clareza sobre a supremacia única e última de Deus.
Na primeira carta aos Coríntios escreve que no fim dos tempos o próprio Filho estará sujeito a Deus
e colocará tudo sob o poder de Deus de maneira que Deus seja tudo em todos (1 Coríntios 15:28).
Jesus atrai os homens a si mesmo para poder levá-los a Deus. Na Igreja de Filipos havia alguns
que tinham o único propósito de satisfazer sua ambição egoísta; o único propósito de Jesus era
servir a outros apesar dos abismos de renúncia pessoal que isto lhe custasse.
Na Igreja de Filipos alguns só pretendiam converter-se no centro dos olhares; Jesus queria que o
único centro da atenção fosse Deus. Assim também o seguidor de Cristo nunca deve pensar em si
mesmo, mas em outros, não deve buscar sua própria glória, mas sim a glória de Deus.
I N T E R A Ç Ã O
Você concorda que Jesus Cristo é a plena revelação de Deus? Que em Jesus, o Altíssimo se fez
Deus Conosco, o Emanuel? Que o Nazareno é a encarnação suprema do Deus Pai? Mas por que
o Altíssimo não escolheu manifestar-se como um político poderoso judeu? Por que Ele não
elegeu um sacerdote da linhagem de Arão para salvar à humanidade? Por que o nosso Deus
escolheu alguém que não tinha onde "reclinar a cabeça"? Alguém que em seu nascimento não
tinha onde pousar com a sua mãe? A vida de Jesus de Nazaré demonstra, ainda que soberano e
glorioso, um Deus que não se revelou plenamente a humanidade exalando opulência, mas
simplicidade e ternura. O Pai se fez carne e humilhou-se. Ele revelou-se para o mundo em
humilhação. Isto lhe diz alguma coisa?
O B J E T I V O S
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
Conhecer o estado eterno da pré-encarnação de Cristo.
Apreender o que a Bíblia ensina sobre o estado temporal de Cristo.
Compreender a exaltação final de Cristo
O R I E N T A Ç Ã O P E D A G Ó G I C A
Prezado professor, a lição a ser estudada nesta semana é bem teológica. As Escrituras
apresentam uma doutrina robusta acerca da humanidade e divindade de Jesus Cristo. A história
da Igreja apresenta fundamentos sólidos à luz dos concílios ecumênicos que, ao longo do tempo,
deram conta da evolução de toda a teologia cristã no Ocidente.
Para introduzir o assunto, reproduza o esquema abaixo. Faça uma rápida exposição da doutrina
da união hipostática de Jesus. Para isso o prezado professor deverá munir-se de uma boa
Teologia Sistemática e Bíblica.
UNIÃO HIPOSTÁTICA
"[Do gr. hypostasis] Doutrina que, exposta no Concílio de Calcedônia em 451, realça a perfeita e
harmoniosa união entre as naturezas humana e divina de Cristo. Acentua este ensinamento ser
Jesus, de fato, verdadeiro homem e verdadeiro Deus"
(Dicionário Teológico, p.352, CPAD).
Natureza Humana Natureza Divina
"Embora o título 'Filho do Homem' apresente
duas definições principais, são três as
aplicações contextuais, no Novo Testamento. A
primeira é o Filho do Homem no seu ministério
terrestre. A segunda refere-se ao seu sofrimento futuro (como por Mc 13.24). Assim,
atribuiu-se novo significado a uma terminologia
existente dentro do Judaísmo. A terceira
aplicação diz respeito ao Filho do Homem na sua glória futura (ver Mc 13.24, que aproveita
diretamente toda a corrente profética que
brotou do livro de Daniel). [...] Logo, Jesus é o
Filho do Homem - passado, presente e futuro.
[...] O fato de o Filho do Homem ser um
"Os escritos joaninos dão bastante ênfase ao título 'Filho de Deus'. João 20.31 afirma de forma
explícita que o propósito do evangelho é 'para
que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de
Deus, e para que, crendo, tenhais vida em seu
nome'. Além do uso do próprio título, Jesus é
chamado inúmeras vezes 'o Filho', sem
acréscimo de outras qualificações. Há também
mais de cem circunstâncias em que Jesus se
dirige diretamente a Deus ou se refere a Ele
como 'Pai' [...].
