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INSTITUTO POLITCNICO DE SANTARM
ESCOLA SUPERIOR DE DESPORTO DE RIO MAIOR
Mestrado em Desporto Especializao em Condio Fsica
Estudo do feedback pedaggico em instrutores
de Localizada
Anlise dos nveis de experincia profissional e das configuraes de
comportamento de
feedback
Orientadora: Professora Doutora Susana Franco
Orientanda: Dr. Maura Alves
Dezembro 2010
-
I
ndice Geral NDICE GERAL
........................................................................................................................................
I
NDICE DE QUADROS
...........................................................................................................................
III
NDICE DE FIGURAS
..............................................................................................................................
V
NDICE DE GRFICOS
..........................................................................................................................
VI
NDICE DE ANEXOS
.............................................................................................................................
VII
NDICE DE ABREVIATURAS
...............................................................................................................
VIII
AGRADECIMENTOS
..............................................................................................................................
IX
RESUMO
.................................................................................................................................................
X
ABSTRACT
...........................................................................................................................................
XII
1. INTRODUO
.....................................................................................................................................
1
2. PROBLEMA
.........................................................................................................................................
3
3. OBJECTIVOS
......................................................................................................................................
5
4. REVISO DA LITERATURA
................................................................................................................
6
4.1 Feedback pedaggico
....................................................................................................................
6
4.2 Modelo de anlise da relao pedaggica em Desporto
................................................................
7
4.3 Estudos sobre feedback pedaggico
............................................................................................
10
4.3.1 Feedback no contexto desportivo
..........................................................................................
10
4.3.2 Feedback no contexto do Fitness
..........................................................................................
13
4.3.3 Estudos sobre experincia profissional
..................................................................................
16
4.4 Caracterizao da actividade de Localizada
.................................................................................
22
5. HIPTESES DE ESTUDO
.................................................................................................................
23
6. METODOLOGIA
................................................................................................................................
24
6.1 Caracterizao da
amostra...........................................................................................................
24
6.2 Variveis
......................................................................................................................................
25
6.3 Instrumentos
................................................................................................................................
25
6.3.1 Sistema de
observao..........................................................................................................
25
6.3.2 Taxonomia utilizada para medio da experincia profissional
dos Instrutores ...................... 29
6.4 Equipamentos
..............................................................................................................................
30
6.5 Procedimentos
.............................................................................................................................
31
6.5.1 Recolha de dados
..................................................................................................................
31
6.5.2 Visionamento dos vdeos
.......................................................................................................
32
6.5.3 Fidelidade inter e intra-observador
.........................................................................................
33
6.6 Tratamento Estatstico
..................................................................................................................
35
6.6.1 Anlise descritiva do feedback pedaggico nas dimenses Valor
e Resposta do Aluno ao
Feedback
........................................................................................................................................
36
-
II
6.6.2 Anlise comparativa das dimenses Valor e Resposta do Aluno
ao FB por grupos de
experincia profissional
..................................................................................................................
36
6.6.3 Anlise descritiva das configuraes de comportamento de
feedback por grupos de
experincia profissional
..................................................................................................................
37
6.6.4 Anlise comparativa das configuraes de comportamento de
feedback por grupos de
experincia profissional
..................................................................................................................
37
6.6.5 Associao entre as configuraes de comportamento de feedback
e a Resposta do Aluno ao
Feedback
........................................................................................................................................
37
7. LIMITAES
.....................................................................................................................................
39
8. APRESENTAO E DISCUSSO DOS RESULTADOS
...................................................................
40
8.1 Anlise descritiva do feedback pedaggico nas dimenses Valor e
Resposta do Aluno ao
Feedback por grupo de experincia profissional
................................................................................
40
8.2 Anlise comparativa do feedback pedaggico nas dimenses Valor
e Resposta do Aluno ao
Feedback por grupo de experincia profissional
................................................................................
45
8.3 Anlise descritiva das configuraes de comportamento de
feedback por grupo de experincia
profissional
.........................................................................................................................................
48
8.4 Anlise comparativa das configuraes de comportamento de
feedback por grupo de experincia
profissional
.........................................................................................................................................
51
8.5 Associao entre as configuraes de comportamento de feedback e
a Resposta do Aluno ao
Feedback
...........................................................................................................................................
53
9. CONCLUSES
..................................................................................................................................
58
10. RECOMENDAES
.......................................................................................................................
62
11. BIBLIOGRAFIA
................................................................................................................................
63
12. ANEXOS
..........................................................................................................................................
65
-
III
NDICE DE QUADROS
Quadro 1 Comparao entre os dois grupos de treinadores, em todo o
treino, em todas as dimenses
e categorias..pg.10
Quadro 2 Mdia e desvio padro (%), com e sem outliers, em cada um
dos grupos, para cada
dimenso e respectivas categorias...pg.16
Quadro 3 Mdia e desvio padro da frequncia de ocorrncia (%) de
cada categoria de feedback, das
respectivas dimenses, emitido pelos instrutores No Licenciados.
Comparao dos instrutores
Inexperientes, No Experientes na Profisso e Experientes em Body
Pump e na
Profisso....pg.18
Quadro 4 - Definio das categorias das dimenses utilizadas na
observao do comportamento de
feedback dos instrutores de Localizadapg.26
Quadro 5 - Fidelidade Inter-Observadores das dimenses Valor e
Resposta do Aluno ao
FB.....pg.33
Quadro 6 - Fidelidade Intra-observador do Observador 1 das
dimenses Valor e Resposta do Aluno ao
FB.....pg.40
Quadro 7 - Fidelidade Intra-observador do Observador 2 das
dimenses Valor e Resposta do Aluno ao
FB......pg.35
Quadro 8 Mdia, desvio padro, mximo e mnimo da emisso de feedback
na dimenso Valor em
cada grupo de experincia profissional......pg.41
Quadro 9 Mdia, desvio padro, mximo e mnimo da emisso de feedback
na dimenso Resposta
do Aluno ao Feedback em cada um dos grupos de experincia
profissional...pg.43
Quadro 10 - Normalidade nas categorias das dimenses Valor e
Resposta do Aluno ao Feedback nos 3
grupos de experincia profissional....pg.45
Quadro 11 - Homocedasticidade da categoria Modifica o
comportamento de acordo com o FB (MFB) na
dimenso Resposta do Aluno ao FB, utilizando o teste de
Levene......pg.46
Quadro 12 - Comparao nas categorias das dimenses Valor e
Resposta do Aluno ao Feedback entre
os 3 grupos de experincia profissional utilizando o teste no
paramtrico Kruskal-
Wallis.pg.46
Quadro 13 Anlise descritiva das Configuraes de Comportamento de
Feedback por grupos de
experincia profissionalpg.48
-
IV
Quadro 14 - Normalidade das Configuraes de Comportamento de
Feedback nos 3 grupos de
experincia profissional......pg.51
Quadro 15 - Comparao dos 3 grupos de experincia profissional
relativamente s Configuraes de
Comportamento de Feedback, utilizando o teste no paramtrico
Kruskal Wallis..pg.52
Quadro 16 Associao entre as configuraes de comportamento de
feedback e a Resposta do Aluno
ao Feedback relativamente ao grupo A, utilizando o Teste do
Qui-Quadrado de Pearson e os resduos
ajustados..pg. 54
Quadro 17 Valor do Teste do Qui-Quadrado de Pearson do grupo
A..pg.54
Quadro 18 Associao entre as configuraes de comportamento de
feedback e a Resposta do Aluno
ao Feedback relativamente ao grupo B, utilizando o Teste do
Qui-Quadrado de Pearson e os resduos
ajustados...pg.55
Quadro 19 Valor do Teste do Qui-Quadrado de Pearson do grupo
B..pg.56
Quadro 20 Associao entre as configuraes de comportamento de
feedback e a Resposta do Aluno
ao Feedback relativamente ao grupo C, utilizando o Teste do
Qui-Quadrado de Pearson e os resduos
ajustados...pg.56
Quadro 21 Valor do Teste do Qui-Quadrado de Pearson do grupo
C..pg.57
-
V
NDICE DE FIGURAS
Figura 1 Modelo de anlise da relao pedaggica em
Desporto...pg.19
-
VI
NDICE DE GRFICOS
Grfico 1 Caracterizao da amostra por grupos de experincia
profissional....pg.24
Grfico 2 Mdia das categorias da dimenso Valor por grupo de
experincia profissional.pg. 41
Grfico 3 Mdia das categorias da dimenso Resposta do Aluno ao FB
por grupo de experincia
profissional.....pg. 43
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VII
NDICE DE ANEXOS
Anexo 1 Cronograma do Estudo. .... pg.65
Anexo 2 Anlise descritiva utilizando a mdia e o desvio padro das
categorias nas dimenses
Momento de Ocorrncia, Retrospectiva, Objectivo Forma,
Afectividade, Direco e Acompanhamento
da Prtica Consequente ao FB, utilizadas no estudo de Simes
(2008).pg.66
Anexo 3 Frequncia das Configuraes de Comportamento de FB da
amostra, num total de 435
Configuraes diferentes....pg.69
Anexo 4 Anlise descritiva das configuraes de comportamento de
feedback por grupos de
experincia profissional, 66% da amostra.....pg.79
Anexo 5 - Cdigos para a Identificao das configuraes de
comportamento de feedback......pg.82
-
VIII
NDICE DE ABREVIATURAS
A Auditivo
V Visual
Q Quinestsico
A/V Auditivo/Visual
A/Q Auditivo/Quinestsico
V/Q Visual/Quinestsico
A/V/Q Auditivo/Visual/Quinestsico
Conc Concorrente
T Ime Terminal Imediato
T Ret Terminal Retardado
Sep Separado
Acum Acumulado
Av+ Avaliativo Positivo
Av- Avaliativo Negativo
Pres+ Prescritivo Positivo
Pres- Prescritivo Negativo
Desc+ Descritivo Positivo
Desc- Descritivo Negativo
Inter Interrogativo
Ind Individual
Class Classe
Pos Positivo
Neg Negativo
FbIso Feedback Isolado
Fb+ob Feedback seguido de Observao
CicFb Ciclo de Feedback
APR Apropriado
INAPR Inapropriado
VIND Valor Indeterminado
MFB Modifica o comportamento de acordo com o Feedback
MNFB Modifica o comportamento qualquer outra modificao
NMO No modifica o comportamento mas objectivo modificar
NMNO No modifica o comportamento porque no objectivo
modificar
RIND Resposta Indeterminada
FB Feedback
Config. Configurao
-
IX
AGRADECIMENTOS
A concretizao deste trabalho envolveu muita dedicao, empenho e
alguns sacrifcios, assim aqui
fica o meu agradecimento s pessoas que estiveram envolvidas
directa ou indirectamente:
Professora Doutora Susana Franco pelo apoio incondicional, pelo
acompanhamento e orientao
na construo e desenvolvimento deste trabalho.
professora Vera Simes pela ajuda, disponibilidade e fora quer no
inicio do trabalho quer no seu
desenvolvimento.
