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intro_arte_artistas.pdf

Aug 08, 2018

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Bruno Costa
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    Uma introduo Arte e Artistas

    Charles Guimares Filho2006

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    INTRODUO

    Importncia

    O filsofo da Nova Era Mokiti Okada, nasceu e viveuinteiramente no Japo entre 1882 e 1955 e recebeu o nomereligioso de Meishu-Sama.

    Seu saber diz que as mudanas no planeta Terra ocorremem ciclos e que aps uma Era de aproximadamente trs mil anosde relativa obscuridade (1069 a.C. a 1931 d.C., designada por Era

    da Noite ou Velha Era) se passar para uma Era deaproximadamente trs mil anos de relativa claridade (2021 at5021, designada por Era do Dia ou Nova Era) e que atualmentese est na Transio da Era da Noite para a Era do Dia, isto , napassagem da Velha Era para a Nova Era, exatamente entre 15 dejunho de 1931 a 15 de junho 2021.

    Sua filosofia diz que na Nova Era se estabelecer oParaso Terrestre, ou seja, se edificar o mundo do Belo, daCultura elevada, das Belas-Artes, e se respeitar que cada coisaexistente no Universo possui uma utilidade especfica para asociedade humana, isto , uma finalidade, uma misso atribudapelos Cus, um contedo (isto , esprito, alma), e no apenasforma (matria) e funo (percepo).

    A condio bsica para materializar o mundo da Culturaelevada, segundo o filsofo da Nova Era, desenvolver umasuperatividade cultural que revolucione todos os setores dacivilizao atual como a Religio, Cincia, Agricultura, Arte,Medicina, Educao e Poltica.

    O Grupo de Estudos da Cultura da Nova Era (GECNE)procurando cumprir esta condio bsica entendeu que paraisso preciso: a) revolucionar as reas de conhecimento nosentido de que elas tenham finalidade, isto , tenham misso,

    contedo, esprito no seu centro, alma na sua essncia; b)

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    educar religiosos, familiares, trabalhadores e cidados com ointuito de que eles exeram suas crenas, valores, profisses ecidadanias compatveis com esta superatividade culturalorientada nos ensinamentos de Meishu-Sama.

    Este grupo de estudos buscando pr em prtica este seuentendimento sistematizou no s nova filosofia (Filosofia deMokiti Okada), como tambm uma nova religio (Religio daFelicidade), uma nova teologia (Teologia do Salvador), novacincia (Cincia do Fogo, gua e Terra), nova agronomia(Agricultura da Grande Natureza), nova arte (Arte da Elevaopelo Belo), nova medicina (Terapia Espiritual), nova pedagogia(Educao do Sculo XXI), nova poltica (Poltica da PazVerdadeira), enfim, numa s palavra, uma nova cultura (culturaespiritualista ou Cultura da Nova Era) que obviamente prosseguecom novo direito (Direito Justo), nova antropologia(Antropologia da Criao Evolucionista do Retorno), novapsicologia (Psicologia do Encaminhamento Paradisaco), novasociologia (Sociologia da Cidade Ideal), nova administrao(Administrao do Novo Mundo), nova geografia (Geografia doMundo Espiritual do Planeta Terra), nova economia (Economiada Prosperidade) e assim por diante.

    No que tange nova arte salientado que Meishu-Samaindica que existem trs maneiras para a pessoa evoluir: 1)sofrendo, sendo este oriundo de abstinncias, penitncias,danos e catstrofes, enfim, enfrentando a Verdade; 2) somandomritos e virtudes, praticando o Bem; 3) elevando o esprito por

    influncia da cultura e arte de alto nvel, vivenciando o Belo. Elatambm destaca que Mokiti Okada aponta que, dentre estas trsmaneiras de evoluo, o caminho mais rpido obtido pelaterceira j que o mais agradvel, pois a alma vai sendo polidaimperceptvel e prazerosamente, bem como a mente e o corpovo sendo purificados ao mesmo tempo. Deste modo se podecompreender que a Arte da Elevao pelo Belo um setor da

    Cultura da Nova Era poderoso para a elevao das pessoas e em

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    decorrncia implantao do mundo do Belo e de cidades daNova Era.

    Porm, para tal elevao e implantao, conforme aspalavras de Meishu-Sama, indispensvel destruir o velho

    mundo a que pertencemos. Para a construo do novo edifcio,faz-se necessria a demolio do prdio velho e a limpeza doterreno. Deus poupar o que for aproveitvel - e a seleo serfeita por Ele. Eis a razo pela qual importante que o homem setorne til para o mundo vindouro. Desta maneira, se podeperceber que construir o Paraso na Terra necessita de saber oque deve ser mantido, destrudo e inovado, bem como de setornar til para o mundo das Belas-Artes que est por vir, o que imprescendvel conhecer o passado e delinear o futuro nomundo da arte, j que este, como diz Mokiti Okada, est contidono Paraso. Por tais razes se pode ver o valor do tema Arte eArtistas, mesmo que seja exclusivamente uma introduo arespeito.

    Significado

    Uma introduo Arte e Artistas um ciclo depalestras onde se apresenta:

    I) viso panormica da arte e dos artistas na Velha Era;II) orientao da arte e dos artistas para a Nova Era,

    segundo a interpretao do GECNE nos ensinamentos deMeishu-Sama.

    Objetivo

    O propsito deste ciclo de palestras apenas contribuirno conhecimento do passado e do delineamento do futuro nomundo da arte, simplesmente o de colaborar na formao eapreciao da arte e dos artistas em prol do mundo das Belas-

    Artes, seu alvo especfico cooperar no desenvolvimento do

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    Curso de Iniciao Cultura da Nova Era, e sua meta menor simplesmente despertar para a esttica e os talentos.

    Programao

    Consta de quatro palestras com os seguintes contedos:1) Arte na ltima Era da Noite: Fundamentos; Histria;

    Problemas.2) Artistas na ltima Era da Noite: Idade Antiga; Idade

    Moderna; Idade Contempornea.3) Arte segundo a filosofia da Nova Era: Relao com o

    Belo, o Reino dos Cus, o Paraso Terrestre e o Mundo;Significado e Classificao; Desenvolvimento e Apreciaes.

    4) Artistas segundo a filosofia da Nova Era: Relao coma Arte e os Objetos Artsticos; Caractersticas; Precursor.

    Referncias Bibliogrficas

    Elas so extradas dos volumes de Mokiti Okada, em maisde 100 trechos em mais de 50 ensinamentos, e de outras obras,todos exemplares esto listados no final deste livro texto.

    Convm registrar que no geral, as afirmaes aquirelacionadas procuram enfocar o todo de cada questo, poisno possvel se tratar todas as possibilidades. Admitem-seexcees, mas elas no so aqui detalhadas.

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    NDICE

    1) Arte na ltima Era da Noite 09

    Fundamentos 09Histria 14Problemas 25

    2) Artistas na ltima Era da Noite 29

    Idade Antiga 29Idade Moderna 30Idade Contempornea 41

    3) Arte segundo a filosofia da Nova Era 49

    Relao com o Belo, o Reino dos Cus,o Paraso Terrestre e o Mundo 49Significado e Classificao 56Desenvolvimento e Apreciaes 65

    4) Artistas segundo a filosofia da Nova Era 75

    Relao com a Arte e os Objetos Artsticos 75Caractersticas 80Precursor 84

    Referncias Bibliogrficas 91

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    ARTE NA LTIMA ERA DA NOITE

    Fundamentos

    Arte, num primeiro instante, pode ser conceituada comoum tipo de conscincia social e atividade humana que reflete arealidade em forma de imagens artsticas constituindo umimportantssimo meio de assimilao esttica do mundo.Analisando-a como uma atividade humana, ela um processo decriao de obras artsticas, o que requer matrias primas,

    instrumentos e pessoas em relaes sociais. Numa pintura, porexemplo, se requer, em termos gerais, de tintas, pincis epintores para se produzirem telas de pintura, mas, seriam estassempre obras artsticas? Em termos mais amplos: quando umobjeto um objeto artstico, isto , uma obra artstica? Aresposta usual a de que ele ser quando for produzido comarte, o que remete a questo de saber o que a arte.

    Investigando a arte na Velha Era se observa que ela notem apenas aquela conceituao mencionada acima, mas siminmeras conceituaes como as de: Georgio Vasari (1511-1574)que a definia como a capacidade de retratar coisas to reais quenelas se percebam o modelo vivo; Johann Joachim Winckelmann(1717-1768) que a caracterizava como a representao dasqualidades morais, entre elas a coragem e o patriotismo; GeorgWilhelm Friedrich Hegel (1770-1831) a formulava como algoque, aps libertar-se do pensamento, torna-se parte da vidamental; Karl Marx (1818-1883) a compreendia como um reflexoda vida social; Alos Riegl (1858-1905) a concebia como umresultado da vontade especfica da poca; Heinrich Wlfflin(1864-1945) a entendia como uma evoluo interna da forma.Existiram outras vises da arte diferenciadas, como a de HenriFocillon (1881-1943), Erwin Panofsky (1892-1968) e Pierre

    Francastel (1900-1970).

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    Continuando a pesquisa sobre a arte na ltima Era daNoite tambm se nota que ela um processo complexoenvolvendo museus com seus acervos e conservaes, galeriasde exposio, centros de pesquisa e congressos expondo

    invenes de novas tcnicas artsticas, e que nestas instituiese eventos, embora no se tenha um consenso do que arte, setem reconhecidas competncias e autoridades capaz de conferirum estatuto de arte a qualquer objeto, seja esta conferncia porum discurso sobre tal objeto proferido por um crtico,historiador ou um perito relacionado esttica ou mesmo porum conservador de museu.

    A esttua Davi de Michelangelo inquestionavelmentearte. J a histria em quadrinhos de Stan Lee, semelhantequeles gibizinhos baratos, ou um aparelho sanitrio de loua deMarcel Duchamp, absolutamente idntico aos que existem emtodos os mictrios masculinos do mundo inteiro, podem nocorresponder exatamente idia que se tem de arte. Embora,haja crticos diante dessa histria em quadrinhos e do aparelhosanitrio de loua, que afirmem, segundo critrios explcitos ouno, que uma delas mais bem terminada ou mais opulenta oumais profunda que a outra.

    Isso no quer dizer que os discursos que decidem se umobjeto artstico ou no, se o nvel deles um ou outro, sejamconcordes e inalterveis. Pois, basta saber que um artista menor que outro, para se criar uma predisposio definitiva adesmerecer um e enaltecer o outro, mesmo que o panorama do

    artista considerado menor seja algo insubstituvel pordescortinar uma paisagem de sensibilidade toda peculiar.

