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ransForml Ao, o uo12: - 9 9
A COMDA DESCLASSIFICADA DE MARTNS PENA
I Camargo CO*
RESUMO: Ap indicar o carter ideolgico conceito ico habitual
mobiizados em anlies literatra dramtia, este etudo tenta strar u
possvrgar mais longe quando no livramos do limite por eles imposto
Dettada afntao claita histria do teatro Bril, a luta iolgia aree
omo uretor az de ilumir aptos rlnte obcurecido d cdia de Marti
P
UNIEMOS: Teatro moder; dra; comdia costes; odia drata; ataoa;
fsa irra drtia; teatro o.
1 . PRLOGO
cofs coceial exisee o Brail a resi d tr me j podia roservada o
sclo pasdo, ema se codo em sempr ja mesmo laaarece r exempl, alaso
de Jos de lecar ao ea Gisio Dramcoiigido lo fracs Emie Dox Coforme
a avaliao do osso macisa e mmdmargo, o Gisiotr iio o io de Jaero a
"veradeira escola m
*Deptamto de Lguas Oientais - Faculdade de Filosofa, e Cincias
Humas -USP - 05508 - S Pauo - SP.
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(Cf I p 31-7). O epenn da l eola mea ea nada menos qe
AlexaneDmas Filho, embor, paa Alencar, Molire, Beamachais e tros mm
jesm "t m
Fendo de maeira ola ma avaliao do qe teria sido o projeo mie
defaze to de aoo com a e mea escola paisiense o a nome aos ispzi ai
ramas como os de Dmas Filho qe faziam gande scesso de licoVilma Aas
descore o gande mrio de Martins Pena aandoo desse prje emfavor d
comdia de costmes Nas palavras de Vilma As, "voldo-se pa ocoidiano
brileio, Martns Pena deixa de ser 'me e se lva pa o fro (4p 110.) .
ainda a ela qe deemos a demons da anem estica des oola comdia de
costmes no caso de Martns Pena Paa ealiz-la, o comedigafovolto-se
paa o cotidian das nossas classes poplares, ma vez qe o maerial
svel ("grde iedade e s hitos clis) inha acrsicas m coppci pa a
ela am Permos reer qe havia m ismo eas exigcias foas d dma (dados
os ses presssos sis) e a maia sicom qe os cadis a dramago traalh
Por isso o eicide fracasso aomenos de ci) de qe tos as eivas de
ciao do nosso "ao acioal emchave drca qa es mesmo o do fei em chave
cmi Da a esiede mal-es com qe a inelectal idade cotemea e mesmo
sera sempe vi oscesso de plico de ce comdia mp elegaa a m gra
nerior na hieia dramica com ma escie de complacncia qe Jo de
Alencar r exemplo"aplade Martis Pena m dos fndadores do "tearo
nacional o mesmo qe naopiio de Alenc ai estava por ser cri: "Dois
erioes ( ) come ees a esceve para o tea; mas a a em qe compseam sas
ras devia lisore a sa escola O primeiro, Pena, mito cnhido las sas
farsas ciosaspiva a ce no os cosmes basileiros; mas piva-os m cic
visava ansao efeito moral; as sas oras o aes ma stra dialoga do qe
ma comdiatetao Pena tinha es aleo de orvao e es ligagem chisto qe
primna comdia; mas o desejo de aplasos fceis infli no se esprio e o
escrorsarico lvez sas idias ao goso co apado da a Se tivesse vivido
maisalgns os esto convencido de qe ciado dos s trifos emprderia ma
ora
mais eleva, e zia lvez Brasil a eola de Molire e Beachais, a
maisfei naqele em (2, p 4
No oo, sinal, espo com qe Machado de Assis se referir oa
docomegafo: "No fal d Pena, len sicero e origial a qem s falo vive
maispaa aperfeioar-se e emprende oras de maior vlo (, p 145). E qan
manncia da idia de qe, se no o "ta nional lo meos a nos
lieatadamtica aida espeava por se iiciador, veja-se a segie avaliao
de JosVerssimo "So dos qe m qe emos os dramicas qe o iresse de
maclsicao hisa liia eramos mesmo falar nm " ileiro md
expesso seno m val iliogfico, mas qe no seia verdeio falar de
ma"litata dramica sileira h ms casas a impedi-os de r ma lraa
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mtca send uma d prnpa a d purmen s que ama e dada e da cra e a
je u u ece que cnrma rera, a sltertura de c em pr u uma lratura
puren ema u descra
(15 p. 120).ase e passaem que prpr artns Pena partlaa dessa
espce de
pre ctra a cma, cm j ms Jme Ru (13) e Vlma A(4) as, antes que se
eslea um r maentnd, pr elr ues prcet e sin seu acance. Cm pr t en
acima cndca, , u l mens aa, um t de cma que ts pam. Tr chamad "al
cm u, para us cncet ma prec de Lus, d omddm (8 p. 123) erdader dl
de nssa ntelectualdde tentsta quejava inuz no Brasil um mne
mlhoento da d mea crrente na
Eopa: t burus em suas ds ertentes, ou ja, ama dl mimo cm ual tos
sem exceo sonharam e a sua ers humrstca, r ass dzer, maisve, ue a
"al coma, a ual oir ra sd um ds maiores exns, e cujolgio sucssor,
na opinio de Alncar, era nada mnos ue uas Fiho (no poraca, o su
prprio mlo).
No havno ns oen a nidad nos deoms sbre e a dosios de nos mlhor
inltlidae, p a demons ue deal d s, ems ano de codia, olvase para a
cmdia drmic bs repruzir algumasobservas d Machao de Assis em s de
crtco tea. Num lngo elogi a Jos
de Alencar, trata de complo com Mrtns Pena dand anagem a primer,
e demosar ue a a R de eo veo e eveo dumen uma a de nso emsua
aaurgia, xamene no o da ala comda: "Veo e eveo deeu macolhieo ue
teve, n s aos us mereciments, sen m ndde dafoa A no a com bsila no
prua s mels mas estmas bso finao na, cheis d lnto e a vea cmca,
prendame ntiamente sais f rugu, o ue no desmerecls, m denlas o auor
doNovo vivesse, u ento, u e ds mas auspss, ta acompanha tem,e
cniara s osss ma de clssca ( ) Veo e eveo
no era ain a codia, mas era a iedae lida qu enva t, la mde um
hoem que reunia em s a daua d lento e a crtesa d sa. Ecntinua achad
de Asss: "A a cmda apeceu l des, cm O mnofm (10 p. 211 ) .
