Universidade de São Paulo Projeto “Música com Ciência” 02 de Junho de 2007 Ildo Luís Sauer* Instituto de Eletrotécnica e Energia Programa de Pós Graduação em Energia da USP *Atualmente Diretor de Gás e Energia da Petrobras As energias do futuro
Universidade de São Paulo
Projeto “Música com Ciência”
02 de Junho de 2007
Ildo Luís Sauer*Instituto de Eletrotécnica e Energia
Programa de Pós Graduação em Energia da USP
*Atualmente Diretor de Gás e Energia da Petrobras
As energias do futuro
4Introdução – mitos, fatos e questões
• Os mitos gregos – uma tentativa de explicar as formas de energia
– ECO – o som
– NARCISO – a luz (o fenômeno da reflexão)
– PROMETEU – o calor (o fogo)
– DEMÉTER e PERSÉFONE – a energia biológica, o crescimento
– HERMES – o movimento
– ZEUS – a eletricidade (o relâmpago)
– APOLO – o Sol
– ÉOLO – o vento
– POSÊIDON – o mar
• Mitos em toda a Idade Antiga e nas civilizações indígenas
– Tentativa de explicar fenômenos, diante da ausência de uma ciência sistematizada
6
• A máquina de Heron (Aeolipile) e a sociedade grega (70 AC – 10 AC)
But what really stirred Heron's soul were novelties: pneumatic gadgets, automata, and magic theaters, one of which rolled itself before the audience on its own power, cranked through a miniature three-dimensional performance, and then made its own exit. Another staged a Dionysian mystery rite with Apollonian precision: Flames lept, thunder crashed, and miniature female Bacchantes whirled madly around the wine god on a pulley-driven turntable
“mas o que realmente agitava a alma de Heron eram as novidades: bugigangas pneumáticas, autômatos e teatros mágicos…”
Introdução – mitos, fatos e questões
10Energia antes da existência do Homem
Início da fusão no Sol5.000.000.000 AC
Início das correntes de vento geradas pelo Sol
sobre a Terra4.650.000.000 AC
Início do fluxo das correntes oceânicas
4.650.000.000 AC
Início da Fotossíntese4.300.000.000 AC
Início da Respiração –organismos “consumidores”
4.000.000.000 AC
Início do depósito dos combustíveis fósseis
4.000.000.000 AC
Fonte: The Energy Planet, 2007
11
• Energia de fluxo e fotossíntese
– Biomassa das florestas e oceanos
• Os ciclos biogeoquímicos
– Hidrológico
– Carbono
– Nitrogênio
– Fósforo
– Enxofre
• Biomassa envelhecida
– Carvão
• Antracito
• Linhito
• Turfa
– Petróleo
– Gás natural
Processos biogeoquímicos
13Fotossíntese
Armazenamento emplantas e animais
Combustíveisfósseis Queima de combustíveis fósseis
Onda curta Onda longaRadiação
Solar
1,5x1018 kWh/ano Soma
1,5x1018
kWh/ano
Radiasção refletida diretamente(albedo) ≈ 30%
Energia absorvida
Ciclo hidrológico (Evaporação, chuvas, acumulação em geleiras, etc.)
Ventos, ondas e correntes marítimas
Fotossíntese ≈ 0,02% Decomposição
Energia das marés
Gêiseres e vulcões
Condução do calor do magma terrestre, em rochas
Os 0,02% (3,04·1011 MWh/ano),acumulados por fotossíntese, equivalem a quase 9 vezes o consumo mundial de energia, que éde 0,35·1011 MWh/ano.
Radiação que penetra ≈ 70%
Fonte:
“FÁBRICA” AUTO-SUSTENTÁVEL DE CASAS DE MADEIRA Joaquim Francisco de Carvalho; 2005.
16
O contexto social
Fatos
A dissolução das relações sociais e a construção de novos paradigmas
Ciência
Tecnologia
Representação econômica
Transições
Feudalismo
Mercantilismo
1a Revolução Industrial
2a Revolução Industrial – 1a fase
2a Revolução Industrial – 2a fase
Keynesianismo
Novo liberalismo
17Energia: uma construção social
(Adapted from UNESCO Courier).