    Diante de tais situaes, surge ento uma vontade deobjetividade, um desejo por um rigor. As categorias declassificaes estilsticas so os primeiros e mais freqentesrecursos dessa aspirao imparcial. A imaginao de estilo estrelacionada concepo da ao de recorrncia de

    confirmaes. Por exemplo, os filmes de suspense de Hitchcock

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    tm os personagens valorizados, aparecendo maisindividualizados do que em grupos numerosos, filmados deperto, principalmente os rostos e o trax, bem como aspaisagens so raras e ligadas ao dramtica como, por

    exemplo, uma casa perturbativa.Os estilos podem ser visto de diversos modos, desde asescolas como romantismo, impressionismo e surrealismo, at ospovos como egpcio, grego e romano. Eles so explicitadosatravs de determinadas caractersticas. Por exemplo, oclassicismo caracterizado por ser linear, empregar planos epossuir forma fechada, plural e luz absoluta. J o barroco por ser

    pictural, utilizar profundidade e possuir forma aberta, unitria eluz relativa. Outro exemplo os quadros da Sagrada Famlia, umpintado por Michelangelo e outro por Rubens, nota-se que alinha de Michelangelo define com nitidez os corpos no que elestm de palpvel, tornando-os distintos, enquanto que a linha deRubens deixa de precisar os corpos, deixando-os interligadosdentro de uma aparncia flutuante. Compare tambm os

    quadros da Sagrada Famlia, o de Rembrandt com o de Rafael.H outros que no se preocupam com os estilos, s seinteressam pelas significaes, como os iconologistas.Destacando o exemplo da Sagrada Famlia de Michelangelo, ogrupo de pessoas est perto do espectador, ocupando o centroda tela. Atrs, isolados por uma espcie de murinho, esto SoJoo Batista, o menino e cinco nus masculinos de adolescentes.

    Pois bem, os iconologistas no se preocupariam com as linhas,cores, volumes e composio, mas, com o sentido dasimagens: o murinho para eles significaria a separao entre asduas idades, a antiga e a crist; o So Joo Batista serviria deintermedirio, na medida em que traz o meio o batismo parasalvar os pagos.

    bom esclarecer, tambm, que os objetos artsticos

    podem mudar ou modificar seus estatutos, funes e sentidos.Por exemplo: um filme mudo pode deixar de provocar no

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    pblico atual as mesmas emoes que provocava naquelepblico ao qual foi destinado; uma ida pera atualmente podeno ser mais uma simples diverso como ir ao cinema, agora ela um consciente ato cultural; j o cinema, diante da televiso,

    pode vir a assumir a mesma situao que a pera atual.Alguns entendem que arte um elemento da vida novital. Por exemplo, uma lmina num cabo uma faca, um objetotil, um elemento vital; mas, se o cabo for esculpido e a lminagravada pode-se ter uma faca que no se assemelhe s facascomuns, um objeto suprfluo, uma arte. Outros exemplos:mscara africana que deixa de ser simplesmente um

    instrumento mgico, cartaz publicitrio que deixa de ser ummero instrumento de venda e imagem do santo que deixa de terapenas uma funo religiosa, todos passando a ser um objeto dearte. Assim, para estes, se a arte associada a um objeto til, ela, nele, o suprfluo.

    Atualmente a arte, mesma sem ser percebida, faz parteda vida cotidiana, basta observar as estampas de camisetas emlojas, os designs de automveis e a publicidade nasembalagens, cartazes e anncios de TV. Com isto, no se estafirmando que ela seja unicamente vinculada a indstria ecomrcio, pois a arte tambm uma forma de expresso pessoale de lazer.

    Como j foi mencionado anteriormente na introduo serimprescendvel conhecer o passado da arte ento isso leva ainteirar-se sobre a histria da arte nesta ltima Era da Noite.

    Antes, no entanto, se tecem breves e superficiais informaessobre as metodologias existentes da histria da arte e os seuscampos temticos a fim de precisar o alcance daquilo que se irabordar a respeito do remoto da arte.

    Sobre as metodologias existentes.Durante as ltimas dcadas, a Histria da Arte pde

    extrair de toda sua histria longnqua cinco orientaes

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    metodolgicas principais: formalista, marxista, sociolgica,iconolgica e estruturalista.

    Aformalista se prende ao estudo das formas tendendo aisolar constantes em relao s cronologias histricas, e criar

    uma escala de referncias internas que permite atribuies eclassificaes.A marxista se embasa na matria dos indiretos

    provenientes da infra-estrutura econmica. Ela viveu momentoterico muito forte aps a publicao da Ideologia Alem deMarx e Engels, em 1846, foi alvo de renomado interesse antes edepois da Segunda Guerra. Foi mantida ao largo dos crculosoficiais e dos debates acadmicos, porm voltou a ter momentosimportantes por volta de 1968 1974, principalmente naAlemanha Ocidental, Frana, Holanda e Estados Unidos, e foifortemente marcada pela resposta de Herbert Marcuse aosacontecimentos polticos destes anos.

    A sociolgica se fundamenta no exame dos elementossociolgicos da produo artstica e o esforo para relacionar aobra de arte com os grupos sociais que a determinam. Particularateno dada aos fornecedores de fundos e aos clientes, isto ,a estes aspectos da produo e do consumo.

    A iconolgica se alicera na anlise dos diferentes nveisde conscincia individuais e coletivos na obra de arte, bem comona significao da imagem do tema. Inicialmente centrada emtorno da Renascena, mais tarde buscou as recorrncias dasimagens atravs das pocas. Ela proveniente da escola alem

    de Aby Warburg e desenvolvida por Erwin Panofsky e RudolfWittkower.

    A estruturalista se sustenta na anlise estrutural da obrade arte e como aplicao do estudo dos signos um mtodoproveniente de outras disciplinas. J. F. Lyotard, H. Damisch ou L.Marin na Frana, assim como Umberto Eco na Itlia,representam as melhores tentativas de abordagem da obra de

    arte pelas pesquisas metodolgicas oriundas da lingustica de

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    Saussure, atravs da obra de Barthes para a Semiologia, e dePanofsky, atravs de Lvi-Strauss para o estruturalismo.

    Algumas vezes ocorre certa confuso entre a Histria daArte e a Arqueologia. Por exemplo, uma pea quebrada de

    Pompia pode tender a marginalizar ou absorver uma delas.Sobre os campos temticos da Histria da Arte.Em geral, eles pertencem a dois grandes grupos: aqueles

    que tradicionalmente foram admitidos como partes integrantesda disciplina como arquitetura, escultura e pintura; e aquelesque, embora considerados como arte sejam raramente levadosem conta como teatro, dana, msica, poesia e cinema.

    Neste ciclo de palestras, devido a sua ambiopanormica e a sua diminuta carga horria, a histria da arteser abordada segundo a metodologia formalista e apenas nasartes tradicionais, isto , na arquitetura, escultura e pintura,mais a fotografia que vem sendo utilizada inclusive porarquitetos, escultores e pintores passando at a ameaarseriamente o retrato pintado.

    Histria

    Antes da histria, ou seja, na pr-histria, os primeirosartistas da humanidade formularam o que se chama hoje de artepaleoltica e arte neoltica. Um exemplo delas so as pinturasrupestres e as esculturas chamadas de Vnus. No Brasil, so as

    pinturas nas paredes de cavernas nos estados do Piau, Bahia eMinas Gerais e cermicas em forma de vasos, tigelas e urnasfunerrias, confeccionados por povos que viveram na Ilha deMaraj, por volta de 1300.

    No comeo da histria - Idade Antiga [4.000 a.C. atqueda do Imprio Romano do Ocidente, em 476 d.C.] - ascivilizaes produziram as artes mesopotmica, egpcia, grega,romana e crist dos primeiros tempos.

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    Mesopotmica Desenvolveu, alm da escritacuneiforme (caracteres em forma de cunha), zigurate (torre debase quadrada, terraos sucessivos, escada externa e templo noseu topo), estandarte de Ur (uma forma de histria em

    quadrinhos da Antigidade) e estela (bloco de pedra usado emtmulos e outros monumentos no qual se faziam inscries),bem como os jardins suspensos da Babilnia que foi uma dassete maravilhas do mundo antigo.

    Egpcia Formulou, alm da escrita hieroglfica(constituda por sinais e figuras), obras em palcios, sarcfagos,bustos, templos, obeliscos e ornamentaes, pintura com seusdesenhos reguladas pela lei da frontalidade (a figura humana retratada com o olhar e o tronco de frente para o observador,mesmo que os ps e a cabea da figura fiquem de perfil), bemcomo as pirmides que foram mais uma outra das setemaravilhas.

    Grega - Introduziu o teatro, as colunas nos templos e opadro de beleza nas esculturas, tendo o homem como modeloda a esttua de Zeus ser uma outra maravilha do mundo antigo.

    Romana - Inovou nas construes com arcos (elementode formato semicircular, suportado por paredes e colunas naslaterais, destinado a cobrir uma abertura ou vo) e abbadas(cobertura curva geralmente feita de tijolos com formato decunha) e nas esttuas que mostravam com fidelidade ossentimentos das pessoas.

    Crist Primitiva Constituiu-se, basicamente, por

    pinturas feitas nas paredes e tetos das catacumbas, utilizandocomo tema as histrias do Antigo e Novo Testamento, issodevido a estes subterrneos formados de galerias em cujasparedes se faziam as tumbas serem esconderijos do povo cristoperseguidos pelos romanos. Quando se tornou a religio oficialdo Imprio Romano, foram construdos mausolus e templosdecorados com mosaicos e pinturas sob a mesma temtica. No

    caso dos sarcfagos feitos para os fiis mais ricos, estes eramdecorados com relevos.

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    No meio da histria - Idade Mdia [476 d.C. at queda doImprio Romano do Oriente, Constantinopla em 1453 d.C.] - seproporcionou s artes romnica, gtica e bizantina.

    Romnica - Ocorreu com as oficinas de arte nos reinados,

    redescobrindo a arte greco-romana. Na arquitetura impulsionoua construo de igrejas e mosteiros, utilizando arco pleno eabbadas de aresta e de bero. Nas pinturas em murais sobtraos deformados, retratou temas religiosos para transmitir osensinamentos, j que havia pouqussimos letrados. Na escultura,subordinadas arquitetura e religio, so esculpidas relevos eesttuas-colunas para ornamentar as paredes, inclusive fachadascom figuras de animais fantasiosos e demonacos relacionadosao Juzo Final.

    Gtica - Tratou de um aprofundamento do romnico,principalmente na verticalidade. Da, as construes de edifciosmais altos refletindo o desejo de uma ascenso espiritual. Onome gtico era, inicialmente, depreciativo, por estarrelacionado aos brbaros godos. Mais tarde, sua denominaoestaria pertinente arquitetura de arcos ogivais (arcos comquebra na parte superior). Suas caractersticas mais marcantesso profundidade e realismo.

    Bizantina - Estilo artstico iniciado no sculo IV durante operodo do Imprio Bizantino (Bizncio era a cidade maiscristianizada do Imprio Romano, mais tarde chamada deConstantinopla), que mistura a arte clssica greco-romana com acrist. Uma de suas caractersticas a decorao feita com

    mosaicos (desenho formado por pequenos pedaos de vidros oupedras coloridas colados sobre pisos ou paredes). Naarquitetura, construiu igrejas sobre uma base circular, octogonalou quadrada de imensas cpulas e criou, tambm, prdiosenormes e espaosos decorados com ouro, pinturas e mosaicos,onde aurolas eram colocadas nas figuras. Catedral de SantaSofia.

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    Na Idade Moderna [1453 at o incio da RevoluoFrancesa, em 1789], se teve o Renascentismo, o Barroco e oRococ.

