Interligação Elétrica Sul S.A. Demonstrações Contábeis Regulatórias elaboradas de acordo com o Manual de Contabilidade do Setor Elétrico
Interligação Elétrica Sul S.A. Demonstrações Contábeis Regulatórias
elaboradas de acordo com o Manual de
Contabilidade do Setor Elétrico
ÍNDICE Balanços Patrimoniais 3 e 4
Demonstração do Resultado do Exercício 5
Demonstração do Resultado Abrangente 5
Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido 6
Demonstração dos Fluxos de Caixa 7
Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis Regulatórias 8
1. Contexto Operacional 8
2. Base de Preparação e Apresentação das Demonstrações Contábeis Regulatórias 8
3. Principais Práticas Contábeis 9
4. Normas e Interpretações Novas e Revisadas 10
5. Caixa e Equivalentes de Caixa 10
6. Caixa Restrito 11
7. Contas a Receber – Concessionárias e Permissionárias 11
8. Tributos e Contribuições a Compensar 11
9. Imobilizado 12
10. Intangível 15
11. Empréstimos e Financiamentos 16
12. Tributos e Encargos Sociais a Recolher 18
13. Encargos Regulatórios a Recolher 18
14. Provisões 19
15. Patrimônio Líquido 19
16. Receita Operacional Bruta 20
17. Resultado Financeiro 21
18. Imposto de Renda e Contribuição Social 22
19. Transações com Partes Relacionadas 22
20. Instrumentos Financeiros 22
21. Seguros 25
22. Conciliação do Balanço Patrimonial e Demonstração do Resultado Regulatório e Societário 25
1
RELATÓRIO DOS AUDITORES INDEPENDENTES
Aos Administradores da
IESUL - Interligação Elétrica Sul S.A
Examinamos as demonstrações contábeis regulatórias da IESUL - Interligação Elétrica Sul S.A. ,
que compreendem o balanço patrimonial em 31 de dezembro de 2016 e as respectivas
demonstrações do resultado, do resultado abrangente, das mutações do patrimônio líquido e dos
fluxos de caixa para o exercício findo naquela data, assim como o resumo das principais práticas
contábeis e demais notas explicativas. As demonstrações contábeis foram elaboradas pela
administração com base no Manual de Contabilidade do Setor Elétrico (MCSE), aprovado pela
Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL por meio da Resolução Normativa n.o 605, de
11 de março de 2014.
Responsabilidade da administração pelas demonstrações contábeis regulatórias
A administração é responsável pela elaboração e adequada apresentação dessas demonstrações
contábeis de acordo com o MCSE, e pelos controles internos que a administração determinou
como necessários para permitir a elaboração dessas demonstrações contábeis regulatórias livres
de distorção relevante, independentemente se causada por fraude ou erro.
Responsabilidade dos auditores independentes
Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações contábeis
regulatórias com base em nossa auditoria, conduzida de acordo com as normas brasileiras e
internacionais de auditoria. Essas normas requerem o cumprimento das exigências éticas pelos
auditores e que a auditoria seja planejada e executada com o objetivo de obter segurança
razoável de que as demonstrações contábeis regulatórias estão livres de distorção relevante.
A auditoria envolve a execução de procedimentos selecionados para obtenção de evidência a
respeito dos valores e divulgações apresentados nas demonstrações contábeis regulatórias. Os
procedimentos selecionados dependem do julgamento do auditor, incluindo a avaliação dos
riscos de distorção relevante nas demonstrações contábeis regulatórias, independentemente se
causada por fraude ou erro. Nessa avaliação de riscos, o auditor considera os controles internos
relevantes para a elaboração das demonstrações contábeis regulatórias da companhia para
planejar procedimentos de auditoria que são apropriados nas circunstâncias, mas não para fins de
expressar uma opinião sobre a eficácia dos controles internos da companhia. A auditoria inclui,
também, a avaliação da adequação das práticas contábeis utilizadas e a razoabilidade das
estimativas contábeis feitas pela administração, bem como a avaliação da apresentação das
demonstrações contábeis regulatórias tomadas em conjunto.
Acreditamos que a evidência de auditoria obtida é suficiente e apropriada para fundamentar
nossa opinião.
Opinião
Em nossa opinião, as demonstrações contábeis regulatórias acima referidas apresentam
adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da IESUL -
Interligação Elétrica Sul S.A. em 31 de dezembro de 2016, o desempenho de suas operações e os
2
seus fluxos de caixa para o exercício findo naquela data, de acordo com o MCSE.
Base de elaboração das demonstrações contábeis regulatórias
Sem modificar nossa opinião, chamamos a atenção para a nota explicativa 2 às demonstrações
contábeis regulatórias, que descreve a base de elaboração dessas demonstrações contábeis. As
demonstrações contábeis regulatórias foram elaboradas para auxiliar a companhia a cumprir
determinação da ANEEL. Consequentemente, essas demonstrações contábeis regulatórias podem
não ser adequadas para outro fim.
Outros assuntos
A IESUL - Interligação Elétrica Sul S.A. elaborou um conjunto de demonstrações contábeis
separado para o exercício findo em 31 de dezembro de 2016, de acordo com as práticas contábeis
adotadas no Brasil e as normas internacionais de relatório financeiro (IFRS) emitidas pelo
International Accounting Standards Board (IASB), sobre o qual emitimos relatório de auditoria
independente separado, com data de 13 de fevereiro de 2017.
São Paulo, 24 de abril de 2017.
Boucinhas, Campos & Conti
Auditores Independentes S.S.
CRC-2SP005528/O-0
Toshio Nishioka
Contador CRC 1SP 104690/O-5
IESUL - Interligação Elétrica Sul S.A. CNPJ 10.261.111/0001-05
Balanços Patrimoniais
Em 31 de dezembro de 2016 e 2015
Valores expressos em milhares de reais
As notas explicativas são parte integrante das demonstrações contábeis regulatórias
3
Ativo Notas
2016
2015
Circulante
Caixa e Equivalentes de Caixa 5
1.005
1.240
Aplicações Financeiras
-
-
Contas a receber – Concessionárias e Permissionárias 7
2.112
1.741
Serviços em Curso
-
-
Estoques
-
-
Tributos Compensáveis 8
616
569
Adiantamento de Fornecedores
5
66
Outros
-
-
3.738
3.616
Não Circulante
Realizável a Longo Prazo
Caixa Restrito 6
1.591
1.573
Contas a receber - Concessionárias e
Permissionárias 7
-
-
Depósitos Judiciais e Cauções
247
32
1.838
1.605
Imobilizado 9
225.165
218.845
Intangível 10
11.409
17.486
236.574
236.381
Total do Ativo
242.150
241.602
IESUL - Interligação Elétrica Sul S.A. CNPJ 10.261.111/0001-05
Balanços Patrimoniais
Em 31 de dezembro de 2016 e 2015
Valores expressos em milhares de reais
As notas explicativas são parte integrante das demonstrações contábeis regulatórias
4
Passivo Notas
2016
2015
Passivo Circulante
Fornecedores
6.730
6.826
Empréstimos, Financiamentos e Debêntures 11
3.779
4.575
Tributos e Encargos Sociais a Recolher 12
450
443
Encargos Setoriais 13
609
506
Provisões 14
978
1.233
Outros
36
-
12.582
13.583
Não circulante
Empréstimos e Financiamentos 11
23.494
26.548
Encargos Regulatórios a Recolher
Provisões 14
-
-
Outros (AFAC) 4.422
27.916
26.548
Patrimônio líquido
Capital Social 15
211.515
208.257
Lucro/ Prejuízo Acumulado 15 (a)
(9.863)
(6.787)
201.652
201.470
Total do Passivo e do Patrimônio Líquido
242.150
241.602
IESUL - Interligação Elétrica Sul S.A. CNPJ 10.261.111/0001-05
Demonstrações do Resultado
Exercícios findos em 31 de dezembro de 2016 e 2015
Valores expressas em milhares de reais
As notas explicativas são parte integrante das demonstrações contábeis regulatórias
5
Notas
2016
2015
Operações em continuidade
Disponibilização do sistema de transmissão e distribuição 16
17.998
14.366
17.998
14.366
Tributos
PIS
(192)
(194)
COFINS
(887)
(890)
(1.079)
(1.084)
Encargos – Parcela “A”
Reserva Global de Reversão – RGR
(385)
(350)
Taxa de Fiscalização de Serviços de Energia Elétrica - TSFEE
(56)
(35) Pesquisa e Desenvolvimento – P&D
(158)
(126)
(599)
(511)
Receita Líquida / Ingresso Líquido
16.320
12.772
Custos e Gerenciáveis – Parcela “B”
Pessoal e Administradores
(999)
(722)
Material
(46)
(44) Serviços de Terceiros
(7.578)
(6.559)
Provisões para Contingências
-
-
Depreciação e Amortização
(7.375)
(5.129) Seguros
(83)
(89)
Doações, Contribuições e Subvenções.