As afirmações: 'Eu sou' são exclusivas do
evangelho de João. Elas, como afirmações de
Jesus na primeira pessoa, formam uma parte
homem literal é incomparável" (Teologia
Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal, pp.312-13,
CPAD).
relevante da autor revelação dEle ['Eu Sou' é a declaração da autor revelação divina (cf. Êx
3.14)]" (Teologia do Novo Testamento, pp.203, 205,
CPAD).
C O M E N T Á R I O
INTRODUÇÃO
PALAVRA-CHAVE
Humildade: Virtude que nos dá o sentimento da nossa fraqueza. Modéstia, pobreza.
Nesta lição, enfocaremos as atitudes de Cristo que revelam a sua natureza humana, obediência e
humilhação, bem como a sua divindade. Humanidade e divindade, aliás, são as duas naturezas
inseparáveis de Jesus. Esta doutrina é apresentada por Paulo no segundo capítulo da Epístola aos
Filipenses.
Veremos ainda que Jesus nunca deixou de ser Deus, e que encarnando-se, salvou-nos de nossos
pecados. A presente lição revela também a sua exaltação.
I. O FILHO DIVINO: O ESTADO ETERNO DA PRÉ-ENCARNAÇÃO (2.5,6)
1. Ele deu o maior exemplo de humildade. Na Epístola aos Filipenses, lemos: "De sorte que haja em vós o mesmo
sentimento que houve também em Cristo Jesus" (v.5). Este texto reflete a humildade de Cristo revelada antes da sua
encarnação. Certa feita, quando ensinava aos seus discípulos, o Mestre disse: "Aprendei de mim, que sou manso e humilde
de coração" (Mt 11.29).
Jesus Cristo é o modelo perfeito de humildade. O apóstolo Paulo insta a que os filipenses tenham
a mesma disposição demonstrada por Jesus.
2. Ele era igual a Deus. "Que, sendo em forma de Deus" (v.6). A palavra forma sugere o objeto de uma configuração, uma
semelhança. Em relação a Deus, o termo referese à forma essencial da divindade. Cristo é Deus, igual com o Pai, pois ambos
têm a mesma natureza, glória e essência (Jo 17.5). A forma verbal da palavra sendo aparece em outras versões bíblicas como
subsistindo ou existindo.
Cristo é, por natureza, Deus, pois antes de fazer-se humano "subsistia em forma de Deus". Os
líderes de Jerusalém procuravam matar Jesus porque Ele dizia ser "igual a Deus". A Filipe, o Senhor
afirmou ser igual ao Pai (Jo 14.9-11). A divindade de Cristo é fartamente corroborada ao longo da
Bíblia (Jo 1.1; 20.28; Tt 2.13; Hb 1.8; Ap 21.7). Portanto, Cristo, ao fazer-se homem, esvaziou-se não
de sua divindade, mas de sua glória.
3. Mas "não teve por usurpação ser igual a Deus" (v.6). Isto significa que o Senhor não se apegou aos seus "direitos
divinos". Ele não agiu egoisticamente, mas esvaziou- se da sua glória, para assumir a natureza humana e entregar-se em
expiação por toda humanidade. O que podemos destacar nesta atitude de Jesus é o seu amor pelo mundo. Por amor a nós,
Cristo ocultou a sua glória sob a natureza terrena. Voluntariamente, humilhou-se e assumiu a nossa fragilidade, com exceção
do pecado.
SINÓPSE DO TÓPICO (1)
Cristo é por natureza Deus, pois antes de fazer-se humano "subsistia em forma de Deus".
II. - O FILHO DO HOMEM: O ESTADO TEMPORAL DE CRISTO (2.7,8)
REFLEXÃO
“Jesus não trocou a natureza divina pela humana. Antes, voluntariamente, renunciou as prerrogativas inerentes à divindade,
para assumir a nossa humanidade.” Elienai Cabral
1. "Aniquilou-se a si mesmo" (2.7). Foi na sua encarnação que o Senhor Jesus deu a maior prova da sua humildade: Ele
"aniquilou-se a si mesmo". O termo grego usado pelo apóstolo é o verbo kenoô, que significa também esvaziar, ficar vazio.
