IDENTIFICAR O CONFLITO GERADOR DO ENREDO1_ Leia o texto abaixo:
A beleza total A beleza de Gertrudes fascinava todo mundo e a
prpria Gertrudes. Os espelhos pasmavam diante de seu rosto,
recusando-se a refletir as pessoas da casa e muito menos as
visitas. No ousavam abranger o corpo inteiro de Gertrudes. Era
impossvel, de to belo, e o espelho do banheiro, que se atreveu a
isto, partiu-se em mil estilhaos. A moa j no podia sair rua, pois
os veculos paravam revelia dos condutores, e estes, por sua vez,
perdiam toda capacidade de ao. Houve um engarrafamento monstro, que
durou uma semana, embora Gertrudes houvesse voltado logo para casa.
O Senado aprovou lei de emergncia, proibindo Gertrudes de chegar
janela. A moa vivia confinada num salo em que s penetrava sua me,
pois o mordomo se suicidara com uma foto de Gertrudes sobre o
peito. Gertrudes no podia fazer nada. Nascera assim, este era o seu
destino fatal: a extrema beleza. E era feliz, sabendo-se
incomparvel. Por falta de ar puro, acabou sem condies de vida, e um
dia cerrou os olhos para sempre. Sua beleza saiu do corpo e ficou
pairando, imortal. O corpo j ento enfezado de Gertrudes foi
recolhido ao jazigo, e a beleza de Gertrudes continuou cintilando
no salo fechado a sete chaves. ANDRADE, Carlos Drummond de. Contos
plausveis. Rio de Janeiro: Jos Olympio, 1985. O conflito central do
enredo desencadeado A) pela extrema beleza da personagem. B) pelos
espelhos que se espatifavam. C) pelos motoristas que paravam o
trnsito. D) pelo suicdio do mordomo. 2_ Leia o texto abaixo. E.C.T.
Tava com um cara que carimba postais Que por descuido abriu uma
carta que voltou Levou um susto que lhe abriu a boca Esse recado
veio pra mim, no pro senhor. Recebo crack, colante, dinheiro parco
embrulhado Em papel carbono e barbante, at cabelo cortado Retrato
de 3 x 4 pra batizado distante Mas isso aqui meu senhor, uma carta
de amor Levo o mundo e no vou l Mas esse cara tem a lngua solta A
minha carta ele musicou Tava em casa, a vitamina pronta Ouvi no
rdio a minha carta de amor Dizendo eu caso contente, papel passado,
presente Desembrulhado, vestido, eu volto logo me espera No brigue
nunca comigo, eu quero ver nossos filhos O professor me ensinou a
fazer uma carta de amor Leve o mundo que eu vou j Nando Reis,
Marisa Monte, Carlinhos Brown
O verso Tava com um cara que carimba postais um exemplo de
linguagem A) coloquial. B) formal. C) jornalstica. D) literria. 3_
Leia o texto para responder a questo abaixo: A outra noite Rubem
Braga Outro dia fui a So Paulo e resolvi voltar noite, uma noite de
vento sul e chuva, tanto l como aqui. Quando vinha para casa de
txi, encontrei um amigo e o trouxe at Copacabana; e contei a ele
que l em cima, alm das nuvens, estava um luar lindo, de lua cheia;
e que as nuvens feias que cobriam a cidade eram, vistas de cima,
enluaradas, colches de sonho, alvas. Uma paisagem irreal. Depois
que o meu amigo desceu do carro, o chofer aproveitou um sinal
fechado para voltar-se para mim: O senhor vai desculpar, eu estava
aqui a ouvir sua conversa. Mas tem mesmo luar l em cima? Confirmei:
sim, acima da nossa noite preta e enlamaada e torpe havia uma outra
pura, perfeita e linda. Mas, que coisa... Ele chegou a pr a cabea
fora do carro para olhar o cu fechado de chuva. Depois continuou
guiando mais lentamente. No sei se sonhava em ser aviador ou
pensava em outra coisa. Ora, sim senhor... E, quando saltei e
paguei a corrida, ele me disse um boa noite e um muito obrigado ao
senhor to sinceros, to veementes, como se eu lhe tivesse feito um
presente de rei. BRAGA, Rubem. Ai de ti, Copacabana. Rio de
Janeiro: Editora do Autor, 1960. O fato que desencadeou a histria
foi (A) a viagem a So Paulo. (B) o mau tempo em So Paulo. (C) o
agradecimento do taxista. (D) a conversa ouvida pelo taxista. 4_
Leia o texto para responder a questo a seguir: Conversa fiada Era
uma vez um homem muito velho que, por no ter muito o que fazer,
ficava pescando num lago. Era uma vez um menino muito novo que
tambm no tinha muito o que fazer e ficava pescando no mesmo lago.