Consumo individual de energia – uma visão esquemática
1GJoule = 277,7778 kWh
21Primórdios do uso de energia pelo Homem
Descoberta do fogo500.000 AC
Uso de máquinas simples como rodas, rampas e
polias (pirâmides)3.500 AC
Início do uso da energia eólica (navegação)
700 AC
Início do uso da água e aprimoramento do uso do
vento (moinhos)500 AC
Início da queima do carvão com finalidade
metalúrgica, de cocção e aquecimento
100 AC
Fonte: The Energy Planet, 2007
22Pré-história: Homo erectus
Fogo
Ferramentas de pedra lascada
Vida socialSociedade igualitária
Caça e coleta nômade
Fonte: Galhardo, Eduardo: homepage
23Pré-história: Homo sapiens sapiens
Sociedade tribal (chefe e liderados)Tecnologia de ferramentas (especialização)Agricultura (a partir da coleta)PescaCaça
Expressões culturaisIdiomaCerimoniais (enterro)Religião (xamanismo)
Expressões artísticasPinturas e esculturas, representando cenas da vida cotidiana
Fonte: Galhardo, Eduardo: homepage
24Idade Antiga: a era das civilizações
• Características
– Técnicas agrícolas intensivas, incluindo irrigação.
– Início da “divisão do trabalho”, pois nem todos precisam mais se dedicar a procurar comida. Alguns podem ocupar-se de religião, ciência, arte, indústria ou guerra.
– Surgimento de cidades.
– Sociedade organizada através de clãs (lideranças) ou estados (burocracias).
– Estabelecimento de instituições como religião, direito (leis), exército e educação.
– Surgimento de relações econômicas com criação de mercados, moedas e acumulação.
– Desenvolvimento de tecnologias (neste caso em especial, a metalurgia).
– Desenvolvimento das artes, sobretudo da escrita.
29Uso da energia pelo Homem moderno
Uso do carvão na 1ªRevolução Industrial
≈1750 DC
Descoberta e início do uso do petróleo e da
eletricidade na 2ªRevolução Industrial
≈1850 DC
Descoberta e controle da energia nuclear durante a
2ª Guerra≈ 1930 DC
Início do uso da energia solar fotovoltaica em
células≈ 1970 DC
Disseminação do uso do gás natural para geração
de eletricidade≈ 1990 DC
Fonte: The Energy Planet, 2007
32NOÇÃO DE ENERGIA – UMA VISÃO HISTÓRICO-SOCIAL
A palavra ENERGIA aparece associada à noção de TRABALHO, pela primeira vez, julgamos, nas obras de Kepler e nas de Galileu, mas, obviamente, com formas de expressão extremamente nebulosas.
É preciso mais de um século para, com Euler, se definir claramente um esforço, equivalente ao trabalho, medido pelo produto da força pelo caminho percorrido (1755), igual ainda ao produto da massa por metade do quadrado da velocidade, ou seja, a força viva (1695).
Jung volta a utilizar essa noção do trabalho (1807) mas só em 1852, Rankineusa o termo energia como sinônimo de trabalho; a ele também se devem os conceitos de energia potencial e cinética (1859).
Esses conceitos já tinham sido compreendidos por Leibnitz quando em 1695 fez uma distinção entre força viva e força morta.
O próprio vocábulo trabalho, com o sentido atual, deve-se a Poncelet, que o utilizou pela primeira vez em 1826.
Fonte: Gibert, A. Origens históricas da física moderna. Lisboa: Fund. Gulbenkian, 1988
33
– Problemática no final do século XIX
• Transporte
• Comunicação
• Força motriz estacionária
Idade Moderna – 2ª Revolução Industrial
Emprego daEmprego da
eletricidadeeletricidade
e do petre do petróóleo leo
Uma “nova” concepção de produção e distribuição
FORDISMO
37
Consumo mundial de energia em 2005
Radiação solar anual absorvida pela Terra
Reservas mundiais de carvão
Reservas mundiais de gás natural
Reservas mundiais de petróleo
Reservas mundiais de urânio
Agência Internacional de Energia Atômica (*) estimativaEnergia Solar - Wolfgang PalzBP Statistical Review 2005Elaborado com dados das seguintes fontes:
Consumo e recursos de energia no mundo
38Produção e consumo de energia no Mundo
Fonte: Temperate Forest Foundation, 2006. Fonte: BP Statistical Review, 2006.
