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www.vidaeconomica.pt NEWSLETTER N.º 55 | OUTUBRO | 2014 ÍNDICE Será que o novo produto da Apple (Pay), revelado no iPhone 6, terá su- cesso? Tem havido muitas entradas no setor de pagamentos móveis digi- tais, como o Google Wallet, Softcard (que teve o nome inicial infeliz de ISIS), Square e Paypal. Mas, até agora, ninguém tem realmente feito uma entrada disruptiva no mercado e os americanos continuam a utilizar car- tões de crédito, dinheiro e cheques. Mas isso parece que pode mudar, a Apple tem uma boa oportunidade de fazer o Apple Pay num sucesso. Primeiro, uma olhada em algumas mudanças críticas de mercado. Du- rante décadas todos nós pensámos que as compras com cartão de crédi- to estavam seguras. Mas isso mudou em 2013, e ganhou força em 2014 com a regularidade que ouvimos fa- lar sobre violações de dados de car- tões de crédito de clientes em várias lojas e restaurantes. Mas, quando os maiores distribuidores como a Target e a Home Depot revelaram proble- mas de segurança através de milhões de contas, as pessoas começaram a ficar preocupadas. Pela primeira vez, algumas pessoas estão a pensar que uma alternativa seria uma boa ideia e começam a considerar uma mudan- ça nas formas de pagamento. Por outras palavras, começa a exis- tir uma lacuna no mercado. Duran- te muito tempo as pessoas ficaram muito felizes com cartões de crédito. Mas, agora, elas não são tão felizes. Há pessoas, ainda uma minoria, que estão ativamente à procura de uma alternativa ao dinheiro e cartões de crédito. E essas pessoas agora têm uma necessidade que ainda não está integralmente cumprida. Isso signi- fica que a recetividade do mercado para um produto de pagamento mó- vel mudou. Em segundo lugar, vamos ver como a Paypal, se tornou um sucesso tão grande neste mercado. Quando as pessoas começaram as transações on-line eram na sua totalidade efe- tuadas com cartões de crédito. Mas alguns clientes não tinham a capaci- dade de usar cartões de crédito. Es- sas pessoas tinham uma necessidade mas não tinham forma de efetuar as suas compras, e a Paypal saltou para esse mercado que estava disponível para quem tivesse a solução de paga- mento. Rapidamente a Paypal “amarrou-se” aos vendedores on-line, pedindo- -lhes para apoiar o seu produto. Ao incentivar os distribuidores on-line que poderiam expandir as suas ven- das com adoção do Paypal, a Paypal reuniu mais e mais sites. A aquisição pelo eBay em 2002 foi uma benção, com esta aquisição a Paypal foi legi- timada e credibilizada na mente dos consumidores e dos pequenos distri- buidores on-line. Depois de ocupar um mercado pouco explorado, a Paypal expandiu- -se como um concorrente real dos cartões de crédito, adicionando Porque é que o Apple Pay provavelmente terá sucesso? (Lições da Paypal) PUB ADAM HARTUNG Managing Partner, Spark Partners www.adamhartung.com NEWSLETTERS TEMÁTICAS SUBSCRIÇÃO GRATUITA http://mailings.vidaeconomica.pt Conheça ainda outras fontes de informação mais alargada do grupo Vida Económica. Aceda ao site www.vidaeconomica.pt, e entre em Subscrever Newsletter 3 • O desafio das “smart cities” • Fundamentos do TRIZ– VI • Novos problemas sociais exigem respostas inovadoras 5 • Demografia das redes sociais 6 • O Futuro das formas de pagamento • Inovação – Flexibilidade 9 4 3 Subscreva mais newsletters OpINIãO eDITORIal OpINIãO OpINIãO ReDes sOcIaIs 8 NOTícIas | eVeNTOs FINaNcIaR a INOVaçãO OpINIãO
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Apr 05, 2016

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www.vidaeconomica.ptnewsletter n.º 55 | outubro | 2014

