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OS RKSULTAOOS HlLMAJSOi DA RLVOLUO INDUSTRIAL, 1750-1850
A aritmtica foi o instrumento fundamental da Revoluo In duitnal,
vista por seus autores como uma srie de comas de somar e subtrair:
a diferena de custo entre comprar no mercado mais ba- rato e vender
no mais caro, entre o custo da produo e o preo de venda, entre o
investimento e o retorno. Para Jeremy Bentham e seus seguidores, os
mais ferrenhos defensores desse tipo de racionalidade, at a moral e
a poltica prestavam-se a esses clculos simples. A felicidade era o
obetivo das polticas de governo. O prazer de cada homem podia ser
expresso (pelo menos em teoria) como uma quantidade, da mesma forma
que seu sofrimento. Deduzindo-se do prazer o sofrimento, o
resultado lquido seria a sua felicidade. Somando-se a felicidade de
todos os homens e deduzindo-se a infelicidade, o melhor governo
seria o que garantisse a felicidade mxima do maior nmero de
pessoas. A contabilidade da humanidade produziria saldos de dbito e
crdito, como noa negcios.*
O debate a respeito dos resultados- humanos da Revoluo
Industrial ainda no sc libertou inteiramente dessa atitude. Nossa
tendncia ainda {>crguntar: cia deixou as pes-oas em melhor ou em
pior situao? E at que ponto? Para sermos mais precisos,
interrogamo-nos qual foi o volume dc poder aquisitivo, ou bens,
servios e assim por diante, que, o dinheiro pode comprar, que cia
proporcionou a que quantidade de indivduos, supondo-sc que uma
dona-de-casa possuidora de uma mquina de lavar roupa esteja em
melhor situaao do que outra, destituda desse eletrodomstico (o que
razoavel),
* No importa a nosso objetivo que a tentativa real dc aplicar o
felicfico de Bentham implica tcnicas matemticas muito mais
at*lin,a(jvd que a aritmtica, embora no seja de todo irrelevante o
fato dc a teu ter-se mostrado impossvel como desejava Bentham.
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mas tambm supondo (a ) que a felicidade individual acumulavo de
coisas tais como bens de consumo e (b ) que a dude social ^m stsie
na maior acumulao possvel de tais coisas pelo m au* numero possvel
de indivduos (o que no verdade) Tak questes sao linpoi',antes inas
tambm condoam a equvocos S a b / Sc a Rcvo.uao lndusuia deu a
maiona dos britnicos mais ou in c / E bor alimcntaao. vestuano c
habitao, em termos absolutos ou rl ativos, interessa, naiuralmeme,
a todo historiador. Entretanto, ele
tera dtuxado de apreender o que a Revoluo Industrial teve de
essencial se esquecer que ela no representou um simples processo de
adiao e subtrao, mas sim uma mudana social fundamental. Ela
transformou a vida dos homens a ponto de torn-las irreconhecveis.
Uu, para sermos mais exatos, em suas fases iniciais ela destruiu
seus antigos estilos de vida, deixando-os livres para descobrir ou
criar outros novos, se soubessem ou pudessem. Contudo, raramente
ela lhes
. indicou como faz-lo.;l Existe, na verdade, uma relao entre a
Revoluo Industrial
como provedora de conforto e como transformadora social. As
classescujas vidas sofreram menor transformao foram tambm,
normalmente, aquelas que se beneficiaram de maneira mais bvia em
termos materiais (e vice-versa), de sua incapacidade de perceber o
que estava perturbando os demais, ou de tomar alguma atitude
positiva, devia- se no s sua satisfao material, como tambm sua
satisfao moral . Ningum mais complacente que um homem rico ou
coroado de xito e que tambm se sente vontade num mundo que
parece
1 ter sido construdo com vista a pessoas exatamente como elT]j
Assim, salvo para melhor, a aristocracia e os proprietrios da
ter
ra britnicos foram pouqussimo afetados pela industrializao. Suas
rendas inflaram com a procura de produtos agrcolas, com a expanso
das cidades (em so'os de sua propriedade) e com o desenvolvimento
de minas, forjas e estradas de ferro (situadas em suas propriedades
ou que passavam por e la s R jE mesmo quando os tempos eram ruins
para a agricultura como aconteceu entre 1815 e a dcada de 1830 __
era improvvel que empobrecessem. Sua predominncia social permaneceu
intacta; seu poder poltico continuou inalterado no campo, e mesmo
no conjunto do pas no se abalou muito, ainda que a partir da dcada
de 1830 fossem obrigados a levar em conta as suscetibilidades de
uma poderosa e militante classe media de empresrios provincianos.