Portanto, o verbo esvaziar comunica melhor do que aniquilar a ideia da encarnação de Jesus; destaca que Ele esvaziou-se a
si mesmo, privou-se de sua glória e tomou a natureza humana. Todavia, em momento algum veio a despojar-se da sua
divindade.
Jesus não trocou a natureza divina pela humana. Antes, voluntariamente, renunciou em parte às
prerrogativas inerentes à divindade, para assumir a nossa humanidade. Tornando-se verdadeiro
homem, fez-se maldição por nós (Gl 3.13). E levou sobre o seu corpo todos os nossos pecados (1Pe
2.24). Em Gálatas 4.4, Paulo escreveu que, na plenitude dos tempos, "Deus enviou seu Filho, nascido
de mulher". Isto indica que Jesus é consubstancial com toda a humanidade nascida em Adão. A
diferença entre Jesus e os demais seres humanos está no fato de Ele ter sido gerado virginalmente
pelo Espírito Santo e nunca ter cometido qualquer pecado ou iniquidade (Lc 1.35). Por isso, o amado
Mestre é "verdadeiramente homem e verdadeiramente Deus".
2. Ele "humilhou-se a si mesmo" (2.8). Jesus encarnado rebaixou-se mais ainda ao permitir ser escarnecido e maltratado
pelos incrédulos (Is 53.7; Mt 26.62-64; Mc 14.60,61). A auto-humilhação do Mestre foi espontânea. Ele submeteu-se às
maiores afrontas, porém jamais perdeu o foco da sua missão: cumprir toda a justiça de Deus para salvar a humanidade.
3. Ele foi "obediente até a morte e morte de cruz" (2.8). O Mestre amado foi obediente à vontade do Pai até mesmo em
sua agonia: "Não se faça a minha vontade, mas a tua" (Lc 22.42). No Getsêmani, antes de encarar o Calvário, Jesus enfrentou
profunda angústia e submeteu-se totalmente a Deus, acatando-lhe a vontade soberana. Quando enfrentou o Calvário, o Mestre
desceu ao ponto mais baixo da sua humilhação. Ele se fez maldição por nós (Dt 21.22,23; cf. Gl 3.13), passando pela morte
e morte de cruz.
SINÓPSE DO TÓPICO (2)
O crente como sal e luz do mundo, representante do reino divino, não pode permitir que atitudes
mundanas destruam a família.
III. A EXALTAÇAO DE CRISTO (2.9-11)
REFLEXÃO
“O valor do cristianismo está naquilo que se crê. A confissão de que Jesus é o ponto de convergência de toda a
Igreja.” Elienai Cabral
1. "Deus o exaltou soberanamente" (2.9). Após a sua vitória final sobre o pecado e a morte, Jesus é finalmente exaltado
pelo Pai. O caminho da exaltação passou pela humilhação, mas Ele foi coroado de glória, tornando-se herdeiro de todas as
coisas (Hb 1.3; 2.9;12.2).
Usado pelo autor sagrado para designar especialmente Jesus, o termo grego Kyrios revela a
glorificação de Cristo. O nome "Jesus" é equivalente a "Senhor", e, por decreto divino, Ele foi
elevado acima de todo nome. As Escrituras atestam que ante o seu nome "se dobre todo joelho
dos que estão nos céus, e na terra, e debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é o
Senhor [o Kyrios]" (v.10).
2. Dobre-se todo joelho. Diante de Jesus, todo joelho se dobrará (v.10). Ajoelhar-se implica reconhecer a autoridade de
alguém. Logo, quando nos ajoelhamos diante de Jesus, deixamos bem claro que Ele é a autoridade suprema não só da Igreja,
mas de todo o Universo. Quando oramos em seu nome e cantamos-lhe louvores, reconhecemos-lhe a soberania. Pois todas
as coisas, animadas e inanimadas, estão sob a sua autoridade e não podem esquivar-se do seu senhorio.
