DIRECTRIZES DA IFLA/UNESCO PARABIBLIOTECAS ESCOLARES Ttulo
original: The IFLA/Unesco School Libraries Guidelines
http://www.ifla.org/VII/s11/pubs/school-guidelines.htm Traduo em
Lngua Portuguesa (Portugal) Maria J os Vitorino Vila Franca de
Xira, 2006 [email protected] www.theka.org Directrizes da
IFLA/UNESCO para Bibliotecas Escolares, 2002, verso em portugus
(Portugal), 2006, trad. Maria J os Vitorino 1|26Sumrio SUMRIO
1INTRODUO 2 CAPTULO 1. MISSO E POLTICA31.1 Misso31.2 Poltica31.3
Monitorizao e Avaliao4 CAPTULO 2. RECURSOS62.1 Financiamentos e
Oramento para Biblioteca Escolar72.2 Localizao e Espao72.3
Mobilirio e Equipamento82.4 Equipamento Electrnico e
Audiovisual82.5 Recursos Materiais82.6.Poltica de Gesto da
Coleco82.7.Fundos Documentais (a Coleco)92.8.Recursos Electrnicos9
CAPTULO 3. PESSOAL103.1.Introduo103.2.O Papel do Bibliotecrio
Escolar103.3.O Papel do Auxiliar de Biblioteca113.4.Cooperao entre
Professores e Bibliotecrio Escolar113.5.Competncias do Pessoal da
Biblioteca Escolar123.7.Padres ticos12 CAPTULO 4. PROGRAMAS E
ACTIVIDADES134.1 Programas134.2 Cooperao e Partilha de Recursos com
Bibliotecas Pblicas134.3 Actividades no mbito da Escola14 CAPTULO
5. PROMOO175.1 Introduo175.2 Poltica de Marketing175.3 Formao de
Utilizadores175.4 Modelo para um Programa de Literacia da Informao
e Competncias de Estudo18 REFERNCIAS22 Directrizes da IFLA/UNESCO
para Bibliotecas Escolares, 2002, verso em portugus (Portugal),
2006, trad. Maria J os Vitorino 2|26INTRODUO
OManifestodaIFLA/Unesco:abibliotecaescolarnoensino-aprendizagemparatodos1foi
publicadoem2000.Foiextremamentebemrecebidoportodoomundoetraduzidoemmuitos
idiomas2. Continuam a ser feitas novas tradues e os bibliotecrios
do muno inteiro esto a usar o manifesto para elevar o perfil das
bibliotecas escolares nas escolas, regies e pases de cada um. O
Manifesto declara:
Osgovernos,porintermdiodosseusministrosdaEducao,soconvidadosadesenvolver
estratgias, polticas e planos que implementem os princpios deste
Manifesto.3 Estas novas directrizes foram produzidas para informar
os decisores a nvel nacional e local em
todoomundo,econstituirapoioeguiacomunidadedasbibliotecas.Foramredigidaspara
ajudar as escolas a promover os princpios expressos no manifesto. O
esboo destas directrizes
envolveumuitaspessoasdemuitospases,comsituaeslocaismuitodiversas,paratentar
satisfazer as necessidades de todos os tipos de escolas. As
directrizes vo precisar de ser lidas e utilizadas de acordo com o
contexto local.
Organizaram-seworkshopsduranteasconfernciasdaIFLA;promoveram-seencontrose
debatesentreperitos,pessoalmenteouporemail.Asdirectrizesresultantessooprodutode
muitodebateemuitaconsulta,porqueoseditoresestoemdvidaesesentemgratos.
Agradecem ainda os contributos dos membros da Comisso Executiva da
Seco das Bibliotecas Escolares e Centros de Recursos, e as
directrizes de muitos pases que integraram as directrizes da
IFLA/Unesco, especialmente as Directrizes para as Bibliotecas
Pblicas publicadas pela IFLA em 2001. A seco publicou ainda The
School Library Today and Tomorow, durante 2002. Esperamos que o
Manifesto,asviseseasDirectrizesformem,emconjunto,abaseparaexcelentesbibliotecas
escolares em toda a parte. Tove Pemmer Stre com Glenys Willars 2002
1 Disponvel em lngua inglesa em
http://www.ifla.org/VII/s11/pubs/manifest.htm(N. T.) 2. At 2006,
estavam ainda disponveis tradues em 33 idiomas. Existem duas verses
em lngua portuguesa - de Portugal -
http://www.ifla.org/VII/s11/pubs/portug.pdf - do Brasil
http://www.ifla.org/VII/s11/pubs/portuguese-brazil.pdf. (N. T.) 3Na
verso do Brasil: Por intermdio de ministrios da educao e cultura,
so conclamados os governantes de cada pas para desenvolver
estratgias, polticas e planos de implementao aos princpios deste
Manifesto. (N. T.) Directrizes da IFLA/UNESCO para Bibliotecas
Escolares, 2002, verso em portugus (Portugal), 2006, trad. Maria J
os Vitorino 3|26CAPTULO 1. MISSO E POLTICA A biblioteca escolar no
ensino-aprendizagem para todos 1.1. Misso A biblioteca escolar
proporciona informao e ideias fundamentais para sermos bem
sucedidos na sociedade actual, baseada na informao e no
conhecimento. A biblioteca escolar desenvolve nos
estudantescompetnciasparaaaprendizagemaolongodavidaedesenvolveaimaginao,
permitindo-lhes tornarem-se cidados responsveis. 1.2. Poltica
Abibliotecaescolardevesergeridadeacordocomumapolticaestruturadacomclareza.A
polticadabibliotecadevesertraadatendoemcontaorientaesaquesesubordinaeas
necessidades da escola, e deve reflectir o seu ethos,4 as suas
finalidades e os seus objectivos, tanto quanto a sua realidade. A
poltica deve especificar quando, onde, para quem e por quem deve
ser concretizado todo o
potencialdabiblioteca.Apolticadabibliotecatornar-se-exequvelsetodaacomunidade
escolar apoiar e contribuir para as finalidades e objectivos nela
definidos. Assim deve ser escrita com tanto envolvimento quanto
possvel, com tantas consultas quantas forem praticveis, e deve
serpartilhadadeformatoalargadaquantopossvelnasuaformaimpressa.Destaforma,a
filosofia, as ideias, o conceito e as intenes para a prtica e o
desenvolvimento ficaro claras e sero compreendidas e subscritas por
todos, assim ficando prontas a ser postas em execuo de forma
efectiva e entusiasta. A poltica deve ser inteligvel e praticvel.
No deve ser escrita apenas pelo bibliotecrio, sozinho,
masemcolaboraocomaequipadocenteeosgestoreseducativos.Oesboodeveser
estudado de forma alargada por toda a escola e apoiar-se numa
discusso exaustiva e aberta. O
documentoeosplanossubsequentesdevemespecificaropapeldabibliotecaquantoaos
aspectos seguintes: o curriculum escolar os mtodos de ensino e
aprendizagem na escola a satisfao de critrios e padres nacionais e
locais as necessidades de aprendizagem e desenvolvimento pessoal
dos alunos as necessidades do pessoal docente nveis crescentes de
sucesso Os elementos que contribuem para bibliotecas escolares
efectivas e de sucesso so os seguintes: 4Em grego clssico no
original.
Ethos-termoemprestadodaretricaantiga,oethosdesignaaimagemdesiqueolocutor
constriemseudiscursoparaexercerumainflunciasobreseualocutrio.Essanoofoiretomadaemcinciasda
linguageme,principalmente,emanlisedodiscursonoquesereferesmodalidadesverbaisdaapresentaodesina
interao verbal. O "ethos" fazparte, como o "logos" e o "pathos", da
trilogia aristotlica dos meios de prova. Adquire em
Aristtelesumduplosentido:porumladodesignaasvirtudesmoraisquegarantemcredibilidadeaoorador,taisquaisa
prudncia, a virtude e a benevolncia; por outro, comporta uma
dimenso social, na medida em que o orador convence ao se exprimir
de modo apropriado a seu carter e a seu tipo social. Nos dois casos
trata-se da imagem de si que o orador produz em seu discurso, e no
de sua pessoa real.inCHARAUDEAU, Patrick; MAINGUENEAU, Dominique.
