Intenções de redução do consumo de carne vermelha e seus determinantes em estudantes da Universidade do Porto Intentions to reduce red meat consumption and its determinants in students of University of Porto Ana Rita Tavares Sousa Orientado por: Prof. Doutor António Pedro Soares Ricardo Graça Coorientado por: Prof.ª Doutora Maria João Batista Gregório Investigação Ciclo de estudos: 1.º Ciclo em Ciências da Nutrição Instituição académica: Faculdade de Ciências da Nutrição e Alimentação da Universidade do Porto Porto, 2019
33
Embed
Intenções de redução do consumo de carne vermelha e seus ...A carne de cordeiro e a carne bovina são as carnes com o maior impacto na sustentabilidade ambiental, gerando cerca
This document is posted to help you gain knowledge. Please leave a comment to let me know what you think about it! Share it to your friends and learn new things together.
Transcript
Intenções de redução do consumo de carne vermelha e seus determinantes
em estudantes da Universidade do Porto
Intentions to reduce red meat consumption and its determinants in students of
University of Porto
Ana Rita Tavares Sousa
Orientado por: Prof. Doutor António Pedro Soares Ricardo Graça
Coorientado por: Prof.ª Doutora Maria João Batista Gregório
Investigação
Ciclo de estudos: 1.º Ciclo em Ciências da Nutrição
Instituição académica: Faculdade de Ciências da Nutrição e Alimentação da
Universidade do Porto
Porto, 2019
ii
.
i
Resumo
Introdução: É importante reduzir o consumo excessivo de carne vermelha.
Conhecer as perceções dos consumidores sobre a carne vermelha e o que
determina o seu consumo, pode ser importante para a ação das instituições de
ensino superior. Objetivo: Avaliar as intenções de redução de consumo de carne
vermelha e seus determinantes em estudantes da UP. Métodos: Foi aplicado um
questionário de administração direta a uma amostra de conveniência composta por
200 estudantes, durante o mês de junho de 2019, pertencentes a 8 Unidades
Orgânicas existentes na UP. Resultados: A maioria dos estudantes consome
carne vermelha (91%), embora dos quais 51% tente reduzir o seu consumo – não
existindo diferenças estatisticamente significativas entre sexos e entre áreas de
estudos dos estudantes (p>0,05 em ambos). As principais motivações subjacentes
à tentativa de redução de consumo foram: “a preocupação com questões de saúde”
e a “preocupação com a sustentabilidade ambiental”. A estratégia referida como
sendo a mais utlizada na redução de consumo de carne vermelha foi a substituição
da mesma por carne branca. A maioria considera importante reduzir o consumo de
carne vermelha (87%), mas apenas 59% destes tentam reduzir. As principais
razões pelas quais acham importante reduzir o consumo de carne vermelha são: “a
melhoria do estado de saúde” e a “diminuição do impacto na sustentabilidade
ambiental”. Dos estudantes utilizadores das unidades de alimentação da UP, 42%
acha que há excesso de oferta de carne. Conclusão: Parece existir vontade de
reduzir o consumo de carne vermelha por parte da população inquirida. Contudo,
são necessários mais trabalhos para sustentar esta afirmação e identificar
Total Sexo Feminino Sexo Masculino Área da Saúde Área NÃO saúde
Gráfico 2 - Estratégias utilizadas pelos estudantes na redução de consumo de carne vermelha
10
vezes por semana, 33% afirmaram reduzir 3 vezes por semana e 45% afirmaram
reduzir 4 vezes ou mais por semana.
Os resultados quanto à perceção da importância em reduzir o consumo de
carne vermelha mostraram que a maior parte dos estudantes (87%) acha
importante reduzir o seu consumo. Das razões apresentadas destacam-se: a
melhoria do estado de saúde (60%) – nesta categoria, alguns especificaram a
diminuição de risco cardiovascular (8%) e a diminuição de risco oncológico (7%),
enquanto que os restantes mencionaram a melhoria do estado de saúde no geral
(45%); a diminuição do impacto na sustentabilidade ambiental (34%); eliminação
do sofrimento animal (6%) – gráfico 3.
