Top Banner
1 Histórias que Edificam Animando Vencedores Registro na Biblioteca Nacional Nº. Registro da Obra: 417269, no Livro 779, Folha 429, em 30/11/2007.
60

Historias que edificam animando vencedores

Jun 23, 2015

Download

Spiritual

O LIVRO TEM METÁFORAS E HISTÓRIAS QUE
Welcome message from author
This document is posted to help you gain knowledge. Please leave a comment to let me know what you think about it! Share it to your friends and learn new things together.
Transcript
Page 1: Historias que edificam   animando vencedores

1

Histórias que Edificam

Animando Vencedores

Registro na Biblioteca Nacional

Nº. Registro da Obra: 417269, no Livro 779,

Folha 429, em 30/11/2007.

Page 2: Historias que edificam   animando vencedores

2

Índice

Comentário e Agradecimento...pág. 04 Introdução...pág. 05 1. O elevador celeste...........pág. 06 2. A pedra que queria ser gente ...pág.07 3.A formiguinha egocêntrica....pág.08 4. Balões e sonhos...pág. 10 5. O menino e o medo...pág.11 6. O raiar do perdão ...pág. 12 7. O Sol e o Pai...........pág.14 8. As três pedras...........pág.15 9. O queijeiro e o menino...........pág.18 10. O garotinho e as pedras...........pág.19 11. A escada do céu...........pág.21 12 .O jovem mentiroso...........pág.22 13. O caçador e o leão...........pág.24 14. A mulher de fé...........pág.25 15. Detergente Divino...........pág.26 16. A Balsa...........pág.27 17. A Bacia...........pág.28 18. O Metrô...........pág.29 19. As Duas Sementes...........pág.30 20. O dentista divino...........pág.31 21. O mais fiel entre os homens...........pág.32 22. A máquina humana...........pág.34 23. O piloto sem fé...........pág.35

Page 3: Historias que edificam   animando vencedores

3

24. O pescador de sonhos...........pág.36 25. A pipa...........pág.37 26. Dar corda...........pág.38 27. O mundo precisa de energia...pág.39 28. A vida volúvel daqueles que se dizem cristãos e não conhecem nada sobre sua fé.....pág.40 29. O chuveiro da graça e a fé......pág.42 30. A televisão...........pág.43 31.O inimigo do Rei...........pág.44 32. Sonhos e foguetes...........pág.45 33. Auto-Estima...........pág.46 34. A roda e o talento...........pág.48 35. Os dois murais...........pág.49 36. Impressão permanente ...........pág.50 37. A melhor maneira de ver o mundo...........pág.51 38. O rei da pequena ilha..........pág.52 39.Os três talheres...........pág.53 40. O fogo, a vela e o fósforo...pág. 54 41.A cabeça e o corpo acompanham o coração...........pág.55 42.Amor, esforço e fé...........pág.56 43.A janela do coração...........pág.58 44.O milagre da boa alimentação ....pág.59 45.O homem que quase chegou ...pág.60

Page 4: Historias que edificam   animando vencedores

4

Comentário e agradecimento

Histórias que Edificam – Animando vencedores é um conjunto de pensamentos que compõem uma maneira de ampliar a visão de mundo e possibilitar que verdades que parecem estar ocultas aos olhos possam vir a luz e ser aplicada a vida.

A arte de Ilustrar e utilizar metáforas ou parábolas foi explorada por muitos mestres, mas quero destacar aquele que sem nenhuma dúvida é o maior de todos: “JESUS CRISTO”, que é por excelência o mestre dos mestres e que ocupa uma parte singular neste trabalho, pois me disponho a tributar toda glória, honra e meus sinceros agradecimentos para Ele que possibilitou que se tornasse realidade compor, escrever e agora tornar possível que muitas pessoas possam ter acesso a este livro.

Agradeço a minha querida esposa Neide que em minha vida e ministério tem sido uma dádiva divina!.

Minhas filhas Priscilla e Nahara tem também minha gratidão, pois como presentes dados por Deus vieram encher nossas vidas de alegria e compartilhar a graça e o chamado que nos foi incumbido.

Aos irmãos em Cristo e amigos que tem contribuído direta e indiretamente para que possamos vencer barreiras, conquistar vitórias e ver sonhos se concretizarem um grande obrigado.

Paulo Francisco dos Santos

Pastor, escritor e poeta.

Page 5: Historias que edificam   animando vencedores

5

Introdução

As histórias que serão lidas ilustram a vida cotidiana e invocam princípios que estão militando contra uma enxurrada de novos conceitos de um mundo moderno que infelizmente ajuda enterrar o que é bom e acolhe coisas tidas como normais, mas que são totalmente prejudiciais a sociedade e a família. Não tenho proposto neste livro uma apologia a maneira de viver atual, na verdade não há espaço e tempo, porém há uma pincelada em muitos aspectos do viver diário, do cristianismo, da fé, do sobrenatural, o convívio social, o lado emocional e sobre motivação que darão ao caro leitor a oportunidade de refletir.

Ao criar-se um livro cria-se uma parte do ser, ou seja, a doação que um escritor faz para o surgimento de um livro faz deste, uma parte sua que não está mais condicionada ao espaço físico que limita o corpo, mas que vai além, pois é (como já foi dito) uma parte que pode estar nas mãos de várias pessoas e declarar os pensamentos que lhe deram vida.

Quero que o leitor possa ver em cada linha e em cada história sua essência e assim, contribuir para uma leitura agradável e que possa ampliar a visão de mundo.

