Identificação, gestão e controlo de plantas invasoras|11 Dez.|Maia www.invasoras.pt 1/58 Identificação, gestão e controlo de plantas invasoras Hélia Marchante CEF - Centro de Ecologia Funcional, Universidade de Coimbra ESAC - Escola Superior Agrária de Coimbra, Instituto Politécnico de Coimbra 11 de Dezembro de 2014, Maia Organização:
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Identificação, gestão e controlo de plantas invasoras
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Identificação, gestão e controlo de plantas invasoras|11 Dez.|Maia www.invasoras.pt 1/58
Identificação, gestão e controlo de plantas
invasoras
Hélia MarchanteCEF - Centro de Ecologia Funcional, Universidade de Coimbra
ESAC - Escola Superior Agrária de Coimbra, Instituto Politécnico de Coimbra
11 de Dezembro de 2014, Maia
Organização:
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Introdução ao tema das invasões biológicas: terminologia, impactes...
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O que são?
• Plantas NATIVAS
(≈ espontâneas, indígenas,
autóctones)
• Plantas EXÓTICAS
(≈ introduzidas, alóctones)
Richardson et al., 2000, Div & Dist. 6: 93-107Pyšek et al., 2004, Taxon, 53(1): 131-143
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Alguns conceitos (2)
Planta INVASORA
Planta INFESTANTE
5
A MAIORIA DAS EXÓTICAS NÃO SÃO INVASORAS
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Quais os impactes que as plantas invasoras promovem? Porque são uma ameaça?
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• Ecológicos (Vilà et al., 2011. Ecol. Letters, 14: 702–708)
– ameaça à biodiversidade e equilíbrio dos ecossistemas (competiçao com espécies nativas, alteração dos ciclos biogeoquímicos, ex., ciclo do carbono, azoto, água, etc)
– impactes nos serviços dos ecossistemas (alimentos, fornecimento de água e recursos diversos, regulação do clima, cheias, doenças, etc.)
– alteração/uniformização dos ecossistemas/paisagens
– alteração dos regimes de fogo
– alteração das cadeias ecológicas/alimentares
•.
Impactes das plantas invasoras (1)
Célia Laranjeiro
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Impactes das plantas invasoras (1)
Vitor Carvalho
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Cortaderia selloana (J. A. & J. H. Schultes) Aschers & Graebner.*
Arundo donax L.*
Opuntia spp.* * extra Dec. Lei 565/99
Legislação – Decreto-Lei n.º 565/99 (Anexo I)
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Principais etapas da gestão de plantas invasoras
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Como perder a guerra contra as invasoras em 5 simples passos
• Ter mais olhos que barriga• Subestimar (e desconhecer) o inimigo• Virar costas ao inimigo• Acreditar em receitas milagrosas• Ignorar o regime de fogo
adaptado de Caetano 2011
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Gestão de Plantas Invasoras0.1 Prevenção 0.2 Detecção precoce e
resposta rápida
Monitorizações regulares (vários intervenientes)
Estabelecer prioridades:
Resposta rápida crucial para a erradicação- plano de contingência pronto a ser posto em acção
... Regulamento da UE & projecto piloto de detecção precoce em planeamento...
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Gestão de Plantas Invasoras0.1 Prevenção 0.2 Detecção precoce e
resposta rápida
1. Definir alvos e objectivos de conservação/produção para local invadido (orçamento disponível!)
2. Identificar e prioritizar áreas a controlar e espécies que ameacem os objectivos propostos
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Ex: Controlo de Plantas Invasoras nos Perímetros Florestais das Serras da Mó e Viso e Serra da Freita
Critérios para priorização das intervenções
LINHA DE ÁGUA (LA) PONTOS CAMINHOS (C) PONTOS
Linha água permanente 2 Caminho com perturbação 2
Linha água temporária 1 Caminho sem perturbação 1
Sem linha de água 0 Sem caminho 0
POSIÇÃO (P) PONTOSFACTORES FACILITAÇÃO (FF) (viveiros)
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Gestão de Plantas Invasoras0.1 Prevenção 0.2 Detecção precoce e