    Renascentismo - Nome dado a artistas e obras artsticas

    referentes ao Renascimento (em torno do sculo XV). Suaprincipal caracterstica foi a renovao cientfica, literria eartstica, buscando modelos nas fontes do legado deixado humanidade pelos gregos e romanos. Com o questionamento daautoridade da Igreja os temas, j no so predominantementereligiosos, retornam beleza fsica do homem. Os mecenas enobres comerciantes, a fim de ostentarem prestgio e poderdiante da decadncia do feudalismo, foram os grandessustentculos econmicos desta renovao. A inveno daimprensa colaborou na difuso deste movimento. Na pinturateve-se a preciso do desenho, o sombreado de claros e escurose a presena de perspectiva (tcnica de desenho que representao comprimento, a largura e a altura dos objetos em um nicoplano). Os artistas passaram a ser criadores, a ter um estilopessoal, a serem dignamente pagos, muitas vezes pela Igreja. E,assim, a partir do sculo XVI surgem as Academias, ou seja, asescolas de arte de princpios rgidos quanto maneira do artistadesenvolver seu trabalho. Entre os grandes artistas destacam-seMasaccio, Botticelli, Leonardo da Vinci, Michelangelo, Rafael,Ticiano, Drer, Holbein, Brueghei e Cranach. Entre as obras-primas, tem-se a Mona Lisa e a Capela Sistina. A arquiteturarompeu com a simplicidade e racionalidade renascentistas e

    partiu para edificar cpulas altas e imponentes, como a Baslicade So Pedro.

    Masaccio (1401-1429). Adorao dos Magos uma desuas obras em que se v: preciso do desenho no movimentodos vrios cavalos que se integra no todo; sombreamento declaros e escuros no vulto das pessoas, cavalos e morros;presena da perspectiva causando impresso de uma

    profundidade. Ele viveu apenas 28 anos de idade e foi oinaugurador da pintura renascentista italiana, tendo como

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    caractersticas: a severidade, vide em Crucificao de So Pedrocom suas poucas cores a fim de acentuar o sentido severo datragdia; o realismo, vide em So Paulo despojado de adornos; adescoberta do homem, vide So Pedro na Ctedra nas quais as

    figuras humanas aparecem sob um prisma humanoprincipalmente em seus semblantes. Neste ltimo quadro sepode admirar a perspectiva ao incorporar s descobertasarquitetnicas do espao visual.

    Ticiano (1488-1576). A Famlia Vendramim Ora Perante oRelicrio da Santa Cruz Comovente, vide o pormenor do meninoque, sentado escada, abraa seu cozinho. Dnae, vide a clidasensualidade e a luz brilhante que acompanha a chuva de ouro.

    Holbein (1497-1543). Retrato de Georg Gisze, vide o usoque faz do ambiente, sua riqueza de detalhes como o tapetevermelho escondido na mesa. Cristo Morto, viso direta e exata.

    Brueghel (1525-1569). Caadores na Neve, o homem apenas um dos elementos da paisagem. Banquete Nupcial, umafesta popular. A Parbola dos Cegos, os testemunhos de ummundo em que os cegos so guiados por outros cegos.

    Cranach (1472-1553). Julgamento de Pares um quadroque mostra a seta e trs corpos femininos em trs atitudesdiferentes. Repouso da Fuga para O Egito, reala a ponto deestar fora da natureza. Ado e Eva so mostrados como oequilbrio entre o mundo dos sentidos e a imaginao. Albert deBrandeburgo diante do Crucifixo, o cu enegrecido contrastacom o manto vermelho e este combina com o sangue de

    Cristo.Registra-se que no Renascimento se teve pintores no

    renascentistas, como: Duccio (1260-1319), influenciado peloestilo bizantino, tinha impreciso no desenho, vide NossaSenhora com o Menino e os Dois Anjos; Giotto (1266-1337), notem sombreamento de claro e escuro, vide O Retiro de SoJoaquim entre os Pastores; Van der Weyden (1400-1464), no h

    sombreamento nem na pata do cavalo em Santa Madalena.

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    Barroco - Movimento artstico que floresceu na Europano sculo XVII, devido em parte Contra-Reforma,destacadamente na Itlia, e que tem como caractersticasprincipais o tema religioso em grande parte das pinturas e

    esculturas com colorido exuberante e grande quantidade deelementos decorativos (flores, colunas, linhas onduladas). Eleimpulsionou a construo e decorao das Igrejas com o intuitode transform-las em verdadeiras exibies artsticas, todo esseesplendor tinha o propsito de converter os apreciadores aocatolicismo. As figuras so apresentadas, no maisestaticamente, como se estivessem posando para um retrato,mas de forma teatral, isto , parecendo estar em movimento. Ostemas no s os religiosos, mas tambm os mitolgicos e at osdo cotidiano no esto mais sob a predominncia da razo, oque comanda agora a emoo. Os pintores mais destacadosso Caravaggio, Rubens, Rembrandt, Velasquez e Bernini. Aescultura tambm esteve presente nas construes erestauraes de fontes, como na famosa Fonte de Trevi.

    Rococ - Despontou na Frana do final do sculo XVII,caracterizado pelo uso de formas curvas e pelo excesso deornamentos, como conchas, flores e laos, valorizando aelegncia e a convenincia. As decoraes se transferiram dasigrejas e palcios para as salas privadas, com cores leves e vivase no mais cores sombrias e sim com excesso de dourado. Oprimeiro grande pintor foi Watteau cuja caracterstica foiretratar nas suas telas as festas ao ar livre, vide: Prazeres daVida. Mais tarde, a caracterstica foi a sensualidade e o grandenome foi o pintor Fragonard, vide O Balano. A arquiteturamanifestou-se principalmente nos interiores das edificaes,como no Palcio de Versalhes.

    Na Idade Contempornea [incio da Revoluo Francesa,em 1789, at os dias atuais], veio no: sculo XVIII o Classicismo eo Romantismo; sculo XIX, o Realismo, Impressionismo, Ps-

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    Impressionismo e Expressionismo; sculo XX, Cubismo, Fovismo,Abstracionismo, Dadasmo e Surrealismo, Op Art e Pop Art.

    Considerando-se estas escolas artsticas diante daconsolidao do capitalismo no mundo, talvez se possa

    equacion-las como afirmadoras e negadoras deste sistema.Classicismo - Apareceu nas ltimas dcadas do sculo

    XVIII com as escavaes arqueolgicas de Pompia e Herculano,ocasionando um desejo de recriar as formas da Antigidadegreco-romana, o que iria de encontro ao Barroco e Rococ. Oartista que mais se destacou foi o pintor David. Na arquitetura setem o Panteo de Paris, Arco do Triunfo e Capitlio de

    Washington.David (1748-1825) pintou, entre outras, duas telas: MaratAssassinado, com isso queria render um tributo ao lder morto;Retrato do Conde Franois de Nantes, ironizar a imagem dapompa e presuno; O Rapto das Sabinas, homenagem sua fielex-esposa com a qual se casou novamente.

    Romantismo - Dominou a partir do sculo XVIII com a

    Revoluo Francesa e a Revoluo Industrial, ao expressarliberdade e independncia, criando fantasia e herosmo.Destacam-se os pintores Delacroix e Goya. Na arquitetura se temo Parlamento de Londres e a pera de Paris.

    Delacroix (1798-1863): A Caa aos Lees, violncia da lutaentre o homem e a fera, entre a razo e a emoo. Outras obras:A Agitao de Tanger; Cavalos Saindo do Mar; A Liberdade

    Guiando o Povo.Realismo - Entre 1850 e 1880 predominou na Frana umrepdio artificialidade do Classicismo e do Romantismo, poissentiram a necessidade de retratar a vida, como os problemas ecostumes das classes mdia e baixa. H, com os iluministas, umretorno predominncia da razo sobre a emoo. Entre osnomes importantes sobressaem-se os pintores Millet e Coubert.Grandes marcos na arquitetura foram a construo da Torre Eifelem 1889 e o Palcio de Cristal.

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    Coubert (1819-1877): Enterro em Ornans, exibe onascimento oficial da pintura realista; Britadores de Pedramostra o homem mecanizado no isolamento produzido pornossa esplndida civilizao; A Fonte expe a carnalidade das

    mulheres irritando os romnticos; Peneiradoras de Trigo; OAteli do Pintor.Impressionismo - Movimento artstico, desenvolvido na

    Frana por volta de 1870, que procurava registrar na pintura asdiferentes tonalidades que os objetos adquirem, dependendo daincidncia da luz solar. Seu nome se deve ao desprezo de umcrtico, por esse movimento no seguir os padres estabelecidos.Os pintores passaram a pintar ao ar livre, para melhor observaros efeitos da luz sobre as pessoas, os objetos e as paisagens.Dessa forma, perceberam que podiam representar umapaisagem no como objetos individuais com cores prprias, mascomo uma mistura de cores que se combinam. Os grandespintores so Monet, Mannet, Renoir, Pissaro e Morisot. Algunsescultores como Degas e Rodin, sofreram influncia eproduziram, respectivamente, a Bailarina de Quatorze Anos eo O Beijo.

    Ps-Impressionismo - No final do sculo XIX, ocorreu umainsatisfao com o impressionismo por tratar apenas de cenaspassageiras, no dando importncia aos sentimentos eacontecimentos polticos e sociais. Alguns dos pintores quefizeram parte dessa tendncia foram Czanne, Seaurat, Gauguine Van Gogh.

    Expressionismo - Movimento artstico que valoriza ossentimentos do artista diante da realidade. Diz respeito obraque abandona as idias tradicionais e expressa a emoo doartista atravs de deformaes e exageros de forma e cor.Assim, no se retrata apenas o que se v, mas o fato que estsendo presenciado, com sua viso de mundo. Da um quadropoder ser uma crtica explorao do homem pela sociedade.

    Um de seus representantes foi Munch e entre suas obras, tm-se A Mocinha Doente.

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    A partir do final do sculo XIX, no se tem mais umgrande estilo artstico, mas sim artistas com liberdade decriao, buscando em diversos estilos a melhor maneira para seexpressar. Um exemplo Rodin com suas esculturas. Estas

    podem ser consideradas realistas, outras impressionistas ealgumas expressionistas.A arte do sculo XX teve muitas tendncias e muitos

    gneros artsticos como o Cubismo, Fovismo, Abstracionismo,Dadasmo e Surrealismo, Op Art e Pop Art. Em parte, issoocorreu pelos avanos tecnolgicos, pois como continuar presoao registro realista e impressionista diante do advento dafotografia e do computador?

    Cubismo - Estilo artstico que decompe e geometriza asformas naturais e representa os objetos como se todas as suasfaces fossem vistas ao mesmo tempo. Assim, ele rompe com aidia de arte como imitao da Natureza e abandona as noestradicionais de perspectiva, passa a valorizar as formasgeomtricas e a retratar os objetos como se eles estivessempartidos num plano. Seus criadores foram Picasso e Braque,compare o tema mulher abordado por ambos: Mulher Jovem eMulher de Camisa Sentada numa Poltrona, de Picasso, comMulher na Guitarra, de Braque.

    Fovismo - Estilo artstico que tem a cor como principalelemento do quadro. As linhas e a perspectiva ficam em segundoplano. Os inovadores foram Matisse e Derain.

    Abstracionismo - Movimento artstico que tem como

    principal caracterstica o desprezo realidade, a representaoimediata do objeto. Seus artistas usavam pontos, linhas, formasindefinidas e geomtricas, cores e manchas para se expressar,criando configuraes imprecisas. Kandinsky o iniciador. Almdo abstracionismo informal, tem-se tambm o abstracionismogeomtrico cujos pioneiros foram Malevitch e Mondrian.Abstracionismo tambm est presente nas esculturas.

    Dadasmo - Nome escolhido por um ato consciente de secolocar o dedo aleatoriamente sobre uma pgina de um

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    dicionrio. Este movimento quis mostrar que tanto o nomequanto a prpria arte no faziam mais sentido num mundoirracional que estava sendo devastado pela Guerra. Alguns deseus expoentes: Marcel Duchamp, Francis Picabaia, Man Ray,

    Marx Ernst, Hans Arp, Richard Huelsenberck e Raoul Hausmann.Surrealismo - Movimento artstico que prope o desprezoao pensamento lgico e o substitui pela interpretao doinconsciente associado aos sonhos. Assim, valorizava aspesquisas cientficas, sobretudo a psicanlise, explorando oinconsciente e os sonhos nas expresses artsticas. Seu lder foiAndr Breton. Com o passar do tempo, juntaram-se ao grupoChagall, Mir e Dali.

