Euterpe oleracea Mart.O aa um fruto consumido h muito tempo
pelos indgenas e moradores da regio amaznica, devido as suas
qualidades nutritivas. tambm largamente utilizado para a produo de
um refresco (vinho de aa). Nas regies sul e sudeste vem sendo
popularizado e consumido como complemento alimentar, principalmente
pelas pessoas que buscam vigor fsico.O aaizeiro, Euterpe oleracea
Mart., palmeira tropical, perene, nativa da Amaznia oriental,
predominante ao longo dos igaraps, terrenos de baixada e reas com
umidade permanente. Possuindo farto perfilhamento desde 2 a 3 anos
de idade possibilita, teoricamente, uma explorao sustentada de suas
populaes nativas para palmito. A explorao do palmito aaizeiro no
esturio amaznico teve incio a partir dos anos 60 devido escassez de
palmito na Regio Sudeste do Pas, gerada pela extrao indiscriminada
e predatria. Atualmente esta espcie responsvel por cerca de 90% da
produo nacional. Possui palmito do tipo doce, mas de consistncia e
textura mais rgida do que o das espcies E. edulis, E. precatoria e
E. espiritosantensis.Manejo dos Aaizais Nativos: A melhor forma de
explorao de palmito de aaizais nativos o sistema de manejo
sustentado, que exige ateno aos seguintes itens:
Inventrio: estimar o nmero de aaizeiros por rea nas diferentes
classes de desenvolvimento, definindo estoque imediato para corte,
nmero de palmeiras para reposio das plantas cortadas, nmero e tipo
de intervenes necessrias para aumentar ou regular o estoque.
Colheita seletiva: partindo de uma rea no explorada, realizar a
extrao do palmito dos estipes (troncos) grandes (com dimetro altura
do peito superior a 10cm), para estimular o perfilhamento e
fornecer melhores condies de insolao e menor competitividade com os
perfilhos intermedirios. A prtica de deixar um estipe grande por
touceira aumenta a regenerao natural via sementes, permitindo ainda
a colheita de frutos juntamente com a produo de palmito na mesma
touceira. Deixar 50 ou mais plantas com um estipe adulto (em pleno
florescimento e frutificao) por hectare para assegurar a preservao
da espcie.
Intervalo de corte: estimado em 4 anos, na mesma rea. No manejo
sustentado, a produo, a curto prazo e por rea, menor do que no
sistema predatrio. Porm, garante, a longo prazo, a produo contnua
das fbricas beneficiadoras de palmito e a qualidade do produto
(apenas em relao a dimetro e textura).
Recuperao de aaizais degradados: dois procedimentos so
indicados: 1. raleamento da touceira deixando 2 a 3 perfilhos mais
desenvolvidos por planta. Deixar a rea em descanso (sem cortes) por
4 anos procedendo-se aps, colheita seletiva.
2. para aaizais muito degradados fazer ainda semeaduras
sucessivas, a cada dois anos, utilizando-se sementes de outras
localidades. Plantio por mudas pode ser usado em reas com m
distribuio de plantas. Usar adubos orgnicos e minerais mediante
anlise de solo. Seguir os procedimentos indicados para o
cultivo.
Cultivo do Aaizeiro
Cultivares: a prpria espcie botnica (com variaes morfolgicas e
de desenvolvimento marcantes dependendo do local de coleta) ou
hbridos entre essa espcie e o palmiteiro (Euterpe edulis). Esses
hbridos so plantas rsticas, que perfilham, precoces e com boa
qualidade de palmito.
Clima e solo: clima tropical mido (temperatura mdia anual acima
de 22C e precipitao acima de 1.600mm por ano). No tolera geadas,
especialmente quando jovem (at 60cm de altura). No exigente em
solos, crescendo mesmo em solos pobres e cidos. No entanto,
desenvolve-se mais rapidamente em solos com maior fertilidade. A
produo de palmito em reas de baixa fertilidade deve-se basear na
reposio de nutrientes atravs de adubaes anuais parceladas.
Propagao: por sementes colhidas de palmeiras selecionadas
(dimetro, nmero de folhas e sanidade), que devem estar em conjunto
com outras da mesma espcie e no mesmo estdio de desenvolvimento,
para evitar a autofecundao forada. Marc-las de modo permanente,
porm sem afet-las, para fcil reconhecimento.
Colheita de sementes: colher frutos pretos e opacos, quase
cerosos, na estao seca (agosto a dezembro), em sua regio de origem.
Colher somente os frutos que esto no cacho, que possui de duas a
cinco mil sementes. Colocar um plstico ou encerado embaixo da
palmeira e derrubar os cachos maduros sobre ele, recolhendo apenas
os frutos que carem sobre o encerado.
Armazenamento das sementes: as sementes do aaizeiro perdem
rapidamente o poder germinativo, porm, possvel armazen-las por at
cinco meses, desde que acondicionadas em sacos plsticos bem
fechados e mantidos sob refrigerao (temperatura entre 5 a 10C).