Ao Professor Doutor Flix Romero pelos conselhos e ajuda ao nvel
da estatstica.
A todos os instrutores e praticantes, que se submeteram e
permitiram a realizao das filmagens e
aos responsveis dos ginsios que permitiram recolher os dados nas
suas instituies.
Ao Ricardo pelo apoio incondicional que me deu durante o
mestrado, pela fora quando mais
precisei dela, pelo carinho e pacincia que foram indispensveis
em todos os momentos,
principalmente nos mais difceis. Muito Obrigada!
Diana minha grande amiga, pelo apoio e amizade, obrigada
doutorinha.
Marta pela amizade, ajuda e pacincia durante a realizao do
trabalho.
Aos meus pais pela ajuda e apoio incondicional durante esta fase
da minha vida.
Aos meus irmos (Olga e Nuno) e aos meus avs pela motivao e
apoio.
Maria Jos e ao Vitlio pela amizade, apoio e pacincia durante
esta fase.
A todos os que me apoiaram e contriburam para este trabalho o
meu muito obrigado.
-
X
RESUMO
A realizao do presente trabalho centrou-se no estudo do feedback
pedaggico em instrutores de
Localizada.
Este estudo teve como objectivos realizar uma anlise descritiva
do feedback pedaggico dos
instrutores nas dimenses Valor e Resposta do Aluno ao FB e
comparar por grupo de experincia
profissional.
Outro objectivo foi realizar uma anlise descritiva as
configuraes de comportamento de feedback
e compar-las por grupo de experincia profissional.
O ltimo objectivo foi verificar se existia uma associao entre as
configuraes de comportamento
de feedback e Resposta do Aluno ao FB por cada grupo de
experincia profissional.
A amostra do estudo foi constituda por 62 instrutores de Fitness
que leccionavam Localizada,
sendo estes, divididos em grupos com diferentes nveis de
experincia profissional como instrutor de
Fitness com 3 anos de experincia (grupo A); com + 3 a 5 anos de
experincia (grupo B); com> 5 anos
de experincia (grupo C), distribudos por Portugal.
No estudo utilizou-se o mtodo da observao, tendo sido utilizado
um sistema de observao do
feedback pedaggico com as dimenses Momento de Ocorrncia,
Retrospectiva, Forma, Objectivo,
Afectividade, Direco, Acompanhamento de Prtica Consequente ao
Feedback, Valor, Resposta do Aluno
ao Feedback e respectivas categorias de diferentes autores
(Carreiro da Costa, 1988; Piron, 1999;
Sarmento, Veiga, Rosado, Rodrigues, & Ferreira, 1998;
Schmidt & Lee, 1999; 2006).
O mtodo de registo utilizado foi o registo de ocorrncias
(Sarmento et. al., 1998) utilizando o
software Match Vision Studio Premium.
Foram realizadas as seguintes concluses:
Relativamente anlise descritiva das dimenses Valor e Resposta do
Aluno ao FB, verificou-se
que os instrutores de Fitness emitem mais feedbacks apropriados
nas aulas de Localizada do que
feedbacks inapropriados, na dimenso Resposta do Aluno ao FB a
categoria com mais emisso de
feedback a categoria Modifica o Comportamento de acordo com o
Feedback (MFB) para os trs grupos
de experincia profissional, e a categoria com menos emisso de
feedback a categoria Modifica o
Comportamento com Qualquer outra Modificao (MNFB).
Quando comparadas as dimenses por grupo de experincia
profissional parece que nas aulas de
Localizada, tanto os instrutores do grupo A, B ou C quando
emitem feedbacks estes so apropriados, e os
alunos Modificam o Comportamento mais vezes de acordo com o
Feedback e quase nunca Modificam o
Comportamento com Qualquer outra Modificao.
Assim rejeita-se a hiptese 1, no se verificam diferenas
significativas na emisso de feedback
entre os instrutores de Localizada com diferentes nveis de
experincia profissional na dimenso Valor e
na dimenso Resposta do Aluno ao Feedback.
-
XI
Relativamente anlise descritiva das configuraes das categorias
de comportamento de
feedback verifica-se que em todas as configuraes o Momento
Concorrente, a Retrospectiva
Separado e a Afectividade Positiva.
Quando comparados por grupos de experiencia profissional
verificou-se que em todos os grupos
(A, B e C) o feedback varia nas dimenses Acompanhamento da
Prtica Consequente ao Feedback e
Direco. No grupo B e C o feedback tambm varia nas dimenses Forma
e Objectivo.
Assim Rejeita-se a hiptese 2, no se verificam diferenas
significativas entre as Configuraes de
Comportamento de Feedback nos diferentes nveis de experincia
profissional nos instrutores de Fitness
nas aulas de Localizada.
Foi realizada uma associao entre as configuraes das categorias
de comportamento de
feedback e a Resposta do Aluno ao FB por cada grupo de
experincia profissional.
Assim no grupo A verifica-se que existe afinidade entre a
configurao Conc, Sep, A/V, Pres+,
Pos, Ind, CicFb, Apr e a resposta do aluno No Modifica o
Comportamento Objectivo Modificar (NMO), e
a configurao Conc, Sep, A/Q, Pres+, Pos, Ind, CicFb, Apr com a
resposta do aluno Modifica o
Comportamento de acordo com o Feedback (MFB).
Repare-se que em todas elas o feedback ao aluno (individual) do
tipo Concorrente, Separado,
Prescritivo Positivo, com Afectividade Positiva Ciclo de
Feedback e Apropriado, variando a dimenso
Forma.
No grupo B no se verificou afinidade entre as configuraes de
comportamento de feedback e a
Resposta do Aluno ao FB, assim no h relao existente entre as
variveis configurao e Resposta do
Aluno ao FB.
No grupo C tambm no se verificou afinidade entre as configuraes
de comportamento de
feedback e a Resposta do Aluno ao FB assim no h relao existente
entre as variveis configurao e
Resposta do Aluno ao FB.
Assim aceita-se parcialmente a hiptese 3, verificou-se existir
uma associao entre as
configuraes de comportamento de feedback e a Resposta do Aluno
ao Feedback no grupo A, no
entanto, nos grupos B e C, no se verificou existir uma associao
entre as configuraes de
comportamento de feedback e a Resposta do Aluno ao FB.
Palavras-chave Feedback Pedaggico; Experincia Profissional;
Configuraes de Comportamento.
-
XII
ABSTRACT
The purpose of this work was to study the pedagogic feedback
from Fitness instructors in resistance
training activity.
This study aims to perform a descriptive analysis of pedagogic
feedback from instructors in
dimensions Value and Student Response of FB and comparing the
groups of professional experience.
Another objective was to conduct a descriptive analysis of the
behavior configurations of feedback
and compare them by group of professional experience.
The last objective was to verify whether there was an
association between the behavior
configurations of feedback and Student Response of FB for each
group of professional experience.
The study sample involved 62 resistance training instructors
insert in different levels of professional
experience as Fitness instructor with 3 years of experience
(group A); with > 3 to 5 years of experience
(group B); and with > 5 years of experience, the instructors
were from Portugal.
In this study it was used the method of observation having been
used the pedagogical feedback
observation systems with the dimensions Timing, Retrospective,
Form, Intent, Affectivity, Direction, Practice
Accompaniment After Feedback, Value and Student Response of
Feedback of different authors (Carreiro
da Costa, 1988; Piron, 1999; Sarmento, Veiga, Rosado, Rodrigues,
& Ferreira, 1998; Schmidt & Lee,
1999; 2006). The recording tactic used was event recording
(Sarmento et. al., 1998) using the software
Match Vision Studio Premium.
Were made the following conclusions:
It was analyzed the feedbacks emission in dimension Value and
Student Response of Feedback
and it appears that Fitness instructors emit more appropriate
feedback in class than inappropriate, in
dimension Student Response of Feedback the category with more
feedbacks emission is the category
Modifies Behavior according to the feedback for the tree groups
of professional experience and the
category with less feedbacks emission is the category Modifies
Behaviour any other change.
When compare the two dimensions by group of professional
experience it appears that in class the
instructors of group A, B or C when they emit feedbacks these
are appropriate and the students change the
behaviour more often according to the feedback and almost never
modifies behaviour with any other
change.
Rejects the hypothesis 1, there were no significant differences
in the feedbacks emission from
resistance training instructors with different levels of
professional experience in the dimension value and
size response to student feedback.
In the descriptive analysis of behaviour configurations feedback
there is in all of configurations the
Moment is Competitor, the Retrospective is Separate and is
Positive affectivity.
-
XIII
When compared by groups of professional experience showed that
in all groups (A, B and C) the
feedback varies in dimensions Practice Accompaniment after
Feedback and Direction. In group B and C
feedback also varies in dimension Form and dimension
Objective.
Rejects the hypothesis 2, there were no significant differences
between behaviour configurations
feedback at different levels of professional experience from
fitness instructors.
We performed an association between the behaviour configurations
of feedback and Student
Response of FB for each group of professional experience.
In group A it appears that there is affinity between the
configuration Conc, Sep, A/V, Pres+, Pos,
Ind, CicFb, Apr and the Student Response of FB Dont Modifies
Behavior is Objective, and between the
configuration Conc, Sep, A/Q, Pres+, Pos, Ind, CicFb, Apr and
Student Response of FB Modifies Behavior
according to the feedback.
Notice that all of them the feedback to student (individual) is
of type competitor, Separated, Positive
Prescriptive, Positive affectivity, Feedback cycle and
Appropriate and varies on dimension Form.
In group B there was no affinity between the behavior
configurations of feedback and the Student
Response of FB, so there is no relationship between the
configuration variables and Student Response of
FB.
