Instituto Politécnico de Viseu, Escola Superior de Educação de Viseu Bauhaus Inês Pereira Inês Cardoso Joana Costa Soraia Figueiredo Viseu 2014/2015
Instituto Politécnico de Viseu, Escola Superior de Educação de Viseu
Bauhaus
Inês Pereira
Inês Cardoso
Joana Costa
Soraia Figueiredo
Viseu
2014/2015
1
Curso de Artes Plásticas e Multimédia – 1º ano
Teoria e História da Arte Moderna
Docente: Catarina Carneiro de Sousa
Discentes:
Inês Pereira, 11107
Inês Cardoso, 11108
Joana Costa, 11114
Soraia Figueiredo, 11316
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ÍNDICE
Introdução 3
1.A Pré-História da Bauhaus 3
2. Finalidade e Princípios Fundamentais da Bauhaus 6
3. A Bauhaus ou o Sonho da Unidade da Arte 7
4. A Bauhaus 7
5. As Três Fases da Bauhaus 9
5.1. 1ªfase: Expressionista 9
5.2. 2ªfase: Formalismo Construtivista 9
5.3. 3ªfase: Racionalismo Radical 9
6. Mulheres na Bauhaus 10
7. Ateliers da Bauhaus 12
8. Bauhaus na Atualidade 19
Conclusão 22
Referências Bibliográficas 23
ÍNDICE DE IMAGENS
FIGURA 1 Walter Gropius (Fonte DROSTE, 2002 p. 23) 1
FIGURA 2 Antigo prédio da Bauhaus em Weimar (Fonte: DROSTE, 2002 p. 13) 1
FIGURA 3 Staatliches Bauhaus, edifício princial, 1925, Dessau 1
FIGURA 4 Mulheres na Bauhaus (Muller, 2009) 1
FIGURA 5 Quatro estudantes sentados em teares do atelier com Kurt Wanke (em pé), o mestre da
atelier de tecelagem 1
FIGURA 6 Atelier de metal da Bauhaus em Weimar, 1923 1
FIGURA 7 Marianne Brandt, Hin Bredendieck. Kandem Bedside Table Lamp. 1928 1
FIGURA 8 Membros do Atelier de teatro da Bauhaus sobre o telhado da Bauhaus em Dessau, 1927/8
1
FIGURA 10 Atelier de Carpintaria em Dessau 1
FIGURA 9 Marcel Breuer 1
FIGURA 11 Capa do catálogo de uma exibição da Bauhaus, 1919-1923 1
FIGURA 12 Brochura publicitária, 1931 1
FIGURA 13 Atelier de Escultura da Bauhaus 1
FIGURA 14 Atelier de Ceramida de Max Krehan, 1924 1
FIGURA 15 Fundação Bauhaus Dessau 1
FIGURA 16 Universidade Bauhaus Weimar 1
FIGURA 17 Bauhaus Archive / Museum of Design 1
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INTRODUÇÃO
A Bauhaus deixou um legado na história da arte e no ensino da mesma. O objetivo
deste trabalho foi inicialmente apresentar um estudo aprofundado do percurso da Bauhaus
ao longo de 90 anos. São bastantes os factos interessantes e que levariam a um trabalho
muito extenso; ficando assim, apenas uma breve exposição dos pontos mais interessantes.
O presente trabalho é constituído por oito blocos. Começando por um levantamento
histórico, passando por uma análise da influência na sociedade do séc.XX e comparando as
várias etapas da existência da Bauhaus.
1. A PRÉ-HISTÓRIA DA BAUHAUS
O nome da BAUHAUS - Casa da Construção – remete-se às Bauhutten medievais
(corporações de artesãos). Esta nova instituição de ensino foi fundada em 1919, em Weimar
(Alemanha), por Walter Gropius (FIGURA1). Em 1925 foi mudada para Dessau e fechada em
1933 em Berlim. Pode dizer-se que o espírito de ensino desta instituição se estendeu por
todo o mundo.
Os ingleses tinham já modificado a sua forma de ver a formação dos artesãos e das
escolas de artes. Por isso, o governo alemão, em 1896, enviou Hermenn Muthesius para
Inglaterra para analisar o grande sucesso inglês. No regresso, e após espionagem, aconselhou
a criação de oficinas de artes e ofícios, e a contratação de artistas modernos para lecionar as
aulas. Durante alguns anos, o modelo inglês foi utilizado na Alemanha, surgindo pequenos
ateliers privados que fabricavam utensílios domésticos. Em 1907, em Munique, o arquiteto
FIGURA 1 Walter Gropius (Fonte DROSTE,
2002 p. 23)
4
Muthesius liderou a fundação da “Liga Alemã de Oficinas”, a Deutshe Werkbund (DWB),
a associação de maior sucesso da Primeira Guerra Mundial, à qual Gropius mais tarde se
associou. (Subirats, 1987).
