PRISCILA QUEIROZ D´ELIA IMPACTO DOS POLIMORFISMOS C677T E A1298C DO GENE MTHFR NOS RESULTADOS DE FERTILIZAÇÃO IN VITRO EM MULHERES BRASILEIRAS Tese apresentada ao Curso de Pós Graduação da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo para obtenção do Título de Doutor em Ciências da Saúde. SÃO PAULO 2012
106
Embed
Impacto dos polimorfismos C677t e A1298c do gene MTHFR nos ...
This document is posted to help you gain knowledge. Please leave a comment to let me know what you think about it! Share it to your friends and learn new things together.
Transcript
PRISCILA QUEIROZ D´ELIA
IMPACTO DOS POLIMORFISMOS C677T E A1298C DO GENE MTHFR NOS RESULTADOS DE FERTILIZAÇÃO IN VITRO EM
MULHERES BRASILEIRAS
Tese apresentada ao Curso de Pós Graduação da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo para obtenção do Título de Doutor em Ciências da Saúde.
SÃO PAULO 2012
PRISCILA QUEIROZ D´ELIA
IMPACTO DOS POLIMORFISMOS C677T E A1298C DO GENE MTHFR NOS RESULTADOS DE FERTILIZAÇÃO IN VITRO EM
MULHERES BRASILEIRAS
Tese apresentada ao Curso de Pós Graduação da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo para obtenção do Título de Doutor em Ciências da Saúde.
Orientador: Prof. Dr. Tsutomu Aoki Co-orientadora: Profª. Dra. Denise Maria Christofolini
SÃO PAULO
2012
FICHA CATALOGRÁFICA
Preparada pela Biblioteca Central da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo
D’Elia, Priscila Queiroz Impacto dos Polimorfismos C677T e A1298C do gene MTHFR nos resultados de Fertilização In Vitro em Mulheres Brasileiras / Priscila Queiroz D’ Elia. São Paulo, 2012.
Tese de Doutorado. Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo – Curso de Pós-Graduação em Ciências da Saúde.
Área de Concentração: Ciências da Saúde Orientador: Tsutomu Aoki Co-Orientador: Denise Maria Christofolini 1. Fertilidade 2. Reprodução 3. Injeções de esperma
TABELA 16: Variáveis laboratoriais e gestação a ausência de polimorfismos,
presença de pelo menos um polimorfismo e presença de dois polimorfismos
C677T e A1298C do gene MTHFR em mulheres férteis com idade até 30 anos.
p25 e p75: Percentis 25 e 75 * Teste de Kruskal-Wallis ** Teste do qui-quadrado
Variáveis Ausência de
Polimorfismos
(n=8)
Presença de pelo menos
um polimorfismo
(n=17)
Idade ≤ 30 anos
Presença de dois
polimorfismos
(n=9)
p
Mediana (p25 – p75)
Idade* 28,5
(27,5 – 29,5)
28,0
(25,0 – 29,0)
30,0
(29,0 – 30,0)
0,118
Nº Oócitos*
Recuperados
12,0
(9,0 – 13,0)
8,0
(5,0 – 16,0)
6,0
(5,0 – 12,0)
0,387
% Oócitos
Maduros*
92,3
(82,3 – 100)
81,0
(71,4 – 87,5)
75,0
(66,7 – 80,0)
0,074
% Oócitos
Imaturos *
8,0
(0 – 16,0)
0
(0 – 19,0)
25,0
(16,7 – 25,0)
0,036
% Fertilização
Normal*
62,5
(52,3 – 79,2)
64,7
(50,0 – 80,0)
50,0
(33,3 – 85,7)
0,865
% NF* 20,8
(4,2 – 29,2)
20,0
(0 – 33,3)
25,0
(0 – 36,4)
0,939
% Bons
Embriões*
68,3
(58,3 – 85,0)
50,0
(25,0 – 80,0)
66,7
(20,0 – 83,3)
0,622
(%) Taxa de gestação**
37,5 33,3 37,5 0,971
54
TABELA 17: Variáveis laboratoriais e gestação a ausência de polimorfismos,
presença de pelo menos um polimorfismo e presença de dois polimorfismos
C677T e A1298C do gene MTHFR em mulheres férteis com idade até 35 anos.
p25 e p75: Percentis 25 e 75 * Teste de Kruskal-Wallis ** Teste do qui-quadrado
Variáveis Ausência de
Polimorfismos
(n=17)
Presença de pelo menos
um polimorfismo
(n=37)
Idade ≤ 35 anos
Presença de dois
polimorfismos
(n=17)
p
Mediana (p25 – p75)
Idade* 31,0
(29,0 – 34,0)
31,0
(29,0 – 33,0)
30,0
(30,0 – 32,0)
0,928
Nº Oócitos*
Recuperados
12,0
(8,0 – 13,0)
8,0
(5,0 – 16,0)
8,0
(6,0 – 12,0)
0,351
% Oócitos
Maduros*
88,9
(80,0 – 100)
81,0
(62,5 – 90,0)
75,0
(66,7 – 80,0)
0,889
% Oócitos
Imaturos *
9,1
(0 – 20,0)
11,1
(0 – 28,1)
16,7
(13,3 – 25,0)
0,241
% Fertilização
Normal*
62,5
(50,0 – 83,3)
57,1
(37,5 – 75,0)
50,0
(40,0 – 85,7)
0,675
% NF* 16,7
(8,3 – 33,3)
25,0
(12,5 – 37,5)
25,0
(8,3 – 25)
0,737
% Bons
Embriões*
66,7
(44,4 – 70,0)
54,5
(28,6 – 83,3)
66,7
(20,0 – 100)
0,926
(%) Taxa de gestação**
37,5 38,7 31,3 0,877
55
5. DISCUSSÃO
O gene da metilenotetrahidrofolato redutase (MTHFR) é o gene codificador da
enzima 5-metilenotetrahidrofolato redutase (MTHFR) relacionada ao metabolismo
do folato (Goyette et al., 1998). A deficiência de folato e a hiperhomocisteinemia
são fatores de risco para infertilidade e diversos estudos tem demonstrado que
polimorfismos ligados a esse gene exercem um papel importante na fertilidade
feminina (Tamura, Picciano, 2006; Azem et al., 2004; Thaler et al., 2006).
Os polimorfismos C677T e A1298C relacionados a esse gene podem trazer
alterações na atividade específica da enzima MTHFR, como a redução em 35%
na presença do genótipo 677CT, e redução em 70% quando em homozigose na
presença do genótipo 677TT em relação ao genótipo normal 677CC
(Wainfan,Poirier, 1992; De Cabo et al., 1994; Balaghi, Wagner, 1993). Além
disso, esses polimorfismos têm sido também associados às malformações fetais
e perdas gestacionais espontâneas recorrentes (Nelen et al., 1998; Isolato et al.,
2000; Zetterberg et al., 2002).A baixa atividade da enzima MTHFR limita a
viabilidade dos grupos metil provenientes da S-adenosilmetionina, resultando na
hipometilação de diversas moléculas biológicas, incluindo o DNA, devido ao fato
deste estar envolvido na regulação da expressão gênica e manutenção da
integridade genômica (Laird, 2003). Assim, a hipometilação resulta em
instabilidade cromossômica e danos no DNA, levando ao comprometimento das
funções celulares (Eden et al., 2003).
Diversos estudos têm sido realizados para tentar elucidar a influência da
presença dos polimorfismos C677T e A1298C na infertilidade feminina e
masculina, como por exemplo, a incidência do genótipo MTHFR 677 TT e 1298
CC em pacientes com falha de implantação (Azem et al., 2004; Haggarty et al.,
56
2006), assim como o efeito destes na síntese de estradiol folicular (Hech et
al.,2009), ISCA (Altmae et al., 2010), Infertilidade Masculina (Gava et al., 2011),
entre outros.
Nosso estudo foi realizado de duas maneiras, inicialmente com 146 pacientes
as quais apresentavam diversas causas de infertilidade masculinas e femininas.
