PÓS GRADUAÇÃO UNIASSELVI CENTRO UNIVERSITÁRIO LEONARDO DA VINCI UNIASSELVI GERALDO MARCELO LEMOS GONÇALVES IMPLANTES CURTOS COMO OPÇÃO REABILITADORA EM IMPLANTODONTIA
PÓS GRADUAÇÃO UNIASSELVI
CENTRO UNIVERSITÁRIO LEONARDO DA VINCI UNIASSELVI
GERALDO MARCELO LEMOS GONÇALVES
IMPLANTES CURTOS COMO OPÇÃO REABILITADORA EM IMPLANTODONTIA
Teófilo Otoni
2015
GERALDO MARCELO LEMOS GONÇALVES
IMPLANTES CURTOS COMO OPÇÃO REABILITADORA EM IMPLANTODONTIA
Monografia apresentada ao Programa de Especialização em Implantodontia da Pós Graduação Uniasselvi, Núcleo Teófilo Otoni, como parte dos requisitos necessários para obtenção do título de especialista em Implantodontia.
Orientador: Prof. Rodrigo Mendes Ferreiro Girondo
Teófilo Otoni
2015
GERALDO MARCELO LEMOS GONÇALVES
IMPLANTES CURTOS COMO OPÇÃO REABILITADORA EM IMPLANTODONTIA
Monografia apresentada ao Programa de Especialização em Implantodontia da Pós
Graduação Uniasselvi, Núcleo UNIASSELVI Teófilo Otoni, como parte dos requisitos para
obtenção do título de Especialista em Implantodontia.
Avaliado em ______ de _____________ de 2015.
___________________________________
Rodrigo Mendes Ferreiro GirondoProfessor Orientador
___________________________________
Membro da Banca Examinadora
___________________________________
Membro da Banca Examinadora
DEDICATÓRIA
À minha família, por compreender à minha busca por novos horizontes,
longe do meu lar.
AGRADECIMENTOS
“A gratidão é o sentimento mais nobre que o ser humano pode demonstrar”
Agradeço a Deus sobre todas as coisas, pois sem Ele não há forças
para vencer as dificuldades enfrentadas no dia a dia;
À minha família pelo apoio incondicional;
A todos os professores e colaboradores do Centro Especializado em Odontologia – CESO/UNIASSELVI – Teófilo Otoni (MG);
Aos meus colegas de turma, que me animaram e encorajaram nessa
busca;
Aos colegas de trabalho da Clínica Sorrir, que sem o apoio deles isso
seria impossível.
“Que os vossos esforços desafiem as impossibilidades,
lembrai-vos de que as grandes coisas do homem
foram conquistadas do que parecia impossível. ”
Charles Chaplin
RESUMO
Nas situações clínicas em que ocorre severa reabsorção óssea após a perda de
dentes, as opções de tratamento com implantes incluem a necessidade de
reconstrução óssea prévia e instalação de implantes convencionais ou a utilização
de implantes curtos. Revisar não sistematicamente a literatura com o propósito de
sintetizar e discutir alguns itens sobre o uso de implantes curtos, tais como,
aspectos biomecânicos, índices de sucesso, longevidade e planejamento
cirúrgico-protético. Buscou-se selecionar referências atuais e de impacto acerca
dos implantes curtos comparando-os aos convencionais. Diversos estudos
destacam a maior importância do diâmetro dos implantes para a prática clínica.
Os implantes curtos apresentam altas taxas de sucesso e previsibilidade quando
determinados aspectos biomecânicos são levados em consideração.
Palavras-chave: implantes dentários curtos; osseointegração; reabilitação.
ABSTRACT
In clinical situations in which bone resorption occurs after severe loss of teeth, the
implant treatment options include the need for prior bone reconstruction and
installation of conventional implants or only short implants. Not systematically review
the literature in order to synthesize and discuss some items on the use of short
implants, such as biomechanical aspects, success rates, longevity and surgical -
prosthetic planning. He attempted to select current references and impact on the
short implants comparing them to conventional. Several studies highlight that for the
clinical practice the most important is the implant diameter. Short implants have high
rates of success and predictability when certain biomechanical aspects are taken into
consideration.
Keywords: Short dental implants; osseointegration; rehabilitation.
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO................................................................................................ 09
2 REVISÃO DE LITERATURA........................................................................... 11
3 DISCUSSÃO................................................................................................... 25
4 CONCLUSÃO................................................................................................. 28
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS................................................................... 29
9
1 INTRODUÇÃO
Devido a evolução dos implantes odontológicos e das próteses
implantossuportadas, áreas até então edêntulas, com altura e volume ósseo
reduzidos passaram a ser reabilitadas com êxito. O alto índice de sucesso desse
tipo de tratamento vem cada vez mais proporcionando confiança e aplicabilidade
clínica ao cirurgião-dentista. Porém, áreas com grande reabsorção óssea e por
consequência diminuição da altura óssea impossibilita o tratamento restaurador por
meio de implantes convencionais, principalmente em regiões posteriores de
mandíbula e maxila, onde o canal mandibular e o assoalho do seio maxilar estão,
respectivamente, presentes (GALVÃO et al., 2011).
Verifica-se ainda na literatura que há um melhor resultado na utilização dos
implantes osseointegrados quando maior for o contato possível entre a área total da
superfície do implante e o osso alveolar é alcançado, por isso há a procura por
implantes maiores tanto em comprimento quanto em diâmetro. No entanto, a altura
óssea disponível é um dos fatores limitantes na determinação do comprimento do
implante. Áreas como a região posterior da maxila, devido à expansão do seio
maxilar após a perda dentária e a região posterior da mandíbula, devido à
proximidade com o canal mandibular, muitas vezes impossibilitam a instalação de
implantes longos (LEE et al., 2006).
Desta forma, houve o desenvolvimento para estas situações de novos
desenhos e comprimentos de implantes ditos curtos além do tratamento de
superfície. É uma opção viável, principalmente, quando múltiplos e unidos pela
supra estrutura protética. Ainda neste sentido, quando a região posterior da
mandíbula se apresenta atrófica, o osso é, geralmente, denso e, portanto, permite
uma ancoragem com alta estabilidade primária (DAROZ et al., 2007).
Atualmente, não existe um consenso na literatura sobre a definição de
implante curto. Alguns autores consideram como sendo implantes menores do que
10mm (MORAND, IRINAKIS, 2007). Outros, no entanto, definem implante curto com
sendo com o comprimento intraósseo igual ou menor que 8mm (RENOUARD,
NISAND, 2006).
Os implantes curtos em relação aos longos necessitam de menos osso
remanescente, reduzindo a exposição do paciente a cirurgias para enxertia óssea,
10
elevação da mucosa do seio maxilar, reduzindo o risco de injúrias ao feixe vásculo-
nervoso alveolar inferior, diminuição do tempo e custos do tratamento constituindo
uma grande vantagem (BARBOSA et al., 2007).