-
(10) Arrendamento e Aluguéis
(37)
(27)
Outras Receitas Operacionais
-
- Outras Despesas Operacionais
-
-
Gastos Diversos
(88)
(45)
(16.206)
(12.625)
Resultado da Atividade
114
147
Resultado Financeiro
Receitas Financeiras 17
236
518
Despesas Financeiras 17
(3.426)
(2.106)
(3.190)
(1.588)
Resultado antes dos impostos sobre o lucro
(3.076)
(1.441)
Despesas com impostos sobre o lucro - corrente 18
-
-
Resultado Líquido do Exercício
(3.076)
(1.441)
Resultado do Exercício
(3.076)
(1.441)
Outros resultados abrangentes
-
-
Total de resultados abrangentes do exercício,
líquidos de impostos
(3.076)
(1.441)
IESUL - Interligação Elétrica Sul S.A. CNPJ 10.261.111/0001-05
Demonstrações das Mutações do Patrimônio Líquido
Exercícios findos em 31 de dezembro de 2016 e 2015
Valores expressos em milhares de reais
As notas explicativas são parte integrante das demonstrações contábeis regulatórias.
6
Reserva de Lucros
Notas Capital Social Legal Especial Retenção de Lucros Lucros Acumulados Total
SALDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2014
201.857 -
- - - (5.345) 196.512
Lucro Líquido do Exercício
- - - - (1.441) (1.441)
Aumento de Capital
6.400 - - - - 6.400
Reserva Especial - - - - - -
Reserva para Retenção de Lucros - - - - - -
SALDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2015
208.257 - - - (6.787) 201.470
Lucro Líquido do Exercício
- - - - (3.076) (3.076)
Aumento de Capital
3.258 - - - - 3.258
Reserva Especial - - - - - -
Reserva para Retenção de Lucros - - - - - -
SALDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016
211.515 - - - (9.863) 201.652
IESUL - Interligação Elétrica Sul S.A. CNPJ 10.261.111/0001-05
Demonstrações do Fluxo de Caixa
Exercícios findos em 31 de dezembro de 2016 e 2015
Valores expressos em milhares de reais
As notas explicativas são parte integrante das demonstrações contábeis regulatórias
7
Notas 2016
2015
Fluxo de Caixa das atividades operacionais
Lucro Líquido do Exercício
-3.076 -1.441
Ajustes para reconciliar o lucro líquido ao caixa
gerado pelas (utilizado nas) atividades operacionais
- -
Depreciação e Amortização 9 - -
Provisão para Demandas Judiciais
- -
Custo Residual de Ativo Imobilizado baixado
- -
Juros e Variações Monetárias e Cambiais sobre Ativos e Passivos
1.876 2.304
-1.200 863
(Aumento) Diminuição de Ativos
Caixa Restrito
-18 71
Contas a Receber - Concessionárias e Permissionárias
-371 -367
Estoques
- -
Tributos Compensáveis
-47 -91
Depósitos Judiciais e Cauções
-214 -
Adiantamento a Fornecedores
61 -16
Serviços em Curso
- -
Outros
-
-589 -403
Aumento (diminuição) de Passivos
Fornecedores
-96 -1.251
Tributos e Encargos Sociais a Recolher
6 -320
Encargos Setoriais
103 20
Provisões
-255 338
Outros
36 -
AFAC 4.422 -
4.216 -1.213
Caixa Líquido gerado nas atividades operacionais
2.427 -752
Fluxo de Caixa das atividades de investimentos
Aplicações Financeiras
Imobilizado 9 -193 2.495
Intangível 10 -3.605
Caixa utilizado nas atividades de investimentos
-193 -1.110
Fluxo de caixa das atividades de financiamento
Pagamentos de Empréstimos (principal) 11 -3.851 -3.836
Pagamentos de Empréstimos (juros) 11 -1.876 -2.053
Integralização de Capital
3.258 6.400
Caixa utilizado nas atividades de financiamentos
-2.469 511
Aumento (redução) Líquido em Caixa e Equivalentes de Caixa
-235 -1.352
Caixa e Equivalentes de Caixa no final do exercício
1.005 1.240
Caixa e Equivalentes de Caixa no início do exercício
1.240 2.591
Variação em Caixa e Equivalentes de Caixa
-235 -1.351
IESUL - Interligação Elétrica Sul S.A. CNPJ 10.261.111/0001-05
Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis Regulatórias
Exercícios findos em 31 de dezembro de 2016 e 2015
Valores expressos em milhares de reais
8
1. Contexto Operacional
1.1 Objeto Social
A Interligação Elétrica Sul S.A. (“IESUL” ou “Companhia”) é uma sociedade de capital privado,
constituída no exercício de 2008, com o propósito de exploração de concessões de serviços públicos de
transmissão prestados mediante a implementação da infraestrutura, a operação e a manutenção de
instalações de transmissão de energia elétrica, linhas, subestações, centros de controle e respectiva
infraestrutura, incluindo os serviços de apoio e administrativos, a provisão de equipamentos e materiais
de reserva, as programações, as medições e os demais serviços complementares necessários à transmissão
de energia elétrica, segundo os padrões estabelecidos no contrato de concessão firmado com o Poder
Concedente em 16 de outubro de 2008, bem como na legislação e nos regulamentos aplicáveis.
A Companhia foi criada por consórcio, composto pelas empresas CTEEP (50%) e CYMI (50%).
1.2 Concessões
A IESUL detém a concessão das instalações associadas ao Lote I do Leilão 004/2008 promovido pela
Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL, e referente a linha de transmissão, em 230 KV, com
origem na subestação Joinville Norte e término na Subestação Curitiba, da linha de transmissão, em 230
kV, com origem na subestação Jorge Lacerda B e término na subestação Siderópolis, e subestação
Forquilhinha, em 230/69 kV e capacidade de transformação de 300 MVA, localizadas no Estado de Santa
Catarina. Suas atividades estão reguladas pelo Contrato de Concessão de Transmissão de Energia Elétrica
nº 016/08, firmado com a própria ANEEL em 16 de outubro de 2008, e prazo de concessão de 30 anos. A
Receita Anual Permitida – RAP associada à prestação dos serviços, em conformidade com o contrato de
concessão, é de R$ 6.616, tendo como referência o mês de junho de 2008, e será reajustada anualmente,
em 01 de julho de cada exercício, com base na variação anual do Índice de Preços do Consumidor Amplo
– IPCA, sofrendo ainda revisão tarifária em intervalos periódicos de cinco anos ao longo do período de
concessão, sendo que este ciclo tem inicio a partir do primeiro mês de julho subsequente à data da
assinatura do contrato de concessão supracitado.