Est pass da crtca macadana, alm de dumenr em trmos lirais
uedizams, tem a em de nd cnted ial, mas precmente, se dial dramtc (
Bsl cm na Eo di). O problema d a "nana (nc, d cmda "d Pena) n esava
nas suas zes, u ns zes do u mel, esm no me seleconado lo drargo:
enuo ns ena, na linguage da
cmia puar, punha no pco esos das clas subas, nclusive eravos,tos
lanados numa uri lua la sobrevvnca sempre de muito mau gos pa
ransFormAo o lo 2 9 9 .
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os cors "m foados , Jos de Alen, com os "pss da
mea,desconsderava os usos e costumes "dessa gen em favo dos
problemas (mas"famia) "e l e, ada r cma, c conhment da "a a so. Em
ucas palaas, va- de "lon melho, com u uco mas de"m gosto, f6ulas,
tema, asuntos, etc., pa ao o fe r aqu a mesma"ldez obrvada po
Alenr, ao corre da na, nas attudes a "gente bem nospasseos, fesas,
comp, namoros maner de est, de f, e. Enm, devolver a"chusma a seu
evdo luga a ber, plaa, de onde dea aprende "asmanes e "ddezas de
ntmes com o xemplas do ma e a comdadmca que vnm nunc na p o d Jo
Ale. Es uma fedo presso eol6gco da mezao conseado em andameno
naqueles smuto m nsnuada r Flvo Agu quando dentca o intu
"moralzador da
drmaturga alencana: "Alenc explca o nameto da sua veia de
dramaturgo emteos molss . . . ): o estopm fo o fato de ve nhoras
rem dte de uma fque, gundo ele, pmava la mole e la da da lnguagem.
neulhe o mpulso de fe m fazer co; e des, neu sua prmera a ( . . .)
Emteos de repo, rn, esmos dante do mesmo mpulso que lev Alera
elogar o Gnso no Ao o pn: ele pza a crunsco, a elegca nareprn, do
longe do vulg ( 1 p. 8.
A tlo de h prva, emos d que nas de 50 e 6 do sculopasdo a
dramarga bsle, que m com a exst aror ( de 1838
a sua pa naugurl, O pot Inquso dma de Gonalves de Magalhes),
jenn em comple sguale de conds a lu q Eupa durou cea de dossulos: a
mso do prcpo burgus do dma ao preo da expuo condeoexcomh, rseguo,
e, e., s "fo pulas o, que s6 comea desrtar novo ntees, no r a, no
nco des culo (como se s, Brecht,Maak6vsk e outros no evndcavam
nehuma orgnalde paa o seu teatro; aoconro navam suas fos no o
mediev, no orel e vras foas dedvero pula, nclusve os esculos de
cab, circo, e.). Um problema que pemos ndcar, at porque o materal
necessro pesqusa smplesmente no
dsnvel, o rsulo l (rtstco) de s nv de ms do prcpoburgus prca
brsler. Se, r um lado a smples detc des problema em xeque a ldade
avalas de no ga, , a onsde s"sosd tentvas de cri o "drma ble, ou
mmo de "sess comoOs nos d sg de Quto Bava, p apenas um exemplo
pasnecesramen r um abalo que suer e se sado em teos de
esforodvdual. E o elogo q Machado de Asss faz ao amgo a ps de sesda
a (lO, p. 1629 es loge er r uz a me a ppagdstica.
Uma cosnia ad do prcpo drtco r nos ltlda cujo
resulo mas mco (ou cmco?) m sdo a ceguea pa o que h aqu e
rsetda, ana hoje, at mesmo nos melhores estudos sobre a maturga no
Brasl. Opr6pro descaso com que se tem trado da preservao ou publcao
de texs
Tans/Fo/Ao, S o P u o , 2 , 9 8 9
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expresso disso. Nossa dramaturgia nunca asso e "ma ore no
conjunt daliteratura e dos estudos lirrios principmen rque o a que
mpre se ez no
Bsil isiia em o coesnder uee il euu, simplesmen urgus,de
cicspeco e elegcia, rmanecendo mpre ols com tis e masvulgs e de mau
go (o menos o ue sugerem avalias coens)
Mesm paihdo, om mas etris, des pronceito ou o iolgca,o que no
mesmo, um abalho como o de ilma j an a ssibiliade esobretudo a
nessidad de su-o. Est mrito d auto clmente inicado lop. o de mei ,
o noso mehor crtico ttrl que, enn, mm nes ime a es preconceito, omo
se e or no sso a segur: Que pr aa efr Jo erssmo? eo, que o t n de u
espao ppro,
s i, ido redir exclusiament a temos liteos. Se Martis f erior de
to, m esritor ivel ceie, meso e e via u edr, isso j nos dee cor e
at supnder, ems i em sdo a absolut. Segundo, qe o h gersifis, eso
os hados primitivos, erdade que descobimos com os. E, as a, tia o
nosso autr: "A aut ela ue as sas eMs e, em vez de perem o degru mis
axo da eaa t silei,evm-se be fumetos u cusmos a enxergar exaen qu
epor ot ao mbito litrrio. Constituamse eas no smente de
ntremezesportugueses o que j se sabia mas anda de especulos e eira,
de tatrinosd d cic d hs, e rs e exemmee ngosos. Oliro contempla to
esse sua, no iremos com olos entecidos, que a ntoo cote a
objetividade acadmica, mas com edent simptia, nascda de umae mos q
cm a sr no il (4 io).
Ds ou ts normas des pco cl algum comerio. A pii eo seso de
exclir o teao do mito lirrio, ida ue ra t a um ti de teris
literatura ua a uma ort coete (hoe evetualmentehi) de teos ds ates
cicas. No dixa de ser u boa soluoa, a medida em e, r ea, ssvel pevr
as teorias tass as rulas o plywghtng qto as coiss ormais e tnics
dot o sm pcir sbe- a uaer t de exe rtio. Posto o aofra do bio
liteio, o texto toase apeas um elemeo etre outros de umeslo, ndo a
sua i lire p lii a uma simpes enume s seuseementos, na medd em que,
como osma dizer, intssa o esulo comoum o, a s alizao; soiho o txt o
quer dizer naa.
O, ess vet teria mis tia do que fem sr seus mais recentsas. O
pprio Jos Verssio j a encampava, m o uiddo de idic suai fsa, omo se
pe brvar neste psso: Asseteos primemete es
pe cotesvel: Mrtins Pea um it de tro e ne is s s s v a d p er a
p
sFomAo o o 2 - 99
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represenvel e que ele, m nenhuma dstn esal de len, ssu anas
esscapacdades. Uma aptd n nca pr a alguma qualdaes artsticas elrr,
nem b p dar a que a ssu rs de escrtr e um ug na lratua.S que arte s
exemps cves em an a meu asse, e pa lhe demnsr aexatd bastara rrdar
n nss prpr me, mas s vs que cm nsssuem autres dramtcs sem rem tava
uma lteratura dramtca. Os ancesesdsnguem naturamen ds c cm a exp
'err de , que eles mr cennas, quand s que rlmente ncram sua
lteratura uqussms.O tea uma escal, cm a sua cnca e a sua esttca
prpras, riunds dsmesm exgnc cnc e da nature ular d u destn e d m r
que relza. Vve alvez d seu prpri un cm uma arte ndenente, e a sua
hsraacdenlmente cncde cm a da lteratura. Esta bserva, que d cd
crtcrancs, e me re jus, explicara rque a exstnca de erres de t, e
que
chaa cletvaente 'a, n cara a exstnca ua leraura tica( . . . ) (
15 p. 120). Cm e ver, se Vla Aas scra e Js Verss, n neste nt.