O uso de implantes curtos tem-se apresentado como alternativa para facilitar
a restauração protética em mandíbulas e maxilas atróficas, artigos recentes sugerem
que estes podem alcançar o mesmo nível de sucesso dos implantes longos, desde
que respeitada as propriedades biomecânicas e biológicas, como tratamento de
superfície e fresagem com menor aquecimento possível do alvéolo cirúrgico.
Entretanto poucos estudos têm avaliado apropriadamente a sobrevivência, a longo
prazo, de um amplo número de implantes curtos colocados em diferentes posições
anatômicas e após diferentes procedimentos cirúrgicos (ANITUA et al., 2008).
As indicações e os riscos de cada tratamento devem ser cuidadosamente
avaliados com o objetivo de restabelecer aspectos funcionais e estéticos para cada
paciente. Reabsorções ósseas são frequentemente acompanhadas por uma
desfavorável relação do espaço intermaxilar, tanto em altura quanto em largura,
levando, em consequência, à confecção de coroas protéticas longas e com
sobrecontomo, principalmente na região vestibular. Esses fatores, além de
comprometerem a estética, também influenciam nos aspectos biomecânicos da
prótese, aumentando as forças não axiais sobre o implante (TAWIL et al., 2006).
O objetivo do presente trabalho é apresentar uma revisão de literatura sobre a
utilização de implantes curtos como opção reabilitadora em implantodontia para
pacientes com disponibilidade óssea reduzida, apresentando-se como uma
alternativa as cirurgias avançadas de aumento ósseo vertical, uma vez que estas
levam a alta morbidade, requerem períodos clínicos extensos e envolvem altos
custos para os pacientes, justificando assim este estudo.
11
2 REVISÃO DE LITERATURA
Tawil e Younan (2003) realizaram o acompanhamento entre 12 e 92 meses
de 269 implantes (139 na mandíbula e 130 na maxila) do sistema Brånemark screw-
type, com 10mm ou curtos (6, 7, 8 e 8,5mm), colocados em 111 indivíduos. A taxa
geral de sucesso chegou a 95,5%, com 12 perdas. Destas, cinco eram de 7,0mm de
comprimento, uma de 8,0mm, duas de 8,5mm e quatro de 10mm. Foram extraídos
dois implantes por carga precoce, três em paciente com osteoporose, um em
paciente bruxômano severo e um por fratura. Dois implantes colocados em região de
osso denso falharam em consequência do superaquecimento local no momento do
preparo. Em três locais a causa da perda não pôde ser identificada. Não houve
diferença estatística significativa (p > 0,05) na taxa de sucesso de implantes de
10mm quando comparada àquela de implantes curtos, bem como entre os diferentes
diâmetros. Concluíram que, a qualidade óssea é mais determinante para o sucesso
dos implantes do que a quantidade.
Weng et al. (2003) utilizaram 1.179 implantes 3i® de 20, 18, 15, 13, 10, 8.5 e
7mm de comprimento e afirmaram que 60% de todos os implantes que falharam
eram curtos (<= 10mm) e que a taxa cumulativa de sucesso para os implantes
curtos (89%) foi significativamente menor do que para todos os demais implantes
(93,1%), em 72 meses de observação. Informaram que 48,5% dos implantes tinham
10mm ou menos de comprimento e 26% de todos insucessos ocorreram com
implantes de 7mm de comprimento. Concluíram que dimensões e qualidade óssea
limitada têm grande impacto na performance dos implantes utilizados neste estudo.
Griffin e Cheung (2004) examinaram o sucesso dos implantes curtos de
plataforma larga recobertos com hidroxiapatita e instalados na região de molares em
maxila e mandíbula em áreas com altura óssea reduzida. Determinou-se o sucesso
de acordo com os seguintes critérios: ausência de queixas, periimplantite ou
supuração, mobilidade do implante e radiolucidez na junção osso-implante. Dos 168
implantes (6,0 x 8mm) colocados em 167 indivíduos, 128 receberam coroas
unitárias, 38 foram empregados como pilares em dentaduras parciais fixas unidos a
implantes de tamanhos variados e dois serviram de pilares de cantiléveres em
próteses parciais fixas. O acompanhamento seguiu por até 68 meses após os
12
implantes estarem em função. No período de avaliação os implantes enquadraram-
se nos critérios de sucesso instituídos.
Mordenfeld et al. (2004) verificaram os resultados de implantes com maior
diâmetro e comprimento entre 7,0 e 13mm utilizados para reter restaurações fixas
nos segmentos posteriores de maxila e mandíbula. Dos 78 implantes MK-II de
plataforma larga Nobel Biocare TM (29 curtos e 49 longos) postos em 52 pacientes
com idade de19 a 81 anos, acompanhados por até quatro anos, oito foram perdidos
(seis curtos e dois longos). Destes, cinco estavam entre os 23 implantes maxilares e
três entre os 55 mandibulares. Todos os insucessos ocorreram no prazo de dois
anos a contar da cirurgia; três aconteceram antes da instalação da prótese e os
outros no período de oito a 20 meses após serem colocados em função. A taxa de
sucesso geral alcançou 89,8%; 79,3% para os implantes curtos e 95,9% para os
longos. Portanto, consideraram-se os resultados animadores, pois na colocação dos
implantes de plataforma larga foram encontradas situações desfavoráveis, tais
como: qualidade pobre de osso, volume ósseo comprometido e áreas submetidas a
forças oclusais intensas.
Gentile et al. (2005) examinaram a taxa de sucesso de implantes curtos
BiconTM (6,0 por 5,7mm) comparada à de implantes não curtos. A amostra foi
composta de 35 pacientes, os quais receberam no total 172 implantes (45 curtos e
127 não curtos). Quanto aos implantes curtos, 33 foram instalados na região
posterior de mandíbula (73,3%), 11 na região posterior de maxila (24,4%) e um na
região anterior de mandíbula (2,3%). Passados 12 meses, a taxa de sucesso chegou
a 92,2% para os implantes curtos e a 95,2% para os não curtos, não representando
diferença estatística significativa (p = 0,78). Os resultados sugeriram que os
implantes curtos poderiam se osseointegrar e suportar as cargas oclusais.
Arlin (2006) investigou de uma amostra total de 264 pacientes 630 implantes,
sendo 35 com 6,0mm de comprimento, 141 com 8,0mm e 454 mediam entre 10 e
16mm. Colocaram os de 6,0mm apenas na região posterior da mandíbula, e 127 de
8,0mm e 373 de 10 a 16mm foram distribuídos na mandíbula e na maxila. Salientou
que mais da metade dos implantes de 6,0 mm foi alojada em osso de má qualidade.
Do total, 17 falharam, o que representa índice de sucesso absoluto de 97,3%.