In group C there wasn't also an affinity between the behavior
configurations of feedback and the
Student Response of FB, so there is no relationship between the
configuration variables and Student
Response of FB.
It is accepted in part the hypothesis 3, there was an
association between the behavior configurations
of feedback and Student Response of FB in group A, however, in
groups B and C, there wasnt an
association between the behavior configurations of feedback and
Student Response of FB.
Key-Word Pedagogic Feedback; Professional Experience; Behaviour
configurations feedback.
-
1
1. INTRODUO
O presente trabalho intitulado O estudo do feedback pedaggico em
instrutores de Localizada,
anlise dos nveis de experincia profissional e das configuraes de
comportamento de feedback tem
como objectivo a obteno do grau de Mestrado em Desporto,
especializao em Condio Fsica e
Sade, na Escola Superior de Desporto de Rio Maior.
A realizao deste trabalho vai dar continuidade ao estudo de
Simes (2008).
A indstria do Fitness est em constante desenvolvimento assim
como a actuao de profissionais
nesta rea. Hoje em dia, o conhecimento cientfico cada vez mais
necessrio na rea do Fitness. Como
tal, deve existir uma grande preocupao com a produo de
conhecimentos direccionados para o
profissional que actua no mercado de trabalho (Simes, 2008).
Assim, a observao um procedimento que nos permite conhecer a
realidade e o modo de
actuao dos profissionais de Fitness para poder analisar,
reflectir e actuar sobre essa prtica (Carosio,
2001). Espera-se com este trabalho poder dar um contributo para
esse conhecimento.
O presente trabalho apresenta a seguinte estrutura, sugerida por
Tuckman (2002) para a
elaborao de um relatrio acadmico de investigao:
Problema realizada uma contextualizao e definio do problema do
estudo;
Objectivos apresentado o objectivo do estudo, identificando as
variveis em causa;
Reviso Bibliogrfica - realizada uma aprofundada contextualizao
do problema, facilitando o
desenvolvimento das hiptese;
Hipteses So apresentadas as hipteses do estudo e a sua
fundamentao;
Metodologia Esta seco encontra-se dividida em 8 partes:
Amostra apresentado o nmero de indivduos da amostra e a sua
caracterizao;
Variveis So enunciadas as variveis do presente estudo;
Instrumentos apresentado o instrumento utilizado no estudo;
Equipamentos So apresentados os equipamentos utilizados na
recolha e anlise dos dados;
Procedimentos da recolha de dados feita uma descrio dos
procedimentos durante a
recolha, tratamento dos dados e visionamento dos vdeos;
Tratamento estatstico So descritas as anlises estatsticas
realizadas;
Limitaes So apresentadas as limitaes deste tipo de estudo e que
ocorreram durante o
desenvolvimento do mesmo;
Apresentao e discusso dos resultados realizada a apresentao dos
resultados obtidos assim
como a sua discusso;
-
2
Concluses So apresentadas as concluses do estudo, relativamente
aos objectivos e hipteses
propostos;
Recomendaes So apresentadas algumas recomendaes para posteriores
investigaes.
-
3
2. PROBLEMA
O facto de o professor ser, em vrios quadrantes, o principal
responsvel por tudo o que se passa
na aula, torna fundamental e pertinente uma anlise profunda
acerca do seu comportamento durante a
mesma (Carlos, 1995).
Um dos comportamentos do professor susceptvel de influenciar
significativamente a eficcia do
ensino o fornecimento de feedback pedaggico pois um elemento
determinante da relao pedaggica
(Piron, 1999).
Por sua vez, Francis e Seibert (2000) afirmam que os
comportamentos pedaggicos devem ser
uma preocupao dos instrutores de Fitness. Estes autores vo ainda
mais longe afirmando que a emisso
de feedbacks especficos e imediatos tornam-se um instrumento de
extrema importncia a utilizar nas
aulas como forma de melhorar a performance dos alunos.
Os mesmos autores referem ainda que a emisso de feedbacks
regulares e positivos so um
suporte de influncia para motivar e manter os alunos na
aula.
Segundo Piron (1996) para melhorar o papel do feedback necessrio
realizar estudos para alm
do aspecto quantitativo, para abordar mais a parte qualitativa,
a de adequao do feedback ao erro
cometido pelo aluno.
Ainda segundo o mesmo autor, os estudos que procuram equacionar
a importncia do feedback
pedaggico nos ganhos de aprendizagem dos alunos tero de
equacionar para alm do seu objectivo, da
sua forma ou contedo, pois a questo do seu valor, da sua
pertinncia ou da adequao aos erros
cometidos, uma dimenso pouco estudada at ao momento.
Vrias investigaes tm evidenciado que os profissionais com mais
experincia e mais
qualificados tm maior competncia no processo de diagnstico e
prescrio pedaggica devido a
experincia profissional e as habilitaes acadmicas (Rodrigues,
1997; Rosado, 2000).
O trabalho sobre o estudo do feedback pedaggico dos instrutores
de localizada com diferentes
nveis de experincia profissional surge no seguimento de vrias
investigaes j realizadas anteriormente,
e vai dar continuidade ao estudo de Simes (2008) e Simes, Franco
e Rodrigues (2009). Deste modo
colocam-se algumas questes, as quais se esperam ver respondidas
com este estudo:
Ser que existe diferena na emisso de feedback pelos instrutores
de localizada tendo em conta os
diferentes nveis de experincia profissional nas dimenses Valor e
Resposta do Aluno ao FB?
-
4
Que Configuraes1 de comportamento de feedback emitem os
instrutores com diferentes nveis de
experincia profissional?
Ser que existe uma relao entre as configuraes de comportamento
de feedback e a Resposta do
Aluno por grupo de experincia profissional, isto , se
determinado comportamento de feedback do
instrutor leva a que o aluno modifique o seu comportamento de
acordo com esse feedback?
Espera-se desta forma fornecer assim, um pequeno contributo para
o conhecimento numa rea
recente e pouco explorada, o feedback no contexto Fitness.
1 Magnusson (2000) utiliza o termo Configurao para definir um
particular tipo de padro temporal de comportamento, isto , uma
combinao de eventos que ocorrem pela mesma ordem.
-
5
3. OBJECTIVOS
O presente trabalho centra-se no estudo do feedback pedaggico
dos instrutores de Localizada e
vem dar continuidade ao estudo da dissertao de mestrado de Simes
(2008).
Assim foram definidos os seguintes objectivos:
Anlise descritiva das dimenses Valor e Resposta do Aluno ao FB e
respectivas categorias, por
grupos de experincia profissional.
Comparar os grupos por experincia profissional relativamente s
dimenses Valor e Resposta do
Aluno ao FB e respectivas categorias.
Anlise descritiva das Configuraes das categorias de
comportamento de feedback das
dimenses: Momento de Ocorrncia; Retrospectiva; Objectivo; Forma;
Direco; Afectividade;
Acompanhamento Consequente ao Feedback Pedaggico e Valor por
grupos de experincia profissional.
Comparar os grupos de experincia profissional relativamente s
configuraes das categorias de
comportamento de feedback das dimenses: Momento de Ocorrncia;
Retrospectiva; Objectivo; Forma;
Direco; Afectividade; Acompanhamento Consequente ao Feedback
Pedaggico e Valor.
Caso exista, objectiva-se verificar uma associao significativa
entre as configuraes de
comportamento de feedback e a Resposta do Aluno ao FB, em cada
um dos grupos de experincia
profissional.
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6
4. REVISO DA LITERATURA
4.1 Feedback pedaggico
O feedback pedaggico um dos pontos fulcrais no processo
ensino-aprendizagem, o ponto de
unio entre dois fenmenos complementares: a aprendizagem e o
ensino (Piron, 1999).
De acordo com Carlos (1995), o feedback pedaggico um instrumento
que o professor utiliza para
veicular a informao aos seus alunos, e assim poder influenciar
todas as suas aprendizagens,
constituindo-se como um poderoso acto de comunicao e ensino.
O feedback pedaggico um conjunto de informaes, fornecidas pelo
professor, ao atleta,
antecedentes, durante ou aps a realizao de uma tarefa motora,
que podero ser utilizados para
melhorar ou corrigir a sua prestao nas tarefas seguintes e assim
melhorar a sua performance desportiva
(Francis & Seibert, 2000).
De acordo com Quina, Costa e Diniz (1995) o feedback pedaggico
proporciona aos alunos
informaes relativas execuo de um determinado movimento. So estas
informaes que vo
constituir um referencial fundamental, quer para a avaliao da
execuo do movimento, quer para
eventuais correces.
Para Sarmento, Lea de Veiga, Rosado, Rodrigues e Ferreira (1998)
o feedback um
comportamento de ensino do professor que pode ser definido como
toda a reaco verbal ou no verbal do
professor prestao motora dos alunos com o objectivo de o
interrogar sobre o que fez e como fez e/ou
de avaliar, descrever ou corrigir a sua prestao.
Segundo Cunha (2003) o feedback fornecido pelo instrutor em
situaes reais assenta em trs tipos
de influncias fundamentais:
Motivao produz motivao ou leva o aluno a aumentar o seu esforo
ou participao;
Reforo fornece reforo, tanto para aces correctas como
incorrectas, estando associado,
respectivamente, a positivo ou negativo;
Informao d informao sobre os erros como base para correco.
Feedback pedaggico um conjunto de informaes que o aluno recebe
com o intuito de rectificar
e melhorar todas as tarefas que vai realizando durante a aula
(Nieto, 1999).
-
7
Os progressos numa aprendizagem esto dependentes de um conjunto
de factores, entre os quais,
a necessidade de feedback regular, acerca dos resultados da
prtica de actividade fsica (Mcgown, 1991).
O feedback considerado como a varivel mais importante no
controlo das aprendizagens, sendo
um elemento essencial da qualidade de ensino, representando 20 a
25% da variao na aprendizagem
(Rosado, 1997).
Mcgown (1991) refere que a principal funo da informao de
feedback a de permitir ao
executante avaliar a resposta dada, criando uma estrutura de
referncia para que o atleta ou aluno possa
detectar erros e tentar corrigi-los.
O feedback, assim como a habilidade dos alunos, contribuem
significativamente para explicar a
percepo de competncia dos praticantes (Black & Weiss, 1992).