Gráfico 3 - Razões pelas quais os estudantes acham importante reduzir o consumo de carne
vermelha
Por fim, os resultados também demostraram que, dos estudantes que acham
importante reduzir o consumo de carne vermelha, apenas 59% o tentam fazer.
Em relação à opinião dos estudantes sobre a oferta de carne vermelha nas
cantinas ou snack-bares da UP, 42% dos estudantes utilizadores destes espaços
acham que há excesso de oferta da mesma – a maior parte destes (91%) afirma
0
20
40
60
80
100
120
Diminuição doImpacto na
SustabilidadeAmbiental
Melhoria do Estadode Saúde no Geral
Diminuição do RiscoOncológico
Eliminação doSofrimento Animal
Diminuição do RiscoCardiovascular
Total Sexo Feminino Sexo Masculino Área da Saúde Área NÃO saúde
11
ainda que o excesso de oferta se deve à demasiada frequência semanal de pratos
de carne vermelha – gráfico 4.
Gráfico 4 - Opinião dos estudantes sobre a oferta de carne vermelha nas cantinas ou snack-bares
da UP
Na opinião dos estudantes, no que diz respeito às formas de incentivo à
redução desse consumo, destacam-se o aumento do número de refeições de carne
branca e a melhoria do sabor das refeições vegetarianas - gráfico 5.
0
5
10
15
20
25
30
35
40
45
50
Aumentando onúmero derefeições
vegetarianas
Melhorando osabor dasrefeições
vegetarianas
Diminuindo asopções de pratos
de carnevermelha
disponíveis
Aumentando asopções de pratos
de peixe
Reduzindo aquantidade decarne vermelhaem cada prato
Aumentando onúmero de
refeições decarne branca
Total FFUP/ICBAS FCNAUP FMUP FEP FEUP FLUP FDUP FMDUP
Gráfico 5 - Formas de incentivo à redução do consumo de carne vermelha reportadas pelos
estudantes nas cantinas ou snack-bares da UP
-5
5
15
25
35
45
55
Demasiada frequência semanal de pratos de carnevermelha
Demasiada quantidade de carne vermelha nos pratos
Total FFUP/ICBAS FCNAUP FMUP FEP FEUP FLUP FDUP FMDUP
12
Discussão
O presente estudo descreve atitudes, estratégias e perceções de estudantes
da Universidade do Porto, quanto à redução do consumo de carne vermelha.
No nosso estudo, a maioria dos estudantes são consumidores de carne
vermelha (91%), resultado que vai de encontro ao esperado, tendo em conta o
elevado consumo de carne vermelha encontrado em vários estudos realizados em
estudantes universitários na Europa – Ortiz et al (2012)(34); Platania et al (2016) (35);
Socarrás el all (2015)(36); Alexia et al (2015) (37) – e em Portugal – Rodrigues (2012)
(38) ;Martins (2009) (39). Estes resultados também estão de acordo com a quantidade
média de carne vermelha consumida em Portugal - superior a 100 gramas por dia
(25,5%) - em adultos dos 18-64 anos descrita no último relatório do IAN-AF 2015-
2016. (26)
Devido à escassez de estudos realizados em estudantes universitários sobre
as intenções de redução de consumo de carne vermelha, os resultados do nosso
estudo quanto a este tópico foram comparados apenas com estudos internacionais
com amostras constituídas pela população em geral. Na nossa amostra mais de
metade dos consumidores de carne vermelha afirmam que tentam reduzir o seu
consumo (54%). Este resultado mostrou uma proporção ligeiramente superior a um
estudo recente feito numa amostra representativa dos EUA - Neff et al (2018)(40) –
que afirma que 41% dos consumidores de carne vermelha tentam reduzir o seu
consumo.
