Introdução à Introdução à Neuro- Neuro- Reabilitação: O Reabilitação: O Fisiatra Fisiatra Marcelo Benedet Tournier Marcelo Benedet Tournier Médico Fisiatra Médico Fisiatra
Introdução à Introdução à Neuro-Neuro-
Reabilitação: O Reabilitação: O FisiatraFisiatraMarcelo Benedet TournierMarcelo Benedet Tournier
Médico FisiatraMédico Fisiatra
O que é fisiatria?O que é fisiatria?
Medicina Física e Medicina Física e ReabilitaçãoReabilitação
Especialidade médicaEspecialidade médica Tratador de Tratador de
incapacidadesincapacidades ““Especialistas em Especialistas em
qualidade de vida”qualidade de vida”
Fisiatria?Fisiatria? Fisioterapia?Fisioterapia?
Histórico da Histórico da FisiatriaFisiatria
Enquanto isso, Enquanto isso, no Brasil...no Brasil...
Number of Confirmed Cases of Poliomyelitis 2002-2006 (as of 31 August 2006)
Country 2002 2003 2004 2005 2006 Date of Last Case
Other Sources (2006)
Oman 0 0 0 0 0
Lebanon 0 1 (Imported) 0 0 0 23/01/2003
Egypt 7 1 1 0 0 03/05/2004 Saudi Arabia 0 0 1
(Imported) 0 0 17/12/2004
Sudan 0 0 128 (Imported) 27 0 17/06/2005
Yemen 0 0 0 478 (Imported) 1 02/02/2006
Somalia 3 0 0 185 (Imported) 30 08/07/2006 13 (Contact)
Afghanistan 10 8 4 9 26 24/07/2006 5 (contact) Pakistan 90 103 54 28 14 28/07/2006 3 (contact) Total 110 113 187 727 71
www.who.int
Principais causas de Principais causas de incapacidadeincapacidade
OsteoartriteOsteoartrite Sequelas de Sequelas de
doença doença cerebrovascularcerebrovascular
Dados nacionaisDados nacionais
15% com alguma 15% com alguma deficiênciadeficiência
Doenças Doenças cerebrovasculares cerebrovasculares como primeira como primeira causa de mortecausa de morte
Deficiência (Impairment)Deficiência (Impairment)
Anormalidade nos órgãos, sistemas e Anormalidade nos órgãos, sistemas e estruturas do corpoestruturas do corpo
Def. Visual, Auditiva, Mental, ICCDef. Visual, Auditiva, Mental, ICC
Incapacidade (Disability)Incapacidade (Disability)
Consequências da deficiência no Consequências da deficiência no desempenho do indivíduodesempenho do indivíduo
Deficiência na comunicação, Deficiência na comunicação, movimentação, auto-cuidadomovimentação, auto-cuidado
Desvantagem (Handicap)Desvantagem (Handicap)
Adaptação do indivíduo no meio Adaptação do indivíduo no meio ambiente com a influência da ambiente com a influência da incapacidade e da deficiênciaincapacidade e da deficiência
Desvantagem social, econômica, Desvantagem social, econômica, acessibilidadeacessibilidade
Deficiência
Incapacidade
Desvantagem
O que a fisiatria trata?O que a fisiatria trata?