Um dia, os dois se encontraram, lado a lado, na pescaria, e no
mesmo momento, exatamente no mesmo instante, sentiram aquela
puxadinha que indica que o peixe mordeu a isca. [...] Quando
apareceram os respectivos peixes, porm, decepo: o peixe do menino
era muito velho e o peixe do velho era muito novo! O velho disse
para o menino: Voc no pode pescar esse peixe to velho! Deixe que
ele viva o pouco da vida que lhe resta. O menino respondeu: E o que
voc vai fazer com este peixe to novo? Ele to pequeno... deixe que
ele viva mais um pouco! O velho e o menino olharam um para o outro
e, sem perder tempo, jogaram os peixes no lago. Ficaram amigos e
agora, quando no tm muito o que fazer, vo at o lago, cumprimentam
os peixes e matam o tempo jogando conversa fora. FRATE, Dila.
Histrias para Acordar. So Paulo: Companhia das Letrinhas, 1996 138
O fato responsvel pelo desenrolar da histria (A) o encontro e a
pescaria do menino com o velho no lago. (B) o peixe do velho ser
muito velho. (C) o peixe do menino ser novo e pequeno. (D) o
retorno dos peixes ao lago. 5_ Leia o texto abaixo e responda.
Sinceridade de criana Era uma poca de vacas magras. Morava s com
meu filho, pagando aluguel, ganhava pouco e fui convidada para a
festa de aniversrio de uma grande amiga. O problema que no tinha
dinheiro messmoooooo. Fui a uma relojoaria procura de uma pequena
joia, ou bijuteria mesmo, algo assim, e pedi balconista: Queria ver
alguma coisa bonita e barata para uma grande amiga! Ela me mostrou
algumas peas realmente caras, que na poca eu no podia pagar. Ento
eu pedi: Posso ver o que voc tem, assim... alguma coisa mais
baratinha? E a moa me trouxe um pingente folheado a ouro... bonito
e barato. Eu gostei e levei. Quando chegamos ao aniversrio, (eu e
meu filho) fomos cumprimentar minha amiga, que, ao abrir o
presente, disse: Nossa, muito obrigada!!!!! Que coisa linda!!!!! E
meu filho, na sua inocncia de criana bem pequena, sem saber bem o
que significava a expresso baratinha completou: E era a mais
baratinha que tinha!!!. Disponvel em: . Acesso em: 22 mar. 2010. O
enredo desse texto se desenvolve a partir A) da chegada ao
aniversrio. B) da inocncia da criana. C) do convite para o
aniversrio. D) do presente comprado. 6_ Leia o texto abaixo. O
REFORMADOR DO MUNDO Amrico Pisca-Pisca tinha o hbito de pr defeito
em todas as coisas. O mundo para ele estava errado e a natureza s
fazia asneiras. Asneiras, Amrico? Pois ento?!... Aqui mesmo, neste
pomar, voc tem a prova disso. Ali est uma jabuticabeira enorme
sustendo frutas pequeninas, e l adiante vejo colossal abbora presa
ao caule duma planta rasteira. No era lgico que fosse justamente o
contrrio? Se as coisas tivessem de ser reorganizadas por mim, eu
trocaria as bolas, passando as jabuticabas para a aboboreira e as