Dicionrio de Anlise do Discurso. So Paulo: Contexto, 2004, p.
220.(N. T.) Directrizes da IFLA/UNESCO para Bibliotecas Escolares,
2002, verso em portugus (Portugal), 2006, trad. Maria J os Vitorino
4|26 financiamentos e oramento (dotao oramental) condies fsicas
recursos organizao pessoal utilizao da biblioteca promoo
Todosestescomponentessoessenciaisnoquadrodeumapolticaedeumplanodeaco
realistas.Serotidosemconsideraoaolongodestedocumento.Oplanodeacodeveser
constitudo por estratgias, tarefas, metas, rotinas de monitorizao e
de avaliao. A poltica e o plano devem constituir um documento
activo, sujeito a reviso regular. 1.3. Monitorizao e Avaliao No
processo de prossecuo das metas da biblioteca escolar, a gesto deve
monitorizar de forma continuada o desempenho nos servios de modo a
assegurar que as estratgias esto a atingir os
objectivosdefinidos.Estudosestatsticosdevemserexecutadosperiodicamenteparaidentificar
tendncias.Umaavaliaoanualdevecobrirtodasasreasprincipaisdodocumentode
planeamento para aferir os pontos seguintes: se, e como, esto a ser
atingidos os objectivos e metas definidos para a biblioteca, o
curriculum e a escola se, e como, se est a ir ao encontro das
necessidades da comunidade escolar se, e como, esto eles capazes de
corresponder a novas necessidades se esto providos dos recursos
adequados e se o seu custo ajustado aos resultados5.
Osindicadoreschavededesempenhoqueaseguirdeindicampodemrevelar-seinstrumentos
teis para a monitorizao e a avaliao da prossecuo dos objectivos da
biblioteca: Indicadores relativos utilizao:
emprstimospormembrodacomunidadeescolar(especificandoporalunoepor
elemento do pessoal) total de visitas biblioteca por membro da
comunidade escolar (especificando por aluno e por elemento do
pessoal) emprstimos por item (i.e. recursos por volume de itens em
circulao) emprstimos por hora de abertura (durante os horrios
lectivos e ps lectivos) pedidos de servio de referncia por membro
da comunidade escolar (especificando por aluno e por elemento do
pessoal) utilizao de computadores e de fontes de informao on-line
Indicadores relativos aos recursos: 5No original: cost effective
(N. T.) Directrizes da IFLA/UNESCO para Bibliotecas Escolares,
2002, verso em portugus (Portugal), 2006, trad. Maria J os Vitorino
5|26total de livros existentes por membro da comunidade escolar
nmero de terminais/computadores pessoais por membro da comunidade
escolar nmero de computadores com acesso on-line por membro da
comunidade escolar Indicadores relativos a recursos humanos: ratio
de pessoal a tempo inteiro (ou equivalente) por membros da
comunidade escolar ratio de pessoal a tempo inteiro (ou
equivalente) por utilizao da biblioteca Indicadores qualitativos:
inquritos sobre a satisfao dos utilizadores grupos de interesse
(focus groups) actividades de assessoria Indicadores financeiros:
custo unitrio por funo, servio e actividade encargos (custos) com o
pessoal por funo (por ex. emprstimo de livros) custo total da
biblioteca por membro da comunidade escolar custo total da
biblioteca quantificado em percentagem do oramento global da escola
custo mdio, calculado em percentagem do total dos custos da
biblioteca Indicadores comparativos: confronto de dados estatsticos
com outros servios de biblioteca relevantes e comparveis, de outras
escolas de dimenso e caractersticas semelhantes Directrizes da
IFLA/UNESCO para Bibliotecas Escolares, 2002, verso em portugus
(Portugal), 2006, trad. Maria J os Vitorino 6|26CAPTULO 2. RECURSOS
As bibliotecas escolares devem possuir meios adequados para
assegurar a existncia de pessoal com formao, materiais, tecnologias
e equipamentos e ser de utilizao gratuita. 2.1. Financiamentos e
oramento da Biblioteca Escolar Para assegurar que a biblioteca
recebe uma poro adequada dos recursos financeiros da escola, so
importantes os pontos seguintes: compreender o processo de gesto
oramental da escola estar atento s datas do calendrio do ciclo
oramental saber quem so os elementos chave do pessoal ter a certeza
de que as necessidades da biblioteca esto identificadas. O plano
oramental tem de incluir:
umaverbaparanovosrecursos(porex.livros,peridicosematerialnolivro);uma
verba para materiais de promoo (por ex. posters) uma verba para
materiais de consumo e administrativos uma verba para eventos
promocionais
oscustosdautilizaodeequipamentoTIC,softwareelicenas,seestesno
estiverem j includos no oramento geral da Escola para TIC. Como
regra geral, o oramento do material da biblioteca escolar deve ser
pelo menos de 5% do
valordadespesaporalunodosistemaescolar,excluindosalrios,despesasdeeducao
especial, transportes e fundos para desenvolvimento financeiro6. Os
encargos com o pessoal podem ser includos no oramento da
biblioteca, mas, em algumas
escolas,podesermaisapropriadoinclu-losnooramentoglobal
comoPessoal.noentanto importante sublinhar que estimar os custos do
pessoal para a biblioteca uma tarefa em que o
bibliotecrioescolardeveestarenvolvido.Averbadisponvelparapessoalestintimamente
relacionadacomaspectosimportantestaiscomoquantashorasdeaberturaconseguegerira
bibliotecaequalonveleoleque deserviosquepode
oferecer.Projectosespeciaiseoutros desenvolvimentos como nova
estanteria podem exigir rubricas prprias de financiamento. A
aplicao das verbas previstas no oramento deve ser planificada
cuidadosamente para o ano inteiro e estar relacionada com o quadro
de poltica da biblioteca. Os relatrios anuais devem ser
esclarecedoressobreautilizaodooramentodabibliotecaeexplicarse,ecomo,averba
despendida na biblioteca foi suficiente para cobrir as suas tarefas
e cumprir as metas definidas na sua poltica. O bibliotecrio escolar
deve ser claro quanto importncia de um oramento adequado para a
biblioteca, e pode precisar de expor esta posio gesto do
estabelecimento, pois a biblioteca serve toda a comunidade escolar.