bem possvel que a partir
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mas tambm supondo (a ) que a felicidade individual cons.ste numa
acumulaao de cotsas ta.s co.no bens de consumo e (b ) que a S d
dade social cons.ste na maior acumularo possvel de t is co.sas nelo
ma.or_ numero possvel de indivduo (o que no verdade. * questes sao
miporuinles mas tambm conduzem a equvocos ' .S a f e / se a
Revo.uao Indusiiial deu a maioria dos britnicos mais ou'me
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Se o sc. X V I I I foi uma era gloriosa para a aristocracia, a
pu- e j r^e ^ (com o regente e como rei) foi um paraso. Suas ma
tilhas de galgos entrecruzavam-se nos campos (o moderno traje
para caa raposa ainda reflete suas origens, que se situam
basicamente na R eg n cia ). Seus faises, protegidos por couteiros
e guardas, contra todos que no possussem o equivalente-a 1 0 0
libras anuais de renda, esperavam a battu e .* Suas casas de campo,
neoclssicas, multiplicavam-se mais que em qualquer poca, exceto a
elizabetana. Como sua economia, ao contrrio de seus hbitos sociais,
j estavam ajustadas aos mtodos comerciais da classe mdia, a era do
vapor e dos escritrios no trazia grandes problemas de ajustamento
espiritual, a menos, talvez, que pertencessem s esferas da pequena
fidalguia, ou que suas rendas proviessem da cruel caricatura de uma
economia rural que era a Irlan d a . No tinham de deixar de ser
feudais, pois h muito haviam deixado de s-lo. No mximo, algum rude
baronete do interior enfrentava a nova necessidade de mandar os
filhos para uma escola adequada (as novas escolas pblicas foram
construdas a partir da dcada de 1840 a fim de civiliz-los, bem como
aos filhos dos novos homens de negcios), ou de passar perodos mais
freqentes em L ond res. ^"Tgualmente plcida e prspera era a vida
dos numerosos para
sitas'-" cl sociedade aristocrtica rural, tanto a alta como a
baixa aquele mundo de funcionrios e fornecedores da nobreza e dos
proprietrios de terras, e as profisses** tradicionais,
entorpecidas, corruptas e, medida que se processava a Revoluo
Industrial, cada vez mais reacionrias. A Igreja e as universidades
inglesas pachorrea- vam, acomodadas em suas rendas, privilgios e
abusos, protegidas por suas relaes com a nobreza, enquanto viam sua
corrupo ser atacada com maior dureza na teoria do que na prticaj Os
advogados, e aquilo que passava por ser um funcionalismo publico,
eram incorrigveis. provvel que tambm neste caso o velho regime
tenha chegado ao auge na dcada que se seguiu s guerras napolenicas;
depois delas algumas ondas comearam a se formar na superfcie das
guas paradas das catedrais, colgios, tribunais etc. A partir da
dcada de 1830 , conheceram mudanas, ainda que brandas (com exceo
dos ataques violentos e custicos, embora pouco eficientes, por
parte de estranhos ao meio, e dos quais os romances de Charles
Dickens so o exemplo mais comum ) . No entanto, o respeitvel clero
vitoriano da fictcia Barchester, de Trollope, ainda que muito
distante dos vigrios/magistrados hogarthianos da Regncia, era
produto de um ajuste cudadosamente moderado, e no de uma ruptura
.^Ningum tinha
* Batida s moitas e bosques para levantar a caa; a prpria caa.
(N. do TY> Designao genrica para o Clero, judicirio e medicina.
(N. do T.)
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mais considerao do que eles pelas suscetibilidades de teceles e
tra balhadores agrcolas, tanto quanto de procos e cavalheiros,
quando se tratava cie introduzi-los num mundo novoTy H!**> Um
eleito importante dessa continuidad^ em parte reflexo do
der estabelecido da velha ciasse dominante, em parte desejo
deliberado de no exacerbar as tenses polticas entre os possuidores
de riqueza ou influncia loi que as novas classes ascendentes de
empresrios encontraram, sua espera, um sistema de vida consagrado.
