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Inconfidência Mineira Érica Martins de Carvalho Gláucia Santos
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Inconfidência Mineira

Dec 22, 2015

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Érica Martins

Norma e conflito, Laura de MELO E SOUZA
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Inconfidência Mineira

Érica Martins de CarvalhoGláucia Santos

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Referências Bibliográficas

• FONSECA, Thaís Nívea de Lima e. A Inconfidência Mineira e Tiradentes vistos pela Imprensa: a vitalização dos mitos (1930-1960). Revista Brasileira de História. São Paulo, v. 22, nº 44, pp. 439-462, 2002.

 • FURTADO, João Pinto. Uma república entre dois mundos:

Inconfidência Mineira, historiografia e temporalidade. Rev. Bras. Hist., 2001, vol.21, no.42, p.343-363.

 • FURTADO, João Pinto. O Manto de Penélope. História,

mito e memória da Inconfidência Mineira de 1788-9 – São Paulo: Companhia das Letras, 2002. 

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João Pinto Furtado

Graduado em História pela UFMG (1987) mestrado em Sociologia pela mesma instituição (1993). Doutorou-se em História Social em 2000 pela Universidade de São Paulo. Atualmente é Professor Associado do Departamento de História da UFMG. Dedica-se atualmente aos seguintes campos de investigação: História Cultural, Cultura Brasileira, Historiografia e Culturas Políticas.

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Thaís Nívea de Lima e Fonseca

Graduada em História pela Universidade Federal de Minas Gerais(1985), Mestrado na mesma instituição em Educação Instituição em 1996. Doutorou-se em História Social na Universidade de São Paulo (2001) e pós-doutorado na Universidade Federal Fluminense e Universidade de Lisboa (2006). Atualmente é professora associada de História da Educação da UFMG e do Programa de Pós- Graduação. Desenvolve pesquisas na área de educação escolar e práticas educativas no período colonial

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Fonte: FURTADO, João Pinto. O Manto de Penélope. História, mito e memória da Inconfidência Mineira de 1788-9. p. 127

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Fonte: FURTADO, João Pinto. O Manto de Penélope. História, mito e memória da Inconfidência Mineira de 1788-9. p.127

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“Substituir a pergunta do juiz: é certo? Pela do historiador: como se explica que ?”

Lucien Febvre

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Diálogo com a historiografiaAlguns autores importantes , e que fazem uma análise diferente entre si do tema.

• Joaquim Norberto de Souza e Silva (1820-91) : faz uma “ construção narrativa baseada nos procedimentos instituídos no processo judicial.”

• Kenneth Maxwell: : “Alude ás divergências, que acabariam sendo dirimidas em favor dos partidários da tese de execução,e afirma, em nota, que Tiradentes teria negado, na inquirição judicial, os planos de morte do governador.”

• Séc. XVIII: Não só a historiografia mas, também os intelectuais produziam um contexto entre republicano x monarquista

(FURTADO, João Pinto.pág.49,50)

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• A partir da década de 1960, alguns trabalhos mais consistentes dedicaram-se à discussão da Inconfidência em outras dimensões, mais preocupados com suas relações com a crise do Antigo Sistema Colonial, levantando a questão do caráter revolucionário do movimento e de seus limites, analisando as relações sociais presentes na conspiração, procedendo, enfim, a uma reflexão menos linear, menos "apaixonada" da Inconfidência e evitando, ao máximo, concentrar sua atenção na figura de Tiradentes. Essa vertente demonstrava, evidentemente, uma reação contra a historiografia tradicional sobre o tema.

(FONSECA, Thaís Nívea de Lima e. A Inconfidência Mineira e Tiradentes vistos pela Imprensa: a vitalização dos mitos (1930-1960) p. 442)

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Minas Gerais Séc. XVIII

• Processo de Urbanização• Vilas Criadas• Crescimento demográfico• Identidade Regional

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Arrecadações

• Cobrança de 20% do peso total do ouro

• Capitação : valor fixo a ser pago a Coroa por cada escravo empregado nas minas.

• Remeter no mínimo 100arobas/anuais a Coroa

• Derrama

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A inconfidência dos inconfidentes Homens do seu tempo :

• José Alvarenga Peixoto :Apaixonado pela esposa , poema, homem refinado, possuía muitos credores.

• Francisco Antônio de Oliveira Lopes : “..tão rico quanto rude” , semi-analfabeto , não possuía livros.

• Joaquim José : méritos militares , usava segundo o Padre Domingos Vidal , de violência e tirania contra o clérigo.