Incapacidades agudas e crônicasIncapacidades agudas e crônicas MotorasMotoras CognitivasCognitivas DolorosasDolorosas
Algumas condições Algumas condições tratadastratadas
LombalgiaLombalgia Lesões pelo esporteLesões pelo esporte Malformações congênitasMalformações congênitas Reabilitação pós-fraturas / lesões Reabilitação pós-fraturas / lesões
ligamentaresligamentares Lesão medularLesão medular Esclerose múltiplaEsclerose múltipla
Algumas condições Algumas condições tratadastratadas
Seqüelas de TCE e AVCSeqüelas de TCE e AVC Amputações de membrosAmputações de membros Reabilitação cardíacaReabilitação cardíaca Reabilitação no câncerReabilitação no câncer Lesões n. periféricos e neurônio Lesões n. periféricos e neurônio
motor inferiormotor inferior Vertigem (VPPB, Vertigem Vertigem (VPPB, Vertigem
cervicogênica)cervicogênica)
condiçõescondições
Cervicalgias / Cefaléias Cervicalgias / Cefaléias cervicogênicascervicogênicas
ArtritesArtrites TendinitesTendinites LER / DORTLER / DORT Distrofias muscularesDistrofias musculares Dor crônicaDor crônica
Meios de tratamentoMeios de tratamento
Não-farmacológicosNão-farmacológicos
Exercícios Exercícios terapêuticosterapêuticos
Meios físicosMeios físicos Manipulação Manipulação
vertebralvertebral BiofeedbackBiofeedback OrientaçõesOrientações
FarmacológicosFarmacológicos
FármacosFármacos Procedimentos Procedimentos
fisiátricosfisiátricos
Abordagem no paciente Abordagem no paciente reabilitacionalreabilitacional
IndividualizadaIndividualizada Vê indivíduo no conjuntoVê indivíduo no conjunto Cuidados preventivosCuidados preventivos Prioriza medidas Prioriza medidas
conservadorasconservadoras Trabalho interdisciplinar e Trabalho interdisciplinar e
multiprofissionalmultiprofissional
Centrada em Centrada em OBJETIVOSOBJETIVOS
Tratamento reabilitacional Tratamento reabilitacional de qualidadede qualidade
Discussão em equipe do casoDiscussão em equipe do caso Coordenação da equipeCoordenação da equipe Objetivos mensuráveisObjetivos mensuráveis
Relatos de casosRelatos de casos
CASO 1 - IntroduçãoCASO 1 - Introdução
35 a, masc, trabalhador braçal35 a, masc, trabalhador braçal Afastado há 10 meses pela dorAfastado há 10 meses pela dor Avaliação fisiátrica:Avaliação fisiátrica:
Sedentário e descondicionadoSedentário e descondicionado Múltiplas contraturas na musculatura vertebralMúltiplas contraturas na musculatura vertebral SobrepesoSobrepeso DepressãoDepressão
Tratamentos prévios: AINHs, calor, Tratamentos prévios: AINHs, calor, massagens, fisioterapia (sem programa massagens, fisioterapia (sem programa definido)definido)
CASO 1 - LombalgiaCASO 1 - Lombalgia
4 em 5 pessoas (EUA) terão lombalgia 4 em 5 pessoas (EUA) terão lombalgia durante toda a sua vidadurante toda a sua vida
Mais freqüente causa de incapacidade Mais freqüente causa de incapacidade em menores de 45 anosem menores de 45 anos
Custo anual de 20 – 50 bilhões de Custo anual de 20 – 50 bilhões de dólaresdólares
Segunda causa mais comum de ida ao Segunda causa mais comum de ida ao médicomédico
CASO 1 - AbordagemCASO 1 - Abordagem
História e exame físico detalhadosHistória e exame físico detalhados Avaliação do estilo de vida, Avaliação do estilo de vida,
ergonomia do paciente e riscos ergonomia do paciente e riscos ocupacionaisocupacionais
Avaliar potenciais para complicações Avaliar potenciais para complicações futurasfuturas
ESTABELECER OBJETIVOS ESTABELECER OBJETIVOS REABILITACIONAISREABILITACIONAIS
CASO 1 - Plano CASO 1 - Plano reabilitacional propostoreabilitacional proposto
Medicações – Para dor e depressãoMedicações – Para dor e depressão Terapias – Cinesioterapia, Terapias – Cinesioterapia,