As instalações sob responsabilidade da IESUL são divididas em 3 empreendimentos, sendo que a RAP
fora proporcionalmente dividida e reconhecida na medida em que cada trecho iniciava sua operação
comercial, neste caso, há uma RAP especifica à Subestação Forquilhinha, que iniciou sua operação
comercial em 12 de outubro de 2011, bem como para a LT 230 k Jorge Lacerda – Siderópolis, em
operação desde 21 de agosto de 2012 e a RAP associada a Linha de Transmissão, em 230 kV, Joinville
Norte – Curitiba que iniciou sua entrada em operação em 13 de agosto de 2015.
2. Base de preparação e apresentação das Demonstrações Contábeis Regulatórias
As Demonstrações Contábeis para fins regulatórios foram preparadas de acordo com as normas,
procedimentos e diretrizes emitidos pelo Órgão Regulador e conforme as políticas contábeis estabelecidas
no Manual de Contabilidade do Setor Elétrico.
Essas demonstrações foram preparadas em consonância com as orientações emitidas pelo Órgão
Regulador para Demonstrações Contábeis. As Demonstrações Contábeis para fins regulatórios são
separadas das demonstrações contábeis estatutárias societárias da outorgada. Há diferenças entre as
práticas contábeis adotadas no Brasil e a base de preparação das informações previstas nas demonstrações
IESUL - Interligação Elétrica Sul S.A. CNPJ 10.261.111/0001-05
Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis Regulatórias
Exercícios findos em 31 de dezembro de 2016 e 2015
Valores expressos em milhares de reais
9
para fins regulatórios, uma vez que as Instruções Contábeis para fins Regulatórios especificam um
tratamento ou divulgação alternativos em certos aspectos. Quando as Instruções Contábeis Regulatórias
não tratam de uma questão contábil de forma específica, faz-se necessário seguir as práticas contábeis
adotadas no Brasil. As informações financeiras distintas das informações preparadas totalmente em
conformidade com as práticas contábeis adotadas no Brasil podem não representar necessariamente uma
visão verdadeira e adequada do desempenho financeiro ou posição financeira e patrimonial de uma
empresa apresentar diferença de valores pela aplicação diferenciada de algumas normas contábeis
societárias e regulatórias, estas diferenças constam na nota explicativa 22, para melhor entendimento do
leitor, conforme apresentado nas Demonstrações Contábeis preparadas de acordo com estas práticas.
3. Principais práticas contábeis regulatórias
As práticas contábeis utilizadas são as mesmas adotadas nas Demonstrações Contábeis Societárias
apresentadas nas páginas 9 a 22, exceto quanto ao que se estabelece abaixo:
3.1 Contas a Receber – Concessionárias e Permissionárias
A Companhia tem direito à Receita Anual Permitida (RAP) pela disponibilização das instalações de
transmissão de energia elétrica reajustada e revisada anualmente (nota 16.3).
3.2 Imobilizado em serviço e em curso
Registrado ao custo de aquisição ou construção. A depreciação é calculada pelo método linear, tomando-
se por base os saldos contábeis registrados conforme legislação vigente. As taxas anuais de depreciação
estão determinadas nas tabelas anexas à Resolução vigente emitida pelo Órgão Regulador.
O valor residual é determinado considerando a premissa de existência de indenização de parcela não
amortizada de bens pela taxa de depreciação regulatória e o prazo de vigência da outorga (concessão,
permissão e/ou autorização). O valor residual de um ativo pode aumentar ou diminuir em eventuais
processos de revisão das taxas de depreciação regulatória.
O resultado na alienação ou na retirada de um item do ativo imobilizado é determinado pela diferença
entre o valor da venda e o saldo contábil do ativo e é reconhecido no resultado do exercício.
A alocação dos dispêndios diretos com pessoal mais os serviços de terceiros é prevista no Manual de
Contabilidade do Setor Elétrico. Estes custos são recuperados por meio do mecanismo de tarifas e preços.
Outros gastos são capitalizados apenas quando há um aumento nos benefícios econômicos desse item do
imobilizado. Qualquer outro tipo de gasto é reconhecido no resultado como despesa quando incorrido.
3.3 Intangível
Registrado ao custo de aquisição ou realização. A amortização, quando for o caso, é calculada pelo
método linear.
IESUL - Interligação Elétrica Sul S.A. CNPJ 10.261.111/0001-05
Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis Regulatórias
Exercícios findos em 31 de dezembro de 2016 e 2015
Valores expressos em milhares de reais
10
3.4 Reconhecimento de Receita
A receita operacional do curso normal das atividades da Outorgada é medido pelo valor justo da
contraprestação recebida ou a receber. A receita operacional é reconhecida quando: (i) existe evidência
convincente de que os riscos e benefícios mais significativos foram transferidos para o comprador; (ii) for
provável que os benefícios econômicos financeiros fluirão para a entidade; (iii) os custos associados
possam ser estimados de maneira confiável; e (iv) o valor da receita operacional possa ser mensurado de
maneira confiável. A receita referente à transmissão de energia é registrada no momento em que o serviço
foi efetivamente prestado, regido por contrato de prestação de serviços entre as partes.
4. Normas e interpretações novas e revisadas
A Companhia adotou todos os pronunciamentos (novos ou revisados) e interpretações emitidas pelo CPC
e ANEEL que estavam em vigor em 31 de dezembro de 2015.
(a) Pronunciamentos contábeis, orientações e interpretações novos e/ou revisados.
Em relação à adoção dos pronunciamentos e interpretações listados abaixo, que passaram a vigorar a
partir de 1º de janeiro de 2015, os mesmos não impactaram as demonstrações financeiras da Companhia
em 31 de dezembro de 2015. São eles:
• Revisão CPC nº 08 - Este documento de revisão apresenta alterações nos seguintes Pronunciamentos
Técnicos CPC 01 (R1), CPC 04 (R1), CPC 06 (R1), CPC 18 (R2), CPC 19 (R2), CPC 20 (R1), CPC
21 (R1), CPC 22, CPC 26 (R1), CPC 27, CPC 28, CPC 29, CPC 31, CPC 33 (R1), CPC 36 (R3), CPC
37 (R1), CPC 40 (R1) e CPC 45.
5. Caixa e Equivalentes de Caixa
2016
2015
Caixa e Bancos 834
27
Aplicações Financeiras 171
1.213
1.005
1.240
As aplicações financeiras estão mensuradas ao valor justo através do resultado e possuem liquidez diária.
As aplicações financeiras classificadas como equivalentes de caixa são mantidas com a finalidade de
atender aos compromissos de caixa de curto prazo e não para investimento ou outros fins, sendo que a
Companhia considera equivalente de caixa uma aplicação financeira de conversibilidade imediata em um
montante conhecido de caixa os quais estão sujeitos a um insignificante risco de mudança de valor no
rendimento pactuado.
a) As aplicações financeiras estão mensuradas ao valor justo por meio do resultado e possuem liquidez
diária e referem-se exclusivamente a título de Certificado de Depósito Bancário - CDB, com
atualização monetária baseado em 95,5% da variação do CDI.
IESUL - Interligação Elétrica Sul S.A. CNPJ 10.261.111/0001-05
Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis Regulatórias
Exercícios findos em 31 de dezembro de 2016 e 2015
Valores expressos em milhares de reais
11
6. Caixa Restrito
O saldo de caixa restrito R$ 1.591 (R$1.573 em 2015), refere-se ao contrato de financiamento entre a
Interligação Elétrica Sul S.A. (“IESUL” ou “Companhia”) e o Banco Nacional de Desenvolvimento
Econômico e Social (“BNDES”) assinados em 21 de dezembro de 2010, e 28 de julho de 2013. Para tal
fim, a Companhia obrigou-se a constituir e manter uma conta reserva do serviço da dívida de no mínimo
3 (três ) vezes a última prestação vencida de principal e juros.