    Op Art- Estilo artstico que faz uso de figuras geomtricascombinadas, de maneira a provocar no espectador sensaes demovimentos. Traduzindo, quer dizer: arte ptica, ou seja, aque explora determinados fenmenos visuais com a finalidadede criar obras que paream vibrar ou cintilar. As figurasgeomtricas so posicionadas de maneira que, se o observadormudar de posio, ter a impresso de que a obra se modificou.O iniciador foi Vasarely, vide: Pal-Ket.

    Pop Art - Movimento artstico que tem como objetivo aaproximao da arte do cotidiano das pessoas, a crtica aoconsumismo e o alerta manipulao exercida pelos meios depropaganda. Objetos variados so usados pelos artistas, comosucatas, embalagens, eletrodomsticos, imagens depersonalidades, etc. Entre os seus integrantes citam-se Andy

    Warhol e Roy Lichtenstein.No Brasil, tem-se a arte indgena, africana e europia.Arte indgena representada pela pintura corporal que

    mostra os acontecimentos na vida da tribo, adereos, cermicas,tranados e cestos, alm de moradias, como a oca, einstrumentos musicais, como o marac uma espcie dechocalho.

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    Arte africana legou hbitos alimentares, costumesreligiosos, danas, instrumentos musicais e objetos artesanais dofolclore.

    Arte europia, no primeiro sculo depois do

    descobrimento, foi marcada pela arquitetura de Taipa, tcnicade construo que utiliza o barro amassado colocado sobrevaras, galhos e cips entrelaados. Alguns exemplos so: amuralha ao redor de Salvador construda por Tom de Souza, aIgreja Matriz de Canania, a Vila de So Vicente, os engenhos decana-de-acar e a Casa de Companhia de Jesus. At hoje estatcnica est presente nas casas de pescadores no Norte e

    Nordeste brasileiros.A chegada dos holandeses projetou em Recife a

    construo da Cidade Maurcia e tambm os palcios como o deFriburgo em Recife e os prdios administrativos. Frans Postdeixou 150 pinturas retratando a mata, a cidade e os engenhos.O Museu do Louvre tem sete de seus quadros, um deles:Mauritsstad e Recife. Albert Eckhout pintava frutas, verduras,

    ndios, caboclos, negros e mamelucos.O barroco brasileiro esteve presente nas cidades

    brasileiras. Mestre Atade pintou o teto da Igreja da OrdemTerceira de So Francisco em Ouro Preto. Aleijadinho trabalhouem projetos arquitetnicos e na decorao das igrejas barrocas,como a Igreja de So Francisco de So Joo del Rey, usandocomo matria prima a madeira e a pedra-sabo, bem como

    trabalhou em esculturas, como: Os Profetas.A misso artstica francesa veio ao Brasil no sculo XIX.

    Nicolas-Antoine Taunay retratou vrias paisagens do Rio deJaneiro, como Largo da Carioca. Jean-Baptiste Debret foi oorganizador da primeira exposio de arte no Brasil, em 1829. Oescritor da coleo Viagem Pitoresca e Histrica ao Brasilretratou e descreveu a sociedade brasileira da poca. Grandjean

    de Montigny projetou a Academia de Belas-Artes, o prdio daAlfndega e o mercado da Candelria. At hoje se pode ver o

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    estilo neoclssico, principalmente na arquitetura, como TeatroSanta Isabel (Recife) e Palcio do Itamaraty (Rio de Janeiro).Entre os artistas brasileiros dessa poca destacam-se os pintoresPedro Amrico, Vitor Meireles e Arsnio Cintra da Silva.

    Do sculo XIX at as trs primeiras dcadas do sculo XXcaminhou-se para o ecletismo (estilo artstico que prope aunio de estilos de diversas procedncias, como um prdio defachada neoclssica com elementos decorativos barrocos). Oestilo arquitetnico do Teatro Amazonas, o Art Nouveau com osdetalhes da Vila Penteado em So Paulo e as caricaturasdesenhadas por Raul Pederneiras, J. Carlos, K. Listo e Luiz

    Peixoto so exemplos deste ecletismo.O modernismo foi um conjunto de movimentos artsticos,ocorridos a partir do final do sculo XIX at a dcada de 1940,que rompeu com as regras impostas pelo estilo acadmico. Umgrande momento ocorreu em 1922 com a Semana da ArteModerna, contando com a participao dos artistas plsticosVtor Brecheret, Anita Malfatti, Di Cavalcanti e Vicente do RegoMonteiro, dos escritores Mrio de Andrade, Oswald de Andradee Ronal de Carvalho, dos msicos Vila-Lobos, Guiomar Novaes,Ernni Braga e Frutuoso Viana e dos arquitetos Antnio GarciaMoya e Georg Przyrembel. A partir deste movimento outrosartistas surgiram como os pintores Tarsila do Amaral, CandidoPortinari, Ismael Nery, Aldemir Martins e Alfredo Volpi. Entre osartistas populares pode se destacar Vitalino Pereira dos Santos eHeitor dos Prazeres.

    Em termos de arte contempornea tm-se o arquitetoOscar Niemeyer e o escultor Lcio Bittencourt Rodrigues.

    Problemas

    Uma obra artstica, muitas vezes, se v diante deproblemas, como os rudos, as restauraes, as tcnicas de

    reproduo e as falsidades.

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    No caso de rudos, uma obra de arte um emissor queenvia sinais. Porm, com o tempo, as distncias culturaisocasionam interferncias exteriores, que perturbam o contatocom os objetos artsticos. Por exemplo, o desconhecimento da

    funo religiosa do Juzo Final de Michelangelo ou de certosdetalhes desse quadro, como o cardeal ser uma das pessoaspintadas no inferno. Isto faz perder a inteno do autor emposicionar no plano inferior um religioso que no saiba admiraruma arte.

    No caso de restauraes, uma obra de arte vive e comisso sofre acidentes e envelhece. Para lhe devolver o estadoprimitivo existem as tcnicas de restaurao. No entanto, asgrandes exposies retrospectivas de um pintor, reunindoquadros procedentes de museus do mundo inteiro, mostramdiferenas importantes de aspecto entre os quadros, devido sescolas e tcnicas diversas de restaurao que os trataram. Porexemplo, uma escola caracterizou-se por violentas raspagens doverniz, eliminando os glacis, deixando irreconhecveis muitasobras de Rembrandt.

    Embora o aspecto material da conservao seja maisevidente na pintura, escultura e arquitetura, o processo tambmocorre na literatura e cinema. Por exemplo, as cores do filme sealteram, as cpias deterioram-se e sofrem cortes, na projeopode haver mudana de formato, velocidade, o que atua napercepo da obra.

    No caso das tcnicas de reproduo, uma obra de arte

    original no pode ser apreciada por todos, donde asreprodues, com suas tcnicas, serem elementosindispensveis na formao de uma cultura, elas no sosuficientes. Ou seja, no basta o acesso s artes pelos lbuns,pelo rdio, pelos discos, pela televiso, preciso tambm ir amuseus, concertos, teatros, cinemas, exposies, visitaremmonumentos, ler, e se possvel na matriz.

    No caso de falsidades, uma obra de arte se no assinada, se no h documentos de poca que confirmem a

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    autoria do autor, ela precisa de confirmao de especialistas quecertifiquem sua autenticidade. Um conservador de museu poramor a este, pode fazer a peritagem e dar foros de nobreza aoseu acervo com acrscimo de um grande artista.

    Mas no s a obra artstica que se v diante deproblemas, a arte em sua globalidade tambm como apriorizao da tcnica e da cincia em relao ao sentimento e aemoo.

    A cincia, quando se depara com a complexidade domundo, tenta localizar e sistematizar as constantes que o regematravs de uma espcie de transparncia terica. Assim, elachega lei da gravidade e explica a razo pelo quais os corposcaem. Desde a laranja que tomba da rvore e um homem que seatira do vigsimo andar, ambos os casos so regidos pela mesmalei. Todavia, as razes do fruto maduro e do suicdio escapam aesta lei, por tratarem de relaes intuitivas e afetivas. Por issoque uma lei cientfica, que enunciada de modo necessrio esuficiente, ausente de ambigidades, no consegue equacionaro que se quer dizer exatamente diante de um eu te amo.

    J a arte, ao ver a complexidade do mundo, prope umaviagem de rumo imprevisto, cujas conseqncias sodesconhecidas. Porm, empreendendo-a, o que conta paramuitos no a chegada, a evaso. Busca-se a arte pelo prazerque ela causa. Uma sinfonia, um quadro, um romance sorefgios, pois instauram um universo para o qual se podebandear, fugindo das asperezas da vida real, procurando as

    delcias das emoes no reais. Vivem-se as paixes como aspaixes de outros, sem os compromissos e as exigncias doreal. No fundo o mesmo motivo que fazem as pessoasassistirem a um jogo de futebol.

    Como se v, h muitas idias e problemas a respeito daarte na ltima Era da Noite. Isso tem levado aos apoios econtestaes, porm h outros que no apiam e nem

    contestam, simplesmente perguntam. A arte na Nova Era comoser? E os artistas na ltima Era da Noite como foram?

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    ARTISTAS NA LTIMA ERA DA NOITE

    Neste tpico se estudou cem artistas ocidentais restritos

    a pintura (80%), a escultura (15%) e a fotografia (5%) quemudaram a histria do mundo ocidental, destacadamente seexaminou as suas vidas, obras, idiossincrasias e desafios emprocurar transcender convenes impostas por sistemas,governantes, crticos e outras limitaes relativas burguesiacom seus valores de liberdade, igualdade e fraternidade, oureferentes espiritualidade, conscincia, aprendizagem, cultura,

    vaidade, cobia e bens materiais.A maioria destes artistas estudados oriunda da Frana(24%), Itlia (17%), Estados Unidos (14%), Inglaterra (8%), Brasil(7%), Alemanha (5%), Rssia (4%), Holanda (4%), Grcia (3%),Espanha (3%) e os restantes (11%) distribudos entre Blgica,Mxico, Hungria, ustria, Sua, Irlanda e Noruega. Um fatointeressante que entre estes cem artistas ocidentais muitosforam pressionados pelos seus pais a abandonarem a arte poruma carreira mais estvel.

    Idade Antiga

    Fdias (490-430 a.C.), escultor grego, ficou conhecido pelaperfeio com que reproduzia o ideal de beleza da formahumana. Nos ltimos anos de vida foi preso por desviar o ouroreservado para completar a esttua da deusa Atenas e por tercolocado seu prprio rosto no escudo desta deusa. Uma de suasobras: East Frieze of the Partenon.

    Praxtiles (390-330 a.C.), escultor grego, defensor dafelicidade como uma ambio tica, por isso, seus retratos dedivindades no possuem qualidades sobre-humanas, videHermes e Dionsio.

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    Idade Moderna

    Giotto (1266-1337), pintor italiano, rompeu com o estilolinear da arte bizantina e suas representaes rgidas da

    natureza, os santos ganharam aparncia comum, sua tcnicadava a sensao de terceira dimenso a expressar emoes nasfiguras humanas. Vide: Lamentao; Crucificao.