Uma maior habilidade, que
conseguida pela aprendizagem e para a qual o feedback contribui,
os frequentes elogios e descrio da
forma como o praticante realizou bem o exerccio, assim como uma
menor frequncia de encorajamentos
quando os praticantes erram est relacionado com uma maior
percepo de competncia (Allen & Howe,
1998).
4.2 Modelo de anlise da relao pedaggica em Desporto
O trabalho e a investigao realizada por grandes nomes da
pedagogia experimental, segundo
Rodrigues (1997), tm servido de fonte de inspirao para todos
aqueles que consideram que a aplicao
dos paradigmas da investigao pedaggica geral, no ensino das
actividades fsicas, pode ser benfica.
O mesmo autor refere que a aplicao dos paradigmas de pesquisa da
pedagogia geral poder ser
benfica anlise do ensino da Educao Fsica, pois enquadra o
pensamento cientfico, relativamente s
principais variveis que so tpicas do processo de ensino da
Educao Fsica. Posteriormente, tambm
se reportaram e adaptaram estes paradigmas para o processo de
treino em Desporto.
Segundo Piron (1999), dentro dos paradigmas da Pedagogia do
Desporto os mais utilizados so o
paradigma Descrio Correlao Experimentao e o paradigma Pressgio
Processo Produto.
No contexto Fitness algumas so as investigaes que incidem sobre
o paradigma Pressgio e
Processo (Franco & Campos, 2005; Simes, 2008; Simes &
Franco, 2006).
De acordo com Rodrigues (1997, 2000), a relao pedaggica em
Desporto baseia-se
essencialmente na interaco de cinco variveis: as variveis de
pressgio, de processo, de produto, de
contexto e de programa.
-
8
As variveis de pressgio dizem respeito s caractersticas do
treinador, que podem exercer
influncia no processo de ensino como: a experincia profissional,
a formao inicial e contnua e as
caractersticas pessoais como a motivao, a inteligncia, a
personalidade e os seus valores.
As variveis de processo dizem respeito aos comportamentos e
interaces que podem ocorrer
durante o ensino de uma actividade. Trata-se essencialmente de
caracterizar os principais
comportamentos e inter-relaes dos intervenientes numa
actividade, nomeadamente do treinador, dos
atletas, etc.
As variveis de produto referem-se ao resultado do processo
pedaggico, designadamente a
performance dos atletas, resultados obtidos, efeitos educativos,
melhoria da condio fsica, tcnica,
tctica e psicolgica, etc.
As variveis de contexto referem-se s condies a que o treinador
se adapta para decorrer o
treino, nomeadamente: material e instalaes disponveis,
caractersticas dos atletas (ex: nvel
socioeconmico; idade; gnero; condio fsica e motora).
Quanto s variveis de programa, as mesmas identificam-se com os
objectivos e os contedos
abordados durante o treino.
Esquematicamente, Rodrigues (1997, 2000) apresentou as variveis
acima mencionadas atravs
do modelo de anlise da relao pedaggica em Desporto, como se pode
verificar na figura 1.
-
9
Figura 1 Modelo de anlise da relao pedaggica em Desporto
(Rodrigues, 1997, 2000).
PRODUTO
Aprendizagem
Performance
Resultados
Rendimento
PRESSGIO
Formao
Experincia
Conhecimentos
Caractersticas do
Treinador
PROCESSO
Treinador
Atletas
CONTEXTO
Caractersticas dos Atletas
Condies Materiais
Envolvimento
Instalaes
PROGRAMA
Objectivos
Contedos
-
10
4.3 Estudos sobre feedback pedaggico
4.3.1 Feedback no contexto desportivo
Sequeira (1998) realizou um estudo que teve como objectivo a
caracterizao do Feedback
Pedaggico, do Pensamento e Aco dos Treinadores de Andebol nos
Escales de Formao e da
Reaco dos Atletas ao Feedback.
A amostra foi constituda por 8 treinadores e foram seleccionados
2 treinos por equipa. O sistema
de observao que foi utilizado derivado do FEED/ULG, em que foram
analisadas 5 dimenses do
Feedback: Contedo, Valor, Objectivo, Forma, Direco, Ateno e
Reaco do Atleta ao Feedback.
Foram tambm efectuadas entrevistas aos treinadores.
O autor concluiu que existem diferenas significativas nas
dimenses Contedo e dimenso Valor,
os Treinadores Professores de Educao Fsica fornecem mais
Feedbacks Especficos Focados e
Apropriados do que os Treinadores, como podemos ver atravs da
anlise do quadro 1
Quadro 1 Comparao entre os dois grupos de Treinadores, em todo o
treino, em todas as Dimenses e
Categorias.
Dimenso Categoria Mdia D.P. H p
Especfico Global 0,07 0,08 1,598 0,206
Contedo Especfico Focado 1,51 0,71 4,412 0,036*
No-Especfico 0,07 0,15 0,716 0,397
Apropriado 1,55 0,64 4,412 0,036*
Valor Incompleto 0,06 0,09 3,192 0,074
Desapropriado 0,04 0,03 1,103 0,294
Avaliativo Positivo 0,13 0,11 3,188 0,074
Avaliativo Negativo 0,09 0,03 0,893 0,345
Objectivo Descritivo 0,25 0,17 2,824 0,093
Prescritivo 1,11 0,47 3,982 0,046*
Interrogativo 0,08 0,06 0,893 0,345
Verbal 1,24 0,55 1,103 0,294
Visual 0,02 0,02 0,201 0,654
Forma Quinestsico 0,0 0,0 0,0 1,000
Audio-Visual 0,39 0,34 3,188 0,074
Audio-Tctil 0,01 0,02 0,121 0,728
Individual 1,44 0,62 2,824 0,141
Direco Grupo 0,13 0,13 2,162 0,093
Colectivo 0,08 0,19 0,974 0,324
-
11
Atento 1,58 0,71 3,982 0,046*
Ateno Desatento 0,006 0,01 0,076 0,783
Indeterminado 0,07 0,09 0,707 0,400
Modifica o
Comportamento
Positivamente
1,42 0,72 4,412 0,036*
Reaco
Modifica o
Comportamento
Negativamente
0,005 0,01 0,008 0,927
No modifica o
Comportamento 0,06 0,07 1,342 0,247
Indeterminado 0,17 0,16 1,335 0,248
* - Revelam-se diferenas significativas entre os dois
grupos.
Tambm na Dimenso Objectivo, Categorias Prescritivo, na Ateno do
Atleta, Categorias Atento e
na Reaco do Atleta, Categorias Modifica o Comportamento
Positivamente, os Treinadores Professores
de Educao Fsica apresentam, sempre, uma taxa superior de
Feedback/minuto.
Apesar de ambos os grupos estarem sensibilizados para a
importncia da qualidade do Feedback
da relao pedaggica entre Treinador e Atleta, o autor refere que
os Treinadores Professores de
Educao Fsica, devido sua formao pedaggica, esto mais
sensibilizados para a importncia da
quantidade de Feedbacks a emitir por minuto, pois os estudos
sobre o Feedback na Educao Fsica
realam este mesmo aspecto.
Rodrigues (1989) realizou um estudo sobre o feedback pedaggico e
a reaco do aluno, com
professores estagirios, professores profissionalizados e
treinadores em situaes semi-controladas de
ensino do voleibol. O estudo tinha como objectivo caracterizar a
prestao dos docentes relativamente ao
feedback pedaggico e compar-los por grupos, verificando a
influncia de algumas variveis de contexto
e pressgio.
Os docentes realizaram trs situaes de ensino no Voleibol: passe
de frente; servio e recepo
do servio; remate, sendo registadas 2 aulas/treinos a cada
docente, perfazendo um total de 36 aulas. O
sistema de observao do feedback pedaggico utilizado foi um que
derivou do FEED/ULG com algumas
adaptaes constitudo por 10 dimenses.
Relativamente emisso de feedback no se verificaram diferenas
significativas entre os 3 grupos
de docentes
O autor concluiu que existem diferenas significativas
relativamente formao profissional nas
dimenses objectivo, forma e no contedo do feedback na prestao
qualitativa dos treinadores em
relao aos professores estagirios e profissionalizados.
-
12
A Reaco do aluno ao feedback, no apresenta valores divergentes
entre os grupos de docentes,
quer se trate da Ateno do aluno ao feedback quer propriamente da
Reaco do aluno ao feedback.
Os professores profissionalizados nas situaes de ensino do
servio e da recepo do servio
diferenciam-se significativamente dos outros docentes, por
revelarem uma frequncia mais elevada de
comportamentos de observao imediata ao feedback.
No estudo concluiu-se que existem diferenas significativas entre
os treinadores, os professores
estagirios e os professores profissionalizados relativamente ao
padro de feedback.
Os professores estagirios utilizam mais vezes o feedback
descritivo e auditivo-visual que os
treinadores e os profissionalizados. Esta por sua vez, referem o
feedback ao resultado do movimento mais
vezes que os estagirios. Os treinadores apresentam dominncia no
feedback avaliativo negativo.
Mesquita, Farias, Oliveira e Pereira (2009) realizaram um estudo
que teve como objectivo analisar a
interveno pedaggica sobre o contedo de treinadores de futebol,
nos escales de escolinhas e infantis,
em funo da formao acadmica em Educao Fsica e Desporto.
A amostra foi constituda por 12 treinadores de futebol (6
licenciados e os restantes no
licenciados), foram realizadas filmagens das sesses de treino. O
instrumento utilizado foi adaptado a
partir do Systematic Analysis of Pedagogical Content
Interventions (SAPCI).
Os autores concluram que os treinadores incidiram as suas
intervenes, maioritariamente, sobre
os contedos de ordem tcnica, sobretudo de carcter ofensivo; a
informao foi emitida,
preferencialmente, quando os jogadores estavam em aco; as
instrues foram, na sua maioria, de
carcter geral, sendo que no feedback os treinadores utilizaram,
o encorajamento; a informao foi emitida
de forma auditiva e dirigida aos jogadores individualmente.
Na comparao entre grupos, verificou-se que os treinadores
licenciados em Educao Fsica e
Desporto emitiram, significativamente, mais instruo especfica e
recorreram mais ao questionamento,
tanto geral como especifico, do que os treinadores no
licenciados.
Os treinadores licenciados em Educao Fsica evidenciaram um
conhecimento mais especfico do
contedo do Futebol e concederam aos jogadores mais espao para
compreender e problematizar os
contedos de aprendizagem.