Germinao: leva de 3 a 11 meses para se completar. Despolpar os
frutos para acelerar o processo germinativo e permitir a obteno de
lotes homogneos de mudas (germinao em 2 a 5 meses). Para isso,
acondicionar os frutos recm-colhidos em sacos plsticos e umedecer.
Fechar o saco, mantendo-o sombra e temperatura ambiente. Depois de
3 ou 4 dias, atritar os frutos sobre as malhas de peneiras grossas
(de caf ou de feijo), em gua corrente, para separao da polpa, ou
imergir totalmente os frutos em gua, trocando-a diariamente, para
no fermentar. Aps trs a quatro dias, despolpar.
Semeadura direta: mais econmico do que o de plantio de mudas.
Para evitar ataque de insetos, roedores e outros animais, enterrar
as sementes entre 3 a 4cm. Semear de 2 a 3 sementes por cova, com o
auxlio de um chuo, e cobrir com terra. No desbastar as mudas.
Efetuar semeaduras na mesma rea a cada dois anos para manter um
povoamento de plantas em diferentes idades ou estdios. Semear de
agosto at dezembro.
Transplante de mudas: a utilizao de plntulas com raiz nua de 15
a 20cm, retiradas de aaizeiros nativos, deve ser recomendada apenas
para plantio em rea adjacente.
Formao de mudas de viveiro: ganham-se 2 a 3 anos em
desenvolvimento, no campo, comparado com a semeadura direta.
Colocar uma semente despolpada por saco plstico de polietileno
preto (20 a 25cm de altura x 20cm de boca x 8 a 12mm de espessura e
com 6 a 8 frutos) cheio com 2 a 3,5kg de terra de boa qualidade,
rica em matria orgnica, retirada da superfcie da prpria mata. Na
falta, utilizar mistura de 3 partes de solo e 1 de matria orgnica
bem curtida (vide adubao do substrato). Irrigar diariamente. O
sombreamento do viveiro deve ser semelhante quele que a muda
receber quando estiver no local definitivo. Plantar as mudas no
campo, com 20 a 30cm de altura e com 3 a 4 folhas vivas (entre o
dcimo e o dcimo quarto ms aps a semeadura).
Adubao do substrato: usar solo de boa qualidade, acrescido de
uma fonte de matria orgnica curtida (esterco de curral, ou composto
de lixo, ou composto de usina de beneficiamento de algodo, ou palha
de caf) na proporo de 3:1, em volume. Acrescentar calcrio para
elevar a saturao por bases a 60%, e mais 500g de P2O5 e 100g de K2O
por m3 do substrato (terra + esterco).
Preparo da rea para semeadura ou plantio: sob mata nativa, fazer
antes uma roada da vegetao mais baixa, poupando-se as essncias
nativas de valor econmico; em reas sem cobertura vegetal fazer
antes um sombreamento temporrio com guandu, tefrsia ou leucena. Em
consrcio com seringueiras ou outras plantas perenes, seguir o mesmo
preparo de solo da cultura principal.
Plantio de mudas: Deve ser feito no perodo das guas, com cuidado
para no danificar a palmeira. Cortar o saco plstico na altura de
2cm da base, podando as razes e, em seguida, cortar e retirar o
saco e colocar a muda na cova com o torro inteiro, preenchendo os
espaos vazios com terra de superfcie, comprimento para manter a
muda firme.
Densidade de plantio ou semeadura: para o cultivo solteiro: 2,5
x1,5m. Em reas de mata nativa, efetuar a semeadura direta (trs
sementes novas por cova) a cada um ou dois passos, cada linha
separada das outras por dois ou trs passos. Repetir a operao a cada
dois anos, sempre com o cuidado de no pisar as plntulas de
aaizeiros, nativas ou no, j existentes. No cultivo consorciado,
plantar duas a trs linhas de aaizeiros na faixa central da
entrelinha do cultivo principal, com o espaamento entre as plantas
de 2,5 ou 1,5m. comum o consrcio com seringueiras (Hevea
brasiliensis).
Tratos culturais: roadas peridicas para apressar o
desenvolvimento, poupando as essncias nativas de valor. No capinar,
devido ao sistema radicular superficial.
Manejo de perfilhos: para aumentar o desenvolvimento da touceira
e permitir corte de palmito a curto prazo, manejar os perfilhos
deixando 3 a 4 bem distribudos por touceira, e um perfilho novo por
ano, a partir do terceiro ano de plantio. Assim, possvel iniciar o
corte para palmito entre o quarto e o quinto ano.
Colheita do palmito: colher somente em palmeiras que apresentem
DAP (dimetro altura do peito) acima de 10cm, poupando um estipe por
planta para a produo de sementes, quando a densidade for baixa.
Evitar queda brusca do palmito, pois isso causa escurecimento
interno e rpida decomposio. Fazer o corte alto (50 a 80cm) para
reciclar os nutrientes para os perfilhos na touceira.
Intervalo ou ciclo de corte: em torno de 2 a 4 anos, na mesma
touceira, para palmito de primeira qualidade.
Adubao: Normalmente as reas de distribuio natural do aaizeiro so
ricas em nutrientes, no devido s condies de solo, mas sim rpida
decomposio da matria orgnica (litter) em sua superfcie. Em reas
muito degradadas (mata e aaizal) fazer adubao para recuperao aps
anlise do solo.