Destes, os implantes de 6,0mm obtiveram 94,3% (duas perdas), os de 8,0mm 99,3%
(uma perda) e os de 10 a 16mm 96,9% (14 perdas), em até dois anos de
observação. Além disso, 11 perdas ocorreram em implantes colocados em ossos do
13
tipo III ou IV. Os dois implantes de 6,0mm que tiveram de ser retirados na fase de
osseointegração estavam em osso do tipo IV. Quanto as perdas, 76,5%
aconteceram no primeiro ano; destas, 92% deram-se antes da instalação da prótese.
Notou-se que implantes de 6,0 a 8,0mm são uma opção de tratamento previsível
para pacientes com disponibilidade óssea limitada. Comparada ao aumento de
rebordo e à colocação de implantes mais longos, a instalação de implantes curtos
seria mais simples, menos demorada, menos onerosa e oferece baixa morbidade.
Misch et al. (2006) estudaram a instalação de implantes curtos na região
posterior de maxila e mandíbula. A amostra foi composta de 745 implantes em 273
pacientes. A maioria deles (562) media 4,0 por 9,0mm. Havia ainda 89 implantes de
5,0 por 9,0mm, quatro de 6,0 por 9,0mm, 60 de 3,5 por 9,0mm, 29 de 4,0 por 7,0mm
e apenas um de 5,0 por 7,0mm. Foram confeccionadas 338 próteses fixas
implantossuportadas, das quais 102 eram unitárias e 236 suportadas por múltiplos
implantes. Em cinco anos de acompanhamento registraram-se seis perdas (quatro
na mandíbula e duas na maxila), que ocorreram antes de os implantes receberem
carga. A taxa de sucesso chegou a 99,2%. Portanto, aplicando propriedades
biomecânicas de redução de estresse (adequada proporção coroa/implante, número
de implantes similar ao de dentes perdidos, não uso de cantiléveres, esplintagem e
diminuição da mesa oclusal), os implantes de 7,0 e 9,0mm apresentaram elevados
índices de sucesso.
Neves et al. (2006) realizaram uma revisão de dados base no MEDLINE com
relação aos implantes curtos ou cirurgia avançada entre os anos de 1980 e 2004.
Para isto foi analisado tabelas de 33 estudos onde foi considerado os números de
implantes de tamanho 5, 7, 8, ou 10mm colocados e perdidos, o momento em que
ocorreu a falha e os fatores de risco relacionados. Os estudos incluíram 16.344
colocações de implantes com 786 falhas (4,8%). Os implantes foram analisados de
acordo com o momento da falha (antes ou depois da colocação das próteses) e
fatores de risco implicados nas falhas. A taxa total de falhas foi de 4,8%. Os
implantes de largura de 3,75 x 7mm de comprimento falharam em uma taxa de 9,7%
comparados com 6,3% dos implantes de 3,75 x 10mm. Foi encontrado que 54,9%
das falhas ocorreram antes da conexão das próteses. Sendo que, 66,7% de todas
as falhas foram atribuídas a pobre qualidade óssea, 45,4% à localização (maxila ou
mandíbula), 27,2% a sobrecarga oclusal, 24,2% à localização na mandíbula e 15,1%
à infecção (um implante poderia ser associado com múltiplos fatores de risco). O
14
implante de 3,75 x 7mm apresentou a maior taxa de falha (9,7%) dos 1.894
implantes analisados (excluindo os modelos de implantes com as maiores taxas de
falhas, mas pouco no total de implantes). Portanto, os implantes curtos deveriam ser
considerados como uma alternativa nas cirurgias avançadas para aumento ósseo,
desde que cirurgias podem envolver alta morbidade, requer períodos clínicos
extensos e envolver altos custos para os pacientes.
Tawil et al. (2006) determinaram a influência de alguns fatores protéticos
sobre as taxas de complicação e de sobrevivência de 262 implantes curtos do
Sistema Brånemark com superfície tratada foram colocados consecutivamente em
109 pacientes e acompanhados por uma média de 53 meses. Os parâmetros
protéticos foram registrados e os dados foram examinados para a relação perda
óssea peri-implante e complicações biomecânicas ou biológicas. As taxas da coroa-
implante relativamente, forma < 1 ou forma > 2 (16,2%). A tabela de largura oclusal
variou de 5,4 a 8,3mm. A dentição oposta era mais frequentemente de dentes
naturais, uma prótese fixa suportada por dentes naturais ou uma restauração fixa
implanto-suportada. A oclusão com uma relação maxilo-mandibular e vestíbulo-
lingual normal foi encontrada em 72,7% dos casos. Nenhuma diferença significante
na perda óssea peri-implante foi correlacionada com a taxa peri-implante ou a
largura da tabela oclusal. Nem o comprimento do cantilever nem o bruxismo tiveram
um efeito significante na perda óssea peri-implante. A perda óssea média foi de 0,74
65mm. A diferença na taxa de complicação (15% geral) entre o grupo de
bruxômanos e o grupo de não bruxômanos não foi estatisticamente significante (p =
51). Um implante foi perdido em um bruxômano severo após 7 anos de função. O
aumento dos valores da taxa peri-implante e a largura da tabela oclusal não
pareceram ser um fator de risco grande nos casos de carga favorável. Em 67% dos
casos, o comprimento mesiodistal da prótese era menor do que o comprimento do
dente natural correspondente, o que poderia ter contribuído para a melhor
distribuição de carga e resultados mais favoráveis. Concluíram que, os implantes
curtos pareceram ser uma solução viável a longo prazo em locais com altura óssea
reduzida, mesmo quando os parâmetros protéticos excedem os valores normais,
produzidos pela força de orientação e distribuição de carga são favoráveis e a
parafunção é controlada.
Barboza et al. (2007) avaliaram retrospectivamente o desempenho clínico dos
implantes curtos no período de seis anos de uma amostra composta de 348
15
implantes curtos instalados em regiões anteriores e posteriores dos arcos de 153
pacientes. Dos implantes instalados, 220 foram de 9mm e 128 de 10mm de
comprimento, com diâmetros de 3,5mm, 4mm e 5mm, instalados em diferentes
densidades ósseas. Sítios tratados através da regeneração óssea guiada receberam
45 implantes. As regiões anteriores e posteriores receberam 45 e 303 implantes,
respectivamente. Em 19 casos, a instalação imediata dos implantes foi realizada.
Todos os implantes foram reabilitados proteticamente, com prótese unitária ou
múltipla. A taxa de sucesso foi de 96% (334 implantes). Concluíram que, implantes
curtos poderiam ser utilizados com segurança como suporte protético na reabilitação
de dentes perdidos, com sucesso e longevidade semelhante aos implantes longos.
Degidi et al. (2007) realizaram um estudo retrospectivo sobre o sucesso de
implantes curtos, comprimento inferior ou igual a 10mm, imediatamente carregados.