Pode valer a pena justificar um aumento do apoio financeiro de
acordo com os tpicos seguintes: 6No original:capital improvement
funds Directrizes da IFLA/UNESCO para Bibliotecas Escolares, 2002,
verso em portugus (Portugal), 2006, trad. Maria J os Vitorino
7|26adimensodaequipadabibliotecaescolaredasuacolecosoosfactoresque
melhor prenunciam o sucesso acadmico
osestudantescomresultadosmaiselevadosemtestespadronizadostendemaser
oriundos de escolas com mais pessoal na biblioteca e mais livros,
peridicos, material audiovisual, independentemente de outros
factores, tais como os econmicos 2.2.Localizao e Espao O importante
papel educativo da biblioteca escolar deve reflectir-se nas
condies, no mobilirio e
noequipamento.vitalqueafunoeousodabibliotecaescolarsejamincorporadosno
planeamento de novos edifcios escolares e na reorganizao dos
existentes. No h uma medida universal para condies da biblioteca
escolar, mas til e conveniente ter uma qualquer espcie
defrmulaemquebasearasestimativasdeplaneamento,deformaaquetodaabiblioteca
concebidadenovo,ouredesenhada,correspondasnecessidadesdaescoladaformamais
efectiva. As consideraes seguintes devem ser includas no processo
de planeamento: localizao central, em piso trreo se possvel
acessibilidade e proximidade, ficando perto das zonas de salas de
aula factores de rudo, com pelo menos algumas partes da biblioteca
livres de rudo exterior iluminao apropriada e suficiente, quer por
janelas quer por fontes artificiais
temperaturaambienteapropriada(istoarcondicionado,aquecimento)paragarantir
boas condies de trabalho todo o ano e a preservao das coleces
concepoadequadasnecessidadesespeciaisdeutilizadoresdabiblioteca
portadores de deficincias dimenso adequada, possibilitando espao
para a coleco de livros, fico, no-fico, diferentes formatos,
jornais e revistas, materiais no livro e para os depsitos, zonas de
estudo, reas de leitura, postos de trabalho com computadores, reas
informais, zonas de trabalho interno e um balco de atendimento
flexibilidadequepermitaamultiplicidadedasactividadesefuturasalteraesno
curriculum e na tecnologia Tambm de considerar, quando se planeia
uma nova biblioteca, a lista seguinte de reas diferentes: zona de
estudo e consulta com espao para balco de atendimento, catlogos,
postos on-line, mesas de estudo e pesquisa, obras de referncia e
coleces bsicas
zonadeleiturainformalparalivroseperidicosqueestimulemaliteracia,a
aprendizagem ao longo da vida e a leitura por prazer zona de
ensino7, com conjuntos de cadeiras para pequenos grupos, grandes
grupos e
umaturmainteiraemsituaodeensinoformal,quadrodesaladeaulacoma
tecnologia e o espao adequados zona de produo e de trabalho de
grupo/trabalho de projecto para trabalho operativo e
encontrosdeindivduos,gruposouturmas,incluindorecursosparaproduo
multimdia
zonaadministrativaparabalcodeemprstimo,trabalhointerno,espaopara
tratamentodosmateriaismultimdia,armazenamentodeequipamentoaudiovisual,e
espao de depsito materiais. 7No original:instructional(N. T.)
Directrizes da IFLA/UNESCO para Bibliotecas Escolares, 2002, verso
em portugus (Portugal), 2006, trad. Maria J os Vitorino 8|262.3.
Mobilirio e Equipamento O design da biblioteca escolar fundamental
no modo como a biblioteca serve bem a escola. O
aspectoestticocontribuiparaasensaodebomacolhimento,bemcomoparaodesejoda
comunidade escolar de passar tempo na biblioteca. Uma biblioteca
escolar bem equipada deve apresentar as seguintes caractersticas:
segurana boa iluminao
concepoquepermitaacomodarmobiliriorobusto,durvelefuncional,
proporcionando espaos especficos e satisfazendo ao mesmo tempo as
necessidades dos utilizadores e das actividades concepo que
corresponda s necessidades especiais da populao escolar da forma
menos restritiva possvel
concepoqueseajustesmudanasnosprogramasdebiblioteca,nagesto
curriculardaescola,bemcomosinovaestecnolgicas(udio,vdeo,electrnica,
multimdia) concepoquegarantaautilizaoadequada,amanutenoeaseguranado
mobilirio, do equipamento e dos recursos e materiais
estruturaegestoqueproporcioneacessoequitativoeoportunoaumacoleco
organizada e diversificada estrutura e gesto apelativas
esteticamente para o utilizador e que estimulem o lazer e a
aprendizagem, incluindo guias e sinalizao claros e atractivos
2.4.Equipamento electrnico e Audiovisual A biblioteca escolar
desempenha uma funo importante enquanto portal para a nossa
sociedade
actual,cadavezmaisbaseadanainformao.Poressemotivo,devedisponibilizaracessoa
todososequipamentosnecessrios:electrnicos,informticoseaudiovisuais.Estes
equipamentos devem incluir: postos de trabalho informticos, com
computadores com acesso Internet catlogos acessveis ao pblico,
adequados s vrias idades e aos diferentes nveis de estudo
gravadores udio leitores de CDROM equipamento de scanner
equipamentoinformticoadequadoespecialmenteparaosdeficientesvisuaisoucom
outras deficincias fsicas ou motoras O mobilirio para o equipamento
informtico deve ser concebido para crianas e fcil de adaptar s suas
diferentes alturas. Directrizes da IFLA/UNESCO para Bibliotecas
Escolares, 2002, verso em portugus (Portugal), 2006, trad. Maria J
os Vitorino 9|262.5. Recursos Materiais
Soessenciaisumespaodebibliotecadegrandenveleumlequealargadoderecursosde
grandequalidade.Porisso,apolticadegestodacolecovital.Estapolticadefineo
propsito, a dimenso e os contedos da coleco bem como o acesso a
recursos externos. 2.6. Poltica de Gesto da Coleco A biblioteca
escolar deve disponibilizar acesso a um amplo leque de recursos que
corresponda s
necessidadesdosutilizadores,independentementedasuaeducao,informaoe
desenvolvimento pessoal. imperativo que as coleces continuam a ser
desenvolvidas de forma continuada, de modo a assegurar aos
utilizadores uma escolha permanente de novos materiais. O pessoal
da biblioteca escolar deve cooperar com os administradores e com os
professores no
desenvolvimentodeumapolticacomumdegestodacoleco.Umadeclaraodepoltica
desse tipo deve estar baseada no curriculum, nas necessidades e nos
interesses particulares da comunidade escolar, e reflectir a
diversidade da sociedade fora da escola. Devero ser integrados na
declarao de poltica os seguintes elementos:
ManifestoparaasBibliotecasescolaresdaIFLA/UnescoamissodaBiblioteca
Escolar Declarao de Liberdade Intelectual Liberdade de Informao
Finalidadedapolticadegestodacolecoeasuarelaocomaescolaeo curriculum
Objectivos a curto e longo prazo 2.7. Fundos Documentais Uma coleco
razovel de documentos impressos deve incluir 10 livros por aluno. A
escola mais
pequenadevedisporpelomenos2500ttulosrelevanteseactualizados,parapermitiruma
colecoalargadaeequilibradaparatodasasidades,nveisdecompetnciaepercursos
pessoais.Pelomenos60%dosfundosdevemcorresponderarecursosdenofico
relacionados com o curriculum. Alm disso, a biblioteca escolar deve
adquirir materiais para o lazer, como por exemplo literatura de
grande popularidade, msica, jogos de computador, videocassetes,
DVD, revistas e posters. Este tipo de materiais pode ser
seleccionado com a colaborao dos alunos para se garantir que
reflecteosseusinteresses,gostosecultura,semultrapassaroslimitesrazoveisdospadres
ticos. 2.8. Recursos Electrnicos Os servios prestados devem incluir
o acesso a recursos informativos electrnicos que reflictam
oscurriculae,aomesmotempo,osinteresseseaculturadosutilizadores.Osrecursos
Directrizes da IFLA/UNESCO para Bibliotecas Escolares, 2002, verso
em portugus (Portugal), 2006, trad. Maria J os Vitorino
10|26electrnicos devem incluir o acesso Internet, bases de dados em
texto integral e de referncias
especializadas,eaindaprodutosdesoftwareeducativo.Estespodemestardisponveisem
CDROM e DVD. fundamental escolher uma aplicao informtica de gesto
do catlogo da biblioteca adequado
paraclassificarecatalogarosrecursos,deacordocomospadreseasnormasbibliogrficas
nacionaiseeinternacionais.Istofacilitaasuaintegraoemredesmaisamplas.Emmuitos
lugares do mundo inteiro as bibliotecas escolares numa comunidade
local beneficiam por estarem
ligadasentresinumcatlogocomum.Umatalcolaboraopodeaumentaraeficinciaea
qualidadedotratamentodocumentalefacilitaracombinaoderecursosparaomximo
resultado. Directrizes da IFLA/UNESCO para Bibliotecas Escolares,
2002, verso em portugus (Portugal), 2006, trad. Maria J os Vitorino
11|26CAPTULO 3. PESSOAL O bibliotecrio escolar o elemento do corpo
docente profissionalmente habilitado, responsvel pelo planeamento e
gesto da biblioteca escolar. apoiado por uma equipa to adequada
quanto possvel, trabalhando em conjunto com todos os membros da
comunidade escolar e em ligao com a biblioteca pblica e outras.8 9
3.1. A Equipa da Biblioteca A riqueza e a qualidade dos recursos da
biblioteca dependem dos recursos humanos disponveis dentro da
biblioteca escolar e para l dela. Por este motivo, de grande
importncia dispor de
pessoalcomboaformaoealtamotivao,incluindoumnmerosuficientedeelementos
adequado dimenso da escola e s suas necessidades especficas de
servios de biblioteca. O
termoequipasignifica,nestecontexto,bibliotecriosqualificadoseauxiliaresdebiblioteca.
