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“Para que um todo, dividido em partes desiguais, pareçam harmonioso, é preciso que exista, entre a parte pequena e a maior, a mesma relação que entre a grande e o todo”. (Euclides) Manuela Barres – No. 23 João Pedro Nogueira – No. 15 7ª A 3 Profa. Mayra
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Homem vitruviano 20130802

Jan 13, 2015

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Ton Nogueira

Trabalho completo sobre o Renascimento. Colégio Rio Branco, Profa. Mayra. Alunos : Manuela e João Pedro.
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“Para que um todo, dividido em partes desiguais, pareçam harmonioso, é preciso que exista, entre a parte pequena e a maior, a mesma relação que entre a grande e o todo”.(Euclides)

Manuela Barres – No. 23João Pedro Nogueira – No. 157ª A 3Profa. Mayra

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O nome “Homem Vitruviano” tem em sua origem um trabalho realizado pelo arquiteto romano chamado Marcus Vitruvius Pollio que apresentou um estudo matemático no século I a. C. Nesse estudo Vitruviusdescreve, num Tratado de Arquitetura, as proporções ideais do corpo humano. Esse conceito do modelo ideal para o ser humano inspirou Leonardo Da Vinci que em 1490, com base na descrição de Vitruvius fez o famoso desenho. Nele, Da Vinci representou as proporções ideais do corpo humano masculino. As proporções são perfeitas e expressam o ideal clássico de beleza e proporção. As posições dos braços e pernas expressam quatro posturas diferentes, inseridas num círculo e num quadrado, ao mesmo tempo. Expressa o conceito da “Divina Proporção” que se fundamenta numa das leis que regem o equilíbrio dos corpos , a harmonia das formas e dos movimentos. E esse conceito pode ser estendido ao Universo como um todo. Isso pode ser observado no mundo que nos cerca. Assim, quando achamos algo bonito, harmonioso , significa que essas formas obedecem a uma regra geométrica especial chamada Proporção Áurea.

O desenho atualmente faz parte da coleção da Galleriedell'Accademia (Galeria da Academia) em Veneza, Itália.

Inspirado pela obra de Vitrúvio, “O Homem Vitruviano” de Da Vinci ilustra soberbamente o interesse dele na proporção humana – é a teoria transposta para a arte em papel.

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Durante anos o homem procurou a beleza perfeita, a proporção ideal. Os gregos criaram então o retângulo de ouro. Era um retângulo, do qual havia-se proporções... do lado maior dividido pelo lado menor e a partir dessa proporção tudo era construído.

Bom, durante milênios, a arquitetura clássica grega prevaleceu, o retângulo de ouro era padrão mas depois de muito tempo, veio a construção gótica, com formas arredondadas que não utilizavam o retângulo de ouro grego.

Desta forma os gregos construíram o Parthenon... a proporção do retângulo que forma a face central e lateral. A profundidade dividia pelo comprimento ou altura, tudo seguia uma proporção ideal de 1,618.

Os Egípcios fizeram o mesmo com as pirâmides cada pedra era 1,618 menor do que a pedra de baixo a de baixo era 1,618 maior que a de cima, que era 1,618 maior que a da 3a fileira e assim por diante.

A proporção áurea, número de ouro, número áureo ou proporção de ouro é uma constante real algébrica irracional denotada pela letra grega φ phi (PHI), em homenagem ao escultor Phideas (Fídias), que a teria utilizado para conceber o Parthenon, e com o valor arredondado a três casas decimais de 1,618. Também é chamada de seção áurea (do latim sectio aurea) , razão áurea, razão de ouro, média e extrema razão (Euclides), divina proporção, divina seção (do latim sectio divina), proporção em extrema razão , divisão de extrema razão ou áurea excelência.

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Em 1509, o matemático italiano Luca Paccioli, um grande amigo de Leonardo Da Vinci, publicou a obra Divina Proportione, um tratado sobre a Proporção Áurea”.

Esta proporção , simbolizada pela letra grega Φ (PHI), aparece com uma frequência impressionante na matemática e na natureza. Podemos perceber a proporção mais facilmente , dividindo uma linha em 2 segmentos para que o Raio entre o segmento inteiro e a parte mais longa seja o mesmo do Raio entre a parte mais longa e a parte mais curta.