Page 6: Historias que edificam   animando vencedores

6

O elevador celeste

Certo professor ilustrou a salvação desta maneira:

Existia um lugar especial onde tudo era muito bom.

Neste lugar havia uma boa moradia, comida em abundância, atividades que

proporcionam uma vida feliz sem o infortúnio da ociosidade.

Este lugar era tão especial que não se localiza na terra, mas entre a terra e o céu.

Um lugar perfeito com tudo que era necessário para viver alegremente.

Uma nuvem gigante abrigava um paraíso que era habitado por um casal que

sempre era visitado pelo proprietário do paraíso.

Onde tudo é bom, tudo vai bem. Todavia por um descuido o feliz casal não

observou uma placa de proibido a passagem e acabou caindo num buraco.

Eles caíram num lugar diferente do que estavam acostumados a viver. Tudo era

ruim comparado a sua antiga habitação.

Eles queriam voltar, mas como eles poderiam fazer isso.

O ser humano não tem asas. A força da gravidade puxa o corpo em direção ao solo

de maneira que sem auxílio de algum mecanismo eles não podem sair do chão.

Jogar uma corda para cima não dava, pois além de muita força para alcançar a

nuvem seria necessário muitos metros de corda.

O quê fazer? Se não houvesse algum tipo de ajuda proveniente do alto seria

impossível o retorno.

O proprietário do paraíso celeste ao sentir a falta dos seus amigos os procurou

incessantemente e chegou à conclusão que eles deveriam ter caído em direção a terra e por

isso contratou um elevador. Por um imenso cabo de aço desceu o elevador até a terra e

chamou o casal para subir nele e retornarem para seu antigo lar.

Como nós não podíamos voltar para Deus, Ele enviou a Jesus que ilustra o

elevador que possibilita todo ser humano a retornar para o lar, ou seja, para a comunhão

na presença de Deus.

Page 7: Historias que edificam   animando vencedores

7

A pedra que queria ser gente

Conta-se que um velho sábio foi questionado sobre a situação ruim do mundo atual

e como mudá-lo. Depois de grande insistência ele relatou uma história: - Em uma época

distante o mundo vivia em harmonia e toda Terra podia se comunicar, homens, animais, o

vento, a água, o fogo e as pedras. Um dia uma das pedras contou um sonho na reunião

anual da natureza onde todos compareceram menos o ser humano. Ela disse:- Eu sonhei

que gostaria de ser igual aos homens, pois para mim no sonho os homens eram fantásticos

em sua maneira de ser e viver e pus-me a chorar porque para mim isto era muito difícil e

em meio a muitas lágrimas se aproximou de mim um ser resplandecente que me disse se eu

tinha certeza em meu pedido e ao afirmar que sim, ele me convidou a um passeio e de

repente eu fui levantado do chão sem auxílio de ninguém e comecei a flutuar e pude

acompanhá-lo em sua caminhada, o tempo estava diferente, parecia passar muito rápido,

uma hora era dia, outra era noite e notei que ele me levou ao futuro e então fizemos

algumas paradas em épocas distantes das nossas e vi o que para mim era inacreditável:

1. Homens que eram mais insensíveis do que eu, pois por amar ao que eles chamavam

de dinheiro mentiam, enganavam e destruíam seus semelhantes sem se quer ter

remorso de suas atitudes.

2. Homens que eram mais duros do que eu, pois por inveja se reuniam e planejavam

como poderiam prejudicar seu semelhante.

3. Homens que eram mais imóveis do que eu, pois viam muitos a sofrer e não moviam

nem sequer um dedo a seu favor.

4. Homens que eram mais pesados do que eu, pois quando caiam em cima de alguém

os pisavam e faziam guerras e matavam milhares de seus semelhantes;

5. Homens que não sabiam ficar calados como eu, mas que falavam e falavam tantas

coisas que causavam dor naqueles que os ouviam e por isto, chorei;

6. Homens que não sabiam tapar os ouvidos como eu, mas que gostavam de saber

coisas de seus semelhantes para poder ridicularizá-los e espalhar coisas que nem

se convém aqui mencionar.

7. Homens que não sabiam ter uma forma só como eu, mas que mudavam e mudavam

a ponto de não saber que tipo de caráter eles tinham.

Ao final daquela visão ele me perguntou: - Você ainda quer ser igual a eles?

Respondi, claro que não! Eu pude notar que apesar de ser uma pedra tenho mais virtudes

do que esses meros seres humanos e quero afirmar que devemos cortar nossas relações

com estes, pois eles são perigosíssimos. E daquele dia em diante a natureza nunca mais se

comunicou com os homens.

Então o sábio conclui:

―Só haverá uma verdadeira mudança se os homens se tornarem melhores que as

pedras!‖

Page 8: Historias que edificam   animando vencedores

8

A formiguinha egocêntrica

Uma certa formiguinha estava enfadada com aquela vida de trabalhar e trabalhar.

As formigas vivem uma vida comunitária que visa o bem estar de todo o formigueiro.

―Uma por todas! E todas por uma!‖ É o que podemos definir como lema da sociedade

formiguil. A pequena formiguinha juntamente com as outras formigas guardavam

alimento para o tempo de inverno, mas isto era muito trabalhoso. Pensou ela: ―Se eu

trabalhar somente para mim, vou ajuntar comida rápido, e irei descansar o resto do

verão‖. Algo estranho para alguém que vivia sempre em união trabalhando em prol de

um objetivo comum. Ela não conhecia a vida fora do formigueiro. Nunca teve antes

uma vida independente. Mas ela começou a olhar só pra si, e desejar viver uma vida

isolada, sem ter compromisso com o formigueiro. Ela era forte, jovem, carregava

muitas folhas, sabia cavar bem, podia se virar sozinha. Pensava ela. Quando ela via

passar uma formiga mais velha e com uma quantidade de alimento inferior ao que ela

costumava carregar ela resmungava: - Que formiga imprestável! Eu tenho de trabalhar

duro para sustentar a preguiça destas outras formigas que não fazem quase nada.