• Cláudio Manoel da Costa :vivia com uma escrava

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• “ Por outro lado, no plano da moralidade sexual, muitos dos inconfidentes eram adeptos de práticas pouco cristãs, pequenos pecadilhos e ‘desordens’ de toda natureza, relativamente comuns à época mas inaceitáveis para a corrente historiográfica regionalista mineira.” (FURTADO, João Pinto.pág. 43)

• “Exigir de homens e mulheres do século XVIII certos padrões de coerência e comportamentos compatíveis com expectativas do século XIX ou XX é sempre uma temeridade, compreensível com os horizontes da historiografia e da prática profissional comprometidas com a objetividade histórica em sua concepção contemporânea.” (FURTADO, João Pinto.pág. 44)

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Questionamentos

• Porque Alvarenga Peixoto e o Padre Carlos Correia de Toledo e Melo, que eram os grandes proprietários de escravos, fariam a proposta de discutir abolição ?

• Segundo que parâmetros podemos afirmar que se tratava de um complô de intelectuais ou se tratava de escravocratas ?

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“ A criação e o enraizamento de mitos políticos, como é o caso de Tiradentes, devem ser entendidos na concretude das experiências e das referências sociais que “naturalizam” a sua aceitação, permitindo sua circulação, seu reconhecimento e facilitando sua apropriação.”

FONSECA, Thaís Nívea de Lima . Pág 440

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Imprensa • Mais preocupados com a conspiração e com as idéias revolucionárias

do inconfidente, os textos geralmente passavam ao largo de qualquer comentário a respeito do tema, ou simplesmente mencionavam a existência de Eugenia Maria de Jesus, como mãe da única filha de Tiradentes. Evitando o assunto, essas obras tanto poderiam expressar uma real falta de interesse por ele quanto o temor, principalmente dos intelectuais católicos, de reconhecer em Tiradentes práticas e códigos morais diferentes dos aceitos e defendidos por eles. Afinal, o alferes nunca se casou, viveu em concubinato, freqüentava as "casas de alcouce" e poderia ter tido filhos naturais.A abordagem romântica também ancorava-se fortemente no caráter humanitário de Tiradentes, descrito como um indivíduo acima dos demais por ter superado moralmente eventuais desvantagens de natureza material ou social.

(FONSECA, Thaís Nívea de Lima e. A Inconfidência Mineira e Tiradentes vistos pela Imprensa: a vitalização dos mitos (1930-1960) p. 450)

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“ Faz hoje cento e quarenta anos que a cidade presenciou emocionada a execução de Tiradentes. Era o epílogo do glorioso sonho dos inconfidentes mineiros de 1789. Supliciado o valoroso soldado, dispersos pelos degredos da África os mais conjurados, julgava o governo de Lisboa estar aniquilando no Brasil o anseio de liberdade .Puro engano. Comemora-se a 21 de abril a passagem do aniversário de morte de Joaquim José Xavier –o Tiradentes – bravo mineiro que, em 1792 resgatou com vida o crime de conspirar contra o domínio português no Brasil, tornando-se o grande percursor de nossa independência política.” (FONSECA, Thaís Nívea de Lima . Pág 447)

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“Tiradentes a cavalo, com a mão esquerda segurava as rédeas e com a direita abria a porteira do curral da fazenda de Varginha. Apeava-se e era recebido na varanda onde grossas colunas, capazes de sustentar, não o telhado, mas as torres de pedra, davam à casa o aspecto de fortaleza tranquila de sua segurança e inexpugnabilidade.”

(FONSECA, Thaís Nívea de Lima . Pág 448)

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“Nosso pai Tiradentes é História vivaNo chão de vulcões mortos de Minas;Neste chão ora espraiado em várzeas,Onde o milho, a laranja, as “quaresmas” e as “angélicas”Sinfonizam coralmente e inouvidamente.Com caraças alpinas de ferro e manganês,Com rios volgueanos, com lagoas azuis ou cor de chumbo;No chão dessa Província, ora empenado com um eco ameríndioDe outras altitudes geofísicas e geopolíticas da EuropaMatriz dos sonhos que te elegeram, Minas Gerais,A terra amena dos vinhedos de Caldas, dos trigais de Patos;Dos pinheiros e dos nevoeiros da Mantiqueira;

E das relvas macias e dos rebanhos multicoloridos do Katiavar do teu sul temperado;

E das emas e avestruzes do teu Triângulo ondulado,E dos lobos vermelhos que uivam nas tuas brenhas altas.Fausto destino da cultura da Euro-América,Arcádia morta...Minas Gerais.”

(FONSECA, Thaís Nívea de Lima . Pág 453)

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http://www.ouropreto.org.br/port/liberdade.asp

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realidadecontundente.blogspot.com

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http://www.velhosamigos.com.br/datasespeciais/diatiradentes1.html

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http://www.ouropreto.org.br/port/liberdade.asp

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guiasturisticos.com.br