Como complemento, pode existir pessoal de apoio, tal como
professores, tcnicos, pais e outro
tipodevoluntrios.Osbibliotecriosescolaresdevemserformadosequalificados
profissionalmente, com formao adicional em teoria educativa e
metodologias de aprendizagem. Um dos muitos objectivos para a gesto
de pessoal em bibliotecas escolares deve ser que todos
osmembrosdaequipatenhamumbomentendimentodapolticadeserviosdabiblioteca,
deveres e responsabilidades bem definidos, e condies regulamentadas
de forma adequada e salrios competitivos que reflictam o
profissionalismo das funes.
Osvoluntriosnodevemtrabalharcomosubstitutosdepessoalremunerado,maspodem
trabalharcomoumapoiobaseado numcontratoqueproporcioneum
enquadramentoformal ao
seuenvolvimentonasactividadesdabibliotecaescolar.Poderecorrer-seaconsultoresanvel
local ou nacional como assessores externos em matrias relativas ao
desenvolvimento do servio da biblioteca escolar. 3.2. O Papel da
Biblioteca Escolar O papel fundamental do bibliotecrio contribuir
para a misso e para os objectivos da escola,
8VersoparaoBrasildoManifesto.:Obibliotecrioescolaromembroprofissionalmentequalificado,responsvelpelo
planejamentoegestodabibliotecaescolar.Deveserapoiadotantoquantopossvelporequipeadequada,trabalhaem
conjunto com todos os membros da comunidade escolar e deve estar em
sintonia com bibliotecas pblicas e outros. Verso para Portugal do
Manifesto: (adoptada para a traduo da citada no corpo do texto)
explicita a caracterstica de membro do corpo docente do
bibliotecrio escolar, implicando assim o seu estatuto de professor
(N. T.) 9 Verso do Manifesto em Castelhano (Espanha):
Laresponsabilidaddelabibliotecarecaerenaquelmiembrodelequipo
escolarcualificadoprofesionalmenteparahacersecargodelaplanificacinyfuncionamientodelabibliotecaescolar,conla
ayudadelpersonaldeapoyonecesario.Esteprofesionaltrabajarcontodoslosmiembrosdelacomunidadescolaryen
contacto con la biblioteca pblica y con otros centros.Na na verso
em castelhano das Guidelines, a citao do Manifesto altera-se:
miembro del equipo cualificado professionalmente para hacerse cargo
de... substitudo por miembro titulado de la plantilla
comlaresponsabilidaddeplanificar...,destacandoaimportnciadeformaoreconhecidainstitucionalmente(titulado),
individual de um dos elementos de uma equipa ycon otros centros
surge substitudo por y con otras bibliotecas, o que refora o
carcter prioritrio atribudo cooperao entre bibliotecas, em relao a
outras modalidades de cooperao interinsitucional da Biblioteca
Escolar (entre Escolas, por exemplo) (N. T.) Directrizes da
IFLA/UNESCO para Bibliotecas Escolares, 2002, verso em portugus
(Portugal), 2006, trad. Maria J os Vitorino 12|26incluindo os
processos de avaliao, e para desenvolver e promover os da
biblioteca escolar. O bibliotecrio est envolvido na programao para
o desenvolvimento curricular, em colaborao com os gestores da
escola, os administradores e os professores. Ele tem o conhecimento
e as
competnciasrelacionadoscomofornecimentodainformaoearesoluodeproblemasde
informao, bem como a percia na utilizao de todas as fontes,
impressas e electrnicas. O seu conhecimento, as suas competncias e
a sua percia vo ao encontro das necessidades de uma
comunidadeescolarespecfica.Paraldisso,eledeveconduzircampanhasdeleituraea
promoo da literatura, dos media e da cultura para crianas.
Oapoiodagestodaescolaessencialsesepretendequeabibliotecapromovaactividades
interdisciplinares. O bibliotecrio deve prestar contas directamente
ao presidente da Direco da Escola, ou Director. extremamente
importante para ele ser aceite como um membro de pleno
direitodosquadrosdeprofissionais[daescola]epoderparticiparnotrabalhodeequipaeem
todas as reunies enquanto responsvel mximo do sector da Biblioteca.
Obibliotecriodevecriarumambienteparaolazereaaprendizagemquesejaatractivo,
acolhedoreacessvelatodossemmedonempreconceitos.Todoaquelequetrabalhena
biblioteca escolar deve ter uma boa relao com crianas, jovens e
adultos. 3.3. O Papel de Auxiliar da Biblioteca O auxiliar de
biblioteca presta contas ao bibliotecrio e apoia-o nas suas funes.
Esta posio requer conhecimentos e competncias tecnolgicas e de
manuteno e apoio geral. O auxiliar deve ter formao prvia sobre
bibliotecas. Caso tal no ocorra, a biblioteca deve fornecer-lhe
essa formao. Alguns dos deveres do cargo incluem funes de rotina,
arrumao nas estantes, emprstimo e circulao, devoluo e tratamento
documental. 3.4.Cooperao entre Professores e Bibliotecrio Escolar A
cooperao entre professores e bibliotecrio escolar essencial para
optimizar o potencial dos servios da biblioteca. Professores e
bibliotecrios trabalham em conjunto para atingir o seguinte:
desenvolver, instruir e avaliar a aprendizagem dos alunos ao longo
do curriculum desenvolver e avaliar as competncias dos alunos em
literacia da informao e em conhecimento da informao desenvolver
planificaes de actividades lectivas preparar e conduzir programas
de leitura e eventos culturais integrar tecnologias de informao no
curriculum explicar aos pais a importncia da biblioteca escolar
Directrizes da IFLA/UNESCO para Bibliotecas Escolares, 2002, verso
em portugus (Portugal), 2006, trad. Maria J os Vitorino 13|263.5.