Quanto mais ela fazia, mas ela se achava auto-suficiente. Ela esnobava suas

companheiras e sentia-se muito melhor que qualquer uma delas. Ao passar o tempo os

seus sentimentos de individualidade cresceram de tal maneira que ela não pode se

conter. Arrumou suas trouxinhas numa noite e saiu do formigueiro sem avisar a

ninguém. No dia seguinte foi um alvoroço só no formigueiro e a pergunta comum era: -

Onde esta a formiguinha egocêntrica? Ela arrumou suas coisas e foi embora.

Respondeu uma formiga que havia sido a primeira a notar sua falta e que havia a

procurado em seu quarto. Imediatamente foi enviada uma comitiva para trazê-la de

volta. Depois de algum tempo elas há encontraram um pouco distante do formigueiro,

cavando e cavando. Ela estava fazendo o seu próprio formigueiro. As formigas

disseram: - Volte para sua casa formiguinha egocêntrica, o seu lugar não foi ocupado.

Não, não voltarei. Agora eu posso viver a minha vida, sem ter que trabalhar para

sustentar ninguém. Vão embora. Disse ela. Tristes com a atitude de sua irmã

formiguinha, a comitiva voltou para o formigueiro. O tempo foi passando e a

formiguinha egocêntrica conseguiu fazer um buraco razoável e fez um formigueiro só

seu. Um mundinho individual e egoísta. Começou ajuntar comida. Como ela nunca

havia trabalhado somente para si, ela não sabia quanto de comida deveria ajuntar

para passar a época de inverno. Ajuntou uma boa quantidade e disse: - Isto deve

bastar. Ela não trabalhou nem metade do verão e já podia descansar. Estava se

achando o máximo. Quando se aproximou o inverno às formigas preocupadas com a

formiguinha egocêntrica mandaram outra comitiva a chamá-la de volta, pois os dias de

escassez de alimento estavam chegando. Ela simplesmente disse: - Vão embora, vocês

querem roubar o fruto do meu trabalho. Ao ouvir estas palavras à comitiva com mais

tristeza novamente voltou ao seu lar. O inverno chegou com toda sua força. As

formigas estavam bem abrigadas no formigueiro. Havia comida em abundância para

passar não somente esta estação, mas para muitos dias depois. Existia no meio delas

um clima muito especial, a união era algo muito forte em seu meio. E a alegria só não

era maior por causa da formiguinha egocêntrica que havia deixado o seu lar para

Page 9: Historias que edificam   animando vencedores

9

buscar uma vida individual. O que elas podiam fazer? A própria formiguinha

egocêntrica havia escolhido seu destino e nisto elas não podiam interferir. Bem

distante dali, estava ela, a formiguinha individualista em seu mundinho achando que

tudo eram mil maravilhas. Ao passar dos dias viu quanto era chato estar sem a

companhia das outras formigas, mas não deu o braço a torcer, continuou dentro do seu

formigueiro particular sem ao menos dar ouvido à voz da consciência que lhe dizia que

ela estava errada. A neve encheu toda parte. Como a formiguinha guardou menos

comida do que precisava e não havia comida em nenhum lugar resolveu ir procurar.

Ao abrir a porta do formigueiro para buscar ajuda com as outras formigas ela notou

que não dava para caminhar pela neve, ela não conseguiria voltar. Assim ela ficou no

seu mundinho esperando o fim. Ao terminar o inverno as formigas preocupadas com a

rebelde formiguinha egocêntrica enviaram outra comitiva para ver se estava tudo bem

com ela. Ao chegarem no minúsculo formigueiro notaram a porta aberta e ao entrarem

encontraram estirada no chão a antiga companheira morta pelo desejo de ser

independente.

Page 10: Historias que edificam   animando vencedores

10

Balões e sonhos

Um homem sentou-se em um banco de uma praça e perguntava-se porque seus

planos nunca davam certo. Como um enviado divino ao seu lado sentou-se um senhor que

vendia balões e lhe disse:

- Boa tarde, Jovem.

- Para mim não está tão boa, mas obrigado.

- Por que você está tão triste assim? Você até parece que não possui sonhos.

- Sonhos? Já tive vários, mas nunca consegui realiza-los.

- Não acredito.

- Também não estou acreditando neles.

- Você não deve parar de acreditar.

- Mas por que eu devo continuar acreditando neles?

- Porque meu jovem os sonhos são semelhantes a balões, sem a ação de enche-los

eles permanecerão estáticos e vazios.

Ao terminar a frase este senhor encheu vários balões e os soltou. Eles

subiram ao céu deixando para aquele jovem uma grande lição. ―Sem esforço e vontade

realmente os sonhos nunca deixarão o coração para cruzarem o céu da realidade‖.

Page 11: Historias que edificam   animando vencedores

11

O menino e o medo

Certo menino em uma noite chuvosa estava apavorado em seu quarto. A energia

elétrica havia faltado. Não havia luz para iluminar seu quarto. O escuro é algo apavorante

para uma criança que tem mente fértil e imagina criaturas sombrias em toda parte. A cada

instante ia aumentando a força do vento e a chuva se tornando tão forte como apavorante.