De janeiro de 1995 a outubro de 2004, 133 implantes curtos foram inseridos e
carregados imediatamente. Vários sistemas de implante foram utilizados, com um
tempo médio de acompanhamento de 4 anos. Apenas 3 dos 133 implantes foram
perdidos, ou seja, uma taxa de sobrevivência de 97,7%, e não foram encontradas
diferenças estatisticamente significativas entre as variáveis estudadas; nenhuma ou
reduzida perda óssea marginal foi considerada como um indicador da taxa de
sucesso quando se tratou de avaliar os efeitos de vários fatores com a utilização de
um modelo linear geral. A análise da taxa de sucesso por meio de um modelo linear
geral mostrou que os implantes maiores, com diâmetro > 3,75mm e com
comprimento de 10mm foi relacionada a uma inferior junção do abutment ou perda
óssea marginal e, portanto, um melhor resultado. Concluíram que os implantes
curtos carregados imediatamente tiveram uma alta taxa de sobrevida e a taxa de
sucesso semelhante aos relatados em estudos anteriores com procedimentos de
dois estágios. Os implantes com carga imediata podem ser considerados uma
técnica confiável, embora uma maior perda óssea marginal foi de se esperar quando
foram utilizados implantes estreitos, diâmetro ≤ 3,75mm, e de comprimentos
menores < 10mm.
Maló et al. (2007) investigaram clinicamente em um período de 5 anos de
revisão onde foi utilizado 408 implantes curtos Brånemark em 237 pacientes tratados
consecutivamente que suportavam 151 próteses fixas colocadas sobre 131
implantes de 7mm de comprimento e 277 eram de 8,5mm. Cinco implantes falharam
em quatro pacientes antes da revisão de 6 meses, dando uma taxa de sobrevivência
16
acumulativa de 96,2% em 5,8 anos. A média de reabsorção óssea foi de 1mm (SD
= 0,6mm) após um ano e 1,8mm (SD = 0,8 mm) após o quinto ano de função. Oito
implantes falharam em sete pacientes antes da revisão de seis meses, dando uma
taxa acumulativa de sobrevivência de 97,1% em 5 anos. A taxa de reabsorção óssea
foi de 1,3mm (SD = 0,8mm) após um ano e 2,2mm (SD = 0,9 mm) após o quinto ano
de função. Portanto, as taxas de sobrevivência acumulativa de 96,2 e 97,1% em 5
anos para implantes de 7,0 e 8,5mm de comprimento, respectivamente, indicaram
que os implantes Brånemark curtos de único estágio seria um conceito viável em
ambos os maxilares.
Anitua et al. (2008) realizaram um estudo de corte retrospectivo com um total
de 293 indivíduos que receberam 532 implantes curtos entre os anos 2001 e 2004.
Todos os implantes foram colocados por dois cirurgiões experientes e as
reabilitações foram feitos por três protesistas. A taxa de sobrevida total dos
implantes foram 99,2% e 98,7% para as análises baseadas em implantes e
indivíduos, respectivamente. O período médio de acompanhamento foi de 12,3
meses. Dois dos 532 implantes foram perdidos durante o período de observação.
Nenhumas das variáveis estudadas foram estatisticamente associadas à falha de
implante. Concluíram que o tratamento com implantes curtos poderia ser
considerado seguro e previsível se usado sob protocolos clínicos rigorosos.
Fugazzotto (2008) realizou um estudo retrospectivo de todos os pacientes
tratados entre maio de 2000 e maio de 2007 que receberam implantes endósseos
com menos de 10mm de comprimento. A idade do paciente, gênero, localização dos
implantes, tipo de prótese, tempo de função e estabilidade do osso da crista peri-
implante foram avaliados. A análise retrospectiva identificou 2073 implantes de
6mm, 7mm, 8mm ou 9mm de comprimento colocados em uma variedade de
situações clínica em 1.774 pacientes. As taxas acumulativas de sobrevivência dos
implantes em função em várias áreas da boca que suportavam próteses fixas ou
coroas únicas variaram de 98,1% a 99,7%. Cada indicação foi examinada com
relação as taxas de falhas e sucesso e tempo médio de função. Concluiu que
quando utilizados adequadamente, os implantes de 6 a 9mm de comprimento
demonstraram ótimas taxas acumulativas de sobrevivência sob função comparáveis
aquelas reportadas para os implantes maiores.
Corrente et al. (2009) realizaram uma pesquisa prospectiva para determinar a
taxa de sucesso, em 36 meses, de implantes curtos porosos na região posterior de
17
maxila com 2,0 a 7,0mm de altura óssea inicial em 48 pacientes. Colocaram-se 48
implantes, todos carregados com coroas unitárias: 35 em locais com altura óssea de
5,0mm ou menos e 13 indivíduos precisaram de elevação de seio maxilar com
osteotomia e xenoenxerto. Ao final do período de avaliação a taxa de sucesso
alcançou 97,92%. A utilização de implantes porosos curtos mostrou boa
previsibilidade no tratamento da maxila posterior nesse relato de três anos.
Gonçalves et al. (2009) avaliaram a importância da bioengenharia e do
aperfeiçoamento de técnicas cirúrgicas, demonstrando através dos índices
alcançados a prevalência do sucesso na instalação de implantes dentais em região
posterior da mandíbula, em qualidades ósseas D3, em pacientes entre 52 e 60 anos,
com próteses fixas sobre implantes de 8,5mm. O estudo retrospectivo teve os dados
estatísticos coletados no Centro de Pós-Graduação do Centro Integrado de
Odontologia, Faculdades Sarandi da Academia de Odontologia do Rio de Janeiro,
na clínica CLIVO, dentre um total de 2 294 implantes instalados na mandíbula, no
período de 1999 a 2007. Os implantes curtos totalizavam 1.056, dos quais 20
implantes foram escolhidos de forma aleatória e analisados. O índice de sucesso
obtido foi de 85% e verificou-se a necessidade de tomar certos cuidados na
indicação do seu uso. Concluíram que a bioengenharia e o desenvolvimento de
técnicas cirúrgicas atuais otimizaram o uso dos implantes curtos com o objetivo de
evitar cirurgias avançadas. Para compensar o menor tamanho deveria observar
alguns fatores, como: qualidade óssea, proporção coroa/implante, número de
implantes e diâmetro, geometria macroscópica e microscópica dos implantes,
magnitude de forças e mesa oclusal.