Contrariamente ao esperado, relativamente à influência do sexo na redução
do consumo de carne vermelha, tendo em conta que vários estudos mostram que
o sexo masculino refere a carne como símbolo de “masculinidade” (41-43) e que as
jovens universitárias têm normalmente uma maior preocupação com a imagem e
13
com a saúde (44-46), esperava-se que a tentativa de redução de carne vermelha
fosse significativamente inferior no sexo masculino. Todavia, e em concordância
com o estudo Neff et al (2018)(40), na nossa amostra não foram encontradas
diferenças significativas entre sexos. Para além disso, também não foram
encontradas diferenças significativas entre as áreas de estudos dos estudantes.
Esperava-se uma prevalência de redução do consumo de carne vermelha
significativamente superior nos estudantes da área de saúde, tendo em conta que
há vários estudos que mostram que indivíduos com conhecimentos na área da
saúde tendem a ter escolhas alimentares mais conscientes e uma alimentação mais
cuidada – Botchway et al (2015) (47), Spronk et al (2014) (48), Barzegari et al
(2010)(49). Todavia, e conforme os estudos, nos estudantes da área de saúde, a
preocupação com questões de saúde mostrou ser significativamente maior nos
estudantes da área de saúde comparativamente aos estudantes das áreas de NÃO
saúde (32,5% VS 26,9%, p = 0,021).
Em relação às motivações subjacentes à tentativa de redução do consumo
de carne vermelha, as principais são a preocupação com a saúde (59%) e, em
seguida, a preocupação com sustentabilidade ambiental (19%). Estes resultados
estão de acordo com Bogueva et al (2016) (50) e com o estudo Neff et al (2018)(40)
que também referem a saúde como uma das principais motivações para redução
do consumo de carne vermelha (28% e 50%, respetivamente). Contudo, ao
contrário dos nossos resultados, nestes dois estudos as motivações com maior
prevalência foram o sofrimento animal (55%) – em Bogueva et al (2016)(50) - e os
custos monetários associados ao seu consumo (51%) – em Neff et al (2018)(40).
A substituição da carne vermelha pela carne branca, para além de ser a
estratégia mais usada na redução do consumo de carne vermelha, foi também
14
forma de incentivo à redução do consumo de carne vermelha nas cantinas ou
snack-bares da UP mais escolhida pelos estudantes do nosso estudo. Este
resultado vai de encontro com os dados mais recentes da Balança Alimentar
Portuguesa 2012-2016 (51), que relatam um aumento significativo da disponibilidade
das carnes de animais de capoeira, representando quase um terço das
disponibilidades totais de carne e sendo pela primeira vez a sua oferta maior que à
das restantes carnes.
Relativamente à perceção da importância em reduzir o consumo de carne
vermelha, a maior parte dos estudantes (87%) acha importante reduzir o seu
consumo e as razões principais são: melhoria do estado de saúde (60%);
diminuição do impacto na sustentabilidade ambiental (34%). Todavia, embora a
prevalência de estudantes que considera ser importante reduzir o consumo de
carne vermelha seja muito elevada, apenas 51% destes estudantes realmente o
tenta fazer. Estes resultados mostram que, apesar da preocupação que possa
existir por parte dos estudantes universitários sobre esta temática e todos os
conhecimentos que têm sobre nutrição e alimentação(52, 53), estes parecem ser
insuficientes para que haja uma mudança substancial de hábitos de consumo da
carne vermelha. De acordo com a literatura – Bakker et al (2012)(54), Neff et al
(2018)(40) e Stoll-Kleemann et al (2017)(55) - os obstáculos principais à redução do
consumo de carne vermelha apresentados pela população estão relacionados com:
a baixa prioridade/importância relativamente às consequências do consumo de
carne vermelha; a influência dos pares; o prazer associado ao sabor da carne; a
perceção que a carne vermelha é saudável e altamente nutritiva.