O sucesso no trazia qualquer incerteza, desde que fosse bastante
grande para guindar um homem s ileiras da classe s u p e r io rE s
s e homem tornava-se ent um gentlem an, sem dvida possuidor de uma
casano campo, e taivez terminasse por ser agraciado com um ttulo,
uma cadeira no iJariamento (para si mesmo ou para um filho educado
em O xford ou Cam bridge), alm de receber um claro e determinado
papel social, bua esposa transformava-se numa Lady, instruda em
seusdeveres por uma enxurrada de manuais de etiqueta que, a partir
da
- dcada de 1840, comeou a fluir dos prelos. j U homem de negcios
ao velho estilo por muito tempo se beneficiarGElesse processo de
assimilao, sobretudo o m ercador e o financista e pnncipaimente o
mercador envolvido com o comrcio internacional, que continuou a ser
o tipo de empresrio mais respeitado e importante mesmo quando
t as usinas, as fbricas e as fundies j cobriam os cus
setentrionais de fumaa e fuligem Tam bm para ele a Revoluo
Industrial no acarretou maiores transformaes, exceto, talvez, nas
mercadorias que comprava e vendia. Na verdade, como vimos, a
Revoluo inseriu-se na poderosa e prspera estrutura de comrcio, em
escala mundial, que constitua a base do poder britnico no sc. X V I
I I . Econmica e socialmente, as atividades e o status do mercador
eram familiares, qual-
quer que fosse o degrau na escada do sucesso que houvesse
subidTl Por intermdio da Revoluo Industrial, os descendentes de
Abel Smitlif banqueiro de Nottingham, j se encontravam
estabelecidos em funes legislativas rurais, faziam parte do
Parlamento e haviam-se casado na pequena nobreza (embora ainda no,
como ocorreu ppsteriormen- te, na realeza). Os Glyns j haviam
ascendido de passado de um negcio de conservas salgadas em Hatton
Garden para uma posio semelhante, os Barings haviam expandido a
confeco txtil do West Country, passando para uma atividade que em
breve se tornaria uma potncia no comrcio e nas finanas
internacionais, e sua asceno social acompanhara a econmica.
Pariatos j haviam sido obtidos ou estavam por chegar. Nada mais
natural que os outros tipos de homens de negcios como Robert Peei
Snior, o industrial do algodao - subissem a mesma escada da riqueza
e da honra pblica, no topo a qual acenava o governo ou mesmo (como
para o rimo e de Gladstone, o mercador de Liverpool) o posto de
primeiro-mi
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Na verdade, o chamado grupo peelista no Parlamento, no semrnd
tero do sc. X I X , representava em grande parte esse grupo deDam
lias, assimiladas por uma oiigarcpiia tundana, embora se
desaviessem quando se chocavam os interesses econmicos.
Entretanto, a absoro numa oligarquia aristocrtica s est aberta,
por definio, a uma minoria. Nesse caso, a minoria era a dos
excepcionalmente ricos ou dos que atuavam em ramos de negcios que
haviam adquirido respeitabilidade pela tradio. * A massa de homens,
que se elevavam de comeos modestos, embora raramentt miserveis,
chegando abastncia, ou que se debatiam para sair das classes
trabalhadoras e ingressar nas mdias, era demasiado grande para ser
absorvida, e nas tases iniciais de seu avano no se preocupavam com
a absoro (embora suas esposas talvez. se mostrassem mais aflitas
com relao a esse ponto ) . Cada vez mais consideravam-se como uma
classe mdia e no apenas como um escalo intermedirio
; na sociedade e a partir de 1830 esse conceito generalizou-se.
Rei- t* vindicavam os direitos e os poderes correspondentes^
Ademais
pnncipaimente quando, como ocorria com freqencia, provinham de
estoques no-anglicanos e de regies carentes de uma slida estrutura
tradicional aristocrtica , no tinham laos emocionais com o antigo
regime. Assim eram os sustentculos da Liga Contra a Lei do Trigo,
enraizada no novo mundo comercial de Manchester Henry Ashworth,
John Bright de Rochdale (ambos qu akers), Potter do M anchester
Guardian , os .Gregs, Bfotherton, o ex-industrial do aigo-
I do pertencente seita dos Bihle Christians, George Wilson, o
fabricante de goma, e o prprio Cobden, que logo trocou sua no muito
brilhante carreira no comrcio de algodjo pela funo de idelogo em
tempo integral.
P /Contudo, embora a Revoluo Industrial haja transformado fun- j
damenalmente Suas vidas ou as de seus pais transferindo-os j para
outras cidades e trazendo novos problemas para eles e para o
pas, no se pode dizer que suas vidas tenham sido desorganizadas.
As mximas singelas da filosofia utilitria e da economia liberai,
simplificadas ainda mais nos slogans de seus jornalistas e
propagandistas, proporcionava a essas pessoas a orientao de que
necessitavam. Se no bastassem, a tica tradicional protestante ou no
do empresrio ambicioso e prspero, baseada na parcimnia, no trabalho
duro e no puritanismo moral, encarregava-se do resto. As fortalezas
do privilgio aristocrtico, da superstio e da corrupo, ainda por
serem arrasadas' a fim de permitir livre iniciativa introduzir seu
milnio, tambm os impediam ainda de ver as incertezas e os problemas
que se desdobravam para alm das muralhas. A t a dcada de
* O que no ocorrera, por exemplo, com o comrcio varejista e
certos tipos de atividade.