Grant et al. (2009) realizaram um estudo retrospectivo para determinar o
sucesso total dos implantes dentais curtos (8mm de comprimento) colocados na
região posterior, parcial ou completamente edêntulas e restauradas com prótese
fixas e removíveis. Um total de 124 pacientes teve 335 implantes de 8mm colocados
de maio de 2005 até junho 2007. Dos 124 pacientes totais, 35 eram homens e 89
eram mulheres, entre 18 e 80 anos e idade média de 56 anos. Havia 112 pacientes
que eram parcialmente edêntulos e 12 que eram completamente edêntulos. Dos
pacientes, 32 tiveram um único implante colocado visto que os outros 92 tiveram os
implantes múltiplos colocados. Um paciente teve os implantes carregados
imediatamente com coroas provisórias. Todos os implantes foram restaurados por
meio de prótese fixas. Destas próteses fixas, 245 foram esplintadas, visto que 75
18
foram restauradas individualmente. Verificaram que do total de 335 implantes curtos
colocados em 124 pacientes. Dos 335 implantes colocados, 331 integraram-se com
sucesso. Nos dois casos que houve falhas, os locais foram transplantados com
hidroxiapatita porosa e plasma risco em plaquetas. Os implantes foram substituídos
em 5 meses após a falha inicial no primeiro paciente e em 7 meses no segundo
paciente. Estes implantes recolocados integraram-se e foram restaurados para
função por mais de 16 meses. Havia uma fratura de um implante com uma
restauração. O implante tinha sido restaurado com uma restauração fixa
individualmente fabricada, com a fratura que ocorre na cabeça do implante, exigindo
a remoção. O implante e a restauração tinham estado em função por 10 meses
antes da fratura. Não houve nenhuma outra fratura de implante ou da estrutura
restauradora notável neste estudo. A taxa de sobrevivência para os implantes de
8mm colocados na mandíbula foi de 99% do estágio de cirurgia a uma prótese
funcional por até 2 anos. Portanto, a colocação de implantes dentais curtos é um
método de tratamento previsível para pacientes com altura óssea posterior
mandibular diminuída.
Silva (2010) afirmou que o cirurgião deve tomar cuidados em relação a
aquecimento durante a instrumentação cirúrgica devido ao tipo de tecido e ao
desenho do implante, de diâmetro largo. A perfuração deve ser cuidadosa, com o
máximo de irrigação, sem excesso de pressão manual sobre o instrumento de corte
e com uso de brocas em excelente estado. A instrumentação cirúrgica de implantes
curtos deve ser feita com extremo cuidado, pois o comprimento do implante
dificultaria o estabelecimento da estabilidade primária. O cirurgião não teria muita
liberdade para correções de angulações durante o ato cirúrgico, caso exista algum
erro. Tais precauções seriam importantes para o sucesso final do caso.
Esposito et al. (2011) avaliaram se os implantes dentários curtos de 5mm
poderiam ser uma alternativa ou aumento das maxilas atróficas posteriores com
osso bovino inorgânico e com os implantes dentários com pelo menos 10mm de
comprimento. Quinze pacientes com mandíbulas atróficas bilaterais (5-7mm altura
acima do osso mandibular canal), e 15 pacientes com maxilas atróficas bilaterais (4-
6mm altura óssea abaixo do seio maxilar) e espessura óssea de pelo menos 8mm,
foram designados ao acaso em um modelo de boca dividido receberam de um a três
implantes curtos de 5mm ou implantes de pelo menos de 10mm de comprimento no
osso aumentado. As mandíbulas foram verticalmente aumentadas com blocos
19
ósseos e os seios maxilares com osso particulado através de uma janela lateral. Os
implantes foram colocados depois de 4 meses, submersos e carregados, após 4
meses, com próteses provisórias. Quatro meses mais tarde, as próteses definitivas
foram cimentadas provisoriamente. Nas mandíbulas, os implantes de 10mm de
comprimento não puderam ser colocados e os implantes mais curtos (7 e 8,5mm)
foram usados. Um ano depois da carga nenhum paciente desistiu. Dois implantes
longos (de 8,5mm na mandíbula e de 13mm na maxila) e um implante maxilar curto
de 5mm falhou. Não houve diferenças estatisticamente significativas nas falhas ou
complicações. Os pacientes com implantes curtos perderam em média 1mm de osso
peri-implantar e os pacientes com implantes maiores perderam 1,2mm. Esta
diferença foi estatisticamente significativa. Portanto, o presente estudo piloto sugeriu
que 1 ano depois da carga, os implantes alcançaram resultados semelhantes ou
melhores resultados que os implantes maiores colocados no osso aumentado. Os
implantes curtos poderiam ser a melhor escolha para o aumento ósseo sendo que o
tratamento seria mais rápido, mais barato e com menor morbidade, no entanto, o
prognóstico a longo prazo foi desconhecido.
Galvão et al. (2011) revisaram não sistematicamente a literatura com o
propósito de sintetizar e discutiram alguns itens sobre o uso de implantes curtos, tais
como aspectos biomecânicos, índices de sucesso, longevidade e planejamento
cirúrgico-protético. Buscaram selecionar referências atuais e de impacto acerca dos
implantes curtos, comparando-os aos convencionais. Diversos estudos destacaram
a maior importância do diâmetro dos implantes. Verificaram que o diâmetro do
implante mostrou-se mais eficiente do que o comprimento dos implantes na
dissipação de tensões, pois a região que mais recebe esforço está junto à crista
óssea; apesar do seu maior índice de perda, os implantes curtos evidenciaram taxas
de sucesso próximas às dos implantes longos convencionais utilizados; medidas
como esplintagem, proporção implante-coroa semelhante, eliminação de contatos
oclusais horizontais, diminuição da mesa oclusal e não uso de cantiléveres
favoreceram a biomecânica e aumentaram a previsibilidade do tratamento; a
qualidade óssea e o tratamento de superfície dos implantes são fatores primordiais
para o sucesso com implantes curtos. Áreas com osso dos tipos III e IV
demonstraram mais falhas, independentemente do tipo de superfície dos implantes.
E esclareceram ainda que o protocolo cirúrgico com duas etapas foi mais seguro
para o procedimento com implantes curtos. Para a prática clínica os curtos
20
apresentaram altas taxas de sucesso e previsibilidade quando determinados
aspectos biomecânicos foram levados em consideração. Concluíram que a
colocação de implantes curtos se torna um tratamento viável para pacientes com
altura óssea reduzida.
Menchero-Cantalejo et al. (2011) avaliaram as taxas de sucesso e insucesso
dos implantes curtos (10mm ou menos) para reabilitações orais em casos de altura
óssea limitada. Foi realizada uma revisão de artigos publicados sobre o tema, entre
os anos de 2000 e 2010, e uma meta-análise descritiva dos resultados. A maioria
dos estudos obteve uma taxa de sucesso acumulativa semelhante à dos implantes
maiores, 92,5% - 98,42% implantes com superfície usinada e áspera,
respectivamente. Os estudos que registraram taxas de sucesso acumulativas
inferiores foram os mais antigos que analisaram os implantes com superfície
usinada. Quase nenhum dos estudos comparou as taxas de insucesso/sucesso com
a qualidade óssea ou localização do implante, maxila ou mandíbula. Assim, os
resultados obtidos foram uma mistura destes parâmetros. Concluíram que dos
resultados analisados, as reabilitações com implantes curtos seriam um tratamento
confiável; no entanto, a falta de consistência dos modelos de estudo, bem como a
presença de viés em todos os estudos analisados tornou difícil a análise dos dados.