-
13
4.3.2 Feedback no contexto do Fitness
De seguida so apresentados alguns estudos sobre o feedback
pedaggico no contexto do Fitness.
Franco, Cordeiro & Cabeceiras (2004), realizaram um estudo
sobre a percepo e a preferncia
dos praticantes acerca das caractersticas dos instrutores de
Localizada.
A amostra foi constituda por 208 praticantes de diferentes
idades (jovens, jovens adultos e adultos)
e de diferentes actividades de grupo de Fitness (Localizada, Hip
Hop, Hidroginstica e Combat), acerca
dos seus instrutores e sobre as preferncias dos mesmos
relativamente a um ideal de instrutor. Para tal
aplicaram o questionrio inventrio de interaco treinador atleta,
dos autores Leito, Serpa e Bartolo
(1994).
Os autores encontraram diferenas significativas entre a percepo
e preferncia dos praticantes
em 22 das 23 caractersticas dos instrutores, designadamente:
Amigvel; Bom desportista; Explcito; Com
Capacidades Variadas; Com Comportamento Constante; Compreensivo;
Comunicativo; Consciencioso;
Construtivo; Cuidadoso; Dinmico; Exemplar; Esperto; Firme;
Honesto; Imaginativo; Inteligente; Justo;
Motivador; Seguro de Si; Sincero.
A percepo dos praticantes acerca da interveno dos instrutores de
Localizada ficou um pouco
aqum relativamente ao que os praticantes preferem o que
significa que os professores no esto a ir ao
encontro do que os alunos preferem, j que as mdias dos valores
da preferncia so superiores s
mdias da dos valores da percepo.
Relativamente s preferncias dos alunos os autores verificaram
ainda que existem diferenas
significativas entre diferentes grupos etrios praticantes de
Localizada e entre os jovens adultos
praticantes de diferentes actividades, assim consoante a idade
ou a actividade os alunos preferem que os
instrutores tenham diferentes caractersticas e, possivelmente,
que tenham diferentes comportamentos
associados a estas caractersticas.
Franco e Campos (2005) realizaram um estudo sobre o feedback
pedaggico, onde caracterizaram
o feedback emitido por instrutoras de Localizada. Foram
comparados dois grupos de instrutoras de
Localizada: licenciadas em Educao Fsica e/ou Desporto e no
licenciadas, foram comparar tambm o
feedback pedaggico emitido pelas instrutoras de Localizada nas
diferentes fases da aula (Aquecimento;
Fase Fundamental; Alongamento). Por fim, foram verificar ainda
se existia estabilidade comportamental
destas instrutoras em 3 diferentes aulas da mesma
actividade.
Foram observadas 3 aulas de 6 instrutoras (total 18 aulas) com
elevada experincia profissional (>
ou = 5 anos) da zona da grande Lisboa, todas com cursos de
formao complementar de especializao
na actividade de Localizada, das quais: 3 licenciadas em Educao
Fsica e/ou Desporto; 3 no
-
14
licenciadas. O grupo de instrutoras licenciadas tinha como mdia
6.31.2 anos de experincia profissional
especfica, e o grupo de instrutoras no licenciadas tinha como
mdia 7.32.1 anos de experincia
profissional especfica. Foi utilizado o Sistema de Observao do
Feedback Pedaggico de Sarmento
(1998) constitudo por 4 dimenses (Objectivo, Direco, Forma e
Afectividade) e respectivas categorias.
Estes autores concluram que na dimenso objectivo a categoria
mais emitida foi o feedback
prescritivo em ambos os grupos de professoras. O feedback
descritivo foi o menos emitido por todas as
professoras. Na dimenso direco, em ambos os grupos o feedback
mais emitido foi classe. As
instrutoras no licenciadas na sua interveno nunca emitiram
feedbacks dirigidos ao grupo.
Em nenhuma das fases da aula e na totalidade da aula foram
encontradas diferenas significativas
entre as instrutoras de Localizada relativamente s categorias de
pedaggico emitido. Apenas na 3 aula
se encontraram diferenas significativas entre as instrutoras
licenciadas e no licenciadas em somente
uma categoria de (Auditivo).
O facto de ambos grupos da amostra terem uma formao tcnica
complementar (no superior)
especfica e terem uma elevada experincia profissional, poder ter
levado a que as instrutoras de ambos
os grupos tenham evoludo para um perfil de interveno pedaggica
semelhante, no obstante a sua
formao acadmica.
As instrutoras de Localizada no apresentam diferenas
significativas, relativamente ao tipo de
feedbacks emitidos, quando comparadas as diferentes fases da
aula de Localizada, dado que apenas se
verificaram diferenas numa categoria de Auditivo nas instrutoras
licenciadas e Visual nas instrutoras no
licenciadas.
Por fim, as instrutoras de Localizada apresentam uma
estabilidade comportamental em termos de
emisso de em diferentes aulas, j que, quando comparadas as 3
diferentes aulas, as instrutoras no
licenciadas no apresentaram diferenas significativas em nenhuma
das categorias de feedback, e as
instrutoras licenciadas apenas apresentaram diferenas
significativas na categoria Misto.
Franco e Simes (2006) realizaram um estudo sobre a percepo e
preferncia dos participantes a
acerca do feedback pedaggico dos instrutores do programa Body
Pump.
A amostra foi constituda por 184 alunos praticantes das aulas de
Body Pump em Health Clubs na
zona de Lisboa.
Foi desenvolvido e validado um questionrio nas verses: percepo e
preferncia dos alunos
sobre o feedback pedaggico dos instrutores baseado num sistema
de observao com 7 dimenses e 24
categorias.
Estes autores concluram que os alunos preferem que os seus
instrutores tenham mais
comportamentos na emisso de feedbacks respectivamente: forma,
auditiva; momento de ocorrncia;
concorrente; retrospectiva, isolado; objectivo prescritivo
positivo; direco, classe; afectividade, positivo e
acompanhamento consequente ao feedback, ciclo de feedback.
-
15
Os autores referem ainda que em alguns tipos de feedback o
comportamento observado nos
instrutores parece no ir ao encontro da preferncia dos
praticantes. No entanto no foi testada a
associao entre o comportamento observado nos instrutores e a
preferncia dos praticantes.
Franco (2009) realizou um estudo sobre o comportamento pedaggico
dos instrutores de Fitness
em aulas de Localizada, associando o comportamento observado dos
instrutores, a percepo, as
preferncias e a satisfao dos praticantes. Construiu e validou um
sistema de observao (SOCIF), o qual
foi utilizado para codificar os comportamentos observados nos
vdeos de 62 instrutores de Localizada.
Tambm foi construdo e validado um questionrio acerca da percepo
e preferncia dos praticantes
relativamente ao comportamento pedaggico dos instrutores com uma
amostra de 447 praticantes.
Assim verificou-se que existia uma associao linear positiva
entre o comportamento observado e a
percepo dos praticantes nos comportamentos: Correco com
Exerccio; Conversas com Alunos com
Exerccio; Conversas com Alunos sem Exerccio;
Relativamente ao comportamento observado e s preferncias
verificou-se uma associao linear
significativa positiva em 7 dos 33 comportamentos, nomeadamente:
Informao com Exerccio;
Questionamento com Exerccio; Afectividade Positiva (com e sem
Exerccio), Afectividade Negativa sem
Exerccio; Conversas com Alunos com Exerccio; Conversas com
Outros com Exerccio; Constatou-se
tambm uma relao linear significativa mas negativa no
comportamento da Avaliao Positiva sem
Exerccio.
Na associao entre a percepo e a preferncia dos praticantes
verifica-se uma associao linear
significativa positiva em todos os 33 comportamentos.
Entre a satisfao global e o comportamento observado no se
verificou uma associao linear
como era suposto nos comportamentos Avaliao Negativa (com e sem
Exerccio) e Informao (com e
sem Exerccio), Avaliao Positiva (com e sem Exerccio) e Correco
(com e sem Exerccio), tendo-se
encontrado uma associao positiva na Presso com Exerccio.
Na satisfao global e na satisfao especfica (preferncia percepo),
verificou-se uma
associao linear significativa negativa nos comportamentos:
Informao (com e sem Exerccio),
Correco sem Exerccio, Avaliao Positiva (com e sem Exerccio),
Presso (com e sem Exerccio) e na
Avaliao Negativa (com e sem Exerccio).
-
16
4.3.3 Estudos sobre experincia profissional
Em seguida sero apresentados alguns estudos sobre o feedback
pedaggico e a experincia
profissional.
Simes et al. (2009) realizou um estudo com o objectivo de
caracterizar o feedback pedaggico
emitido pelos instrutores de Fitness na actividade de
Localizada. A amostra do estudo foi constituda por
62 instrutores de Ginstica Localizada, com diferentes nveis de
experincia profissional como instrutor de
Fitness: 3 ou menos anos de experincia (grupo A); mais de 3 at 5
anos de experincia (grupo B); mais
de 5 anos de experincia (grupo C), distribudos por Portugal.
Foi utilizado um sistema de observao do feedback pedaggico
(Piron 1999; Sarmento, Veiga,
Rosado, Rodrigues & Ferreira 1998; Schmidt & Lee, 1999)
composto pelas dimenses Momento de
Ocorrncia, Retrospectiva, Forma, Objectivo, Afectividade,
Direco, Acompanhamento de Prtica
Consequente ao Feedback e respectivas categorias. Foi realizada
uma anlise com e sem outliers como
se pode verificar no quadro 2.
Quadro 2 Mdia e desvio padro (%), com e sem outliers, em cada um
dos grupos, para cada dimenso e respectivas
categorias.