Os antecedentes da BAUHAUS correspondem ao Século XIX. Em 1890 a Alemanha
passva por um período de problemas políticos e económicos. Na tentativa de competir com
a Inglaterra e com a França, a Alemanha acelerou o processo de industrialização ficando a
liderar, juntamente com os Estados Unidos, os avanços tecnológicos da Segunda Revolução
Industrial. Arquitetos como Richard Riemerschmid fizeram parte de um movimento
modernista que defendia a ideia de que o design devia acompanhar a produção industrial,
produção em massa, e que só assim os produtos se tornariam acessíveis à sociedade
trabalhadora. Esta era a diferença filosófica da Alemanha frente aos movimentos da
Inglaterra (Arts and Crafts) e da França (Art Nouveau).
Teve início com William Morris, passando por outros artistas, que começaram a
perceber que não eram as máquinas que baixavam a qualidade dos produtos da época. Surgiu
uma nova ligação entre a indústria e o artesão. Consideravam que desde que o artesão assim
o desejasse, poderia aprender a retirar o melhor das máquinas, de forma a adaptar o
artesanato à produção em série da indústria. Depois da Primeira Guerra Mundial, foi
necessário reorganizar a indústria. Para isso, o governo e industriais alemães pensavam que
era fundamental uma modificação no ensino das artes. Era essencial a formação de uma mão-
de-obra mais eficiente para serem produzidos objetos industriais mais sofisticados e de alta
qualidade. Era necessária uma forma de ensino artística. Estavam abertas as portas para uma
escola especializada de design. (Forgács, 1995)
Anteriormente, foram fundados dois movimentos: o Arts and Crafts e o Art Nouveau.
William Morris criou o movimento Arts and Crafts com o objetivo de unir os artistas e
artesãos e melhorar a qualidade de artesanato. Não teve uma duração muito longa, dando
origem ao movimento francês Art Noveau, ao movimento alemão Werbund e à Bauhaus.
Outra figura muito importante neste período foi Henry van de Velde. Era um pintor e
artista do movimento Art Noveau e defendia que se devia evitar qualquer artesanato que não
pudesse ser feito através da grande indústria. Valorizava a individualidade artística dos
artesãos. Foi o fundador da escola de Arts and Crafts de Weimar, mas foi demitido em 1915,
e embora Walter Gropius tenha sido recomendado para o cargo, não o pode assumir, porque,
como outros artistas, tinha de combater na guerra, o que resultou no encerramento da escola.
(Wick, 1989).
5
Gropius sonhava com uma escola de arte e desenho que ajudasse a mudar o mundo. O
pesadelo da guerra e os mecanismos de massacre constantes fizeram com que desejasse um
mundo em que a máquina fosse domesticada em benefício do homem.
Quando saiu da Primeira Guerra Mundial, percebeu que tinha de participar em algo
completamente novo. Algo que mudasse as condições em que tinha vivido até ai.
No início tinha ideias utópicas, que ninguém pensou que se pudessem tornar realidade, mas
que acabaram por se concretizar. Gropius não estava sozinho nas suas aspirações e contou
com a ajuda do Estado para a concretização do seu sonho. Em 1919, fundou a escola Bauhaus
em Weimar (FIGURA2), integrando duas escola já existentes, a Escola Superior de Belas-
Artes e a Escola de Artes e Ofícios. (Denis, 2000)
Pediram-lhe que fundasse uma escola de arte e que expressasse as suas ideias
revolucionárias num Manifesto publicado em 1919.
O fim de toda a atividade plástica é a construção completa. Adorná-la era, outrora, a tarefa mais
nobre das artes plásticas, componentes inseparáveis da magna arquitetura. Hoje elas encontram-
se numa situação de auto-suficiência singular, da qual só se libertarão através da consciente
atuação conjunta e coordenada de todos os profissionais. Arquitetos, pintores e escultores devem
novamente chegar a conhecer e compreender a estrutura multiforme da construção no seu todo
e nas suas partes; só então as suas obras estarão outra vez plenas de espírito arquitetónico que
se perdeu na arte de salão.
As antigas escolas de arte foram incapazes de criar essa unidade, e como poderiam, visto ser a
arte coisa que não se ensina? Elas devem voltar a ser oficinas. Esse mundo de desenhistas e
artistas deve, por fim, tornar a orientar-se para a construção. Quando o jovem que sente amor
FIGURA 2 Antigo prédio da Bauhaus em Weimar (Fonte: DROSTE, 2002 p.
13)
6
pela atividade plástica começar como antigamente, pela aprendizagem de um ofício, o "artista"
improdutivo não ficará condenado futuramente ao incompleto exercício da arte, uma vez que
sua habilidade fica conservada para a atividade artesanal, onde pode prestar excelentes serviços.
Arquitetos, escultores, pintores, todos devemos voltarmos novamente ao artesanato, pois não
existe "arte por profissão". Não há nenhuma diferença essencial entre artista e artesão, o artista
é uma elevação do artesão, a graça divina, em raros momentos de luz que estão além da sua
vontade, faz florescer inconscientemente obras de arte, entretanto, a base do ‘saber fazer’ é
indispensável para todo o artista. Aí se encontra a fonte de criação artística.