3. "Toda língua confesse" (v.11). Além de ressaltar o reconhecimento do senhorio de Jesus, a expressão implica também a
pregação do Evangelho em todo o mundo. Cada crente deve proclamar o nome de Jesus. O valor do Cristianismo está naquilo
que se crê. A confissão de que Jesus Cristo é o Senhor é o ponto de convergência de toda a Igreja (Rm 10.9; At 10.36; 1 Co
8.6). Nosso credo implica o reconhecimento público de Jesus Cristo como o Senhor da Igreja. A exaltação de Cristo deve ser
proclamada universalmente.
SINÓPSE DO TÓPICO (3)
Deus, o Pai, exaltou soberanamente o Filho fazendo-o Senhor e Rei. Haverá, pois, um dia que "todo
joelho se dobrará" e "toda língua confessará" o senhorio de Cristo.
CONCLUSÃO
O tema estudado hoje é altamente teológico. Vimos a humilhação e a encarnação de Jesus. Estudamos a dinâmica da sua
humanização e a sua consequente exaltação. Aprendemos também que o Senhor Jesus é o Deus forte encarnado -
verdadeiramente homem e verdadeiramente Deus. E que Ele recebeu do Pai toda a autoridade nos céus e na terra. Ele é o
Kyrios, o Senhor Todo-Poderoso. O nome sob o qual, um dia, todo joelho se dobrará e toda língua confessará que Jesus
Cristo é o Senhor. Proclamemos essa verdade universalmente.
REFLEXÃO
“A auto-humilhação do Mestre foi espontânea. Ele submeteu-se às maiores afrontas, porém, jamais
perdeu o foco da sua missão: cumprir toda a justiça para salvar a humanidade.” Elienai Cabral
A U X Í L I O B I B L I O G R Á F I C O I
Subsidio Teológico
“KENOSIS
[Do gr. kenós, vazio, oco, sem coisa alguma] Termo usado para explicar o esvaziamento da
glória de Cristo quando da sua encarnação. Ao fazer-se homem, renunciou Ele temporariamente a glória da divindade (Fp 2.1-6). O capítulo 53 de Isaías é a passagem que melhor retrata a
kenósis de Cristo. Segundo vaticina o profeta, em Jesus não havia beleza nem formosura. Nesta
humilhação, porém, Deus exaltou o homem às regiões celestes.
Quando se trata de Kenósis de Cristo, há que se tomar muito cuidado. É contra o espírito do
Novo Testamento, afirmar que o Senhor Jesus esvaziou-se de sua divindade. Ao encarnar-se,
esvaziou-se Ele apenas da sua glória. Em todo o seu ministério terreno, agiu como verdadeiro
homem e verdadeiro Deus.
KENÓTICA, TEOLOGIA DA
Movimento surgido na Inglaterra no século 19, cujo objetivo era enfatizar a kenósis de Cristo.
Em torno do tema, muitas questões foram suscitadas: Cristo, afinal, esvaziou-se de sua glória
ou de sua divindade? Caso haja se esvaziado de sua divindade, sua morte teve alguma eficácia
redentora?
Ora, como já dissemos no verbete anterior, a kenósis de Cristo não implicou no esvaziamento de sua divindade, mas
apenas no auto esvaziamento de sua glória. Em todo o seu ministério, agiu Ele como verdadeiro homem e verdadeiro
Deus" (ANDRADE, Claudionor. Dicionário Teológico.13.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2004, p.246).