A guna n rest uela "verdae que teas scoe c es a de que n h gners
nerres, ne es s chaaos vosUm estu sbre s aspcts pltcs da hstra d
teatr oern e ostrresulos u uc derens des esce e "cnstitui esttica
ir, segun aqual "s s gners riam guais rante a le. Nes hista encnase
tes ulng press de lua, que n isnsu nem mes a nrven ca, pa n
aar em massacre c, n qual um prncp hstricente surr a d
draaconseguu rse durn um curt , m des, em dnca das vtrias
burguesas, cm suas nvas alanas cnsladas n segun sguea, brgad
arecuar para sbrevver degraa at hje. sm que o a haver ua heraruaas
ras teatras. O que uu o pressupost pltc da vaorza uesvalri des u
quela a ne ese de suerca e oas e gnese apla lqu que detena a pru
cultural cntere A suspens juz, r sua vez, es ntimamente vnculada
estratga apenteene concatraanaa acma, que ag, em s de cils i, exp
co ui nitiez
seu carter de hegemnia de clse, pa al cm Gsc. O prprio rofess
Dcde Alea ad mantm mpc uma erqua das as eatras a chaar deero s
esculs pulares de que se utlzara Mtins ena e draaturgs
mes cm Bcht e Maakvsk, pa lemb n nes bem cnhs.
Falmen, a reerrse smpata l as de tea puar, nascia de umacnce meo
ror de nss presr ua psa a unenaclasssa que teve (u tem) esse
precnce que mcu decsivaente a histriadesada d at Brasl e que es r
ts de ts as prosss e naconssem avr da cria d "a nacnal, quand esse
es ea a n et nas
er, praas, ns crcs e trs que a nteltualdae evtava regstrar e noe
osduvss crris de m gst, elegnca e digne aos pr nossas classes
Tans/FolAo, S o P o 2 - 9 9 .
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dminans Pis m: esa luta dlgica reletr cm que pretendems
iluinarguns ats nmalment buids da cm de ns Pe.
2. LEMBRANA DE MARTINS PENA
Cmo se Martins Pena eseu n tro em 13 cm a cmdia O Jiz Pz o,
prvavelmn eri as 1 ans. Em gui ereveu alguns ds ue sunanimemnte
rudiads la cica nto a sua cnemrea quant a nssa. Sejaque ess dama n
btivr a ce d pbic d cca u "cl jarue o ri aur n s snu saisfi cm os
rsultads acads fa quens sus s s de mair rutividade (1 a 16) ecreveu
comdi Sa-
mbm u m 17 Martins Pna fi para Lndres cm funcini d servidilmtic
e meu turcuos em Lisa em dezembr de 1 as 3 3 ans deid. D m ue sua
creira de cmdiafo n fi inrmid an la mras exigncias d seio lico tmm
concoem pa ti-lo d ns cena ttral verdad u nss aur dixu alguns
manuits intrmids at de drmascm de comdias o u rmi abalh cm a h de
qu emgo dilmcno teria sid um imdimn dnitiv sua ceira artstica Alis
o fa de srudrama su i auscito incomt (de 17) suci ra sustnr sshit e
mais ue iss a razo s ass de Jos de Ancar e Machad de
Assis sbre o seu fuur dsnvlvimento. Acrecente- a iss a dsca d
VimaArs: no sva fa dos sus ans a cria de uma ra ( p ) is MinsPena
am d msico e crtico t fi gnde ard d can lic.
Ss cmdi tamm pziram uma escie de unanimidade a crtica: a prtirde
1 triam real mrito teaal e mantriam o mesm nvl literri o ue
nsbrigaria a distinguir n cnjunt l mens ts bcos ds quais
intresriamdis a sar riir cnstiud s s cmdi cms erias n 133 e12 (O
Jiz d Pz n o, A fmi fst d e Os dos o O Ingsmini); e sgnd contnd co
cmias di d "rl mrit tl eneas uais s nconam sucessos duaduos ic c o
cas d O ni, Asdsgs in e O Js m so i. O eir bo rene as asanas esada
ou inacas r iss mesmo de inres mnr aina que indiums rms que Martins
Pena esava tmand. Nossa discrncia m rela a essaunaimidade ex na ani
que gue.
Num eni sbre as Mmis sgnto mils, de anul Antni deAlmeida que
cnstitui um marco istric na crtica rasieira cm j demnsu Schwa (1)
Anti Candi assim refere a nss comediaf: "de 3 a dsenvlve-se a
aivide de Matins Pe cuja cnc vi e d cmslitrria se arxima da de
Manuel Antni cm a msa lvza d m mesmntid ntrt dos as tcs a mesma
susno d ju moal (3 p 73) Esa
TaolAo, o Plo - 99
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observo bre-nos um ps que nd permne nexplord, mesmo levndo emcon
o loso trblho de Vilm A Explquemonos: Antono Cndido suere oexme ob
Mns Pen luz diltc dem e desdem incpio q
nou coms s Miom b nes resuldo, que pressu do crt reltiv nto
Mnuel
Anno de Alme qunto Mrtns Pena, e levndo em con nconrunc eneus
mras e s ex do pncpo mc, moblor nossos crtcos e dramturos, ermos n
emnr, exemplo de AntonoCnddo, s comds de rtins Pen seundo crtros
exidos r els mesms,v n f .
Ans pr menconr lms ds nforms que os estudos dinves sobreMrtns
Pen nos dsnsm de l, enmeemos seunts: s o pnde
do dos enzes rtes, to noso cmdifo vincl j lnhstr comd e dos
esculos ples; ss comis, por sso meso, opredomnntemene frs, vezes se
poxmem dqlo qe s cho lcomdi" seund mde do sclo XIX (qso r desevoid
em oopotundde); do ponto de vis solco, seus prsonens povm dos
estosntermdios d plo (os homens i num oem ervr), com eventuprs de
escrvos (ou do m evido); u principl inumento de blho oqe se
convenconou chmr observo de costmes; e, r ltimo, bt not le,Mrtns
Pen tou de colocr em nossos plcos, mterl e fomlmente, to
fundamens ncipiente bl bile n mer me sculo soN m em que nos d
crtca r suers eslu q
to usnci de mtos rtstcos lteos n obr de Mrtins Pen, e um vez
qe,nes conjunto, ns Vlm A n, r ssm dzer, r" sus comdis dsseveredco,
es rem cr lm uso lo mnos um c q suborgem no levou. Qundo o prncpo
do d nortei os jlmenos, nterpreo de lums comds c prjudic, ms ln
luzes pecioss sobeous.