    Donatello (1386-1466), escultor italiano, fundador daescultura moderna por ter inovado a iluso de ptica, sendocapaz de criar o efeito da emoo em suas obras. Vide: O Festimde Herodes.

    Jan Van Eyck (1390-1441), pintor holands, combinou afantasia com a realidade em cenas cotidianas. Declarava que oshomens, a natureza e a vida diria transformam-se em assuntosfascinantes quando tratadas dentro de um contexto espiritual.Vide: Adorao do Cordeiro Mstico.

    Giovanni Bellini (1430-1516), pintor italiano, famoso porretratar aspectos religiosos numa sensibilidade detalhista de core luz, mais do que a nfase na linha. Vide: Agonia no Jardim.

    Hugo Van der (1440-1482), pintor holands, retirou-separa o mosteiro aos 35 anos de idade como sacerdote leigo.Embora, tenha doado todas as suas posses ao monastriomanteve uma vida extravagante incompatvel com seu ideal dehumildade, foi acometido de um colapso mental grave, seguidode ataques de insanidade e uma tentativa de suicdio. Faleceucom 42 anos de idade. Seu trabalho O Retbulo dos Portinari,

    tem toda a composio do quadro centrada na figura de Cristoonde a luz se concentra, e na ao dos pastores e o olhar fixo deMaria criam uma tenso na obra.

    Botticelli (1445-1510), pintor italiano, cujas obrasrefletem a crena de que atravs da alma que se alcana oconhecimento e a verdade ltima. Sua marca a de visomstica, forma de chegar a Deus. Piedade, drama religioso vivido

    pelo artista, pode-se notar a inquietude. So Sebastio exclui orealismo, o mrtir aparece destacado da paisagem. Alegoria da

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    Primavera exclui o realismo dessa estao, pois o belo destapoca est fora da realidade. O Nascimento de Vnus, sua maisfamosa criao, procura reconciliar o paisagismo clssico com aviso crist, que simboliza ambas as posies sobre o amor, a

    deusa Vnus simboliza no s o amor, mas tambm o ideal, averdade.Leonardo da Vinci (1452-1519), italiano, clebre em

    diversas reas como pintura, escultura, arquitetura, engenharia,fisiologia, qumica, botnica, geologia, cartografia, fsica,precursor da aviao, da balstica, da hidrulica, inventor doescafandro, pra-quedas e isqueiro. Seus talentoscaracterizavam os ideais de engenhosidade e criatividade, paraele o olho era a janela da alma. No caso das pinturas: SoJernimo, preocupao anatmica e espiritual, com presena daperspectiva; Giaconda ou Mona Lisa, sensibilidade, composio emistrio; Santana, a virgem e o menino, foi sua obra predileta;Adorao dos Magos humaniza o sacro por isso usa intensidadeluminosa que emana do grupo no profano; Anunciao,luminosa doura e delicadeza, com preciso do desenho, bemcomo de simetria e profundidade; A Ceia de Cristo, a simetriapode ser observada com muita clareza.

    Albrecht Durer (1471-1528), pintor alemo, que desejavaelevar o status da arte, que havia se degenerado sendoconsiderada um simples comrcio de produo. Fez seu Auto-Retrato, onde ele se comparou Cristo, representando a simesmo numa pose solene e frontal, com feies idealizadas.

    Para ele, um homem profundamente religioso, o artista eracomo se fosse um vaso de Deus, pois era o recipiente do domde criar a arte. J no Auto-Retrato de Oswolt Krel, mostra esterico negociante com sua expressividade no olhar e na moesquerda.

    Michelangelo (1475-1564), pintor e escultor italiano,considerado feio por todos devido a um soco no rosto

    proveniente de uma briga. Sofrendo com este desfiguramentoele decidiu glorificar o corpo masculino na escultura. A Sibila

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    Prsica tem sombreamento de claros e escuros no contrasterostos e roupas. O Juzo Final com cerca de 400 figuras entresantos, patriarcas, apstolos, mrtires, virgens, anjos e homens,desfila entre o terror e a beleza com todos os personagens nus.

    Em termos de escultura se tem Piet.Matthias Grunensald (1474-1528), pintor alemo, hbilem transformar a tragdia em algo respeitvel e digno. Ohospital para o qual ele pintou recebia pacientes com distrbiosmentais, sua compaixo por estas pessoas fez com que eletransformasse a histeria delas em glria. Ao se converter aoprotestantismo, foi dispensado do cargo de pintor da corte.Vide: Crucificao.

    Rafael (1483-1520), pintor italiano, morreuprematuramente aos 37 anos de idade por causa de seusexcessos em romances e vida social ativa. Nunca se casou,dizendo que casamento uma coisa que pode esperar at queaparea a combinao adequada entre vantagem material e aatrao pessoal. A partir da pode se entender melhor o seuquadro A Viso de um Cavalheiro onde mostra um cavalheiroadormecido sob uma rvore que divide a cena em duas partes,representando o simbolismo da escolha. Um lado representa ointelecto e a moralidade, ilustrado pela figura de uma meninasegurando um livro e a espada do cavaleiro. A outra metadeapresenta uma mulher sedutora oferecendo uma flor, a prmula,smbolo da irresponsabilidade e do prazer.

    Tintoretto (1518-1594), pintor italiano, que dava suas

    pinturas para qualquer um que realmente as admirasse. Suaprimeira pintura histrica O Milagre de So Marcos Libertando oEscravo denota sua preferncia pela agitao e pela ao.Disfarado de guarda real pode se aproximar do rei e fazeresboos para um retrato, depois de pronto o quadro, o rei quisfazer deste autor seu cavaleiro, mas o artista recusou. A ltimaCeia, a luminosidade dirigida para Jesus e a mesa em diagonal

    o que d para se fazer uma comparao com a Ceia de Cristo, deDa Vinci.

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    Giuseppe Arcimboldo (1527-1593), pintor italiano,construiu cabeas fantsticas com frutas e legumes que criavamimagens dbias, vide: Alegoria do Vero. Nesta obra, o queparece ser um nariz, na verdade um pepino cheio de calombos;

    por outro lado, uma ma a bochecha da personagem. Assimele instaurava duas imagens: pessoa e monte de frutas.Sofonisba Anguissola (1535-1625), pintora italiana,

    primeira artista do sexo feminino a conseguir famainternacional, suas pinturas faziam os personagens to vivos ques faltavam falar. Vide: seu Auto-Retrato.

    El Greco (1541-1610), pintor grego, em sua obra OEnterro do Conde Orgaz mostrou sua tcnica de medo deespaos no preenchidos.

    Caravaggio (1573-1610), pintor italiano, que viveu apenas37 anos, uma existncia to sombria, colorida e violenta comoseus quadros. Chegou a matar e a ser perdoado pelo Papa. Comono podia pagar os modelos, comeou a pintar sua prpriaimagem refletida no espelho, retratando da maldade aflio.Em Medusa usou seu prprio rosto como modelo; JovemMordida por um Lagarto, representao de um movimentocaptado a meio caminho; Crucificao de So Pedro, pesquisadinmica e espacial; As Sete Obras de Misericrdia prevalecems sombras sobre o cromtico, momento de sua vida onde seavolumam as ameaas e os perigos; So Mateus, em suaprimeira verso no foi aceita por ser considerada uma falta derespeito para com o santo; Sepultura de Cristo.

    Peter Paul Rubens (1577-1640), pintor alemo, que atuoucomo agente especial nas negociaes de paz entre Holanda,Espanha, Inglaterra e Frana. Guisto Lipsso e Seus Discpulos um quadro que possui uma riqueza de detalhes, como flores ecolunas, e uma variedade de cores. A obra que o melhorrepresenta O Julgamento de Paris em que deusas voluptuosasposam contra uma paisagem verde, representando a grandeza

    da Criao, nesse quadro que culmina a preocupao de toda a

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    sua vida: pintar o que ele considerava serem as mais belas coisasdo mundo.

    Diego Velsquez (1599-1660), pintor espanhol, foiatacado pelos crticos por seu interesse de mau gosto por

    temas inferiores ao representar a vida cotidiana. Vide: VelhaFritando Ovos.Jean Antoine Watteau (1684-1721), pintor francs,

    precursor do impressionismo, que foi deserdado por sua famliapor sua insistncia em seguir a carreira artstica. No seu quadroEmbarque para Citera mostra uma cena num jardim onde casaisandam em direo a um barco simbolizando uma viagem feita aum mundo ideal. Outras obras: Indiferente e Festas Venezianas.

    William Hogarth (1697-1764), pintor ingls, inspirando-senos escndalos da poca se tornou conhecido como crtico socialque usava imagens em vez de palavras. O Progresso de umLibertino uma narrativa com oito quadros que acompanha avida de um jovem devasso que inclua, entre outras coisas,jogatinas, falncia, priso por causa das dvidas e casamento porinteresse. Desejando realizar uma reforma social com arepresentao dos males da sociedade, pintou um soldadobebendo e agindo tolamente, o que o deixaria numa situaodesconfortvel com o rei que ficou muito furioso.

    Canaletto (1697-1768), pintor italiano, usava umaluminosidade viva aliada a cores ardentes para pintartempestade se formando no cu, como a Bacia de So Marco.

    Aleijadinho (1730-1814), escultor brasileiro. Vide:

    Escultura em Congonhas do Campo.Francisco Jos de Goya (1746-1828), pintor espanhol,

    cujo tema da vida na sociedade refletia sua concepo de que asociedade se mantm por meio de uma frgil estrutura deconvenes que est sempre prestes a se romper. O Colosso,confiana na fora do povo contra a opresso. Os Fuzilamentosde Trs de Maio representa uma insurreio na rua,

    transparecendo o medo e a opresso no rosto. O BaloAerosttico, representando a liberdade. A Famlia Real, sarcasmo

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    e ironia a famlia real e a corte. O Sbado das Bruxas, crtica asuperstio no seio do povo espanhol. Milagre do Santo mostraa f e a exaltao do povo. A Junta das Filipinas, crtica emrelao aos poderosos da Companhia Comercial das Filipinas. O

    Guarda-Chuva trata o povo espanhol como alegre, emcomparao com os nobres. Maja Desnuda, aspecto pago, quecriou enorme celeuma. Senora Sabosa Garcia, elogio adelicadeza feminina ressaltando a inocncia, a beleza e asolido. A Leiteira de Bordus, estando exilado, ele pinta um dosseus ltimos quadros, a beleza com nostalgia.

    William Blake (1757-1827), pintor ingls, que aos quatroanos de idade, disse ter tido uma viso de Deus que permaneceucomo fonte de inspirao por toda a sua carreira artstica, comoem J e Suas Filhas. A recusa de se submeter e conformar comos desejos de seus clientes era to intensa que num seu eventoapresentou o seguinte lema Do bom pblico, porm, seencontram poucos. Tal gesto lhe fez perder vrias encomendase fez com que ficasse pobre e deprimido.

    Debret (1768-1848), pintor francs, que veio para oBrasil, e se dedicou criao da Academia de Belas-Artesformando, juntamente com a obra de Rugendas, o maisimportante retrato da sociedade brasileira do incio do sculoXIX. Vide: Um Funcionrio a Passeio com sua Famlia.

    Washington Allston (1779-1843), pintor estado-unidense,o primeiro a pintar paisagens americanas, a ponto de receber oseguinte escrito apenas voc, de todos os pintores

    contemporneos, parece ter recebido o dom de entender osignificado da natureza. Vide: Paisagem com Lago.