Formemos, portanto, uma nova corporação de artesãos, sem a arrogância exclusivista que criava
um muro de orgulho entre artesãos e artistas. Desejemos, inventemos, criemos um novo futuro,
que agrupará tudo numa única forma: arquitetura, escultura e pintura que, feita por milhões de
mãos de artesãos, se alçará um dia aos céus, como símbolo cristalino de uma nova fé vindoura.
(Conrads, 1971)
A escola tinha uma forma de catedral, que como as igrejas da Idade Média pretendiam
divulgar as boas novas.
2. FINALIDADE E PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DA BAUHAUS
A principal intenção da Bauhaus era juntar numa escola, arquitetura, artesanato e uma
academia de artes. Foram muitos os conflitos, tanto internos como externos, que surgiram
desta união. O principal campo de estudo era a arquitetura, como está implicito no nome da
escola. Mas havia aqui lugar para outras expressões artísticas. Era dada valorização à
máquina, à produção industrial e ao desenho de produtos.(Forgács, 1995) Pretendia-se a
construção de casas baratas para a república de Weimar. Na Bauhaus, tudo deveria ser criado
de novo, e não deveriam ser utilizados padrões herdados do passado; dado isso, não havia
necessidade de ensinar História na escola.
Grupios sentia que um novo período da história estava a começar e decidiu criar um
novo estilo arquitetónico que mostrasse essa nova época. Tanto na arquitetura como na
criação de bens de consumo, o principal era o custo reduzido, a funcionalidade e a
possibilidade de produção em massa. Para isso teria de unir, novamente, a arte ao artesanato.
7
3. A BAUHAUS OU O SONHO DA UNIDADE DA ARTE
A Bauhaus possibilitou a associação de artes maiores e artes menores, onde se
procurou destruir as barreiras entre o artesanato e a arte.
Gropius, o fundador da Bauhaus, apresenta no seu programa, de forma clara, as suas
ideias sobre a arte e como as queria promover e desenvolver na sua escola. De acordo com
Gropius “A Bauhaus propõe reunir numa unidade de todas as formas de criação artística,
reunificar numa nova arquitetura com todas as disciplinas da criação artística: escultura,
pintura, artes aplicadas e artesanato.” (Gropius 1883-1969)“. Para Gropius, essa unidade
seria recuperada através de uma formação que desenvolvesse entre os estudantes uma
competência geral nos ofícios, criando uma base indispensável a toda a produção artística.
(Lupton,2009)
Terminado o curso prévio, os alunos optavam por um curso que lhes agradasse onde
trabalhavam em conjunto com um artista plástico.
Em 1992, os ateliers da Bauhaus estavam em completo desenvolvimento e expansão e
tinham como objetivo dar novas formas a objetos do nosso quotidiano: cadeiras, mesas, etc.;
todos estes objetos uniam a inspiração do artista com a rigorosa adequação a que se
destinavam. (Filipe Silva - http://www.calameo.com)
4. A BAUHAUS
Uma das primeiras escolas de design a ensinar, logicamente, design, arquitetura e
outros tipos de arte, reuniu muitos artistas contemporâneos e arquitetos prestigiados. Tornou-
se não só num local que criou designers e arquitetos inovadores mas também num centro de
produções. (FIGURA3)
Tudo isto se iniciou quando em paralelo acontecia a Revolução Industrial e
como consequência da crise que surgira, a Bauhaus não tinha pilares onde se apoiar, que
pudessem ajudar a esclarecer a questão que esta mesma instituição colocava: Como se
poderia através do design, iniciar um processo de modernização. (http://pereira-da-
silva.blogspot.pt/2011/02/bauhaus.html)
Alguns artistas começaram a entender que a baixa qualidade dos produtos não
se devia unicamente à maquinaria que estava a surgir naquela época, por isso começaram a
criar uma “relação” entre a indústria e o artesão. Daqui emergiu uma procura por processos
que conseguissem relacionar o modo artesanal e o modo industrial de fabrico. A solução
seria apenas que o artesão estivesse disposto a trabalhar com a máquina e retirar o melhor
partido desta. (http://www.youblisher.com/p/60899-Bauhaus/)
8
Segundo Ludwing Mies van der Rohe, arquiteto alemão e último diretor da Bauhaus,
foi iniciado pela mesma, em 1930, uma escola técnica de arquitetura com vários
departamentos e oficinas.
Dois anos depois, os Nazis tornaram-se no maior partido nas eleições e isto levou a
Bauhaus a mudar de local. Mudou-se para Berlim mas apenas por um curto período de
tempo.