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O tratado do estudo do livro descobriu que as coisas na natureza evoluem exponencialmente, seguindo uma proporção perfeita.

Essa proporção foi identificada observando e medindo a natureza do crescimento, com base no cálculo dos números de Fibonacci.

Leonardo Fibonacci, um matemático que estudava o crescimento das populações de coelhos, criou aquela que é provavelmente a mais famosa sequência matemática a Série de Fibonacci. A partir de 2 coelhos, Fibonacci foi contando como eles aumentavam a partir da reprodução de várias gerações e chegou numa sequência onde um número é igual a soma dos dois números anteriores.

0, 1, 1, 2, 3, 5, 8, 13, 21, 34, 55, 89, 144, …

(0+1)=1; (1+2)=3; (3+5)=8; (8+13)=21; (21+34)=55; (55+89)=144

Após muitos cálculos, foi identificado que a proporção cresce na escala 1,618033989 com pequenas variações para cima ou para baixo - exatamente a proporção das

pirâmides do Egito e do retângulo de ouro dos gregos.

A descoberta de Fibonacci abriu uma nova ideia de tal proporção que os cientistas começaram a estudar a natureza em termos matemáticos e identificaram outras “coincidências”.

A proporção de

abelhas fêmeas em

comparação com

abelhas machos em

uma colmeia é de

1,618.A proporção que

aumenta o

tamanho das

espirais de um

caracol é de

1,618.

A proporção em

que aumenta o

diâmetro das

espirais sementes

de um girassol é

de 1,618.

A proporção em que

se diminuem as

folhas de uma arvore

a medida que

subimos de altura é

de 1,618.

E não só na Terra se

encontra tal proporção. Nas

galáxias as estrelas se

distribuem em torno de um

astro principal numa espiral

obedecendo à proporção de

1,618 também

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Ao desenhar o “Homem Vitruviano” , o gênio italiano personificou o espírito renascentista e sobretudo, o antropocentrismo, muito mais do que isto a beleza e a perfeição da natureza, representada pelo corpo humano.

Mas da Vinci foi ainda mais longe; ele como cientista, utilizava cadáveres para medir a proporção do seu corpo e descobriu que nenhuma outra coisa obedece tanto a DIVINA PROPORÇÃO quanto o corpo humano... obra prima de Deus.

Tudo, cada osso do corpo humano é regido pela Divina Proporção.

Seria Deus, usando seu conceito maior de beleza em sua maior criação feita a sua imagem e semelhança?

Coelhos, abelhas, caramujos, constelações, girassóis, arvores, artes e o homem; coisas teoricamente diferentes, todas ligadas numa proporção em comum.

Meça sua altura e depois divida pela altura do seu umbigo até o chão; o resultado é 1,618.

Meça seu braço inteiro e depois divida pelo tamanho do seu cotovelo até o dedo; o resultado é 1,618.

Meça seus dedos, ele inteiro dividido pela dobra central até a ponta ou da dobra central até a ponta dividido pela segunda dobra. O resultado é 1,618.

Meça sua perna inteira e divida pelo tamanho do seu joelho até o chão. O resultado é 1,618.

A altura do seu crânio dividido pelo tamanho da sua mandíbula até o alto da cabeça. O resultado 1,618.

Da sua cintura até a cabeça e depois só o tórax. O resultado é 1,618.

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Como desenhar o “Homem Vitruviano”

Passo 1 – Desenhe um quadrado e um círculo

Passo 2 – Mova o círculo de forma que o ponto A se

sobreponha ao ponto B

Passo 3 – Marque o centro do novo círculo (ponto O)

dividindo a distância AB no meio. Desenhe um novo círculo

com o Raio R2 = OA

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1. Simetria (geometria);

2. Matemática;

3. Estudos de Anatomia;

4. Antropocentrismo;

5. Naturalismo (Homem);

6. Força e Harmonia;

7. Proporções e Movimento do Corpo.

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Botticelli sublima a pureza formal sem insinuar o que tem de material. Para obter esse efeito, exalta a plasticidade dos corpos e leva ao limite a sensação de movimento: são as linhas que se mexem, as figuras estão paradas. Isso talvez explique a emoção intelectual que seu estilo nos causa.