Atieh et al. (2012) realizaram uma revisão sistemática que incluiu estudos
com implantes curtos com comprimento de 8,5mm em pacientes desdentados
parcialmente posteriores. Os estudos com dados não claros de implantes curtos
foram excluídos. Um total de 1354 artigos foi encontrado nas pesquisas de versão
eletrônica e manuais. Destes, 33 artigos aplicar os critérios. Estes últimos artigos
documentaram os resultados de 3.573 implantes curtos. Os resultados mostraram
um intervalo de taxa de sobrevivência de 98,5% a 100% e uma taxa de
sobrevivência cumulativa de 97,9% para 98,5% para os implantes curtos com
acompanhamento de 1 a 5 anos. A maioria (71%) das falhas dos implantes ocorreu
antes do carregamento. A análise da tabela de sobrevida demonstrou taxa de
sobrevivência semelhante entre os implantes curtos e longos (comprimento >
8,5mm) e diâmetros curtos (diâmetro < 4,8mm) e bem curtos (diâmetro > 4,8mm).
Concluíram que a taxa de sobrevivência dos implantes curtos na região de
edentulismo parcial posterior foi alta e não foi relacionada a superfície do implante,
modelo ou largura. Os implantes curtos poderiam ser uma alternativa previsível em
21
relação aos implantes longos, que muitas vezes requerem outros procedimentos
adicionais.
Bourauel et al. (2012) analisaram 21 implantes disponíveis comercialmente,
sendo 13 minis e oito curtos, com relação ao comportamento do material e
transferência de carga para osso alveolar, usando a análise de elementos finitos. Os
mini-implantes foram analisados na região anterior da mandíbula com uma força de
150N sob carregamento imediato, usando uma análise de contato de elementos
finitos. Os implantes curtos foram inseridos nos segmentos ósseos posteriores e
analisados no estado osseointegrado com uma força oclusal de 300N. As forças Von
Mises, até 1.150 MPa, nos mini-implantes em parte ultrapassaram a última
resistência. O diâmetro e geometria do implante tiveram um efeito pronunciado nas
forças na lâmina cortical, até 266 MPa. As cepas de osso esponjoso e de força no
osso cortical ao redor dos implantes curtos foram significativamente aumentadas em
comparação com aqueles em implantes padrões. Portanto, um risco aumentado de
lesão óssea ou falha de implante poderia ser assumida em situações clínicas
críticas.
Draenert et al. (2012) realizaram um estudo para mostrar as taxas de
sobrevivência de implantes curtos abaixo de 9mm, nas regiões parcialmente
desdentadas de molar e pré-molar inferior com próteses fixas. A perda óssea
marginal vertical e bidimensional foi avaliada. Um total de 247 implantes dentários
com próteses fixas (coroas e pontes) na região de pré-molar e molar mandibular
foram avaliados; 47 implantes com 9mm ou menores. O tempo médio de vigilância
foi de 1.327 dias. A taxa de sobrevivência cumulativa (CSR) dos implantes curtos foi
de 98% (1 implantes perdidos) em comparação com 94% do grupo implantes
maiores sem significância. Trinta e cinco dos implantes curtos foram Astratech (0 de
perda) e 12 foram Camlog (1 perda). A perda óssea marginal bidimensional e
vertical precoce não foi significativamente diferente nos implantes curtos com
comprimento regular e no grupo de implante com uma média de 0,6mm e 0,7mm em
implantes curtos durante o período de observação. Concluíram que os implantes
curtos com um comprimento de 9mm ou menor obteve as taxas de sobrevida iguais
em comparação com os implantes maiores durante o período de observação de 1-3
anos.
Henriques (2012) concluiu que o desenvolvimento do desenho dos implantes,
o tratamento da superfície e o aprimoramento das técnicas cirúrgicas, forneceram
22
razões para reavaliação dos resultados prévios, que desencorajavam o uso dos
implantes curtos e possibilitaram a confecção de implantes cada vez menores, com
características que tornaram sua utilização mais segura, tendo taxas de sobrevida
similares as dos implantes longos, além de evitar a realização de procedimentos
mais invasivos, como os enxertos ósseos. Referiu ainda alguns fatores que podem
afetar o sucesso dos implantes curtos, a quantidade e a qualidade óssea, as
condições sistêmicas dos pacientes, a natureza da dentição oposta, a magnitude de
forças e presença de hábitos parafuncionais, a posição do implante na arcada, a
técnica cirúrgica, o número, desenho, tamanho, diâmetro e condicionamento da
superfície do implante, a altura da coroa protética e tamanho da mesa oclusal, a
estabilidade primária do implante e a curva de aprendizagem do médico dentista.
Trabalhando estes fatores poderão ser alcançadas taxas de sucesso maiores.
Alonso (2013) demonstrou um estudo com os seguintes objetivos: 1) avaliar
clínica e longitudinalmente a estabilidade de implantes curtos em função da
qualidade óssea, através do torque de inserção, análise da frequência de
ressonância (RFA) (Osstell®) e capacidade de amortecimento (PTV) (Periotest®); e
2) avaliar a correlação entre as três técnicas. Foram instalados 39 implantes
(Straumann, SLActive, 4.1 x 6mm), de 1 estágio cirúrgico, na região posterior de
maxila e mandíbula, em 18 pacientes com idade entre 25 e 76 anos. A qualidade
óssea foi identificada pela sensibilidade tátil do cirurgião no momento da perfuração
e classificada de acordo com a classificação de Lekholm & Zarb (1985) (tipos I-IV).
O torque de inserção foi medido utilizando um torquímetro manual (Straumann®), e
dividido em três grupos: < 15Ncm, entre 15 e 35Ncm e >35Ncm. Os valores PTV
foram medidos imediatamente após o torque manual, no montador do implante. Para
os valores de RFA foi calculada a média das medidas mesiodistal e vestíbulolingual.
A avaliação de RFA e PTVs foi repetida no momento da instalação da coroa (3
meses mais tarde). Os resultados mostraram efeito significativo da qualidade óssea
nos valores de estabilidade do implante. Os valores do torque de inserção foram
significativamente maiores no osso tipo 1-2 do que em osso tipo 3 e 4. Para os
valores PTV foi encontrada diferença estatística entre o osso 1-2 e 4. Analisando os
valores RFA, os implantes instalados em osso tipo 1-2 e 3 apresentaram ISQ
significativamente maior do que os implantes instalados em osso tipo 4. Além disso,
independentemente do tipo de osso, as médias dos valores de ISQ foram
significativamente maiores após o período de osseointegração (79,36) do que no
23
momento da instalação do implante (68,29). Os resultados demonstraram que a
qualidade óssea influência nos valores de estabilidade primária e secundária,
havendo correlação moderada entre os três métodos de avaliação da estabilidade.