Dimenses Categorias MdiaDesvio Padro (%)
P A B C
Forma
A 54,718,0 52,117,3 56,420,8 0,759
V 3,72,3 4,65,5 5,17,8 0,759
Q 1,52,2 4,24,1 1,11,2 0,008
A/V 22,712,7 22,28,8 22,112,9 0,985
A/Q 16,512,7 16,014,1 14,39,1 0,938
V/Q 0,10,3 0,10,3 0,00,1 0,339
A/V/Q 0,71,4 0,71,2 0,81,2 0,676
Momento de
Ocorrncia
Conc 95,33,9 93,93,5 94,38,5 0,086
T Ime 4,23,7 5,93,4 5,16,9 0,057
T Ret 0,61,2 0,20,5 0,51,8 0,568
Retrospectiva Sep 98,51,8 97,61,9 97,15,4 0,153
Acum 1,31,6 2,31,9 2,95,4 0,162
Objectivo
+
Afectividade
Av+ 45,322,4 39,217,6 43,324,1 0,635
Av- 1,11,4 1,82,2 1,92,5 0,761
Pres+ 41,417,0 44,117,8 39,218,3 0,914
Pres- 3,02,7 2,32,3 4,74,1 0,112
Desc+ 3,33,5 2,02,1 2,62,2 0,616
Desc- 0,61,0 0,71,2 0,10,3 0,167
Inter 5,37,0 9,88,0 7,97,3 0,022
Direco Ind 65,021,4 64,421,3 60,926,1 0,951
-
17
Grupo 13,812,8 15,413,6 13,710,1 0,805
Class 21,215,1 20,314,6 25,322,7 0,935
Afectividade Pos 100,00,0 99,61,8 99,90,4 0,584
Neg 0,00,0 0,41,8 0,10,4 0,584
Acomp. da Prtica
Consequente ao FB
FbIso 22,616,7 24,911,8 21,211,5 0,386
Fb+ob 35,815,9 37,015,4 37,914,4 0,915
CicFb 41,620,1 38,121,5 41,620,8 0,811
Assim, verificou-se existirem diferenas significativas entre os
3 grupos de experincia profissional
como instrutor de Fitness nas aulas de Localizada, relativamente
frequncia de emisso de feedbacks
por minuto, quando considerados todos os sujeitos. Relativamente
frequncia de emisso de
feedbacks/minuto, quando analisados os 3 grupos o grupo C (com
mais de 5 anos de experincia) foi o
que mais feedbacks/minuto emitiu; e o grupo B (com mais de 3 at
5 anos de experincia) o que menos
feedbacks/minuto emitiu.
Constatou-se que o tipo de feedback emitido com mais frequncia
em cada uma das dimenses foi:
Forma: Auditiva (nos 3 grupos), Momento de Ocorrncia:
Concorrente (nos 3 grupos), Retrospectiva:
Separado (nos 3 grupos), Objectivo: Avaliativo Positivo (no
grupo A e C) e Prescritivo Positivo (no grupo
B); Direco: Individual (nos 3 grupos); Afectividade: Positiva
(nos 3 grupos); Acompanhamento da Prtica
aps Feedback: Ciclo de Feedback (nos 3 grupos).
Por sua vez, quanto ao comportamento de feedback observado em
todos os grupos, constatou-se
que os tipos de feedback menos emitidos foram os seguintes:
Momento de Ocorrncia, Terminal
Retardado; Retrospectiva, Acumulado; Forma, Misto Visual -
Quinestsico; Objectivo, Descritivo Negativo;
Afectividade, Negativo; Direco, Grupo; Acompanhamento de Prtica
Consequente ao Feedback,
Feedback Isolado.
Quando comparados os 3 grupos de experincia profissional
verificou-se que existiam diferenas
significativas entre os 3 grupos de experincia profissional dos
instrutores nas dimenses Momento de
Ocorrncia (Concorrente; Terminal Imediato e Terminal Retardado)
e Retrospectiva (Acumulado;
Separado).
Verificou-se existirem diferenas significativas entre os grupos
os 3 grupos de experincia
profissional dos instrutores na dimenso Forma,
(Quinestsico).
Nas dimenses Afectividade (Positivo e Negativo), Direco
(Individual, Grupo e Classe) e
Acompanhamento da Prtica Consequente ao Feedback (Feedback
Isolado; Feedback Seguido de
Observao e Ciclo de Feedback) no se verificaram existirem
diferenas significativas entre os 3 grupos.
-
18
Simes e Franco (2006) realizaram um estudo onde foram
caracterizar o feedback pedaggico
emitido pelos instrutores do programa Body Pump, com diferentes
tipos de habilitaes acadmicas e
com diferentes nveis de experincia profissional.
A amostra do estudo foi constituda por 10 instrutores de Body
Pump experientes e 5 instrutores
de Body Pump inexperientes; destes instrutores 5 eram
licenciados e 10 no licenciados.
Para estudar o feedback emitido pelos instrutores de Body
Pump,foi utilizado um sistema de
observao com 7 dimenses e 24 categorias (dimenso Objectivo,
Forma, Direco, Afectividade,
Momento de Ocorrncia, Retrospectiva, Acompanhamento e
respectivas categorias de feedback).
Estes autores verificaram ainda no existir diferenas
significativas entre os instrutores experientes
e inexperientes, ambos os grupos no licenciados, relativamente
ocorrncia do tipo de feedback emitido,
exceptuando na dimenso direco, categoria grupo, em que os
instrutores experientes apresentaram uma
maior frequncia de feedbacks deste tipo, como se pode verificar
atravs do quadro 3.
Quadro 3 Mdia e desvio padro da frequncia de ocorrncia (%) de
cada categoria de feedback, das respectivas dimenses,
emitido pelos instrutores No Licenciados. Comparao dos
instrutores Inexperientes, No Experientes na Profisso e
Experientes
em Body Pump e na Profisso.
Dimenses Categorias MdiaDesvio Padro (%)
P Inexperientes Experientes
Forma
A 94.713.54 82.3013.38 0,121
V 1.431.25 5.195.38 0,517
Q 1.552.69 0,952.33 0,724
Misto 2.310,34 11.5513.43 1.000
A/V 2.310,34 9.1510,52 1.000
A/Q 0,000,00 2.413.83 0,289
V/Q 0,000,00 0,000,00 1.000
A/V/Q 0,000,00 0,000,00 1.000
Momento de
Ocorrncia
Conc 90,575.74 93.036.83 0,439
T Ime 6.24 4.11 4.083.34 0,517
T Ret 3.181.81 2.883.63 0,300
Retrospectiva Sep 91.356.77 93.196.90 0,796
Acum 8.656.77 6.816.90 0,796
Objectivo
+
Afectividade
Av+ 89.989.32 66.3429.67 0,364
Av- 0,881.52 5.689.07 0,572
Pres+ 8.267.20 20,4321.98 0,517
Pres- 0,881.52 3.172.94 0,178
Desc+ 0,000,00 0,961.60 0,289
Desc- 0,000,00 0,360,56 0,289
Inter 0,000,00 3.064.73 0,167
Direco Ind 14.7712.84 49.8437.06 0,197
Grupo 0,000,00 7.919.61 0,043
-
19
Class 85.2312.84 42.2433.46 0,071
Afectividade Pos 98.253.04 90,1610,36 0,178
Neg 1.753.04 9.8410,36 0,178
Acompanhamento da Prtica
Consequente ao
Feedback
FbIso 27.406.58 24.4414.02 0,439
Fb+ob 70,1010,91 63.2916.84 0,439
CicFb 2.504.33 12.2715.17 0,189
Os autores concluram que relativamente dimenso Forma, o tipo de
feedback emitido com maior
frequncia foi o Auditivo, em ambos os grupos de instrutores. Os
instrutores experientes utilizam mais
frequentemente feedback misto Auditivo/Visual, do que os
inexperientes os autores verificaram tambm,
que o tipo de feedback menos emitido foi o Visual nos
instrutores inexperientes e o Quinestsico nos
experientes.
Na dimenso Momento de Ocorrncia concluram que em ambos os grupos
de instrutores emitiram
com maior frequncia feedback Concorrente. Raramente os
instrutores emitiram feedback aps algum
tempo do trmino do exerccio, ou seja, a categoria de feedback
que foi emitida com menor frequncia
para ambos os grupos foi Terminal Retardado.
Na dimenso retrospectiva tanto os instrutores inexperiente como
os experientes emitiram com
mais frequncia feedbacks separadamente sobre cada exerccio, isto
, isolado.
Na conjugao das dimenses Objectivo e Afectividade, os autores
constataram, que os
inexperientes apresentam um valor mais elevado do que os
experientes relativamente categoria
Avaliativo Positivo. As categorias Descritivo Positivo,
Descritivo Negativo e Interrogativo tm uma
ocorrncia nula nos instrutores inexperientes e valores muito
baixos nos instrutores experientes.
Os autores tambm referem que nas dimenses Direco e
Acompanhamento da Prtica
Consequente ao Feedback os instrutores inexperientes apresentam
maior frequncia de emisso de
feedback nas categorias Classe e Feedback Seguido de Observao
que os instrutores experientes.
Relativamente aos instrutores de Body Pump No Licenciados e os
Licenciados (ambos
Experientes), verificaram-se diferenas significativas
relativamente ocorrncia do tipo de feedback
emitido, nas categorias Visual, Concorrente, Terminal Imediato,
Isolado e Acumulado, no se tendo
constatado diferenas significativas nas restantes categorias. Os
Licenciados emitem mais feedbacks do
tipo Visual, Terminal Imediato e Acumulado e menos Concorrente e
Isolado, do que os No Licenciados.
Moreira e Janurio (2004) realizaram um estudo, com professores
de Educao Fsica do Ensino
Secundrio, onde analisaram o comportamento em professores
experts e principiantes (estagirios)
relativamente as decises pr-interactivas e decises
interactivas.
-
20
Quanto instruo, verificou-se que os experts relativamente s
decises pr-interactivas, se
preocupam mais com as necessidades dos alunos enquanto os
principiantes centram a sua ateno na
sua prpria prestao.
Os professores experts preocupam-se mais com a superviso
(observao) dos alunos, procuram
articular e adaptar os contedos de aula para aula aos alunos
enquanto os principiantes preferem
estruturar os contedos em funo do programa escolar e das
unidades didcticas por eles elaboradas.
Comparativamente ao feedback, nas decises interactivas,
verificou-se que, os professores
principiantes observam os erros mais comuns e os experts
procuram no momento apropriado fornecer
feedback de qualidade e frequente.
Na exibio das tarefas os experts expem um discurso claro e
breve, enquanto os principiantes
apenas se preocupam com as demonstraes. Os professores experts
utilizam um maior nmero de
decises alternativas para vrias situaes, rentabilizam mais o
tempo de aula e no tempo concedido a
cada actividade.
Relativamente associao entre as fases pr-interactiva e
interactiva verificou-se que, quanto
dimenso instruo, os professores experts apresentam uma maior
coerncia entre as duas fases,
enquanto os principiantes s apresentam coerncia relativamente
demonstrao.
