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Ásia e África Século XIX
19

Imperialismo

Jul 10, 2015

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Ásia e ÁfricaSéculo XIX

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Orientações Gerais: Esse power point não substitui a leitura do capítulo 10

do seu livro didático; Esse arquivo digital tem o objetivo de dar ênfase ao

conteúdo do livro; Consultar os exercícios referentes a este conteúdo

presentes no livro e no caderno de exercícios; Sempre que aparecer dúvidas procurar a professora. Bons estudos!

Professora Cynthia

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Excesso de capital existente na Europa: a busca por novas oportunidade de investimento nos territórios africano e asiático acarretou a expansão do domínio dos países europeus sobre esses territórios. A superação da crise do final do século XIX só foi possível, então através do crescimento econômico e da expansão neocolonial;

Teorias psicológicas: Destaque para as teorias psicológicas do homem europeu, tais como o darwinismo social, os cristianismo evangélico, etnocentrismo e racismo.

Teoria diplomática: A busca por prestígio nacional, de equilíbrio de forças entre as potências européias a razão da ocupação do território africano.

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Todas as explicações são parcialmente defensáveis e, apesar das divergências, participam de uma concordância básica: Todas buscam na dinâmica européia a explicação para a partilha.

A África só aparece por se tratar do território que foi ocupado, mas não se constitui em parte da explicação, isto por que essas teorias buscam explicar a partilha na perspectiva da história européia.

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Em oposição as explicações européias, historiadores africanos têm trabalhado para mudar o foco da análise e examinar o processo na perspectiva da história africana.

É importante levar em consideração o processo histórico pelo qual passavam os povos do continente quando da chegada dos europeus e a reação dos africanos, especialmente sua resistência, diante da intensificação da presença européia.

Essa teoria da dimensão africana “admite que foram os motivos de ordem essencialmente econômica que animaram o europeus e que a resistência africana à invasão crescente da Europa precipitou a conquista efetiva”.

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É importante salientar que a África existia com a História e uma dinâmica própria antes da chegada do europeu.

Povos africanos brigavam entre si (organizados em reinos ou não) por terras para a agricultura. Foi este quadro de conflito generalizado que os europeus encontraram. A imagem de uma África estável, unitária, marcada pela convivência pacífica entre os povos , maculada com a chegada dos europeus, não se sustenta.

O continente estava passando por um intenso processo de transformação quando da chegada dos europeus. Não foram estes que inauguraram a dinâmica, que trouxeram as mudanças, mas foram antecedidos por elas.

As mudanças e as disputas por terras já existiam. Podemos afirmar que os europeus se tornaram mais um dos grupos em conflitos.

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Não havia uma identidade africana: “ a ideia de uma clara identidade de africanos em oposição aos europeus no

século XIX, embora tentadora, não nos parece plausível. O que havia, isto sim, era a clara identidade e sentimento de pertencer a este ou aquele reino ou sociedade em conflito com os demais grupos. Os europeus constituíam, em um primeiro momento, “mais um grupo ao qual me oponho”, e não no “grupo inimigo de todos nós africanos”. É possível supor que muitas vezes uma aliança com os europeus era desejável na luta contra este ou aquele reino (...) Se a aliança é uma possibilidade lógica, a resistência dos reinos e chefias africanas ao avanço europeu é uma certeza”.

ARNAULT. Luiz e LOPES. Ana Mônica. História da África: uma introdução. Belo Horizonte: Crisálida, 2005. pp. 62 e 63.

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A expansão tinha motivos econômicos, que a lógica econômica sempre busca o equilíbrio entre o maior lucro e o menor custo, e que ela não tinha que ser necessariamente acompanhada de conquista militar.

A presença e a influência inglesa na América Latina ao longo do século XIX, nos parece um bom exemplo de como a economia funciona. Essa influência foi exercida sem o recurso constante à conquista e aos canhões.

Os recursos diplomáticos e comercias foram quase sempre suficientes para garantir uma atividade comercial que favorecesses os interesses ingleses.

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O componente bélico da expansão econômica do século XIX não nos parece algo que estava definido desde o início.

Esse componente só apareceu quando as vias diplomáticas e comerciais se mostraram insuficientes, quando os reis e chefes africanos passaram a representar empecilhos e a criar dificuldades às pretensões econômicas européias. Foi essa resistência que precipitou a conquista e ocupação efetiva do território.

Em que pese a pobreza da imagem, foi a resistência africana que provocou a substituição do mascate e sua mala pelo soldado e sua metralhadora.