Índice

Será que o novo produto da Apple (Pay), revelado no iPhone 6, terá su-cesso? Tem havido muitas entradas no setor de pagamentos móveis digi-tais, como o Google Wallet, Softcard (que teve o nome inicial infeliz de ISIS), Square e Paypal. Mas, até agora, ninguém tem realmente feito uma entrada disruptiva no mercado e os americanos continuam a utilizar car-tões de crédito, dinheiro e cheques. Mas isso parece que pode mudar, a Apple tem uma boa oportunidade de fazer o Apple Pay num sucesso.

Primeiro, uma olhada em algumas mudanças críticas de mercado. Du-rante décadas todos nós pensámos que as compras com cartão de crédi-to estavam seguras. Mas isso mudou em 2013, e ganhou força em 2014 com a regularidade que ouvimos fa-

lar sobre violações de dados de car-tões de crédito de clientes em várias lojas e restaurantes. Mas, quando os maiores distribuidores como a Target e a Home Depot revelaram proble-mas de segurança através de milhões de contas, as pessoas começaram a ficar preocupadas. Pela primeira vez, algumas pessoas estão a pensar que uma alternativa seria uma boa ideia e começam a considerar uma mudan-ça nas formas de pagamento.

Por outras palavras, começa a exis-tir uma lacuna no mercado. Duran-te muito tempo as pessoas ficaram muito felizes com cartões de crédito. Mas, agora, elas não são tão felizes. Há pessoas, ainda uma minoria, que estão ativamente à procura de uma alternativa ao dinheiro e cartões de crédito. E essas pessoas agora têm uma necessidade que ainda não está integralmente cumprida. Isso signi-fica que a recetividade do mercado para um produto de pagamento mó-vel mudou.

Em segundo lugar, vamos ver como a Paypal, se tornou um sucesso tão

grande neste mercado. Quando as pessoas começaram as transações on-line eram na sua totalidade efe-tuadas com cartões de crédito. Mas alguns clientes não tinham a capaci-dade de usar cartões de crédito. Es-sas pessoas tinham uma necessidade mas não tinham forma de efetuar as suas compras, e a Paypal saltou para esse mercado que estava disponível para quem tivesse a solução de paga-mento.

Rapidamente a Paypal “amarrou-se” aos vendedores on-line, pedindo--lhes para apoiar o seu produto. Ao incentivar os distribuidores on-line que poderiam expandir as suas ven-das com adoção do Paypal, a Paypal reuniu mais e mais sites. A aquisição pelo eBay em 2002 foi uma benção, com esta aquisição a Paypal foi legi-timada e credibilizada na mente dos consumidores e dos pequenos distri-buidores on-line.

Depois de ocupar um mercado pouco explorado, a Paypal expandiu--se como um concorrente real dos cartões de crédito, adicionando

Porque é que o Apple Pay provavelmente terá sucesso? (Lições da Paypal)

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AdAm HArtungManaging Partner,Spark Partnerswww.adamhartung.com

NEWSLETTERS TEMÁTICASSUBSCRIÇÃO GRATUITA http://mailings.vidaeconomica.pt

Conheça ainda outras fontes de informação mais alargada do grupo Vida Económica.Aceda ao site www.vidaeconomica.pt, e entre em Subscrever Newsletter

3• O desafio das “smart cities”

• Fundamentos do TRIZ– VI

• Novos problemas sociais exigem respostas inovadoras

5

• Demografia das redes sociais

6

• O Futuro das formas de pagamento

• Inovação – Flexibilidade

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pessoas que simplesmente pre-feriam outra opção. Por cada 6 usd gastos on-line a Paypal contabiliza 1 usd, é uma estatística dramática. Há 153 milhões de carteiras digitais da Paypal, e a Paypal processa cerca de 203 biliões de usd de pagamentos por ano. A Paypal suporta 26 moedas, está em 203 mercados, tem 15 mil parcei-ros de instituições financeiras – tudo isto representou um crescimento no ano passado de 19%. Uma história de sucesso verdadeiramente notável.