    Rugendas (1802-1858), pintor alemo, fascinado peloexotismo tropical viajou pelas Amricas, inclusive Brasil, o quelhe rendeu o ttulo O Pintor das Amricas. um dos melhoresem pintura ao ar livre, dominando a luz e a cor. Vide: Rua Direitano Rio de Janeiro, sculo XIX; Vista da Costa perto da Bahia;

    Carregadores de gua.

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    Honor Daumier (1808-1879), pintor e escultor francs,dedicado aos temas cotidianos e crtica social, foi contratadopelo jornal humorstico La Caricature, tornando-se o cartunistapoltico mais temido na Frana. Ao desenhar o rei se

    empaturrando com cestas de ouro tirado dos pobres, foi detidopor seis meses, cumpriu a metade da pena num sanatrio ondeescreveu estou conseguindo trabalhar quatro vezes mais emminha nova penso do que conseguia na casa de papai. Nuncateve sucesso comercial, a sua obra mais clebre foi O Vago daTerceira Classe. Ao morrer, seu caixo no foi forrado com otradicional veludo porque a igreja local se recusou devido eleprofessar o amor humanitrio por seus semelhantes acima doamor a Deus.

    Julia Cameron (1815-1879), fotgrafa inglesa, comeou atrabalhar com fotografia quando tinha 50 anos de idade. Emboratenha sido criticada por causa do foco ruim e das manchas emarcas de dedo nas fotos, ela dizia que se interessava pelaprofundidade espiritual e no pela perfeio tcnica. Sua ltimapalavra foi belo. Uma de suas fotos: Dias de Vero.

    Rosa Bonheur (1822-1899), pintora francesa,especializada em retratar animais, chegando a ganhar a medalhade ouro por seu quadro A Feira de Cavalos. Na sua adolescnciavestia-se com freqncia como um garoto para poder passearcom liberdade e assim desenhar animais na natureza.Preocupada com a preciso anatmica na sua pintura, conseguiapartes de animais com aougueiros para dissecar e estudar. Sua

    filosofia de arte estava contida no verso escrito por sua autorafavorita George Sand: a arte pela arte uma palavra v. A artepela verdade, a arte pela beleza e pelo bem, esta a religio queeu procuro.

    Gustave Moreau (1826-1898), pintor francs, queenfatizou simbolicamente o lado mrbido da vida e da morte.Buscava inspirao no Coro e nas mitologias grega, egpcia e

    oriental. Eis uma de suas aquarelas: A Apario. Depois dereceber crticas hostis, entrou em anos de solido, ao morrer

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    doou suas propriedades e oito mil quadros para que o governofrancs criasse um museu.

    Dante Gabriel Rossetti (1828-1882), pintor ingls,religioso romntico, considerado um rapaz de lngua

    impertinente e aparncia vistosa, que rejeitava o materialismodo mundo industrializado e concebia o passado medieval comoum tempo de unio harmoniosa entre o indivduo e a sociedade,vide O Devaneio. Com 35 anos, se alienou da sociedade e setornou um viciado em hidrato clordrico.

    Camille Pissarro (1830-1903), pintor francs,impressionista que viveu segundo seu prprio lema: Devemoster apenas um mestre a natureza. Vide trs de suas obras:Paisagem em Chaponval, Os Telhados Vermelhos (pontilhismo) eA Ilha Lacroix.

    douard Manet (1832-1893), pintor francs, precursor doimpressionismo em seu pas. Um trao marcante de suas obras de que tanto o artista quanto o personagem esto se olhandosimultaneamente. Sua pintura mais famosa, O Almoo na Relva,retrata uma cena de piquenique em que uma mulher nua recebeas atenes de dois rapazes completamente vestidos. Os crticosatacaram a obra, considerando-a indecente, poucas vezes umquadro provocou tamanho escndalo e controversa. Este artistase tornou o piv pelo descrdito da Academia Francesa, o jrioficial da arte, num pas onde os artistas eram to intimamenteligados ao governo, ao inventar o Salo dos Recusados. O seuincio ao impressionismo foi com a obra Na Praia.

    Vitor Meireles (1832-1903), pintor brasileiro, romntico, o autor de uma das telas brasileiras mais famosas: A PrimeiraMissa do Brasil. Afastado da Academia com a Proclamao daRepblica, passou por srias dificuldades financeiras e acaboumorrendo pobre e esquecido, no Rio de Janeiro.

    James McNeill Whistler (1834-1903), pintor estado-unidense, adorava escndalos por serem uma forma de ganhar

    fama, a pintura Garota Branca ficou famosa no Salo dosRecusados.

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    Edgar Degas (1834-1917), pintor francs, acreditava queum pintor no deveria ter vida pessoal e assim nunca se casou,explicando que existe o amor e existe o trabalho, mas temosapenas um nico corao. Vide: Quatro Bailarinas; A Aula de

    Dana. Paul Czanne (1839-1906), pintor francs, no vendeunenhum de seus quadros. Os Jogadores de Carta expressaformas no espao. O Golfo de Marselha sai do impressionismoentra no cubismo. Seu Auto-Retrato.

    Auguste Rodin (1840-1917), escultor francs, conhecidopelo realismo de sua obra e por transmitir, em seus trabalhos,aspectos humanos tanto positivos como negativos, como abeleza e a ansiedade. Aos 22 anos, a morte de sua irm o deixouto traumatizado que decidiu entrar para um mosteiro ondepermaneceu por dois anos. A sua obra famosa O Pensadorexprime o sofrimento humano. Idade de Bronze representa umnu masculino com extremo realismo, o que gerou controvrsia eacusaes de que ele havia feito moldes de gesso em modelosvivos, episdio que acabou lhe trazendo mais fama do queprejuzo. Ele acreditava que a beleza era a representaoverdadeira de estados interiores, por isso no distorcia aanatomia em suas esculturas.

    Claude Monet (1840-1926), pintor francs, com seuquadro Impresso: Nascer do Sol deu origem ao movimentoimpressionista, caracterizado pela observao direta danatureza. Ficou conhecido por ser detalhista, pinceladas soltas,

    cores vivas e efeito das mudanas da luminosidade em seusestudos de natureza, chegando a pintar as duas sries Montesde Feno e lamos, que representam uma nica cena pintadadiversas vezes, porm com variaes de luz, sombra e estaodo ano. Outra situao semelhante: Catedral de Rouen. LaGrenouillre o nascimento da tendncia impressionista. AEstao de Saint-Lazare a luz tangente da manh pinta de laranja

    o pedregulho e aumenta a nota azul dos trilhos e da sombra,locomotivas e construes so fantasmas coloridos. Rua

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    Montorquie Embaiderada a obra impressionista de maioresplendor, as bandeiras ao vento mancham a tela de mltiplascores, numa exploso de luminosa felicidade. A Lagoa deNinfias guas e flores converteram-se apenas em notas

    luminosas, em torno das quais cria infinitas variaes tonais,aqui o impressionismo quase abstrato. Ele foi pintado porManet.

    Berthe Morisot (1841-1895), pintora francesa, 1impressionista. Vide: Porto de Lorient; O Bero. Ela tambm foipintada por Manet.

    Pierre Renoir, pintor francs, impressionista que preferiapintar a figura humana em vez de paisagem, vide Almoo noBarco. Sofrendo de artrite, adaptou seu estilo a pinceladas soltasamarrando um pincel em seu brao. O Baile no Moulin de LaGelette mostra a felicidade ao seu redor, inebriando-se com asinfonia de cores, movimentos e sorrisos. Rosa e Azul.

    Pedro Amrico (1843-1905), pintor brasileiro, um dosartistas mais famosos do Brasil do Segundo Imprio. Vide: ACarioca; Moiss e Jocabed.

    Henri Rousseau (1844-1910), pintor francs, autodidataaos 40 anos de idade. Suas pinturas criativas distinguiam-se pelatemtica fantstica com cenas de selva, vide: Surpresa!

    Paul Gauguin (1848-1903), pintor francs, ps-impressionista que se libertou das convenes europias talvezpor ter vivido dos 3 aos 7 anos no Peru, e aos 47 anos em diante,apaixonado pelo extico e tropical, morou em Martinica, Taiti e

    Ilhas Marquesa. Passando do impressionismo s cores brilhantese arte primitiva. Vide: Viso Aps o Sermo; Jovens Taitianascom Flores de Manga.

    Vicent Van Gogh (1853-1890), pintor holands, ps-impressionista que representa o auge da espontaneidadeemocional na pintura. Inconstante, temperamental e agitado,chegando a ameaar Guaguin com uma navalha, arrependido

    decepou sua prpria orelha, o evento foi imortalizado no quadroAuto-retrato com a Orelha Enfaixada. Ele foi para um asilo, onde

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    produziu 150 pinturas em um ano, porm, sua depresso setornou mais aguda e ele acabou atirando em si mesmo,morrendo aos 37 anos de idade. Em vida vendeu apenas umquadro: O Vinhedo Vermelho. Coerente com suas posies

    humanitrias, sua obra Os Comedores de Batata escura esombria expressando a misria do povo. Obras interessantes:Caf a Noite; Retrato de Armand Boulin; Trigal com Corvo.

    Georges Seurat (1859-1891), pintor francs, criador datcnica do pontilhismo onde as formas slidas so construdaspela aplicao de vrios pequenos pontos de cores contrastantescontra um fundo branco. Combinando arte e cincia queriadescobrir uma frmula ptica para a arte, porm, ao mesmotempo, ressaltava a importncia da pintura em transmitir valoresmorais. Ajudou a fundar a Sociedade dos Artistas Independentese achava que as pessoas em Paris estavam sempre posando ourepresentando, morreu cedo aos 32 anos de idade. Sua obramundialmente famosa Uma Tarde de Domingo na Grande-Jatte. Outra obra: O Talhador de Pedras.

    Gustav Klint (1860-1918), pintor austraco, tem comomarca registrada os retratos de mulheres extremamentesensuais, vestidas com roupas ricamente adornadas emmagnficos padres, usando cores fortes e escuras em contrastescom abundantes dourados. Sua tela mais conhecida ereproduzida em todo o mundo O Beijo.

    Paul Signac (1863-1935), pintor francs, figuraimportante do pontilhismo, passou a vida se opondo s

    convenes. Uma de suas obras: O Palcio Papa, Avignon.Edvard Munch (1863-1944), pintor noruegus, aps a

    morte prematura de seus familiares decidiu pintar os estadosmentais das pessoas vivas, que respiram, sofrem e amam. OGrito a expresso do isolamento e do medo. Auto-Retratoentre o Pndulo e o Leito a imagem de Munch no final de suaexistncia entre a vida e a morte, presente e passado, um

    mergulho interior. O Viandante Noturno manifesta onde elepassou os ltimos anos, afastado e s, vagando como um cego

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    fantasma pela casa abandonada. Paisagem enfatiza o homem eas coisas submetido as foras ativas da natureza. A Morte deMarat insiste que a mulher a potncia demonaca que anula ohomem.

    Henri de Toulouse-Lautrec (1864-1901), pintor francs,que por causa de duas quedas quando criana terminou tendoapenas 1,37m de altura, ele faleceu com 37 anos de idade. Paraele a figura humana o que interessa e aprendeu a pintar demodo que a pessoa retratada no percebesse a presena doartista, vide: Moulin Rouge; Jane Avril Danando a Mlinite.

    Camille Claudel (1864-1943), escultora francesa,colaboradora e amante de Rodin que se sentindo injustiadapelo seu amado, costumava destruir as esculturas dele. A partirdos 49anos passou a ser paciente psiquitrica, seu trabalhocontinuou desconhecido at sua morte. Um de seus trabalhos:Implorando.