Doenas e pragas: A principal doena do aaizeiro a antracnose. Ela
s limitante em condies de viveiro e em regies frias e midas. Em
condies de campo, no h nenhuma doena sria que merea controle. J com
relao a insetos, temos os de viveiro (gafanhotos, cigarrinhas,
cochonilhas, pulges e caros) e os de campo (especialmente o
coleptero Rhyncophorus), que em culturas e exploraes bem manejadas,
no chegam a ser problema.
Durao e ps-colheita do palmito: Aps colhido, dura no mximo 5 a 7
dias, quando mantido com 4 capas (bainhas externas). Escurece e
apodroce devido ao de fungos, comuns em matria em decomposio. O
tombo e o corte acidental de partes do palmito aceleram a
decomposio.
Tcnicas de irrigao possibilitam a produo de aa na
entressafraPublicado em 23/07/2014O Par est entrando no perodo de
safra do aa (euterpe oleracea), que inicia em julho e se estende at
dezembro. Mas na entressafra de janeiro a junho que o retorno
financeiro ao produtor rural maior, especialmente para aqueles que
j utilizam a irrigao nos plantios de terra firme. A Embrapa Amaznia
Oriental vem desenvolvendo pesquisas com o melhoramento gentico e
prticas de irrigao e adubao de aaizeiro de terra firme para produo
na entressafra. Os primeiros resultados so apresentados a tcnicos
extensionistas em rea de produtor no municpio de Igarap-Au,
nordeste do Par.O pesquisador Joo Tom de Farias Neto explica que
aumentar e padronizar produo de aa no Par so desafios que a
pesquisa agropecuria vem enfrentando h muitos anos. A Embrapa j
lanou o Manejo de Aaizais Nativos e a cultivar de aa de terra firme
BRS Par, importantes passos na pesquisa da cadeira produtiva dessa
palmeira. Mas a produo na entressafra que hoje representa o maior
desafio da pesquisa.Nos meses de julho a dezembro que o Par produz
de 70% a 80% do seu aa, e a pesquisa ainda no conseguiu diminuir
essa diferena. Mesmo produzindo mais de 600 mil toneladas de frutos
ao ano, essa produo ainda pouca frente demanda regional, nacional e
internacional, afirma o pesquisador. Alm disso, a produo hoje ainda
apresenta alta variabilidade gentica, ou seja, diferenas de colorao
do fruto, diferenas entre rendimento de polpa, tamanho de plantas e
cachos, produtividade, e outros fatores que so obstculos a uma
produo em larga escala e com padro de qualidade.A primeira premissa
para mudar essa realidade, segundo o pesquisador, a impossibilidade
de produzir aa em terra firme sem irrigao, visto que a palmeira
nativa das reas de vrzea, onde passa a maior parte do tempo em
solos inundados pelo movimento das mars. Ele diz que praticamente
todos os produtores de aa de terra firme do Par j utilizam a
irrigao, ainda que de forma emprica e sem medidas exatas para a
melhor produtividade do plantio e rentabilidade da atividade.Prova
disso o produtor rural Alexandre Machado, 39 anos, do municpio de
Castanhal, nordeste paraense. Ele iniciou seu plantio h sete anos e
hoje conta com 10 mil ps de aa em uma rea equivalente a 50
hectares. Ele produz em rea de terra firme e iniciou a irrigao
depois de um ano e meio de plantio. A irrigao aumentou bastante a
produo mesmo na entressafra, mas o custo de irrigar e adubar ainda
alto, esclarece o produtor.No municpio de Igarap-Au, o pesquisador
Joo Tom da Faria Neto mostrou as tcnicas de irrigao por micro
asperso que vm sendo testadas em reas de produtor. O custo de
implantao de um hectare de aa irrigado ainda alto, em torno de 7 a
11 mil reais, mas o salto de produo impressionante, diz o
pesquisador. Ele cita o exemplo de um produtor do municpio de
Tom-Au, que tem uma rea de 30 hectares plantados de aa em terra
firme e iniciou a irrigao no plantio a partir do 2 ano de safra: no
primeiro ano ele colheu cinco toneladas de frutos, ainda sem
irrigao. No segundo ano, com a irrigao do plantio, saltou para 100
toneladas e no 3 ano para 180 toneladas de frutos.Ao definir os
parmetros exatos de irrigao e adubao, a pesquisa define com exatido
a relao entre custo e benefcio da atividade. por isso que preciso
monitorar todas as etapas da produo e a quantidade de gua em
diferentes fases do plantio, desde sua implantao at a primeira
safra e nos anos subsequentes. Com a micro asperso, a pesquisa
chegou a estimar que seria necessrio de 100 a 120 litros de gua por
dia por touceira, mas esse indicador ainda baseado na literatura e
o que estamos fazendo agora testando no campo com as caractersticas
de clima e solo da nossa regio, completa o pesquisador.Em termos
produo, j possvel afirmar que em rea de vrzea a produtividade mdia
de aa est em torno de seis toneladas por hectare ao ano, com o
manejo. E em rea de terra firme com adubao e irrigao, o produtor
consegue fazer de 15 a 17 toneladas de frutos por hectare ao ano.