abboras para a jabuticabeira. No tenho razo? LOBATO, Monteiro. O
reformador do mundo. In: Obra Infantil Completa. So Paulo:
Brasiliense, s.d. Quando falou sobre a reforma da natureza, Amrico
estava A) num pomar. B) num rio. C) numa floresta. D) numa praa. 7_
Leia o texto abaixo. 50 anos de cortesiaUm casal tomava caf no dia
das suas bodas de ouro. A mulher passou a manteiga na casca do po e
deu para o seu marido, ficando com o miolo. Ela pensava: Sempre
quis comer o que mais gosto do po, que o miolo, mas como amo demais
o meu marido e ele gosta dele, durante estes 50 anos, sempre lhe
dei o miolo. Mas hoje quero satisfazer o meu desejo. Quando o
marido recebeu a casca do po com manteiga, o rosto dele se abriu
num enorme sorriso, e lhe disse: - Muito obrigado por este
presente, meu amor. Durante 50 anos, sempre quis comer a casca do
po, mas como voc gostava tanto dela, eu jamais ousei pedir !
Disponvel em: . Acesso em: 10 ago. 2011. Qual foi o fato que fez
com que essa histria acontecesse? A) a mulher querer comer o miolo
do po. B) a mulher dar ao marido a casca do po. C) o marido
agradecer o presente. D) o marido adorar casca de po. 8_ Leia o
texto abaixo. O prncipe sapo Uma feiticeira muito m transformou um
belo prncipe num sapo, s o beijo de uma princesa desmancharia o
feitio. Um dia, uma linda princesa chegou perto da lagoa em que o
prncipe morava. Cheio de esperana de ficar livre do feitio, ele lhe
pediu um beijo. Como ela era muito boa, venceu o nojo e, sem saber
de nada, atendeu ao pedido do sapo: deu-lhe um beijo. Imediatamente
o sapo voltou a ser prncipe, casou-se com a princesa e foram
felizes para sempre. SEIESZKA, Jon. O patinho realmente feio e
outras histrias malucas. So Paulo: Companhia das letrinhas, 1997,
[s. p]. O que deu origem aos fatos narrados nesse texto? A) O beijo
da princesa. B) O feitio da feiticeira. C) O nojo da princesa. D) O
pedido do sapo. 9_ Leia o texto abaixo e responda.
OSRIO. Revista Imprensa, ago. 1997, p.40. No trecho T bom,
mame!, a expresso destacada revela que a linguagem de Gabi A)
desrespeitosa. B) desafiadora. C) informal. D) regional.
10_ Leia o texto e responda. Maurcio de Souza. Turma da Mnica.
141 O problema da narrativa se resolve quando A) o Cebolinha
resolve fazer uma massagem. B) o Cebolinha sai da massagem cheio de
dor. C) a Mnica d aquele abrao no Cebolinha. D) a Mnica fica sem
entender o que aconteceu. 11_ Leia o texto abaixo. Irmo de
enxurrada Fico lembrando dele esperneando no bero. Ele era uma
coisica ainda mais estranha do que hoje. No, muito mais estranha:
hoje ele gente, fala, acha coisas sobre mim, sobre os outros irmos,
sobre a dona da padaria. Antes ele era... um...um montinho que se
mexia tambm estranhamente. Eu ficava horas olhando para ele. [...]