A movimentação da Conta Reserva só poderá ser realizada para pagamento ao Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico e Social (“BNDES”).
7. Contas a Receber - Concessionárias e Permissionárias
Corrente
a vencer Corrente vencida
Até 60
dias
Até 90
dias
De 91 a
180 dias
De 181 a
360 dias
Mais de
360 dias 2016
2015
Transmissão de Energia
Encargos de Uso da Rede
Elétrica 1.629 274 48 53 107 2.112 1.741
1.629
274
48
53
107
2.112
1.741
8. Tributos Compensáveis
2016
2015
Imposto de Renda a Recuperar 145
106
Contribuição Social a Recuperar 99
74
Imposto de Renda Retido na Fonte 328
313
Contribuição Social Retido na Fonte -
-
COFINS 37
63
PIS 7
14
ICMS a Recuperar -
-
616
569
IESUL - Interligação Elétrica Sul S.A. CNPJ 10.261.111/0001-05
Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis Regulatórias
Exercícios findos em 31 de dezembro de 2016 e 2015
Valores expressos em milhares de reais
12
9. Imobilizado
Refere-se, substancialmente, a bens móveis e imóveis utilizados pela Companhia e aplicados na operação de transmissão de energia, vinculados aos contratos de
concessão. O imobilizado é depreciado conforme taxas anuais de depreciação previstas pelo Órgão Regulador.
a) Ativo imobilizado em Serviço
Valor
Bruto em
31/12/2015
Adições
(A)
Baixas
(B)
Transferências
(C)
Valor
Bruto em
31/12/2016
Adições
Líquidas
= (A)-
(B)+(C)
Depre-
ciação
Acum.
Valor
Líquido em
31/12/2016
Valor
Líquido em
31/12/2015
Transmissão
Terrenos - - - - - - - - -
Edificações, obras cívis e
benfeitorias
4.554
36 - -
4.590
36 (795)
3.795
3.914
Máquinas e Equipamentos
229.658 7.341 - -
236.999 7.341 (23.635)
213.366
213.244
Móveis e Utensílios - - - - -
- - - -
Subtotal
234.212
7.377
- -
241.589
7.377
(24.430)
217.161
217.158
IESUL - Interligação Elétrica Sul S.A. CNPJ 10.261.111/0001-05
Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis Regulatórias
Exercícios findos em 31 de dezembro de 2016 e 2015
Valores expressos em milhares de reais
13
b) Ativo imobilizado em Curso
Valor
Bruto em
31/12/2016
Adições
(A)
Baixas
(B)
Transferências
(C)
Valor
Bruto em
31/12/2016
Adições
Líquidas
= (A)-
(B)+(C)
Depre-
ciação
Acum.
Valor
Liquido em
31/12/2016
Valor
Líquido em
31/12/2015
Transmissão
Maquinas e Equipamentos 19 - - - 19 - - 19 -
Outros
7.984 - - -
7.984
- -
7.814
7.814
Administração
Maquinas e Equipamentos - - - - - - - - -
Subtotal 8.011
- -8 -
8.003 - -
8.003
123.078
Total do Ativo Imobilizado
242.223
7.377 -8 -
249.592
-
24.430
224.162
224.972
IESUL - Interligação Elétrica Sul S.A. CNPJ 10.261.111/0001-05
Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis Regulatórias
Exercícios findos em 31 de dezembro de 2016 e 2015
Valores expressos em milhares de reais
14
c) Taxas Anuais de Depreciação
2016 2015
Taxas anuais
médias de
depreciação
(%)
Bruto
Depreciação e
Amortização
Acumulada
Saldo Saldo
Em Serviço
Transmissão
Custo histórico 3,27% 241.589 (24.430) 217.159
217.158
241.589 (24.430) 217.159
217.158
Em Curso
Transmissão
8.003 - 8.003
7.814
Administração
- - -
-
8.003 - 8.003
7.814
249.592 (24.430) 225.162
224.972
d) Composição das Adições
Material/Equi-
pamentos
Serviços de
Terceiros
Mão de Obra
Própria
Outros
Gastos
Total
Edificações, Obras Civis e Benfeitorias -
-
-
-
-
Maquinas e Equipamentos 8.003
-
-
-
8.003
A ratear -
-
-
-
-
Desenvolvimento de Projetos -
-
-
-
-
Transformação, Fabricação e Reparo de Materiais -
-
-
-
-
Material em Depósito -
-
-
-
-
Adiantamentos a Fornecedores -
-
-
-
-
Outros -
-
-
-
-
Total das Adições 8.003
-
-
-
8.003
De acordo com os artigos 63 e 64 do Decreto no 41.019 de 26 de fevereiro de 1957, os bens e
instalações utilizados na geração, transmissão, distribuição e comercialização de energia elétrica
são vinculados a estes serviços, não podendo ser retirados, alienados, cedidos ou dados em garantia
hipotecária sem a prévia e expressa autorização do Órgão Regulador. O ato normativo que
regulamenta a desvinculação de bens das concessões do Serviço Público de Energia Elétrica, concede
autorização prévia para desvinculação de bens inservíveis à concessão, quando destinados à
alienação, determinando que o produto das alienações seja depositado em conta bancária vinculada
para aplicação na concessão.
IESUL - Interligação Elétrica Sul S.A. CNPJ 10.261.111/0001-05
Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis Regulatórias
Exercícios findos em 31 de dezembro de 2016 e 2015
Valores expressos em milhares de reais
15
10. Intangível
O ativo intangível refere-se, principalmente: (i) servidões vinculadas ao direito de passagem das linhas de transmissão; e (ii) gastos incorridos na implantação
e atualização do ERP-SAP, amortizados linearmente no prazo de 5 anos.
a) Ativo Intangível em Serviço
Valor Bruto
em 31/12/2015
Adições
(A)
Baixas
(B)
Transferências
(C)
Valor Bruto
em
31/12/2015
Adições
Líquidas =
(A)-(B)+(C)
Depreciação
Acum.
Valor Líquido
em 31/12/2016
Valor Líquido
em 31/12/
2015
Transmissão Servidões 11.409 - - - 11.409 - - 11.409 11.409
Subtotal 11.409 - - - 11.409 - - 11.409 11.409
b) Ativo Intangível em Curso
De acordo com os artigos 63 e 64 do Decreto no 41.019 de 26 de fevereiro de 1957, os bens e instalações utilizados na geração, transmissão, distribuição e
comercialização de energia elétrica são vinculados a estes serviços, não podendo ser retirados, alienados, cedidos ou dados em garantia hipotecária sem a prévia e
expressa autorização do Órgão Regulador. O ato normativo que regulamenta a desvinculação de bens das concessões do Serviço Público de Energia Elétrica,
concede autorização prévia para desvinculação de bens inservíveis à concessão, quando destinados à alienação, determinando que o produto das alienações seja
depositado em conta bancária vinculada para aplicação na concessão.
Valor Bruto
em 31/12/2015
Adições
(A)
Baixas
(B)
Transferências
(C)
Valor Bruto
em
31/12/2015
Adições
Líquidas =
(A) +(C)
Depreciação
Acum.
Valor Líquido
em 31/12/2016
Valor Líquido
em 31/12/
2015
Transmissão Servidões 6.077 - - - 6.077 201 - 6.278 6.077
Subtotal 6.077 - - 6.077 201 - 6.278 6.077
Total do Ativo
Intangível 17.486 - - - 17.486 201
- 17.687 17.486
IESUL - Interligação Elétrica Sul S.A. CNPJ 10.261.111/0001-05
Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis Regulatórias
Exercícios findos em 31 de dezembro de 2016 e 2015
Valores expressos em milhares de reais
16
11. Empréstimos e Financiamentos
a) Composição dos Saldos
Moeda nacional
Juros de
curto
prazo
Principal
Curto
Prazo
Principal +
Juros LP Saldo
Adimplente?