Rosado (2000) realizou um estudo sobre a competncia de
diagnstico e a prescrio pedaggica
(feedback) em tarefas desportivas. A amostra foi constituda por
80 indivduos envolvidos no ensino do
Atletismo, divididos em 4 grupos: Professores de Educao Fsica
Experientes, Estagirios de Educao
Fsica, Professores Treinadores e Outros Treinadores.
Verificou-se que relativamente emisso de feedback os Professores
Estagirios tm valores mais
elevados seguidos dos Professores Treinadores, dos professores
experientes e dos treinadores embora
no hajam diferenas significativas.
Na relao entre feedbacks emitidos e correctos, os professores
especializados aparecem com
valores mais altos (mdia 50%) e os monitores com valores mais
baixos (mdia 29%).
Os especialistas na realizao do processo de determinao do erro
principal so os mais
eficientes e apresentam um repertrio superior de solues motoras
alternativas disponveis para resolver
as dificuldades manifestadas, em relao aos restantes grupos.
O autor constatou tambm que os licenciados apresentam valores de
eficincia mais elevados na
deteco dos erros, na seleco do erro principal e na apresentao de
solues de actividade.
Rodrigues (1997) realizou um estudo na actividade de voleibol,
com professores profissionalizados
e estagirios, comparando o modo de interveno relativo ao
feedback.
-
21
Em relao taxa de interveno e de informao (feedback por minuto),
a interveno dos
professores profissionalizados e os estagirios no se diferencia
pela quantidade.
Segundo o autor, relativamente dimenso Objectivo existem
diferenas entre os profissionais e os
estagirios, as quais podero significar que os professores
estagirios incidem mais sobre o contedo da
execuo motora, enquanto os profissionalizados do maior ateno s
questes afectivas e
motivacionais. Verificaram-se ainda diferenas significativas no
feedback Prescritivo Negativo, possuindo
os estagirios valores mais elevados.
Na dimenso Forma, Direco e Momento, o autor verificou que
predominaram os feedbacks do
tipo Forma Auditiva, Direco Individual e Momento Imediatamente
Aps a Execuo e que os estagirios
apresentaram valores superiores na categoria
Auditivo-Visual.
Relativamente ao Referencial Geral e Especfico constatou-se que
os estagirios foram os que
conseguiram intervir com maior frequncia sobre a parte da
execuo, parecendo evidenciar uma maior
capacidade de observao analtica do gesto tcnico e ainda uma
capacidade de interveno mais
concreta do que os profissionalizados.
Os profissionalizados parecem mais preocupados com a questo do
resultado da execuo motora.
Verificou-se a existncia de diferenas significativas na
categoria Feedback Seguido de
Observao quanto dimenso Comportamento do Professor Aps o
Feedback, sendo a sua ocorrncia
superior nos profissionalizados, ficando estes com mais
frequncia a observar o aluno aps a emisso de
feedback, comparativamente aos estagirios.
-
22
4.4 Caracterizao da actividade de Localizada
A actividade fsica definida como o movimento corporal que os
msculos esquelticos produzem
e que aumenta substancialmente o consumo de energia (ACSM,
2001).
Na rea do Fitness, existem diferentes tipos de actividades e
vrias formas de exerccio fsico cujos
objectivos essenciais so a manuteno e promoo da sade, da condio
fsica e do bem-estar (Franco
& Santos, 1999).
A Localizada uma das actividades da rea do Fitness, que
geralmente realizada em grupo ao
som de msica, embora tambm possa ser aplicada em treino
personalizado.
Nesta actividade o indivduo repete sries de exerccios que
utilizam sobrecarga do prprio corpo
e/ou de pesos livres (halteres, barras e caneleiras) para criar
resistncia muscular (Costa, 2001), podendo
ainda ser utilizados elsticos como forma de sobrecarga.
Uma aula de Localizada segundo Costa (2001) constituda por trs
fases: aquecimento, parte
fundamental (ou especfica) e relaxamento/alongamento.
O aquecimento que caracterizado pela uma fase inicial da aula,
onde o principal objectivo a
preparao do indivduo para a prtica de actividade fsica, visando
aumentar a temperatura corporal e
realizar um aquecimento especfico das estruturas
msculo-esquelticas, como tambm proteg-lo para a
ocorrncia de possveis leses.
A fase fundamental a fase especfica da aula onde so realizados
exerccios localizados que
podem ter como objectivo melhorar a fora e/ou a resistncia
muscular e/ou estabilizao e assim atingir
os objectivos gerais e especficos previamente planeados e
definidos.
O alongamento/relaxamento a fase final da aula e tem como
prioridade restabelecer o indivduo
do esforo exigido durante a fase fundamental, nesta fase tambm
so realizados exerccios para alongar
os grupos musculares trabalhados na fase fundamental, com isso
optimizando tambm a sua melhoria, o
progresso da performance.
-
23
5. HIPTESES DE ESTUDO
Neste captulo sero apresentadas as hipteses de estudo em funo
dos objectivos definidos no
estudo.
Considerando que a interveno pedaggica em termos de feedback
pode ser diferenciada
mediante a experincia profissional dos tcnicos desportivos,
designadamente em Treinadores e
Professores de Educao Fsica (Rodrigues, 1997; Sequeira, 1998) e
instrutores de Fitness (Simes,
2008; Simes & Franco, 2006; Simes, et al., 2009), coloca-se
a seguinte hiptese:
Hiptese 1 - Existem diferenas significativas na emisso de
feedback entre instrutores de Localizada com
diferentes nveis de experincia profissional nas dimenses Valor e
Resposta do Aluno ao Feedback e
respectivas categorias.
Considerando que a experincia profissional pode influenciar a
interveno pedaggica de
feedback (Rodrigues, 1989) relativamente ao padro de feedback,
coloca-se a seguinte hiptese:
Hiptese 2 Existem diferenas significativas entre as configuraes
de comportamento de feedback nos
diferentes nveis de experincia profissional nos instrutores de
localizada.
Considerando que existem tipos de interveno pedaggica em termos
de feedback mais ajustados
e que influenciam positivamente o comportamento do aluno
(Rodrigues, 1989; Sequeira, 1998) no
processo de aprendizagem e outros que no influenciam, coloca-se
a seguinte hiptese:
Hiptese 3 Existe uma associao entre as configuraes de
comportamento de feedback e a Resposta
do Aluno ao FB nos diferentes nveis de experincia
profissional.
-
24
6. METODOLOGIA
6.1 Caracterizao da amostra
A amostra foi constituda por instrutores de Fitness licenciados
em Desporto, variante Condio
Fsica, da Escola Superior de Desporto de Rio Maior.
Da lista de 132 indivduos formados no referido curso foi
seleccionada a amostra de instrutores que
se encontravam a leccionar Localizada e que autorizaram realizar
a observao das suas aulas,
totalizando desta forma 62 indivduos.
Foi utilizada uma aula de Localizada de cada um dos 62
instrutores, de vrios ginsios2 distribudos
por Portugal. Todas as aulas foram constitudas pelas seguintes
fases: Aquecimento; Fase Fundamental;
Alongamento/Relaxamento.
Os indivduos foram divididos em trs grupos de experincia
profissional, o grupo A (grupo com
menos experincia) tem um n = 18, o grupo B (grupo com experincia
mdia) tem um n = 25 e o grupo C
(grupo com mais experincia) tem um n = 19, como se pode
verificar atravs do grfico 1.
Grfico 1 Caracterizao da amostra por grupos de experincia
profissional.
2 O termo ginsio refere-se aos vrios locais: ginsios, academias,
health clubs, clubes, associaes e outras organizaes afins, de
prtica de
actividades de Fitness, designadamente de Localizada.
.
-
25
6.2 Variveis
Neste estudo so consideradas as seguintes variveis:
Experincia profissional dos instrutores de Fitness contabilizada
em nmero de anos;
Comportamento de feedback pedaggico dos instrutores de
Fitness.
A varivel experincia profissional, segundo o modelo de anlise da
relao pedaggica em
desporto (Rodrigues, 1997), uma varivel pressgio e a varivel
comportamento de feedback pedaggico
dos instrutores de Fitness uma varivel processo.
Para as hipteses do estudo (1 e 2) a varivel independente a
experincia profissional dos
instrutores de Fitness e a varivel dependente o comportamento de
feedback pedaggico dos instrutores
de Fitness.
6.3 Instrumentos
Neste estudo utilizou-se o mtodo da observao, tendo para tal
sido utilizado um sistema de
observao do feedback pedaggico com vrias dimenses de diferentes
autores (Carreiro da Costa,
1988; Piron, 1999; Sarmento, et al., 1998; Schmidt & Lee,
1999; Simes & Franco, 2006).
O mtodo de registo utilizado foi o registo de ocorrncias
(Sarmento et. al., 1998) utilizando o
software Match Vision Studio Premium. Observou-se uma aula de
cada um dos 62 instrutores.
6.3.1 Sistema de observao
O sistema de observao constitudo pelas seguintes dimenses e
respectivas categorias:
Momento de Ocorrncia: Concorrente, Terminal Imediato e Terminal
Retardado (Schmidt & Lee,
1999; Simes & Franco, 2006).
Retrospectiva: Acumulado e Separado (Schmidt & Lee, 1999;
Simes & Franco, 2006).
Forma: Auditivo, Visual, Quinestsico e Misto (Piron, 1999;
Sarmento, et al., 1998; Simes &
Franco, 2006).
Objectivo: Avaliativo Positivo, Avaliativo Negativo, Prescritivo
Positivo, Prescritivo Negativo,
Descritivo Positivo, Descritivo Negativo e Interrogativo.
(Piron, 1999; Sarmento, et al., 1998;
Simes & Franco, 2006).
Direco: Individual, Grupo e Classe. (Piron, 1999; Sarmento, et
al., 1998; Simes & Franco,
2006).
-
26
Afectividade: Positivo e Negativo (Sarmento, et al., 1998; Simes
& Franco, 2006).
Acompanhamento da Prtica Consequente ao Feedback Pedaggico:
Feedback Isolado, Feedback Seguido de Observao e Ciclo de
Feedback (Piron, 1999;
Sarmento, et al., 1998; Simes & Franco, 2006).
Valor: Apropriado, Inapropriado e Indeterminado (adapatado de
Carreiro da Costa, 1988).