Joo Tom Neto diz ainda que a pesquisa ainda tem muitos refinamentos
a fazer e a parceria com o produtor fundamental nesse
processo.Intercmbio rene extenso e pesquisaAlm do custo elevado,
outro entrave para a irrigao do aa de terra firme o acesso a
insumos e equipamentos para a atividade, de acordo com o agrnomo
Deusdete Fontes, do escritrio da Emater de Ourilndia do Norte, sul
do Par. Ele diz que no municpio onde atua, acessar insumos, como
adubos, fertilizantes, alm de equipamentos difcil e o custo do
transporte desses materiais deve ser levado em conta na produo.J
para o tcnico agrcola, Csar Augusto, do escritrio de gua Azul do
Norte, os solos da regio so bastante propcios ao cultivo do aa, no
toa que produtores j plantam comercialmente a BRS Par, lanada em
2007 pela Embrapa Amaznia Oriental. O grande entrave mesmo a
irrigao, pois temos um grande perodo de estiagem, e as tcnicas
apresentadas aqui so plenamente aplicveis desde que o produtor
tenha recursos para investir, explica. O trabalho dele levar essa
informao tcnica aos 500 produtores com quem trabalha na regio.Eles
e outros extensionistas do sul do Par e de outras regies, cerca de
30 pessoas, participaram do intercmbio tcnico sobre a cultura do aa
promovido pela Embrapa em Igarap-Au, na ltima sexta-feira (18), sob
a coordenao do ncleo da instituio no nordeste paraense, conhecida
como regio Bragantina.O supervisor do ncleo, Joo Paulo Castanheira
Both, explica que intercmbios com esse reafirmam o importante papel
da Embrapa, atuando diretamente junto ao pblico que vai levar
nossas tecnologias ao produtor rural. A gente tem que fazer com que
as nossas tecnologias possam chegar aos tcnicos e extensionsitas,
serem aprimoradas por eles com toda a experincia que tm no campo,
para depois serem levadas aos produtores, completa o supervisor. O
intercmbio tcnico com a extenso uma atividade permanente do Ncleo
da Bragantina.Melhoramento gentico deve resultar em nova cultivar
de aaDesde 2002, o pesquisador Joo Tom de Farias Neto trabalha com
o melhoramento gentico da cultura do aa para a produo na
entressafra. O trabalho de longo prazo, pois envolve desde
mapeamento de plantas em diferentes regies do Estado at a anlise do
comportamento das plantas por cinco ou mais safras anuais.Para
lanar a cultivar que produzir na entressafra, o pesquisador mapeou
no estado do Par os municpios que apresentavam boa produtividade de
aa o ano inteiro. Desse mapeamento, a pesquisa selecionou 500
plantas nos municpios de Afu, Chaves e Anajs considerando duas
caractersticas importantes: alta produtividade e o tamanho dos
frutos, visto que batedores de aa indicaram durante a pesquisa que
os frutos pequenos so melhores, pois tm mais rendimento de polpa.As
500 plantas foram avaliadas individualmente durante cinco safras,
ou seja, cerca de nove anos, visto que o aa comea a produzir com
3,5 anos e as safras so anuais. Das avaliaes, o pesquisador chegou
a 45 matrizes de plantas, que apresentam alta produtividade o ano
todo e maior rendimento de polpa (tamanho de fruto pequeno).As
matrizes esto sendo cultivadas no campo experimental da Embrapa em
Tom-Au, onde a pesquisa est avaliando o comportamento delas em
terra firme e a quantidade de agua necessria ao longo das safras. L
a irrigao, adubao e o desenvolvimento das plantas so avaliados em
condies totalmente controladas, diz o pesquisador. a partir do
cruzamento das melhores plantas que sair a nova cultivar de aa da
Embrapa Amaznia Oriental. Ser uma cultivar para terra firme que
produz na entressafra, com todas as orientaes de manejo e irrigao,
finaliza Joo Tom Neto.Fonte: Embrapa
Aa-solteiro, aa-do-amazonas (Euterpe precatoria), uma boa opo de
explorao agrcola em Rondnia Na explorao extrativista do aa na
Amaznia, so produzidos algo em torno de 200 mil toneladas de vinho
e 150 mil toneladas de palmito, por ano, sendo quase esse total
oriundo do Par, onde ocorrem grandes concentraes naturais do
aa-de-touceira (Euterpe oleracea). Envie a um amigo Imprimir Receba
o Jornal Dirio Compartilhe O aaizeiro (Euterpe sp.), palmeira tpica
da Amaznia, de cujos frutos se obtm um vinho - como chamado a polpa
do aa diluda em gua - que tradicional na cultura dos povos desta
regio, fazendo parte da dieta bsica de algumas populaes locais,
atualmente se tornou a fruta da moda nas grandes capitais do
sudeste brasileiro (Rio, So Paulo, Belo Horizonte), onde o vinho,
ou suco de aa, vem sendo muito consumido como energtico, pelos
adeptos da vida natural que cultuam a boa forma fsica do corpo.