Raios e trovões faziam barulhos que arrepiavam cada minúsculo cabelo de seu corpinho.

Apesar de ter o cobertor como companheiro e tentar se esconder desta situação o menino

se vê tão sozinho que seu único socorro é chorar. De repente a porta de seu quarto se abre

e seu pai aparece. O menininho não pergunta o que o pai está fazendo ali, ou porque ele

demorou em vir socorrê-lo. A atitude dele é correr e se abrigar na segurança dos braços

de seu pai.

Para refletir: ―O melhor lugar para todos nós se abrigarmos dos medos de nossa

vida é nos braços de nosso pai celeste‖.

Page 12: Historias que edificam   animando vencedores

12

O raiar do perdão

Um rapaz queria saber por que existia a necessidade de perdoar, pois para si o

rancor não era algo tão ruim. Ao passar o tempo ele se tornou uma pessoa indisposta e

solitária, andando errante pelo mundo. Em suas andanças pode conhecer vários lugares e

pessoas, mas nunca esse lado negativo pode ser mudado. Um dia ao caminhar por uma

montanha encontrou um homem velho e sábio que o convidou para ser sua companhia

durante a primavera. O sábio era uma pessoa amável, gentil e um tanto enigmático aos

olhos de nosso amigo que já não era mais um rapaz, mas um homem — o homem

rancoroso. Durante os três meses daquela estação o homem rancoroso aprendeu muito,

mas muito mesmo. Acendeu-se uma fagulha de mudança de uma maneira que não havia

antes acontecido e por isso decidiu permanecer mais tempo e tentar resolver aquela

questão de sua juventude. Durante os dias de sua estadia com o sábio notou que este,

acordava antes do nascer do Sol e minutos antes dele se pôr sentava-se no ponto mais alto

da montanha e meditava durante duas horas. Um dia o sábio o convidou para juntos

contemplarem o pôr do Sol e ao findar as costumeiras duas horas de meditação este lhe

perguntou: - O quê você achou da despedida da luz e do abraço das trevas?

O homem rancoroso lhe respondeu:

- A principio bonito.

- Mas e agora? Tornou a perguntar.

- Não sinto nada.

- Muito bem. Agora vamos permanecer parados aqui durante todo o abraço das

trevas.

- Porque sábio mestre? Replicou o homem rancoroso.

- Para você obter suas respostas. Depois destas palavras silenciou-se por toda

noite.

A noite que veio sobre eles era de um negrume indescritível, pois não havia lua

cheia ou nova e o céu estava nublado, fazendo-se que a escuridão fosse total, não podendo

se enxergar até mesmo o nariz.

Com exceção do conselho de permanecer em silêncio durante toda noite para que a

tão aguardada resposta viesse os dois não se comunicaram e assim permaneceram calados

e estáticos até o despontar do novo dia.

Pouco antes do sol nascer o velho sábio falou:

- O quê você tem a me dizer sobre o abraço das trevas?

- Ele não é tão belo quanto no inicio, mestre. Respondeu.

- O quê você sentiu durante está noite?

- Não sei explicar direito, mas senti muito medo, muita angústia, dor, um desespero

que quase me fez pedir sua ajuda. Só não o fiz por vergonha e receio de me achar um

moleque medroso. Disse.

- Isto é, algo que posso classificar como normal nestas circunstâncias.

- Sério mestre!? O homem rancoroso pergunta com espanto.

- Sim, porém, quero lhe fazer outra pergunta e você seja rápido em suas respostas.

O quê você acha que seria de sua vida se o abraço das trevas nunca te deixasse?

Page 13: Historias que edificam   animando vencedores

13

- O senhor quer dizer que se esse sentimento de medo, angústia, dor e desespero

fosse permanente?

- Sim.

- Acho que morreria.

- Resposta sabia e falada na hora certa, pois o Sol vai começar a nascer.

A luz do sol começou a brilhar e iluminar toda a terra e o sábio continuou a fazer

perguntas ao homem rancoroso.

- O quê aconteceu com aqueles sentimentos depois do raiar do dia?

- Eles sumiram mestre.

- Você pode tirar alguma lição sobre o perdão destes acontecimentos?

- Acredito que sim.

- Meu amigo, quando não se perdoa cada um de nós recebe o abraço das trevas e

ficamos na escuridão do medo, angústia, dor, desespero, ódio e rancor até que o raiar do

perdão ilumine nossa vida. A necessidade do perdão é como a necessidade do nascer do

Sol, se ele de repente parasse de brilhar não existiria vida, apenas a morte reinaria e tudo

morreria aos poucos. ―Sem o perdão o homem também morreria aos poucos!‖ Depois

desta lição o homem passou de rancoroso a se chamar o homem harmonioso, pois o

perdão traz harmonia à vida daquele que está nas trevas do rancor.

Page 14: Historias que edificam   animando vencedores

14

O Sol e o Pai

Certo dia um menino perguntou para seu pai:

- Pai, por que o Sol vai embora de tardinha?

Seu pai lhe respondeu:

- Porque ele vai descansar.

- Por que ele descansa? Fez outra pergunta.

- Porque ele está cansado, ora essa.

O menino pensou e pensou sobre o descanso do Sol e no outro dia disse ao seu pai:

- Pai, o Sol precisa descansar?

- Claro, eu não disse que ele descansa.

- É que a professa disse que quando ele vai embora depois da tardinha ele vai

brilhar em outro lugar.

- Se você já sabia por que me perguntou?

- Eu estava pensando papai.

- Pensando em quê?