Posteriormente, com o objetivo de excluir os fatores interferentes na fertilidade
feminina, realizamos as mesmas avaliações somente para pacientes
apresentando fator masculino de infertilidade onde conseguimos agrupar 82
pacientes.
Em nossa análise inicial, onde foram avaliadas pacientes apresentando alelos
normais e mutados para o polimorfismo 677 e 1298, embora não tenhamos
encontrado diferenças estatisticamente significantes em relação às variáveis
laboratoriais como número de oócitos recuperados, porcentagem de oócitos
maduros, porcentagem de fertilização normal, porcentagem de NF, porcentagem
de bons embriões e taxa de gestação, pudemos observar diferenças relevantes
em relação à maturidade oocitária quando avaliamos o polimorfismo 677 do gene
MTHFR. Na avaliação com o grupo total de pacientes (aquelas apresentando
todos os fatores de infertilidade) encontramos uma tendência a maiores
porcentagens de oócitos imaturos no grupo apresentando genótipo mutado,
enquanto que na avaliação realizada com o grupo de pacientes apresentando
apenas fator masculino pudemos observar valores estatisticamente significantes,
revelando também uma porcentagem maior de oócitos imaturos naquelas
pacientes apresentando presença de mutação para o polimorfismo C677T.
Embora, apenas tenhamos obtido resultado estatisticamente significante em
relação à porcentagem de oócitos maduros no grupo de pacientes com fator
57
masculino de fertilidade, em concordância com outros estudos já publicados
anteriormente, acreditamos que esses resultados possam estar relacionados ao
aumento de homocisteína no líquido folicular, o qual pode ter refletido em um
ambiente subótimo para a maturação oocitária como descrito em estudos
anteriores (Szymanski, Kazdepka-Zieminska, 2003; Boxmeer et al., 2008).
Interessantemente ao avaliarmos pacientes com alelos normais e mutados
para o polimorfismo A1298C do gene MTHFR pudemos observar diferença
estatisticamente significante em relação à porcentagem de embriões de boa
qualidade no grupo de pacientes exibindo diversas causas de infertilidade e
alelos mutados (C). Igualmente a esses resultados, observamos nessa mesma
avaliação diferença estatisticamente significante em relação ao número de
oócitos recuperados em pacientes apresentando apenas fator masculino como
causa de infertilidade. Esses resultados são diferentes dos publicados
previamente, pois relata-se que o polimorfismo 1298 exerce influência apenas
quando aparece de maneira concomitante ao polimorfismo 677 (van der Put et
al., 1998; Weisberg et al., 1998; Weisberg et al., 2001). Além disso, recentes
estudos revelaram que a presença do alelo C no polimorfismo 1298 pode estar
relacionada a altas concentrações de FSH basal e diminuição da resposta à
estimulação ovariana (Rosen et al., 2007; Laanpere et al., 2011).
A fim de tentar ser ainda mais rigorosos em relação aos fatores que poderiam
interferir no efeito dos polimorfismos C677T e A1298C do gene MTHFR e sua
relação com as variáveis de infertilidade resolvemos restringir nossos grupos e
realizamos as mesmas avaliações previamente descritas com pacientes
segregadas em grupos com idade até 30 anos e com idade até 35 anos. Sabe-se
que com o aumento da idade feminina inicia-se um declínio na fertilidade, sendo
58
este um processo lento, mas constante em mulheres entre 30 e 35 anos, seguido
de um acelerado declínio com o aumento da idade (Menken J, et al.1986;
ESHRE, 2005). Após essas avaliações, nossos resultados demonstraram que em
pacientes apresentando apenas fator masculino de infertilidade existe diferença
estatisticamente significante entre os grupos normal e mutado do polimorfismo
C677T do gene MTHFR no que diz respeito à porcentagem de oócitos imaturos
recuperados tanto na avaliação das pacientes com idade até 30 anos quanto na
avaliação das pacientes com idade até 35 anos. Entretanto, somente na
avaliação das pacientes com idade até 35 anos encontramos diferença
estatisticamente significante na porcentagem de oócitos maduros, sendo este
maior para o grupo de pacientes apresentando genótipo normal para este
polimorfismo. Além disso, encontramos valores superiores e estatisticamente
significantes para o número de oócitos recuperados no grupo de pacientes com
genótipo normal para o polimorfismo 1298.
Devido ao fato de não terem sido analisados os níveis de homocisteína em
nosso estudo não podemos confirmar se a presença de alelos mutantes nos
polimorfismos C677T e A1298C do gene MTHFR realmente reduz a metilação de
homocisteína em metionina, mas esses resultados entram do mesmo modo em
concordância com relatos da literatura, onde a presença do alelo mutante no
polimorfismo 677 pode influenciar as concentrações intrafoliculares de
homocisteína e em consequência disso tornar esse ambiente hostil à maturação
oocitária (Boxmeer et al., 2008).
Considerando as outras variáveis avaliadas as quais não obtivemos diferença
estatística, os dados estão consistentes com outros estudos anteriormente
realizados, exceto pela avaliação da maturidade oocitária. No estudo realizado
59
por Dobson et al., em 2007 foram avaliados 197 casais submetidos a ciclos de
reprodução assistida, sendo estudada a associação entre os polimorfismos
C677T e A1298C do gene MTHFR presentes em homens e mulheres, em relação
ao sucesso de gestação e resultados laboratoriais.
Nesse estudo o autor segregou as pacientes em três grupos de genótipos:
normal, heterozigoto e mutante e avaliou a presença dos genótipos C677T e
A1298C individualmente e simultaneamente. Em ambas as avaliações esse
estudo não encontrou associação entre a presença dos polimorfismos e
resultados laboratoriais como número e qualidade dos embriões transferidos,
além de taxas de gestação nos ciclos de fertilização assistida realizados.
Outro estudo recente avaliou retrospectivamente 273 pacientes submetidas a
ciclos de fertilização in vitro, as quais foram analisadas em dois grupos, um grupo
apresentando mutação em homozigose para o polimorfismo C677T do gene
MTHFR e outro grupo com ausência de mutação. Esse estudo demonstrou que o
grupo de pacientes apresentando mutação necessitava de mais tempo de
estimulação e maiores doses de FSH recombinante em relação ao grupo de
pacientes com genótipo normal. Além disso, o grupo de pacientes com genótipo
normal apresentou maiores taxas de fertilização nos ciclos de FIV realizados
quando comparadas aquelas do grupo mutado (73,4% x 62,6%, p<0,01).
Entretanto, apresentaram taxas de implantação e gestação equivalentes entre os
grupos avaliados. Dessa maneira, esse estudo sugeriu que a mutação C677T do
gene MTHFR não afeta os resultados de FIV (Marci et al., 2012).
Outro estudo ainda correlacionou a presença do polimorfismo C677T com
qualidade embrionária através da avaliação das variantes genéticas do
60
metabolismo do folato e resultados de FIV em 439 mulheres submetidas a ciclos
de fertilização assistida. Esse estudo concluiu que em relação ao polimorfismo
C677T do gene MTHFR, pacientes apresentando genótipo em heterozigose CT
apresentam maiores proporções de embriões de melhor qualidade e aumento
das chances de gestação quando comparadas as pacientes apresentando
genótipos em homozigose TT ou genótipos normal CC (Laanpere et al., 2011).