3 RPSDS CMCS DE MRTNS PEN
A nv de ccl os elementos ois d com com um qud de coumesno qul s
detect um eso de m ter sdo um cuss dos dfitos" dsprme comds do
nosso ut. Ms su und , A t o, jpresentr um ntdo mdurecmento tcnico q
se ntensific ns comiuins. Ess sumrssment ndcds, lums ds ncps concls
sls de Vilm nuilo que nos inres.
Mesmo questondo aluns sctos da dio crtc, s conclss prervmlum
njusts sc comets con o comedirfo. A ms re ndc
Trs/For/Ao, S o P u o , 1 2 : - , 9 8 9 .
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la prpra ara aii a Martins Pena ma o neplcel e rrice, mesmopara
m eseante e 8 os, e iz rseito ao epsio os jlgaments o imrncia o jiz
na comd O J a roa Vejamos s avis mais o
menos res e Wilso Martins: "na erae, o jiz e p ma gra secnria e
lateral,
za cle lo po a iniga pncpa a a am t oe Ani, lha do laror Me ( 4
p. 4
Bar Heli: "a cena ncia o j e paz i mamenomo priosa como menrio
(5, p. 33).
ilma Aras lana mo e m cioso so pa iscora desses atores,reservado
m acordo mais proo: "como o prrio tlo dca o erdaderoresse comdia
coce- s jlgetos o jiz, qe pam a ce cen (a
ma impote e a mais loa a a); ora nma oriha o cr (23 cenas), ao
ee as d s dei inciss qto verdeir suto da a( . . .) a ca da indeco
qe, a p hr e suto no se condem; o pl domeir prchdo lo Jz, o do gno
inha (4 p 14
Aas pa lalar o leitor, rapitlemos a ciha: Aniha, lha de ManelJoo
qer -e com J qe o "rrop l con os lh no RioGre nel Joo qeo pprierio
qe sonha com m m cameto p alha, m membro da gara aional e r is
srdiado ao iz e Paz, deem ce a cmcia e levar o rrpsionerop a Corte.
Como o e
Aha om s c eos, o lir- da conao e a a rmiam ma fe a do jz. Tal
rl como le z s ctcosde Ms ea is nela o jiz menciono anas latramen.
Ba Heliotea eo ro classicar o episio o jlgent como maicen grtito.
mesmo. Mas a elicao pa isso simples: a a oi i "constda eaor om a
recea c cjo presss namel a prea e m sjeitoe re ma o oalmet chado
progois heri, et. Vilma As, ra ez, istie, na , sjei e er ono ao
prei mema cE ma foa e ao mesmo tem e o ar ro aos crcos de Martis
Pena,
om a vem cio q no o incpio cstio do mVeos, e, como cia e r
rconstida a pair oo princpio,o o qe o dela mesmo , e, sim, e r li
com a as s es qea hoe m paso r eeitos. Vilma ras estee prima ele
qand, en essdfeo econou a isperso espacial, como se se aasse de m
rotronemtogo assim como a "liao rmaicament raita etre a qeza deoa
ct (os ims hsr niol e a " a a.
Ao coo o dramtico, o prcpio pico no exige sjeitos, heris, nem
mitomenos ao rmi (edo tmm -los e mais de m numa msma p qndo
o objetivo do matro cor ma hsia o meos de histrias (ates dava o
palco. O tm o at hoje toma r obet da a as avetras de m
Trans/FormlAo, So Pulo, 2 99
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casl de namorados , tado tnt e ave de Cdia Nova quanto de
uebrionrio princpio dratico; no t aio irsse que os demais asctos da
Martins Pena esva nresso e init a totl sito ps
Coo a ppria Vilma indica, u objeivo ex criticaent a aeira
comofunciona as instituis, seja O exerccio do bio e violncia desde
o mbitoais gera da "grande tica (a Gue dos Fas) a s deles
apenteenais nsgnicntes, coo a dispu s a aliz ma cer, ou delimi
deprordes, pasndo a indefecve disrepnia ene pretenss de pais e
losbre o ento (a faia a ia aind , conientente, a ce/l mter dsiede
rsilei, os proprieios de ts, r menores que fosm, j bimuito be
disso) No sendo a inia aorosa o conutor da a, precisodescobir qual
a idia que aniza ou peside a disi dos seu meis, is, ao
conio do qe sram lio Romero e o essimo, o lho de s ueuma comda
em um a exie de um autor pressu mui mis reexo o que soha v exincia
de "iias e reexs loscas que sinteizem ss (Cf 15,p 120-2 pssim e 12,
p 29). dias que presidem a oranizo de uma oa de art nprim r loscas,
j ensiva Heel a u tem E, ddo f demo fer Vilma As que Mrtins Pena o
ea bro ne baizou a sua a O Jiz Pz ror deui disao, comemos lo
julmen, a ptr da ce 9.
Es cena uma vate de onlogo na qua mos aprenos juiz, que exos
prieros ass, os ais visveis de sua cond como auxili u erivoque se
atrasou rque deve esr ndo numa vend prxima; sua onestidade
esrnenteen sob susi ( exemplo, pres domicilies em fu e deis"v dizer
que ele comercia com a jusia), e assi r dian Nes momen, o juire
exaente u pnte, ompa de um ca na qual o remetente inva ostermos s
reformas na Constiio que assegur o direit de "cada um fer o
quequiser e esmo dedentes O remae d ce desmen as prus iniciaisco as
arncias jiz incruptvel: "o ce q m r juiz paz c a ra vez e qud te
nss presens d in, banas, ov, (11, 27)
Com a cda do eriv ce 10) e a en dos litis, tem incio a
audinciapropriaen di Oprmei c envolve a Icio o e fa auina c nego
Gego Ese, co uma ubigada, tera agedid a ulhe Po caua diss, o quer
na es que a de o g, o que de iedito e cena ci e absdo, cuja z es o
abio e a violci ra eidenencmico que alu dja a um juiz de z para
rela de uma ica umbigad(in dbit pro r, j que este repda a acuso co
vncia, aegando que n umbig e bruxas) O absurdo es a desprro ene
crime e ctigo, o que dmui sobre a nos propla "demria ria e cerete
faz ri desses brancos"jusceis
Antes de pasr para o veredict judicia, conviria lebr o podgio de
snteexs nesse litgio Que conhee um uco d ultura negr que ua
ubigad
ans/FolAo, S P lo 2 9 9
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movmento ceoco e divers is de daa exaet ma agodende mito ds
cinstcis), edo, r exemplo, exppra e simplesde intres xual, is
simlia m rito de fecndao qe, lo mos em princpio,
e ene iguais, est onge de ser agressivo. Por oro lado, a ia, do
branco, aumbigada em quaquer caso, m sobretudo se se r de maifeso
evidente deinteres xual, aessiva, indendentemente d circunstncis. E
Martins Penacaega nas cores da to de Incio Jos "(o egro) teve o
aevimento de maumbia em sa mlr, na enclh Pa-G, qe q a fe ar, d
qmbiga fe cair a di s mer de p o (11, p. 28) Jofa Joq, rsua ve, ixa
eviden a co (ies xal) da mbig dlr qe aqelano teria sido a primei
ve, e. Es, is, ar ma daqelas elas qe a oshistria ocial rou mter
cidadomente fechadas a das res amoros exta
casento e inter-raciais como observou Emlia Viotti da Costa Cf.