Como em todas as obras do artista, a simbologia é importante. Aqui ele funde os novos ideais cristãos com a grandeza do mito clássico. Não é por acaso que o manto oferecido à deusa é cor de rosa, e que as flores são açucenas, o que representa na História da Arte a “virgem rainha dos céus”. Já os ramos de murta são a concessão do artista à ideia da “Vênus Sagrada”, da qual essa planta era o símbolo.

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“O Nascimento de Vênus” é sem dúvida umas das pinturas mais conhecidas em toda a História da Arte. Figura até nos dez centavos do euro italiano. Já foi reproduzida à exaustão, mas sempre encanta.

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Foi encomenda de Lorenzo di Pierfrancesco de' Medici, sobrinho de Lorenzo, o Magnífico, em conjunto com outras obras do pintor, “Primavera” e “Atenas doma o centauro”, para decorar a Villa di Castello na campanha florentina. Hoje, as três se encontram na Galleria degli Uffizzi.

A deusa Vênus surge da espuma do mar, nua em uma concha que é impelida e acariciada pelo sopro de Zéfiro, o vento fecundador, que aparece abraçado a Clóris, a ninfa que com ele simboliza o ato físico do amor. Nas margens da ilha de Chipre, a favorita da deusa, uma das ninfas que preside às mudanças das estações oferece à deusa um manto todo florido para protegê-la.

Faz parte das obras neoplatônicas de Botticelli: nessa tela ele descreve, segundo o relato mitológico de Ovídio, o conceito de amor como força motriz da natureza. As cores claras e puras, as formas refinadas e nítidas, as linhas elegantes e harmoniosas, o leve movimento das águas, o perfil do horizonte, os mantos inflados pelo vento, se sublimam na nudez casta e pudica da deusa. É a exaltação da beleza clássica e, ao mesmo tempo, da pureza da alma.

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1. Culto ao individualismo (obras assinada pelo artista e reconhecida);

2. Simetria;

3. Cores;

4. Gesto das mãos e pés (perfeição das formas especialmente nesta obra);

5. Resgate da estética da cultura greco-romana, principalmente a busca da perfeição na elaboração de esculturas e pinturas;

6. Humanismo: conjunto de princípios que valorizavam as ações humanas e valores morais (respeito, justiça, honra, amor, liberdade, solidariedade, etc).

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A postura: a atitude de Vénus inspira-se nas estátuas antigas e, apesar do aparente pudor, com uma mão revela um seio e os cabelos evocam a ideia dos pêlos púbicos, cuja representação estava proibida. O peso está todo para o lado direito o que nos dá uma ideia de leveza. A postura da deusa representa a natureza dual do amor, ao mesmo tempo sensual e casto. Interpretada à luz do neoplatonismo, Vénus representaria a união de qualidades espirituais e humanas.

Referência

indireta a

escultura

clássica :

corpo de

mármoreO rosto: trata-se de um rosto muito jovem, com a boca fechada e olhos claros. Apresenta uma expressão de doce melancolia. A delicadeza dos traços sugere uma bondade moral que purifica a deusa pagã.

FLORA – “Espírito da Primavera”

Representa a castidade e Aguarda Vénus para a envolver no seu manto imortal. Tem um vestido ornamentado com motivos florais e à cintura uma faixa de rosas e grinaldas de mirto, símbolo de amor eterno, pormenores estes que se usavam na época.

“ O Vento do Ocidente”

Zéfiro, deus do vento ocidente;

Filho de Éolo e de Aurora;

Abraçando sua esposa Clóris que tinha sido raptada por ele.

Os amantes Zéfiro e Clórisrepresentam o sopro da paixão através do qual a deusa recém-nascida é conduzida. Os ventos sopram rosas que perfumam todo o mar.

O Esquema de Cores e Simetria

É comedido e modesto como a Deusa. Os afrescos verdes e azuis são realçados pelos suaves rosas e pelos pormenores a ouro.