No que diz respeito à opinião dos estudantes sobre a oferta de carne
vermelha nas cantinas ou snack-bares da UP, 42% dos estudantes utilizadores
15
destes espaços afirma que há excesso de oferta da mesma – demasiada frequência
semanal de pratos de carne vermelha. Estes dados vão de acordo ao último estudo
realizado pela Federação Académica do Porto sobre este tema onde os inquiridos
criticaram a qualidade nutricional da oferta, apontando um excessivo recurso a
alimentos fritos e calóricos, ou ainda a inexistência de uma alternativa vegan e uma
deficiente oferta de pratos vegetarianos.(56)
Este estudo apresenta algumas limitações, nomeadamente por ser um
estudo de desenho transversal, o que faz com que este não permita estabelecer
causalidade, apenas associações. Quanto ao processo de amostragem, este
também é uma limitação do estudo, tendo em conta que a mesma, por ser de
conveniência, não é representativa de toda a comunidade estudantil da
Universidade do Porto. Por ser um questionário de aplicação direta, o estudo pode
apresentar também viés de memória ou de desejabilidade social.
Conclusões
Os resultados deste estudo sugerem uma intenção de redução do consumo
de carne vermelha por parte da amostra inquirida, estando esta intenção
relacionada maioritariamente com a proteção da saúde e do meio ambiente. Os
estudantes identificam também diferentes estratégias para atingir este objetivo,
sendo a substituição da carne vermelha por carne branca, a estratégia mais
referida. Será importante que, a confirmarem-se os valores encontrados, a
Universidade do Porto e os seus serviços de alimentação sejam capazes de
adequar a oferta aos desejos dos estudantes, tendo em conta a adequação
nutricional e ambiental.
16
Agradecimentos
Agradecer ao Professor Doutor Pedro Graça, por toda a confiança que depositou
em mim. Sem a sua ajuda, este trabalho não teria sido possível.
“É fazendo que se aprende a fazer aquilo que se deve aprender a fazer”
Aristóteles
17
Referências
1. Menezes U,Carneiro H. A História da Alimentação: balizas historiográficas. 1997; 5(1),9-91. 2. Mann NJ. A brief history of meat in the human diet and current health implications. Meat Science. 2018; 144:169-79. 3. Pollan M. The Omnivore's Dilema. New York; 2006. 4. Kim K, Hyeon J, Lee SA, Kwon SO, Lee H, Keum N, et al. Role of Total, Red, Processed, and White Meat Consumption in Stroke Incidence and Mortality: A Systematic Review and Meta-Analysis of Prospective Cohort Studies. Journal of the American Heart Association. 2017; 6(9) 5. Minkiewicz P, Dziuba J, Michalska J. Bovine meat proteins as potential precursors of biologically active peptides--a computational study based on the BIOPEP database. Food science and technology international = Ciencia y tecnologia de los alimentos internacional. 2011; 17(1):39-45. 6. McAfee AJ, McSorley EM, Cuskelly GJ, Moss BW, Wallace JMW, Bonham MP, et al. Red meat consumption: An overview of the risks and benefits. Meat Science. 2010; 84(1):1-13. 7. Wyness L. The role of red meat in the diet: nutrition and health benefits. The Proceedings of the Nutrition Society. 2016; 75(3):227-32. 8. Carneiro HS. COMIDA E SOCIEDADE: SIGNIFICADOS SOCIAIS NA HISTÓRIA DA ALIMENTAÇÃO. História: Questões & Debates. 2005; 42(1) 9. Food and Agriculture Organization of The United Nations, Food balance 2015. 2015. [citado em: 3 de junho 2019]. Disponível em: http://faostat3.fao.org/browse/FB/*/E. 10. Vermeulen SJ, Campbell BM, Ingram JSI. Climate Change and Food Systems. Annual Review of Environment and Resources. 2012; 37(1):195-222. 11. Meybeck A, Gitz V. Sustainable diets within sustainable food systems. The Proceedings of the Nutrition Society. 2017; 76(1):1-11. 12. Godfray HCJ, Aveyard P, Garnett T, Hall JW, Key TJ, Lorimer J. Meat consumption, health, and the environment. Science. New York. 2018; 361 13. Pamela M. Sustainable diets: How ecological diets can transform consumption and the food system.: Routledge; 2017. 14. Cornely B,Mahlke S. Meat Atlas. 1ªed. Berlim. Atlas Manufcktur. 2014. 15. Hamerschlag K, Venkat K. Meat Eater's Guide - To climate Change More Health. Group EW. 2011. 16. Willett WR, Johan. Food Planet Health. Systems. EAT-Lancet Commission 2019. 17. World Health Organization. IARC Monographs evaluate consumption of red meat and processed meat. Cancer IARC. 2016. 2. 18. International Agency For Research on Cancer. Agents Classified by the IARC Monographs. 2019. Disponível em: https://monographs.iarc.fr/agents-classified-by-the-iarc/. 19. Domingo JL, Nadal M. Carcinogenicity of consumption of red meat and processed meat: A review of scientific news since the IARC decision. Food and chemical toxicology : an international journal published for the British Industrial Biological Research Association. 2017; 105:256-61. 20. Ekmekcioglu C, Wallner P, Kundi M, Weisz U, Haas W, Hutter HP. Red meat, diseases, and healthy alternatives: A critical review. Critical reviews in food science and nutrition. 2018; 58(2):247-61.