resposta rápida
1. Definir alvos e objectivos de conservação/produção para local invadido (orçamento disponível!)
2. Identificar e prioritizar áreas a controlar e espécies que ameacem os objectivos propostos
3. Avaliar técnicas de controlo disponíveis
Tipos de controlos – riscos vs. benefícios de cada tipo– teve sucesso em situação semelhante? – análise custos/ benefícios– praticabilidade e exequibilidade – probabilidade de sucesso
Controlo apropriado para cada espécie:– qual a melhor época do ano para aplicar– qual o estágio da planta mais vulnerável
a controlo
Controlo total, perimetral ou por secções (ex. de montante para jusante)
Testar métodos quando necessário/ possível (solução de compromisso entre rapidez e eficiência; bases de dados, conhecimento local, fontes publicadas ou não)
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Corte com aplicação de fitocidas
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controlo de continuidade: arranque; deixar crescer e descascar; cortes sucessivos; dependendo dos locais, pulverização com fitocida. Germinação: arranque, corte com motorroçadora < 20cm
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austrália (Acacia melanoxylon) – Austrália
Invade principalmente vales e zonas montanhosas, margens de cursos de água e vias de comunicação
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austrália (Acacia melanoxylon)
Controlo semelhante a mimosa, mas:
- Descasques mais difíceis
- Pulverizações menos eficientes
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acácia-de-espigas (Acacia longifolia) – Austrália
Invade principalmente dunas costeiras, cabos e margens de linhas de água
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Injecção de fitocidas
Quando já
ganhou as
folhas –
crescimento
vigoroso
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háquea-picante (Hakea sericea) – Austrália
Invade principalmente áreas perturbadas ou semi-naturais, junto a áreas onde foi plantada (e.g., sebes)
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háquea-picante (Hakea sericea)
Corte + espera (12-18 meses) + fogo controlado ou destroçamento
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penachos (Cortaderia selloana) –América doSul
Invade principalmente dunas costeiras, margens de vias de comunicação e áreas perturbadas
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erva-das-pampas; penachos (Cortaderia selloana)
Arranque; Corte rente + espera + glifosato; remover plumas INÍCIO Setembro para sacos
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Arundo donax canas – Ásia temperada? Europa Oriental?invade zonas húmidas (margens de linhas de água, paúis, zonas pantanosas…); áreas agrícolas e margens de estradas.
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chorão-das-praias (Carpobrotus edulis) – África do Sul
Invade principalmente dunas costeiras, cabos e taludes onde foi plantado
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chorão-das-praias (Carpobrotus edulis) – África do Sul
Invade principalmente dunas costeiras, cabos e taludes onde foi plantado
Arranque; enrolamento dos tapetes
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Plataforma de mapeamento de plantas
invasoras – em www.invasoras.pt
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Mapa de avistamentos de plantas invasoras - projeto de Ciência Cidadã, disponível em http://invasoras.uc.pt/mapa-de-avistamentos/ Contribuições através de: 1) site; 2) aplicação para Android
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Almeida JD, Freitas H (2006) Exotic naturalized flora of continental Portugal - a reassessment. Botanica Complutensis30:117-130
Hulme, P.E., Pysek, P., Nentwig, W. & Vilà, M. (2009) Will Threat of Biological Invasions Unite the European Union? Science, 40-41.
Marchante, H.. 2011. Invasion of Portuguese dunes by Acacia longifolia: present status and perspectives for thefuture. Faculdade de Ciências e Tecnologia. Universidade de Coimbra. Doutoramento em Biologia, especialidade em Ecologia. 184 pág.
Marchante, H., Morais, M., Freitas, H. & Marchante, E. 2014. Guia Prático para a Identificação de Plantas Invasoras em Portugal. Imprensa da Universidade de Coimbra. Coimbra. Pp. 208.
ISBN: 978-989-26-0785-6
Ministério do Ambiente (1999) Decreto-lei n.º 565/99 de 21 de Dezembro. In: Diário da República - I Série - A. 295: 9100-9114.
Pyšek P, Richardson DM, Rejmanek M, Webster GL, Williamson M, Kirschner J (2004) Alien plants in checklists andfloras: towards better communication between taxonomists and ecologists. Taxon 53 (1):131-143
Richardson DM, Pyšek P, Rejmánek M, Barbour MG, Panetta FD, West CJ (2000) Naturalization and invasion of alienplants: concepts and definitions. Divers Distrib 6:93-107
Vilà M, Espinar JL, Hejda M, Hulme PE, Jarošík V, Maron JL, Pergl J, Schaffner U, Sun Y, Pyšek P (2011) Ecologicalimpacts of invasive alien plants: a meta-analysis of their effects on species, communities and ecosystems. EcolLett 14:702-708
Alguma bibliografia e sites:
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Alguma bibliografia e sites:Caetano, F. 2011. Formação no âmbito do Campo de Trabalho Científico sobre Controlo de Plantas Invasoras. 25-31
Julho 2011, Mata do Desterro, Seia. Organização: CFE/UC, ESAC e CISE, Município de Seia.
Rainha, M. & Moça, R. 2011. “Controlo de Plantas Invasoras nos Perímetros Florestais das Serras da Mó e Viso e Serra da Freita - Estratégia da UGF da AMP e EDV”. No âmbito do Seminário sobre Plantas Invasoras. Organização: Fundação Mata do Buçaco, com colaboração do Centro de Ecologia Funcional, Escola Superior Agrária de Coimbra, Autoridade Florestal Nacional e Fundação Floresta Unida. 20 Maio.
Wittenberg, R., Cock, M.J.W. (eds.) 2001. Invasive Alien Species: A Toolkit of Best Prevention and Management Practices. CAB International, Wallingford, Oxon, UK, xvii - 228. (online em http://www.gisp.org/)
Tu, M., Hurd, C. & J.M. Randall. 2001. Weed Control Methods Handbook, The Nature Conservancy, http://tncweeds.ucdavis.edu, version: April 2001; http://www.invasive.org/gist/handbook.html