Aqui é onde a Apple criou uma van-tagem. Alguns clientes finais não gos-tam dos retail beacons (a tecnologia que tem pequenos, por vezes muito pequenos dispositivos) colocados nas lojas, restaurantes de fast food, estádios ou outro ambientes que enviam sinais para “falar” com smar-

tphones que estão nas proximidades. Estes pequenos dispositivos, com os quais a maioria dos consumidores não se preocupa, assim como eles realmente não se preocupam com os sistemas colocados nas prateleiras ou nas etiquetas de preço da loja.

Lançado com iOS 7, o iBeacon da Apple tornou-se o líder nesta tecno-logia "reconhecer e empurrar". Desde que a Apple instalou “Beacons” nas suas lojas em dezembro de 2013 de-zenas de milhares de iBeacons foram instalados em lojas e outros locais. A Macy instalou 4000 em 2014 e cada vez mais iBeacons estão a ser utliza-dos pelos distribuidores em conjun-to com os fabricantes de bens de consumo para identificar quem está a comprar, e ajudá-los com informa-ções sobre produtos, cupões e outros incentivos.

Assim, ao longo do último ano a Apple tem com sucesso conquistado os distribuidores, que são a infraes-trutura para os pagamentos móveis. Agora, como a questão do pagamen-to está latente no mercado devido às questões de segurança, é natural que os distribuidores se voltem para a empresa com a qual estão trabalhan-do os seus produtos.

A Apple possui um benefício adi-cional, porque tem de longe a maior base instalada de smartphones, e os seus produtos são muito consis-tentes. Mesmo sendo o Android um grande mercado e que supera o iOS,

a plataforma não é consistente por-que o Android na Samsung não é como Android on Fire, da Amazon, por exemplo. Assim, quando um dis-tribuidor se vira para a alternativa aos cartões de crédito, a Apple pode ofe-recer o maior número de utilizadores. Se acrescentarmos isso com a relação iBeacon interno, a Apple está muito bem posicionada para ser a primei-ra empresa junto dos distribuidores e restaurantes à qual irão recorrer para obter uma solução – como já vi-mos com a aceitação da Apple pelos grandes distribuidores como a Macy, Bloomingdales, Duane Reade, McDo-nald, Staples, Walgreens, Whole Foo-ds e outros.

Isso não garante que o Apple Pay terá o sucesso maior do que o Paypal. O mercado é incipiente. Como os consumidores responderão à utiliza-ção do cartão de crédito e à forma

que farão os pagamentos móveis a longo prazo é impossível de avaliar. Como os concorrentes reagirão é descontroladamente imprevisível.

Mas a Apple está muito bem posi-cionada para ganhar terreno com o Apple Pay. Ele está a ser introduzido na altura certa, as pessoas estão a sentir que as suas necessidades não estão a ser atendidas. A infraestrutura está a ser preparada para suportar o produto, e há uma grande base insta-lada de utilizadores que gostam dos produtos móveis da Apple. As peças estão no lugar para a Apple poder ser disruptiva e, possivelmente, criar ou-tro muito, muito grande mercado. E a liderança da Apple tem uma história de gerir com sucesso o lançamento de produtos disruptivos, como vimos na música (iPod), telefones celulares (iPhone) e ferramentas de tecnologia pessoais (iPad).

como os consumidores responderão à utilização do cartão de crédito e à forma que farão os pagamentos móveis a longo prazo é impossível de avaliar

Autor: Deolinda Aparício Meira e Maria Elisabete Ramos Páginas: 176 P.V.P.: €15

A obra apresenta uma reflexão em torno da reforma da governação cooperativa e regime económico. As autoras apresentam por um lado, soluções colhidas em experiências legislativas estrangeiras e, por outro, disposições jurídico-societárias formulando propostas que potenciam a melhoria do ambiente legal.