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A história da pintura começa em 25 abril de 1483, quando a Confraria Milanesa da Imaculada Conceição encomendou, para sua capela, uma pintura central da “Virgem com o Menino” e dois painéis laterais com anjos, a Leonardo da Vinci e aos irmãos “de Predis”.

conclusão do trabalho estava prevista para 8 de dezembro – dia da Imaculada Conceição. Os painéis dos anjos, destinados aos irmãos “de Predis” foram concluídos, mas o painel central não. Nenhuma novidade, visto que Leonardo não tinha muito compromisso com datas. Uma disputa judicial foi iniciada. Os irmãos “de Predis” queriam sua parte no pagamento e Leonardo que havia saído de Milão. A batalha demrou a ser resolvida, 23 anos! Em 1506, foi exigido que da Vinci voltasse a Milão, no prazo de 2 anos, e terminasse a obra.

O fato é que duas versões da obra foram pintadas. Parece que a demora no cumprimento ao contrato rendeu frutos! ☺ Atualmente uma das versões se encontra na The National Gallery (NG) –Londres/Reino Unido, e a outra no Louvre (Paris/França).

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As diferenças entre as pinturas são facilmente percebidas. A começar pelo tamanho da tela, sendo a do Louvre 8cm maior do que a da National Gallery. Mas, tomando por base a versão que se encontra na National Gallery, é possível observar, entre outros detalhes que, nesta versão:

1. o azul é mais intenso e as águas dão impressão maior de movimento;

2. inclui uma cruz de junco nas mãos do menino S. João Batista;

3. o anjo não aponta para S. João, como na versão do Louvre;

4. sobre a cabeça da Virgem Maria aparece um halo;

5. os drapeados da roupa da Virgem são mais leves;

6. as rochas são mais grotescas, mais próximas da realidade.

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1. Simetria (geometria);

2. Sfumato (da Vinci inovou com está técnica de luz e sombra);

3. Naturalismo;

4. Humanismo (observação da natureza – caverna, rochas, montanhas, gelo).

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O Casal Arnolfini é o mais famoso quadro do pintorflamengo Jan van Eyck, pintado em 1434. A obra exibeo então rico comerciante Giovanni Arnolfini e sua esposaGiovanna Cenami, que se estabeleceram e prosperaramna cidade de Bruges (hoje Bélgica), entre 1420 e 1472.

É considerada uma das obras mais notáveis de van Eyck.É um dos primeiros retratos de tema não hagiográficoque se encontram conservados, e, por sua vez,representa uma relativa cena costumeira. O casal seapresenta de pé, em sua alcova (leito matrimonial); oesposo bendiz a sua mulher, que lhe oferece sua mãodireita, enquanto apoia a esquerda em seu ventre. Apose das personagens resulta-se teatral e cerimoniosa,praticamente hierática; alguns especialistas veem nessasatitudes fleumáticas certa comicidade, ainda que aestendida interpretação que se vê no retrato, arepresentação de um casamento atribui a isso seu arpomposo.

A obra, considerada muito inovadora para a época emque foi concebida, exibe diversos conceitos novosrelativamente às perspectivas e à acentuação dossegundos planos. Note-se o espelho no fundo dacomposição, em que toda cena aparece invertida, talcomo a imagem do próprio artista.

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O espelho é um dos melhores exemplos daminuciosidade microscópica alcançada por Jan vanEyck (mede 5,5 centímetros e cada uma das cenasda paixão que o rodeiam mede 1,5 cm), e enlaçacom o seguinte assunto. Em torno do espelho, semostram 10 das 14 estações da Via Sacra (asparadas do caminho de Cristo até sua morte noCalvário). Sua presença sugere que ainterpretação do quadro deve ser cristã eespiritual, além de testemunho legal do casamento,e recorda o sacrifício que têm de suportar osesposos.

Certamente estes pequenos espelhos convexoseram muito populares naquela época; eramchamados “bruxas”, e eram usados para espantara má sorte. Frequentemente se encontravam juntosdas janelas e portas. Para que se saiba, esta é aprimeira vez em que se usa como recurso pictórico,a ideia teve muito êxito e foi imitada. O espelho éo centro da gravidade de todo o quadro, é o quemais chama atenção, uma espécie de "círculomágico" calculado com incrível precisão paraatrair o olhar e revelar o segredo da história doquadro.

