Isabel MarquesIsabel MarquesLisete AlexandreLisete Alexandre
Sandra FigoSandra Figo
Sistema Escolar em Portugal.
Comparação com
O insucesso na Matemática.
Espanha.
França.
Organização do Sistema Escolar
Portugal
Ensino Básico
7º Ano 8º Ano 9º Ano
1º Ciclo
2º Ciclo
3º Ciclo
(12 anos) (13 anos) (14 anos)
Calendário da Reorganização
Curricular
(A carga horária semanal passa de 4 х 50 min. para 2 х 90 min..)
Ano de Escolaridade Ano lectivo
1º ao 6º ano 2001/2002
7º Ano 2002/2003
8º Ano 2003/2004
9º Ano 2004/2005
Carga horária semanal (x 90 min.)
(a) COMPONENTES DO CURRÍ CULO
7º Ano 8º Ano 9º Ano Total
Ciclo Língua Portuguesa Língua Estrangeira
2 3
2 2,5
2 2,5
6 8
Ciências Humanas e
Sociais: Hist. ; Geog. 2 2,5 2,5 7
Matemática 2 2 2 6
Ciências Físicas e Naturais: CN; FQ.
2 2 2,5 6,5
Educação Artística: EV
ou Outra Disc.(oferta) 1 1
Educação Tecnológica 1 1
1,5
5,5
Educação Física 1,5 1,5 1,5 4,5
I T I C 1 1
E M R 0,5 0,5 0,5 1,5 A C N D:
AP; EA; FC 2,5 2,5 2 7
Total 17
(17,5) 17
(17,5) 17,5
(18) 51,5
(53)
A decidir pela escola 0,5 0,5 1
Educação
para a
cidadania
Formação
Pessoal e Social
Máximo Global
18 18 18 54
Programa
Portugal
Áreas Temáticas
Geometria
Números e Cálculo
Funções
Estatística e Probabilidades
Competências Essenciais
GEOMETRIA
a aptidão para visualizar e descrever propriedades e relaçõesgeométricas, através da análise e comparação de figuras, parafazer conjecturas e justificar os seus raciocínios; a aptidão para fazer construções geométricas, nomeadamente, quadriláteros, outros polígonos e lugares geométricos; a compreensão do significado da forma de uma figurageométrica e o reconhecimento das relações entre elementosde figuras semelhantes;
a aptidão para resolver problemas geométricos através deconstruções, nomeadamente, envolvendo lugares geométricos,igualdade e semelhança de triângulos, assim como parajustificar os processos utilizados;
o reconhecimento do significado de fórmulas e a sua utilizaçãono cálculo de áreas e volumes de sólidos e de objectos domundo real, em situações diversificadas; a predisposição para identificar transformações geométricase a sensibilidade para relacionar a geometria com a arte e coma técnica; a tendência para procurar invariantes em figuras geométricase para utilizar modelos geométricos na resolução de problemasreais.
Competências EssenciaisNÚMEROS
E
CÁLCULO
o reconhecimento dos conjuntos dos números inteiros,racionais e reais, das diferentes formas de representaçãodos elementos desses conjuntos e das relações entre eles,bem como a compreensão das propriedades das operações emcada um deles e a aptidão para usá-las em situações concretas;
a aptidão para trabalhar com valores aproximados de números racionais ou reais de maneira adequada ao contexto doproblema ou da situação em estudo; o reconhecimento de situações de proporcionalidade directa einversa e a aptidão para resolver problemas no contexto detais situações;
a aptidão para operar com potências e para compreender aescrita de números em notação científica e, em particular,para usar esta notação no trabalho com calculadorascientíficas.
Competências Essenciais
FUNÇ
ÕES
o reconhecimento do significado de fórmulas no contexto desituações concretas e a aptidão para usá-las na resolução deproblemas; a aptidão para usar equações como meio de representarsituações problemáticas e para resolver equações e sistemasde equações, assim como para realizar procedimentosalgébricos simples; a compreensão do conceito de função e das facetas que podeapresentar, como correspondência entre conjuntos e comorelação entre variáveis; a aptidão para representar relações funcionais de vários
modos e passar de uns tipos de representação para outros,usando regras verbais, tabelas, gráficos e expressõesalgébricas, e recorrendo, nomeadamente, à tecnologia gráfica; a sensibilidade para entender o uso de funções como modelosmatemáticos de situações do mundo real, em particular noscasos em que traduzem relações de proporcionalidadedirecta e inversa.
Competências EssenciaisESTATÍSTICA
E
PROB.
a compreensão das noções de moda, média aritmética emediana, bem como a aptidão para determiná-las e parainterpretar o que significam em situações concretas; a sensibilidade para decidir qual das medidas de tendênciacentral é mais adequada para caracterizar uma dada situação; a aptidão para comparar distribuições com base nas medidasde tendência central e numa análise informal da dispersão dosdados; o sentido crítico face à apresentação tendenciosa de
informação sob a forma de gráficos enganadores ou aafirmações baseadas em amostras não representativas; a aptidão para entender e usar de modo adequado a linguagem
das probabilidades em casos simples; a compreensão da noção de probabilidade e a aptidão paracalcular a probabilidade de um acontecimento em casossimples.