Passado um ano, em 1933, a Bauhaus é vítima de perseguições por parte dos
Nazis e como resultado a escola é encerrada. Com efeito a instituição é considerada como
frente comunista, isto porque, era local onde estudavam e trabalhavam muitos artistas
russos. (http://pereira-da-silva.blogspot.pt/2011/02/bauhaus.html)
Apenas no período em que os mestres desta escola foram perseguidos e agiram
defendendo as formas arquitetónicas modernas e industriais, a Bauhaus reconheceu a sua
importância e fama mundial. Tornara-se assim oficialmente uma escola superior de Belas-
Artes.
O seu programa consistia na união dos vários tipos de arte mas em especial, a união
da arte e da técnica.
Chega o ano de 1928 e Hannes Meyer torna-se diretor da Bauhaus. Com isto, Meyer
segue um caminho não artístico e confere à instituição este mesmo destino que não envereda
pelas artes e como consequência uma série de pessoas importantes desiste e deixa a Bauhaus
que passara a ser uma mera empresa de construções.
Deu-se portanto um avanço de objetivos que não tinham sido explorados até aqui,
talvez tenha sido um impulso que se fez sentir mais na arte moderna, tendo sido paralisado
em 1930, quando Meyer abandonou a direção da Bauhaus, acabando por ser encerrada pelas
autoridades em 1933. (http://pt.calameo.com/read/0007277737b44f54b54e7).
FIGURA 3 Staatliches Bauhaus, edifício princial, 1925, Dessau
9
5. AS TRÊS FASES DA BAUHAUS
Desde a sua criação, em 1919, a Bauhaus passou por três fases distintas e sucessivas.
Cada uma dessas fases ficaram marcadas por momentos que as caracterizam, e cada uma
delas passando por uma sede diferente.
5.1 1ª fase: Expressionista
A primeira fase, denominada de Expressionista, foi fundada por Walter Gropius, na
cidade de Weimar, capital da Turingia, Alemanha. Nesta fase era pretendido um trabalho
criativo. Gropius defendia que " o objetivo de toda a atividade plástica é a construção e que
a decoração é a tarefa mais nobre das artes ".
(http://www.bauhaus.com.br/site/html/st_escbauhaus.php)
Defendia também que a arte deveria associar-se à arquitetura. O que se pretendia era
que a Bauhaus fosse uma instituição educacional virada para a indústria e para o comércio.
A produção artesanal é de extrema importância. Criou-se uma nova metodologia de ensino
que abarcava posições artísticas divergentes do espirito académico convencional. A forma
era criada em torno da função. "Os estudantes eram libertos de qualquer pré-conceito em
relação ao belo e à estética" ( http://arcdesigners.blogspot.pt/2009/11/).
5.2 2ª fase: Formalismo Construtivista
A segunda fase, de Formalismo Construtivista, dá-se quando a escola transfere a sua
sede para Dessau, em 1926. O projeto para o novo edifício, feito por Gropius, sintetiza o
significado do movimento moderno e da ideologia da Bauhaus. Sendo Dessau um centro
industrial, era o local ideal para concretizar o desejo de aproximação da indústria e da
produção em série. Para melhorar o aspeto económico recorreu-se ao trabalho em oficinas.
A arte e a tecnologia andavam de mãos dadas, faziam-se experiências com vídeo e
som, que se expunham com instalações.
Em 1927, a Bauhaus abre uma escola de arquitetura por Hannes Meyer, um marxista
radical que dirigiu a instituição até 1930.
5.3 3ª fase: Racionalismo Radical
A terceira e última parte, caracterizada pelo seu racionalismo radical, sofre graves
mudanças que vão ditar o fecho da instituição. Aqui o arquiteto Mies van der Rohe tenta
salvar a Bauhaus do extremismo de Meyer e recuperar o projeto inicial, ou seja, conciliar
forma, função e espiritualidade, através de uma rigorosa preocupação com a arquitetura.
(http://www.bauhaus.com.br/site/html/st_escbauhaus.php)
10
Apesar de Mies tomar medidas radicais para despolitizar a Bauhaus, não conseguiu
resistir às pressões da situação política em Dessau, tal como a situação financeira da Bauhaus
revela claramente.
Em 1933, a moção nazi foi então aprovada e a Bauhaus obrigada e fechar portas
(http://www.youblisher.com/p/60899-Bauhaus/).
6. MULHERES NA BAUHAUS
Cortes de cabelo geométricos, dietas vegetarianas, tocar saxofone, exercícios de
respiração, pintura e vestir roupas artesanais. Tudo isto há noventa anos atrás, mas muito
semelhante às mulheres de hoje.