Esta nova mania de consumo do suco de aa em outras regies
brasileiras, vem em muito boa hora, pois, como o palmito do aa, que
goza de boa reputao at mesmo em nvel internacional e alcana bons
preos no mercado, quase na sua totalidade oriundo do extrativismo,
corria-se o risco, pela explorao irracional e desenfreada, de
dizimao de uma das maiores riquezas naturais do Brasil.
Com essa aamania e a nova legislao vigente, que limita a
explorao extrativista, abrem-se perspectivas de uso mais racional
desse recurso natural, estabelecendo um incentivo a mais para a
atividade de produo agrcola sustentvel na regio, com o cultivo
desta preciosa palmeira, e de outras que produzem palmito de boa
qualidade, como a pupunha por exemplo, que apresenta potencial
muito bom para o incremento desta atividade agroindustrial.Na
explorao extrativista do aa na Amaznia, so produzidos algo em torno
de 200 mil toneladas de vinho e 150 mil toneladas de palmito, por
ano, sendo quase esse total oriundo do Par, onde ocorrem grandes
concentraes naturais do aa-de-touceira (Euterpe oleracea).Neste
contexto, em Rondnia, onde com frutos oriundos do extrativismo j se
produz razovel quantidade de vinho que abastece o mercado local e d
margem a um excedente que exportado para outras regies do pas, o
cultivo do aa surge como interessante opo de produo agrcola,
mormente na Agricultura de base familiar.Em Rondnia, as concentraes
naturais de aa so da espcie Euterpe precatoria, conhecida
popularmente como aa-do-amazonas, aa-da-mata, aa-de-terra-firme e
aa solteiro, pois, ao contrrio da outra espcie de aa-de-touceira de
ocorrncia natural predominante no Par, no perfilha, palmeira de
estipe nica. Esta espcie, que era muito comum nas matas da Amaznia
Ocidental (Amazonas, Acre, Rondnia, Roraima), e que sofreu nas
ltimas dcadas uma forte presso antrpica para explorao do palmito,
vindo a ter ultimamente, com a demanda pelo vinho, uma explorao
mais racional, possui uma caracterstica muito interessante para a
expanso do cultivo racionalizado do aa visando a produo de vinho,
que a frutificao em poca alternada com a espcie de aa-de-touceira,
que produz principalmente no 2 semestre (vero amaznico), enquanto
que a produo do aa-solteiro se d principalmente no 1 semestre, mais
ao incio do ano (inverno amaznico). Ento, no estabelecimento da
cultura do aa, de todo interessante ter as duas espcies, e melhor
ainda, obter tambm o aa hbrido (resultante do cruzamento das duas
espcies mencionadas), que um trabalho de pesquisa que est na ordem
do dia para ser feito com o aa na Amaznia, obtendo uma palmeira que
preservando as boas caractersticas presentes no aa-solteiro,
apresente perfilhamento.No IAC Instituto Agronmico de Campinas em
trabalho desenvolvido pela Dra. Marilene Bvi, se fez o cruzamento
do aa-de-touceira (Euterpe oleracea) com o juara (Euterpe edulis) -
palmeira nativa no sudeste brasileiro, de estipe nico, que produz o
palmito mais bem conceituado no Brasil - para obteno de um hbrido
que mantendo as caractersticas de excepcionais qualidades do juara,
perfilhe, o que seria muito interessante para o manejo otimizado na
cultura do palmito. Este trabalho foi bem sucedido e hoje j se
dispe do hbrido para atender aos interessados em seu cultivo. Neste
trabalho o aa-de-touceira funciona como planta receptora do plen do
juara.Do aaizeiro aproveita-se principalmente os frutos e o palmito
com as finalidades mencionadas, mas, as sementes, os troncos e as
folhas tambm so aproveitados pelas populaes autctones, para produo
de adubo orgnico, em construes rurais, e artesanato,
respectivamente. O aaizeiro tambm palmeira muito ornamental,
prestando-se admiravelmente para compor projetos paisagsticos.No
cultivo do aa-solteiro (Euterpe precatoria) para produo de frutos,
o espaamento deve ser bem mais reduzido do que o recomendado para o
aa-de-touceira (5m x 5m, com 400 plantas/ha, manejando-se o plantio
com 4 estipes por touceira, o que resulta numa densidade de 1600
estipes/ha). Para o aa-solteiro deve ser adotado o espaamento de 3m
x 2m (1666 plantas/ha). Na explorao de palmito, para as duas
espcies os espaamentos devem ser menores que os indicados,
buscando-se um maior adensamento dos plantios (no mnimo 2500
plantas/ha).Na Amaznia, o aaizeiro que inicia produo de frutos aos
4 - 5 anos de idade, aos 6 - 7 anos produz de 4 a 8 cachos em
diferentes estgios de desenvolvimento/estipe/ano, com peso mdio de
2,5 kg/cacho, portanto, em torno de 10 a 20 toneladas de frutos por
hectare/ano.A seguir, so relacionadas algumas caractersticas
especficas do aa e alguns coeficientes tcnicos, que devem ser
levadas em conta na implantao e no beneficiamento da cultura:
composio do fruto: 83% de semente; 17% de polpa e casca.