- Que o Sol precisa tirar umas férias!

- Não diga! Riu-se o pai.

- Você também não acha papai?

O pai balançou a cabeça afirmativamente, mas ainda assim sorria com a

problemática do filho.

- Acho que ele teria mais tempo para dona lua e as estrelinhas.

- Você tem razão meu filho. Depois desta resposta soltou uma grande

gargalhada.

- Papai eu ainda estava pensado.

- No quê meu filho? No décimo terceiro do Sol?

- Não no décimo terceiro, mas estava pensando que o Sol é trabalhador como o

senhor, e se ele precisa de férias, acho que o senhor também precisa.

- Porque você está dizendo isso meu filho?

- Por que de férias o senhor teria mais tempo pra mim e pra mamãe!

Depois da resposta do garoto o pai viu que estava dando mais importância para as

coisas passageiras do que para sua família e por causa disto mudou sua atitude

reservando para ela o que era de direito — a atenção de um pai que se importa com o

maior tesouro que Deus lhe concedeu.

Page 15: Historias que edificam   animando vencedores

15

As três pedras

Um pastor foi indagado por um rapaz que queria entender o evangelho, mais que

ainda estava com seu coração um pouco duro sobre como ele poderia perdoar certas

atitudes erradas que as pessoas cometem. Para ele havia perdão para coisas simples, mas

coisas maiores não poderiam ser perdoadas facilmente.

Eles andavam em um caminho estreito pela vegetação seca da caatinga no sertão

de Pernambuco.

O pastor disse:

- Gosto muito de passar por este caminho e ir meditando, falando com o Senhor e

aprendendo. As pedras durante este caminho parecem que falam!

- Não estou entendo. Disse o rapaz.

Eles caminharam mais uns cinco minutos em silêncio e depois o Pastor falou:

- Observe bem o caminho que iremos percorrer, pois Deus tem algo a nos ensinar

hoje.

- Tudo bem. O rapaz afirmativamente respondeu ao pastor.

Eles continuaram a caminhar por mais uns quinze minutos calados até o momento em

que o pastor fez uma pergunta:

- Você esta vendo aquela pequena pedra ao lado daquele cajueiro?

- Sim, estou vendo!? Respondeu o rapaz com ar de indagação.

- Guarde-a em sua memória, você precisará dela para aprender o que significa o

verdadeiro perdão. Depois destas palavras o pastor ficou calado novamente

durante uns vinte e cinco minutos, rompendo o silêncio ao chegar perto de um

açude. Ele disse:

- Olhe lá para o meio das águas. Você vê naquela ilhazinha uma árvore cortada na

altura de meio metro.

- Sim, estou vendo. O rapaz se sentia intrigado com esta segunda demonstração de

pedra que o pastor fazia.

- O que você vê em cima do tronco dela? Perguntou o pastor.

- Uma pedra de mais ou menos uns cinquenta quilos? Mais vejo o que isso não tem

haver com minha pergunta? E deu de ombros com um ar frustrado.

- Guarde-a também em sua memória, você precisará dela para aprender o que

significa o verdadeiro perdão.

Sem entender nada o rapaz seguia o pastor inculcado por não ver lógica nesta história

de guardar na memória pedras. Depois de andar mais uma hora e estarem quase chegando

na cidadezinha em que o pastor iria pregar numa concentração em praça pública, eles

pararam junto a uma grande pedra. O pastor ficou olhando para aquela grande pedra

durante algum tempo e disse ao rapaz:

- Vamos subir nesta grande pedra.

O pastor e o rapaz com muito esforço chegaram ao topo da grande pedra. Daquele

lugar eles podiam ver a cidadezinha que ficava uns dois quilômetros de onde eles estavam.

O pastor falou:

- Você pode ver esta grande pedra?

- Ver e estar em cima dela. O rapaz sorrindo respondeu a pergunta.

Page 16: Historias que edificam   animando vencedores

16

- Muito bem! Lembra-se da primeira pedra? O pastor devolveu o sorriso.

- Sim. As três pedras estão gravadas em minha memória. Mas...? Impaciente o rapaz

estava esperando a resposta as suas indagações fitando os olhos do pastor e ouviu

a seguinte pergunta:

- Você poderia leva-la até a entrada daquela cidade semana que vem?

- Claro isso seria fácil. Mas porque só até a entrada? Indagou.

- Digamos que seja proibido entrar com pedras nela. Mas me responda

sinceramente, você consegue ou não?

- Lógico que sim. Já disse que isso é fácil. Com firmeza o rapaz respondeu a

pergunta.

O pastor com a voz pausada e aspecto de admiração o elogiou e fez uma nova

pergunta:

- Muito bem! E a segunda pedra? Você também conseguiria leva-la até a entrada

daquela cidade semana que vem?

- Com ajuda de mais uma pessoa acredito que sim.

- Muito bem! E esta terceira pedra, você conseguiria leva-la até a entrada daquela

cidade, visto que ela esta mais perto do que as duas outras?

- Claro que não! Ela é muito grande.

- Imagine que sua vida dependesse de pelo menos tirar essa pedra do caminho, o que

você faria?

- Nada, eu não posso fazer isto. Se a minha vida dependesse disso eu estaria perdido!

- E se você precisasse carregar as três pedras juntas?

- Piorou! Isso parece loucura. Essa história toda de pedras nos levará a que lugar?

- Quer que eu te explique?

- Pare de brincadeira pastor! Já estou mais que ansioso para entender tudo o que

você quer dizer.

- Só existe perdão quando acontece uma ofensa. Você sabia disso?