6), entre otrosesuiosos, em "O mi d demcia rial no pas'. Como
indicor d leveza de mde artins ena, de o que antes que venha tona
maiores "inconveninci,do nto de vis de ma certa oral ainda em
consto e da qual o ui umlegmo reprenn, es inrvm pa intemr o bate-a
esado, api osnimos e delhe imrtanssimo pa disciplinar reivindicas
exorbintes "Esm, nhora, sossege Sr. Incio Jo, deixe-se dessas
asneras, embia no crime classifcado no cigo . Sr. Gregrio, faa o
favor de no mas embigad nasenho; quando no arrmo-lhe com leis s
coss e met-o na cadeia (1 p. 28)
Bem enndido, diiplin as cois, aqui, nada mis signica do que dei
patene patos o alcce ilimido do brio do juz. Se para os acsadores
deve cr claro queuma mbigada no crime, pa o udo, m negro, ca a
ameaa de que mesmoassim ele e acab cadeia. O rante da contradio
entre as declas do izdeve r comptado entre os mrios da elarao
tstica, mais do que simplesoseo de costes.
Em enio rane interesse, Tnia Bran pra mos o qno Mns Penaest
emnhado na consoldao de uma certa moral Cf. 12) e a dissio
esagicades pendncia na sesso do julamen em favor de sua se. A
interveno do
jiz, duplamne disciplinadora nto dos excessos vingativos dos
brancos quan dsecessivas "impertinncias dos negros , con no conunt
da cena para ganhar adissio do pblico em favor. Tra- d congu stica
de ma ordem aqal o valor maior prervar ma estra cociliatria em qe
cada m conhea erespeite os seus limites, sob a gide de m der,
bitrrio sim, ms devidamentecalcao no "m n.
A nncia, enetn, ainda no ac. Nem Martins Pena vai c nisso. Qndoo
juiz orde que os lgans tirem com a dicioal do "eso concilidos,o
emate fca r con de Incio Jo qe ameaa Gregrio com m sugesvo "l fame
pagars. Aqui estaos diane da referi dialtica da ordem e
desordemexamente no lugar (sala de audincias one mais se prra
escond-la: para osrepresentes da ordem uma dlarao de qe o assunto
es encerrado; pra os
Tans/Fo/Ao, S o P au lo 2 9 9 .
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ddis" o coto dh lvido como dic Ms P l do ms fo. s djo l pso
longe e desmti tes d TaB, p p w oblem que m inomu plnos om
s ps: zs qu s pecm mis ou meos sonvis, leis decetosdss judcis m
mp pegm". m ou foulo: o vo" lug ddem im em o s subm odem" essi m
dmento vicvld". is o qu Ms Pn cogu ui m s qus bd, gu quilo qu m s
ou sej m u efeit lio.
A sgud pdci sob s mis gv pim vs d i commo lvez. Ago queso delmio
d popied d Mnuel An cujmde evindc lo vizino. ixdo d ldo os scs
desfrutvelmencmicos d venis do vizino" ompemos an o n ds st. O
nso solict pen do juiz nos bahos de dcao o h ee um meio de gnt
us dieitos. E p con com o u enho, et-lhe mappin. Ms o juiz m osr
ofndido ue ns de ci l eno te to pa cuida ds caso po n mito ao co sa
iaplano. Dinte do prsto anl n o jiz aa-o o a aeia. Qo oltigante se
defende bandindo seus dieitos constituionais, ai sa ocuo lin jiz
nie:
Juiz Constiuio! . . . Es ! . . . Eu o Jiz de , hei dog
aConstitio! S. Escrvo, toe o e a Consttio es dgada e ane-
pnde s omem.Manl n Isto uma injsti!
Juiz in fala? Sundo-lhe gnti . . .
uel n defo . . .
Juiz lvnndos Bejeio!. . . (Mnl And o o jz vi s) ega .. .Peg . .
. f . . . ue o leve o dia" ( 1 1 , . 28
s diogo i, e e vi aes o efei cnico (eo no li luz de critis
dratios), e se consieao co u e e bo epto do s objto do comedgfo d
de ua onstituio ue aegu
cidos dermindos deitos soetudo os ppieios. Mas ess dieitos ntoem
se usuados, os encegos de su esi obvnci ais o qefz" qunto
simesmente dogados, num evidnte auso d utoridae (a dfoms mis
xecveis de violci os olos d mol burgues), a sieszo de qe o agente
ei", agrado no b atore u io econece os us poados direitos, inve
sita e transfom-se de gresso emvtim. Ta-se, en, do tistment faoso
e, pio in rfitente atualdscto utoidade". M o contrio do ue onte
oje, eto evio uculnci dos oens d lei" o estgio muito mais io da
deonfian e
elo os deslassicdos, o inident ido en Manel nd e juz nesulu o do
bjei", que conguiu fugir. Q da de su te,
Tans/FolAo, So Paul o 2 98 9
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sm como o o m lgo - oblm s solvo lmsmo. vvlmt o l o sguo l o s
fo. Ms Px qus m a o qu u fo lo como vmos.
Du quss m odm foml o mtc j s cl dsss os qunos ios. D o d vs fo s
dcs xplc uz i do jugeno (no fo po c que u ds pis fos domodo pico pc
o sculo XX n sdo jusmt o qu covco c o ibun. om qu ds o s xg comdi
pul" btudo f s mm do pfora d s. Ou, p d ms co l cotXualiza-s mdo mp
pum ats um dpois Po sso, diss; spl, qu o d mco o is s su unidade co
d Mtns Pn log ds u defito o smplsmnt u c cso fom sm qu o Juzos
conenos qu d lugar s ndcs s suidos ou consudos nu plv, rs vs do u
mtico d ei d ti, bit osribuns consiio dos fs gu- o jugn e ui no u
novddnuzid ns P, o os fi de u o funen xci bsii: o nceeno fol d
queso o ju nenu doscos sgnicou soluo do pbe s os ns ane. ndo p upos
pfo d p vida , coo costu diz, nosso ur so o n de u v d u o d v
bi
o fomliso ds stus, que no intf vid dos desfavocidos o p pio-,
desnindo su extv. Po ouo do - diz q v long s obvs lii qu de b pc s
r do Bil l xBs ocil".