Embora tenhamos encontrado alguns resultados estatisticamente
significativos em pacientes com alelo mutado para o polimorfismo 1298, já é
postulado que a mutação MTHFR A1298C tanto no seu estado homozigoto
mutante (CC) ou heterozigótico (AC), parece não ocasionar elevações do nível da
homocisteína plasmática quando ocorre de maneira isolada. No entanto, pode
trazer prejuízos quando aparecer concomitantemente em heterozigose com a
mutação no loci 677 (duplo heterozigoto), C677T e A1298C, produzindo um
genótipo 677CT/1298AC (van der Put et al., 1998; Weisberg et al., 1998;
Weisberg et al., 2001). Por essa razão, examinamos também três grupos de
pacientes comparando: a presença do polimorfismo na posição 1298 de forma
concomitante ao polimorfismo na posição 677 versus a presença de pelo menos
um dos polimorfismos versus ausência dos dois polimorfismos. Entretanto, após a
realização dessas análises estatísticas tanto com o grupo apresentando as
diversas causas de infertilidade, como com o grupo com infertilidade por fator
masculino, avaliando pacientes com idade até 35 anos e com idade até 30 anos,
observamos novamente diferença estatisticamente significante apenas na
porcentagem maior de oócitos imaturos recuperados em pacientes apresentando
dois polimorfismos simultaneamente, infertilidade devido a fator masculino e idade
até 30 anos. Não observamos diferença dos resultados entre os grupos em
61
nenhuma das outras variáveis laboratoriais avaliadas.
Alguns estudos demonstraram que os altos níveis de homocisteína no líquido
folicular podem causar diminuição nas divisões celulares e alta fragmentação
embrionária, o que significa decréscimo tanto na qualidade oocitária quanto na
qualidade embrionária (Aitken et al., 1991; Berker et al., 2009). Embora tenhamos
apenas encontrado uma tendência à embriões de melhor qualidade em pacientes
com genótipo normal para o polimorfismo 677 do gene MTHFR, podemos
entender que este estudo está em concordância com outros estudos publicados
até o momento. Existe realmente uma grande preocupação em relação ao efeito
da ausência de ácido fólico, consequente hiperhomocisteínemia e mudanças na
hipometilação do DNA, pois processos epigenéticos complexos podem modificar
o estado genômico de metilação, fundamental na regulação gênica dos
mamíferos (Razin, Shemer, 1995). Além disso, os grupos Metil passam de ácido
fólico através de uma série de enzimas, contribuindo para a produção de S-
adenosilmetionina (SAM), o último doador metil envolvido em centenas de
reações biológicas de transmetilação. Dessa maneira, o ácido fólico torna-se
indispensável ao desenvolvimento embrionário (Lucock, 2000; Khosla et al., 2001;
Shi, Haaf, 2002).
Ainda que as consequências das altas concentrações de homocisteína no
fluído folicular não estejam totalmente claras, sabe-se que a homocisteína é um
thiol conhecido por liberar espécies reativas de oxigênio (ROS), sendo este um
fator importante para a maturação oocitária e fertilização. Altas concentrações de
ROS nos meios de cultura embrionárias têm demonstrado resultados como baixas
taxas de clivagem, altos índices de fragmentação embrionários, além de baixas
taxas de formação de blastocistos (Bedaiwy et al., 2004).
62
Dessa maneira, essa tendência a influenciar a qualidade embrionária talvez
seja consequência de alterações na metilação do DNA, resultando assim em
falência do desenvolvimento embrionário. Os embriões de fertilização in vitro são
comumente cultivados em meio de cultura carente de ácido fólico, vitamina B12,
metionina, S-adenosilmetionina (SAM), metabólitos e cofatores necessários a
metilação do DNA e outras proteínas e lipídios essenciais. Além do mais,
elevados níveis de SAM inibem alostericamente a MTHFR e a inabilidade de
processar a homocisteína e a metionina, ou remover a trans-sulfuração, leva a
elevação dos níveis de S-adenosilhomocisteína (SAH), a qual inibe a metilação de
DNA (De Cabo et al., 1994; Lee, Zhu, 2006 Matthews et al., 1984; Jencks,
Mathews, 1987).
Acreditamos que algumas limitações possam ter influenciado alguns de
nossos resultados. Inicialmente, a maior limitação de nosso estudo foi o baixo
número de pacientes que pode ter reduzido o poder estatístico de nossa
avaliação, trazendo dessa maneira resultados inferiores aos esperados.
Encontramos também outras limitações como a heterogeneidade de
características étnicas da população estudada, o que dificultou estabelecer um
perfil epidemiológico em relação aos polimorfismos C677T e A1298C do gene
MTHFR. Este fato deve-se a mistura étnica presente na população brasileira
estudada, ocorrida durante a sua formação, principalmente entre os grupos
parentais Ameríndio, Africano e Europeu.
Outro fator que também deve ser levado em consideração deve-se ao fato de
que foi indicado às pacientes o uso de ácido fólico (5 mg/dia) a fim de prevenir
defeitos no tubo neural. Por essa razão, o efeito negativo dos polimorfismos
C677T e A1298C do gene MTHFR pode ter sido potencialmente aliviado pela
63
administração das doses de ácido fólico pré-concepção, especialmente em
pacientes homozigotos T/T para o polimorfismo 677, pois o regime terapêutico
tem demonstrado ser mais efetivo em indivíduos que carregam a mutação em
ambos os alelos (Malinow et al., 1997). As deficiências severas de folato pré-
concepção e durante a gestação podem trazer problemas no desenvolvimento de
oócitos, foliculogènese, receptividade endometrial, implantação e
desenvolvimento fetal. Além disso, estudos recentes demonstraram correlação
positiva entre as concentrações de homocisteína folicular e o diâmetro dos
folículos (Boxmeer et al., 2008). Em 2007 foi realizado um estudo com 48 casais
onde as mulheres apresentavam elevadas concentrações de homocisteína, ao
dividirem essas pacientes em dois grupos, com e sem tratamento para
hiperomocisteinemia, observaram-se melhores resultados em relação às taxas de
gravidez no grupo com tratamento versus o grupo sem tratamento (47,8% x
17,3%), taxas de implantação (21,4% x 9,2%) e piores resultados em relação às
taxas de aborto (18,2% x 50%) (Pacchiarotti et al., 2007). Assim, a deficiência
severa de folato materno pré-concepção e durante a gestação tem sido
demonstrada como um fator que dificulta a fertilidade feminina e a viabilidade fetal
em diversos modelos animais, sendo o folato enfatizado essencialmente durante
o desenvolvimento folicular de mamíferos e desenvolvimento fetal (Mooij et al.,
1992). Em humanos a suplementação com ácido fólico pré concepção exerce um
efeito significativo nas concentrações de homocisteína intrafolicular o qual
influencia o microambiente de maturação oocitária além de posteriormente
impedir o comprometimento da qualidade dos embriões (Boxmeer et al., 2008).
Além do mais, o uso regular de suplementos multivitamínicos incluindo o folato
tem sido relatado como fator de diminuição dos riscos de infertilidade ovulatória
64
(Chavarro et al., 2008). Alguns outros riscos importantes devem ser levados em
consideração como complicações na gravidez, pois todos esses processos estão
envolvidos no desenvolvimento de oócitos, preparação da receptividade
endometrial, implantação embrionária e gravidez (Tamura, Picciano, 2006).
Dessa maneira, os polimorfismos C677T e A1298C do gene MTHFR estão
associados ao sucesso de ciclos de FIV e altas concentrações de folato antes da
gestação podem aumentar as chances de gestação gemelar, embora não
garantam o sucesso nos resultados dos ciclos de FIV (Haggatty et al., 2006).
Além disso, sabe-se que o genótipo do gene MTHFR está relacionado à
capacidade da mãe produzir embriões de melhor qualidade e que caso o
potencial genético exista, as concentrações de folato podem aumentar o potencial
de embriões viáveis aumentando então as chances de sucesso de bebês
nascidos (Haggatty et al., 2006).
Apesar das mutações do gene MTHFR já terem sido relacionadas a doenças
como a Síndrome de Down (James et al., 1999), malformações do tubo-neural e
outras malformações (Finnell et al., 1998; van der Put, et al., 1995), complicações
gestacionais (Ray et al., 1999) e perdas gestacionais recorrentes (Nelen et al.,
1998; Isolato et al., 2000; Zetterberg et al. 2002), as pesquisas em relação ao
papel dos polimorfismos C677T e A1298C na fertilidade estão em fase inicial e
ainda existem poucos estudos explorando a real influência desses polimorfismos
nos ciclos de fertilização in vitro. Dessa maneira, acreditamos que nosso estudo
vem enriquecer um pouco mais a literatura a respeito dos dados laboratoriais em
fertilização in vitro relacionados a esses polimorfismos principalmente em uma
população heterogênea como a população brasileira.