É o que se retira das fotografias de um livro de Ulrike Muller, “As Mulheres de
Bauhaus”. (FIGURA 4)
Quando a Bauhaus foi inaugurada em 1919, em Weimar, havia mais mulheres do que
homens a candidatarem-se. Então por que se destacam muitos mais homens do que
mulheres? “Aufgenommen wird jede unbescholtene Person ohne Rücksicht auf Alter und
Geschlecht” (Na Bauhaus todas as pessoas idôneas serão aceites independentemente de
idade ou sexo). (http://tipografos.net/bauhaus/gunta-stoelzl.html)
Como geralmente acontece, a história é escrita pelos homens; por isso nos lembramos
de Gropius, Klee ou Kandinsky. Ainda assim, a Bauhaus foi uma escola de artes rara, que
aceitou mulheres e proclamou a igualdade entre homens e mulheres, tudo isto durante regime
nazista. Pelo menos, Gropius insistiu que não haveria "nenhuma diferença entre o belo e o
FIGURA 4 Mulheres na Bauhaus (Muller, 2009)
11
sexo forte" - aquelas palavras iam contra a sua realidade. Apenas os homens foram
autorizados a participar nas aulas de pintura, moldagem e design. Gropius tinha no fundo
uma mentalidade medieval, e fez questão de manter as mulheres no seu lugar – em teares,
principalmente, tecendo tecidos modernos para casas de moda e produção industrial. As
mulheres eram descriminadas porque havia o receio de que a sua participação delas noutras
aulas poderia resultar numa “tendência demasiado decorativa”, e receavam que a arquitetura,
o objetivo principal da Bauhaus, ficasse em perigo.
Até o momento em que Mies van der Rohe se tornou diretor, em 1930, a Bauhaus era
essencialmente uma escola de arquitetura, o que impossibilitava o destaque das mulheres.
Aquelas que o conseguiram, como Anni Albers , só o fizeram depois de abandonarem a
Bauhaus. Albers deixou a Alemanha e foi para os EUA em 1933, com o marido, o
pintor Josef Albers , para dar aulas no novo Colégio Black Mountain, na Carolina do Norte,
e fazer tecidos para empresas lideradas pelo design.
Marguerite Friedlaender-Wildenhain, a ceramista, também se tornou um grande
sucesso nos EUA com sua cerâmica. Entretanto, Gunta Stölzl abandonou a Bauhaus, em
1931, perseguida por simpatizantes nazistas, após seu casamento com um judeu. Stölzl
fundou o seu próprio negócio de tecelagem de sucesso na Suíça.
Muitas outras mulheres da Bauhaus simplesmente desapareceram sem deixar rasto.
Alma Siedhoff-Buscher, fabricante de brinquedos, foi morta num bombardeamento em
1944.
Marianne Brandt , uma metalúrgica, criou um “nome” para ela mesma, durante o
período da Bauhaus. O candeeiro de mesa Kandem é um dos projetos mais conhecidos de
Marianne. Produzido por Korting & Mathiesen Leipzig, Kandem, essencial e
compacto; representa a síntese da própria ideia da lâmpada .Também famosas são
as lâmpadas de teto: lâmpadas globo de braço articulado.
Mas se as mulheres da escola são em grande parte desconhecidas, o seu legado ainda
vive. Como a arquitetura da Bauhaus tinha uma visão futurista, os tecidos fabricados
permanecem como úteis, táteis e especiais, como na altura. Elas pretendiam que as suas
criações tivessem relevâncias contemporâneas, ajustáveis ao novo estilo de vida. Isso foi
fundamental para definir um mundo imaginário, e moldar experiências através de material,
ritmo, proporção, cor e forma. Contra todas a expectativas, elas conseguiram.(http://vida-
estilo.estadao.com.br/noticias/casa-e-decoracao,as-mulheres-da-bauhaus,342833)
12
7. ATELIERS DA BAUHAUS
No manifesto de Gropius eram vários os ateliers anunciados, como por exemplo:
cerâmica, tecelagem, carpintaria, escultura em metal, em madeira, tipografia/gráfica,
fotografia, teatro, etc.
Devido a problemas económicos e também ao facto de muitos equipamentos terem
sido destruídos durante a Primeira Guerra, só alguns ateliers puderam ser montados. Os
prioritários foram de encadernação, tecelagem e tipografia. (Droste, 2002)
O êxito dos ateliers era controlado por Gropius e o Conselho dos Mestres. Uma das
preocupações era o consumo excessivo de material e resultados insuficientes.
Consequentemente, o Conselho dos Mestres decidiu em Outubro de 1920, que era
obrigatório frequentar o curso preliminar “Vorkurs” durante 6 meses. Isto excluía os menos
dotados que não poderiam ficar passados esses 6 meses. Foi aumentado, também, o número
de horas de trabalho diário nos ateliers para 6 horas.
Outra das reformas foi que cada atelier fosse conduzido por um mestre artesão e por
um “Formmeister”- mestre da forma. Os ateliers tinham a intenção de unir as artes aos
ofícios:
Era necessário trabalhar com dois professores diferentes, pois não havia artesãos com
imaginação suficiente para resolver os problemas artísticos, nem artistas com conhecimentos
técnicos para se responsabilizarem por trabalhos oficinais. Uma nova geração tinha que ser
treinada primeiro, de forma poder a aliar os dois talentos. (Droste, 2002)
O “coração” da educação da Bauhaus era o trabalho prático nos ateliers. Daqui
surgiram os títulos de aprendiz, artesão e mestre. Os aprendizes recebiam diplomas de
artesão após três semestres de aprendizagem.