Competncias da Equipa da Biblioteca Escolar
Abibliotecaescolarumserviodireccionadoatodososmembrosdacomunidadeescolar:
estudantes, professores, gestores, pessoal administrativo e outro,
tal como aos pais. Todos estes
gruposexigemumacomunicaoespecialecapacidadesdecooperao.Osprincipais
utilizadores so os alunos e os professores, mas tambm devem ser
includas outras categorias como gestores, ou administrativos. As
capacidades e competncias fundamentais que se espera que a equipa
da biblioteca detenha podem definir-se do seguinte modo: capacidade
para comunicar de forma positiva e com abertura de ideias com
crianas e adultos capacidade para compreender as necessidades dos
utilizadores
capacidadeparacooperarcomindivduosegruposdentroeforadacomunidade
escolar conhecimento e entendimento da diversidade cultural
conhecimentodasmetodologiasdeaprendizagemedeteoriaspedaggicase
educativas conhecimento de competncias de literacia de informao e
de como usar a informao conhecimento dos matrias que integram a
coleco da biblioteca e das formas de lhe aceder conhecimentos de
literatura, dos media e da cultura para crianas conhecimento e
competncias nos domnios da gesto e do marketing conhecimento e
competncias na rea da tecnologia da informao 3.6. Deveres do
Bibliotecrio Escolar Espera-se que o bibliotecrio escolar cumpra o
seguinte: analise os recursos e as necessidades de informao da
comunidade escolar formule e promova polticas para o
desenvolvimento dos servios desenvolva polticas e sistemas de
aquisio para os recursos da biblioteca catalogue e classifique
documentos e recurso em geral forme para a utilizao da biblioteca
forme nas competncias de literacia da informao e de conhecimento da
informao apoie alunos e professores na utilizao de recursos da
biblioteca e de tecnologia da informao d resposta a pedidos de
referncia e de informao utilizando os materiais adequados promova
programas de leitura e eventos culturais participe em actividades
de planificao relacionadas com a gesto do curriculum participe na
preparao, promoo e avaliao de actividades de aprendizagem promova a
avaliao de servios de biblioteca enquanto componente normal e
regular do sistema de avaliao global da escola construa parcerias
com organizaes externas prepare e aplique oramentos conceba
planeamento estratgico Directrizes da IFLA/UNESCO para Bibliotecas
Escolares, 2002, verso em portugus (Portugal), 2006, trad. Maria J
os Vitorino 14|26faa a gesto e a formao da equipa da biblioteca
3.7. Padres ticos O pessoal da biblioteca escolar tem o deverde
observar padres ticos elevados ao lidar com
todososmembrosdacomunidadeescolar.Todososutilizadoresdevemsertratadoscom
igualdade,independentementedassuascompetnciasouhistriapessoal.Osserviosdevem
sem adequados de forma a corresponder s necessidades do utilizador
individual. Para fortalecer o papel da biblioteca escolar como um
contexto de aprendizagem aberto e seguro, a equipa deve
sublinharassuasfunesenquantoconselheiros,maisdoquecomoinstrutoresnosentido
tradicional.Talimplicaque,emprimeirolugareacimadetudo,elesdevemesforar-sepor
adoptar o ponto de vista do utilizador mais do que deixar-se
conduzir pelas suas prprias atitudes e preconceito ao prestarem
servios na biblioteca. Directrizes da IFLA/UNESCO para Bibliotecas
Escolares, 2002, verso em portugus (Portugal), 2006, trad. Maria J
os Vitorino 15|26CAPTULO 4. PROGRAMAS E ACTIVIDADES A biblioteca
escolar parte integrante do processo educativo. 4.1.Programas
Nocurriculumnacionalenosprogramasdedesenvolvimentoeducativoanvelnacional,as
bibliotecasescolaresdevemserconsideradascomomeiosessenciaisparaatingirobjectivos
ambiciosos relativamente ao seguinte: literacia da informao para
todos, desenvolvida e adoptada gradualmente ao longo do sistema
educativos
disponibilidadederecursosdeinformaoparaestudantesdetodososnveis
educativos ampla difuso da informao da informao e do conhecimento
entre todos os grupos de estudantes para o exerccio democrtico e
dos direitos humanos
Tantoanvelnacional,comoanvellocal,recomenda-seaexistnciadeprogramas
concebidos especificamente para as finalidades do desenvolvimento
da biblioteca escolar. Este tipo de programas deve integrar
diferentes objectivos e aces relacionadas com o contexto em que se
inserem. Eis alguns exemplos de aces:
desenvolverepublicarpadresnacionais(elocais)eorientaesparaasbibliotecas
escolares proporcionar bibliotecas modelo que demonstrem boas
prticas estabelecer comisses de bibliotecas escolares a nvel
nacional e local
conceberumenquadramentoformalparaacooperaoentrebibliotecasescolarese
bibliotecas pblicas a nvel nacional e local
iniciarefinanciarprojectosdeinvestigaorelacionadoscomasactividadeseo
desenvolvimento da biblioteca escolar 4.2.Cooperao e Partilha de
Recursos com Bibliotecas Pblicas Para conseguir melhorar os servios
de biblioteca para crianas e jovens numa dada comunidade, pode ser
uma boa ideia a cooperao para bibliotecas escolares e bibliotecas
pblicas. Um protocolo de colaborao, escrito, deve incluir os
seguintes pontos: medidas comuns para a cooperao especificao e
definio das reas de cooperao clarificao das implicaes econmicas e
do modo de partilhar os custos calendarizao do perodo de tempo para
a cooperao Exemplos de reas de cooperao: partilha de formao de
pessoal desenvolvimento cooperativo da coleco Directrizes da
IFLA/UNESCO para Bibliotecas Escolares, 2002, verso em portugus
(Portugal), 2006, trad. Maria J os Vitorino 16|26cooperao na
programao coordenao de servios electrnicos e de redes
cooperaonodesenvolvimentodeinstrumentosdeaprendizagemedeformaode
utilizadores visitas de estudo de turmas de alunos biblioteca
pblica promoo da leitura e da literacia em conjunto marketing
conjunto dos servios de biblioteca para crianas e jovens
4.3.Actividades no mbito da escola A biblioteca escolar deve cobrir
um amplo leque de actividades e desempenhar um papel principal
nocumprimentodamissoedavisodaescola.Deveambicionarservirtodososutilizadores
potenciaisdentrodacomunidadeescolareiraoencontrodenecessidadesparticularesdos
diferentesgrupos-alvo.Osprogramaseasactividadesdevemserelaboradosemestreita
colaborao com: Director / Presidente do Conselho Directivo Chefes
de Departamento Docentes Pessoal Auxiliar Alunos
Asatisfaodoutilizadordependedacapacidadedabibliotecaescolarparaidentificaras
necessidadesdeindivduosegrupos,edasuacapacidadeparadesenvolverserviosque
reflectem necessidades em transformao na comunidade escolar. O(a)
Director(a) e a Biblioteca Escolar
Enquantoldereducativodaescolaeelementochavenaconstruodeenquadramentoe
ambiente para o desenvolvimento do curriculum, o(a) director(a)
deve estar ciente da importncia de um servio eficaz de biblioteca
escolar, e encorajar a sua utilizao.
O(a)director(a)devetrabalhardepertocomabibliotecanaelaboraodosplanosde
desenvolvimento da escola, especialmente nas reas da literacia da
informao e dos programas de promoo da leitura. No momento da
concretizao das planificaes, o director deve garantir uma gesto
flexvel do tempo e dos recursos para permitir aos docentes e aos
alunos o acesso biblioteca e aos seus servios.