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1830 no tinham sido obrigados sequer a enfrentar o problema do
que fazer com mais dinheiro do que era possvel ser gasto para a
obteno da tranquilidade e para reinvestir num negcio em
expanso.
^C onvinha-lhes o ideal de uma sociedade individualista, uma
unidade familiar privada a prover todas as suas necessidades
materiais e morais com base num negocio de famlia, pois que eram
homens que j no precisavam de tradies. Seus esforos haviam-nos
guindado acima da rotina. Eram cies, em certo sentido, sua prpria
recompensa, a satisfao da vida, e se isso no bastasse havia sempre
o dinheiro, a casa confortvel cada vez mais distante da fumaa da
fbrica e do escritrio, a esposa devota e recatada, o crculo
familiar, o gozo das viagens, da arte, da cincia e da literatura.
Eram bem sucedidos e respeitados. Por mais que denuncieis as
classes mdias, dizia o agitador da Liga Contra a Lei do Trigo a uma
hostil platia cards ta, no h entre vs um s homem que ganhe meio
penny por semana que no anseie por se elevar ao nvel delas.2
Somente o pesadelo da bancarrota e da dvida sacudia por vezes suas
vidas, e podemos ainda vislumbr-lo nos romances da poca: a confiana
num scio indigno, a crise comercial, a perda da abastana de classe
mdia, o mulherio reduzido a uma polida penria, s vezes at mesmo a
imigrao pata aquelas lixeiras dos rejeitados e fracassados, as
colnias.
classe mdia vitoriosa e os que aspiravam a essa condio es- tavam
contentes. O mesmo no acontecia aos pobres, aos trabalhadores (que,
pela prpria essncia, constituam a maioria), cujo mundo e cujo
estilo de vida tradicionais tinham sido destrudos pela Revoluo
Industrial, sem que fossem substitudos automaticamente por qualquer
outra coisa. essa desagregao que forma o cerne da ques-
--- to dos efeitos sociais da industrializao, j]O , ;Numa
sociedade industrial, a mo-de:bra em muitos aspectos diferente da
que existe na sociedade pr-industrial. Em primeiro l- gar, formada
em maioria absoluta por proletrios, que no possuem qualquer fonte
de renda digna de meno alm do salrio em dinheiro que recebem por
seu trabalho. J a mo-de-obra pr-indus- trial formada em grande
parte por famlias possuidoras de suas prprias propriedades
agrcolas, oficinas artesanais etc., ou cujas rendas salariais
suplementam ou suplementada por algum acesso direto a meios de
produo. Alm disso, cumpre distinguir o proletrio, cujo nico vnculo
com seu empregador est no recebimento de salrio em dinheiro, do
servo ou dependente pr-industrial, que tem uma relao humana e
social muito mais complexa com seu amo, relao essa que implica
deveres recprocos, ainda que muito desiguais. A Revoluo Industrial
substituiu o servo e o homem pelo
' operador ou braq*7~ exceto, naturalmente, o empregado
domestico (geralmente mulher), cujo nmero multiplicou para
serventia a
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a
crescente classe mdia, pois a maneira mais segura de uma pessoa
A % claramente acima dos trabalhadores estava em da p r p r i . * *
* * oar mo-de-obra.* . pte'Oi Em segundo lugar, o trabalho
indusUtal e principaWnt- trabalho numa fbrica mecanizada impe unia
regularidade 1 rotina e uma monotonia totalmente diferente dos
ritmos pr ind triais de trabalho, que dependem da variao das estaes
e , tempo, da multiplicidade de tarefas em ocupaes no afetadas np]
diviso racional do trabalho, pelos caprichos de outros seres
humanos ou de animais, e at mesmo pelo desejo de se divertir em vez
de trabalhar.; As coisas se passavam assim mesmo no trabalho
remunerado qualificado pr-industrial, como o dos artesos
jornaleiros, cujo gosto incorrigvel de s comear a semana de
trabalho na tera-feira ( Santa Segunda-Feira ) levava seus patres
ao d e s e s p e r o in d s tria trs consigo a tirania do relgio, a
mquina que regulam tempo,~ e a complexa e cuidadosamente prevista
interao dos processos: f i mensurao da vida no em estaes (acerto de
trabalho at a Festa^ de So Miguel, ou at a Quaresma) ou mesmo em
semanas e dias, mas em minutos, e acima de tudo, uma regularidade
mecanizada de trabalho que se choca no s com a tradio mas tambm com
todas as inclinaes de uma populao ainda no condicionada para ela.E
como os homens no assimilavam espontaneamente esses novos costumes,
tinham de ser forados por disciplina e multas, por leis de Senhor e
Servo como aquela de 1823 que os ameaava com priso por quebra de
contrato (aos patres cabia apenas multas) e por salrios to baixos
que somente a labuta incessante e ininterrupta os fazia ganhar o
suficiente para sobreviver, sem prover o dinheiro que os afastasse
do trabalho por mais tempo que o necessrio para comer, dormir e
como se tratava de um pas cristo orar no Dia dp Senhor.