Resposta do Aluno ao Feedback: Modifica o Comportamento de
acordo com o FB, Modifica o
Comportamento Qualquer outra Modificao, No Modifica o
Comportamento Objectivo Modificar,
No Modifica o Comportamento no Objectivo Modificar,
Indeterminado (adaptado de Piron,
1999; Sarmento, et al., 1998).
Na dimenso Valor houve necessidade de acrescentar a categoria
Indeterminado tal como j existia
na dimenso Resposta do Aluno ao FB, pelo facto de s vezes no se
conseguir ver algumas situaes,
ex: salas com pilares no meio; problemas na imagem ou o campo de
viso no abranger os alunos todos.
Na dimenso Resposta do Aluno ao FB houve necessidade de
subdividir a categoria no Modifica o
Comportamento em No Modifica Objectivo Modificar e No Modifica
No Objectivo Modificar, dado
que quando o professor emite feedback nem sempre pretende que o
aluno altere o seu comportamento,
ex: Av+ (boa, isso) o professor no pretende que o aluno altere o
seu comportamento, pretende apenas
reforar a sua execuo motora.
A definio das categorias de cada uma das dimenses do instrumento
utilizado encontra-se
apresentada no seguinte quadro 4.
Quadro 4 - Definio das categorias das dimenses utilizadas na
observao do comportamento de feedback dos instrutores de
Localizada.
Dimenses Categorias
Momento de
Ocorrncia
Concorrente durante a execuo da tarefa
Terminal aps a execuo da tarefa:
Imediato imediatamente aps a tarefa
Terminal aps a execuo da tarefa:
Retardado retardado no tempo aps a tarefa
Retrospectiva
Acumulado feedback que representa uma acumulao de
vrias execues realizadas anteriormente.
Separado feedback acerca de cada execuo de uma tarefa
separadamente.
(Continuao na pgina seguinte)
-
27
Dimenses Categorias
Forma
Auditivo apresentado de forma oral.
Visual apresentado de uma forma no verbal, atravs de formas
gestuais ou de demonstrao.
Quinestsico apresentado sob a forma de contacto ou
manipulao corporal do praticante.
Misto utilizando mais do que uma das formas atrs descritas
em
simultneo:
Auditivo/Visual
Auditivo/Quinestsico
Visual/Quinestsico
Auditivo/Visual/Quinestsico
Objectivo
Avaliativo Positivo juzo ou apreciao do resultado da
execuo, sem referncia sua forma, sendo a interveno
apresentada sob a forma de expresso gramatical positiva.
Ex. Est bem.; Bom.; Isso..
Avaliativo Negativo juzo ou apreciao do resultado da
execuo, sem referncia sua forma, sendo a interveno
apresentada sob a forma de expresso gramatical negativa.
Ex: No est bem.; Est mal.;No isso..
Prescritivo Positivo informao acerca de como o praticante
dever realizar a tarefa ou de como a deveria ter realizado,
sendo
a interveno apresentada sob a forma de expresso gramatical
positiva. Ex: Coloque os joelhos mais para trs.; Ponha o
pescoo em posio neutra..
Prescritivo Negativo informao acerca de como o praticante
dever realizar a tarefa ou de como a deveria ter realizado,
sendo
a interveno apresentada sob a forma de expresso gramatical
negativa. Ex: No coloque os joelhos para a frente.; No faa
extenso do pescoo..
Descritivo Positivo informao acerca de como o praticante
realizou a tarefa, sendo a interveno apresentada sob a forma
de
expresso gramatical positiva.
Ex: Est a colocar os joelhos para a frente.; Est a fazer
extenso do pescoo..
-
28
Descritivo Negativo informao acerca de como o praticante
realizou a tarefa, sendo a interveno apresentada sob a forma
de
expresso gramatical negativa. Ex: No est a colocar os
joelhos
para trs.; No est com o pescoo em posio neutra..
Interrogativo interrogao ao praticante acerca da execuo da
tarefa. Ex: Acha que os seus joelhos devem estar para a frente
ou
para trs?; Sente que o pescoo est em posio neutra?.
Afectividade
Positivo informao com o intuito de elogiar e encorajar a
prestao do praticante.
Negativo informao com o intuito de denegrir a prestao do
praticante.
Direco
Individual a informao dada dirige-se apenas a um praticante.
Grupo a informao dada dirige-se a mais do que a um
praticante, mas no totalidade dos praticantes.
Classe a informao dirige-se totalidade dos praticantes.
Acompanhamento da
Prtica Consequente
ao Feedback
Pedaggico
Feedback isolado o professor emite um feedback e abandona
de imediato o aluno.
Feedback seguido de observao o professor emite um
feedback, mantendo-se interessado na actividade do aluno que
recebeu esse feedback.
Ciclo de feedback o professor emite um feedback, mantendo-
se interessado na execuo do aluno e de novo intervm emitindo
um novo feedback.
Valor
Apropriado - interveno cuja informao correcta e traduz um
diagnstico ajustado execuo motora do praticante;
Inapropriado - interveno que incorrecta ou que apesar de
verdadeira no representa um diagnstico ajustado execuo
motora do praticante.
Indeterminado Quando no possvel ver ou ouvir o instrutor
ou no possvel identificar o comportamento do aluno ou existe
um problema tcnico.
(Continuao na pgina seguinte)
-
29
Dimenses Categorias
Resposta do Aluno
ao FB
Modifica o comportamento o aluno altera o seu
comportamento:
De acordo com o FB o aluno realiza a sua execuo de
acordo com as intenes inscritas no feedback;
Qualquer outra modificao o aluno altera o seu
comportamento, mas tal no se inscreve nas prescries
do feedback;
No modifica o comportamento o aluno no altera a sua
execuo, mantendo o mesmo comportamento:
No objectivo modificar - o aluno no altera a sua
execuo, mantendo o mesmo comportamento, pois,
segundo o feedback emitido, no era suposto alterar.
objectivo modificar - o aluno no altera a sua execuo,
mantendo o mesmo comportamento, embora, segundo o
feedback emitido, fosse suposto alterar.
Indeterminado Quando no possvel ver ou ouvir o instrutor
ou no possvel identificar o comportamento do aluno ou existe
um problema tcnico.
6.3.2 Taxonomia utilizada para medio da experincia profissional
dos Instrutores
Utilizou-se uma taxonomia adaptada da apresentada por Berliner
(1988, in Piron 1996), para se
medir a experincia profissional em anos, dos instrutores de
Fitness pertencentes amostra do estudo.
So apresentadas cinco fases de desenvolvimento segundo a descrio
de Berliner (1988, in
Piron 1996) que permite situar os professores a diversos nveis
de mestria profissional. Segundo este
autor essas cinco fases de desenvolvimento assentam nos
seguintes estdios:
O principiante (estudante e professor de 1 ano designado ainda
por estagirio ou
professor/estudante).
O principiante avanado (o professor de 2 ou 3 ano designado
tambm pela entrada na
profisso).
O professor competente (3 ou 4 ano de ensino e alguns
professores mais experientes).
-
30
O professor eficaz (alguns com cinco anos de prtica e outros
mais experimentados).
O professor expert (somente alguns professores conseguem atingir
este patamar).
A taxonomia utilizada para medio da experincia profissional dos
instrutores neste estudo tem
como referncia a proposta de Berliner (1988, in Piron 1996).
Como na amostra utilizada neste estudo, apenas existia um
indivduo que se situava no primeiro
estdio de desenvolvimento profissional apresentado por Berliner
(1988, in Piron 1996), devido a este
facto foi realizada uma adaptao dos grupos.
Assim surge ento a taxonomia adaptada por Simes (2008), que
situa os instrutores nos seguintes
estdios de desenvolvimento profissional:
Experincia profissional como instrutor de Fitness com 3 anos de
experincia
Experincia profissional como instrutor de Fitness com + 3 a 5
anos de experincia.
Experincia profissional como instrutor de Fitness com> 5 anos
de experincia.
6.4 Equipamentos
Para analisar qual o comportamento de feedback pedaggico dos
instrutores de Localizada foi
utilizada a observao de aulas gravadas em vdeo.
Para realizar a gravao da parte udio do vdeo foi utilizado um
sistema wireless de microfone,
constitudo por microfone de lapela ligado por um fio a um
emissor (Sony UTX-B1) que transmitia o som
para um receptor (Sony URX-P1), o qual por sua vez se encontrava
directamente ligado cmara.
A gravao de vdeo foi realizada com duas cmaras de vdeo digital:
Digita-8 (Sony DCR-
TRV238E); Mini DV (Sony DCR-HC30E). Foram ainda utilizados dois
trips, para apoio de cada uma das
cmaras de vdeo e duas extenses elctricas para ligao de cada uma
das cmaras s tomadas. O
emissor do microfone foi colocado num cinto com uma bolsa, sendo
este especfico para o efeito.
O contedo das cassetes de vdeo foi transferido para um PC, tendo
para tal sido utilizado o
software informtico Windows Movie Maker .
O visionamento, a codificao das gravaes de vdeo e a anlise dos
dados codificados foram
realizados num PC, por cada observador, atravs do software
informtico Match Vision Studio Premium.
Este software cria um ficheiro Excel com os dados codificados e
com as anlises realizadas.
Para a aplicao da folha de caracterizao dos instrutores foi
utilizada, uma caneta e uma capa
rgida.
Os dados resultantes foram depois tratados em termos estatsticos
pelo software SPSS 17 .
-
31
6.5 Procedimentos
6.5.1 Recolha de dados
Foi solicitada Escola Superior de Desporto de Rio Maior uma
lista de todos os alunos licenciados
em Desporto, variante Condio Fsica.
Todos os indivduos foram contactados via telefone tendo-lhes
sido perguntado se estavam a
leccionar Localizada, aps uma resposta positiva foi-lhes
explicado de uma forma geral o objectivo do
presente estudo e foi solicitada a permisso da filmagem de uma
das suas aulas.
Depois de autorizarem a filmagem, foi-lhes solicitado que
disponibilizassem dados do local onde
estavam a leccionar Localizada, para posterior contacto com os
Responsveis dos ginsios.
Seguidamente, foi enviada uma carta, e realizado um contacto
telefnico ao responsvel de cada
ginsio, explicando o objectivo deste estudo, e solicitando
autorizao para a realizao da recolha dos
dados. Aps um parecer positivo, os instrutores foram novamente
contactados via telefone para se
proceder marcao da filmagem tendo em conta a hora, o dia e o
local da respectiva aula de Localizada.
Os instrutores falaram com os seus alunos i