Milhões de toneladas de petróleo equivalente
3836,8
2474,7
2929,8
627,2668,7
10537,1
Oil
NaturalGas
Coal
NuclearEnergy
Hydro electric
Total
Consumo mundial de energia por fonte
39
FONTES RENOVÁVEIS: 44,7 %
Fonte: MME, BEN 2006
Gás Natural9,3%
Urânio1,2%
Outras Renováveis
2,7%
Cana-de-Açúcar13,9%
Madeira e Outras
Biomassas13,1%
Hidroeletricidade15,0%
Derivados de Petróleo
38,4%Carvão Mineral6,4%
A matriz energética brasileira (2006)
40
Consumo final de energia (média) e % de pessoas abaixo da linha de pobreza (2000)
Distribuição da “miséria energética”no mundo (2000)
A natureza do problema
• Acesso e equidade
41A natureza do problema
• Acesso e equidade
Total de Pessoas s/ energia - Brasil: 12.023.703 (2005)
2007 e 2008
500.000
400.000
2007 e 2008
500.000
400.000
Total:10.091.409
Total:1.932.294
84% 16%RURAL
URBANO
Região Centro-Oeste 4%
Região Norte 25%
Região Nordeste 58%
Região Sul 5%
Região Sudeste 8%
Cenário RURALRegião Centro-Oeste 6%
Região Norte 13%
Região Nordeste 42%
Região Sul 9%
Região Sudeste 30%
Cenário URBANO
Fonte: Luz para Todos, 2005
42
Fonte: www.aneel.gov.br/tarifas praticadas (até jan/2007)
A natureza do problema
• Acesso e equidade
Evolução tarifaria da energia elétrica – 1995 – 2007 (jan)
0
50
100
150
200
250
300
350
Residencial Industrial Comercial Rural Poder Público Iluminação
Pública
Serviço
Público
Consumo
Próprio
Tarifa Média
Total
R$/M
Wh
1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007
43A natureza do problema
• Acesso e equidade
Simulação de sobre-receitas obtidas no setor e aume nto real de tarifas entre 1995 e 2007 (jan)
1995 2007 (%) GWh R$/ano (%) (%)Residencial 76,26 296,43 288,71 85.848 100,46 16.823.209.844,45 131,74 156,97
Industrial 43,59 213,50 389,79 154.398 57,43 24.097.595.900,53 131,74 258,05
Comercial 85,44 275,23 222,13 55.311 112,56 8.997.514.707,98 131,74 90,39
Rural 55,19 175,08 217,23 16.034 72,71 1.641.443.775,60 131,74 85,49
Total+ 59,58 254,50 327,16 347.371 78,49 61.140.529.329,27 131,74 195,42
IPC / Fipe 131,74
(+) O consumo total de energia elétrica inclui, ainda, a categoria "outros consumos", não explicitada nesta tabela.
(*) Segundo Aneel.gov.br/tarifas praticadas, até janeiro de 2007
(**) Segundo EPE, 2007: "Estatística e Análise do Mercado de energia elétrica (mês-base - dez 2006)
(***) Caso corrigida apenas pelo IPC-FIPE acumulado entre jan95 e jan2007, igual a 131,74%.
Consumo
em 2006**
Tarifa de
2007***
Sobre-receitaClasse de
consumo
Tarifa média*
(R$/MWh)
Variação Conforme IPC Aumento real
44
Tarifas de eletricidade – percentual de aumento no período (1995-2007) e simulação de aumento real resultantes por segmento de consumo
Variação percentual das tarifas praticadas - Jan 1995 a Jan 2007.Fontes: Aneel, vários anos; FIPE, vários anos.
Simulação de aumentos tarifários acima da inflação (Brasil - Jan 1995 a Jan 2007). Fontes: Aneel, vários anos; FIPE, vários anos.