A U X Í L I O B I B L I O G R Á F I C O I I
Subsidio Teológico
"O termo 'Senhor' representa o vocábulo grego kurios, bem como os vocábulos
hebraicos Adonai(que significa 'meu Senhor, meu Mestre, aquEle a quem pertenço') e Yahweh (o
nome pessoal de Deus). Para as culturas do Oriente Próximo e do Oriente Médio antigos,
'Senhor' atribuía grande reverência quando aplicado aos governantes. As nações ao redor de
Israel usavam o termo para indicar seus reis e deuses, pois a maioria dos reis pagãos
afirmavam-se deuses. Esse termo, pois, representava adoração e obediência. Kurios podia ser
usado no trato com pessoas comuns, como uma forma polida de tratamento. Entretanto, a Bíblia
declara que o nome 'Senhor' foi dado a Jesus pelo Pai, identificando-o, assim, como divino Senhor (Fp 2.9-11). Os crentes adotaram facilmente esse termo, reconhecendo em Jesus o
Senhor divino. Por meio de seu uso, indicavam completa submissão ao Ser Supremo. O título
que Paulo preferia usar para referir-se a si mesmo era 'servo' (no grego, doulos, 'escravo', ou seja, um escravo por amor) de Cristo Jesus (Rm 1.1;Fp 1.1). A rendição absoluta é apropriada a
um Mestre absoluto. A significação prática desse termo é espantosa quanto às suas implicações
na vida diária. A vida inteira deve estar sob a liderança de Cristo. Ele deve ser o Mestre de cada
momento da vida de todos quantos nasceram na família de Deus.
Isso, contudo, não significa que Cristo seja um tirano, pois Ele mesmo declarou: 'Os reis dos
gentios dominam sobre eles, e os que têm autoridade sobre eles são chamados benfeitores. Mas
não sereis vós assim; antes, o maior entre vós seja como o menor; e quem governa, com quem
serve. Pois qual é maior: quem está à mesa ou quem serve? Porventura, não é quem está à mesa? Eu porém, entre vós, sou como aquele que serve' (Lc 22.25-27; ver também Mt 20.25-28).
Jesus viveu e ensinou a liderança de servos" (MENZIES, William W.; HORTON, Stanley M.Doutrinas Bíblicas: Os Fundamentos da Nossa Fé. 5.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2005, pp.51-52).
B I B L I O G R A F I A S U G E R I D A
ZUCK, Roy B. (Ed.). Teologia do Novo Testamento. 1. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2008.
HORTON, Stanley (Ed.). Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. 10.ed. Rio de Janeiro: CPAD,
2007.
BLOMBERG, Craig L. Questões Cruciais do Novo Testamento. 1. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2010.
S A I B A M A I S
Revista Ensinador Cristão
CPAD, nº 55 p.38.
E X E R C Í C I O S
1. Quem é o nosso modelo perfeito de humildade?
R. Jesus Cristo.
2. Segundo a lição, o que sugere a palavra forma?
R. O objeto de uma configuração, uma semelhança. Em relação a Deus, o termo refere-se à
forma essencial da divindade.
3. Qual o significado do verbo grego kenoô?
R. Esvaziar, ficar vazio.
4. Qual o termo importante que aparece como designação principal do autor sagrado para
descrever a glorificação do Filho pelo Pai em o Novo Testamento?
R .Kyrios, Senhor.
5. O que você tem feito para proclamar e exaltar o nome de Jesus em sua igreja e fora dela?
R. Resposta pessoal
REFERÊCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
Comentário Bíblico Expositivo – Warrem W. Wiersbe
Antigo e Novo Testamento Interpretado Versículo Por Versículo - Russell Norman Champlin
Comentário Esperança - Novo Testamento
Comentário Bíblico Matthew Henry - Novo Testamento
Bíblia – THOMPSON (Digital)
Bíblia de Estudo Pentecostal – BEP (Digital)
Dicionário Teológico – Edição revista e ampliada e um Suplemento Biográfico dos Grandes Teólogos
e Pensadores – CPAD - Claudionor Corrêa de Andrade
Fonte: http://www.revistaebd.com/
OBS: QUERO DIZER QUE O COMENTÁRIO SOBRE A TEORIA KENÓTICA DESTE ULTIMO SUBSÍDIO NÃO
CORRESPONDE AO QUE A BÍBLIA ENSINA:
1. COMO JESUS ABRIU MÃO DE SUA GLÓRIA QUANDO A BÍBLIA DIZ QUE:
a. "VIMOS A SUA GLÓRIA, GLÓRIA COMO DO UNIGÊNITO DO PAI? (Jo. 1.14);
b. "E MANIFESTOU A SUA GLÓRIA; E OS DISCÍPULOS CRERAM NELE? (Jo. 2.11);
c. "ISAÍAS DISSE ISTO QUANDO VIU A SUA GLÓRIA E FALOU DELE (Jo. 12.41).