Teve um tempo em que ele engatinhava. Rodava pela casa toda, gugu
pra c, dad pra l, passando debaixo dos mveis, debaixo das pernas da
gente um saco! [...] E um dia que ele engoliu a cabea de um
bonequinho do Forte Apache? Ou foi o rabinho de um cavalo? No
lembro exatamente o que foi que ele engoliu, mas lembro do problemo
que foi. [...] Minha me veio correndo, porque eu gritei do meu
quarto... CISALPINO, Murilo. In: Ricardo Ramos. Irmo mais velho,
irmo mais novo. So Paulo: Atual,1992. p. 64-71. Nesse texto, o
narrador A) a dona da padaria. B) a me do beb. C) o irmo mais
velho. D) o pequeno beb. 12_ Leia o texto abaixo. Tormento no tem
idade Meu filho, aquele seu amigo, o Jorge, telefonou. O que que
ele queria? Convidou voc para dormir na casa dele, amanh. E o que
que voc disse? Disse que no sabia, mas achava que voc iria aceitar
o convite. Fez mal, mame. Voc sabe que odeio dormir fora de casa.
Mas meu filho, o Jorge gosta tanto de voc... Eu sei que ele gosta
de mim. Mas eu no sou obrigado a dormir na casa dele por causa
disso, sou? Claro que no. Mas... Mas o que, mame? Bem, quem decide
voc. Mas, que seria bom voc dormir l, seria. Ah, ? E por qu? Bem,
em primeiro lugar, o Jorge tem um quarto novo de hspedes e queria
estrear com voc. Ele disse que um quarto muito lindo. Tem at a TV a
cabo. Eu no gosto de tev. [...] Eu fao a maleta para voc, meu
filho. Eu arrumo suas coisas direitinho. Voc vai ver. No, mame. No
insista, por favor. Voc est me atormentando com isso. Bem, deixe eu
lhe lembrar uma coisa, para terminar com essa discusso: amanh eu no
vou a lugar nenhum. Sabe por que, mame? Amanh meu aniversrio. Voc
esqueceu? Esqueci mesmo. Desculpe, filho. Pois . Amanh estou
fazendo 50 anos. E acho que quem faz 50 anos tem o direito de
passar a noite com sua me, no verdade? SCLIAR, Moacyr. Folha de So
Paulo, 3 set. 2001, p. C2. 142 O trecho dessa narrativa que explica
o que resolveu o problema A) Ah, ? E por qu?. B) Eu no gosto de
tev.. C) Amanh meu aniversrio.. D) Esqueci mesmo. Desculpe, filho..
13_ Leia o texto abaixo e responda. Os Viajantes e a Bolsa de
Moedas Dois homens viajavam juntos ao longo de uma estrada, quando
um deles encontrou uma bolsa cheia de alguma coisa. E ele disse:
Veja que sorte a minha, encontrei uma bolsa, e a julgar pelo peso,
deve estar cheia de moedas de ouro. E lhe diz o companheiro: No
diga encontrei uma bolsa; mas, ns encontramos uma bolsa, e quanta
sorte temos. Amigos de viagem devem compartilhar as tristezas e
alegrias da estrada. O sortudo, claro, se nega a dividir o achado.
Ento escutam gritos de: Pega ladro!, vindo de um grupo de homens
armados com porretes, que se dirigem, estrada abaixo, na direo
deles. O viajante sortudo, logo entra em pnico, e diz. Estamos
perdidos se encontrarem essa bolsa conosco. Replica o outro: Voc no
disse ns antes. Assim, agora fique com o que seu e diga, Eu estou
perdido. Moral da Histria: No devemos exigir que algum compartilhe
conosco as desventuras, quando no lhes compartilhamos tambm as
nossas alegrias. Esopo. Disponvel em: Acesso em: 02 fev. 2010. O
fato que deu origem a essa histria foi A) o amigo ter abandonado o
outro companheiro. B) o viajante ser perseguido por homens armados.
C) os amigos ficarem perdidos em uma estrada. D) os viajantes
encontrarem uma bolsa com moedas. 14_ Leia o texto abaixo e
responda. O gamb No silncio circular da praa, a esquina iluminada.