A natureza do problema
• Acesso e equidade
Industrial
389,79
Total
327,16
Residencial
288,71
Comercial
222,13Rural
198,4
IPC / Fipe
131,74
0
50
100
150
200
250
300
350
400
450(%)
0
50
100
150
200
250
300
350
400
450
Residencial Industrial Comercial Rural Total+
(%)
Conforme IPC Aumento real
45A natureza do problema
• Acesso e equidade
Evolução dos preços médios do GLP - Brasil*
4,4719963,511984
15,6920074,2919953,481983
14,7720064,6519943,831982
13,1820053,3819933,831981
11,2920042,7819923,831980
10,1120032,8019912,911979
10,1720023,0119904,341978
6,9220012,2319894,351977
7,2320002,6019884,291976
6,2119992,3519874,221975
6,7419981,6919863,381974
6,1319973,5319852,661973
US$/13kgAnoUS$/13kgAnoUS$/13kgAno
Fonte: MME/DNC, 1995; ANP (Preços ao consumidor consolidados), vários anos. (*) Preços correntes, média para o país, convertidos pelo dólar médio anual para venda (Banco Central do Brasil,vários anos).
46
• Preços do petróleo desde 1861 – US$/barril
Fonte: BP Statiscal Review of World Energy, 2006
A natureza do problema
• A exploração mercantil - rendas
47
O preço Urânio - petróleo
Fonte: Sauer, 1981.
A natureza do problema • A exploração mercantil - rendas
48
Apropriação de rendas diferenciais e de monopólio
Preços Médios Competitivos (Custos Marginais Crescentes)
Geração em 2001 (venda a R$50/MWh) Preços “novos”: R$120,86/MWh (H)
R$137,44/MWh (T)
Média (H + T): R$128,90/MWh
* Preços novos com base no resultado do leilão de energia nova (A – 5), de 12/2006 (EPE)
Renda Diferencial ≈ R$ 27,4 bilhões/ano para 347 milhões de MWh
** Consumo total referente aos dados consolidados da EPE para 12/2006 – 12 meses
A natureza do problema
• A exploração mercantil – rendas
– A liberalização do mercado de eletricidade no Brasil - conseqüências
51A Evolução das Fontes de Energia Mundial
Processo de transição na matriz energética mundial
Crescimento orientado por questões ambientais
PONTO DE INFLEXÃOGN – ENERGÉTICO DE TRANSIÇÃO
Fonte: World Energy Council (WEC)
53As principais fontes de energia renovável
Os ventos (Energia Eólica)
O calor da Terra (Energia Geotérmica)
O Sol (Energia Térmica e fotovoltaica)
A matéria orgânica (Biomassa)
Rios e correntes de água doce
(Energia Hidráulica)
Os mares e oceanos(Energia Mareomotriz)
54Os combustíveis renováveis
• Os combustíveis renováveis, ou biocombustíveis, são combustíveis que usam como matéria-prima elementos renováveis para a natureza.
• A cana-de-açúcar, milho, beterraba, etc, utilizadas para a fabricação do álcool que pode ser usado em motores ciclo Otto;
• Os vegetais oleaginosos, como mamona, babaçu, palma, etc., utilizados para a fabricação de biodiesel que pode ser usados em motores ciclo diesel.
57
Fonte: MME, 2005
Renovável
Não renovável
Brasil
0
20
40
60
80
100
Mundo
14
86
45
55
%
A matriz energética brasileira x mundial
A participação das energias renováveis na matriz energética
59
2005: Mundo – 3,1 GW instalados
Japão20%
Alemanha57%
Europa6%
EUA7%
Resto do Mundo10%
Energia solar fotovoltaica no mundo
60A energia solar térmica no mundo
• Perspectivas Atuais:
– Novos projetos em construção, com plantas de nova geração para redução dos custos
– Cilíndrico-parabólicos:
• 64 MW em Boulder, Nevada – Início de operação previsto em início de 2007
• 2 x 50 MW em Granada, com 9 horas de armazenamento térmico
• Ain Beni Mathar ISCCS - Marrocos: ciclo combinado gás-solar 220 MW (30 MW solar). Fundos do GEF
• Kuraymat ISCCS – Egito:ciclo combinado gás-solar 220 MW (30 MW solar). Fundos do GEF
• Plantas na India e México em estudos
62
Fonte: Atlas Solarimétrico do Brasil, 2003
Radiação Solar: Intensidade da radiação solar média anual diária (MJ/m²)
A energia solar térmica no Brasil
63Energia eólica
Evolução da Potência Instalada no Mundo
0
50.000
100.000
150.000
200.000
250.000
1990
1991
1992
1993
1994
1995
1996
1997
1998
1999
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
2011
2012
2013
2014
Ano
Mundo sem EuropaEuropa sem AlemanhaAlemanha
Cap
acid
ade
Inst
alad
a, M
W
59.000 MW
130.000 MW
210.000 MW
Fonte: DEWI
64Potencial eólico no Brasil
Centro Brasileiro de Energia Eólica, 1998
Velocidade média anual
• 143 GW, onde no Nordeste há75 GW (CEPEL).