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A resistência adquiriu várias formas: Ela foi da simples negativa diante de uma proposta de acordo diplomático e comercial até um conflito militar propriamente dito.

Muitas vezes a diplomacia e a luta armada se alternavam em uma estratégia de ganhar tempo e acomodação ao novo quadro.Os reinos procuravam conter o avanço europeu dentro de limites aceitáveis através de tratados comerciais e de amizade.

A luta só ocorria quando a estratégia falhava. Como muitas vezes esta também falhava, recorria-se novamente aos tratados, como forma de permitir a sobrevivência do reino e de recompor as forças para o futuro.

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Um tema obrigatório quando tratamos da divisão e ocupação do território africano pelos países europeus, é o Congresso de Berlim de 1884. A charge que representa esse congresso, na qual a África é literalmente dividida para representar o ocorrido.

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Essa imagem tem reforçado a FALSA ideia de que a conquista do continente e a divisão das colônias teria ocorrido nas reuniões em Berlim entre dezembro de

1884 e fevereiro de 1885.

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O início da corrida colonial ocorreu no período 1876-1880, anterior, portanto àquela reunião.

As diferentes pretensões colonialistas do período entram em choque, provocando o aumento das tensões internacionais: o expansionismo francês, o projeto inglês de domínio de costa a costa, o idêntico projeto português e o interesse do rei Leopoldo (Bélgica) pelo continente entram choque.

A disputa em torno do controle da região central da África acirrou os ânimos, colocando no horizonte a possibilidade de um conflito militar.

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Uma guerra entre países europeus, mesmo que por territórios tão longínquos, é uma perspectiva que vai contra os planos de Bismarck (1º ministro da Alemanha). Após as lutas pela construção do Império Alemão unificado, o chanceler entendia que só a paz e o isolamento francês garantiriam a sobrevivência alemã.

Com estes objetivos, transforma-se em estrategista diplomático, costurando tratados internacionais (públicos e secretos) com quase todos os países europeus. As tensões provocadas pela corrida colonial aparecem como uma ameaça a esta estratégia.

Acreditamos ser esta a razão que explica porque um chanceler de um país que ainda não possuía colônias promove um congresso para debater as zonas de influência da África.

FOI A CORRIDA COLONIAL, PORTANTO, QUE DEU ORIGEM AO CONGRESSO E NÃO O CONTRÁRIO.

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As resoluções do Congresso de Berlim podem ser descritas como um “código de conduta” para que o expansionismo e as pretensões dos estados europeus na África não os levasse à guerra. Foi estabelecido:

2. Livre comércio nas bacias dos rios Congo e Niger;3. Princípios para a ocupação do território;4. A proteção dos povos indígenas, missionários e a

viajantes e a supressão da escravidão;5. Toda ocupação deveria ser comunicada aos demais

países.

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Em 1899, os ingleses lutaram contra os boêres ou africâners (descendentes de holandeses) que tinham se fixado na atual África do sul, a partir do século XVII.

A descoberta do ouro e do diamantes aumentou a cobiça inglesa , que iniciou uma guerra aberta na região. Em 1902, os bôeres foram derrotados depois uma longa luta – Guerra dos boêres (1899 – 1902). Os territórios anexados pela Grã-bretanha formaram em 1910 a União-Sul Africana.

Em 1911, os brancos na União Sul-Africana eram minoria absoluta diante da maioria da população negra. Para evitar conflitos os brancos fizeram um acordo com a implantação de leis segregacionistas contra a população negra.

A política de segregação racial foi oficializada em 1948 e a instalação da política Apartheid, que em africâner significa separação.

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O oriente, em particular a Índia, já tinha atraído desde há muito tempo o interesse europeu pelas especiarias: portugueses, espanhóis e holandeses.

A partir do século XVIII, a Inglaterra, por meio da Cia Inglesa das Índias Orientais já tinha grande influência no subcontinente indiano, onde atuava com suas regras e forças militares, dominando a população local e controlando as esferas administrativa e política do território. Os franceses dominaram a Indochina e a Alemanha a Nova Guiné.

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Conflitos: Revolta dos Cipaios (Índia) pág. 165 Guerras do Ópio (China) pág. 165 e 166

Ver Japão: pág 167

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ARNAULT. Luiz e LOPES. Ana Mônica. História da África: uma introdução. Belo Horizonte: Crisálida, 2005.

NETO. José Alves de Freitas e TASINAFO. Célio Ricardo. História geral e do Brasil. Editora Harbra. pp. 538 a 545.