65
6. CONCLUSÕES
1. O polimorfismo C677T do gene MTHFR demonstrou associação com a
porcentagem de oócitos maduros e imaturos em ciclos de fertilização in
vitro.
2. O polimorfismo A1298C do gene MTHFR demonstrou associação com o
número de oócitos recuperados e qualidade de embriões provenientes de
fertilização in vitro.
66
7. ANEXOS
ANEXO 1:
Autorização do comitê de ética em pesquisa Faculdade Medicina ABC
67
ANEXO 2:
Registro na comissão nacional de ética em pesquisa (CONEP)
68
ANEXO 3:
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
AVALIAÇÃO DOS POLIMORFISMOS 677 E 1298DO GENE MTHFR E SUA
CORRELAÇÃO COM OS INDICADORES DE FERTILIDADE EM
MULHERES INFÉRTEIS SUBMETIDAS A CICLOS DE REPRODUÇÃO
HUMANA ASSISTIDA
As seguintes informações estão sendo fornecidas para sua participação voluntária neste estudo. Nesta avaliação serão estudadas mulheres com infertilidade com o objetivo de avaliar fatores genéticos envolvidos nos resultados de reprodução assistida.
Serão obtidas amostras de 15 ml de sangue, por meio de coleta da veia do
antebraço, que serão utilizados para extração de DNA. Será utilizado material
estéril e descartável. Os desconfortos decorrentes da coleta podem ser dor e
vermelhidão no local, porém este procedimento não tem apresentado
complicações na clínica diária.
A qualquer etapa do estudo o paciente ou seu responsável terá acesso aos
profissionais relacionados com a pesquisa para o esclarecimento de dúvidas.
Os principais investigadores são Priscila Queiroz D´Elia e Prof. Dra. Denise
Maria Christofolini, que podem ser encontrados na FMABC, Rua Príncipe de
Gales 821, Departamento de Ginecologia, Disciplina de Genética e
reprodução Humana, telefone 11 – 4438-7299.
É garantida a liberdade de retirada de consentimento a qualquer momento e
deixar de participar do estudo, sem qualquer prejuízo à continuidade do seu
tratamento na instituição.
As informações obtidas serão analisadas em conjunto com outros pacientes,
não sendo divulgada a identificação de nenhum paciente. Os resultados
obtidos estarão à disposição do paciente.
Não há despesas pessoais decorrentes da pesquisa para o participante em
qualquer fase do estudo, incluindo exames e consulta. Também não há
compensação financeira relacionada à participação.
Na eventualidade de ocorrer qualquer dano pessoal causado direta ou
indiretamente pelos procedimentos propostos neste estudo (nexo casual
comprovado), o participante terá direito a tratamento médico na instituição,
bem como às indenizações legalmente estabelecidas.
Acredito ter sido suficientemente esclarecido a respeito das informações que li
ou que foram lidas para mim, descrevendo o estudo. Por esse documento eu declaro minha decisão de participar do estudo. Ficaram claros para mim quais são os propósitos do estudo, os
69
procedimentos a serem realizados, seus desconfortos e riscos, as garantias de confidencialidade e de esclarecimentos permanentes. Ficou claro também que minha participação é isenta de despesas e que tenho garantia de acesso a tratamento hospitalar quando necessário. Concordo voluntariamente em participar deste estudo e poderei retirar meu consentimento a qualquer momento, antes ou durante o mesmo, sem penalidades, prejuízo ou perda de qualquer benefício que eu possa ter adquirido.
Adamson GD, Baker VL. Subfertility: causes, treatment and outcome. Best Pract Res Clin Obstet Gynaecol 2003;17:169-85. Agarwal A, Gupta S, Sharma RK. Role of oxidative stress in female reproduction. Reprod Biol Endocrinol 2005;3:28. Aitken RJ, Irvine DS, Wu FC.Prospective analysis of sperm-oocyte fusion and reactive oxygen species generation as criteria for the diagnosis of infertility. Am J Obstet Gynecol, 1991; 164: 542-551. Allen C, Reardon W. Assisted reproduction technology and defects of genomic imprinting.An International Journal of Obstetrics &Gynecology. 2005; 112(12): 1589-1594. Altmae S, Stavreus-Evers A, Ruiz JR, Laanpere M, Syvanen T, Yngve A, et al. Variations in folate pathway genes are associates with unexplained female infertility. Fert Ster, 2010; 94:130-137. Angelita SMC.Polimorfismos do Gene MTHFR – Metilenotetrahidrofolato Redutase (C677T e A1298C) envolvidos no metabolismo do folato, em mães de pacientes com síndrome de down. Dissertação (Mestrado).Belém: Centro de Ciências Biológicas da Universidade Federal do Pará, 2004 Arruda VR, Siqueira LH, Gonçalves MS, Von Zuben PM, Soares MC, Menezes R, et al. Prevalence of the mutation C677 T in the methylene tetrahydrofolate Reductase gene among distinct ethnic groups in Brazil. Am J Med Genet,1998; 78: 332-5. ASRM. Practice Committee of the American Society for Reproductive Medicine. Aging and infertility in women. Fertil Steril 2004;82(suppl 1):S102-6.
ASRM. Practice Committee of the American Society for Reproductive Medicine, authors. Effectiveness and treatment for unexplained infertility. Fertil Steril. 2006;86(5 suppl):S111–S114.
ASRM.American Society for Reproductive Medicine.Definitions of infertility and pregnancy loss. Fertil Steril 2008;90:S60.
Azem F, Many A, Ben Ami I, Yovel I, Amit A, Lessing JB, et al. Increased rates of trombophilia in women with repeated IVF failures. Hum Reprod, 2004; 19:368-370. Balaghi M, Wagner C. DNA methylation in folate deficiency-use of CpG methylase. Biochem Biophys Res Commun.1993; 193:1184-1190. Ball GD, Bellin ME, Ax RL, First NL. Glycosaminoglycansin bovine cumulus-oocyte complexes:morphologyand chemistry. Mol Cell Endocrinol.1982; 28:113–122.
79
Baluz K; Do Carmo MGT; Rosas G. The role of folic acido n oncologic prevention and intervention: review. Revista Brasileira de Cancerologia, 2002; 48(4):597-607. Bedaiwy MA, Facone T, Mohamed MS, Aleem AA, Sharma RK, Worley SE, et al. Differential growth of human embryos in vitro: role of reactive oxygen species. Fertil Steril. 2004; 82:593-600. Bergstrom S. Reproductive failure as a health priority in the Third World: a review. East Afr Med J. 1992;69:174–180. Berker B, Kaya C, Aytac R and Satiroglu H. Homocysteine concentrations in follicular fluid are associated with poor oocyte and embryo qualities in polycystic ovary syndrome patients undergoing assisted reproduction. Human Reproduction. 2009; 24(9):2293-2302. Blount BC, Mack MM, Wehr CM, MacGregor JT, Hiatt RA, Wang G, et al. Folate deficiency causes uracil misincorporation into human DNA and chromosome breakage: implications for cancer and neuronal damage. Proc. Natl. Acad. Sci. USA 94.1997; 3290–3295. Boivin J, Bunting L, Collins JA, Nygren KG. International estimates of infertility prevalence and treatment-seeking: potential need and demand for infertility medical care. Hum Reprod 2007;22:1506–1512. Botto L, Yang Q. 5,10-Methylenetetrahydrofolate Reductase Gene Variants and Congenital Anomalies: A HuGE Review. American Journal of Epidemiology.2005; 9:151. Boxmeer JC, Brouns RM, Lindemans J, Steegers EA, Martini E, Macklon NS, Steegers-Theunissen RP. Preconception folic acid treatment affects the microenvironment of the maturing oocyte in humans. Fertil Steril. 2008;89(6):1766-70. Chavarro JE, Rich-Edwards JW, Rosner BA, Willett WC. Use of multivitamins, intake of B vitamins, and risk of ovulatory infertility. Fertil Steril. 2008;89:668–76. Courtemanche, C., Elson-Schwab, I., Mashiyama, S.T., Kerry, N., Ames, B.N. Folate deficiency inhibits the proliferation of primary human CD8+ T lymphocytes in vitro. J. Immunol. 2004; 173: 3186–3192.