Lgd ntie s quso s ven atid tic d cin,qu j dxos sbd c. D codo co
os ateiais rnjdos MtinsP, ssve s o ite d que, , ida es coeen scm
sto m q t msmo o do mis sgo t num monquiconstcion" o d prprid dend
dos ns ou aus fes d u gen do
d iil (ou constitucional?). Or, o avendo bs sobr qu u dogi do
indivduo unoo iv, b o io d ei" ou o cio, co usdiris onhcidos sidos
um dtugo consqent no s riscri ever d (io do qu coo os, ns Pn no u).
Mas, oenos s piir , o d o dvdo dsqu o juiz d p d ( foleg" d ineoio
do denvolvie") l u do isco d pici istiven d nos c idgic, j qu
sundeu sadoguns us s.
O tgio seguin mosr u ou fc do coedigfo, ssi coo u ovo
s s cs judicos" do u " Ser xriendo u ie uq au se do dos s fund
nos a cegou
Ts/olAo, S o P au lo 2 9 9
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a render alguns ns achados na prpria obra de Martins Pna o de O
diltat(pa uio diverida d ora pera eno opulssia) e Os cis updstr
(paria do Otlo u os cavalos de baaha o nosso oo Caeno aqui
d na conce f Ducis)ese co Mains Pena u na ppria io da comia,
eorizendo far em que os ais variados ligios o pretx pa se
ridicurizremadvoados jues e eos de plant (nmos na ais antiga far
conhida naFrana a do Mese Pathelin do scuo X) Mas a soluo para o
itgio aquiapndo ua ia episo bico Tra do incidente ene Toms e oo ual
o ieiro alega que u leio prpriae d gundo, seu quefuro sa cerca e
alimentuse e sua hor vis isso ( o lio est vivo rque ceu seus leues)
Tos considera no ireito de ivicar a prido aim, com o que o ampaio,
evidenmnt, no concord Os is a leio puxando u p u lao u e lug a
onia" inrvnodo juiz:
uiz lvata-s - rguem o re aima, n o tm!
Toms - ixme h!
uiz - Sr scrivo chme o miio (Os is aparts) r Sr scrv,no priso
(Assta-s) us ss v mo de conci cta,qe rm os s e i a agm ssa N igo cm
i q m m"(11, p 29)
prciso izr qu s concdam imedam com a ii E iz,de queb aia consgue
sr ntdo (as fit a devi ug com agumservilh r Tos avase de far jusia"
e este mm ra qe cragua coisa Des vez o juiz consegue concii os
contndores fazendo priaexpcita do famoso jugento de Saomo s co a
sadoa prpa de uno eiteresseiro gistrado O cmico d situa es to na ro
prup com obre animal" que reme a Salom qan na preri ostnsiva (no
digo que od).
e o uiz conseguiu concliar es conors dmn constragido a rpr
se o pomo da dirdia nem r isso as cos carm ac ms pTos ovamnte
aravs de cnicas picas temo reisso a acotcimeopasos a rmncia d causa
do probem um nova riviic xoi r isso msmo cmica Toms pede ao juiz qu
cit a Assembia Povicia prmnr fr cdo espinos e hos"
uiz - Isto ipossvel! A Asblia Provincial no e us cm
esinsignicncs
Toms signiicncia b! as os voos que Vosa Sria ium paqueles
sujeitos n e insignicncia n me pmu m fs
uiz - st veos o que i fr" (11, p 29
Tans/Fo/Ao, So Paulo 12: 9 9 .
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Como s p vr so vrios os sos e dis. Quado s ata d cidadosprprit
ditos - os que am d pprieios vor - o juiz pmt ardo c To imt q a
difrna de dos rsonags a idti
do prdmto do draaturgo a insisi na sguint actrizao do juiz
suaprsa o rsolve os prblmas dos cidados (ququer que sja o su
sttoomico, a ssibil d upl a d s ist
Dsvolvdo m outro stido a paria justia somica, arts Pacrra a acia
do dia com uma dispu qu al d iuzi mas ua norativa a costms o
graizados quato prograicat ucidos losarqus ossa histia m vro ica,
rmitlh raliz um m sucido jogo cosus com do so, gaas cactrsas lgua g
Por t paas, v a a z to a to qo o go q a
sErivo, le - z Fcsco Ato, aural d Portugal, rm brsiro, quto caso
com Ro Js, ou s r uma gu 'O, oc tra ga d mh m um o, o m vizho Jos
Slva dz qu l, s qo to a gua ma mr sau mlhao como o su cavalo Oa,
como oss cm ms, a pva s qu a mha scva aria tm um ho q mu p a V S ma
o o mu viziho gm fo a a q m m' .
Jz v q o t o ho a g so
Js Sva va; pom o ho m c, s u, q cv a o fo a s is q
Jos Sa s, Sr Juz . .
J - Nm mas m mo mas, gu o lho, so, cada.
E v q a st.
J q tm a p
E b
J - Eb o o mbg, mbgu com tzos m s, u cc o auto o psso!
Js Sa E l mos, tar.
Jz Sr Esvo, o ata a s , mo agr pa soo.
Jos a Sv, om hmdde - Vos Shia o gu! Eu gari oq ( 1 1 , p
29).