- Acho que sim. Mas e as pedras?

- Podemos classificar as três pedras como três ofensas. Uma é a que alguém comete

contra nós. A segunda é aquela que cometemos contra os outros. E a terceira é

aquela que cometemos contra Deus. Cada pedra simboliza uma dessas ofensas, o

caminho que nós fizemos é a nossa trajetória neste mundo, ou o tempo que dura

nossa vida e a cidade simboliza o céu onde não entra ofensas mesmo que quisermos

leva-las até lá.

- Interessante! Explique mais, por favor. O rapaz estava cada vez mais atento a

explicações do pastor.

- Cada um de nós tem que entender que toda ofensa que alguém cometer contra

nossa vida pode ser carregada facilmente durante toda vida, mas ao chegarmos

ante a cidade, não podemos entrar com ela. Em comparação com aquela grande

pedra, a pequena pedra tanto pode ser carregada como lançada fora. O perdão é a

capacidade de não levar esta pedra que também é símbolo de impedimento para

nossa entrada no céu.

- A segunda pedra simboliza a ofensa que cometemos contra nossos semelhantes. Ela

é maior porque é carregada por duas ou mais pessoas. Quando se ofende alguém

quase que instantaneamente o ofensor e o ofendido passam a carregar esta pedra

Page 17: Historias que edificam   animando vencedores

17

média juntos. Pelo fato de nem todos os homens serem iguais, e uns terem mais

dificuldades em parar de carregar a pedra da ofensa se não houver um acordo, é

necessário o perdão, que neste caso é a capacidade de reconhecimento do erro e a

atitude espontânea de repara-lo, buscando uma reconciliação para remover esse

impedimento deixando a pedra da ofensa de lado para entrada no céu.

- A terceira pedra é a ofensa cometida contra Deus. Ela é impossível de carregar e

nossa vida depende de tira-la de nosso caminho para podemos entrar no céu. Como

não se pode tira-la com a própria capacidade a sua afirmação de estar perdido é

totalmente certa.

- Mas deve existir um meio de remover esta pedra? O rapaz perguntou com

preocupação para o pastor

- Ai, entra o que Jesus fez por nós lá na cruz. Ele de certa maneira comprou um

grande guindaste que remove esta pedra e a leva para longe possibilitando nossa

entrada no céu. Acima de tudo você tem que entender que as três pedras são

impedimentos que precisam ser retirados. Cada um de nós precisa perdoar aos que

nos ofendem, precisamos pedir perdão quando ofendemos alguém e acima de tudo

precisamos do perdão de Deus para podemos entrar no céu.

Eles desceram da grande pedra e caminharam em direção à cidade, onde foram

recebidos pelos irmãos que ansiosamente esperavam pelo pastor que iria transmitir a

palavra de Deus naquela tarde. O rapaz compreendendo o significado do verdadeiro

perdão aceitou Jesus como seu salvador pessoal naquele mesmo dia e nunca esqueceu que

o perdão deve fazer parte da vida do verdadeiro cristão.

Page 18: Historias que edificam   animando vencedores

18

O queijeiro e o menino

Um vendedor de queijo estava em uma praça de uma cidade interiorana esperando

vender seus cinquenta últimos queijos para ganhar o dia, quando um guri que estava

andando de um lado para o outro parecendo procurar algo resolveu perguntar o preço do

seu produto.

- O seu queijeiro quanto é o queijo?

- Depende do queijo. Respondeu o queijeiro que se chamava Antônio.

- Qual é o mais barato? Perguntou o menino.

- Quanto você tem em dinheiro garoto?

- O senhor vende queijo ou dinheiro?

- O quê? Você está me gozando? Pelo menos você tem dinheiro para querer

algum queijo?

- Não.

- Não o quê? Não tem dinheiro ou não quer o queijo?

- Não estou entendendo?

- Você é complicado garotinho.

- Quero cinquenta queijos assim.

- Assim como?

- Bem picado e gordinho.

- Suma daqui e vai gozar sua mãe. O queijeiro deu de ombros e foi em direção do

garoto com ar de zangado, fazendo-o correr de medo.

Findando o dia ele não conseguiu vender seus últimos queijos e estava levando toda

mercadoria para sua casa quando uma caminhonete buzinou para ele e parou logo em

seguida. Para espanto do queijeiro era aquele mesmo garotinho acompanhado do pai e

isto lhe causou certo receio pela carreira que ele havia lhe dado.

- Obrigado queijeiro. Disse o garoto.

- Obrigado?

- Sim, eu estava procurando um local para comprar cinquenta queijos para a

mercearia de papai e quis comprar de você, mas como o senhor me mandou ir

para rua Sumari do lado da loja lar da mãe encontrei a fábrica de queijo.

Ao terminar a frase o garotinho e seu pai seguiram seu caminho deixando o

queijeiro indignado, pois a oportunidade de vender toda a mercadoria daquele dia havia

passado e ele não a aproveitou.

Para refletir: Para cada um de nós também fica a seguinte lição: ―A oportunidade

vem e não podemos deixa-la ir sem desfruta-la‖.

Page 19: Historias que edificam   animando vencedores

19

O garotinho e as pedras

Um garotinho jogava todos os dias umas vinte pedrinhas numa colina próxima de

sua cidadezinha.

Ele fez isto, durante quase um ano.

De tanto subir a colina e jogar aquelas pedrinhas o garoto despertou a curiosidade

de um fazendeiro que morava em um lugar no qual podia vê-lo todos os dias, e consigo

mesmo já havia proposto perguntar o porquê dele todos os dias lançar aquelas pedras

colina abaixo.