Data da
Captação
/Repactuação
Tipo de
Garantia
Indexador
ou Juros
Spread
% a.a.
Data
Próximo
Pgto Juros
Frequência
Pgto Juros
Data da
próxima
amortização
Vencimento
Final
Frequência
amortização
Sistemática
amortização
-
3.779
23.495
27.273
BNDES- LOTE F
-
1.844
8.984
10.828
Sim
Fev/10
Fiança
Bancaria TJPL
2,45%-
5,5% 15/01/2017
Mensal
15/01/2017
15/05/2025
Mensal
SAC.
BNDES – LOTE I
-
1.935
14.510
16.445
Sim
Ago/13
Fiança
Banaria TJPL
2,58%-
3% 15/01/2017
Mensal
15/01/2017
15/02/2028
Mensal
SAC.
(i) Em 21 de dezembro de 2010, a Companhia assinou contrato de abertura de crédito, nº 10.2.1883.1, junto ao o Banco Nacional de Desenvolvimento
Econômico e Social (“BNDES”), no valor de R$ 18.165.349,00. Como garantia a empresa oferece fiança bancária. (Lote F)
(ii) Em 28 de junho de 2013, a Companhia assinou contrato de abertura de crédito, nº 13.2.0422.1, junto ao o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico
e Social (“BNDES”), no valor de R$ 28.200.000,00. Como garantia a empresa oferece fiança bancária. (Lote I)
IESUL - Interligação Elétrica Sul S.A. CNPJ 10.261.111/0001-05
Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis Regulatórias
Exercícios findos em 31 de dezembro de 2016 e 2015
Valores expressos em milhares de reais
17
b) Vencimentos das parcelas a Longo Prazo
2018 2019 2020 2021 2022 2023-2030 Total
Moeda Nacional
BNDES - LOTE F 1.563 1.563 1.563 1.563 1.563 3.303 11.118
BNDES - LOTE I
2.271 2.271 2.271 2.271 2.271 4.800 16.155
3.834 3.834 3.834 3.834 3.834 8.103 27.273
c) Movimentação dos Empréstimos e Financiamentos
Saldos em 2014
34.709
Pagamentos de principal
(3.836)
Pagamentos de juros
(2.053)
Juros e variações monetárias e cambiais
2.304
Saldos em 2015
31.124
Pagamentos de principal
(3.851)
Pagamentos de juros
(1.876)
Juros e variações monetárias e cambiais
1.876
Saldos em 2016
27.273
d) Composição do Endividamento e Dívida Líquida
Juros de Curto
Prazo
Principal
Curto
Prazo
Principal
+ LP 2016 2015
Divida Bruta
Moeda Nacional -
3.779
23.495
27.273
31.124
Ativos Financeiros -
-
-
(1.005)
(1.240)
Dívida Líquida 26.628 29.884
IESUL - Interligação Elétrica Sul S.A. CNPJ 10.261.111/0001-05
Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis Regulatórias
Exercícios findos em 31 de dezembro de 2016 e 2015
Valores expressos em milhares de reais
18
12. Tributos e Encargos Sociais a Recolher
2016
2015
COFINS
126
106
PIS
27
23
INSS
84
69
ISS
112
83
Imposto de Renda Retido na Fonte
9
75
Outros
91
87
449
443
13. Encargos Setoriais
2016
2015
Pesquisa e Desenvolvimento - P&D (i)
295
185
Reserva Global de Reversão – RGR
248
238
Taxa de Fiscalização – ANEEL
66
82
609
506
Circulante
609
506
Não Circulante
-
-
(i) A Companhia reconhece obrigações relacionadas a valores já faturados em tarifas (1% da Receita
Operacional Líquida), aplicados no Programa de Pesquisa e Desenvolvimento – P&D, atualizados
mensalmente, a partir do 2º mês subsequente ao seu reconhecimento até o momento de sua efetiva
realização, com base na taxa SELIC, conforme as Resoluções ANEEL 300/2008 e 316/2008.
Conforme Ofício Circular nº 0003/2015 de 18 de maio de 2015, os gastos aplicados em P&D são
contabilizados no ativo e quando da conclusão do projeto são reconhecidos como liquidação da
obrigação e, posteriormente, submetidos à auditoria e avaliação final da ANEEL.
IESUL - Interligação Elétrica Sul S.A. CNPJ 10.261.111/0001-05
Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis Regulatórias
Exercícios findos em 31 de dezembro de 2016 e 2015
Valores expressos em milhares de reais
19
14. Provisões
2015
2015
Provisões Devolução Concessionárias e Permissionárias
-
-
Provisões Pré Operacionais
978
1.233
978
1.233
Circulante
978
1.233
Não circulante
-
-
15. Patrimônio Líquido
Capital Social
O capital social autorizado da Companhia em 2016 e 2015 é de 211.514.698 e 208.256.998,
respectivamente, em ações ordinárias, todas nominativas e com valor nominal de R$1,00.
A composição do capital social subscrito e integralizado em 2016 e 2015 totaliza R$211.514.698 e
R$208.256.998, respectivamente, está representado por ações ordinárias.
Acionistas 2016 % 2015 %
Companhia de Transmissão de Energia Elétrica
Paulista S/A. 105.757.349 50 104.128.499
50
Cymi Construções e Participações S/A. 105.757.349 50 104.128.499 50
211.514.698 100 208.256.998 100
As ações ordinárias conferem ao titular o direito a um voto nas deliberações das assembleias gerais.
Em Reunião do Conselho de Administração realizada em 29 de fevereiro de 2016, os acionistas
aprovaram por unanimidade o aumento de capital social da Companhia, no montante de R$ 352, cujos
aportes foram realizados nos dias 29/02, no ano de 2016, mediante a emissão de 351.700 em ações
ordinárias nominativas, de classe única, sem valor nominal, com preço de emissão de R$1,00.
Em Reunião do Conselho de Administração realizada em 29 de abril de 2016, os acionistas aprovaram
por unanimidade o aumento de capital social da Companhia, no montante de R$ 705, cujos aportes foram
realizados no dia 25/04, todos no ano de 2016, mediante a emissão de 705.000 em ações ordinárias
nominativas, de classe única, sem valor nominal, com preço de emissão de R$1,00.
IESUL - Interligação Elétrica Sul S.A. CNPJ 10.261.111/0001-05
Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis Regulatórias
Exercícios findos em 31 de dezembro de 2016 e 2015
Valores expressos em milhares de reais
20
Em Reunião do Conselho de Administração realizada em 30 de maio de 2016, os acionistas aprovaram
por unanimidade o aumento de capital social da Companhia, no montante de R$ 541, cujos aportes foram
realizados no dia 30/05, todos no ano de 2016, mediante a emissão de 541.000 em ações ordinárias
nominativas, de classe única, sem valor nominal, com preço de emissão de R$1,00.
Em Reunião do Conselho de Administração realizada em 31 de outubro de 2016, os acionistas aprovaram
por unanimidade o aumento de capital social da Companhia, no montante de R$ 475, cujos aportes foram
realizados no dia 27/06 e 28/06, no ano de 2016, mediante a emissão de 475.000 em ações ordinárias
nominativas, de classe única, sem valor nominal, com preço de emissão de R$1,00.
Em Reunião do Conselho de Administração realizada em 16 de novembro de 2016, os acionistas
aprovaram por unanimidade o aumento de capital social da Companhia, no montante de R$ 1.185, cujos
aportes foram realizados no dia 14/07 e 29/07, no ano de 2016, mediante a emissão de 1.185.000 em
ações ordinárias nominativas, de classe única, sem valor nominal, com preço de emissão de R$1,00.
Os aumentos de capital aprovados em 2016 e 2015 totalizam R$ 9.658 e foi integralizado o total de R$
9.658, sendo R$ 3.258 em 2016 e R$ 6.400 em 2015.