condicionamento físico, orientações condicionamento físico, orientações ergonômicas, TENSergonômicas, TENS
Escola de colunaEscola de coluna Evolução periodicamente medida por Evolução periodicamente medida por
escalas de progresso (EVA, AVD)escalas de progresso (EVA, AVD)
CASO 1 - ResultadosCASO 1 - Resultados
Melhora da dorMelhora da dor Retorno ao trabalho em 35 diasRetorno ao trabalho em 35 dias Aprendizado de técnicas de auto-Aprendizado de técnicas de auto-
manejo e prevenção da dormanejo e prevenção da dor
Caso 2Caso 2
43 anos, feminina, secretária executiva43 anos, feminina, secretária executiva Cefaléia há 10 anos. Encaminhada ao Cefaléia há 10 anos. Encaminhada ao
fisiatra para manejo da dor crônicafisiatra para manejo da dor crônica Dor em hemicrânia D, com irradiação Dor em hemicrânia D, com irradiação
para região temporal, frontal, para região temporal, frontal, retroauricular e periorbitáriaretroauricular e periorbitária
Fenômenos associados: Fenômenos associados: Lacrimejamento do olho D e Vertigem Lacrimejamento do olho D e Vertigem à rotação cervical p/ a esquerdaà rotação cervical p/ a esquerda
Síndrome dolorosa Síndrome dolorosa miofascial – Cefaléia & miofascial – Cefaléia & Vertigem cervicogênicaVertigem cervicogênica
Caso 2 - TratamentoCaso 2 - Tratamento
Medicações: Analgésicos e Medicações: Analgésicos e relaxantes muscularesrelaxantes musculares
Inativação dos pontos-gatilho por Inativação dos pontos-gatilho por agulhamento seco e bloqueio com agulhamento seco e bloqueio com 0.5 ml de lidocaína 1%0.5 ml de lidocaína 1%
Cinesioterapia após os Cinesioterapia após os agulhamentosagulhamentos
Orientações ergonômicasOrientações ergonômicas
Agulhamento secoAgulhamento seco
Orientações ergonômicas Orientações ergonômicas simplessimples
Caso 3Caso 3
Paciente 78 anos, feminina, diabética, Paciente 78 anos, feminina, diabética, hipertensa e fumantehipertensa e fumante
Hemiparesia E por AVC. Recebeu alta Hemiparesia E por AVC. Recebeu alta hospitalar há 6 meses. Deambula hospitalar há 6 meses. Deambula sofrendo várias quedassofrendo várias quedas
Avaliação funcional: Heminegligência Avaliação funcional: Heminegligência E, apraxias (vestir-se), espasticidade E, apraxias (vestir-se), espasticidade importante dos músculos: tibial importante dos músculos: tibial posterior e tríceps sural, fazendo posterior e tríceps sural, fazendo deformidade em equinovaro do pé Edeformidade em equinovaro do pé E
Caso 3 - AVCCaso 3 - AVC
1ª causa de incapacidade 1ª causa de incapacidade neurológicaneurológica
3.000.000 de sobreviventes com 3.000.000 de sobreviventes com seqüelas neurológicas e ortopédicas seqüelas neurológicas e ortopédicas das mais diversasdas mais diversas
30 bilhões de dólares / ano30 bilhões de dólares / ano
Caso 3 – Avaliação Caso 3 – Avaliação funcionalfuncional
Avaliação físicaAvaliação física EspasticidadeEspasticidade DeformidadesDeformidades Alt. MarchaAlt. Marcha AVDsAVDs DisfagiaDisfagia
Testes para avaliação do estado Testes para avaliação do estado mentalmental
Envolvimento e grau de orientação de Envolvimento e grau de orientação de família e cuidadoresfamília e cuidadores
Caso 3 – Resultados da Caso 3 – Resultados da avaliaçãoavaliação
Casa do paciente com muitas escadasCasa do paciente com muitas escadas Neuropatia diabética, com pés insensíveis e Neuropatia diabética, com pés insensíveis e
diminuição da propriocepção importantediminuição da propriocepção importante Medo de cair, apesar do potencial de marchaMedo de cair, apesar do potencial de marcha Dor no ombro E, com degrau acrômio-umeral Dor no ombro E, com degrau acrômio-umeral
palpável (provável subluxação)palpável (provável subluxação)
Caso 3 – Tratamento Caso 3 – Tratamento reabilitacionalreabilitacional