Crott JW, Mashiyama ST; Ames BN Fenech MF.The effect of folic acid deficiency and MTHFR C677T polymorphism on chromosome damage in human lymphocytes in vitro.Cancer Epidemiology Biomarkers and Prevention.2001; 10:1089-1096. De Cabo SF, Hazen MJ, Molero Ml, Fernadez-Piqueras J. S-Adenosyl-L-Homocysteine: A non-cytotoxic hypomethylating agent. Experientia.1994; 50:658-659.
80
De Kretser DM. Male infertility. Lancet 1997;349: 787-90. Dobson AT, Davis RM, Rosen MP, Shen S, Rinaudo PF, Chan J, et al.Methylenetetrahydrofolatereductase C677T and A1298C variants do not affect ongoing pregnancy rates following IVF. Human Reproduction. 2007; 22(2): 450-456. Duthie, S.J., Hawdon, A. DNA instability (strand breakage, uracil misincorporation, and defective repair) is increased by folic acid depletion in human lymphocytes in vitro. Faseb J. 1998;12, 1491–1497. Ebisch IM, Peters WH, Thomas CM, Wetzels AM, Peer PG, Steegers-Theunissen RP. Homocysteine, glutathione and related thiols affect fertility parameters in the (sub)fertile couple. Hum Reprod 2006;21:1725–33. Ebisch IM, Thomas CM, Peters WH, Braat DD, Steegers-Theunissen RP. The importance of folate, zinc and antioxidants in the pathogenesis and prevention of subfertility. Hum Reprod Update. 2007,13:163-74. Eden A, Gaudet F, Waghmare A, Jaenisch R. Chromosomal instability and tumors promoted by DNA hypomethylation. Science. 2003; 300:455. Eppig JT, Bult CJ, Kadin JA, Richardson JE, Blake JA, Anagnostopoulos A, et al. The Mouse Genome Database (MGD): from genes to mice—a community resource for mouse biology. Nucleic Acids Res. 2005; 33 (Database issue): D471–D475. ESHRE Capri Workshop Group: Fertility and ageing. Hum Reprod Update.2005;11:261-276. Eskes TK. Homocysteine and human reproduction. Clin Exp Obstet Gynecol.2000;27:157–67. Finnell RH, Greer KA, Barber RC, Piedrahita JA.Neural tube and craniofacial defects with special emphasis on folate pathway genes. Crit Rev Oral Biol Med. 1998; 9:38-53. Finkelstein JD, Martin JJ. Homocystein. Int J Biochem Cell Biol. 2000; 32:385-9. Forges T, Monnier-Barbarino P, Alberto JM, Gueant-Rodriguez RM, Daval JL.Impact of folate and homocysteine metabolism on human reproductive health.Human Reprod Update. 2007, 13(3):225-238. Franco Jr. JG, Marinho RM - Reprodução assistida - Técnicas invasivas. In : Barros Leal J.W., Reprodução Humana, 1994, Rio de Janeiro: Revinter pp. 147-163. Franco G. Tabela de Composição Química dos Alimentos. 9 ed. São Paulo: Atheneu, 1998.
81
Frosst P, Blom J, Milos R, Goyette P, Sheppard CA, Mathews TG, et al. A candidate genetic risk factor for vascular disease, a common mutation inmethylenetetrahydrofolate reductase.Nat. Genet.1995;10: 111-113. Garrido N, Pellicer A, Remohi J, Simon C. Uterine and ovarian function in endometriosis. Semin Reprod Med. 2003; 21:183–192. Gava MM, Chagas EDO, Bianco B, Christofolini DM, Pompeo AC, Glina S,et al.Methylenetetrahydrofolate reductase polymorphism are related to male infertility in Brazilian man. Genet Test Mol Biomarkers.2001; 15(3): 153-157. Genetics Home Reference.Genes. MTHFR. Available from : http://ghr.nlm.nih.gov/gene/MTHFR>(13 nov 2012) George, L., Mills, J.L., Johansson, A.L., et al. Plasma folate levels and risk of spontaneous abortion. JAMA. 2002; 288, 1867–1873. Gmyrek GB, Sozanski R, Jerzak M, Chrobak A, Wickiewicz D, Skupnik A, et al. Evaluation of monocyte chemotactic protein-1 levels in peripheral blood of infertile women with Endometriosis. Eur J Obstet Gynecol Reprod Biol. 2005;122:199–205. Goyette P, Summer J, Milos R, Duncan A, Rosenblatt D, Matthews R, et al. Isolation of a cDNA for humam methylenetetrahydrofolate reductase (MTHFR) and identification of mutations in MTHFR - deficient patients. Am. J. Hum. Genet. 1993; 53 (Suppl.): A153. Goyette P, Sumner JS, Milos R, Duncan AMV, Rosenblatt DS, Matthews RG, Rozen R. Human methylenetetrahydrofolate reductase: isolation of cDNA, mapping and mutation identification. Nat Genet .1994; 7:195–200. Goyette P, Pai A, Milos R, Frosst P, Tran P, Chen Z, Chan M, Rozen R. Gene structure of human and mouse methylenetetrahydrofolate reductase (MTHFR).Mamm Genome. 1998; 9(8):652-6. Green R, Miller JW. Folate deficiency beyond megaloblastic anemia:hyperhomocysteinemia and other manifestation of dysfunctional folate status. Semin Hematol.1999; 36: 47-64.
Gueant JL, Gueant-Rodriguez RM, Anello G, Bosco P, Brunaud L, Romano C , et al . Genetic determinants of folate and vitamin B12 metabolism: a common pathway in neural tube defect and Down syndrome? Clin Chem Lab Med 2003;41:1473-7.
Haggarty P, McCallum H, McBain H,Andrews K, Duthie S, McNeill G,et al. Effect of B vitamins and genetics on success of in-vitro fertilization: prospective cohort study. Lancet; 2006, 367: 1513-1519.
Hague WN. Homocysteine and pregnancy. Best Pract Res Obstet Gynaecol. 2003;17:459-69. Hassold TJ, Burrage LC, Chan ER, Judis LM, Schwartz S, James SJ, et al. Maternal folate polymorphisms and the etiology of human nondisjunction. Am J Hum Genet. 2001;69(2):434-9. Hecht S, Pavlik R, Lohse P, Noss U, Friese K, Thaler C. Common 677C/T mutation of the 5,10-methylenetetrahydrofolate reductase gene affects follicular estradiol Synthesis. Fertil Steril.2009; 91:56-61. Herrmann W. The importance of hyperhomocysteinemia as a risk factor for diseases: an overview. Clin Chem Lab Med. 2001;39:666-74. Huang, R.F., Ho, Y.H., Lin, H.L., Wei, J.S., Liu, T.Z. Folate deficiency induces a cell cycle-specific apoptosis in HepG2 cells. J. Nutr. 1999; 129, 25–31. Hull MG, Glazener CM, Kelly NJ, Conway DI, Foster PA, Hinton RA, et al. Population study of causes, treatment, and outcome of infertility. Br Med J. 1985;291:1693-7. Hum DW, Bell AW, Rozen R, Mackenzie RE. Primary structure of a human trifunctional enzyme. Isolation of cDNA encoding methylenotetrahydrofolate, dehydrogenase- methylenotetrahydrofolate and cyclohydrolase-formyltetrahydrofolate synthetase. J Biol Chem. 1988; 263:15946-50. Hussein MR, Abou-Deif ES, Bedaiwy MA, Said TM, Mustafa MG, Nada E,et al. Phenotypic characterization of the immune and mast cell infiltrates in the human testis shows normal and abnormal spermatogenesis.Fertil Steril.2005; 83:1447–1453. Isolato PA, Wells GA and Donnelly JG. Neonatal and fetal methylenetetrahydrofolate reductase genetic polymorphism: an examination ofC677T and A1298C mutations. Am J Hum Genet.2000; 67: 986-990. Jacques PF, Bostom AG, Wilson PW, Rich S, Rosenberg IH, Selhub J. Determinants of plasma total homocysteine concentration in the Framingham Offspring cohort.Am J Clin Nutr. 2001;73:613–21. James SJ, Pogribna M, Pogribyn IP, Melnyk S, Hine RJ, Gibson JB, et al. Abnormal folate metabolism and mutation in the methylenetetrahydrofolate reductase gene may be maternal risk factors for Down syndrome. Am J clin Nutr.1999; 70:495-501. Jarow JP. Role of ultrasonography in the evaluation of the infertile male. Semin Urol. 1994;12:274-82.