Experiências de aprendizagem
Resolução de problemas.
Actividades de investigação.
Realização de projectos.
Comunicação matemática.
Exploração de conexões.
Experiências de aprendizagemUtilização das tecnologias na aprendizagem daMatemática.
Utilização de materiais manipuláveis.
Jogos.
Reconhecimento da matemática na tecnologia enas técnicas.
Avaliação
Diagnóstica
Formativa
SumativaInterna
Externa(só 9º ano)
Classificação final no 9º ano
10
37 CeCfCF
Organização do Sistema Escolar
Espanha
De 1970 a 2002 o Sistema Educativo Espanhol teve diversas alterações.
Em 1990 , com a lei L.O.G.S.E.:
Ensino obrigatório até aos 16 anos.
Em 2002, através da Lei L.O.C.F.P.:
Adequou-se a Formação Profissional às exigências da vida activa.
Ainda em 2002 com a Lei L.O.C.E.:
Implementam-se diversos itinerários formativos no 3.º e 4.º
ano do Ensino Secundário Obrigatório (E. S. O.);
Aplicam-se programas de Iniciação Profissional.
Ensino Secundário Obrigatório
Etapa educativa, obrigatória e gratuita.
Transmitir conhecimentos culturais básicos.
Formar cidadãos.
Preparar para a integração na vida activa ou para a formação
profissional específica de grau médio ou superior. Tem em conta a diversidade, interesses, motivações e
atitudes
dos alunos.
Duração de 4 anos, com dois ciclos de 2 anos.
Distribuição Horária Semanal
ÁreaCursos/ Horas
Primeiro
Segundo
Terceiro
Quarto
Matemática 4 h 4 h 3 h 4 h
14% 14% 10% 14%
Programa
Espanha
Apresentação objectiva dos conteúdos.
Conceitos, “procedimientos” – competências e atitudes.
Não há imposição de natureza metodológica ou didáctica.
Indicações metodológico-didácticas não normativas para auxílio
dos professores no desenvolvimento dos programas.
Áreas Temáticas
Geometria
Números e Cálculo
Funções
Estatística e Probabilidades
Avaliação
Critérios objectivos.
Competências e aquisições de natureza intelectual.
Não existem exames nacionais, apenas os de
ingresso na Universidade.
Contínua e integradora.
“Embora a lei preveja a avaliação de objectivos complexos que implicam atitudes, conceitos, destrezas gerais (…) continua a dar-se muita importância às técnicas de cálculo e à resolução de exercícios práticos e rotineiros, que são mais fáceis de avaliar numa prova escrita.”
“A avaliação tende a basear-se nos resultados obtidos relativamente aos critérios pré-definidos, sem ter muito em conta a forma como se desenrolou o processo de aprendizagem.”
“Os professores têm, teoricamente, uma grande autonomia relativamente ao desenvolvimento do currículo, visto que o podem adaptar tendo em conta as características de cada escola, de cada turma e mesmo, nalguns casos, de um aluno em particular.
Maria de Jesus, Professora do Ensino Secundário Obrigatório e presidente da Sociedade de Professores de Matemática de Madrid
Visão sobre alguns aspectos curriculares
Organização do Sistema Escolar
França
Escolaridade Obrigatória
Escola Elementar (5 anos)
Ciclo de Adaptação
Ciclo Central
Ciclo de Orientação
Colégio (4 anos)
6ª Classe
5ª e 4ª Classe
3ª Classe
Organização Curricular no Colégio
Ciclo de Adaptação (2002/2003)
Ciclo de Orientação (2005/2006)
Ciclo Central (2002/2003)
Revogado o decreto lei de 29 de Maio de 1996 a 14 de Janeiro de 2002.
Revogado o decreto lei de 26 de Dezembro de 1996 a 14 de Janeiro de 2002.
Revogado o decreto lei de 26 de Dezembro de 1996 a 2 de Julho de 2004.
Esquema de Estudos
Programa
França
Ciclo Central (decreto lei 10 de Janeiro de 1997).
Ciclo de Orientação (decreto lei 15 de Setembro
de 1998).
Áreas Temáticas
Geometria
Números e Cálculo
Funções
Estatística
Prismas rectos, cilindros de revolução.
Geometria - 5ª Classe
Simetria
Central.
Paralelogramo.
Triângulo.
Círculo. Círculo circunscrito a um triângulo.
Construção de figuras simétricas colocando em evidência a conservação das suas propriedades.
Pirâmide e cone de revolução.
Geometria - 4ª Classe
Triângulos.
Triângulo rectângulo.Translação.
•Propriedades dos triângulos determinados por duas rectas paralelas que intersectam duas rectas concorrentes.•Teoremas relativos aos pontos médios de dois lados de um triângulo.
•Tangente; distância de um ponto a uma recta.• Co-seno de um ângulo agudo.
Geometria - 3ª Classe
Teorema de Thales e recíproco.
Vectores e translações.
•Esfera.•Problemas de secções planas de sólidos.
Geometria no espaço.