Prescrita AFO e estabilizador de Prescrita AFO e estabilizador de ombroombro
Bengala de 4 pontosBengala de 4 pontos FT – Programa intensivo para FT – Programa intensivo para
melhorar força, equilíbrio, melhorar força, equilíbrio, alongamentos e propriocepçãoalongamentos e propriocepção
TOTO NegligênciasNegligências PráxisPráxis
Caso 3 - ResultadosCaso 3 - Resultados
Marcha comunitária com auxiliarMarcha comunitária com auxiliar Melhora nas AVDs – Veste-se com Melhora nas AVDs – Veste-se com
pouca ajudapouca ajuda Não sofreu mais quedasNão sofreu mais quedas Melhora da dor no ombroMelhora da dor no ombro
Caso 4Caso 4
58 anos, masculino, diabético, 58 anos, masculino, diabético, fumante, vasculopata crônicofumante, vasculopata crônico
Amputação de MIE – nível transtibialAmputação de MIE – nível transtibial Locomoção com muletas axilaresLocomoção com muletas axilares Queixas álgicas nos ombros e dor do Queixas álgicas nos ombros e dor do
membro fantasmamembro fantasma Deseja colocar uma próteseDeseja colocar uma prótese
Caso 4 - AmputaçõesCaso 4 - Amputações
Avaliação do paciente amputado:Avaliação do paciente amputado: Aval. Clínica é fundamentalAval. Clínica é fundamental Aval. Laboratorial e metabólicaAval. Laboratorial e metabólica Teste ergométrico (cicloergômetro)Teste ergométrico (cicloergômetro)
Caso 3 - AvaliaçãoCaso 3 - Avaliação
Teste ergométrico negativo para Teste ergométrico negativo para isquemia miocárdicaisquemia miocárdica
Coto de amputação globoso, com Coto de amputação globoso, com alodínea na área da cicatriz alodínea na área da cicatriz operatóriaoperatória
Pé D insensível, com cicatrizes de Pé D insensível, com cicatrizes de úlceras plantares cicatrizadasúlceras plantares cicatrizadas
Muletas muito altas para o pacienteMuletas muito altas para o paciente
Caso 3 – Tratamento Caso 3 – Tratamento reabilitacionalreabilitacional
Rebaixadas as Rebaixadas as muletas na primeira muletas na primeira consultaconsulta
Orientações sobre Orientações sobre pé diabéticopé diabético
Palmilha e calçados Palmilha e calçados especiais para o péespeciais para o pé
Enfaixamento Enfaixamento elástico do cotoelástico do coto
FT pré-protéticaFT pré-protética Treino com próteseTreino com prótese
Prescrições:Prescrições:- Gabapentina - Gabapentina
300mg / dia300mg / dia- Prótese- Prótese
Caso 3 - ResultadosCaso 3 - Resultados
Melhora completa Melhora completa da alodínea e da dor da alodínea e da dor fantasma, mas fantasma, mas sensação do sensação do membro fantasma membro fantasma persistepersiste
Deambulação Deambulação comunitária com a comunitária com a prótese sem auxiliarprótese sem auxiliar
A equipe de reabilitaçãoA equipe de reabilitação Médicos de Médicos de
especialidades especialidades afinsafins
FTFT TOTO HidroterapeutaHidroterapeuta FonoFono PedagogaPedagoga Arte-terapeutaArte-terapeuta Musico-terapeutaMusico-terapeuta
Enfermeira de Enfermeira de reabilitaçãoreabilitação
Assistente socialAssistente social NutricionistaNutricionista Educador físicoEducador físico
Mais informações...Mais informações...
www.aapmr.org www.ispmr.org www.spmfr.org www.neurologia.ufsc.br
““Freqüentemente me perguntam: Freqüentemente me perguntam: Como você se sente tendo ELA? Eu Como você se sente tendo ELA? Eu respondo: não sinto muita coisa. Eu respondo: não sinto muita coisa. Eu tento levar minha vida o mais tento levar minha vida o mais normal possível, sem pensar na normal possível, sem pensar na minha condição, ou me arrepender minha condição, ou me arrepender das coisas que não posso mais fazer. das coisas que não posso mais fazer. E olhe que não são poucas.“E olhe que não são poucas.“
Stephen HawkingStephen Hawking
OBRIGADO!