Jencks DA, Mathews RG. Allosteric inhibition of methylenetetrahydrofolate reductase by adenosylmethionine.Effects of adenosylmethionine and NADPH on the equilibrium between active and inactive forms of the enzyme and on the kinetics of approach to equilibrium. J Biol Chem.1987; 262: 2485-2493. Jensen TK, Henriksen TB, Hjollund NH, Scheike T, Kolstad H, Giwercman A, et al. Caffeine intake and fecundability: a follow-up study among 430 Danish couples planning their first pregnancy. Reprod Toxicol 1998;12:289-95. Jubanyik KJ, Comite F. Extrapelvic endometriosis. Obstet Gynecol 1. Clin North Am. 1997; 24(2):411-40. Kang SS, Zhou J, Wong PWK, Kowalisym J, Strokosch G. Intermediate homocysteinemia: a thermolabile variant of methylenetetrahydrofolate reductase. Am J Hum Genet. 1988;43(4):414-21. Kang SS, Wong PWK,Bock HGO, Horwitz A, Grix A. Intermediate hyperhomocysteinemia resulting from compound heterozygosity of methylenetetrahydrofolate reductase mutations. Am. J. Hum. Genet. 1991; 48: 546-551. Khosla S, Dean W, Brown D, Reik W, Feil R. Culture of preimplantation mouse embryos affects fetal development and the expression of imprinted genes. Biol Reprod. 2001; 64:918-926. Kimura, M., Umegaki, K., Higuchi, M., Thomas, P., Fenech, M. Methylenetetrahydrofolate reductase C677T polymorphism, folic acid and riboflavin are important determinants of genome stability in cultured human lymphocytes. J. Nutr. 2004; 134: 48–56. Kluijtmans LA, Van De Heuvel LPWJ, Boers GHJ, Frosst P, Stevens EMB, Van Oost BA, et al. Molecular genetics analisis in mild hyperhomocisteinemia: a commom mutation in the metylenetetrahydrofolate reductase gene is a genetic risk factor for cardiovascular disease. Am. J. Hum. Genet. 1996; 58:35-41. Koury, M.J., Price, J.O., Hicks, G.G. Apoptosis in megaloblastic anemia occurs during DNA synthesis by a p53-independent, nucleoside-reversible mechanism. Blood. 2000;96:3249–3255. Kutteh WH, Chao CH, Ritter JO, Byrd W. Vaginal lubricants for the infertile couple: effect on sperm activity. Int J Fertil Menopausal Stud 1996;41:400-4. Laanpere M, Altmae S, Kaart T, Stavreus-Evers A, Nilssn TK, Salumets A. Folate-metabolizing gene variants and pregnancy outcome of IVF. Reproductive Biomedicine Online. 2011;22:603-614. Laird PW. The power and promise of DNA methylation markers. Nat Rev Cancer. 2003;3:253-66.
84
Lahiri DK, Nurnberger Jr. JI. A rapid non-enzymatic method for the preparation of HMW DNA from blood for RFLP studies.Nucleic Acids Res. 1991; 19(19): 5444.
Lucock M. Folic acid: nutritional biochemistry, molecular biology, and role in disease processes. Mol Genet Metab. 2000;71:121–38. Lucock M, Yates Z, Hall K, Leeming R, Rylance G., Macdonald A, Green A. The impact of phenylketonuria on folate metabolism.Molecular Genetics and Metabolism. 2002; 76, 305-312. Lee Wj, Zhu BT. Inhibition of DNA methylation by caffeic acid and chlorogenic acid, two common catechol-containing coffee polyphenols. Carcinogenesis.2006; 27: 269-277. Mahan, LK, Escott-Sutmp S. Krause: Alimentos Nutrição e Dietoterapia. 9ª ed. São Paulo, Editora Roca, 1998. Malinow MR, Nieto FJ, Kruger WD, Duell PB, Hess DL, Gluckman RA, et al. The effects of folic acid supplementation on plasma total homocysteine are modulate by multivitamin use and methylenotetrahydrofolate reductase genotypes. Arterioscler Thromb Vasc Biol. 1997; 17:1157-62. Marci R, Lisi F, Soave I, Lo Monte G, Patella A, Caserta D, et al. Impact of 677C>T Mutation of the 5,10-Methylenetetrahydrofolate Reductase on IVF Outcome: Is Screening Necessary for All Infertile Women? Genetic Testing and Molecular Biomakers. 2012;16(9):1011-1014. Matthews RG, Vanoni MA and Hainfeld JF.Methylenetetrahydrofolate reductase.Evidence for spatially distinct subunit domains obtained by scanning transmission electron microscopy and limited proteolysis. J Biol Chem. 1984;259:11647-11650. Melnyk S, Pogrina M, Pogribny IP, Yi P, James SJ. Measurement of plasma and intracellular S-Adenosylmethionine and S-Adenosylhomocysteine utilizing colourimetric electrochemical detection: Alterations with plasma Homocysteine and Pyridoxal 5´-Phosphate Concentrations. Clin Chem. 2000; 43: 265-272. Menken J, Trussell J, Larsen U.Age and infertility. Science.1986;233:1389-1394. Mohanty D, Das KC. Effect of folate deficiency on the reproductive organs of female rhesus monkeys: a cytomorphological and cytokinetic study. J. Nutr. 1982;112, 1565–1576. Mooij, P.N., Wouters, M.G., Thomas, C.M., Doesburg, W.H., Eskes, T.K. Disturbed reproductive performance in extreme folic acid deficient golden hamsters. Eur. J. Obstet. Gynecol. Reprod.Biol.1992; 43, 71–75.