O(a)director(a)deveaindaasseguraracooperaoentreaequipadocenteeaequipada
biblioteca. Ele ou ela devem garantir que os bibliotecrios
escolares sejam envolvidos no ensino,
nagestocurricular,naformaocontnuadopessoal,naavaliaodoprogramaeda
aprendizagem dos alunos. Na avaliao global da escola o(a)
director(a) deve itegrar a avaliao
dabiblioteca(verCaptulo1)edestacarocontributovitalqueumserviodebibliotecaescolar
slido presta ao cumprimento de padres educativos. Directrizes da
IFLA/UNESCO para Bibliotecas Escolares, 2002, verso em portugus
(Portugal), 2006, trad. Maria J os Vitorino 17|26Os(as) Chefes de
Departamento e a Biblioteca Escolar Sendo o principal elemento
encarregado das actividades profissionais de cada Departamento deve
cooperar com a biblioteca de forma a assegurar que ela contm
recursos de informao e servios que cobrem as necessidades
especficas das reas disciplinares do Departamento. Tal como o (ao)
Director(a), o(a) Chefe de Departamento deve envolver a biblioteca
no desenvolvimento da planificao e dar ateno biblioteca como uma
parte essencial do contexto de aprendizagem e como um centro de
recursos educativos. Os Docentes e a Biblioteca A cooperao entre
professor e bibliotecrio j foi abordada na Seco 3.4. Vale a pena
sublinhar alguns aspectos complementares neste ponto. A filosofia
pedaggica dos professores constitui a base ideolgica da sua escolha
de mtodos de ensino. Alguns dos mtodos que assentam numa
perspectiva tradicional do professor e do manual
escolarenquantorecursosmaisimportantesnofavorecemopapeldabibliotecaescolarnos
processos de aprendizagem. Se esta perspectiva estiver associada a
um forte desejo de manter a
portadasaladeaulafechadaedeexercerumestritocontrolesobreasactividadesde
aprendizagem dos alunos, a biblioteca pode mesmo ser banida da
mente do professor enquanto
suporteimportantedeinformao.Mesmosemuitosdosdocentesapoiamumatalideologia
educativa bancria, e por isso encaram os alunos como armazns
passivos a ser preenchidos
pelatransfernciadoseuconhecimentoseleccionado,mesmoassimaindaimportantequea
bibliotecaencontreoseupapelcomoserviodeapoiorelacionadocomocurriculum.Uma
estratgia til para estabelecer uma parceria na aprendizagem com as
linhas da ideologia acima
descritapoderserpromoverserviosdabibliotecaespecialmenteparaosprofessores.Esta
promoo deve destacar:
acapacidadeparafornecerrecursosparaosprofessoresquealargueoseu
conhecimento sobre as matrias ou melhore os suas metodologias de
ensino
acapacidadedefornecerrecursosparaestratgiasdiferentesdeavaliaoede
classificao a capacidade de ser um parceiro activo na planificao de
tarefas a cumprir na sala de aula a capacidade para ajudar os
professores a lidar com situaes heterogneas nas aulas organizando
servios especializados para aqueles que precisam de mais apoio e o
para os que precisam de mais estmulo
abibliotecacomoumportalparaaaldeiaglobalatravsdosemprstimos
interbibliotecas e da rede electrnica
Osdocentesquetmumaideologiaeducativamaisprogressistaeabertacostumamser
utilizadoresmaisentusiastasdabiblioteca.Paraldetodasasfunesepossibilidades
mencionadas acima, podem ainda integrar a biblioteca como um espao
de ensino, e fazendo isto,
afastar-sedosmtodosdeensinotradicionais.Paratornarosalunosactivosnoprocessode
aprendizagem e desenvolver as suas competncias de aprendizagem
autnoma, os professores podem cooperar com a biblioteca em reas
tais como:
literaciadainformaodesenvolvendonosalunosacuriosidadeeeducando-ospara
Directrizes da IFLA/UNESCO para Bibliotecas Escolares, 2002, verso
em portugus (Portugal), 2006, trad. Maria J os Vitorino 18|26serem
utilizadores de informao crticos e criativos trabalho de projecto e
estudos sobre temas
realmotivaoparaaleituracomalunosdetodososnveis,individualmenteouem
grupo Os(as) alunos(as) e a Biblioteca Os alunos so o principal
pblico-alvo da biblioteca escolar. A cooperao com outros membros da
comunidade escolar importante apenas porque no interesse dos
alunos. Os alunos podem usar a biblioteca para muitos e diferentes
propsitos. Deve ser experimentada como um contexto de aprendizagem
aberto, gratuito, livre e no ameaador, onde podem desenvolver
trabalhos de todos os tipos, individualmente ou em grupo. As
actividades possveis para os alunos na biblioteca devero incluir:
trabalhos para casa (TPC) tradicionais projectos e tarefas de
resoluo de problemas produo de portfolios e de materiais a
apresentar ao professor e aos colegas da turma Utilizao da Internet
Os novos recursos electrnicos so um desafio especial para todos os
utilizadores de bibliotecas.
Us-lospodesermuitoconfuso.Obibliotecriopodeoferecerapoioparamostrarqueestes
recursos so apenas ferramentas para o processo de ensino e de
aprendizagem, so meios para um fim e no um fim em si mesmos. Os
utilizadores de biblioteca ficam muito frustrados quando
procuraminformaoepensamque,sepuderemacederInternet,osseusproblemasde
informao se resolvem. O que acontece geralmente o contrrio. O
bibliotecrio pode ajudar os
utilizadorescomaInternetepodetambmajudaraminimizarafrustraoqueresultadas
pesquisas. O que importante aqui seleccionar informao relevante e
de qualidade na Internet no mais curto espao de tempo possvel. Os
prprios alunos devem desenvolver a capacidade de
localizar,sintetizar,eintegrarinformaoenovosconhecimentosdetodasasmatriasna
colecoderecursos.Iniciareaplicarprogramasdedesenvolvimentodascompetnciasde
literaciadainformao,assimumadastarefasmaisimportantesdabiblioteca(paramais
consideraes vide supra o ponto Os docentes e a Biblioteca). A Funo
Cultural da Biblioteca Escolar A biblioteca pode ser usada como um
ambiente esttico, cultural e estimulante que apresenta uma
variedadederevistas,romances,publicaeserecursosaudiovisuais.Podemorganizar-se
eventos especiais na biblioteca tais como exposies, visitas de
autores e dias internacionais da
literacia.Sehouverespaosuficiente,osalunospodemproduziractuaesinspiradasna
literatura para pais e para outros alunos, e o bibliotecrio pode
organizar leituras em voz alta e
actividadesdecontodehistriasparaosmaisnovos.Obibliotecriodeveaindaestimularo
interessepelaleituraeorganizarprogramasdepromoodaleituraquedesenvolvamogosto
pelaliteratura.Asactividadesquesepropemencorajaraleituraenvolvemaspectosculturais,
bem como de aprendizagem. Existe uma ligao directa entre o nvel de
leitura e os resultados da aprendizagem. Os bibliotecrios devem ser
sempre pragmticos e flexveis na sua abordagem ao fornecerem
materiais para leitura aos utilizadores e ao apoiarem as
preferncias individuais dos leitores, reconhecendo os seus direitos
individuais. Ao lerem obras de fico e de no fico que Directrizes da
IFLA/UNESCO para Bibliotecas Escolares, 2002, verso em portugus
(Portugal), 2006, trad. Maria J os Vitorino
19|26correspondamssuasnecessidadeseaoseunvel,osalunospodemserestimuladosnoseu
processo de socializao e no desenvolvimento da sua identidade.
Cooperao com os Pais A tradio de envolvimento dos pais e
encarregados de educao nas actividades escolares varia consoante os
pases. A biblioteca pode oferecer uma oportunidade para o
envolvimento dos pais na escola. Como voluntrios, eles podem
auxiliar em tarefas prticas e de apoio ao pessoal da biblioteca.