lu8ar, na era industrial o trabalho passou a ser realizado cada
vez mais no ambiente sem precedentes da grande cidade, e isso a
despeito do fato de a mais antiquada das revolues industriais
efetuar grande parte de suas atividades em vilas industrializadas L
i i mjne r S tece^ es> fabricantes de pregos e correntes e
outros trabalhadores especializados^ Em 1750 s existiam duas
cidades na Gra- Bretanha com mais de 5 0 .0 0 0 habitantes Londres
e Edinburgo; in n n n r! i !\ haVla e em 1851 > 29 , inclusive
nove com mais dV^ ^ 00 i habltanteS^ Nessa poca havia mais
britnicos morando ^cidades do que no campo, e quase um tero da
populao total
m em eT um sTmoles^n80^ 5 f raba>hadores no ficaram reduzidas
que paga^m o S e n ^ Ulr Salf ia1 com * cios servos de estrada d '
de segurana, possibilidades ^ t * l ? g ^ ' * * * *
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se em cortios superlotados e lgubres, cujo aspecto bastava para
enregelar o corao do observador. A civilizao faz seus milagres e o
homem civilizado e quase levado de volta selvajaria, escreveu o
grande liberal francs De Tocquevilie a respeito de Manchester. 3
Tampouco se tratava simplesmente da concentrao no planejada da-
queles que construam essas cidades com base na utilidade no
lucro
^financeiro, que Charles Dickens pintou em sua famosa descrio de
C oketow n, e que construam fileiras interminveis de casas e
armazns, que abriam canais e pavimentavam ruas, mas que no
edificavam fontes nem praas pblicas, passeios e parques e, s vezes,
nem mesmo igrejas. (A companhia que construiu a nova cidade
ferroviria de Crewe permitia magnanimamente a seus habitantes que
utilizassem uma rotunda para locomotivas como templo, de vez em
quando. ) Aps 1848 as cidades comearam a ganhar esses equipamentos
pblicos,mas nas primeiras geraes da industrializao praticamente
careciam deles, a menos que, por sorte, herdassem do passado
tradies de obras pblicas gratuitas ou espaos abertos. Quando no
estavam a trabalhar, os pobres passavam a vida em filas de casebres
ou casas de cmodos, em estalagens improvisadas e baratas ou em
capelas da mesma espcie, nicos lembretes a recordarem que o homem
n5n Qf rnntpnfi em viver SO de PO.
habitantes pobres a cidade nao
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apenas uma tva lira
n n l m , , , , | , SIM x , hlsii0 J ; , socjulade
; * Z > t * ^ J S 5 f ' , w " " r *1 n 1 "' v|ualU> luK-''
" , '1'1 ' 1-V|Vrit-iiun, nem a tnuliSo nem a
' v luavja p.tu u tipo de unuponaincnio exigido por uma eco-
nonua eapitaliM.i O tub.illu.lnr pr-uidustrial reagia a
incentivos
1-Ucua.s, na medula em que desejava ganhar o sulicicnte para
gozar .qu ilo que era tulo como o eonlorto pertinente ao nvel
social qUC a u> apivunera smia lo, mas al mesmo suas idias
acerca de con- oiro eiam^dctermmadas pelo passado e estavam
limitadas por aquilo
que tosse apropriado a algum de sua posio ou, no mximo, da posis
ao imediatamente superior. f Se ganhasse mais que a ninharia que
considerava suticiente, poderia como os irlandeses imigrantes,
desespero da racionalidade burguesa gast-lo em lazer, cm festas e
em lcool. Sua simples ignorncia material da melhor maneira de viver
numa cidade, ou de como comer a comida industrializada (to
diferente da comida rural), poderia na verdade tornar sua pobreza
por do que precisava ser . Ou seja, do que pevieria ser se ele no
fosse o tipo de pessoa que inevitavelmente era.lEsse conflito entre
a economia moral do passado e a racionalidade econmica do presente
capitalista manifestava-se com clareza mpar na rea da previdncia
social. A concepo tradicional, que ainda sobrevivia, deformada, em
todas as classes da sociedade rural e nas relaes internas dos
grupos da classe trabalhadora, era a de que um homem tinha o
direito de ganhar a vida e que, se incapaz disso, o direito de ser
mantido vivo por sua comunidade. A concepo dos economistas liberais
de classe mdia era a de que os homens tinham a obrigao de aceitar
os empregos que o mercado oferecesse, qualquer que fosse o lugar ou
a remunerao, e que, atravs da poupana e do seguro, individual ou
coletivo, o homem racional se protegeria contra os infortnios, a