sementes/kg: de 700 a 1000. perodo de germinao: 30 a 60 dias. o aa
espcie monica, ou seja, apresenta flores masculinas e femininas
distintas em um mesmo cacho, mas, como estas flores se abem em
tempos diferentes, a planta , preferencialmente, algama (de
polinizao cruzada, com inflorescncias de outras plantas). Como no h
autoincompatibilidade, pode ser fecundada com plen de outra
inflorescncia da mesma planta, e, ocasionalmente, com plen da mesma
inflorescncia. perodo da florao frutificao: 5 a 6 meses produo da
planta adulta (aps 6 - 7 anos): em mdia 15 kg/estipe.
produtividade: em mdia 24 toneladas por hectare. no caso do
aa-de-touceira, manejo de perfilhos/touceira: para produo de frutos
= 4 ou 5; para palmito = 8 estipes. rendimento: 20 litros de frutos
(~ 15 kg) produz de 6 a 10 litros de vinho (dependendo da poca de
colheita e da densidade do vinho a ser comercializado). renda para
o produtor: aproximadamente 3 dlares ou 10 reais/lata de 20 litros
de frutos (mais ou menos 15 Kg). Como 1 hectare, em mdia, produz
1000 latas de 20, resulta renda em torno de 10 mil reais/ha. preo
do vinho de consistncia mdia ao consumidor no comrcio varejista de
Porto Velho: 1 dlar ou 3 reais/litro. relao fruto: gua no preparo
do vinho de consistncia mdia de aa: 3 por 1, ou seja, para 3 litros
de frutos, 1 litro de gua, que resulta aproximadamente em 1 litro
de vinho. consumo de vinho de aa em Belm-PA: 180 mil litros/dia.
valor energtico do aa: de 80 a 265 calorias/100 g. a polpa do aa
rica em ferro (11mg/100g), fsforo (58mg/100g), e vit. B1
(0,36mg/100g); mas, quando se toma o vinho estes valores baixam
devido diluio em gua. nveis de protena, lipdios e clcio, da polpa
do aa so aproximados ao leite bovino; todavia a protena do leite de
melhor qualidade.Obs.: Para efeito de facilidade no armazenamento e
transporte, o vinho ou a polpa de aa, pode ser transformado em p,
para ser reconstitudo na hora de consumir, na proporo de 60 g de p
para 1 litro de gua. A Embrapa Amaznia Ocidental (o antigo CPATU),
com sede em Belm-PA, dispe desta tecnologia para atender a quem se
interessar por este tipo de produto, mas o pesquisador responsvel
pelo trabalho avisa que o produto (obtido com a utilizao do
aparelho spray dryer) no mantm fielmente as caractersticas do vinho
de aa in natura, e um outro processo (atravs do freeze dryer) em
que as caractersticas so mantidas, porque o vinho no submetido a
altas temperaturas, ocorrendo a liofilizao baixas temperaturas, o
equipamento muito caro, tornando no momento a tecnologia invivel
para adoo.Literatura consultada :A cultura do aa. Oscar Nogueira
Lameira e outros. Embrapa SPI / CPAF Amaznia Oriental. Coleo
Plantar : 26 . 1995. 50 p.Biodiversidade Amaznica : exemplos e
estratgias de utilizao. Jason W. Clay; Paulo de T. B. Sampaio;
Charles R. Clement. INPA / SEBRAE. Programa de desenvolvimento
empresarial e tecnolgico. Manaus. 1999. p 44 55.Biologia floral e
sistema reprodutivo da espcie Euterpe espiritosantensis Fernandes.
Marilene Bvi e outros.1993.Floral biology and reproductive system
of Euterpe espiritosantensis Fernandes. Marilene Bvi e outros. Acta
Horticulture, Wagningen, 360 (8) : 41 57, 1994.Frutales y
hortalizas promisorios de la Amazona. Hugo Villachica e outros.
1996. p 33-42.Frutas comestveis da Amaznia. Paulo B. Cavalcante. 5
edio. Belm. CNPq : Museu Paraense Emlio Goeldi. 1991. p 25 -
28.Fruteiras da Amaznia. Aparecida das Graas Claret de Souza e
outros. Embrapa / SPI. Manaus. Embrapa CPAA, 1986. p 15 -
18.Fruticultura tropical: o aaizeiro. Batista Benito Gabriel
Calzavara. Apostilla. Belem-PA, 1986. 8 p.Obteno de aa desidratado.
Clio Francisco Marques de Melo; Wilson Carvalho de Melo; Srgio de
Mello Alves . Belm. 1998. Embrapa CPATU. Boletim de Pesquisa, 92.
13 p.Plantio de aaizeiros. Jos Antonio Leite de Queiroz; Silas
Mochiutti. Macap-AP. 2001 Embrapa Amap. Comunicado tcnico 55. 8
p.Produtos Potenciais da Amaznia. Aa. MMA/ SEBRAE. Braslia. 1995.
51p.