No outro dia o fazendeiro estava no pé da colina esperando o garotinho chegar

para lhe perguntar o motivo dele subir até o ponto mais alto e atirar pedras de lá, porém o

garotinho não apareceu naquele dia, e no outro também. Na verdade passaram-se vários

dias e o garotinho não apareceu mais e por causa disso o fazendeiro resolveu ir à cidade

para encontra-lo. Não seria difícil reconhece-lo, pois o garotinho havia passado quase um

ano atirando pedras da colina e o fazendeiro tinha guardado sua fisionomia de tal maneira

que poderia reconhecê-lo em qualquer lugar.

Depois de algum tempo procurando o fazendeiro encontrou o garotinho no quintal

de sua casa junto ao barril jogando cinco pedrinhas dentro dele. O fazendeiro disse:

- Boa tarde, garoto.

- Boa. Respondeu ele.

- Senti sua falta e vim vê-lo. Disse o fazendeiro.

- Minha falta? Indagou o guri.

- Sim, todos os dias você ia à colina perto de minha fazenda jogar pedras, mas já

faz algumas semanas que você não vai mais. Continuou o fazendeiro.

- Ah! Sim, eu ia sempre. Mas agora eu não preciso mais ir! Exclamou o

garotinho.

- Por quê? Sem entender perguntou o fazendeiro.

- Porque não preciso mais jogar pedras. O garotinho deu uma simples resposta.

- Você pode me explicar por que você jogava aquelas pedras? O fazendeiro pediu

uma explicação mais detalhada do assunto.

- Posso sim. Eu mentia muito, mas muito mesmo. E meu pai encheu este barril de

pedrinhas e pós naquela trilha que vai para o lago que todos gostam de pescar

e disse que eu só receberia minha bicicleta quando esvaziasse o barril. O

garotinho começou sua longa história.

- E o que tem haver isso e as pedras? Curioso e querendo saber mais perguntou o

fazendeiro.

- Meu pai falou que pessoas mentirosas são pedras que atrapalham o caminho

das pessoas e que eu não devia mais mentir e disse que toda vez que eu contasse

uma mentira eu tinha de pegar uma pedra e joga-la da colina, até esvaziar o

barril e retira-lo da trilha. Continuou o guri.

- Você esvaziou o barril? Perguntou o fazendeiro.

- Sim, e meu pai falou que a mentira deve ser jogada na colina do esquecimento e

nunca mais ser encontrada. E como o barril se esvaziou daquelas pedrinhas eu

Page 20: Historias que edificam   animando vencedores

20

devia estar vazio das mentiras e que daquele dia em diante eu devia contar

somente a verdade e toda vez que assim fizesse deveria colocar uma pedrinha

no barril, pois eu devo me encher da verdade. E assim como o barril saiu do

meio da trilha deixando o caminho livre, todo aquele que fala a verdade abre

caminho para passagem de si e do seu próximo.

Ao findar a explicação o fazendeiro saiu pensativo. Ele aprendeu uma grande lição

com o garotinho das pedras. Devemos nos esvaziar das mentiras e nos encher da verdade

para podermos abrir caminhos para nós mesmos e para o nosso próximo.

Page 21: Historias que edificam   animando vencedores

21

A escada do céu

Uma família passeava no centro de uma grande metrópole e resolveram adentrar

em um Shopping. Era uma época natalina, clima de alegria, lojas enfeitadas e também

superlotadas. No piso térreo eles gastaram vários minutos vendo preços e admirando as

mercadorias. A caçula do casal que possuía uns sete anos de idade teve vontade de fazer

xixi e pediu para sua irmã mais velha de doze ir com ela até o banheiro o que seus pais

concordaram, continuando a passear pelas lojas. Passado algum tempo eles começaram a

se preocupar com as meninas, pois estavam demorando e por isso começaram a procura-

las. Procuraram e procuraram e nada de encontra-las e quando eles iam ao nível superior

para continuar a busca de suas filhas, foram abordados pelo sorriso de sua menininha que

dizia:

- Venha papai e mamãe para o céu!

- Céu!? Que história é essa Gabriela? Perguntou o pai para sua filha de doze

anos.

- É isso mesmo papai, vamos para o céu? Sorriu para os dois.

A menina caçula pegou o pai e a mãe pelos braços e os conduziu para escada

rolante continuando a dizer que ela os levaria para o céu! Quando eles chegaram ao pé da

escada viram uma grande placa que dizia: ―Queres ir para o céu? Caso a resposta seja

sim, use apenas está escada!‖ Quando subiram a escada e chegaram ao piso superior

viram um palco, atores e uma peça natalina sobre o céu. A peça ia começar e eles se

acomodaram e assistiram-na voltando emocionados para casa.

O interessante desta ilustração é a placa com a pergunta: ―Queres ir para o céu?

Caso a resposta seja sim, use apenas está escada!‖

Qual é a única escada que podemos usar para chegar ao céu? O Senhor Jesus é a

escada que liga a terra ao céu e nos permite chegar perto de Deus. Se alguém realmente

quer ir para o céu deve usar está escada.

Page 22: Historias que edificam   animando vencedores

22

O jovem mentiroso

Em uma cidadezinha muito pequena que fazia parte de um grande reino que era

governado por um rei muito autoritário morava um jovem que tinha um grande problema.

Ele era uma pessoa de qualidades formidáveis: gentil, educado, trabalhador e que

se expressava bem. Porém tinha um defeito que castigava sua consciência diariamente:

―ele não ficava uma hora sem dizer uma mentirinha‖.