Podem ainda participar em grupos de leitura ou comunidades de
leitores10 com os seus filhos e educandos e assim contribuir, de
uma forma pedaggica, para o sucesso das actividades de leitura. Uma
outra forma de envolver os pais criar um grupo de Amigos da
Biblioteca. Este
tipodegrupopodeprocurarnovosfinanciamentosparaasactividadesdabibliotecaeajudara
biblioteca a organizar eventos culturais especiais que requerem
mais recursos que os disponveis. 10 No original: literature
discussion groups(N. T.) Directrizes da IFLA/UNESCO para
Bibliotecas Escolares, 2002, verso em portugus (Portugal), 2006,
trad. Maria J os Vitorino 20|26CAPTULO 5. PROMOO DA BIBLIOTECA E
APRENDIZAGEM 5.1. Promoo Os servios e condies proporcionados pela
biblioteca escolar devem ser promovidos de forma activa de modo a
que os pblicos-alvo tenham sempre conscincia do seu papel essencial
como parceiro na aprendizagem e como portal para todo o tipo de
recursos de informao. Os pblicos-alvo j foram referidos em diversas
ocasies nos captulos anteriores. So o director e os outros membros
dos rgos de gesto da escola, os chefes de departamento, os
docentes, os alunos, os
tutores,osencarregadosdeeducaoeospais.importanteadequarotipodepromoo
natureza da escola e aos diferentes pblicos-alvo. 5.2. Poltica de
Marketing
Abibliotecaescolardevedispordeumapolticaescritademarketingedepromoo,
especificandoobjectivoseestratgias.Devesertrabalhadaemcooperaocomagestoda
escola e com o pessoal docente. O documento de poltica deve
incluir: objectivos e estratgias plano de actividades assegurando
que se os objectivos so atingidos mtodos de avaliao
Asactividadesnecessriasvariaroconformeasmetaseascircunstnciaslocais.Alguns
aspectos essenciais esto apresentados na lista seguinte, a ttulo de
ilustrao:
iniciaregeriroswebsitesdabibliotecaescolarquepromovamserviosetenham
ligaes para e de websites e portais afinsorganizar mostras e
exposies
escreverpublicaesquecontenhaminformaosobreashorasdeabertura,os
servios e as coleces preparar e distribuir listagens de recursos e
brochuras relacionados com o curriculum, e tambm para tpicos que
transformao dar informao sobre a biblioteca e os encontros para
novos alunos e os seus pais organizar grupos deAmigos da Biblioteca
para pais e outros organizar feiras do livro e campanhas de leitura
e de literacia produzir sinalizao eficaz no interior e no exterior
iniciarcontactoseligaescomoutrasorganizaesdarea(porex.bibliotecas
pblicas, servios de museus e associaes de Histria Local) O plano de
actividades deve ser avaliado, alterado e revisto anualmente e todo
o documento de poltica deve ser discutido integralmente pelo menos
uma vez em cada dois anos. 5.3. Formao de Utilizadores Os cursos e
programas dedicados biblioteca que se propem ensinar professores e
alunos a Directrizes da IFLA/UNESCO para Bibliotecas Escolares,
2002, verso em portugus (Portugal), 2006, trad. Maria J os Vitorino
21|26usarabibliotecasotalvezoinstrumentodemarketingmaiseficaz.Porestarazo,
extremamenteimportantequeestescursossejambemconcebidosetenhamdimensoe
equilbrio.Dadoqueestesprogramasdesempenhamumpapelchavenabiblioteca,seria
igualmente apropriado consider-los no Captulo 4. A vertente de
marketing de todos os tipos de
formaodeutilizadores,porm,toessencialquepodeatsermaisadequadotratareste
aspecto neste captulo. Os cursos especialmente elaborados para
professores devem dar-lhes instrues claras sobre o papel da
biblioteca no ensino e na aprendizagem e sobre o apoio disponvel
por parte da equipa da biblioteca. Estes cursos devem sublinhar
sobretudo a formao prtica em pesquisa de informao relacionada com
as matrias e disciplinas ensinadas pelos professores. Atravs das
suas prprias experincias ao procurara recursos relevantes, os
professores tendem a desenvolver uma compreenso mais profunda de
como que a biblioteca pode complementar o trabalho em sala de aula
e ser integrada nos temas curriculares. Tal como outros programas
de aprendizagem na escola, os vrios componentes dos cursos dos
alunosdevemserapresentadosemsequnciaslgicasparapromoveraprogressoea
continuidade da aprendizagem dos alunos. Isto significa que
competncias e recursos devem ser
introduzidosprogressivamenteaolongodosgrausenveis.Obibliotecrioescolardevesero
principal responsvel pelos programas de formao de utilizadores, mas
tambm deve cooperar
comosprofessoresdemodoaarticularosseusdiferentescomponentescomocurriculumde
forma to estreita quanto possvel. O professor deve estar sempre
presente enquanto os alunos
estoaparticiparnosseusprogramasdeformaosobreabibliotecaeparticiparcomoum
conselheiro na cooperao com o bibliotecrio. Na formao de
utilizadores, h trs reas principais de ensino a considerar:
conhecimento sobre a biblioteca, qual a sua finalidade, que tipo de
servios oferece, como est organizada e que tipo de recursos contm
destrezasnapesquisadeinformaoemotivaoparautilizardainformao,recorrendo
biblioteca em projectos de aprendizagem formais e informais 5.4.
Modelo para um Programa de Competncias de Estudo e Literacia da
Informao Filosofia
Osalunosquedominamaliteraciadainformaodevemsercapazesdeaprenderdeforma
autnoma. Devem ter conscincia das suas necessidades de informao e
participar activamente
nomundodasideias.Devemdemonstrarconfiananassuascompetnciaspararesolver
problemas e saber qual a informao relevante. Devem ser capazes de
lidar com ferramentas
tecnolgicasparaacederinformaoeparacomunicar.Deve,sercapazesdeagir
confortavelmenteemsituaesemqueexistamrespostasmltiplas,assimcomonaquelasem
que no h resposta. Os alunos que detm competncias em literacia da
informao deve, ser flexveis, capazes de adaptar mudana e de
funcionar quer individualmente quer em grupo.
Asdirectrizessobreliteraciadainformaoasseguramatodososalunosumprocessode
aprendizagemquesepodetransferiraolongodoscontedosprogramticosetambmdo
Directrizes da IFLA/UNESCO para Bibliotecas Escolares, 2002, verso
em portugus (Portugal), 2006, trad. Maria J os Vitorino
22|26contexto acadmico para a vida real. Estas orientaes
especificam o seguinte: o aluno deve construir significado a partir
da informao o aluno deve criar produtos de qualidade o aluno deve
estudar de forma autnoma o aluno deve participar de forma efectiva
como membro de um grupo de trabalho o aluno deve usar a informao e
as tecnologias da informao de modo responsvel e tico As competncias
de aprendizagem que podem contribuir para dar vida a esta
filosofiaso: competncias de aprendizagem autnoma, centradas em cada
um competncias de cooperao competncias de planeamento competncias
de localizao e recolha competncias de seleco e valorizao
competncias de organizao e registo competncias de comunicao e
realizao competncias de avaliao Competncias de aprendizagem
autnoma, centradas em cada um
Estascompetnciassofundamentaisparaodesenvolvimentodepessoasqueaprendemao
longodavida.Osqueaprendemdeformaautnomadevemsercapazesdeestabelecercom
clareza objectivos de informao e gerir a progresso at os atingir.
Devem ser capazes de usar as fontes dos mdia para informao e para
as suas necessidades pessoais, procurar respostas a perguntas,
considerar perspectivas alternativas e avaliar diferentes pontos de
vista. Devem ser capazes de pedir ajuda e reconhecer a organizao e
a estrutura da
biblioteca.Obibliotecriodesempenhaumpapelenquantoparceirodeaprendizagem,
aconselhando, no ensinando, os alunos nas suas actividades de
aprendizagem. Competncias de cooperao A biblioteca escolar um local
onde as diferenas individuais se entrelaam com a diversidade de
recursos e de tecnologias. Quando os alunos trabalham em grupo,
aprendem a defender opinies e a criticar opinies de forma
construtiva. Contactam com ideias diversificadas e mostram respeito
pelashistriaspessoaisdosoutrosepelassuasmaneirasprpriasdeaprender.Almdisso,
ajudamacriarprojectosquereflectemdiferenasentreindivduosecontribuemparasintetizar
tarefasindividuaisnumprodutofinal.Obibliotecriopodeactuarcomoorientadordogrupoe
apoi-los tanto quanto for necessrio quando usam a biblioteca como
um recurso em actividade de resoluo de problemas. Competncias de
planeamento
Ascompetnciasdeplaneamentosoumpr-requisitoessencialparaqualquertarefade
Directrizes da IFLA/UNESCO para Bibliotecas Escolares, 2002, verso
em portugus (Portugal), 2006, trad. Maria J os Vitorino
23|26investigao,estudo,projecto,ensaiooutema.Nasfasesiniciaisdeumprocessode
aprendizagem,actividadescomobranstorming,levantamentodeperguntasadequadase
identificao de palavras-chave exigem criatividade tanto quanto
prtica regular. Um aluno com
competnciasdeplaneamentodeveconseguirdesenvolverobjectivos,exprimirosproblemasa
ser solucionados e elaborar mtodos de trabalho para utilizar com
esse fim. O bibliotecrio deve
estarenvolvidonoprocessodeplaneamentoparaalargarnamedidadosdesejosdosalunos.