21. Talaei M, Wang YL, Yuan JM, Pan A, Koh WP. Meat, Dietary Heme Iron, and Risk of Type 2 Diabetes Mellitus: The Singapore Chinese Health Study. American journal of epidemiology. 2017; 186(7):824-33. 22. Larsson SC, Orsini N. Red meat and processed meat consumption and all-cause mortality: a meta-analysis. American journal of epidemiology. 2014; 179(3):282-9. 23. Pichel F. Perfil Lipídico da Carne Vermelha e Doença Cardiovascular. Revista Nutrícias. 2013:20-23. 24. Lippi G, Mattiuzzi C, Sanchis-Gomar F. Red meat consumption and ischemic heart disease. A systematic literature review. Meat Sci. 2015; 108:32-6. 25. Cui K, Liu Y, Zhu L, Mei X, Jin P, Luo Y. Association between intake of red and processed meat and the risk of heart failure: a meta-analysis. BMC Public Health. 2019; 19(1):354. 26. Lopes C,Torres D,Oliveira A,Severo M,Alarcão V, Guiomar S, Mota J, Teixeira P, Rodrigues S,Lobato L, Magalhães V, Correira D, Carvalho C, Pizarro A, Marques A, Vitela S, Oliveira L, Nicola P, Soares S, Ramos E. Inquérito Alimentar Nacional e de Atividade Física, IAN-AF 2015-2016: Relatório de resultados. Universidade do Porto. Disponível em: www.ian-af.up.pt. 27. Agência Portuguesa do Ambiente. Roteiro para a Neutralidade Carbónica 2050. Diário da República; 2019. 28. Johansen A, Rasmussen S, Madsen M. Health behaviour among adolescents in Denmark: influence of school class and individual risk factors. Scandinavian journal of public health. 2006; 34(1):32-40. 29. Colic Baric I, Satalic Z, Lukesic Z. Nutritive value of meals, dietary habits and nutritive status in Croatian university students according to gender. International journal of food sciences and nutrition. 2003; 54(6):473-84. 30. Lake AA, Adamson AJ, Craigie AM, Rugg-Gunn AJ, Mathers JC. Tracking of dietary intake and factors associated with dietary change from early adolescence to adulthood: the ASH30 study. Obesity facts. 2009; 2(3):157-65. 31. Martinez YTS, Harmon BE, Nigg CR, Bantum EO, Strayhorn S. Diet and Physical Activity Intervention Strategies for College Students. Health Behav Policy Rev. 2016; 3(4):336-47. 32. Deliens T, Clarys P, De Bourdeaudhuij I, Deforche B. Determinants of eating behaviour in university students: a qualitative study using focus group discussions. BMC Public Health. 2014; 14(1):53. 33. Larson N, Story M. A review of environmental influences on food choices. Annals of behavioral medicine : a publication of the Society of Behavioral Medicine. 2009; 38 Suppl 1:S56-73. 34. Ortiz R, Navarro AI, Zaragoza A, Sáez J, Davó MC. ¿Siguen patrones de dieta mediterránea los universitarios españoles? Nutrición Hospitalaria. 2012; 27:1952-59. 35. Platania MR, P.; Rizzo, M. Food and health habits of university students. Relationship to food consumption behaviour. International Food Research Journal. 2016; 23:1239-47. 36. Socarrás V, Martínez A. Hábitos alimentarios y conductas relacionadas con la salud en una población universitaria. Nutrición Hospitalaria. 2015; 31:449-57. 37. De Piero A, Bassett N, Rossi A, Sammán N. Tendencia en el consumo de alimentos de estudiantes universitarios. Nutrición Hospitalaria. 2015; 31:1824-31. 38. Rodrigues T. Avaliação Dos Hábitos Alimentares De Estudantes Do Ensino Superior. Repositório Instituto Politécnico de Viseu. 2012