•Igualdade vectorial.•Composição de duas translações: soma de dois vectores.•Coordenadas de um vector.•Composição de duas simetrias centrais.
Geometria - 3ª Classe
Rotação, ângulos e polígonos regulares.
Distância de dois pontos do plano, num referencial ortonormado.
Triângulo rectângulo: relações trigonométricas.
Cálculo da distância entre dois pontos conhecidas as suas coordenadas.
Números e Cálculo - 5ª Classe
Operações de números relativos com números decimais positivos. Prioridade nas operações.
Números fraccionários. Multiplicação. Comparação, adição e subtracção quando os denominadores são iguais ou múltiplos.
Números relativos escritos na forma decimal.
Iniciação à resolução de equações do 1º grau a uma incógnita.
Números e Cálculo - 4ª Classe
Números relativos e operações.
Cálculo literal. Operações com polinómios.
Equações do 1º grau a uma incógnita
Cálculo da raiz quadrada de um número positivo, usando a calculadora.
Efeito da adição e multiplicação de uma constante, numa relação de ordem.
Números e Cálculo - 3ª Classe
Número inteiros e números racionais
Cálculo (simples) usando radicais.
Expressões literais; casos notáveis.
Equações e inequações do 1º grau a uma incógnita.
•Divisores comuns a dois inteiros.•Fracções irredutíveis.
Produto e quociente de duas raízes quadradas.
Funções - 5ª Classe
Proporcionalidade directa.
Representações gráficas.
Proporcionalidade directa: representação gráfica.
Funções - 4ª Classe
Aplicações de proporcionalidade directa.
Proporcionalidade e tratamento usual de grandezas.
Funções - 3ª Classe
Função linear e função afim.
A proporcionalidade directa como função.
Estatística - 5ª Classe
Estatística
•Leitura, interpretação e representação
gráfica de dados estatísticos.
•Classes.
•Frequência absoluta e relativa.
•Diagramas de barras e circulares.
Estatística - 4ª Classe
Estatística
•Frequências absolutas e relativas
acumuladas.
• Média ponderada.
• Iniciação ao uso de tabelas-gráficos
Estatística - 3ª Classe
Estatística
•Medidas de localização.
•Medidas de dispersão.
•Uso de tabelas-gráficos.
Geometria
•Posições relativas de rectas e planos
•Semelhança de figuras
•Decomposição de figuras
•Conjunção de condições e intersecção de conjuntos
•Critério de igualdade de triângulos
Números e Cálculo
•Raiz cúbica
•Sequências
•Equações do 2º grau a uma incógnita
Funções •Proporcionalidade inversa
Estatística •Probabilidades
O Insucesso na Matemática
Portugal
Causas
“Programas extensos, o que dificulta o seu cumprimento.”
“Turmas heterogéneas com um elevado número de alunos.”
“A distribuição da carga horária da disciplina.”
“A inexistência de salas específicas de Matemática com equipamento ao nível de recursos materiais.”
Professores do 3º Ciclo do Ensino Básico
Falta de bases e desmotivação dos alunos.
Indisciplina na sala de aula.
Aspectos de natureza social.
Número reduzido de aulas.
Inquérito, feito pela Porto Editora, a professores dos 2º e 3º Ciclos do Ensino Básico e
Secundário
Causas
“É no recrutamento de docentes que está a solução
para o problema da Matemática”
“o Estado tem o direito de escolher os melhorespara ensinar”
Ex-ministro, Dr. David Justino
Causas
“As condições socioeconómicas são um dos factores
determinantes no sucesso a esta disciplina”
“é preciso melhorar a qualidade do ensino, investindo
em metodologias mais rentáveis”Dr. José Manuel Matos, FCTUNL
Causas
“ Há maus docentes que quebram a cadeia da aprendizagem.”
“ (…) e porque o ensino da Matemática é sequencial, um mau professor pode destruir a
vocação de centenas de alunos.”
Dr. Paulo Morais, Prof. Catedrático e um dos responsáveis pela elaboração do programa.
Causas
Propostas exequíveis, a curto e a médio prazo, que visem combater o insucesso na
Matemática.
Adaptar o Programa de Matemática às exigências do Currículo Nacional - Competências Essenciais.
Diminuir o número de alunos por turma.
Professores do 3º Ciclo do Ensino Básico
Criar espaços, dinamizados por professores de Matemática, que permitam: o esclarecimento de dúvidas; o acompanhamento dos alunos na resolução de desafios matemáticos; o apoio ao desenvolvimento de actividades extracurriculares.
Professores do 3º Ciclo do Ensino Básico
Propostas exequíveis, a curto e a médio prazo, que visem combater o insucesso na
Matemática.
Aumentar a carga horária semanal da disciplina, atribuindo mais 90 minutos, repartidos por dois tempos de 45 minutos, em que a turma trabalharia, em desdobramento.
Criar um laboratório de Matemática, para que cada turma pudesse usufruir do espaço, pelo menos uma vez por semana.
Professores do 3º Ciclo do Ensino Básico
Propostas exequíveis, a curto e a médio prazo, que visem combater o insucesso na
Matemática.