36 36 36 36 36 PRÊMIO PROTEÇÃO BRASIL 2007 36 Até o ano de 2004 a realidade dos colaboradores da Metalúrgica Albras, de Embu das Artes/SP, era marcada pelo alto índice de absenteísmo e afastamentos pelo INSS (Instituto Nacional do Seguro Social). A empresa, voltada para a fabricação de dobradiças de canecas, corrediças e gavetas de aço, concentrava na produção funções críticas de exposição. Após a certificação com a OHSAS 18001 o cenário ergonômico foi se modificando através da implan- tação do programa Intervenções Locais, Resultados Globais, iniciati- va que concentra atividades de ginástica laboral e análise ergonômica setorial, além da criação de um ambulatório de fisioterapi a e de uma sala de ginástica. “Precisávamos criar algumas ferramentas que além de diminuir esses números proporcio- nassem mais conforto para os colaboradores”, lembra a fisiotera- peuta da empresa, Priscilla Dias da Costa. A conquista na categoria Melhor Case de Ergonomia, obtida pela Albras nesta edição do Prê- mio Proteção Brasil , foi construída com a participação efetiva dos trabalhadores. Através de uma caixa de sugestões instalada na fábrica eles puderam contribuir com críticas e sugestões em diversas áreas, inclusive relaciona- da ao seu posto de trabalho. Novas contratações, como a de um profissional de fisioterapia, e a criação de um grupo de Sistema de Gestão Integrada, com a partici- pação de diversos profissionais da fábrica, foram essenciais para que os problemas levantados pudes- sem ser analisados e sanados. Priscilla conta que após a forma- ção do grupo a empresa iniciou um trabalho de conscientização com todos os seus colaboradores. “Foram realizados diversos treina- mentos, reuniões de encarregados com a diretoria para a criação de uma cultura prevencionista, além de muito diálogo”, explica. Entre as mudanças práticas nos postos de trabalho, com a intenção de dimi- nuir as dores nos ombros, está a diminuição da altura das linhas de montagem, deixando-as na altura apropriada para o manuseio do operador. “Como a máquina é longa e o funcionário não pode trabalhar sentado, colocamos tapetes ergonômicos que facilitam a circulação sangüínea e diminuem o impacto nos tornozelos, joelhos, quadril e coluna”, acrescenta. ESCADAS Pequenas escadas foram implementadas para facilitar o acesso dos colaboradores nos pontos mais altos da máquina, assim como no setor de pintura de corrediças houve o rebaixamento da linha onde passavam as peças, diminuindo a alta incidência de dores. O rodízio de funções, sistema onde a cada 30 minutos os funcionários se revezam entre a colocação das corrediças nas gancheiras e a retirada dessas peças depois de pintadas, também foi outra ação adotada. “Como os funcionários reclamavam de dores nas pernas, por ficarem muito tempo em pé, foi verificada a possibilidad e de trabalharem Ambulatórios de fisioterapia fazem parte do Programa A l b r a s M e l h o r C a s e d e E r g o n o m i a ALBRAS Foco na redução de afastamentos