85
Mudd, SH, Uhlendorf BW, Freeman J,M, Finkelstein JD, Shih VE. Homocystinuria associated with decreased methylenetetrahydrofolate reductase activity. Biochem. Biophys. Res. Commun.1972;46: 905-912. Myers ER, McCrory DC, Mills AA, Price TM, Swamy GK,Tantibhedhyangkul J, et al. Effectiveness of AssistedReproductive Technology. Evidence Reports/Technology Assessments.167(8),Duke University Evidence-based Practice Center, Durham, NC,2008. Narayanan S, McConnell J, Little J, Sharp L, Piyathilake CJ, Powers H, et al. Associations between two common variants C677T and A1298C in the methylenetetrahydrofolate reductase gene and measures of folate metabolism and DNA stability (strand breaks, misincorporated uracil, and DNA methylation status) in human lymphocytes in vivo. Cancer Epidemiol Biomarkers Prev. 2004;13:1436–43. Nelen Wl, Blom H, Thomas CM, Steegers EA, Boers GH, Eskes TK. Methylenetetrahydrofolate reductase polymorphism affects the change in homocysteine and folate concentrations resulting from low dose folid acid supplementation in women with unexplained recurrent miscarriages. J Nutr.1998; 128: 1336-1341. Nelen WL. Hyperhomocysteinaemia and human reproduction. Clin Chem Lab Med. 2001;39:758–63. Pacchiarotti A, Mohamed MA, Micara G, Linari A, Tranquilli D, Espinola SB, et al. The possible role of hyperhomocysteinemia on IVF outcome. J Assist Reprod Genet. 2007;24:459–62. Pavarino-Bertelli EC,Sanches De Alvarenga MP,Goloni-Bertollo EM,Baptista MA,Haddad R,Hoerh NF,et al.Hyperhomocysteinemia and MTHFR C677T and A1298C polymorphisms are associated with chronic allograft nephropathy in renal transplant recipients. Transplant Proc. 2004;36(10): 2979-2981. Pavarino-Bertelli EC; Biselli JM; Ruiz MT; Goloni-Bertollo EM. Recentes avanços moleculares e aspectos genético-clínicos em síndrome de Down. Rev Bras Med. 2005; 62:401-8. Pellicer A, Albert C, Garrido N, Navarro J, Remohi J, Simon C. The pathophysiology of endometriosis-associated infertility: follicular environment and embryo quality. J Reprod Fertil Suppl. 2000;55:109–119. Peng F, Labelle LA, Rainey BJ, Tsongalis GJ. Single nucleotide polymorphisms in the Methylenetetrahydrofolate Reductase gene are common in US Caucasian and Hispanic American populations. International Journal of Molecular Medicine. 2001; 8(5): 509-11. Ray JG, Laskin CA. Folic acid and homocyst(e)ine metabolic defects and the risk of placental abruption, pre-eclampsia and spontaneous pregnancy loss: A systematic review. Am J Clin Nutr. 1999; 70: 495-501.
Razin A, Shemer R. DNA methylation in early development. Hum Mol Genet. 1995;4: 1751-1755. Renner SP, Strick R, Oppelt P, Fasching PA, Engel S, Baumann R, et al. Evaluation of clinical parameters andestrogen receptor alpha gene polymorphisms for patients withendometriosis. Reproduction.2006; 131:153–161. Reyes-Engel A, Munoz E, Gaitan MJ, Fabre E, Gallo M, Dieguez JL, et al. Implications on human fertility of the 677C→T and 1298 A→C polymorphism of the MTHFR gene: consequences of a possible genetic selection. Mol Hum Reprod.2002; 8:952-7. Rosen MP, Shen S, McCulloch CE, Rinaudo PF, Cedars MI, Dobson AT. Methylenetetrahydrofolate reductase (MTHFR) is associated with ovarian follicular activity. Fertil. Steril. 2007;88: 632–638. Rosenblatt DS. Inherited disorders of folate transport and metabolism. In Scriver CR, Beaudet AL, Sly WS et al. (eds). The Metabolic and Molecular Bases of Inherited Disease. McGraw-Hill, New York , USA, 1995. p. 3111-3128. Rosenblatt DS and Whitehead VM. Cobalamine and folate deficiency acquired and hereditary disorders in children. Semin Hematol.1999; 36: 19-34. Rozen R. Melecular genetics of metylenetetrahydrofolate reductase deficiency.J.Inherit. Metab. Dis.1996;19:589-594. Salustri A, Camaioni A, Di Giacomo M, Fulop C, Hascall VC. Hyaluronan and proteoglycans in ovarian follicles.Hum Reprod Update.1999; 5: 293–301. Sackheim G I, Lehman DD. Química e bioquímica para ciências biomédicas. Trad. Luiz Carlos Carrera. Manole. Barueri, SP, 2001. Schneider JA, Rees DC, Liu YT, Clegg JB. Worldwide distribution of a common methylenotetrahydrofolate reductase mutation. Am J Hum Genet. 1998; 62:1258-1260. Schweigert FJ, Gericke B, Wolfram W, Kaisers U, Dudenhausen JW. Peptide and protein profiles in serum and follicular fluid of women undergoing IVF.Hum Reprod.2006;21:2960–2968. Shi W, Haaf T. Aberrant methylation patterns at the two-cell stage as an indicator of early developmental failure. Mol Reprod Dev. 2002; 63: 329-334. Shi M, Caprau D, Romitti P, Christensen K, Murray JC. Genotype Frequencies and Linkage Disequilibrium in the CEPH Human Diversity Panel for Variants in Folate Pathway Genes MTHFR, MTHFD, MTRR, RFC1, and GCP2. Birth Defects Research (Part A). 2003;67:545–549.
87
Shy Q, Zhang Z, Li G, Pillow PC, Hernández LM, Spitz MR, Wei Q. Sex differences in risk of lung cancer associated with methylene-tetrahydrofolate reductase Polymorphisms. Cancer Epidemiol Biomarkers Prev. 2005;14( 6):1477- 1484. Skibola CF, Smith MT, Kane E, Roman E, Rollinson S, Cartwright RA, et al. Polymorphisms in the methylenetetrahydrofolate reductase gene are associated with susceptibility to acute leukemia in adults. Pro-ceedings of the National Academy of Sciences.1999; 96(22):12810-12815. Stanford JB, White GL, Hatasaka H. Timing intercourse to achieve pregnancy: current evidence. Obstet Gynecol 2002;100:1333-41. Strachan T, Read AP. Genética Molecular Humana. 2ª ed, Porto Alegre: Artmed, 2002. Steegers-Theunissen RP, Steegers EA, Thomas CM, Hollanders HM, Peereboom-Stegeman JH, Trijbels FJ, et al. Study on the presence of homocysteine in ovarian follicular fluid. Fertil Steril.1993; 60:1006-10. Steegers-Theunissen RP, Van Iersel CA, Peer PG, Nelen WL, Steegers EA. Hyperhomocysteinemia, pregnancy complications, and the timing of investigation. Obstet Gynecol. 2004;104:336–43. Sugiura K, Pendola FL, Eppig JJ. Oocyte control of metabolic cooperativity between oocytes and companion granulosa cells: energy metabolism. Dev Biol. 2005; 279:20–30. Szymanski W, Kazdepka-Zieminska A. Effect of homocysteine concentration in follicular fluid on a degree of oocyte maturity. Ginekol Pol 2003;74:1392–6. Tamura T, Picciano MF. Folate and human reproduction. Am J Clin Nutr. 2006;83:993–1016. Thaler CD, Epel D. Nitric oxide in oocyte maturation, ovulation, fertilization, cleavage and implantation: a little dab’ll do ya. Curr Pharm Des. 2003;9:399–409. Thaler CJ, Budiman H, Ruebsamen H, Nagel D, Lohse P. Effects of the common 677C>T mutation of the 5,10-methylenetetrahydrofolate reductase (MTHFR) gene on ovarian responsiveness to recombinant follicle-stimulating hormone. Am J reprod Immunol. 2006; 55:251-8. Upia CC. Estudo dos polimorfismos 677C>T e 1298A>C do gene Metilenotetrahidrofolato Redutase e do gene da Metionna Sintase e a relação com a ocorrência da Síndrome de Down.Dissertação (Mestrado).Salvador: Fundação Oswaldo Cruz, 2009.