O patro aguardava a hora de apagar as luzes do caf. O garom comeou
a descer as portas de ao e olhou o relgio: meia-noite e quarenta e
cinco. O moo da farmcia chegou para o ltimo cafezinho. At ser
enxotados, uns poucos fregueses de sempre insistiam em prolongar a
noite. Mas o bate-papo estava encerrado. Foi quando o chofer de txi
sustou o gesto de acender o cigarro e deu o alarme: um gamb!
Correram todos para ver e, mais que ver, para crer. Era a festa, a
inslita festa que a noite j no prometia. Ali, na praa, quase diante
do edifcio de dez andares, um gamb. Vivinho da silva, com sua
anacrnica e desarmada arquitetura. No meio da rua como que veio
parar ali? Um frmito de batalha animou os presentes. Todos,
pressurosos, foram espiar o recm-chegado. S o Corcundinha
permaneceu imvel diante da mesa de mrmore. O corpo enterrado na
cadeira, as grossas botinas mal dispensavam as muletas. O intruso
no lhe dizia respeito. Podia sorver devagarinho o seu conhaque.
Encolhido de medo e susto, o gamb no queria desafiar ningum. Mas
seus sbitos inimigos a distncia mantinham uma divertida atitude de
caa. Ningum sabia por onde comear a bem-vinda peleja. Era preciso
no desperdiar a ddiva que tinha vindo alvoroar a noite de cada um
dos circunstantes. REZENDE, Oto Lara. O gamb. In: O elo perdido
& outras histrias. 5 ed. So Paulo: tica, 1998. p.12. Fragmento.
*Adaptado: Reforma Ortogrfica. Nesse texto, qual o fato que motiva
a narrativa? A) O fechamento do caf. B) A apario do gamb. C) A
perseguio ao recm-chegado. D) O descaso do Corcundinha. 136 15_
Leia o texto abaixo. Infncia Meu pai montava a cavalo, ia para o
campo. Minha me ficava sentada cosendo. Meu irmo pequeno dormia. Eu
sozinho menino entre mangueiras lia a histria de Robinson Cruso,
comprida histria que no acaba mais. No meio-dia branco de luz uma
voz que aprendeu a ninar nos longes da senzala e nunca se esqueceu
chamava para o caf. Caf preto que nem a preta velha caf gostoso caf
bom. Minha me ficava sentada cosendo olhando para mim: Psiu... No
acorde o menino. Para o bero onde pousou um mosquito. E dava um
suspiro... que fundo! L longe, meu pai campeava no mato sem fim da
fazenda. E eu no sabia que minha histria era mais bonita que a de
Robinson Cruso. ANdRAdE, Carlos drummond de. disponvel em: Acesso
em: 19 jul. 2008. Nesse poema, a terceira estrofe evidencia o A)
espao da narrativa. B) narrador em 1 pessoa. C) narrador em 3
pessoa. D) tempo da narrativa. 16_ Leia o texto abaixo.
SOUZA, Maurcio de. Revista Magali, n.403. p.86, 2006. O fato que
deu origem a essa histria foi A) a curiosidade da me sobre o lugar
onde esto os biscoitos. B) a vontade da menina de comer biscoitos
que esto em lugar alto. C) o desejo da me de que a menina cresa
rpido. D) o lugar imprprio onde ficam os armrios da casa. 17_ Leia
o texto abaixo.
BROWNE, Dik. O melhor de Hagar o horrvel. Porto Alegre:
L&PM, 2008, p. 36-37. Nesse texto, o clmax do enredo ocorre no
trecho: A) AH.... (primeiro quadrinho) B) ...no vou mais fazer
nenhum trilho.... (segundo quadrinho) C) HAGAR!. (stimo quadrinho)
D) Eu t ouvindo!. (oitavo quadrinho) 18_ Leia o texto abaixo.