velhice ou a doena. Admitia-se que no se podia permitir que o
resduo de indigentes viesse a morrer de fome, mas a estes no se
deveria dar mais que o mnimo absoluto desde que fosse menos que o
salano mais baixo oferecido no mercado e nas condies mais
desestimulantesVA Lei dos Pobres destinava-se no tanto a ajudar os
infelizes quanto a estigmatizar os confessos fracassos da
sociedade.; Segundo a concepo da classe mdia, as Sociedades de
Amigos representavam formas racionais de seguro. Essa concepo,
entretanto, chocava-se frontalmente com a da classe operria, que
tambm as tomava literaimente como comunidades de amigos num deserto
dc indivduos, que gastavam com naturalidade seu dinheiro tambm em
reunies sociais, festividades e em rituais c fantasias a que eram
to dadas os Oddfcllows, Forestcrs e as outras Ordens
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que surgiram por touo o norte depois de 1815. Da mesma forma s f
i r a i s e velonos irraciomlmente dispendiosos em que insistiam os
trabalhadores, como tributo tradicional aos mortos e reafirmao
comunitria dos vivos, eram incompreensveis para uma classe mdia que
observava que aqueles que apreciavam essas coisas eram muitas vezes
incapazes de pag-las. No entanto, o primeiro benefcio pagopor um
sindicato ou por uma sociedade de amigos era quase invariavelmente
o auxlio- funeral.
, ^ medida em que a segurana social dependia dos esforos dos
prprios trabalhadores, ela tendia, por conseguinte, a ser
economicamente ineficiente pelos padres da classe mdia; na medida
em que dependia de seus governantes, que determinavam a pouca
assistncia pblica que existia, ela constitua mais uma fonte de
degradao e opresso do que um meio de socorro material. Poucos
estatutos foram mais desumanos que a Lei dos Pobres de 1834, que
tornava qualquer socorro social menos elegvel que o mais baixo
salrio vigente, confinava-o a centros de trabalho com
caractersticas de peni- tenciril separando peia fora maridos,
mulheres e filhos, a fim de castigFos pobres por sua indigncia e
desencoraj-los da perigosa tentao de procriar novos miserveis. A
lei nunca foi inteiramente aplicvel, pois onde os pobres tinham
fora resistiram a seus extremos, e com o tempo eia se tornou um
pouco menos rigorosa. No entanto, ela constituiu a base para a
previdncia social inglesa at as vsperas da I Guerra Mundial, e as
experincias de infncia de Char- lie Chaplin atestam que ela no
havia mudado muito desde que Oliver Tivist, de Dickens, exprimiu o
horror popular por aquela monstruo-
, sidade legal na dcada de 1830.* E por essa poca na verdade, at
a dcada de 1850 pelo menos 10 % da populao inglesa era formada de
indigentes.
At certo ponto como ocorreu com o mercador e o industrial da
Gergia a experincia do passado no era to irrelevante como poderia
ter sido num pas que saltasse de forma mais radical e direta do
pr-industrialismo para uma era industrial moderna. E assim
acon-
^ teceu, de fato, na Irlanda ou nas Elighlands da EscociaT^Dc
certa forma, a Gr-Bretanha semi-industrial dos scs. X V II e X V
III preparou^ antecipou a era industrial do sc. X IX . Por exemplo,
a instituio fundamental de defesa da classe trabalhadora, o
sindicato, ja estava em gestao no sc. X V III , em parte na forma
assistematica, mas nem por isso ineficiente, de peridica barganha
coletiva por tumulto \ (como ocorria entre embarcadios, mineiros,
teceles e tri- cotadofs), em parte nas muito mais estveis
sociedades de ofcio de diaristas qualificados, que s vezes
apresentavam frouxos liames na-
* Na Esccia, a Lei dos Pobres era um pouco diferente. Ver Cap.
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industrializao, mas que ainda nao passara por uma revoluo. par
certos trabalhadores, cujas condies ainda no se haviam alterado
fundamentalmente lembramos outra vez marinheiros e mineiros __as
velhas tradies ainda b astav am os marujos viram multiplicar
suascanes a respeito das novas experiencias do sec. X IX , como a
pesca
- baleia nas costas da Groenlndia, mas eram canes tradicionais
Um grupo importante chegara mesmo a aceitar, e at aplaudir, a
indstria, a cincia e q progresso (excluindo, porm, o capitalismo).
