Ícones – do Ecletismo ao Art Déco Resumo Através da disciplina Análise da Forma, foi analisado qual o intuito da utilização de ícones na Arquitetura e quais as mensagens estéticas que eles transmitem. Tomando como base o período entre o Ecletismo e o Art Deco, procurou-se esclarecer quais os ícones eram utilizados em cada época e quais as grandes mudanças ocorridas na utilização destes. Referencial teórico-conceitual Os ícones são representações a partir de um objeto, conceito ou ação. Assim, encontramos ícones de figuras religiosas, pessoas, animais, figuras que existem, já existiram ou fazem parte da imaginação das pessoas, por isso são chamados de ícones. “(...) uma importante propriedade peculiar ao ícone é a de que, através de sua observação direta, outras verdades relativas a seu objeto podem ser descobertas além das que bastam para determinar sua construção.” (PEIRCE, 2008) O Art Déco caracteriza-se por linhas retas e figuras geométricas basicamente. São desenhos de caráter industrial. Constitui-se como uma combinação de movimentos artísticos, tais como Construtivismo, Cubismo e Futurismo. Também seu alto rigor geométrico suscita uma simplicidade de estilo. Já o Ecletismo, busca a grandiosidade diante de uma grande simetria de composição. Funda-se na mistura de estilos arquitetônicos do passado criando uma nova linguagem conceitual. Seus ícones mostram-se através da utilização de estátuas e imagens introduzidas diretamente no projeto, no cerne do edifício criando assim uma grande riqueza decorativa. “A única maneira de comunicar diretamente uma ideia é através de um ícone; e todo método de comunicação indireta de uma ideia deve depender, para ser estabelecido, do uso de um ícone.” (PEIRCE, 2008). Materiais e métodos A partir de textos base como Semiótica de Charles Peirce e História da arquitetura Moderna de Leonardo Benevolo foram analisados os conceitos para uso comparativo entre duas grandes obras selecionadas de cada período da história analisado. Refletiu-se, assim, sobre o que faz com que o estilo de cada obra represente ícones diferentes e a significância destes. Para representar o Ecletismo, optamos por descrever a Villas Wagner (1886-1888) de Otto Wagner e a Casa Steiner (1910) de Adolf Loos.
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Ícones – do Ecletismo ao Art Déco Resumo
Através da disciplina Análise da Forma, foi analisado qual o intuito da utilização de
ícones na Arquitetura e quais as mensagens estéticas que eles transmitem. Tomando
como base o período entre o Ecletismo e o Art Deco, procurou-se esclarecer quais os
ícones eram utilizados em cada época e quais as grandes mudanças ocorridas na
utilização destes.
Referencial teórico-conceitual
Os ícones são representações a partir de um objeto, conceito ou ação. Assim, encontramos
ícones de figuras religiosas, pessoas, animais, figuras que existem, já existiram ou fazem parte
da imaginação das pessoas, por isso são chamados de ícones.
“(...) uma importante propriedade peculiar ao ícone é a de que, através de sua observação
direta, outras verdades relativas a seu objeto podem ser descobertas além das que bastam
para determinar sua construção.” (PEIRCE, 2008)
O Art Déco caracteriza-se por linhas retas e figuras geométricas basicamente. São desenhos de
caráter industrial. Constitui-se como uma combinação de movimentos artísticos, tais como
Construtivismo, Cubismo e Futurismo. Também seu alto rigor geométrico suscita uma
simplicidade de estilo.
Já o Ecletismo, busca a grandiosidade diante de uma grande simetria de composição. Funda-se
na mistura de estilos arquitetônicos do passado criando uma nova linguagem conceitual. Seus
ícones mostram-se através da utilização de estátuas e imagens introduzidas diretamente no
projeto, no cerne do edifício criando assim uma grande riqueza decorativa.
“A única maneira de comunicar diretamente uma ideia é através de um ícone; e todo método
de comunicação indireta de uma ideia deve depender, para ser estabelecido, do uso de um
ícone.” (PEIRCE, 2008).
Materiais e métodos
A partir de textos base como Semiótica de Charles Peirce e História da arquitetura Moderna de
Leonardo Benevolo foram analisados os conceitos para uso comparativo entre duas grandes
obras selecionadas de cada período da história analisado. Refletiu-se, assim, sobre o que faz
com que o estilo de cada obra represente ícones diferentes e a significância destes. Para
representar o Ecletismo, optamos por descrever a Villas Wagner (1886-1888) de Otto Wagner
e a Casa Steiner (1910) de Adolf Loos.
Discussão e análise dos resultados
Villas Wagner – Otto Wagner (1886-1888)
A arquitetura Eclética tem uma de suas bases estéticas na Teoria do Associacionismo. Segundo
esta, o prazer estético estaria fundado em associações mentais que a figura observada provoca
no observador, tornando presentes, na mente, princípios, ideias, imagens, símbolos e
impressões já vividas ou experimentadas e, consequentemente, as emoções originais.
Villas Wagner – Otto Wagner (1886-1888)
O projeto escolhido, Villas Wagner, mostra-se em contraste com o ambiente localizado no
bosque de Viena por ser toda em branco, dourado e verde, com um design modernista. A casa
possui uma entrada com colunas jônicas e as laterais possuem planos de vidro ao lado de
elementos dóricos. Seus ícones aparecem introduzidos na estrutura da casa, são imagens que
foram pintadas nas paredes em alto relevo, estátuas que compõe a estética da casa, e não
objetos introduzidos posteriormente, como se pode observar nas imagens.