Num período inicial, Johannes Itten , pintor e professor de arte era o mestre principal
de todos os ateliers e preocupava-se em formar os artistas com base nas suas capacidades
individuais. Em 1922, Walter Gropius orientou o ensino para a indústria. László Moholy-
Nagy foi nomeado como o novo chefe do atelier de metal.
Juntamente com Lyonel Feininger, Wassily Kandinsky, Paul Klee, László Moholy-
Nagy, Georg Muche and Oskar Schlemmer, quase todos os mestres se mudaram para
Dessau.
Com a mudança dos ateliers para o novo Edifício Bauhaus em Dessau, os mestres
passaram a professores e todos os formandos receberam um diploma Bauhaus. Nos estatutos,
o objetivo secundário (já que o principal era o ensino) foi "o desempenho do trabalho
13
experimental prático, especialmente para a construção de casas e móveis, bem como o
desenvolvimento de protótipos para a indústria e os ofícios". Todos os ateliers se tornaram
mais intensivos em cooperação com a indústria. Móveis e outros objetos de utilidade
quotidiana foram concebidos como produtos que poderiam ser feitos na linha de produção,
de modo que se tornou possível adquirir produtos de alta qualidade a preços razoáveis.
(Droste, 2002)
Atelier de Tecelagem:
Desde o início que o atelier de tecelagem era um departamento em grande parte do
sexo feminino, devido à impossibilidade ou à dificuldade de seguimento nos outros ateliers.
Foram poucos os que se interessavam por este atelier. Não só os fundadores da Bauhaus,
exclusivamente homens, consideravam os trabalhos de tecelagem e outras artes têxteis como
uma tarefa especificamente de mulheres, como também as jovens dos anos 20 iniciavam o
processo da emancipação feminina. (FIGURA5) Inicialmente foi preparada para ser uma das
muitas técnicas têxteis a aprender, mas acabou por ser aprendida somente pela
experimentação, ou como formação especializada fora da Bauhaus. Este atelier foi chefiado
pelo pintor e artista gráfico Georg Munche até sua partida em 1927. Foi nesta altura, que
Gunta Stölzl se tornou a primeira e única mulher mestre da Bauhaus. Mas esta foi afastada
pela mulher de Mies Van der Rohe, o último diretor da escola. Dentro da oficina de
tecelagem foi também instituída a Moda como obrigatória. Os tecidos produzidos na oficina
foram integrados em projetos de construção da escola como tapetes, tapeçarias ou tecidos de
estofamento. Após a mudança para Dessau, o atelier começou a experimentar tecidos para
uso industrial. (http://www.tipografos.net/bauhaus/oficinas-bauhaus.html)
FIGURA 5 Quatro estudantes sentados em teares do atelier com
Kurt Wanke (em pé), o mestre da atelier de tecelagem
14
Atelier de Metal:
O trabalho no atelier de metal começou em 1919. O atelier esteve sob a direção artística
de Johannes Itten até 1922 e produziu sobretudo artigos de uso diário: bules, candelabros,
chaleiras, caixas, latas, etc. Tinham formas simples e muitos baseavam-se em esferas e
círculos. Por volta do ano de 1923, Itten é substituído pelo húngaro László Moholy-Nagy
que alterou o método de ensino anterior. Ao invés de peças individuais, os protótipos foram
agora feitos para produção em massa. Apoiava o uso de novos materiais como o vidro ou o
plexiglass e encorajava os alunos a produzirem combinações de metais originais e a
utilizarem os menos comuns. (FIGURA6) Em Dessau, o atelier focou-se principalmente na
elaboração de lâmpadas para fornecer ao recém-construído edifício Bauhaus. Em 1928, este
atelier foi novamente renovado pelo novo diretor Bauhaus, Hannes Meyer, e foi
temporariamente supervisionado por Marianne Brandt. Foi nesta altura que foram
inventadas as lâmpadas de secretária por Marianne Brandt (FIGURA7) e foram assinados
vários contratos de cooperação com fabricantes de lâmpadas. Um ano mais tarde, o atelier
de metal foi incorporado no atelier de design de interior até que finalmente foi excluído
em 1932. (http://bauhaus-online.de/en/atlas/das-bauhaus/werkstaetten/metallwerkstatt)
FIGURA 7 Marianne Brandt, Hin Bredendieck. Kandem Bedside Table Lamp. 1928
FIGURA 6 Atelier de metal da Bauhaus em Weimar, 1923
15
Atelier de Teatro:
No programa pedagógico inicial, não estava previsto o surgimento de um atelier de
teatro, vindo a aparecer apenas em 1921. Walter Gropius viu semelhanças entre os trabalhos
artesanais e o palco. Criou, assim, um atelier em que todos os alunos de todos os
departamentos fossem encorajados a participar. (FIGURA8) Confiou o desenvolvimento do
atelier ao cenógrafo e dramaturgo Lothar Schreyer, que abandonou em 1923. Sucedeu-
o Oskar Schlemmer. Este desenvolveu em palco uma teoria centrada na relação do ser
humano com o espaço. É de destacar o Ballet Triádico na semana da Bauhaus, em 1923. A
partir de 1928, Schlemmer, cuja oficina teve um orçamento muito modesto, tinha cada vez
menos tempo para o palco e apresentou a sua demissão, no verão de 1929. A fim de reduzir
os custos, Hannes Meyer acabou com o atelier depois da partida de Schlemmer.