MINUTAS Um homem chega num balco e tenta chamar a ateno da
balconista para atend-lo. Senhorita... Um minutinho. O homem
vira-se para outro ao seu lado e diz: Ih, j vi tudo. O que foi? Ela
disse um minutinho. Quer dizer que vai demorar. No Brasil, um
minuto dura sessenta segundos, como em qualquer outro lugar, mas um
minutinho pode durar uma hora. O homem tenta de novo: Senhorita...
S um instantinho. Ai... O que foi? Ela disse um instantinho. Um
instantinho demora mais que um minutinho. Parece que um minutinho
feito de vrios instantinhos, mas o contrrio. Um instantinho contm
vrios minutinhos. Senhorita! S dois segundinhos! O homem comea a se
retirar. Aonde que o senhor vai? Ela disse dois segundinhos. Isso
quer dizer que s vai me atender amanh. VERSSIMO, Lus Fernando. O
fato que gerou o conflito foi A) a impacincia da balconista. B) a
insistncia do comprador. C) a rapidez da balconista. D) as
respostas da balconista. 19_ Leia o texto abaixo e responda.
FUGAMal o pai colocou o papel na mquina, o menino comeou a empurrar
uma cadeira pela sala, fazendo um barulho infernal. Para com esse
barulho, meu filho falou, sem se voltar. Com trs anos j sabia
reagir como homem ao impacto das grandes injustias paternas; no
estava fazendo barulho, estava s empurrando uma cadeira. Pois ento
para de empurrar a cadeira. Eu vou embora foi a resposta. Distrado,
o pai no reparou que ele juntava ao s palavras, no ato de juntar do
cho suas coisinhas, enrolando-as num pedao de pano. Era a sua
bagagem: um caminho de plstico com apenas trs rodas, um resto de
biscoito, uma chave (onde diabo meteram a chave da despensa? a me
mais tarde ir dizer), metade de uma tesourinha enferrujada, sua
nica arma para a grande aventura, um boto amarrado num barbante. A
calma que baixou na sala era vagamente inquietante. De repente, o
pai olhou ao redor e no viu o menino. Deu com a porta da rua
aberta, correu at o porto. Viu um menino saindo desta casa? Gritou
para o operrio que descansava diante da obra do outro lado da rua,
sentado no meio-fio. Saiu agora mesmo com uma trouxinha informou
ele. [...] Trouxe-o para casa e o largou novamente na sala tendo
antes o cuidado de fechar a porta da rua e retirar a chave, como
ele fizera com a despensa. Fique a quietinho, est ouvindo? Papai
est trabalhando. Fico, mas vou empurrar esta cadeira. E o barulho
recomeou. SABINO, Fernando. Fuga. In: Para gostar de ler. V. 2
Crnicas. So Paulo: tica, 1995. p. 18-19. O conflito gerador desse
texto tem incio, quando o menino A) arruma uma trouxinha de coisas.
B) comea a empurrar a cadeira. C) continua a empurrar a cadeira. D)
cumpre a ameaa de ir embora.
20_ Leia o texto abaixo. Disponvel em: . Acesso em: 20 abr.
2010. O conflito que d origem a esse texto A) a apario da estrela.
B) a solido da personagem. C) o comportamento sensvel da
personagem. D) o desejo da personagem de enfrentar desafios. 21_
Leia o texto abaixo e responda.
SOUZA, Maurcio de. Mnica. Gibi, n 10. Maurcio de Sousa, p. 82,
2007. O fato gerador dessa histria foi A) a vontade de Mnica
brincar com Magali. B) a necessidade de Magali usar o presente. C)
a dificuldade de comunicao entre as meninas da histria. D) a dvida
sobre a brincadeira que as meninas iriam escolher.
Questo Resposta Correta
1 A
2 A
3 D
4 A
5 C
6 A
7 A
8 B
9 C
10 C
11 C
12 C
13 D
14 B
15 B
16 B
17 C
18 D
19 B
20 A
21 B