No h d r s sbia a z com qu s cia rsolvi, acasamt m faor do rtgs
st o irtat aqu, como o a m com q o z o rm a a.
ransFrm A o al o 2 - 99
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u lug cou da crica a exigia de que n conhecien lngua co relao a
comedigros no se regisos o eqens dessaexigncia s episo de ns Pena
osa to o u reito nio da lgua
quan o agudo golpe de vista e relao ao eeito cico procurado no
nvel daabigia ao cder eaas do juiz, r exeplo, o da Silva ue vai
enego pqra u adjeivo que te o duplo ntido criao lo requerien is a
pairde seu signicado original (do tupi, picu pyky = queno), udo
para aniais,signica pequeno e, para ssoas, sujeito insgnican
Convenhos que para ucoedio a que si icinalen ibudas qualiads negav
tais coooba ivial ou sucial dos costues, ala de len, ucos recurs
(os aisdesgastados la coda), an pa oaar isnen o u eio, ao e liguage
iguos e sm omso, e assim r iate, u ahao coo o
rer, a sa
, o mosd
rto ao o a suso d jo bm vre que o oto a o cmca pr t sio vtma
dosesos potos, to como ve gument v p as css domaOs ais comus so a ,
ou intgcia lta, a grosra ou gossua, arusticidae ou a d rto, o mau
gosto, a vugaid, a icutua a ala deos ou de eucao os es conetos" o
snmos Clo que to iadose evica empas" qto rorentes, dao o su sigco
co ppo detudo o que s xuo es, j q o u coto, vo as pviias excsque co
a rga", e ser o a resto dos emos e que oscunhou, ou sea, h a via qe
ds mosao de que aas aselites o tvaas, as, tm o rto, m gosto, so
itlgtes, m agaede namto, t, et q uma oao sms de ocio tha sovda a
comaos pvts ma a ao e qus s coo erde ss, cade s o e sts, age no
tato com a lgua(privilgio crtos ts tas ouas que ttto p sr
acimetobrvaas j o jovm ts E o que pvau o a ia qe nosso autorno ez
sequer l"
o o o caso d v aoa la hsia o ex crio ss cagoiasclassisas, n muto
mos o rpsar as ms qe promtas hs dopulso co, a io aqu as evc u m
isivo em qlqrob d cr cmco o ao ttual ( agi d mto) que pssu,r r
soreuo ss Uma ae qe no e ogm s o sa, a que as css doms esam citos
sss a sa m
as voltao pa m q nos ovmos, a to anciscoio, sm o tto o o sto o
pa uto ao smotem coa e vicosa da costuo stca, cot ada uma ioao
adcionasobr costues nacioais, dgos que eno romdveis pa certos pas
deoral e hiprocrisa institucoaiada Tratase do argueto da
patridade,
apentemente ireuvel os lhos ence s s e a pova dis qu ria t
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u lho que eu" - co o delhe imrnte de ser Maria ua erava. Lido
luzdas cirunsnci o guento desi is hos das escv re aossenhors eno no
rnce a su es. lhe sticen da aior relevnciaquando que eso deis de
aprovada a Lei do ene Livre uitos senhorescontin a apri lhos de
escvas M e su abigidade delira ouen a ainda p o ouro lo das s
interiais a rp assibilidade de Francisco Annio r so o pai des
criana endo decllose o enor constngen. ndependenente do seu contedo
este tipo deabigidade u rurso o tigo da coia e da far quan a
represo a essasforas ou a seus eageros" os vulges" e de au gosto" t
pour aus Ahistria des combate btudo ene os sulos XV e XVIII
registra ua uantidadeitvel de riss uls, es, rus, t r ds igres
qt
dos deis pees constitus B mr o caso d ommdia l/'t e susns eslhds
r ta a E num trismo um qun forad.
No Bsil a histria n mu mit deviente gs as prs e asdferenas fu
hoo Cmo em ouas pras s vas domso dosmus os dos coedis e coeos for
utizs e o emo da pe siples foa b a a ll" dispu efencia do lico no
eado psndotrvs dos ecanisos do favor la cpo dos elres encontrados
na leirasiimigas". O prprio Mns Pena conheceut as tcas fazia grne
scesso deblico foi violentaente censurado pelo Conservatrio Dratico
e nd
eepcionalen e se ndo de artis que deu certo" no rasil ee fin do
eso Cseatio Dmtco.
Nu oo pico de iniciantes ra encer sua audinia Mains Pena a criam
nova cena es si gratui e no do nto de vis dramtico as guduer
critrio tase de uma bvia preteno de fho de oro" que ima peduncia no
qal uma lher ve tazer ao juiz ais u pret , o juiz hvi mostrdo
iedade o seu grau de oupbiiade a nto de indzi a icitvde suas vtias
Na codia fora e que a ridez te peso io a insistncisb ququer ascto
cactriza defei agran. Neste caso nto expresso da
iatridde do aur quanto da relao que ele estaece co u pblico is
aoeite um cctersca de ngem sucientemete esecia inevivelmee um n
cana do tenismo Eis ns comedirfo inonsceteente vs m o esmo problem
q emna em seu rsnge e d to l.
ntes de passar pra as cosieraes fiis a respeito dessa
audnidrticete i" u tema a se denvolvido e ou ortiade fresado a
partir do exs ao insi nua situo ia n qul rngesse quaquer relo
dratica ente si desa seus polemas dinte do pblicoartins Pena n
soente iuguru a coa nacinal" como er a nossa trio
crtica mas aina aptou pa as duzidas dimenss do plco a frma pica
desleou da pris) Qnto longevide des fra ns istra utul resen
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ainda oje e co uito sucesso pula ua veso degadad nos
pogaastelevisivos "aa Bil e "A paa nos d an u exeplo is ada esa
cnce e eisas difens. U nvolviento eal, e is
ais inessan do n de vis esttic o os desles de escola de saba
noval.
ixaos paa exain aoa a aa fei lo jui Jos Silva d-lopaa a Guea dos
Faas que o apident fe o acite abandona a suast ndo e vis a s fun
tica de elig o epio cenl audinca esnt d pea. A efncia Guea s Fapos
t funo apitulativa, iseete o esdo otivo dos pobleas dos naoados
Anina e Jos. Est estpeso e coe o io de enviado ao io Gande. Manuel
Joo, o pai da a, esnvel la eol coe.
oo o escdo m e e lembado, no incio da cea 9, o jz deixouclo que
no queia te o pisioeio sob us cuidados dan a noi, e. Es suadissio
paa evi aecimeos e aledicncia "iunda a seu esito vaiacii a vida dos
jovens. oduzido casa de Muel oo, ode do juiz, Jocongue, co a ajuda
de Anina, escapa dessa piso doicilia e ugi co anaoada. Os dois de
escondidas nua igeja pxia e s auidades civis opai e o juiz s esta
abenoa a unio que liva os do ecumene oao,povidenci uma vid dig paa
o cal e clo, fesj o cmen, que nig dee.
Tudo, o, uito leve e inente. Mas paa al des incia e
levezadepamo-no co o da violncia eiante no pa. Uma violncia a ue
naeapa, ne os sonhos de vida esa as despeupada na co, aalendos
losjovens e pamatcaee conos lo paliso dos is velhos.
As ouas s do jove Mtins Pea Um sertanejo na corte e Afam e
afestana roa , segudo cou estabelecido, ostaia j indcios do que
passa poaaduecimeo tcico do coedigao. O que aida o se sa o peo
desaaducieo. Aps a apno des la (140, Matins Pea dedica-se,
sesucesso, s tevas datcas. Vola, eno, ao teeno da codia j e 842 e,
ibalta, e 1, co O Jus em sba Aleluia e Os irms s almas. A ptides ,
o comedio exibia pleno coniento de u ocio.