Estado da arte e linhas de reforma

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Está aí o desafio das “smart cities”. Mobilizando competências estra-tégicas associadas a áreas críticas como a mobilidade, tecnologias e informação, energia e habitat, as “smart cities” são a resposta certa no tempo adequado – dinamizar uma rede de cidades inteligentes, onde a base competitiva seja a platafor-ma central para uma qualidade de vida mais integrada e participada por empresas e cidadãos. Na linha das opções europeias, o nosso país dá uma resposta ao futuro e mostra que, apesar da crise, ainda é possível crescer. Crescer com valor e numa base de redes globais centradas na inovação.

Numa Europa das cidades e regi-ões, onde a aposta na inovação e conhecimento se configura como a grande plataforma de aumento da competitividade à escala global, os números sobre a coesão territorial e social traduzem uma evolução com-pletamente distinta do paradigma desejado. A excessiva concentração de ativos empresariais e de talen-tos nas grandes metrópoles, como

é o caso da Grande Lisboa, uma aterradora desertificação das zo-nas mais interiores, na maioria dos casos divergentes nos indicadores acumulados de capital social básico, suscitam muitas questões quanto à verdadeira dimensão estruturante de muitas das apostas feitas em ma-téria de investimentos destinados a corrigir esta “dualidade” de desen-volvimento do país ao longo dos últimos anos.

Apesar da relativa reduzida dimen-são do país, não restam dúvidas de que a aposta numa política integra-da e sistemática de cidades médias, tendo por base o paradigma da inovação e do conhecimento, com conciliação operativa entre a fixação de estruturas empresariais criado-ras de riqueza e talentos humanos indutores de criatividade, é o único caminho possível para controlar este fenómeno da Metropolização da capital que parece não ter fim. O papel das Universidades e Institu-tos Politécnicos que nos últimos 20 anos foram responsáveis pela ani-mação de uma importante parte das cidades do interior, com o aumento da população permanente e a apos-ta em novos fatores de afirmação local, está esgotado e tem que ser reinventado.

Desta forma, o compromisso entre aposta, através da ciência,

inovação e tecnologia, em compe-titividade estruturante na criação de valor empresarial, e atenção especial à coesão social, do ponto de vista de equidade e justiça, é o grande desafio a não perder. A inte-ligência competitiva tem nesta ma-téria um papel muito especial a de-sempenhar e numa época onde se

assiste à crescente metropolização do país em torno do Porto e Lisboa, a aposta em novos projetos estra-tégicos como as “smart cities” vem na hora certa. Permite mostrar que o triângulo estratégico (autarquias, universidades e empresas) está a construir verdadeiras soluções es-tratégicas de futuro.

O desafio das “smart cities”OpINIãO

Caros Leitores,Esperamos que o novo grafismo da nossa news-

letter seja do V/ agrado, tentamos com esta pela mudança tornar ainda mais apelativa visualmen-te.

Este mês tem um destaque especial com o arti-go de capa e com os artigos na rubrica dedicada às redes sociais, à temática das atuais e futuras formas de pagamento de compras sejam elas através de sites dedicados ao e-commerce, ou aos pagamentos imediatos nas lojas. Este tema certamente deverá fazer correr ainda muita tinta, pois irão surgir novos desafios como por exemplo a proteção de dados dos utilizadores e a cada vez

maior exposição dos mesmos no espaço web, à disposição de algumas organizações governa-mentais, ou mesmo das próprias redes sociais, que certamente farão uso desses dados, a forma e como é que não sabemos.

Mas de algumas formas já podemos antever o resultado da devassa da nossa vida privada, mas aqui também os utilizadores têm a sua quota de culpa, pois ao permitirmos de uma forma (em alguns casos quase que irresponsável) aberta a nossa informação mais privada, estamos sim a revelar como consumimos e também por onde andamos.