O ESVAZIAMENTO DE CRISTO NÃO ACONTECE PELA SUBTRAÇÃO DE SEUS ATRIBUTOS OU
PRERROGATIVAS, POIS JESUS USOU SEUS ATRIBUTOS LIVREMENTE EM CURAS E MILAGRES SEM
NENHUM CONSTRANGIMENTO OU INQUIETAÇÃO PESSOAL. USOU SUAS PRERROGATIVAS DO MESMO
MODO QUANDO PERDOOU PECADOS, RESSUSCITOU MORTOS, RECEBEU ADORAÇÃO, E ETC.
OUTRA COISA É QUE O ESVAZIAMENTO PROPRIAMENTE DITO DIZ RESPEITO À VIDA TERRENA E NÃO
PARTINDO DA ETERNIDADE.
O ESVAZIAMENTO DE CRISTO ACONTECE AQUI E NÃO NA ETERNIDADE.
O VERDADEIRO ESVAZIAMENTO DE CRISTO NÃO ESTÁ EM COMO ELE SE ESVAZIOU E NÃO DE QUE ELE
SE ESVAZIOU. ESTE É O ERRO DOS TEÓLOGOS QUENÓTICOS, E DE BOA PARTE DA TEOLOGIA EM
PORTUGUÊS E DE PROFESSORES E PREGADORES QUE REPRODUZEM ESSA TEOLOGIA. SE FIZERMOS UM
TESTE HERMENÊUTICO NO TEXTO DE FILIPENSES 2.5 - 8, PERGUNTANDO AO TEXTO DE "QUE" CRISTO SE
ESVAZIOU, ELE NÃO RESPONDE LITERALMENTE, MAS SE PERGUNTARMOS "COMO" ELE SE ESVAZIOU, O
TEXTO RESPONDE QUE CRISTO SE ESVAZIOU "ASSUMINDO A FORMA DE SERVO". (V.6).
O TEXTO DE JOÃO 13 NOS DÁ A EXATA VISÃO DO ESVAZIAMENTO DE CRISTO: Jo. 13.13 - 15 "Vós me chamais
Mestre e Senhor, e dizeis bem, porque eu o sou. Ora, se eu, Senhor e Mestre, vos lavei os pés, vós deveis também lavar os
pés uns aos outros. Porque eu vos dei o exemplo, para que, como eu vos fiz, façais vós também."
JESUS SENDO MESTRE E SENHOR SE FEZ SERVO DOS DISCÍPULOS LAVANDO-LHES OS PÉS. CRISTO NÃO
PRECISOU DEIXAR DE SER SENHOR E MESTRE, OU DE USAR SUAS PRERROGATIVAS DE SENHOR E MESTRE
PARA SERVI-LOS. ERA ISTO QUE PAULO QUERIA ENSINAR AOS FILIPENSES: QUE ELE NÃO PRECISARIAM
DEIXAR DE SER CIDADÃOS ROMANOS PARA SERVIR UNS AOS OUTROS, MAS SENDO CIDADÃOS
ROMANOS PODERIAM VIVER UMA VIDA MÚTUA, ABENÇOANDO UNS AOS OUTROS. QUANTO À UNÇÃO
DE JESUS NO JORDÃO, NÃO HÁ ALI UNÇÃO DE CONCESSÃO DE PODER, MAS AUTORIZAÇÃO, POIS JESUS
INICIAVA SEU MINISTÉRIO DE PROFETA, SACERDOTE E REI, TODOS ESTES INICIADO COM UNÇÃO E É
ISTO QUE O TEXTO DE ATOS 10.38.
Colaboração para o Site Pecador Confesso - Ev. Dr. Caramuru Afonso Francisco
Colaboração para o Site Pecador Confesso - Presbítero Eudes L Souza
Colaboração para o Site Pecador Confesso - Ev. Natlino das Neves
Colaboração para o Site Pecador Confesso - Pastor Claudionor de Andrade
Texto Editado e Postado por Hubner Braz (@PecadorConfesso)
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