Atelier de Mobiliário ou Carpintaria:
Os móveis produzidos no atelier de carpintaria adicionaram significativamente
prestígio à Bauhaus. Este atelier surge na escola com o seu diretor a chefiá-lo, juntamente
com Marcel Breuer e Josef Albers. Gropius já tinha desenhado mobiliário para alguns dos
seus projetos de arquitetura. Os primeiros itens de mobiliário, produzidos puramente usando
métodos tradicionais de carpintaria, ainda foram fortemente influenciados pelo
expressionismo dos primeiros anos de Weimar. Cedo se sentiu uma necessidade de que os
produtos deste atelier fossem estandardizados e assim numa fase construtiva da escola
surgem os produtos de Marcel Breuer, como por exemplo a cadeira “Wassily
Chair”(FIGURA9). Em Dessau, o atelier de carpintaria permitiu expandir as suas relações com
a indústria. Sob a direção de Hannes Meyer, a Bauhaus, procurava material mais simples e
FIGURA 8 Membros do Atelier de teatro da Bauhaus sobre o
telhado da Bauhaus em Dessau, 1927/8
16
começou a trabalhar mais com a madeira compensada, a fim de baixar os custos, seguindo o
lema “dar mais importância às necessidades das pessoas do que ao luxo”(FIGURA10).
Atelier de Impressão e Publicidade:
Em 1925, Gropius nomeou Herbert Bayer como mestre júnior do atelier de impressão
e publicidade criado em Dessau. Bayer dedicou-se à conceção de novos tipos de letras, à sua
aplicação prática e às questões gerais da publicidade moderna, com os seus aspetos técnicos,
económicos e psicológicos. Em termos de tipografia, Bayer fez uso dos mais simples
elementos geométricos. Os primeiros produtos da oficina contaram com o Katalog der
Muster (catálogo de amostras), que mostrava uma seleção de produtos da Bauhaus. O
trabalho da oficina de impressão e publicidade levou à reforma do tipo de letra na Bauhaus
Dessau. A sua expressão mais visível foi o uso de letras minúsculas.
Sob a direção de Hannes Meyer , Joost Schmidt tornou-se chefe do atelier de
publicidade. Em 1929 , o recém-criado curso de fotografia dirigido pelo fotógrafo Walter
Peterhans foi incorporado ao atelier de publicidade. (FIGURA11 e FIGURA12)
FIGURA 11 Capa do catálogo de uma exibição da Bauhaus, 1919-1923
FIGURA 12 Brochura publicitária, 1931
FIGURA 9 Atelier de Carpintaria em
Dessau
FIGURA 10 Marcel Breuer
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Atelier de Escultura:
De acordo com a tradição académica, houve duas oficinas separadas de escultura:
madeira e pedra. Ambos foram dirigidos por Johannes Itten, tendo sido sucedido por Oskar
Schlemmer, em 1922.
Em Weimar, continuando com o foco na arquitetura, os alunos trabalhavam
principalmente em escultura arquitetónica. Por exemplo, em 1921-1922, para a casa
desenhada por Gropius e Meyer para Adolf Sommerfeld, os alunos do atelier de madeira
cravaram e criaram relevos nas madeiras. Enquanto que, em 1922-1923, o atelier de pedra
produziu decorações de paredes para a própria escola. (FIGURA13)
Estes ateliers não foram incluídos após Dessau. Em vez disso, uma oficina de plástico
foi criada sob a direção do mestre júnior Joost Schmidt. Schmidt concentrou-se na arte da
comunicação pedagógica do espaço. As atividades deste atelier foram traduzidas em termos
práticos através da construção de modelos, conceção e produção de exposições.
