Jornal Laboratório do Curso de Jornalismo da Universidade Federal do Ceará (UFC) - Ano 6 - Nº 39 - Julho de 2015 Ocupação do espaço público
Jornal Laboratório do Curso de Jornalismo da Universidade Federal do Ceará (UFC) - Ano 6 - Nº 39 - Julho de 2015
Ocupação do espaço público
O confuso cargo de editorO nome “editor-chefe” vem acompanhado de gla-
mour. O topo da pirâmide que compõe o jornal, aquele que dá a última palavra, bate o martelo, toma as deci-sões mais importantes.
Porém esse topo é mais pontudo do que normalmente se imagina. Cabe ao editor-chefe achar erros que pas-saram despercebidos, encontrar todos os pontos pas-síveis de críticas que o conteúdo pode vir a receber, mandar refazer, cobrar e até ser um pouco chato.
Ser editor-chefe é, de certa forma, preocupa-se mais com o conteúdo do que os próprios autores, pois se deve pensar naquele que produziu e, acima de tudo, na-quele que consumirá. Ser editor-chefe é, acima de tudo, ser um paradoxo; é ver o pior de tudo para extrair o melhor que aquilo pode ser.
Fortaleza - CE JULHO/2015
Rafael Salvador (28) é formado em Publicidade e Propaganda pela UFC e trabalha como designer gráfico, ilustrador, webdesigner, quadrinista e instrutor de Hapkido. Monitor da Oficina de Quadrinhos da UFC entre 2006 e 2011, atualmente é o diretor de arte e ilustrador da Revista Berro, fundada em 2014.
A minha família vem todinha pra cá.
Nós compartilhamos a vida sentados aqui, conversando, brincando, achando graça.
LÉLIA SANTOSCostureira aposentada
Cuidar do espaço público é uma
responsabilidade que eu tenho com o bairro e com a comunidade.
RITA PIRESProfessora aposentada
Após o início dos torneios, a taxa de homicídios na Sapiranga foi zerada. Foto: Nyara Cavalcante
O costume da conversa na calçada ainda se faz presente na Rua 309 do Conjunto Ceará. Foto: Nyara Cavalcante
Brincadeiras
Aqui, nós (as prostitutas) nos tratamos como família.
CARMEN SANDRA trabalhadora do sexo
Prostituição na praça: No Passeio Público,
profissionais do sexo dividem espaço com os demais
frequentadores do Centro à luz do dia.
O Passeio Público é conhecido tanto pela sua história quanto pelo estigma de ponto de prostituição. Foto: Chloé Leurquin
As trabalhadoras do sexo explicam que nunca fizeram programas no Passeio Público, apenas nos arredores do equipamento cultural do Município. Foto: Rochelle Guimarães
O Granada é um dos pontos, no Centro, das trabalhadoras do sexo. O local fica em frente ao Passeio Público. Foto: Chloé Leurquin
Os motéis ao redor da área são os locais utilizados para a prática. Foto: Camila Lima
Ocupar o Passeio é resistir e reivindicar o espaço de fala das putas, das travestis, dos gays, das mulheres.
PALLOMA SOARESintegrante do movimento
Marcha das Vadias
É na rua que o movimento se
pulveriza, dissolve-se entre camadas sociais
distintas e ganha força.
Para os manifestantes, a ocupação do espaço público e a interferência no cotidiano urbano publicizam a ampliação do alcance social das reivindicações. Foto: Drielle Furtado
A principal pauta do dia foi a discussão do Projeto de Lei da Terceirização. Foto: Drielle Furtado
O direito a manifestações na rua é garantido pelo Artigo 5º da Constituição Brasileira, porém algumas ressalvas são fei-tas quanto às condições em que esses agrupamentos podem ocorrer. Todo e qualquer protesto em local público é permitido, independentemente de autorização, uma vez que as manifesta-ções ocorram de forma pacífica.Embora as reuniões públicas sejam liberadas, exige-se que haja um aviso prévio às autoridades. Além disso, em nenhum momento, uma manifestação pode frustrar outra previamente convocada, ou seja, mais de uma reunião, com objetivos e temáticas diferentes, não podem fazer movimentações em um mesmo local e data.
Ordem e protesto
Foram discutidas MPs que alteram as regras de concessão de auxílio-doença e dificultam o acesso ao abono salarial e seguro-desemprego. Foto: Drielle Furtado
Manifestantes buscam fazer com que as pessoas deixem de se acomodar e participem da luta coletiva. Foto: Drielle Furtado
Mário é filho de Maria de Lourdes Miranda de Albuquerque e do comunista Mário Albuquerque. Três de seus oito irmãos também foram presos e torturados durante no regime militar. Entre 1966 e 1971, ano de sua prisão, Mário esteve ligado à Frente Popular de Libertação, ao Partido Operário Revolucionário Trotskista e ao Partido Comunista Brasileiro Revolucionário. Atualmente é presidente da Comissão Especial de Anistia Wanda Sidou e conselheiro da Comissão Nacional de Anistia do Ministério da Justiça. Foto: Amanda Matos
Se não tivesse quem se comovesse com a
situação do morador de rua, nem sei o que seria.
MICHELCarreteiro e em situação de rua
Mais informações:Grupo Espírita Casa da Sopa
Rua da Assunção, 431 – Centro, Fortaleza (CE)Blog: grupoespiritacasadasopace.blogspot.com.brFacebook: fb.com/casadasopaceEmail: [email protected] os integrantes do grupo, além de comida, os moradores em situação de
rua também precisam de afeto e atenção. Foto: Mariângela Chagas
A Casa da Sopa distribui cerca de 25 litros de sopa para os habitantes das ruas do centro da cidade. Foto: Mariângela Chagas