Esse grupo era o dos artesos ou mecnicos, dotados de qualificao,
percia, independncia e educao, que no viam grande distino entre
eles prprios e aqueles membros de classes semelhantes que preferiam
tornar-se empresrios ou permanecer como pequenos proprietrios
rurais ou pequenos lojistas a classe de homens que tinha um p em
cada um dos lados da fronteira entre as classes trabalhadora e m
dia.* Os artesos eram os lderes ideolgicos e or-
- ganizacionais naturais entre os trabalhadores pobre?,/ os
primeiros do Radicalismo (e, mais tarde, das primeiras verses'cfo
socialismo owe- nistas), das discusses e da educao superior para o
povo atravs dos M echanics Institutes, dos H alls o f Science e de
grande nmero de clubes, sociedades e editores e impressores
livre-pensadores , o ncleo de sindicatos e movimentos jacobinos,
cartistas e
. outras associaes progressistas ,O s tumultos dos trabalhadores
agrcolas contavam com o apoio dos remendes e construtores de
aldeia; nas cidades, pequenos grupos de teceles manuais,
estampadores, alfaiates e, s vezes, alguns poucos pequenos
negociantes e lojistas, proporcionaram continuidade poltica de
liderana esquerda at o declnio do cartismo, se no mais tarde H o
stis ao capitalismo, tinham como caracterstica formular ideologias
que no propugnavam simplesmente a volta a uma tradio idealizada,
mas que aspirava a uma sociedade justa que seria tambm progressista
do ponto de vista tcnico. Acima de tudo, representavam o ideal de
liberdade e independn-
- cia numa epoca em que tudo conspirava para degradar o
trabalhoT]
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Ainda assim, ludo islo n'm j , ' _o problema do trabalhador. A
mdustriazacin ^ansitria* Para de teeeles manuais e incoiadores u
hmS j, _ ^^ P^ cou o nmeroTerminadas estas, ela os destruiu por
lenta eu gUC11,as. naPolemcas- , 1830, c o m u n iw m i l u S ^
rabalhadores de IXmfermIine dramoronaram em meio iT m o r a
l d, paUpCUZ;lao t a emigrao. Trabalhadores qualificados eram i
? ad0> a C0IU1a ,de dlanstas espoliados, como no mobilirio
lon-
i1K T ? , i 4UJn ?0brevivcram aos terremotos econmicos das
dcadas de 18pQ e 1840, nao se podia mais esperar que desempenhassem
um papel social tao grande numa economia em que a fbrica
eixara de ser exceo regional para se tornar a regra. As tradies
pie-industnais no podiam manter-se tona diante da mr
inevitavelmente crescente da sociedade industrial. Em Lancashire
podemos observar, depois de 1840, o desaparecimento das velhas
formas de passar os feriados as quermesses, as competies de luta,
as brigas de galo e o aulamento de ces contra touros. E a dcada de
1840 marca tambm o fim da era em que a cano folclrica constituiu a
principal forma musical dos trabalhadores industriais. Tambm
morreram os grandes movimentos sociais desse perodo do luddismo ao
cartismo. Tinham sido movimentos nutridos no s pelas dificuldades
extremas da poca, como tambm pela fora desses mtodos mais antigos
de ao dos pobrei^ Passariam mais quarenta anos antes que a classe
trabalhadora britnica criasse novas formas de lutar e de viver.
A essas tenses qualitativas que afligiam os trabalhadores pobres
das primeiras geraes do industrialismo, devemos acrescentar as
tenses quantitativas sua pobreza material. Os historiadores tm
debatido acaloradamente se essa pobreza aumentou ou no, mas o
simples fato de se poder fazer a p"ergunta j fornece uma resposta
sombria, pois ningum afirmar com seriedade que as condies se
agravam quando evidentemente isso no acontece, como na dcada de1 9
5 0 ,* -
claro que no se discute o fato de que, relativamente, os pobres
empobreceram ainda mais, apenas porque o pais e suas classes rica e
mdia obviamente enriqueceram. No momento exato em que os pobres se
viam com seus recursos esgotados em comeos e meados da dcada de
1840 a classe mdia no tinha mais onde pr dinheiro investindo
capitais furiosamente nas estradas de ferroe gastando at no mais
poder nos suntuosos apetrechos domsticos exi-
* Na verdade em tais perodos, as grandes reas da pobreza
existente ten-
os primeiros censos sociais os revelaram a uma ceados da dcada
de 1960. redescoberta semelhante ocorreu no comeo e em
85
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Ne-ULiVjfo
o pais: em l S l l - O , em i o i ?, em 1826, em iro ,cm
1838-42, em 1843-44, era 1846-48. Nas reas agrcolas2& '5 ceoas,