O Estatuto Social da Companhia prevê dividendos obrigatórios correspondentes a 25% do lucro líquido,
limitado ao saldo de lucro após a constituição da reserva legal.
A Companhia não constitui reservas por apresentar prejuízo acumulado de R$ 9.863 em 2016.
16. Receita operacional bruta
2016
2015
Receita
bruta
Rede básica
17.998
14.366
17.998
14.366
16.1 Revisão e Reajuste Tarifário
Em conformidade com os contratos de concessão a cada quatro e/ou cinco anos, após a data de assinatura
dos contratos, a ANEEL procederá à revisão tarifária periódica da RAP de transmissão de energia
elétrica, com o objetivo de promover a eficiência e modicidade tarifária.
A revisão tarifária periódica compreende o reposicionamento da receita mediante a determinação:
a) da base de remuneração regulatória;
b) dos custos operacionais eficientes;
c) da estrutura ótima de capital e definição da remuneração das transmissoras;
d) da identificação do valor a ser considerado como redutor tarifário – Outras Receitas.
IESUL - Interligação Elétrica Sul S.A. CNPJ 10.261.111/0001-05
Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis Regulatórias
Exercícios findos em 31 de dezembro de 2016 e 2015
Valores expressos em milhares de reais
21
A primeira revisão tarifária periódica da Companhia ocorreu em 2013 e foi definida por intermédio da
Resolução Homologatória nº 1.559 de 2013 reduzindo a RAP em 8,89%.
16.2 Parcela Variável – PV, adicional à RAP e Parcela de Ajuste - PA
A Resolução Normativa n.º 270 de 9 de julho de 2007, regulamenta a Parcela Variável – PV e o adicional
à RAP. A Parcela Variável é o desconto na RAP das transmissoras devido a indisponibilidade ou restrição
operativa das instalações integrantes da Rede Básica. O adicional à RAP corresponde ao valor a ser
acrescentado à receita das transmissoras como incentivo à melhoria da disponibilidade das instalações de
transmissão. São reconhecidos como receita e/ou redução de receita de operação e manutenção no período
em que ocorrem.
A Parcela de Ajuste – PA é a parcela de receita decorrente da aplicação de mecanismo previsto em
contrato, utilizado nos reajustes anuais periódicos, que é adicionada ou subtraída à RAP, de modo a
compensar excesso ou déficit de arrecadação no período anterior ao reajuste.
16.3 Reajuste Tarifário Anual
Em 28 de junho de 2016, foi publicada a Resolução Homologatória nº 2.098, estabelecendo as receitas
anuais permitidas da Companhia, pela disponibilização das instalações de transmissão integrantes da Rede
Básica e das Demais Instalações de Transmissão, para o ciclo de 12 meses, compreendendo o período de 01
de julho de 2016 a 30 de junho de 2017. De acordo com a Resolução Homologatória nº 2.098, a RAP e
valores correspondentes a parcela de ajuste da Companhia, líquidas de PIS e COFINS, (denominada
Receita Total) que era de R$ 11.315 em 01 de julho de 2015, passou para R$ 16.756 em 01 de julho de
2016,(a variação corresponde a recebimento de RAP retroativa pela entrada em operação do trecho final do
Lote I - Joinville Norte-Curitiba e a entrada em operação do Reforço Forquilhinha) apresentando um
incremento de R$5.441.
17. Resultado Financeiro
2016
2015
Receitas
Rendimento de aplicações financeiras
218
238
Juros ativos
-
-
Variações monetárias
-
-
Descontos obtidos
-
-
Outras
18
280
236
518
Despesas
Juros sobre empréstimos
(1.876)
(1.402)
Juros passivos
-
-
Variações monetárias
-
-
Outras
(1.551)
(704)
(3.427)
(2.106)
(3.191)
(1.588)
IESUL - Interligação Elétrica Sul S.A. CNPJ 10.261.111/0001-05
Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis Regulatórias
Exercícios findos em 31 de dezembro de 2016 e 2015
Valores expressos em milhares de reais
22
18. Imposto de Renda e Contribuição Social
Tendo em vista que a Companhia auferiu prejuízos no ano de 2016, não houve apuração de Imposto de
Renda e da Contribuição Social.
19. Transações com Partes Relacionadas
Os principais saldos e transações com partes relacionadas no período são como segue:
2016
2015
2016
2015
Natureza da operação
Parte
relacionada
Receita/
Receita/
Passivo
Passivo (Despesa) (Despesa)
Sublocação (a)
CTEEP
16
11
72
64
16
11
72
64
(a) O contrato de sublocação compreende a área ocupada pela Companhia no edifício sede da
controladora CTEEP, bem como rateio das despesas condominiais e de manutenção, entre
outras.
2016
2015
Contrato de prestação de
serviços SETEC (operação e
manutenção)(b)
Passivo Despesas
Passivo Despesas
1.283
5.372
1.189
5.007
1.283 5.372
1.189 5.007
(b) O contrato de prestação e serviços de operação e manutenção entre IESUL e SETEC tem como
objeto a gestão dos serviços especiais, serviços de inspeções aéreas e os serviços emergenciais
para queda de torres, tudo para fins de operação e manutenção das instalações de transmissão de
propriedade da IESUL.
IESUL - Interligação Elétrica Sul S.A. CNPJ 10.261.111/0001-05
Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis Regulatórias
Exercícios findos em 31 de dezembro de 2016 e 2015
Valores expressos em milhares de reais
23
20. Instrumentos Financeiros
(a) Identificação dos principais instrumentos financeiros
Os valores contábeis dos instrumentos financeiros, ativos e passivos, quando comparados com os valores
que poderiam ser obtidos com sua negociação em um mercado ativo ou, na ausência deste, e valor
presente líquido ajustado com base na taxa vigente de juros no mercado, aproximam-se substancialmente
de seus correspondentes valores de mercado. A companhia classifica os instrumentos financeiros como
Nível 1 e Nível 2, como requerido pelo CPC vigente:
Nível 1 – preços cotados (não ajustados) em mercados ativos, líquidos e visíveis para ativos e passivos
idênticos que estão acessíveis na data de mensuração;
Nível 2 – preços cotados (podendo ser ajustados ou não) para ativos ou passivos similares em mercados
ativos, outras entradas não observáveis no nível 1, direta ou indiretamente, nos termos do ativo ou
passivo; e
Nível 3 – ativos e passivos cujos preços não existem ou que esses preços ou técnicas de avaliação são
amparados por um mercado pequeno ou inexistente, não observável ou líquido. Nesse nível a estimativa
do valor justo torna-se altamente subjetiva.
(b) Financiamentos
O valor contábil dos empréstimos e financiamentos tem suas taxas atreladas à variação da TJLP e se
aproximam do valor de mercado.
2016
2015
Ativos Financeiros
Valor justo através do resultado
-
-
Caixa e Equivalentes de Caixa
1.005 1.240 Aplicações Financeiras
-
-
Caixa Restrito
1.591 1.573 Empréstimos e Recebíveis
-
-
Contas a receber - Concessionárias e Permissionárias
-
- Circulante
2.112 1.741
Não Circulante
-
-
Passivos Financeiros
Custo Amortizado
-
-
Empréstimos e Financiamentos
-
-
Circulante
3.779 4.575
Não circulante
23.494 26.548
Fornecedores
6.730 6.826
IESUL - Interligação Elétrica Sul S.A. CNPJ 10.261.111/0001-05
Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis Regulatórias
Exercícios findos em 31 de dezembro de 2016 e 2015
Valores expressos em milhares de reais
24
• Índice de Endividamento
O Índice de Endividamento no final do exercício é o seguinte:
2016
2015
Empréstimos e Financiamentos
Circulante
3.779
4.575
Não circulante
23.494
26.548
Dívida total
27.273
31.124
Caixa e Equivalentes de Caixa e Aplicações
Financeiras 1.005
1.240
Dívida líquida
26.268
29.884
Patrimônio Líquido
201.652
201.470
Índice de Endividamento Líquido
13,03%
14,83%
(c) Gerenciamento de riscos
Os principais fatores de risco inerentes às operações da Companhia podem ser assim identificados:
(i) Risco de crédito – A Companhia mantem contratos com o Operador Nacional do Sistema Elétrico -
ONS, concessionárias e outros agentes, regulando a prestação de seus serviços vinculados à rede
básica, com cláusula de garantia bancária. Tendo em vista que o setor de energia elétrica é altamente
regulado com receita assegurada e garantias, o risco de inadimplência é minimizado.