    Alfred Stieglitz (1864-1946), fotgrafo estado-unidense.Menino Veneziano uma foto de um menino de rua de 10 anos,comunicando a capacidade humana de manter a beleza aomesmo tempo em que suporta o sofrimento.

    Robert Henri (1865-1929), pintor estado-unidense,revelava a vida americana com realismo dramtico. Vide:Menina Indiana em Vu Cerimonial Branco.

    Idade Contempornea

    Wassily Kandinsvy (1866-1944), pintor russo, importanteno desenvolvimento da arte abstrata, no fazia nenhumareferncia a objetos reais, vide: Paraso.

    Tarsila do Amaral (1886-1973), pintora brasileira,importante no movimento modernista no Brasil. Operrios uma tela com tema social. Sobre sua arte ela mesma escreveu:Pintura limpa, sobretudo, sem medo dos cnones

    convencionais. Liberdade e sinceridade, certa estilizao que aadaptava poca moderna.

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    Henri Matisse (1869-1954), pintor, escultor e litografistafrancs, um mestre no uso da cor e da forma para transmitiremoo, como em Odalisca com Tamborim.

    Georges Rouault (1871-1958), pintor francs, que se

    dedicou aos temas religiosos, como A Face Santa.Paul Klee (1879-1940), pintor suo, conhecido pelasimagens de sonhos, fantsticas e pelo uso da cor, como A Mortee o fogo. Ele acreditava que a arte no reproduz o visvel, masproduz o invisvel. Em 1931 foi demitido pelos nazistas queconsideravam sua arte degenerada.

    Pablo Picasso (1881-1973), pintor e escultor italiano, lderdo movimento futurista que incitava os artistas a abandonaremas restries do espao limitado e adotarem a civilizaotecnolgica. Vide: Formas nicas da Continuidade no Espao;Trs Msicos.

    Edward Hopper (1882-1967), pintor estado-unidense,que retratou a solido e o tdio da vida na cidade. Naspaisagens, mostrava os Estados Unidos como um grande espaoalienante e vazio. Certa vez declarou: Acho que nunca tenteipintar o panorama americano; tento pintar a mim mesmo.Vide: seu Auto-Retrato.

    Max Beckmann (1884-1950), pintor alemo, famoso peloretrato pessimista da sociedade e de eventos catastrficos,como o afundamento do navio Titanic em 1912. Depois depoucas semanas na Academia de Paris a deixou dizendo que oque eles fazem aqui eu j sei, em seguida fez a p todo o

    caminho entre Paris e Berlim para ver as coisas, comoexplicou. Ao expressar suas opinies sobre a guerra,especialmente contra o partido nazista, foi demitido do cargo deprofessor e teve que imigrar para Holanda, mais tarde, para osEstados-Unidos. Vide: Cristo e a Mulher Apanhada em Adultrio.

    Diego Rivera (1886-1957), pintor mexicano, inspirou omovimento da arte histrica mexicana com a representao de

    temticas sociais pintadas em murais para prdios pblicos.Vide: seu Auto-Retrato dedicado a Irene Rich.

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    Marcel Duchamp (1887-1968), pintor francs, que seconcentrou no imaginrio abstrato do sonho, vide OGrandeVidro. Exemplo de produzir arte deslocando objeto deseu contexto habitual, mostrando-o assim de modo diferente,

    como foi o caso de Roda de Bicicleta uma montagem de umpneu de bicicleta sobre um banco de cozinha. Mais tarde expssua polmica reproduo da Mona Lisa de Leonardo da Vinci, qual acrescentou um bigode e um cavanhaque com seu objetivode aniquilar a arte.

    Marc Chagall (1887-1985), pintor russo, uma de suasobras: O Violoncelista. Em 1916, envolveu-se em discusso comos lderes polticos russos sobre o que era, ou no, arte. Elescriticavam suas vacas verdes voadoras e garotas de pernas parao ar, pressionado deixou o pas, donde emigrou para Berlim em1922, onde comeou a trabalhar em sua autobiografia. Maistarde, em 1936, ele que era judeu, foi financiado para ir a Israelpesquisar temas para ilustrar a Bblia, mais tarde, realizou osmosaicos para a Praa do First National Bank, em Chicago, e asjanelas de vitral para o prdio das Naes Unidas, em Nova York.

    Gergia OKeefe (1887-1986), pintor estado-unidense,que fez uma mostra onde as pinturas no eram nem assinadasnem datadas por acreditar que qualquer caracterstica pessoalem uma pintura deveria ser o suficiente como assinatura. Vide:Radiator Building.

    Man Ray (1890-1976), pintor e fotgrafo estado-unidense, que em seu obiturio lia-se: ele usou materiais da

    arte para ridicularizar as idias srias sobre ela. Certa vezquerendo provocar a participao do pblico em suas obras,pendurou uma de suas telas pela ponta, fazendo com que opblico tivesse que endireitar para poder v-la. Outra vez, fezsuas primeiras fotografias, que pintou com um pulverizador detinta de ar comprimido e chamou de aerografias. Vide: seuAuto-retrato.

    Naum Gabo (1890-1977), escultor russo, lder domovimento construtivista, vide: Cabea de Mulher. Logo aps a

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    revoluo russa a sua obra comeou a ser fiscalizada pelogoverno, e, como represlia escreveu o Manifesto descrevendoque a arte tem um valor absolutamente independente e umafuno a realizar. A Oposio forou-o a se mudar para Berlim.

    Em 1932, foi a vez de sofrer com a perseguio nazista quesaqueou seu estdio. Em 1946 emigrou para os Estados Unidos.Lasar Segall (1891-1957), pintor russo, que se mudou

    definitivamente para o Brasil. Sua pintura, basicamentefigurativa, mostrava tipos humanos, desde prostitutas atcamponeses. Usava cores fortes e deformava os corpos e osrostos dos personagens de modo a expressar suas emoes,como em Os Condenados; Paisagem Brasileira; Maternidade.

    Joan Mirro (1893-1983), escultor e pintor espanhol,combina elementos de realidade e fantasia, como Carnaval deAlerquim. O objetivo dos surrealistas como ele, era denunciar otradicionalismo e realizar atos ultrajantes para chocar a classealta. Sua obra mais clebre, Cachorro Latindo para a Lua, interpretada como um elo simblico entre o mundo fsico e ointelectual. Seu trabalho se tornou poltico no apoio resistnciaespanhola contra o fascismo. Alegava que a forma nunca umacoisa abstrata: sempre o smbolo de alguma coisa.

    Vitor Brecheret (1894-1955), escultor brasileiro,integrante do movimento modernista que inclui desde figurasfemininas a grandiosos monumentos como o Monumento sBandeiras, com 50 metros de comprimento e 37 figurasexpressivas, que representam todas as raas brasileiras e a

    contar a saga dos bandeirantes que desdobravam o interior doEstado de So Paulo. Vide tambm: D. Pedro II; Tocadora deGuitarra.

    Stuart Davis (1894-1964), pintor estado-unidense,precursor da art pop, uma de suas obras Lucky Strike,considerada uma colagem na pintura. Certa vez declarou:preguei um ventilador, uma luva de borracha e um batedor de

    ovos numa mesa, e fiz deles meu tema exclusivo por um ano.Uma obra dessa fase foi Batedor de Ovos.

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    Norman Rockwell (1894-19780), pintor e ilustradorestado-unidense, fez um pacto de sangue com seus amigos,jurando nunca fazer arte barata, nunca fazer trabalhospublicitrios e nunca ganhar mais do que 50 dlares por

    semana. Suas vises excluam o srdido e o feio. Eu pinto avida como gostaria que ela fosse. Vide: Hasten TheHomecoming Buy Victory Bonds.

    Alfredo Volpi (1896-1988), pintor praticamente brasileiro,dizia: Para mim s existe a cor. Este negcio de me colocarementre os concretistas est errado, afinal, eles esto procura daforma, e eu, apenas da cor. Ficou conhecido como mestre dasbandeirinhas, como nesta obra sem ttulo.

    Di Cavalcanti (1897-1976), caricaturista, escritor, poeta epintor autodidata brasileiro, foi o idealizador da Semana da ArteModerna de 1922. Ficou conhecido internacionalmente aoconseguir expressar o lado alegre e sensual do pas, comonenhum outro pintor. Cinco Moas de Guaratinguet foi pintadocom cores fortes e alegres, moas de olhares sonsos e lnguidos.Mas com as mulatas que ficou conhecido pelo pblico,ganhando o rtulo de pintor das mulatas.

    Ren Magritt (1898-1967), pintor belga, surrealista comcaracterstica ilusionista, lembrando sonho, que demonstramhumor e inteligncia. O Espelho Falso um quadro com um olhoenorme preenchendo a tela, refletindo o cu cheio de nuvens.

    Alexander Calder (1898-1976), escultor estado-unidense,lutador dos direitos humanos usando deliberadamente a palavra

    trabalho em vez de arte para descrever sua atividade.Mbile descrevia como abstraes que no lembram nada queexiste na vida, a no ser o modo de reagir. Estbile diante daestao de ferro de Genoble.

    Henry Moore (1898-1986), escultor britnico, conhecidopor suas esculturas amplas e semi-abstratas do corpo humanona posio reclinada. Ele afirmava: tive muita sorte em no ter

    entrado para uma escola de artes antes de saber que no sepode acreditar no que os professores dizem. Acreditando que a

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    escultura uma descoberta sem fim, declarou que todo meudesenvolvimento como escultor uma tentativa de entender edescobrir o que a forma. Vide: Cabea Lunar.

    Cndido Portinari (1903-1962), pintor brasileiro, primeiro

    modernista premiado no exterior. Os dois painis sobre a guerrae sobre a paz, para a nova sede da Organizao das NaesUnidas, em Nova York, s foram inaugurados no ano seguinte asua concluso, devido poca de caa aos comunistas nosEstados Unidos e dele ser filiado ao Partido Comunista Brasileiro.Vide: Retirantes.

    Salvador Dali (1904-1989), pintor espanhol, comcomportamento marcado por episdios de histeria grave. Seuestilo influenciado pela teoria do inconsciente de Freud. Ativopoliticamente terminou por ser expulso da escola, mas segundoele a expulso foi resultado de sua recusa em fazer uma provade histria da arte aplicada por professores que ele julgavaintelectualmente inferiores a ele. Pintando objetos em paisagensdesoladoras, a qual descreveu como imagens de sonhospintados mo, ele denominava esse mtodo de paraniacrtica. Era um estado mental no qual a razo eradeliberadamente suspensa para permitir a emergncia dosubconsciente. A tcnica fica evidente em A Persistncia daMemria onde relgios flexveis esto pendurados em rvoresdistorcidas. Vide tambm O Sono.

    Willem De Kooning (1904-1997), pintor e escultor estado-unidense, considerado uma pessoa que preferia ser

    desagradvel a se conformar com as idias dos outros. Mulher Ialcanou uma sntese entre a pintura figurativa e abstrata,usando pinceladas em golpes para criar uma imagemfragmentada e distorcida.

    Frida Kahlo (1907-1954), pintora mexicana, ao ficarparaltica devido a um atropelamento por um nibus, comeou apintar para esquecer a dor. Seus quadros tinham grandes reas

    coloridas, incluam elementos fantsticos e expressavam seussentimentos sobre o acidente e a impossibilidade de ser me,

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    vide: Auto-Retrato com um Macaquinho. Filiando-se ao PartidoComunista Jovem pintou o famoso quadro que representa a vidado povo mexicano O nibus procurando mostrar que todas aspessoas so iguais e merecem uma posio econmica igual.