(http://exbauhaus.blogspot.pt/2010/01/os-ateliers.html)
8.7. Atelier de Cerâmica:
O atelier de cerâmica da Bauhaus ficou localizado a cerca de 30 km de Weimar, em
Dornburg. Em 1920, Gropius convidou o ceramista Max Krehan, que possuía o seu próprio
atelier familiar em Dornburg, a ensinar em Bauhaus como mestre de ofício. Montar um
atelier de cerâmica em Weimar tornava-se difícil, dado a falta de espaço e a impossibilidade
de construir um forno. Assim, o atelier de cerâmica da Bauhaus foi estabelecido em
Dornburg e, Gropius e Krehan acordaram que pelo período de 2 anos, um grupo de cinco
aprendizes com a colaboração do mestre Gerhard Marcks, aprenderiam o ofício e
colaborariam na produção comercial do atelier. (FIGURA14)
FIGURA 13 Atelier de Escultura da
Bauhaus
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Para além de lá morarem, cultivavam um terreno para sua subsistência. O Conselho
dos Mestres da Bauhaus, apesar das condições favoráveis, receava que o atelier se afastasse
da escola, devido à sua distância.
Este atelier foi bem sucedido e em 1924, com a exposição “Die Form” em Stuttgart,
originou uma aumento de encomendas, o que levou à sua expansão.
Surgiram dificuldades técnicas de produção em quantidade, uma vez que a Bauhaus
era uma instituição de ensino e não uma fábrica. As peças na exposição eram apenas
protótipos que embora parecessem peças baratas produzidas por máquinas, eram na verdade
peças caras por serem artesanais.
A oficina não se mudou de Weimar para Dessau, devido à situação financeira da
escola, questões de espaço e materiais. (http://bauhaus-online.de/en/atlas/das-
bauhaus/werkstaetten/keramikwerkstatt)
FIGURA 14 Atelier de Ceramida de Max Krehan, 1924
19
8. A BAUHAUS NA ATUALIDADE
Dessau
Após o encerramento da Bauhaus em Dessau, em 1932, foram necessários 44 anos
para que o Edifício Bauhaus pudesse ser usado novamente. Em 1976, 50 anos após a sua
construção, o governo alemão reconstituiu o monumento histórico e fundou um "Centro
Científico e cultural". Nele, foi elaborada uma exposição de coleções da Bauhaus, concertos
e peças de teatro. Já em 1986, comemorou-se a reabertura da Bauhaus como um "Centro de
Design".
Em 9 de fevereiro de 1994, finalmente foi fundada a Fundação Bauhaus Dessau.
(FIGURA15) Destina-se a preservar o legado deixado pela Bauhaus, com exposições de 26.000
objetos (uma das maiores coleções da Bauhaus). As casas dos mestres e o gabinete de
Gropius, reabriram como um edifício de alojamento. Aqui é possível experienciar a vida da
Bauhaus, através das semelhanças ao original dos compartimentos, em 1925.
(http://www.theguardian.com/artanddesign/2014/jan/06/night-bauhaus-ghosts)
Hoje, o Edifício Bauhaus é Património Mundial da Alemanha.
É fundamental visitar Dessau, para se conhecer um pouco do legado deixado pela
Bauhaus.
Weimar
Hoje, a Universidade da Bauhaus, com as suas quatro especializações em Arquitetura
& Urbanismo, Engenharia Civil, Arte & Design e Multimédia, é admirada por ser um local
de criatividade. O ensino da Bauhaus encontra-se inerente na própria forma de lecionar da
escola atualmente, e é baseado na experimentação prática de ideias e na realização de
ateliers. Com cerca de 4000 alunos, em 2010, a Universidade tem um perfil muito especial
e oferece mais de 30 cursos que são únicos na Alemanha, entre os quais artes plásticas,
design de produto, ciência ambiental, gerenciamento de projetos, etc.
FIGURA 15 Fundação Bauhaus Dessau
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Empenhados em unir a investigação e o ensino universitário de Humboldt, a Bauhaus
definiu quatro pontos focais de pesquisa e quatro áreas principais de arte, para além dos seus
setores de trabalho tradicionais. Os pontos focais de pesquisa são a pesquisa científica, a
engenharia digital, materiais e construções. Nas áreas centrais da arte, é dada especial
atenção ao cinema, à imagem em movimento, à arte no domínio público, ao design de
produto e à formação de arquitetos em geral.
Berlim
Em Berlim, A Bauhaus adquiriu o nome de “Bauhaus Archive / Museum of Design”.
(FIGURA17) Este museu explora e apresenta a história e influência da Bauhaus, onde foi
construída a maior coleção do mundo sobre o tema ao longo das décadas.
FIGURA 16 Universidade Bauhaus Weimar
FIGURA 17 Bauhaus Archive / Museum of Design
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CONCLUSÃO
Passaram quase 100 anos que em Weimar foi fundada a Bauhaus. Bauhaus tornou-se
um conceito a nível internacional com uma elevada reputação. Com origem no “design”, deu
nome ao que hoje descrevemos como “estilo Bauhaus”.
Nos anos 20, eram vários os que julgavam as paisagens das cidades a serem
deformadas através de arquiteturas monótonas. A arquitetura da Bauhaus, juntamente com
ideias de Walter Gropius e Mies van Der Rohe, eram considerados os principais
responsáveis.
A reforma do ensino da Bauhaus foi adoptado por todas as escolas de arte espalhadas
pelo mundo, e ainda hoje isso se verifica.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Citada
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