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Em primeiro lugar, a representação do casal, que é antagônica e revela osdiferentes papel que cumpre cada um no casamento. Atenta-se para o fatode se tratar duma sociedade de mais de 500 anos atrás, entre a IdadeMédia e a Idade Moderna: ele é severo, bendiz ou, quiçá, jura (fideslevata) - em qualquer caso, ostenta o poder moral da casa (potestas) - esegura com autoridade a mão de sua esposa (fides manualis), que inclina acabeça em atitude submissa e pousa sua mão esquerda em seu avultadoventre, sinal inequívoco de sua gravidez (que não é real), que seria suaculminância como mulher. As mesmas roupas que reforçam esta mensagem,apesar de que a ambientação sugere um tempo de verão, ou quandomenos primaveril, leva pesadas túnicas que revelam sua alta posiçãosocioeconômica, o tabardo (antigo capote, de mangas e capuz) dele éescuro e sóbrio (ainda que os remates de pele de marta custavam,particularmente, caros), e ela se destaca com um ostentoso vestido, de coresvivas e alegres, com punhos de arminho (complementados com um colar,vários anéis e um cinto todo brocado, todo em ouro).

As laranjas, importadas do sul, eram um luxo no norte da Europa, e aqui aludem, talvez, à origem mediterrânea dos retratados. Conhecidas como "maçãs do Éden" (podem se tratar de uma evocação do paraíso perdido), em alusão ao pecado mortal da luxúria, provável motivo da perda da graça. Os instintos pecaminosos da humanidade se santificam mediante ao ritual do matrimônio cristão.

O cão dá um ar de graça e calma ao quadro, que é de surpreendente solenidade. O detalhismo do pelo é todo uma proeza técnica. Nos retratos, os cães podem simbolizar, como aqui, a fidelidade e o amor terreno.

A lâmpada só tem uma vela, que simboliza a chama do amor - era costume flamengo acender uma vela no primeiro dia de casamento, mas também recorda a candeia que sempre ilumina o ostensório da igreja, a permanente presença de Cristo.

Os tamancos espalhados pelo chão - eles vão descalços - representam o vínculo com o solo sagrado do lar e também são sinal de que se estava celebrando uma cerimônia religiosa. A posição dos sapatos é também relevante: os de Giovanna, vermelhos, estão próximos à cama; os de seu marido, mais próximos do mundo exterior. Naquele tempo se acreditava que pisar no chão descalço assegurava a fertilidade.

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Os rosários eram um presente habitual do noivo a sua futura esposa. O cristal é sinal de pureza, e o rosário sugere a virtude da noiva e sua obrigação de ser devota. Também o cristal do espelho alude à pureza do sacramento matrimonial (speculum sinemacula).

A cama tem relação, sobretudo na realeza e na nobreza, com a continuidade da linhagem e do sobrenome. Representa o lugar onde se nasce e se morre. Os tecidos vermelhos simbolizam a paixão, além de proporcionar um poderoso contraste cromático com o verde da indumentária feminina. Era costume da época, nas casas confortáveis da Borgonha, colocar uma cama no salão onde se recebiam as visitas. Ainda que, geralmente, era usada para se sentar, ocasionalmente, era também o lugar onde as mães acabadas de dar a luz recebiam, com seu bebê, as congratulações dos parentes e amigos.

O tapete que há junto da cama é muito luxuoso e caro, procedente da Anatólia, outra demonstração de sua fortuna e posição.Os tamancos espalhados pelo chão - eles vão descalços - representam o vínculo com o solo sagrado do lar e também são sinal de que se estava celebrando uma cerimônia religiosa. A posição dos sapatos é também relevante: os de Giovanna, vermelhos, estão próximos à cama; os de seu marido, mais próximos do mundo exterior. Naquele tempo se acreditava que pisar no chão descalço assegurava a fertilidade.

Na cabeceira da cama vê-se talhada uma mulher com um dragão aos pés. É provável que seja Santa Margarida, protetora dos partos, cujo atributo é o dragão; mas a escovinha que há ao lado, poderia se tratar de Santa Marta, protetora do lar, que compartilha o mesmo predicativo.