Espera-sequeobibliotecrioosaconselhesobreousoderecursosdisponveisequanto
viabilidade de qualquer tipo de tarefa desde o primeiro momento do
processo de trabalho. Competncias de localizao e recolha
Localizarerecolhersocompetnciasfundamentaisqueosalunosdevemadquirirparaserem
capazes de procurar informao na biblioteca de forma autnoma. Estas
competncias incluem o
entendimentodaordemalfabticaenumrica,ousodediferentestiposdeinstrumentospara
pesquisa em bases de dados electrnicas e na Internet. preciso
reforar estas capacidades de
localizao.Precisamserrelacionadascomoconjuntodocurriculumedesenvolvidas
progressivamente dentro do contexto de cada disciplina. Os
exerccios com estas competncias devem implicar o uso de ndices, uma
ampla variedade de fontes de referncia e a gama completa da
tecnologia de informao. Um aluno capaz que domine estas competncias
consegue
integr-lasquandotrabalhacomdiferentesmtodosparagerarinformaotaiscomoinquritos,
entrevistas, experimentao, observao e estudo de fontes. O
bibliotecrio deve conceber cursos sobre localizao e recolha que
tenham sido adaptados para corresponder s necessidades de indivduos
e grupos. A concepo deve ser executada em cooperao com os
professores. Sob
muitosaspectos,formarnestascompetnciasrepresentaaparteprincipaldaformaode
utilizadores na biblioteca. Competncias de seleco e valorizao Os
alunos precisam de desenvolver competncias de pensamento crtico e
avaliao. J untamente
comascompetnciasacimareferidas,estascapacidadessovitaisparaseconseguirem
resultados ptimos da utilizao da biblioteca..
Osprogramaselaboradosparapromovertaiscompetnciasdevemincluirexerccioscomoos
seguintes: definio de perguntas apropriadas identificao de recursos
potenciais utilizao de estratgias diversificadas estabelecimento de
calendarizao razovel tomada de decises ticas O bibliotecrio deve
dedicar-se em especial orientao dos alunos para encontrarem
informao relevante, actualizada e vlida e nas formas de deteco de
qualquer preconceito ou impreciso. preciso consultar um vasto leque
de recursos, compar-los e apreci-los para garantir que as hipteses
e as concluses se formulam assentes numa base de conhecimentos o
mais alargada
possvel.Osestudantescompetentesdevemsercapazesdeidentificarcritriosdeautoridade,
exaustividade, formato e relevncia, ponto de vista, fiabilidade e
cronologia ou actualidade. Directrizes da IFLA/UNESCO para
Bibliotecas Escolares, 2002, verso em portugus (Portugal), 2006,
trad. Maria J os Vitorino 24|26 Competncias de organizao e registo
As concepes tradicionais sobre a funo da biblioteca limitaram-se
com frequncia recolha e
selecodeinformao.Aorganizaosubsequenteeousodestainformaonotmsido
apresentadas da mesma forma. No entanto, numa biblioteca escolar,
esta parte do processo to
importantecomoopontodepartida.Obibliotecriodeveaindasuportarosalunosno
desenvolvimentodestascompetnciasquandoestoatrabalharcomprojectosetarefasdas
diferentesdisciplinas.Poressemotivo,obibliotecriodeveserumperitonasconvenes
estruturantes dum relatrio de projecto, e deve aconselhar os alunos
sobre o modo de escrever ttulos, cabealhos, captulos e referncias
bibliogrficas. Alm disto, competncias tais como a de
elaboraodesumrioseresumosecitaes,ederedacodebibliografiascompletase
rigorosasdevamserdesenvolvidasnabibliotecaeapoiadaspelobibliotecrio.Osalunoscom
competnciasdevemconseguirtomarnotas,armazenarinformaoetorn-laprontaparaser
usada. Competncias de comunicao e realizao A interpretao da
informao e a utilizao desta quando se trabalha em projectos e
tarefas das diferentes disciplinas so duas das mais difceis
competncias de aprendizagem. Atravs destas
competncias,osalunosmostramcomo,ese,tmounoumaverdadeiracompreensoda
informao queesto a fornecer. Transformar a informao recolhida no
conhecimento de uma
pessoaemconcretocomefeitoumaactividadedesafiadora.Oalunocompetentedeveser
capaz de processar informao desta forma: integrar informao de
fontes diversificadas fazer inferncias retirar concluses construir
significado estabelecer conexes com conhecimento anterior Pala alm
disto, o aluno competente deve conseguir fazer o seguinte:
comunicar com clareza reflectir objectivos e critrios definidos
demonstrar efectivas competncias de apresentao O papel do
bibliotecrio aqui o de aconselhar e formar alunos nestas
actividades e proporcionar um contexto de aprendizagem na
biblioteca que c de encontro s necessidade de apoio dos estudantes
Competncias de avaliao A fase final do projecto de aprendizagem
consiste no processo de avaliao e no resultado final.
essencialqueosalunossejamcapazesdeproduzirpensamentocrticosobreoseuesforoe
sobre o que realizaram. Assim, o aluno com competncias deve ser
capaz de cumprir o seguinte: Directrizes da IFLA/UNESCO para
Bibliotecas Escolares, 2002, verso em portugus (Portugal), 2006,
trad. Maria J os Vitorino 25|26 relacionar o produto final com o
plano original e determinar se o produto atingiu o seu objectivo
determinar as foras e as fraquezas do projecto de aprendizagem
reflectir sobre o melhoramentos e implicaes em futuras tarefas O
bibliotecrio deve participar no processo de avaliao em conjunto com
os professores por duas razes. Uma ser informado sobre o modo como
a biblioteca actuou para corresponder s necessidades dos alunos. A
segunda razo ser capaz de funcionar como um parceiro activo da
aprendizagem que pode contribuir para que se entenda com mais
clareza a relao existente entre o processo de aprendizagem e o
produto final. Muitos pases, autoridades locais e bibliotecas
escolares tm desenvolvido planos de sucesso para formao de
utilizadores. Alguns deles esto disponveis na Internet. Directrizes
da IFLA/UNESCO para Bibliotecas Escolares, 2002, verso em portugus
(Portugal), 2006, trad. Maria J os Vitorino 26|26REFERNCIAS Uma
bibliografia seleccionada de fontes de informao. American
Association of School Librarians, Information power: guidelines for
school library media programs. ACET, 1988. Australian School
Library Association at www.asla.org.au/policy.htm Declaraes de
Poltica sobre: - Literacia da Informao - Literacia Informtica -
Recursos baseados na aprendizagem e no curriculum - Alimentao da
Coleco - Qualificaes do Professor Bibliotecrio - Financiamentos do
Centro de Recursos / Biblioteca escolar - Carta de direitos da
Biblioteca Escolar Canadian School Library Association, A Position
Statement on Effective School Library Programs in Canada.
www.cla.ca/divisions/csla/pub_3.htm Convention of Scottish Local
Authorities, Standards for school library services in Scotland.
COSLA, 1999. ISBN 1872794467 Hannesdttir, Sigrn Klara (ed), School
librarians: Guidelines for Competency Requirements. IFLA, 1995.
ISBN 9070916576 Haycock, Ken & Blanche Woolls. School
librarianship: International perspectives & issues. Hi Willow
Research & Publishing/ IASL, 1997. ISBN 1 89086 122 7
IFLA/UNESCO The school library manifesto: the school library in
teaching and learning for all. IFLA, 2000
www.ifla.org/VII/s11/pubs/manifest.htm
www.ifla.org/VII/s8?unesco/eng.htm Library Association of Ireland,
Policy Statement on School Library Services, 1996.
www.libraryassociation.ie/policy/schools.htm Library Services for
Education, Central to excellence: guidelines for effective school
libraries. Leicestershire County Council, 2002. ISBN 0850224403
LISC Guidelines second edition forthcoming. www.liscni.co.uk The
Primary school library guidelines. Library Association, 2000. ISBN
0953740404 School libraries: guidelines for good practice. Library
Association of Ireland, 1994. ISBN 0946037248 School Library
Standards and Evaluation: list of American websites at
www.sldirectory.com/libsf/resf/evaluate.html Scottish Library
Association et al, Taking a closer look at the school library
resource centre: self-evaluation using performance indicators.1999.
www.slainte.org.uk/Slicpubs/schoolpis.pdf South Africa, Department
of Education. A National Policy Framework for School Library
Standards, J uly 1997.
http://education.pwv.gov.za/teli2/policydocuments/library1.htm
Stripling, Barbara K. Learning and libraries in an information age:
Principles & practice. Libraries Unlimited, 1999. ISBN 1 56308
666 2 Tilke, Anthony (ed), Library Association guidelines for
secondary school libraries. Library Association, 1998. ISBN
1856042782 As Associaes de Bibliotecas e de Bibliotecrios nacionais
so boas fontes de informao adicional.