As questões éticas terão de estar cada vez mais presentes e farão parte crescente da nossa forma de estar e conviver com as redes sociais, que cada

vez mais estão enraizadas no nosso dia-a-dia. É importante que tenhamos sempre em aten-

ção como deixamos exposta a nossa informação mais privada, e aqui não deixaremos de estar atentos e ao mesmo tempo fornecer sempre que possível informação que permite aos nossos lei-tores acompanhar este tema e também aprender a resguardar a informação mais privada. Claro que isto dependerá da vontade de cada um.

As inovações na forma como comunicamos e partilhamos informação são um bom sinal dos tempos, pois com algumas plataformas (como por exemplo o WhatsApp) permite-nos enviar voz e texto de uma forma gratuita e fácil, mas al-gumas reservas não fazem mal nenhum.

Boa leitura

franciscojaime quesadopresidente da espap – entidade de Serviços Partilhados da administração pública

“..não restam dúvida de que a aposta numa politica integrada e sistemática de cidades médias, tendo por base o paradigma da inovação e do conhecimento”.

Editorial

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As soluções técnicas e organiza-cionais são baseadas na combina-ção de efeitos (físicos, químicos, geométricos e outros). Porém, nem sempre é fácil prever efeitos que as soluções adotadas terão na prática. Esta necessidade de previsão de efeitos poderá ser satisfeita através de utilização das bases de dados de efeitos.

As bases de dados de causa-efei-tos constituem uma ferramenta da Teoria da Resolução Criativa de Problemas, mais conhecida pelo seu acrónimo TRIZ. TRIZ inclui algumas bases de dados de efeitos científicos estruturadas de acordo com as res-petivas funções e não pelos ramos de indústrias ou ciências. Esta ferra-menta do TRIZ contém a experiên-cia e o conhecimento acumulados sobre como resolver problemas.

De acordo com o TRIZ, os efeitos

científicos são uma das técnicas que podem ser aplicadas na reso-lução de contradições, através de transformação de ações ou campos em outros com a aplicação de fe-nómenos biológicos, geométricos, físicos, químicos ou outros. Atual-mente, existem mais de 8000 efeitos e fenómenos diferentes conhecidos. Existem tabelas e descrições de fe-nómenos científicos que podem auxiliar o processo de previsão dos efeitos de uma ação ou função que deve ser realizada de acordo com o problema identificado.

Além disso, foram desenvolvidas algumas aplicações informáticas com bases de dados de fenómenos científicos e tecnológicos. Alguns softwares possibilitam acesso a mais de 4500 efeitos científicos e tecno-lógicos, teoremas, leis e fenómenos. Estes programas permitem uma se-leção mais eficaz de soluções, com base em funcionalidades requeri-das. É um recurso que tem sido de-senvolvido para encontrar soluções para uma grande variedade de pro-blemas.

O utilizador seleciona a função

que deseja executar ou o parâmetro que deseja alterar e a base de dados fornece uma lista de efeitos que a ação pode provocar.

A utilização de efeitos e fenóme-nos científicos ajuda a desenvolver soluções ao mais alto nível de inova-ção. Os efeitos científicos podem ser utilizados na resolução de proble-mas fora do campo onde o proble-ma original foi encontrado.

A consulta das bases de dados de efeitos não só podem ajudar a dissi-par o medo de usar novas técnicas e soluções, como também a evitar a repetição de soluções erradas, filtrando soluções inapropriadas

ou potencialmente perigosas e oferecendo um número elevado de ideias e sugestões para possíveis soluções. A resolução de problemas complexos também pode ser facili-tada através da combinação de vá-rios efeitos.

Considera-se que as causas e os efeitos podem ser estáticos ou di-nâmicos. Os efeitos podem ser re-cíprocos ou não recíprocos. Alguns efeitos podem ser vistos como re-sultado de vários subsistemas que agem em conjunto. Podem ser dis-tinguidos os efeitos com contato ou sem contato. Há efeitos internos e externos.