88
van der Put NMJ, Steegers-Theunissen RP, Frosst P,Trijbels FJ, Eskes TK, van den Heuvel LP,et al.Mutated methylenetetrahydrofolate reductaseas a risk factor for spina bifida. Lancet.1995; 346:1070-1071. van der Put NMJ, Gabreels F, Stevens Em, Smeitink Já, Trijbels Fj, Eskes Tk,van den Heuvel LP, Blom HJ. A second common mutation in the methylene-tetrahydrofolate reductase gene: an additional risk for neural-tube defects? Am J Hum Genet.1998; 62:1044-1051. Veeck LL. An Atlas of Human Gametes and Conceptuses: An Illustrated Reference for Assisted Redroductive Technology. 1ª ed. Informa Health Care, 1999. Vigano P, Parazzini F, Somigliana E, Vercellini P.Endometriosis: epidemiology and aetiological factors. Best Pract Res Clin Obstet Gynaecol. 2004; 18(2):177-2004. Vilarino FL, Bianco B, Martins ACM, Christofolini DM, Barbosa CP. Endometriose em cicatriz cirúrgica:uma série de 42 pacientes. Ver Bras Ginecol Obstet. 2011;33(3):123-7. Wainfan E, Poirier LA. Methyl groups in carcionogenesis: effects on DNA methylation and gene expression. Cancer Res. 1992; 52:2071s-2077s. Weisberg I, Tran P, Christensen B, Sibani S, Rozen R. A second genetic polymorphism in methylenetetrahydrofolate reductase (MTHFR) associated with decreased enzyme activity.Mol Genet Metab. 1998;64(3):169-72. Weisberg IS, Jacques PF, Selhub J, Bostom AG, Chen Z, Curtis Ellison R, Eckfeldt JH, Rozen R. The 1298A-->Cpolymorphism in methylenetetrahydrofolatereductase (MTHFR): in vitroexpression and association with homocysteine. Atherosclerosis. 2001;156(2):409-15. West P.C. Age and infertility. Br. Med. J.,1987, V. 294 : 853-854. WHO. World Health Organization,. Infertility – A tabulation of available data on prevalence of primary and secondary infertility. 1991; 2-3. WHO.World Health Organization. Manual for the Standardized Investigation and Diagnosis of the Infertile Couple. New York, N.Y.: Cambridge University Press, 1993. WHO. World Health Organization. Laboratory Manual for the Examination of Human Semen and Sperm- Cervical Mucus Interaction. 4th ed. New York, N.Y.: Cambridge University Press, 1999. Wilcox AJ, Weinberg CR, Baird DD. Timing of sexual intercourse in relation to ovulation. Effects on the probability of conception, survival of the pregnancy, and sex of the baby. N Engl J Med. 1995;333:1517-21.
Willmott, M., Bartosik, D.B., Romanoff, E.B. The effect of folic acid on superovulation in the immature rat. J. Endocrinol. 1968; 41, 439–445. Zetterberg H, Regland B, Palmér M, Ricksten A, Palmqvist L, Rymo L, et al. Increased frequency of combined methylenetetrahydrofolate reductase C677T and A1298C mutated alleles in spontaneously aborted embryos. Eur j Hum Genet. 2002;10: 113-118.
90
FONTES CONSULTADAS
Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). NBR-6023. Rio de Janeiro,
2000.
Normatização de Dissertações e Teses. Faculdade de Ciências Médicas da Santa
Casa de São Paulo. Pós Graduação. Comissão de Pós Graduação, 13 de julho de
D´ELIA PQ. Impacto dos polimorfismos C677T e A1298C do gene MTHFR em mulheres brasileiras e resultados de fertilização in vitro. Tese. Doutorado. 2012
Introdução: Acredita-se que o folato apresente crucial importância nos processos de reprodução humana e, que sua deficiência possa comprometer a função das vias metabólicas relacionadas, conduzindo a um acúmulo de homocisteína (hcy). O gene MTHFR codificador da enzima 5-MTHFR que metaboliza essas reações e os polimorfismos C677T e A1298C desse gene estão relacionados à diminuição da atividade enzimática e consequente alterações nos níveis de hcy. Essas alterações relacionam-se a diversas doenças e comprometem etapas do mecanismo reprodutivo.
Objetivo: Verificar o impacto entre os polimorfismos do gene MTHFR e variáveis laboratoriais em mulheres brasileiras submetidas às técnicas de reprodução assistida (TRA).
Casuística e Métodos: Estudo prospectivo, realizado no Serviço de Reprodução Humana da Faculdade de Medicina do ABC – Instituto Ideia Fértil, de Dezembro 2010 a Abril 2012, onde em 146 mulheres foi realizada genotipagem para os polimorfismos 677 e 1298 do gene MTHFR e avaliação dos resultados laboratoriais e gestação. Para a análise estatística utilizou-se teste de Shapiro-Wilk (p<0,05), Mann-Whitney, Kruskal-Wallis e qui-quadrado. As pacientes foram separadas em dois grupos (diversas causas de infertilidade e apenas fator masculino) e avaliadas de três maneiras: pacientes com até 37 anos, pacientes com até 35 anos e pacientes com até 30 anos. Para os três grupos foram comparados polimorfismo ausente (normais) x polimorfismo presente (mutado) nos pontos 677 e 1298 e presença do genótipo mutado 677 e 1298 concomitantemente. Os dados foram analisados em relação a idade, número de oócitos recuperados, (%) oócitos maduros, (%) oócitos imaturos, (%) fertilização normal, (%) NF, (%) bons embriões e taxas de gestação.
Resultados: Foram encontradas diferenças estatisticamente significantes na avaliação das pacientes apresentando apenas fator masculino de infertilidade em relação ao número oócitos recuperados nas avaliações do polimorfismo 1298 idade até 37 anos/idade até 35 anos, (%) oócitos maduros avaliações do polimorfismo 677 idade até 37 anos/ idade até 35 anos, (%) imaturos avaliações do polimorfismo 677 idade até 37 anos/ idade até 35 anos/idade até 30 anos e ausência de polimorfismos idade até 30 anos. Observou-se também (%) de melhores embriões no grupo de pacientes com diversas causas de infertilidade para o grupo mutado do polimorfismo 1298.
Conclusão: Os polimorfismos C677T e A1298C do gene MTHFR demonstraram associação com ao número de oócitos recuperados e porcentagem de oócitos imaturos em ciclos de fertilização in vitro.
92
D'ELIA PQ. Impact of polymorphisms C677T and A1298C of MTHFR gene in Brazilian women and results of in vitro fertilization. Tese. Doutorado. 2012.
Introduction: It is believed that folate has a crucial function in human reproduction process, and it’s deficiency can compromise function of metabolic pathways correlated, leading to an accumulation of homocysteine (Hcy). MTHFR gene encodes 5-MTHFR enzyme, responsible to metabolize these reactions and C677T/A1298C polymorphisms of this gene are related to decrease enzyme activity and consequent changes in Hcy levels. These changes are related to several diseases and can compromise reproductive system.
Objective: The aim of this study is to evaluate the impact between MTHFR gene polymorphisms and laboratory variables in brazilian women undergoing assisted reproduction techniques (ART).
Patients and Methods: Prospective study performed in Human Reproduction Department at Medicine ABC University – Ideia Fértil Institute, between December 2010 and April 2012, with 146 women submitted to MTHFR C677T and A1298C polymorphism genotyping and laboratory results/ pregnancy rates evaluation. For statistical analysis we used the Shapiro-Wilk (p <0.05), Mann-Whitney, Kruskal-Wallis and chi-square tests. Patients were separated into two groups (various causes of infertility and male factor only) and evaluated in three ways: patients up to 37 years, patients up to 35 years and patients up to 30 years. The three groups were compared: patients with no incidence polymorphism (normal) with patients with presence of polymorphism (mutated) of 677 and 1298 loci. The presence of polymorphisms C677T and A1298C simultaneously also were accessed. Data were analyzed in relation to age, number of oocytes retrieved (%) mature oocytes (%) immature oocytes, normal fertilization rate (%), (%) NF, (%) good quality embryos and pregnancy rates.
Results: Our evaluation demonstrated statistically significant differences in patients presenting only male factor infertility in relation to the number of oocytes retrieved in evaluations of polymorphism on age up to 37 years / age up to 35 years, (%) mature oocytes evaluation of polymorphism 677 on age up to 37 years / age up to 35 years, (%) immature oocytes evaluation of polymorphism 677 age up to 37 years / age up to 35 years / age up to 30 years and absence of polymorphisms group on age up to 30 years. It was also observed (%) of good quality embryos in patients with different causes of infertility for mutated group of 1298 polymorphism.
Conclusion: C677T and A1298C MTHFR gene polymorphisms showed association with the number of oocytes retrieved and the percentage of immature oocytes of in vitro fertilization cycles.