19
39. Martins M. Hábitos alimentares de estudantes universitários. Faculdade de Ciências da Nutrição e Alimentação da Universidade do Porto. 2009 40. Neff RA, Edwards D, Palmer A, Ramsing R, Righter A, Wolfson J. Reducing meat consumption in the USA: a nationally representative survey of attitudes and behaviours. Public health nutrition. 2018; 21(10):1835-44. 41. Potts A, Parry J. Vegan Sexuality: Challenging Heteronormative Masculinity through Meat-free Sex. Feminism & Psychology. 2010; 20(1):53-72. 42. Rousseau O. Does meat rein force masculinity?. Global Meat News. 2016. Disponível em: https://www.globalmeatnews.com/Article/2016/01/13/Does-meat-reinforce-masculinity. 43. Ruby MH, S.J. Meat, moral and masculinity. Appetite; 2011; 56:447-450. 44. Hendrie GA, Coveney J, Cox D. Exploring nutrition knowledge and the demographic variation in knowledge levels in an Australian community sample. Public health nutrition. 2008; 11(12):1365-71. 45. Cristina A. Perceptions towards a healthy diet among a sample of university people in Portugal. Nutrition & Food Science. 2018 46. Deshpande S, Basil MD, Basil DZ. Factors influencing healthy eating habits among college students: an application of the health belief model. Health marketing quarterly. 2009; 26(2):145-64. 47. Irene B, Wiafe A, Akpene A. Health Consciousness and Eating Habits among non-medical Students in Ghana: A Cross-sectional Study. Journal of Advocacy, Research and Education. 2015; 2(1):31-35. 48. Spronk I, Kullen C, Burdon C, O'Connor H. Relationship between nutrition knowledge and dietary intake. The British journal of nutrition. 2014; 111(10):1713-26. 49. Ebrahimi MA, Mohammad;Ranjbar, Kazem. A study of nutrition knowledge, attitudes and food habits of college student. World Applied Sciences Journal. 2011; 15 50. Bogueva D, Marinova D, Rapahely. Reducing meat consumption: the case for social marketing. Asia Pacific Journal of Marketing and Logistics. 2017; 29 51. Instituito Nacional de Estatistica. Balança Alimentar Portuguesa 2012-2016. Instituto Nacional de Estatística IP. 2017. 52. Barzegari A, Mohsen E;Azizi, M;Ranjbar, K. A study of nutrition knowledge, attitudes and food habits of college students. World Applied Sciences Journal. 2011; 15 53. Özdoğan YY, Özçelik A. Assessment of Nutrition Knowledge among University Students in Ankara. Journal of Scientific Research and Reports,.20(4), 1-8. . 54. Bakker E, Dagevos H. Reducing Meat Consumption in Today’s Consumer Society: Questioning the Citizen-Consumer Gap. Journal of Agricultural and Environmental Ethics. 2012; 25(6):877-94. 55. Stoll-Kleemann S, Schmidt U. Reducing meat consumption in developed and transition countries to counter climate change and biodiversity loss: a review of influence factors . Regional Environmental Change. 2017; 17(5):1261-77. 56. Silva F. Cantinas: Espaços e tempos de espera não satisfazem estudantes do Porto. Jornalismo Porto Net. 2016. Disponível em: https://jpn.up.pt/2016/01/10/cantinas-espacos-e-tempos-de-espera-não satisfazem-estudantes-do-porto/.