Atieh et al. (2013) investigaram sistematicamente os estudos sobre os
implantes dentários de ≤ 8,5mm colocados na maxila posterior e/ou na mandíbula
para apoiar as restaurações fixas. Os dados foram extraídos e comparados
estatisticamente. Foram comparados os resultados de implantes curtos versus
implantes dentários longos. Os resultados demonstraram que numa triagem inicial
de 1.354 estudos tiveram à avaliação direta de 401 artigos. Destes, 33 preencheram
os critérios da pesquisa: 5 estudos clínicos randomizados; 16 estudos prospectivos,
randomizados e não controlados; 12 estudos retrospectivos, não randomizados; e 1
estudo com dados prospectivos e retrospectivos. Esses estudos indicaram que não
houve diferença significativa quanto a sobrevida dos implantes curtos versus longos.
Houve falhas em 59 de 2.573 implantes curtos com um ano de registro, sendo 71%
destes falharam antes da carga. Apenas 101 implantes curtos foram acompanhados
por 5 anos. Concluíram que a taxa de sobrevivência inicial dos implantes curtos para
o edentulismo parcial posterior foi elevada e não foi relacionada a superfície, design,
ou largura do implante. Portanto, os implantes dentários curtos poderiam constituir
uma alternativa viável para os implantes maiores, que muitas vezes poderiam exigir
procedimentos de aumento adicional.
Figueiredo (2013) comparou, por meio de fotoelasticidade, sob carregamento
axial e não-axial, a distribuição de tensão em implantes curtos e longos, em dois
sistemas de implantes dentários com próteses parciais fixas de 2 elementos com
diferentes alturas de coroa. A amostra envolveu, 16 modelos fotoelásticos foram
divididos em 4 grupos: I - Implante Longo 5x11mm Neodent® - Titamax CM Cortical;
II - Implante Longo 5x11mm Bicon®; III - Implante Curto 5x6mm Neodent® - Titamax
WS Cortical; IV - Implante Curto 5x6mm Bicon®. Cada grupo foi submetido a cargas
axial (0°, 0,5 Kgf) e não-axial (15°, 0,5 Kgf), tanto com coroa protética de 8mm
quanto de 13mm de altura. A análise dos resultados evidenciou que o comprimento
do implante foi um fator estatisticamente significativo, tanto para o carregamento
axial quanto para o carregamento não-axial. Sob carregamento axial, os implantes
do sistema Neodent® com coroa de 13mm de altura apresentaram maior tensão de
cisalhamento (31.5 ± 16.5 MPa) quando comparados aos implantes do mesmo
sistema com coroa de 8mm (25.7 ± 11.4 MPa) (p<0.05). Os implantes de
24
comprimento curto apresentaram maior tensão (33.4 ± 16.0 MPa) que os implantes
longos (24.6 ± 12.5 MPa) quando próteses de 8mm foram utilizadas sob
carregamento axial (p<0.05). Implantes Neodent® que receberam coroas protéticas
de 8mm apresentaram maior tensão (31.43 ± 15.44 MPa) que os implantes do
sistema Bicon® com a mesma altura da coroa (26.18 ± 13.00 MPa) sob
carregamento não-axial (p<0.05). Próteses de 13mm de altura não levaram a
diferenças estatisticamente significantes na distribuição de tensão entre os dois
sistemas e entre os dois comprimentos de implantes analisados, independente do
carregamento (p>0.05). Concluiu-se que implantes curtos concentram maiores
valores de tensão quando comparados a implantes longos, entretanto, quando
fatores protéticos que potencializam a tensão sobre os implantes estão presentes,
como coroa protética com altura aumentada, o sistema e o comprimento do implante
não foram fatores relevantes.
Monje et al. (2013) realizaram uma revisão sistemática para avaliar o efeito do
comprimento dos implantes dentários (<10mm) na perda óssea marginal peri-
implantar e os fatores associados. A pesquisa eletrônica das bases de dados do
PubMed e MEDLINE com estudos relevantes publicados em inglês, a partir de
novembro de 2006, a julho de 2012 foi realizada por um único examinador.
Verificaram que a meta-regressão da média da perda óssea marginal peri-implantar
do comprimento do implante moderador foi insignificante (P = 0,633). Portanto, não
pôde concluir que o comprimento implante teve um efeito sobre a média da perda
óssea marginal peri-implantar. Além disso, as diferenças padronizadas da média da
perda óssea marginal peri-implantar nos subgrupos de implantes curtos (<10mm) e
padronizados (≥10mm), como determinado pela meta-análise foram estatisticamente
insignificantes (P = 0,222). Dentro dos limites da presente revisão sistemática, pode-
se concluir que os implantes dentários curtos (<10mm) foram semelhantes na perda
óssea marginal peri-implantar como os implantes padronizados (≥10mm) para as
próteses fixas implantosuportadas.
Mendonza et al. (2014) realizaram um estudo com um total de 453 implantes
curtos <10mm de 198 pacientes que foram divididos em grupos com esplinte e sem
esplinte. O grupo de esplinte era composto por 219 implantes em 86 pacientes,
enquanto o grupo sem esplinte incluiu 234 implantes de 112 pacientes. O tempo
médio de acompanhamento foi de 9,7 - 3,7 anos. Embora as diferentes taxas de
sucesso foram encontradas nos grupos de esplinte (97,7%) e sem esplinte (93,2%),
25
eles mostraram perda óssea marginal (1,22 - 0,95mm e 1,27 - 1,15mm,
respectivamente). O sucesso dos implantes com esplinte foi associado a nenhuma
outra variável, considerando que os implantes sem esplintes apresentaram maior
risco de falha quando colocados em homens (OR = 3,2) e quando os implantes
inferiores a 10mm foram utilizados (OR = 3,6 e 4,1 para 8,5mm e 7mm,
respectivamente). Independente do grupo, 71,4% dos implantes sem sucesso
falharam antes do final do primeiro ano após a carga. Concluíram que os implantes
curtos posteriores sem esplintes demonstraram uma taxa de sucesso um pouco
menor do que os implantes curtos com esplintes, e a taxa de falha dos implantes
curtos com esplinte mostrou ser maior no sexo masculino, bem como nos implantes
<10mm.
3 DISCUSSÃO
Áreas edentadas severamente reabsorvidas, tanto em maxila como em
mandíbula são, frequentemente, muito difíceis ou impossíveis de se adaptar
corretamente com prótese convencional. O tratamento com implante pode ser uma
alternativa eficaz em tais situações.