• Premissas: Velocidades acima de 7m/s, torres de 50 m de altura e uma densidade média de ocupação dos terrenos com 2 MW/km2.
65
Inaugurada em Janeiro de 2004, a primeira Usina Eólica da Petrobras: Usina Eólica Piloto de Macau/RN, com potência instalada de 1,8 MW. Além desse, estão sendo feitos estudos de projetos próprios em energia eólica e em parceria, em projetos aprovados no PROINFA.
Potencial eólico no Brasil
66Energia hidráulica - PCHs
• É importante ter claro que uma PCH não é uma grande central em miniatura.
• Há uma grande diferença entre as pequenas centrais hidrelétricas realmente pequenas e as quase grandes, sugerindo as seguintes categorias:
– Micro Central Hidroelétrica(µµµµCH) : 1 à 100 kW
– Mini Central Hidroelétrica (mCH) : 100 à 1000 kW
– Pequena Central Hidroelétrica ( PCH) : 1MW à 30MW
67
• Situação Geral das PCHs no Brasil, em MW
Fonte: banco de informações da ANEEL – fevereiro de 2006
11.7913.2503.8583.091744849Total
4.4871.2081.2011.167522389Inventariados -Disponíveis
7531813161562676Com Projetos em elaboração (registro)
1.3004874302843664Com projeto em análise na ANEEL
1.473456795158567Com autorização e sem LI
2.4485685331.04367237Com autorização e com LI
1.3303505832833776Em operação
TotalSulSudesteCentro-Oeste
NordesteNorteSituação
Energia hidráulica - PCHs
68Bioenergia: a energia viva
• Fotossíntese
– requerimentos: luz, água, CO2 e nutrientes
– eficiência média: < 2%
– ciclos: C-3 y C-4
– órgãos de acumulação
– converte anualmente uma quantidade de energia 10 vezes o consumoenergético total do planeta
Energia Solar
Água
CO2
O2
69Brasil: demanda de bioenergia
• Biocombustíveis estão se tornando mais “modernos” e diversificados
0
10000
20000
30000
40000
50000
1985 1989 1993 1997 2001
1000 tep Etanol
Carvão vegetal
Subprodutos indust.
Bagaço
Lenha
fonte: BEN/MME, 2002
70Gaseificação de biomassa
Etapas da Conversão de Biomassa em LEtapas da Conversão de Biomassa em Lííquidosquidos
GaseificaGaseificaçção deão deBiomassaBiomassa
SSííntesenteseFischer Fischer TropschTropsch
AcabamentoAcabamentode Produtode Produto
Gás deSíntese
PetróleoSintético
Parafínico
Nafta - Diesel Gasóleo -Biomassa
nCO+(2n+1)H2=CnH2n+2+n H2O
Processo no qual o combustível sólido é fragmentado com o uso de calor, em atmosfera com pouco oxigênio, para a geração de uma mistura de gases
combustíveis.
71A energia de biomassa no Brasil
GERAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA A PARTIR DA BIOMASSA (MW)
2.462
783
213
20
6
Bagaço de Cana
Licor Negro
Madeira
Biogás
Casca de Arroz
Fonte: ANEEL dados atualizados em 24/07/06
72Tendências - biomassa
• As tecnologias de biomassa são fortes candidatas naturais para utilização em:
– Combustíveis sintéticos de alta pureza
– Geração de energia elétrica;
– Síntese de produtos petroquímicos de alta pureza.