(ii) Risco de preço – As receitas da Companhia são, nos termos do contrato de concessão, reajustadas
anualmente pela ANEEL, pela variação do IPCA, sendo parte das receitas sujeita à revisão tarifária
periódica (nota 16.1).
(iii) Risco de taxas de juros – A atualização dos contratos de financiamento está vinculada à variação da
TJLP (nota 11).
(iv) Risco de captação – A Companhia poderá no futuro enfrentar dificuldades na captação de recursos
com custos e prazos de reembolso adequados a seu perfil de geração de caixa e/ou a suas obrigações
de reembolso de dívida.
(v) Risco de liquidez – As principais fontes de caixa da Companhia são provenientes de suas operações,
principalmente do uso do seu sistema de transmissão de energia elétrica por outras concessionárias e
agentes do setor. O montante de caixa, representado pela RAP vinculada às instalações de rede básica
é definida, nos termos da legislação vigente, pela ANEEL.
IESUL - Interligação Elétrica Sul S.A. CNPJ 10.261.111/0001-05
Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis Regulatórias
Exercícios findos em 31 de dezembro de 2016 e 2015
Valores expressos em milhares de reais
25
A Companhia é remunerada pela disponibilização do sistema de transmissão, eventual racionamento da
energia não trará impacto sobre a receita e respectivo recebimento.
A Companhia gerencia o risco de liquidez mantendo linhas de crédito bancário e linhas de crédito para
captação de empréstimos que julgue adequados, através do monitoramento contínuo dos fluxos de caixa
previstos e reais, e pela combinação dos perfis de vencimento dos ativos e passivos financeiros.
(d) Análise de sensibilidade
Em conformidade com a instrução CVM nº 475 de 17 de dezembro de 2008, a Companhia realiza a
análise de sensibilidade aos riscos de taxa de juros e câmbio. A administração da Companhia não
considera relevante sua exposição aos demais riscos descritos anteriormente.
Para fins de definição de um cenário provável da análise de sensibilidade do risco taxa de juros e índice
de preços utilizamos as mesmas premissas estabelecidas para o planejamento econômico financeiro de
longo prazo da Companhia. Essas premissas se baseiam, dentre outros aspectos, na conjuntura
macroeconômica do país e opiniões de especialistas de mercado.
Dessa forma, para avaliar os efeitos da variação no fluxo de caixa da Companhia, a análise de
sensibilidade, abaixo demonstrada, considera como cenário provável a cotação da taxa de juros em 31
dezembro de 2016, que são informadas nos quadros de Risco de juros.
Risco de elevação dos indexadores
Risco de queda dos
indexadores
Operação Risco Cenário provável
Cenário II Cenário III Cenário
II
Cenário III
Passivos financeiros
BNDES Lote F e I TJLP
+2,58% a.a. e 5,5% a.a
(2.045) (2.455) (2.864) (1.636) (1.227)
(2.045) (2.455) (2.864) (1.636) (1.227) Efeito líquido da variação
Referência para passivos
financeiros
TJLP 7,50%a.a 9,00%a.a 10,50%a.a 6,00%a.a 4,50%a.a
21. Seguros
A especificação por modalidade de risco e vigência dos seguros está demonstrada a seguir:
Modalidade Vencimento Cobertura Prêmio
Responsabilidade Civil Geral 17/11/16 a 17/11/17 R$ 3.000 R$ 5
Riscos Nomeados 19/12/16 a 19/12/17 R$21.997 R$ 33
IESUL - Interligação Elétrica Sul S.A. CNPJ 10.261.111/0001-05
Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis Regulatórias
Exercícios findos em 31 de dezembro de 2016 e 2015
Valores expressos em milhares de reais
26
Patrimonial - Cobertura contra riscos de incêndio e danos elétricos para os principais equipamentos
instalados nas subestações de transmissão, prédios e seus respectivos conteúdos, almoxarifados e
instalações, conforme contratos de Concessão, onde as transmissoras deverão manter apólices de seguro
para garantir a cobertura adequada dos equipamentos mais importantes das instalações do sistema de
transmissão, cabendo à transmissora definir os bens e as instalações a serem segurados.
O escopo dos trabalhos de nossos auditores não inclui a emissão de opinião sobre a suficiência da
cobertura de seguros.
22. Conciliação do Balanço Patrimonial e Demonstração do Resultado Regulatório e Societário
Para fins estatutários, a Outorgada seguiu a regulamentação societária para a contabilização e
elaboração das Demonstrações Contábeis Societárias, sendo que para fins regulatórios, a Outorgada
seguiu a regulamentação regulatória, determinada pelo Órgão Regulador apresentada no Manual de
Contabilidade do Setor Elétrico. Dessa forma, uma vez que há diferenças entre as práticas societárias e
regulatórias, faz-se necessária a apresentação da reconciliação das informações apresentadas
seguindo as práticas regulatórias com as informações apresentadas seguindo as práticas societárias.