A literatura relata um melhor resultado na utilização dos implantes
osseointegrados quando o maior contato possível entre a área total da superfície do
implante e o osso alveolar é alcançado, por isso há a procura por implantes maiores
tanto em comprimento quanto em diâmetro. No entanto, a altura óssea disponível é
um dos fatores limitantes na determinação do comprimento do implante. Áreas como
a região posterior da maxila, devido à expansão do seio maxilar após perda dentária
e a região posterior da mandíbula, devido à proximidade com o canal mandibular,
muitas vezes impossibilitam a instalação de implantes longos (MISCH, 1993; NEVES
et al., 2004).
As reconstruções de mandíbulas atróficas por meio de enxertos ósseos
autógenos têm sido descritas por vários autores com resultados variados o que seria
também uma conduta para solucionar a deficiência de altura. Embora largamente
utilizadas, as técnicas de reconstruções de mandíbulas implicam em maior grau de
morbidade, aumento na duração do tempo e dos custos do tratamento e maior
desconforto ao paciente (BARBOSA, 2007; ANITUA, 2008).
26
Assim, quando analisamos mandíbulas com altura óssea inferior a 10 mm e
acrescentamos alguns fatores como idade do paciente e duração do período do
tratamento, a opção de se utilizar implantes curtos, em função da simplicidade do
tratamento, com consequente diminuição do custo e índice de sucesso similar aos
implantes longos parece configurar-se em uma solução mais vantajosa (NEVES et
al., 2006; MISCH, 2006; MALÓ, NOBRE, RANGERT, 2007). Estes mesmos autores
relatam ainda que o maior esforço da carga oclusal é transferido à crista óssea ao
redor do pescoço do implante, de forma que o comprimento do implante pode não
ser fator principal na distribuição das cargas oclusais.
Nota-se que não há consenso entre os autores na definição de comprimento
para que um implante seja considerado curto. A maior parte deles (MORAND,
IRINAKIS, 2004) entende como curtos os implantes com comprimento inferior a
10mm. Por fim, há os que acreditam que implantes curtos devem possuir extensão
inferior a 8mm (RENOUARD, NISAND, 2005). Neste trabalho estabeleceram-se
como implantes curtos aqueles com menos de 10mm de comprimento, de acordo
com a maioria da bibliografia consultada.
A finalidade deste estudo é, através de um estudo longitudinal, avaliar o
índice de sucesso e considerar a decisão terapêutica de usar implantes curtos em
região com altura óssea inadequada, tendo como fundamentação científica a análise
de estudos longitudinais ou retrospectivos desse segmento, em relação ao uso
desses implantes e o seu índice de sucesso. Foi consultada para verificar estudos
publicados entre os anos de 2003 a 2013.
Os implantes com menos de 10mm de comprimento foram associados à altas
taxas de insucesso, no entanto uma revisão de literatura sobre a taxa de sucesso
dos implantes curtos realizada em artigos publicados entre 2003 e 2013 apresentou
uma média de sucesso semelhante à de implantes longos. Estes estudos
envolveram diversos tipos de implantes com diferentes designs e superfícies. Estas
diferenças podem ser devido a outras variáveis que afetam a sobrevida dos
implantes, incluindo a superfície destes, a curva de aprendizado do cirurgião, a
estabilidade primária do implante, a quantidade e qualidade óssea do sítio receptor e
protocolo protético.
Na literatura existem parâmetros para se avaliar o sucesso dos implantes. A
falha do implante é definida como remoção deste. O tempo entre a instalação do
implante e a última visita do paciente aonde é realizada a remoção do implante é
27
denominada sobrevivência do implante. Para ser considerado bem sucedido, o
implante deve apresentar as seguintes condições: 1, satisfação do paciente e do
profissional em relação às próteses sob o ponto de vista estético e funcional; 2,
ausência de dor, desconforto e infecção atribuídas aos implantes; 3, estabilidade dos
implantes testada clinicamente; 4, perda óssea vertical inferior a 0,2 mm por ano,
após o primeiro ano em função (MISCH, 2006).
Implantes curtos apresentam vantagens quando comparados a cirurgia
avançada o que vai de acordo com os relatos de autores como, quando afirmam que
procedimentos cirúrgicos utilizando implantes curtos é uma alternativa de morbidade
inferior aos procedimentos de enxertia óssea e distração osteogênica, bem como
Gonçalves et al. (2009) que afirma o sucesso de implantes curtos através do
desenvolvimento de técnicas cirúrgicas as quais aperfeiçoaram o uso dos implantes
curtos com o objetivo de evitar cirurgias avançadas. Thomé et al. (2008)
descreveram que implantes curtos é uma solução importante e deveriam ser
considerados como uma ótima opção restauradora em casos limítrofes com
reabsorções severas, bem como, Neves et al. (2006) concluíram que implantes
curtos poderiam ser considerados uma boa alternativa para diminuição de custos
para o paciente evitando cirurgias para ganho ósseo, considerando que cirurgias
envolvem maior morbidez.
À luz do presente, seria tentador correlacionar o comprimento dos implantes
curtos a maiores taxas de insucesso, mas a importância da qualidade do tecido
ósseo não deve ser desconsiderada. Concomitantemente, a correta manipulação
cirúrgica do tecido receptor é conhecida por ser um fator determinante para se
atingir a osseointegração. Assim, parece adequado respeitar cada um dos fatores
necessários para se atingir a osseointegração e não enfatizar variáveis isoladas.
Após o período inicial de avaliação, o comportamento dos implantes curtos
utilizados neste estudo, atingiram resultados satisfatórios, mesmo em área posterior
de mandíbula. Embora a disponibilidade óssea seja um fator determinante, os
resultados mostram que este tipo de tratamento pode ser uma boa alternativa de
reabilitação mandibular. Estes resultados, até o presente momento estão de acordo
com os estudos de vários autores pesquisados. Embora o período de avaliação seja
extremamente curto, este trabalho é parte integrante de um projeto inicial que
pretende avaliar a partir de um estudo longitudinal, com pacientes, o índice de
sucesso de implantes curtos instalados em região posterior de mandíbula
28
parcialmente edêntula com pouca disponibilidade óssea, como forma de reabilitação
protética neste tipo de situação.
O planejamento para instalação de implantes curtos deve seguir um rigoroso
protocolo clínico e radiográfico, bem como análise tomográfica associada ao
planejamento virtual e detalhada anamnese juntamente com exames laboratoriais.
Com estes complementos de diagnóstico é possível prever situações que possam
contra indicar o uso de implantes curtos na mandíbula.
4 CONCLUSÃO
Dentro dos nossos estudos, pode-se concluir que o uso de implantes curtos é
uma solução clinicamente viável para reabilitação de arcos atróficos. Esta opção
deve sempre ser considerada durante o planejamento das reabilitações orais com
implantes osseointegrados antes de cirurgias avançadas. O correto planejamento,
posição, quantidade das fixações unidas, tratamento de superfície, relação
coroa/implante, fresagem, travamento inicial, além de acompanhamento longitudinal
dos pacientes são fatores primordiais para sucesso final de um caso clínico com
implantes curtos.
29
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