Fundamentos do trIZpaRTe VI - aplIcaçãO De Bases De DaDOs De causa eFeITO Na ResOluçãO De pROBlemas

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Helena V. G. naVasProfessora da Universidade Nova de Lisboa, Investigadora do UNIDEMI, Especialista em Inovação Sistemática e TRIZ

Autor: Eduardo Sá Silva e Carlos Quelhas Martins Páginas: 224 P.V.P.: €16

Os autores apresentam neste livro uma matéria de elevada complexidade que muito irá ajudar os profissionais da contabilidade. A obra apresenta de forma simples temas exigentes de modo que matérias de difícil compreensão e resolução são convertidas em soluções entendíveis, de fácil percepção.

Classe 4 - InvestImentosabordagem contabilística, fiscal

e auditoria

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OpINIãO

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novos problemas sociais exigem respostas inovadorasJulIo FAceIrA guedeSdocente da universidade Portucalenseadministrador da XZ consultores sa

“... a inovação não se deve focalizar só e apenas nos novos serviços, e nas novas formas de relacionamento, para combatero isolamento dos idosos…”

OpINIãO

Em 2060 Portugal poderá ter apenas 8 milhões de habitantes e cada ativo conviverá com dois idosos, ou seja, o dobro do valor atual. Hoje temos mais de 2.000.000 de portugueses a viverem abaixo do limiar da pobreza e mais de 400.000 desempregados sem qualquer proteção no desemprego.O abismo entre ricos e pobres aumentará e a erosão da classe média agravar-se-á.As doenças crónicas poderão afetar mais de 70% dos portugueses em 2030.

A resposta a estes recentes, e emer-gentes, problemas sociais, num con-texto de profunda insuficiência dos recursos disponibilizados pela socie-dade, por exemplo através da inter-venção da Segurança Social, exige, das entidades oficiais e da sociedade civil, respostas únicas, criativas e ino-vadoras, que questionem os relacio-namentos, as abordagens atuais e os instrumentos de gestão há muito utilizados, alguns dos quais durante os últimos anos, responderam eficaz-mente às necessidades sociais.

A inovação social, entendida como uma resposta nova, e socialmente reconhecida, que vise e induza mu-dança social, com o propósito de satisfazer as necessidades humanas não satisfeitas pelas vias e instru-mentos tradicionais, promover a inclusão social e capacitar os atores envolvidos, constitui um vetor fun-damental para a sustentabilidade de uma sociedade que se quer mais justa, mais ética, mais socialmente responsável, mais amiga do ambien-te, mais inclusiva, mais tolerante com a diferença, mais filantrópica e mais voluntária.

Tal como Durão Barroso, na qua-

lidade de Presidente da Comissão Europeia, refere, “A crise económica e financeira torna a criatividade e a inovação, em geral, e a inovação social, em particular, ainda mais importantes para criar crescimento sustentável, empregos seguros e au-mentar a competitividade.”

Mas a inovação não se deve focali-zar só e apenas nos novos serviços, e nas novas formas de relacionamen-to, para combater o isolamento dos idosos, para facilitar a transição da vida ativa para a situação de refor-ma, para capacitar os sem-abrigo, para dar uma nova resposta aos doentes crónicos, para responder às necessidades dos ex-presidiários, para reduzir as emissões gasosas, para facilitar a reintegração dos de-sempregados no mercado de tra-balho, para melhorar o processo de aprendizagem dos jovens, para me-lhorar a autoestima e autoconfiança das mulheres vitimas de violência doméstica, ….

A inovação dos modelos organiza-cionais, dos instrumentos de gestão, das relações com os parceiros, das politicas e estratégias, na utilização das novas tecnologias, na partilha

de recursos, na captação de novas fontes de receitas, no relacionamen-to com os filantropos, …., deve tam-bém ser equacionada e explorada por todas as organizações.