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Os únicos que faltariam para completar a cerimônia do matrimônio, seriam o sacerdote e a testemunha, mas ambas as personagens aparecem refletidas no espelho, junto do casal: um clérigo e o próprio pintor, que atua como testemunha, e que, com sua assinatura, não só reclama a autoria do quadro como testifica a celebração do sacramento: "Johannes van Eyckfuit hic 1434" (Jan van Eyck esteve aqui em 1434). O quadro seria, portanto, um documento matrimonial. Não obstante, é também um quadro evidentemente temporal, porque se refere simultaneamente aos feitos que têm lugar no matrimônio, mas em fases diversas ao longo do tempo.

A obra é um fiel reflexo das características de estilo do gótico flamengo e, sobretudo, é um compêndio do estilo de seu autor. Em sua composição sobressaem: os detalhes: por ser uma pintura concebida para a exibição doméstica, o que permitiria vê-la de perto, os detalhes se misturam com uma escrupulosidademicroscópica, somente possível graças ao emprego do óleo e de enfeites especiais. Por exemplo, no espelho do fundo - em cujo marco estão representadas dez cenas da Paixão de Cristo - se reflete toda a habitação de trás, inclusive todo o mobiliário, o casamento, outras duas pessoas e o vitrô com uma vista de Bruges. O deleite na reprodução dos objetos: os flamengos se orgulham do bem-estar material que conseguiram, de suas pequenas posses, e as representam em suas obras: a lâmpada, os móveis finamente trabalhados, a roupa etc. A naturalidade: van Eyck se preocupava muito em representar a realidade com a maior exatidão possível, ainda que o olho moderno da imagem pareça escassamente realista pela atitude hierática dos retratados - inclusive o cão. O movimento é nulo na imagem; as formas têm uma solidez escultural, e a cena, em geral, é rígida, teatral e pouco espontânea. A preocupação com a luz e com a perspectiva: próprias de van Eyck, que nisso se adiantou a seu tempo. A luz que penetra pela janela é suave e envolve as formas delicadamente, a claridade se dissolve, pouco a pouco, em uma atmosfera tangível; o marco arquitetônico e o recurso do espelho de fundo dão uma sensação de profundidade muito verossímil. O próprio Diego Velásquez se inspirou nesta obra ao pintar La Familiade Felipe IV.

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1. Simetria (geometria);

2. Perspectiva;

3. Realismo;

4. Burguesia;

5. Humanismo: conjunto de princípios que valorizavam as ações humanas e valores morais (respeito, justiça, honra, amor, liberdade, solidariedade, etc).

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• Leonardo da Vinci (1452-1519) – Considerado verdadeiro gênio criativo, foi brilhante em

diversos campos do saber, tanto nas ciências como nas artes. Pintou reduzido número de

telas e de afrescos, mas todas constituem autênticas obras-primas da história da pintura

universal. Entre suas obras destacam-se: A última ceia, afresco pintado num convento de

Milão; A Monalisa ou a Gioconda, A Dama e o Arminho; A Virgem dos Rochedos..

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• Leonardo conseguia atingir a perfeição em suas obras através de uma observação criteriosa

da natureza. Seus cadernos são um imenso laboratório de pensamento. Nas notas, estudos

e rascunhos dedicados a engenharia, a voo dos pássaros, corpo humano, etc. encontra-se

um apurado explorador da natureza.

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• Podemos dizer que da Vinci é a representação plena doespírito renascentista. O homem completo, materializado eimortalizado em suas obras.

• Ele se interessava por absolutamente tudo que há debaixo doSol, para não falar do que se encontra além dele.

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• No Início da Idade Moderna, as cidades ocidentais renasceram graças ao lento masprogressivo desenvolvimento do comércio, tornando-se importantes centros políticos eeconômicos, que levaram à perda do poder dos senhores feudais e à decadência dofeudalismo.

• Muitas destas novas cidades surgiram a partir dos burgos, que eram conjuntos dehabitações fortificadas que serviam de residência para os burgueses. Com adinamização da economia nas cidades, em função do comércio, muitas pessoascomeçaram a deixar o campo para tentar a vida nos centros urbanos. Portanto, nosséculos XIV e XV, a Europa passou por um importante processo de êxodo rural (saídadas pessoas do campo para as cidades).

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• Wikipedia

• Imagens - Google

• História da Arte (16ª Edição) – E.H. GombrichEditora LTC – ISBN : 978-85-216-1185-1