– Disposição de resíduos agrícolas, industriais e urbanos.
• O Brasil, por suas extensas dimensões e clima ameno é um país particularmente atraente para utilização destas tecnologias.
73O biogás dos aterros sanitários
• Projetos de uso do biogás de aterros sanitários como insumo energético representam enorme benefício sócio ambiental, mitigando:
• Graves problemas sociais e de saúde pública, envolvendo catadores e população ao redor
• Degradação ambiental, incluindo:
– Contaminação das águas superficiais e subterrâneas
– Contaminação do solo
– Odor
– Visual
– Biodiversidade , etc
– Aquecimento global
74O Brasil e os biocombustíveis
• O Brasil ainda é um importador de óleo diesel
• O Brasil é um país de destaque no cenário mundial de biocombustíveis(álcool)
• A extensão territorial e as condições de clima e solo são propícias para a produção de biomassa
• O cultivo de oleaginosas e de cana-de-açúcar é propício em grande parte do território brasileiro
• A demanda mundial por biocombustíveis é crescente
• A produção de álcool está consolidada e a de biodiesel é considerada estratégica para o país
75
1 T DE CANA NO CAMPO
1,718 x 106 KCAL
1 BARRIL DE PETRÓLEO
1,386 x 106 KCAL
AÇÚCARES 153 Kg
BAGAÇO276 Kg
(50% UMIDADE)
PALHA165 Kg
(15% UMIDADE)
608 x 103 KCAL
598 x 103 KCAL
512 x 103 KCAL
1 T CANA 1,2 BARRIS
PETRÓLEO
~=
Cerca de 38% do conteúdo energético da cana não tem aproveitamento adequado
1 T de canano campo
Fonte: DEDINI, 2004
= Cerca de 85 litros de etanol
228 usinas de álcool no Brasil possuem unidades de cogeração, com uma capacidade instalada de 2,7 GW (Aneel)
O álcool
76
Mundo 44,9
USA 16,21 Brasil 16,07 China 3,8 Índia 1,7 França 0,9
Principais Produtores
(2005, bilhões de litros)Source: F.O. Licht
Produção de álcool no Brasil e no mundo
77Exportação de etanol
Perspectiva de forte expansão, especialmente para o mercado internacional
0,0
0,2
0,4
0,6
0,8
1,0
1,2
1,4
1,6
1,8
2,0
1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006
MM
m³
Fonte: AliceWeb, 2006
Exportações de Etanol
• 2006: 80 milhões de litros para Venezuela
• 2007: meta de 850 milhões de litros para Venezuela, Japão, EUA, Nigéria, Europa
• 2011: meta 3,5 bilhões de litros
• Investimentos a partir de 2007: US$ 1,6 bilhão em produção, transporte, armazenamento e distribuição de etanol
78
• Contribuição para o aumento da segurança energética
do sistema elétrico nacional
• Na entressafra é possível gerar energia com
combustíveis alternativos ao bagaço de cana, tais
como óleo combustível, coque e gás natural
• Energia elétrica não é o principal negócio, porém é
um componente fundamental para garantia da
atratividade econômica do negócio
Bioeletricidade: oferta regionalizada e Bioeletricidade: oferta regionalizada e
sazonalsazonal
Disponibilidade Mensal de Bagaço (mil toneladas)
-
200
400
600
800
1.000
1.200
1.400
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov DezFonte: EPE e Unica, 2006
A indústria sucroalcooleira
79Usinas de álcool no Brasil
• São Paulo: 192
• Paraná: 31
• Minas Gerais: 28
• Pernambuco: 21
• Alagoas: 20
• Goiás: 16
• Mato Grosso: 11