RVORE DO CONHECIMENTOAaEquipe editorialAjuda
Foto: Jos Edmar Urano de Carvalho
O aa um dos produtos amaznicos que experimentaram considervel
evoluo na oferta e, principalmente, na demanda, expandindo-se para
o mercado nacional e internacional nas duas ltimas dcadas.
A boa aceitao do produto no mercado se deve s suas
caractersticas alimentares e funcionais, por conter considerveis
nveis de antocianinas e cidos graxos insaturados, entre outros
atributos diferenciados. Da polpa dos frutos, obtm-se o suco,
utilizado como alimento e como componente de suplemento alimentar e
cosmticos, principalmente. A produo agrcola e extrativa do aa
reveste-se de importncia ambiental, na medida em que, quando
realizada de forma racional, pode auxiliar a conservao da Floresta
Amaznica. Do ponto de vista social, a atividade exercida
predominantemente por populaes tradicionais e agricultores
familiares, sendo, normalmente, uma das principais fontes de renda
dessas famlias. Tem sido estimado que as atividades de extrao,
transporte, comercializao e industrializao de frutos e palmito de
aaizeiro so responsveis pela gerao de 25 mil empregos diretos e
geram anualmente mais de R$ 40 milhes em receitas.A rvore do
Conhecimento do Aa oferece informaes sobre a produo de aa,
abrangendo as fases de pr-produo, produo e ps-produo, alm do acesso
a recursos de informao na ntegra. As informaes podem ser obtidas
pela navegao numa estrutura ramificada em forma de rvore
hiperblica, por hipertexto ou pelo servio de busca.
Tcnicas de irrigao possibilitam a produo de aa na
entressafraFoto: Ronaldo Rosa
A irrigao permite a produo de aa na entressafra O Par est
entrando no perodo de safra do aa (euterpe oleracea), que inicia em
julho e se estende at dezembro. Mas na entressafra de janeiro a
junho - que o retorno financeiro ao produtor rural maior,
especialmente para aqueles que j utilizam a irrigao nos plantios de
terra firme. A Embrapa Amaznia Oriental vem desenvolvendo pesquisas
com o melhoramento gentico e prticas de irrigao e adubao de
aaizeiro de terra firme para produo na entressafra. Os primeiros
resultados so apresentados a tcnicos extensionistas em rea de
produtor no municpio de Igarap-Au, nordeste do Par.O pesquisador
Joo Tom de Farias Neto explica que aumentar e padronizar produo de
aa no Par so desafios que a pesquisa agropecuria vem enfrentando h
muitos anos. A Embrapa j lanou o Manejo de Aaizais Nativos e a
cultivar de aa de terra firme BRS Par, importantes passos da
pesquisa para melhorar a cadeia produtiva dessa palmeira. Mas a
produo na entressafra que hoje representa o maior desafio da
pesquisa."Nos meses de julho a dezembro que o Par produz de 70% a
80% do seu aa, e a pesquisa ainda no conseguiu diminuir essa
diferena. Mesmo produzindo mais de 600 mil toneladas de frutos ao
ano, essa produo ainda pouca frente demanda regional, nacional e
internacional", afirma o pesquisador. Alm disso, a produo hoje
ainda apresenta alta variabilidade gentica, ou seja, diferenas de
colorao do fruto, diferenas entre rendimento de polpa, tamanho de
plantas e cachos, produtividade, e outros fatores que so obstculos
a uma produo em larga escala e com padro de qualidade.A primeira
premissa para mudar essa realidade, segundo o pesquisador, a
impossibilidade de produzir aa em terra firme sem irrigao, visto
que a palmeira nativa das reas de vrzea, onde passa a maior parte
do tempo em solos inundados pelo movimento das mars. Ele diz que
praticamente todos os produtores de aa de terra firme do Par j
utilizam a irrigao, ainda que de forma emprica e sem medidas exatas
para a melhor produtividade do plantio e rentabilidade da
atividade.Prova disso o produtor rural Alexandre Machado, 39 anos,
do municpio de Castanhal, nordeste paraense. Ele iniciou seu
plantio h sete anos e hoje conta com 10 mil ps de aa em uma rea
equivalente a 50 hectares. Ele produz em rea de terra firme e
iniciou a irrigao depois de um ano e meio de plantio. "A irrigao
aumentou bastante a produo mesmo na entressafra, mas o custo de
irrigar e adubar ainda alto", esclarece o produtor.No municpio de
Igarap-Au, o pesquisador Joo Tom da Faria Neto mostrou as tcnicas
de irrigao por micro asperso que vm sendo testadas em reas de
produtor. "O custo de implantao de um hectare de aa irrigado ainda
alto, em torno de 7 a 11 mil reais, mas o salto de produo
impressionante", diz o pesquisador. Ele cita o exemplo de um
produtor do municpio de Tom-Au, que tem uma rea de 30 hectares
plantados de aa em terra firme e iniciou a irrigao no plantio a
partir do 2 ano de safra: "no primeiro ano ele colheu cinco
toneladas de frutos, ainda sem irrigao. No segundo ano, com a
irrigao do plantio, saltou para 100 toneladas e no 3 ano para 180