A inovação social é a única res-posta a um contexto de crescente instabilidade, de profundas desi-gualdades, de novos desafios co-locados pelo surgimento de novos vírus, de dramáticas alterações cli-matéricas, de uma inegável cliva-gem entre os mais ricos e os mais pobres, e de uma crónica, mas crescente, insuficiência de recur-sos, por exemplo financeiros, de alimentos, de água.

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A demografia de quem está nas redes sociais e o que está a mudar – as redes sociais mais antigas estão a atingir a maturi-dade, enquanto os mais recen-tes aplicativos de mensagens so-ciais estão a ganhar utilizadores mais jovens e mais rapidamente. O novo relatório da BI Intelligence,

que agrega dados de mais de uma dúzia de fontes para que possa entender como a demografia das redes sociais está a mudar constan-temente.

O Facebook ainda permane-ce com um domínio feminino. As mulheres nos EUA são mais propensos a usar o Facebook do

que os homens com cerca de 10 pontos percentuais de diferença, de acordo com uma pesquisa de “adoção” de redes sociais efetua-da em 2013.

O Facebook continua a ser a rede social para os adolescentes norte--americanos. Quase metade dos adolescentes utilizadores desta

rede social, dizem que estão a uti-lizar o site mais do que no ano pas-sado, e o Facebook continua a ter diariamente mais utilizadores ado-lescentes do que qualquer outra rede social.

Fique a conhecer melhor a demografia das redes sociais DIFeReNças De géNeRO, IDaDe e ReNDImeNTO Das pRINcIpaIs ReDes sOcIaIs

O Futuro das formas de pagamento: 2014 [slide deck]Uma onda de inovação está a impulsionar uma mudança dramática na forma como fazemos pagamentos.

Nesta apresentação, destacam-se as tendências mais importantes que alimentam essas mudanças: o surgimento de aplicativos de pagamento, registos móveis, e-commerce, e o declínio de dinheiro e cheques. Mui-tos dos slides são baseados em gráficos exclusivos da BI Intelligence.

Aceda ao relatório

Aceda à apresentação

ReDes sOcIaIs

INOVaçãO

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newsletter n.º 55 | outubro | 2014

As baixas aptidões e competên-cias digitais dos alunos e a neces-sidade de integrar na formação

dos professores a utilização eficaz das tecnologias da informação e da comunicação figuram entre

os desafios mais prementes com que se confronta hoje o ensino escolar na Europa, segundo um relatório publicado pela Comis-são Europeia e o New Media Con-sortium, uma organização sem fins lucrativos sediada nos EUA que reúne especialista no domí-nio da tecnologia educativa. O primeiro Horizon Report Europe: 2014 Schools edition apresenta as tendências e a evolução tecno-lógica suscetíveis de ter impacto na educação nos próximos cinco anos. Classifica os desafios que se colocam às escolas europeias em três categorias: «solucionáveis», «difíceis» e «muito complexos».

outubro

28 Iot360: the gateway

to Innovation Roma, Itália

novembro

5management,

leadership and Innovation towards a

better changing World Bucareste, Romenia

11blue light Innovation

Summit 2014 londresReino Unido

17the 11th International

conference on Innovation and

management IcIm 2014Vaasa, Finlandia

17IcerI2014 (7th

International conference of

education, research and Innovation)

Sevilha, Espanha

19Ft Innovate 2014

Londres, Reino Unido

nota: Se pretender divulgarum evento relacionado

com Inovação e empreendedorismo

O Concurso irá atribuir dois pri-meiros prémios no valor de 5.000,00 € cada – uma para proje-tos nascentes, outro para projetos consolidados.Os participantes beneficiam ainda de momentos de formação, co-aching e networking com poten-ciais investidores, profissionais e empresários de diversos setores de atividade, outros empreende-dores e especialistas de reconhe-

cido mérito nas áreas de gestão, capital de risco, finanças, tecnolo-gias, propriedade intelectual, ma-rketing, liderança e incubação de empresas.Os projetos beneficiarão de gran-de visibilidade, sendo os prémios atribuídos no decurso das cele-brações da Bolsa do Empreen-dedorismo da Representação da Comissão Europeia em Portugal a realizar no início de 2015.