IESUL - Interligação Elétrica Sul S.A. CNPJ 10.261.111/0001-05
Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis Regulatórias
Exercícios findos em 31 de dezembro de 2016 e 2015
Valores expressos em milhares de reais
27
2016
2015
Ajustes
Ajustes
Societário CPC's
Regulatório Societário CPC's
Regulatório
ATIVO
Circulante
Contas a receber (ativo de concessão)
19.820
-17.708
2.112
14.689
-12.948
1.741
Outros Ativos circulantes não afetados
1.873
-
1.873
3.648
-1.773
1.875
21.693
-17.708
3.985
18.337
-14.721
3.616
Não circulante
Realizável a Longo prazo
Outros ativos cirulantes não afetados
1.591
-
1.591
1.573
32
1.605
Contas a receber (ativo de concessão)
307.688
-307.688
-
287.180
-287.180
-
309.279
-307.688
1.591
288.753
-287.148
1.605
IMOBILIZADO
Em serviço
-
241.591
241.591
-
234.213
234.213
(-) Reintegração acumulada
-
-24.430
-24.430
-
-17.054
-17.054
Intangível
-
11.409
11.409
-
11.409
11.409
Em curso
-
8.004
8.004
7.814
7.814
-
236.574
236.574
-
236.382
236.382
TOTAL DO ATIVO
330.972
-88.822
242.150
307.090
-65.487
241.603
PASSIVO E PATRIMONIO LIQUIDO
Circulante
Imposto de renda e contribuição social diferidos -
-
-
-
-
-
Outros passivos circlantes não afetados
0
9.008
4.576
13.584
0
0
0
9.008
4.576
13.584
Não circulante
Exígivel a longo prazo
Imposto de renda e contribuição social diferidos 19.406
-19.406
-
12.411
-12.411
-
PIS e COFINS diferidos
31.745
-31.745
-
28.983
-28.983
-
Outros passivos não ciruclantes não afetados 40.498
-
40.498
31.125
-4.575
26.549
91.649
-51.151
40.498
72.519
-45.969
26.549
PATRIMÔNIO LIQUIDO
Capital social
211.515
-
211.515
208.257
-
208.257
Ajuste IFRIC 12
10.502
-10.502
-
3.892
-3.892
-
Reserva de lucros
17.306
-17.306
-
13.414
-13.414
-
Prejuízos acumulados
-9.863
-9.863
-6.787
-6.787
239.323
-37.671
201.652
225.563
-24.093
201.470
TOTAL DO PASSIVO E PATRIMONIO
LIQUIDO 330.972
-88.822
242.150
307.090
-65.486
241.603
IESUL - Interligação Elétrica Sul S.A. CNPJ 10.261.111/0001-05
Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis Regulatórias
Exercícios findos em 31 de dezembro de 2016 e 2015
Valores expressos em milhares de reais
28
2016 2015
Ajustes Ajustes
Societário CPC's Regulatório Societário CPC's Regulatório
RECEITA OPERACIONAL BRUTA
Receita pela disponibilidade da Rede Elétrica - 17.998 17.998 - 14.366 14.366
Receita pela disponibilidade da Rede Elétrica 41.527 -41.527 - 24.763 -24.763 -
41.527 -23.529 17.998 24.763 -10.397 14.366
DEDUÇÕES DA RECEITA OPERACIONAL
Tributos e encargos
Federais -1.079 -1.079 -1.084 - -1.084
Federais -2.762 2.762 - -1.207 1.207 -
Estaduais e municipais - - - - - -
-3.841 2.762 -1.079 -2.291 1.207 -1.084
ENCARGOS - PARCELA "A"
Reserva Global de Reversão - RGR -385 -385 -350 - -350
Pesquisa e Desenvolvimento - P&D -158 -158 -35 - -35
Outros Encargos -56 -56 -126 - -126
-599 - -599 -511 - -511
RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA 37.087 -20.767 16.320 21.961 -9.190 12.771
CUSTOS GERENCIÁVEIS
Material -7.569 7.569 - -6.147 6.147 -
Serviço de terceiros -7.271 0 -7.271 -6.559 - -6.559
Depreciação - -7.375 -7.375 - -5.129 -5.129
Aluguel de máquinas e equipamentos - - - - - -
Seguros -83 - -83 -89 - -89
Tributos - - - - - -
Doações, contribuições e subv. - - - -10 - -10
Recuperação de despesas - - - - - -
Pessoal -653 -653 -722 - -722
Administradores -346 -346 - - -
Material -46 -46 -44 - -44
Serviço de terceiros -307 - -307 - - -
Arrendamento e aluguéis -37 -37 - - -
Tributos -62 -62 - - -
Outros -26 -26 -72 - -72
-16.400 194 -16.206 -13.643 1.018 -12.625
Receita financeira 236 236 426 -92 518
Despesa financeira -3.426 -3.426 -2.106 - -2.106
-3.190 0 -3.190 -1.680 -92 -1.588
RESULTADO DA ATIVIDADE DA CONCESSÃO 17.497 -20.573 -3.076 6.638 -8.264 -1.442
LUCRO ANTES DO IRPJ/CSLL 17.497 -20.573 -3.076 6.638 -8.264 -1.442
Imposto de renda diferido -5.143 5.143 -2.020 2.020 -
Contribuição social diferidfo -1.852 1.852 -727 727 -
LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO 10.502 -13.578 -3.076 3.891 -5.517 -1.442
IESUL - Interligação Elétrica Sul S.A. CNPJ 10.261.111/0001-05
Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis Regulatórias
Exercícios findos em 31 de dezembro de 2016 e 2015
Valores expressos em milhares de reais
29
A seguir são detalhadas a natureza e explicações dos ajustes apresentados entre a contabilidade
societária e a regulatória:
22.1 Contratos de Concessão (ICPC 01 e OCPC 05)
A Companhia adota para fins de classificação e mensuração das atividades de concessão as previsões da
interpretação ICPC 01 emitida pelo CPC. Esta Interpretação orienta os concessionários sobre a forma de
contabilização de concessões de serviços públicos a entidades privadas.
Para os contratos de concessão qualificados para a aplicação do ICPC 01, a infraestrutura implementada,
ampliada, reforçada ou melhorada pelo operador não é registrada como ativo imobilizado do próprio
operador porque o contrato de concessão não transfere ao concessionário o direito de controle do uso da
infraestrutura de serviços públicos. É prevista apenas a cessão de posse desses bens para realização dos
serviços públicos, sendo eles (imobilizado) revertidos ao concedente após o encerramento do respectivo
contrato. O concessionário tem direito de operar a infraestrutura para a prestação dos serviços públicos
em nome do concedente, nas condições previstas no contrato.
Assim, nos termos dos contratos de concessão dentro do alcance do ICPC 01, o concessionário atua como
prestador de serviço. O concessionário implementa, amplia, reforça ou melhora a infraestrutura (serviços
de implementação da infraestrutura) usada para prestar um serviço público além de operar e manter essa
infraestrutura (serviços de operação e manutenção) durante determinado prazo. O concessionário deve
registrar e mensurar a receita dos serviços que presta de acordo com os Pronunciamentos Técnicos CPC
17 (R1) – Contratos de Construção e CPC 30 (R1) – Receitas. Caso o concessionário realize mais de um
serviço (por exemplo, serviços de implementação da infraestrutura ou serviços de operação) regidos por
um único contrato, a remuneração recebida ou a receber deve ser alocada com base nos valores justos
relativos dos serviços prestados caso os valores sejam identificáveis separadamente. Assim, a contra
partida pelos serviços de implementação da infraestrutura efetuados nos ativos da concessão passa a ser
classificada como ativo financeiro, ativo intangível ou ambos.
O ativo financeiro se origina na medida em que o operador tem o direito contratual incondicional de
receber caixa ou outro ativo financeiro da concedente pelos serviços de implementação da infraestrutura;
o concedente tem pouca ou nenhuma opção para evitar o pagamento, normalmente porque o contrato é
executável por lei. O concessionário tem o direito incondicional de receber caixa se a concedente garantir
em contrato o pagamento (a) de valores preestabelecidos ou determináveis ou (b) insuficiência, se houver,
dos valores recebidos dos usuários dos serviços públicos com relação aos valores preestabelecidos ou
determináveis, mesmo se o pagamento estiver condicionado à garantia pelo concessionário de que a
infraestrutura atende a requisitos específicos de qualidade ou eficiência. O ativo intangível se origina na
medida em que o operador recebe o direito (autorização) de cobrar os usuários dos serviços públicos. Esse
direito não constitui direito incondicional de receber caixa porque os valores são condicionados à
utilização do serviço pelo público. Se os serviços de implementação da infraestrutura do concessionário
são reconhecidos parcialmente em ativo financeiro e parcialmente em ativo intangível, é necessário
contabilizar cada componente da remuneração do concessionário separadamente. A remuneração recebida
ou a receber de ambos os componentes deve ser inicialmente registrada pelo seu valor justo recebido ou a
receber.
IESUL - Interligação Elétrica Sul S.A. CNPJ 10.261.111/0001-05
Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis Regulatórias
Exercícios findos em 31 de dezembro de 2016 e 2015
Valores expressos em milhares de reais
30
Os critérios utilizados para a adoção da interpretação da concessão detida pela Companhia estão descritos
nas Demonstrações Contábeis Societárias apresentadas na página 19.
22.2 Imposto de Renda e Contribuição Social Diferidos (CPC 32)
Os ajustes de imposto de renda e contribuição social diferidos representam os efeitos tributários sobre os
ajustes reconhecidos com as adoções dos pronunciamentos, interpretações e orientações emitidas pelo
CPC, principalmente o ICPC01.
22.3 PIS COFINS Diferidos
O diferimento do PIS e da COFINS é relativo às receitas de implementação da infraestrutura e
remuneração do ativo da concessão apuradas sobre o ativo financeiro e registrado conforme competência
contábil. O recolhimento ocorre à medida do efetivo recebimento, conforme previsto na Lei 12.973/14.