espontneas e, na medida em que seus objetivos cheev ^
_ se? definidos, de natureza quase inteiramente econmica^ Um*! a
" amotinados em Fens assim se expressou em 1816: EisnS aqui e
tre a Terra e o Cu, e que Deus tenha pena de mim. Preferia perde
a vida a ir para casa como estou. Quero po e terei po. 5 E m 18l(,r
em todos os condados do leste, em 1822 em East Anglia, em 1830 en
toda a regio entre Kent e Dorset, Somerset e Lincoln, em 1843.44
novamente nas Midlands de leste e nos condados de leste, as mquinas
debulhadoras eram quebradas, e as medas quernadas de noite
c* enquanto os homens pediam um mnimo para viver.{'Nas reas
industriais e urbanas, aps 1813, a intranqilidade econmica e social
combinou-se geralmente com uma ideologia e com um programa poltico
especficos radical-democrtico ou mesmo cooperativo (ou, como
diramos hoje, socialista), ainda que nos primeiros grandes
movimentos de agitao de 1811-13 os ludditas-de East Midlands e
Yorkshire quebrassem suas mquinas sem qualquer programa especfico
de reforma e revoluo poltica. As fases de nfase na agitao poltica e
sindicalista tendiam a se alternar, sendo que as primeiras
normalmente contavam com muito maior apoio popular: o componente
poltico predominou em 1815-19, 1829-32, e sobretudo na era cartista
(1838- 4 8 ) , enquanto a organizao industrial teve preponderncia
no comeo da dcada de 1820 e em 1833-38. .Contudo, mais ou menos a
partir de 1830 todos esses movimentos tornaram-se mais consciente e
caracteristicamente proletrios. As agitaes de 1829-35 assistiram ao
crescimento da idia dos sindicatos gerais e de sua arma final, que
poderia ser utilizada para fins polticos, a greve geral, e o
cartismo repousava firmemente sobre a fundao da conscincia de
classe trabalhadora, e na medida em que antecipava qualquer mtodo
real de alcanar suas metas, colocava suas esperanas numa greve
geral ou, como se dizia ento, num Ms Sagrado. Essencialmente, porm,
o que mantinha coesos todos esses movimentos, ou que o revivificava
aps suas peridicas derrotas e desintegraes, era a insatisfao
universal de homens que se sentiam famintos numa sociedade podre de
rica, escravizados num pas que se orgulhava de sua liberdade,
procurando po e esperana e s recebendo em troca pedras e
angstia.
E no teriam suas justificativas? Um oficial prussiano, que
viajou a Manchester em 1814, passara um julgamento moderadamente
animador: -;:= -
De longe pode-se observar a nuvem de vapor de carvo. As casas
acham-se enegrecidas por ela. O rio que passa por Manchester to
cheio de detritos de corantes que se assemelha
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U.k, .lo i nmuni o . Todo o .uul,-., dc melancolia. No bs-tante,
pot locia parte veem se pessoas ocupadas, felizesmill idas, ( isso
da novo alento ao observador
e bem
Nas dcadas de 18,M)_ e__ 1^40, nenhum visitante de Manchester se
detinha a -1 alar de habitantes felizes e hem nutridos. Natureza
humana esmigalhada, defraudada, oprimida e esmagada, lanada em
lragmentos sangienios por toda a face da sociedade, escreveu o
norte- americano Colman em .1845, falando sobre Manchester . A cada
dia dc minha vida agradeo aos Cus no ser um pobre com famlia na In
g laterra . 7 Ser surpreendente que a primeira gerao de
trabalhadores pobres da Gr-Bretanha industrial examinasse os
resultdos do capitalismo c os rejeitasse?
N O T A S
1 Ver Sugestes para Leitura, principalmentc 4 (E . P. Thompson,
F. E n gels, Ni. Sm elscr), Nota 1, Cap. 2 (K. Polanyi). Com relao
aos argumentos sobre nvel de vida , ver tambm E. J. Hobsbawn,
Labouring Men (1964) e Phyllis Deane, The First industrial
Revolution (1965). Com relao no* movimentos trabalhistas, ver Cole
c Postgate (Sugestes para Leitura, 2), A. Briggs (ed .), Chartist
Studies (1959). Sobre as condies sociais, consultar E. Chadwick,
Report on the Sanitary Conditions of the Labouring Population, ed.
M. W. Flinn (1965), A. Briggs, Victorian Cities (1963). Ver
tambemfiguras 12 e 16. , 0
N. McCord, The Anti-Corn Law League (1958), pgs. 5 7-58. a a .
de Tocqueville. Jorneys to England and Ireland, ed. .1. P. Mayer,
(lV5bLpgs. 107-108. . . 1 in 1 1 1-I Canon Parkinson, citado cm
Briggs, Victorian Cities, pags. 110-111.r, William Dawson de
Upwcll, citado em A. J. Peacock, Bread or Blood
i;19Ribriken-Kommissarius. maio de 1814 tver nota 2, Cap. M.7
Citado cm Briggs, op. ei'., pg. 12.