• Mato Grosso do Sul: 10
• Paraíba: 08
• Rio de Janeiro: 07
• Espírito Santo: 06
• Maranhão: 04
• Bahia: 04
• Sergipe: 03
• Rio Grande. do Norte: 03
• Rio Grande. do Sul: 01
• Ceará: 01
• Amazonas: 01
• Pará: 01
• Piauí: 01
Total: 369 Fonte: ANP 2007
Em construção: 30 usinas
(Fonte: Única)
80Álcool: cenário de oferta e demanda
CENÁRIO PARA ÁLCOOL - 2005 A 2015
0
5.000
10.000
15.000
20.000
25.000
30.000
35.000
40.000
45.000
50.000
mil m³
PRODUÇÃO MERCADO INTERNO EXPORTAÇÃO
Estudo desenvolvido pelo IDEA1º TRIM / 2006
81Logística de exportação de álcool
Terminal Marítimo de Ilha D’água - RJ
Terminal Marítimo de São Sebastião
Novo Duto de Álcool (800 km)
Hidrovia com uso de álcool
Álcool para Exportação:
8 milhões m 3 em 2012
82Projetos de pesquisa em biocombustíveis
Produção de biodiesel a partir da semente de mamona
Produção de biodiesel a partir de óleos vegetais
Usos para glicerina (lubrificantes, fluidos de perfuração e outros)
Produção de etanol a partir de lignocelulose (bagaço de cana e outros)
Produção de etanol a partir de amiláceos (torta da mamona e outros)
Aumento da produtividade de oleaginosas
83
Produção de Biodiesel no Mundo
-1.0002.000
3.0004.0005.0006.0007.000
8.0009.000
10.000
2002 2003 2004 2005 2006
milh
ões
de li
tros
/ano
E.U.A
Outros UE-25
Itália
França
Alemanha
Fontes: European Biodiesel Board, National Biodiesel Board, Brasil Ecodiesel
Biodiesel no mundo
84
Território nacional : 851 milhões de haEm milhões de hectares
FLORESTA AMAZÔNICA. . . . . . . 350PASTAGENS . . . . . . . . . . . . . . . . . 215ÁREAS DE PROTEÇÃO. . . . . . . . 55CULTURAS ANUAIS. . . . . . . . . . . 47CULTURAS PERMANENTES. . . . . . 15CIDADES, LAGOS,AUTOPISTAS E PÂNTANOS . . . . . . 20FLORESTAS CULTIVADAS. . . . . . . 5
707
54
ÁREAS CULTIVÁVEIS E LIVRES DAFRONTEIRA AGRÍCOLA 90
TOTAL 851
OUTROS USOS
Disponibilidade de terras
Fonte: MAPA, 2005
85PROGRAMA BRASILEIRO DE BIODIESEL
2005 a 2007(2% permitido)
2000 a 2012(2% requerido)(5% permitido)
A partir de 2013 (5% requerido)
Mercado Brasileiro
0 - 840 milhões litros
Mercado Brasileiro
0,8 - 2,5 bilhões litros
Mercado Brasileiro
2,5 bilhões litros
Lei 11.097/2005: estabeleceu porcentagem mínima par a a mistura de biodiesel no diesel
86BIODIESEL E O H-BIO
BiodieselBiodiesel
Glicerina Glicerina
Refinaria
Hidrogênio Frações dodiesel
Postos
Distribuidoras
Campo
Plantação Esmagamento
GrãosÓleo
DieselDiesel
H-BIO Processo
PETROBRAS
misturaB2 ou B 5
DieselOU
TransesterificaçãoEtanol Etanol
ou
MetanolMetanol
OU
OU
+ + ÁÁlcool lcool HidratadoHidratado
+ Outros+ Outros
Processo PETROBRAS
Processo Convencional
ÓleoRefinado
ÓleoDegomado
89UNIDADES DE PRODUÇÃO DE BIODIESEL
DA PETROBRAS
BA
MG
CE
Candeias
Montes Claros
Quixadá
semi-árido
Primeiros projetos em implementação
Capacidade: 170 mil m 3/ano
Investimentos: R$ 227 milhões
Geração de empregos: Construção: 400 diretos e 1.200 indiretosOperação: 90 diretosProdução de matérias-primas:70.000 famílias
Início de operação: 4º trimestre/2007
Matérias-primasAgricultura familiar: óleo de algodão, dendê
e mamona.Complementares: sebo e óleo de soja.
RN
Guamaré(piloto)