A edição do Concurso de 2013 premiou os projectos “Bioflavors” e “SER – Saúde em Rede”. As candidaturas estão abertas até 15 de Outubro de 2014.

Horizon report insta as escolas a dar resposta ao «complexo» desafio das competências digitais

elevator Pitch - IdeiasQuemarcam

O projeto Think Ahead (da AMS Goma-Camps em parceria com a AICEP) re-cebeu no passado dia 2 de Outubro, em Nápoles, na Itália, o prémio do proje-to vencedor da categoria «Apoio ao desenvolvimen-to dos mercados ecológicos e à efi-ciência de recursos» dos Prémios Europeus de Promoção Empresarial de 2014 que vão já na sua 9.ª edi-ção.

Este ano participaram 31 países (28 Estados-Membros da UE + Islândia, Sérvia e Turquia), o que se revela um recorde desde 2006, ano da primeira edição destes prémios. O júri pré-se-

lecionou 22 das centenas de projetos recebidos para as seis categorias e os ven-cedores foram anunciados ontem à noite, em Nápoles, Itália, durante a Assembleia das PME a decorrer no âm-bito da Semana Europeia

das PME, para a qual foram convi-dados todos os nomeados para esta edição dos prémios.

Prémios europeus de Promoção empresarial 2014

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Inovação – flexibilidadeUma organização flexível significa

uma organização apta a responder aos desafios presentes e futuros sem quebrar o que já foi atingido, bem como significa perseverança na procura de atingir os objeti-vos, capacidade de se adaptar ao contexto e necessidades do mer-cado, testar os limites, combater o desconforto através duma forte e permanente proactividade, ajustar comportamentos e métodos às ne-cessidades, a par de ser uma forte e importante alavanca inspiradora de inovação. Por contrapartida, a falta de flexibilidade impede o cres-cimento e alcance de outras metas.

A flexibilidade na produção per-mitirá uma maior e melhor adapta-ção ao mercado e toda a sua envol-vente, lidar com os diferentes ciclos de procura e aquisição de novas

competências. Nesta linha de pen-samento, a inovação deve ser vista e entendida como um fim que acres-centa valor ao cliente em particular, e mercado em geral. Para que tal aconteça, é indispensável que a or-ganização esteja devidamente pre-parada e estruturada, de modo a ser capaz de oferecer aos clientes algo

diferente, o que poderá ser conse-guido através da partilha de opinião e experiências e aproveitamento de oportunidades, gerando vantagens para ambos atores.

Deve-se procurar que o mercado esteja consistentemente ao cor-rente das novas soluções que lhe são propostas, o que se conseguirá

através do contributo da inovação de modo a ajudar os clientes a ob-terem argumentos fortes e sólidos que lhes permitam a conquista de novos clientes e mercados, elimina-do, deste modo, alguns paradigmas existentes.

A globalização da economia e consequente desregulamentação conduz a um necessário reposicio-namento, quer através da procura de novos mercados quer através do lançamento de novos produtos. Contudo, novas ideias são precisas, não cometendo o erro de ficar agar-rado ao “porque sempre foi assim” ou “connosco essa ideia/projeto não vai funcionar porque já somos dife-rentes”, ou seja, o desejo de apren-der e evoluir não pode ficar parado.

luís arcHer – [email protected]

Ficha técnica:coordenador: Jorge Oliveira teixeiracolaboraram neste número: adam hartung, Álvaro Gomez Vieites, carlos Barros, Dustin Mattison, Jaime Quesado, Júlio Faceira Guedes e Luís archer aconselhamento técnico: Praven Gupta, iit, center for innovation ScienceTradução: Sofia Guedes Paginação: Vida Económicacontacto: [email protected]

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