Ua vez ue o citio paa deni "aaduecieto cnico envolve a idia
deado do daa ou, o que d no eso desco da codia damica,
algumascatestcas comeam a e aladidas e Mtis Pa. Desuemos as dus
maisimes: desenvolvimeo cuidado da ta, ou do eo e dos cos mpee oo
de ecotos e desecontos aoosos, clo e concntao no esao.Relen, a pti
de Os dous ou O ingls maquinista, de 142, t as suas codiaspassa a e
como esao cico seme uma sala de vsitas, com uma exceofeiten
juscada, O Namorador ou Noite So Jo
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Pos o ciio ca naturalente copudo ene os defeitos ais insistentes
docoedigrao o hbito de ronstuir aavs dos dilogos dos rnagens
episiosinteiros ocorrios fora da cena jusente porque so naados e
prnto pouco
tais". No i que
criio ba ualicdo a eso riaisque concoe pa a cactri sial e
psicolgi dos rnagens - , uafalha" habitualent observada e Mtins
Pena a fal de aprofundaentopsicolgico". A equa no ento clara
deualicaos r no dticos" osus ruos p o den dos rgens ese a gu cbr
exaen a faldes denho. o exeplo do guint epiio dacent relevante"a a
Os irmos almas que cers direores conteneos no hesiri eeliin ua ee
ut lo ":
"Entr M s raos Ea Soa
Mi - Ai qse i . . . Tirme es atilha (Lz tir-lh a mntilh)
AiSent-se Mit bid coe.
S - N h qu core.
Ei - Aca elr in e?
M - U uc. Se o coare no estivesse l r da igreja para tiraredo r
eu ori ceen.
Su - Aquilo u deforo!
Maa - assi . Ajunta esses brejeiros nos codos das cacubas paae s
velhas e re lis as.
Su - E ns rre e e cles.
Esi - u icci!M - Ereeme de l do que ia o a ala la a a fo.
Eus - E i d m que q a ce.
Mi - iuel!Sus - ricilete cmre e S. Facio de Pula.
- Eo rs iis um vi s fere patifari.
Ei - A lia v iso?
i - estu que sso copae de licena que voue dei u" (1 1 p 1 19
e um Svi Rmer cere dria es pina la qntidad de iorassobre ces
pulares daqueles idos nehu crtico enconta ris literios.s es
presetes nto quel qulides j as (agilidade er de snteseo agua de te
qt os pbleas que a turidade tcnica" is aocnted de atins Pea A zira
do ceitrio e dia de Fiados realen cariais tl" se apreta eto e que
eselias i acontecendo. Maspa al s liites de elenco (ehua copanhia d
a a o r as licas riacondies iceiras pra reuir o nero de atores e
coparsas necessrio pa
TaFolAo, S o P au lo 2 9 9 .
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5/21/2018 In Camargo Costa. A com dia desclassificada de Martins
Pena. Trans.Form.A ...
http:///reader/full/ina-camargo-costa-a-comedia-desclassificada-de-martins-pena-tr
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cong com u mnimo de reismo cnico a mutio que acorre aos
cemitisnesse dia e, conseqentement, as situas constedoas a qe se
refeem as
rgens), Mans Pe opas a souo ", novamente pi lan
mo dos cus quj andoa, is com diso escia e qncia de qdosIs p no
fal nas conncis que oo i em rmos de pejuos pa ocontedo em queso, na
medida em que deia diuir jusmente o seu confito .
A idia de Mtins Pena, entento, mais a do que simpesmente
mencionep pireos oidos m ss rnens, ou chama a ano p cts p wen; como
ele quer nto ms enss de ans ialexteoriveis em critios de educo e
ctet eete unt asexoes motivos pa r das ibus d se niv d (du
hres ue i u b hei i s e s iexaminar peso esc d eisdi e e st b c
s usdisveis p de et e ess de de wexemp daui e ce fe seni u desvve o
dconver u ds as ci d f d sbe , e Frana, j neste suo
O que mos nes breve cenconves a stitui de u exinciadesagdve pa
os rnens e f o ceit hee s ts emFinados Uma o duamente castid r
bejeis e s ovei de situs
des ti pa imrtun os incuts sbeu muhees uide de vtias si, pies e
n t d i, e is icsiv dpon de vista dmtico, s o meso tpo sed o foo a
p d qu osincidentes, am de cmicos, psm a ser reevs tis sens tm de
se osrdores (aauts) ds occis sus des e e n hvs ouasas p p ouo ti de
eit eivo s cetes sbe a b de MtinsPena, ps j se justici que b de se
exs E ucs pvasmesmo nos momentos em que nos comedigfo conguiu imr
ao seu contedo opncpio do drama, mais deeitd que nha sido es imsio,
uees ascs
que nomen rend como fah tcni em, ais, devem r vistosco rurs de
que ee utii ndo em is t a heteeneide ente condodisnve e forma ir t
as is des es fm
Esmos, com isso dado rao Js de ec e Mchdo de ssis mprovvel que
se no morrsse ced tis Pe cbi esceved exceeteseempes de aa comd P
isso i nessi ue ete ots pvidncismus o fo do u ohr s ds bs p ci isi
ea corte, j que a moe peci est de psse ds isuts eds pacongur o que
ain no vi i O e n p s se essa ob de
matudade mania o mes vi ctico s ue di ou aas alimeia anos vta
comdia ideoica co is us cpts
TnsFoAo, So Pau lo 2 - 99
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5/21/2018 In Camargo Costa. A com dia desclassificada de Martins
Pena. Trans.Form.A ...
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COSA, L C. - Mrins n's clsslss comy. T// o Pauo,
1 -22, 1989
ASTRACT: After potg out the ideooic characer of basic conces
usuaeoyed n dramatc terature anass, ths stud ries o show how we can
see arher whenfee from their mtatons Once noted he cassis basis of
heare theories in Braideologal ht arses as an usefu spotlght to
iuminate the reuar shadowed aces oMartns Pena' s omedes
KEY-WORDS: Mode theate; drama, omed of manners; dramatic comed
hih
omedy; fare; drat lterature; epc theatre
ENCAS BILIOGRFICAS
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9 6 6 6 COSA, E. V. . Da onaqa ela; onos cisivos. 4 . o
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Brsilins, 1987
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1979 (Monogrs 1977)
1 3 RORIGUES, J As das e as palaas nots sobr idni culrl e Lus
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4 SC HWARZ, R . rssostos, slvo ngno, Di ic a malaam". In
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5 V E RSIO, . Mrins n o ro bsilio. n , studos delteratua raslea
1 sr. Blo Horizon/o Pulo, IiiEusp, 1976
T r n s/Fr m /A S o P au l : 1 - 22 , 1 9 8 9 .