    Nunca se empenhou em expor seus quadros, contentando-sesimplesmente expressar seus sentimentos. A Coluna Quebrada amostra usando um colete de ao, com o corpo aberto, revelandouma coluna grega quebrada no lugar de sua coluna vertebral.Hospital Henry Ford mostra seu sofrimento por no poder terfilhos, em que ela se representa numa ama de hospital, rodeadapor um beb, um osso plvico e uma mquina.

    Henri Cartieax-Bresson (1908-?), fotgrafo francs,destacando-se em capturar o momento decisivo. Ele preferiaregistrar as reaes das pessoas aos eventos. Ei-lo na foto.

    Francis Bacon (1909-1992), pintor irlands, autodidata,seu estilo individual se baseava em imagens de terror e dio,vide: seu Auto-retrato.

    Jackson Pollock (1912-1956), pintor estado-unidense,pioneiro da arte expressionista abstrata, em que a tinta gotejada sobre a tela sem nenhum ponto central fixo, como emNmero 1. Mais tarde, comeou seu tratamento psiquitricopara se livrar do alcoolismo, seu mdico fazia-o desenhar comoparte da terapia.

    Robert Capa (1913-1954), fotojornalista hngaro, expulsodo pas por causa de sua participao poltica. A foto maisfamosa mostra um soldado legalista na Guerra Civil Espanhola

    no exato segundo em que uma bala lhe tira a vida. Ele seembrenhou em diversas guerras em vrias partes do mundopara poder capturar as melhores imagens dizendo que se suasfotos no saem boas porque voc no se aproximou osuficiente. Ao cobrir a guerra na Indochina acabou sendo mortona exploso de uma mina terrestre, quando tentava capturar acena de soldados guerreando.

    Andy Warhol (1930-1987), pintor e cineasta estado-unidense, lder do movimento da art pop que se empenhava em

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    eliminar o individualismo na arte e a criar arte que se assemelha vida cotidiana. Ele dizia que pintava objetos que j existiamporque no tinha nenhuma idia prpria. Comeou a reproduzirnotas de dinheiro porque um marchand havia lhe dito para

    pintar tudo o que fosse mais importante para si. Lembrando queadorava sopas e que havia tomado a mesma sopa no almoo nacasa de sua me por 20 anos, pintou pilhas de latas de sopaCampbel produzindo 100 latas de sopa. As pinturas foramexpostas no ano seguinte e obtiveram grande sucesso comercial.Um trabalho similar consiste em Imagens Mltiplas da Estrela deCinema Marilyn Monroe. Defendia sua arte dizendo: Pintocoisas que sempre achei bonita coisas que a gente usa todos osdias e que nunca pensa a respeito.

    Os artistas contemporneos tem procurado novoscaminhos e criando assim novas formas, como: A Arte de Beijar,de David Bethall; Pssaro de Fogo e a Morte, de Niki de SaintPhalle e Jean Tinguely; Mulher de Trigo em Perigord, de JeanPhillippe Thomasson; Pont-Neuf, de Javacheff Christo; DoisNveis, de Buren.

    Enfim, como se pode ter visto h muitas idias a respeitoda arte e dos artistas na ltima Era da Noite. Isso tem levado aosapoios e contestaes, porm h outros que no apiam e nemcontestam, simplesmente perguntam. A arte e os artistas naNova Era como ser? Por exemplo: artes e artistas existenteslevam ao paraso na Terra? Ou haver necessidade de uma novaarte e de novos artistas? Ou deve-se abandonar o sonho de um

    mundo ideal para este planeta? E o que Mokiti Okada ensina arespeito da arte e artistas, desses apoios, contestaes eperguntas?

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    ARTE SEGUNDO A FILOSOFIA DA NOVA ERA

    Relao com o Belo, o Reino dos Cus,

    o Paraso Terrestre e o Mundo

    O Belo uma vontade divina, desde queno ultrapasse condies

    Acima das existncias criadas, tem-se o Criador, com umplano para o planeta Terra de torn-lo um paraso, isto , um

    mundo de Verdade, Bem e Belo. O desabrochar de formosasflores, a existncia de lindas paisagens, comidas deliciosas,roupas nobres e casas agradveis no foram criados em vo,mas sim para recrear os homens. Fazer esforo para convivercom coisas feias significa rebelar-se contra a Vontade do Criador.Neste sentido, desde que no sejam ultrapassadas as condiesadequadas a cada indivduo para no correr o risco de virarpresuno e ostentao: as vestes, a alimentao e a moradia dohomem devem ser as mais belas possveis.

    Terceiros que desconheciam esse fato, achavam a vida deMeishu-Sama exageradamente luxuosa. Isso acontecia porque,desde tempos antigos, os fundadores de religies escolhiam umavida de abstinncia como meio de aprimoramento e faziam divulgao das doutrinas levando uma vida pauprrima. Naverdade, aqueles religiosos estavam na Era da Noite e a Religioera divulgada por meios infernais, plenos de Fealdade. Chegou,porm, a poca de Transio, o mundo est para entrar na Erado Dia, a salvao ser efetuada num estado paradisaco, repletodo Belo que no algo exclusivo do desejo humano, pois atuma flor aspira a beleza, gosta de ser apreciada.

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    Uma manifestao da verdade e bemexpressa pelo sentimento

    Meishu-Sama conduz as pessoas ao caminho do Reino

    dos Cus ensinando-lhes a Verdade, praticando o Bem e fazendocom que elas apreciem o Belo. A Verdade e o Bem so coisasespirituais, mas o Belo se expressa por meio de formas, elevandoo esprito do homem pela sua contemplao.

    Mas, o que significa realmente o Belo? Como relacion-locom a Verdade e o Bem? Se ele, em ltima instncia, no est nonvel das palavras e aes, mas sim do pensamento, qual a sua

    predominncia? Na razo, sentimento ou vontade? A respostade Mokiti Okada a de que o Belo uma demonstrao daveracidade e virtude concludente do amor, isto , umadeclarao da Verdade e Bem, ditada pelo sentimento. Ou ainda,de que Belo inclui Verdade e Bem, no sentido de que ele aforma criada pelo Bem num pensamento gerado pela Verdade.Assim, uma beleza verdadeira no provm nunca de cosmticos,

    mas sim da Verdade e Bem.

    Uma coluna de salvao na era do dia

    Meishu-Sama revelou os erros e ensinou a forma decorrigi-los atravs da Verdade, com o Johrei na sade, o Bem,com a Agricultura Natural no cultivo, e o Belo, nas Belas-Artes.

    Ele colocou grande empenho nas belas-artes, como naconstruo do prottipo do Paraso Terrestre e nos seusensinamentos: O Paraso o Mundo da Arte e A Nossa Igreja uma Religio Artstica. Nestes ensinou que elevarsensibilidade esttica o mesmo que elevar espiritualidade namesma proporo, e que o baixo nvel das artes, na poca atual,est degradando a espiritualidade das pessoas.

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    Algo que pode ser exterior e interior

    Beleza a qualidade do que belo. Pode ser maisexterior, como um conjunto harmonioso de formas e propores

    que despertam um sentimento de prazer e admirao atravsdas sensaes, ou mais voltada para o interior, como umconjunto de predicados morais e intelectuais, que despertam umsentimento de prazer e admirao via intuies. Assim, pode-seenunciar que belo no s exterior, mas tambm algo interior,sendo este muito mais importante. Basta perceber que aespiritualidade do criador de uma obra de arte seduz com maiorinspirao. J o interesse e a apreciao visual de uma formafsica de beleza podem esvaecer. Seria ideal que as pessoaspossussem as duas juntas, fsica e espiritual, mas dificilmenteisso acontece. Alm disso, se a pessoa deixar de se preocuparapenas com a aparncia e empenhar-se em polir o seu interior epraticar o bem, com toda certeza essa beleza interior semanifestar, e ela ficar ainda mais bela.

    Nos tempos antigos, havia aqueles que ensinavam:Como existem mais pessoas feias do que bonitas neste mundo,as pessoas belas devem se reservar e ocultar ao mximo a suabeleza. Mas a beleza torna o mundo mais alegre, portanto noh razo para se agir com tanta reserva. Deve-se tentar ampliara beleza natural que se possui, mas que esta seja utilizadaexclusivamente para o bem. Se usada para o mal, ela deixar dese manifestar e, com o passar do tempo, acabar perdendo o

    seu brilho. Por outro lado, as pessoas feias tambm no devemjamais ser pessimistas. Por mais feia que uma pessoa seja, se forobservada com ateno, encontrar-se- algum detalhe como,por exemplo, os olhos, a delicadeza dos lbios ou a fisionomiaatraente. H pessoas que gostam mais de um rosto com certasimperfeies do que de um rosto perfeito como o de umaboneca, e h o fato de que o padro de beleza muda de acordo

    com a poca e de indivduo para indivduo.

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    A maior felicidade a pessoa unir-se a algum quereconhea a sua beleza, seja ela interior ou exterior. As pessoaschegam at a considerar que seus cnjuges sejam reencarnaesde divindades ou anjos, por isso o mundo pode se manter

    harmonioso, o que muito bom.

    Eficiente no pensamento, palavra e ao dos deuses

    O Belo no um pilar simplesmente de prazer pessoal,um sustentculo de vaidade egosta, mas sim de estticacoletiva, vaidade altrusta, ou seja, ele uma coluna de salvaoque ocasiona no simplesmente uma satisfao individual, mastambm o que causa uma sensao agradvel aos outros. Assim,pode-se dizer que uma espcie de verdadeira e boa ao.

    Quanto mais alto grau de civilizao a sociedade alcanar,tudo dever se tornar mais belo. Na vida dos selvagens noexiste quase nenhuma beleza. Por isso tambm se pode dizerque o progresso da civilizao , em parte, o progresso do Belo.Os homens que alcanam o Cu, ou melhor, os que deixam deser homens para serem deuses, possuem beleza nos prpriospensamentos, palavras e aes, isto , sua razo, sentimento evontade bem como sua escrita, oratria e atitude so belas.

    O Reino dos Cus o seu mundo

    Meishu-Sama ensina que o Mundo Espiritual

    compreende trs planos: Superior (tambm chamado Cu),Intermedirio (ou Purgatrio) e Inferior (ou Inferno), cada umdeles formado por sessenta camadas.

    O nvel espiritual do planeta Terra, quando existiamapenas os reinos inferiores (ou seja, os reinos dos minerais,vegetais e animais), correspondia ao Plano Inferior. Com osurgimento do reino intermedirio (reino humanide, isto , dos

    homens), que hoje chamado de reino superior, passou-se parao Plano Intermedirio. Somente no ano 2021 surgir, de fato, o

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    reino superior (reino dos deuses) e se chegar ao Plano Superior.Mas tudo tem nvel espiritual, ou seja, tudo est localizado emuma das 180 camadas do Mundo Espiritual. Quando se diztudo, se quer dizer no apenas os seres dos reinos, como o

    minrio de ferro, chuchu, leo e homem, mas tambm ospensamentos, as palavras e as aes. Por exemplo, aesmaterialistas, egostas, de suicdio, de vingana, etc. so de nvelbaixo, enquanto que as espiritualistas, altrustas, vivificadorasso de nvel alto. Palavras como te odeio, diabo e palavresso de nvel baixo, j te amo, Deus e fonemas da oraoAmatsu Norito so de nvel