toneladas de frutos".Ao definir os parmetros exatos de irrigao e
adubao, a pesquisa define com exatido a relao entre custo e
benefcio da atividade. por isso que preciso monitorar todas as
etapas da produo e a quantidade de gua em diferentes fases do
plantio, desde sua implantao at a primeira safra e nos anos
subsequentes. Com a micro asperso, a pesquisa chegou a estimar que
seria necessrio de 100 a 120 litros de gua por dia por touceira,
"mas esse indicador ainda baseado na literatura e o que estamos
fazendo agora testando no campo com as caractersticas de clima e
solo da nossa regio", completa o pesquisador.Em termos produo, j
possvel afirmar que em rea de vrzea a produtividade mdia de aa est
em torno de seis toneladas por hectare ao ano, com o manejo. E em
rea de terra firme com adubao e irrigao, o produtor consegue fazer
de 15 a 17 toneladas de frutos por hectare ao ano. Joo Tom Neto diz
ainda que a pesquisa ainda tem muitos refinamentos a fazer e a
parceria com o produtor fundamental nesse processo.Intercmbio rene
extenso e pesquisaAlm do custo elevado, outro entrave para a
irrigao do aa de terra firme o acesso a insumos e equipamentos para
a atividade, de acordo com o agrnomo Deusdete Fontes, do escritrio
da Emater de Ourilndia do Norte, sul do Par. Ele diz que no
municpio onde atua, acessar insumos, como adubos, fertilizantes,
alm de equipamentos difcil e o custo do transporte desses materiais
deve ser levado em conta na produo.J para o tcnico agrcola, Csar
Augusto, do escritrio de gua Azul do Norte, os solos da regio so
bastante propcios ao cultivo do aa, no toa que produtores j plantam
comercialmente a BRS Par, lanada em 2007 pela Embrapa Amaznia
Oriental. "O grande entrave mesmo a irrigao, pois temos um grande
perodo de estiagem, e as tcnicas apresentadas aqui so plenamente
aplicveis desde que o produtor tenha recursos para investir",
explica. O trabalho dele levar essa informao tcnica aos 500
produtores com quem trabalha na regio.Eles e outros extensionistas
do sul do Par e de outras regies, cerca de 30 pessoas, participaram
do intercmbio tcnico sobre a cultura do aa promovido pela Embrapa
em Igarap-Au, na ltima sexta-feira (18), sob a coordenao do ncleo
da instituio no nordeste paraense, conhecida como regio
Bragantina.O supervisor do ncleo, Joo Paulo Castanheira Both,
explica que intercmbios com esse reafirmam o importante papel da
Embrapa, atuando diretamente junto ao pblico que vai levar nossas
tecnologias ao produtor rural. "A gente tem que fazer com que as
nossas tecnologias possam chegar aos tcnicos e extensionsitas,
serem aprimoradas por eles com toda a experincia que tm no campo,
para depois serem levadas aos produtores", completa o supervisor. O
intercmbio tcnico com a extenso uma atividade permanente do Ncleo
da Bragantina.Melhoramento gentico deve resultar em nova cultivar
de aaDesde 2002, o pesquisador Joo Tom de Farias Neto trabalha com
o melhoramento gentico da cultura do aa para a produo na
entressafra. O trabalho de longo prazo, pois envolve desde
mapeamento de plantas em diferentes regies do Estado at a anlise do
comportamento das plantas por cinco ou mais safras anuais.Para
lanar a cultivar que produzir na entressafra, o pesquisador mapeou
no estado do Par os municpios que apresentavam boa produtividade de
aa o ano inteiro. Desse mapeamento, a pesquisa selecionou 500
plantas nos municpios de Afu, Chaves e Anajs considerando duas
caractersticas importantes: alta produtividade e o tamanho dos
frutos, visto que "batedores" de aa indicaram durante a pesquisa
que os frutos pequenos so melhores, pois tm mais rendimento de
polpa.As 500 plantas foram avaliadas individualmente durante cinco
safras, ou seja, cerca de nove anos, visto que o aa comea a
produzir com 3,5 anos e as safras so anuais. Das avaliaes, o
pesquisador chegou a 45 matrizes de plantas, que apresentam alta
produtividade o ano todo e maior rendimento de polpa (tamanho de
fruto pequeno).As matrizes esto sendo cultivadas no campo
experimental da Embrapa em Tom-Au, onde a pesquisa est avaliando o
comportamento delas em terra firme e a quantidade de agua necessria
ao longo das safras. "L a irrigao, adubao e o desenvolvimento das
plantas so avaliados em condies totalmente controladas", diz o
pesquisador. a partir do cruzamento das melhores plantas que sair a
nova cultivar de aa da Embrapa Amaznia Oriental. "Ser uma cultivar
para terra firme que produz na entressafra, com todas as orientaes
de manejo e irrigao", finaliza Joo Tom Neto.Ana Laura Lima (DRT
1268/PA) Embrapa Amaznia Oriental
[email protected] Telefone: (91) 3204-1099 /
8469-5115 Mais informaes sobre o temaServio de Atendimento ao
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