Para sua infelicidade saiu um decreto da parte do rei que dizia que aquele que

fosse o homem mais mentiroso do reino seria lançado de um penhasco. E como a fama de

grande mentiroso do jovem rapaz era reconhecida em sua cidade todos já sabiam quem

iria ser a vitima da sentença do rei. Dentro de uma semana uma comitiva vindo do palácio

real iria a cidadezinha interrogar cidadão por cidadão e fazer cumprir o decreto.

O Jovem com medo foi consultar o homem mais sábio de seu país, um ancião que

morava sozinho em uma choupana retirada da cidade. Ao relatar sua historia e o medo de

ser morto na sua tenra idade ficou esperando uma solução para o seu problema.

O sábio ancião disse:

- O seu caso é muito difícil! Não tenho uma solução.

- Então eu vou morrer?! Choramingou o jovem.

O sábio caminhou até seu quarto e trouxe um grande espelho e pediu para o jovem

olhar bem o seu próprio reflexo e fez as seguintes perguntas.

- Quando os oficiais do rei virão interrogar os habitantes da sua cidade?

- Amanhã. Disse o rapaz.

- Você gostaria de viver mais?

- Sim. Ele respondeu.

- O que a mentira vai lhe dar como pagamento?

- A morte. Começou a chorar.

- Qual é o seu nome?

- Eu sou o Pedrinho...

- Você mente?

- Sim. Ainda estava a chorar.

- Você costuma falar a verdade?

- Muito pouco.

- Muito bem – Disse o sábio – Está tudo resolvido. Ao terminar está frase o sábio

recolheu o espelho e disse ao jovem que ele poderia voltar para sua casa, pois

estava preparado para o interrogatório do dia seguinte.

O jovem direcionou-se para seu lar ainda preocupado.

Ao entrar na cidade todos olhavam para ele e cochichavam: ―Este ai, de amanhã

não passa!‖. Todos estavam certos que ele haveria de morrer, pois quem seria mais

mentiroso do que o Pedrinho ―O grande Mentiroso‖. O sol se pôs e chegou a hora de

dormir para cidadezinha, menos para Pedrinho que ficou a noite toda em claro. No outro

dia a comitiva imperial chegou bem cedo e interrogou cidadão por cidadão na delegacia

da cidade. Todos os moradores um por um se diziam amigos da verdade e que nenhum

dizia qualquer mentira e que na cidade não existia ninguém que gostasse de mentir a não

ser o famoso... Vocês sabem quem. Chegou à vez de Pedrinho. Quão ansioso e preocupado

Page 23: Historias que edificam   animando vencedores

23

estava este mentiroso que queria se redimir, quando ele caminha em direção ao lugar de

interrogação se lembrou da conversa com o sábio e sentiu uma confiança que o fez mudar

o aspecto do seu rosto. Os oficiais perguntaram a Pedrinho:

- Qual é o seu nome?

- Pedrinho. Ele respondeu.

- Você sabe qual é pena para quem mente?

- A morte. Querendo chorar ele respondeu a pergunta, mas ainda teve forças

para se conter.

- Você costuma mentir senhor Pedro?

- Sim.

- E sempre fala a verdade?

- De vez em quando.

- É só isso seu Pedro, pode se retirar. Disse o principal oficial.

Ao findar o dia a comitiva real foi se embora sem punir ninguém daquela cidade.

Alguns meses depois foi enviada uma carta diretamente do rei convocando Pedrinho para

trabalhar no palácio real. A carta dizia: ―Em todo o meu reino todos os cidadãos disseram

que jamais haviam mentido, todavia ainda não conheci um homem que jamais mentiu.

Deveria eu então matar todos os cidadãos do reino? Na verdade isso seria prejudicial para

todos. Entretanto, encontrei apenas um cidadão que assumiu que é imperfeito, o que ao

meu ver é essencial para poder chegar ao caminho da perfeição. Por este motivo quero que

ele venha prestar serviços diretamente para mim. Espero que o senhor Pedro esteja em

meu palácio real no máximo em três dias. Finaliza cordialmente o vosso rei‖.

O caminho para uma verdadeira mudança acontece quando reconhecemos o que

verdadeiramente nós somos e quando decidimos então mudar. Quando entregamos nossa

vida para Jesus e reconhecemos o que fizemos e quem somos e queremos mudar, Ele nos

ajuda. Além de sermos transformados por sua grandiosa graça Ele nos leva a estar junto

de si e em breve o céu será nossa habitação.

Page 24: Historias que edificam   animando vencedores

24

O caçador e o leão

Um caçador estava em mais uma empreitada no meio de uma mata atrás de um

grande leão. Há mais de quinze dias ele seguia-o e estava quase o encurralando. O mato

para ele era algo tão familiar quanto sua própria casa. Ele era um homem jovem e muito

forte, experiente caçador e bem equipado. Mas por uma obra do acaso ele perdeu seu

equipamento em meio suas muitas tentativas de capturar o leão e disparou seu último

projétil sem acerta-lo. Aconteceu o inesperável e virando o jogo completamente o leão

passou a persegui-lo. O ditado ―um dia é da caça e outro do caçador‖ virou uma

realidade em sua vida, antes o leão lutava para salvar sua pele, agora, o destemido

caçador é quem lutava para continuar vivo. Em um compasso frenético para se safar das

garras do leão, ele caiu dentro de um buraco, que trouxe infelicidade para o leão que não

pode entrar para pegá-lo. Como ele era experiente caçador, sabia que o leão iria ficar

esperando ele sair deste buraco quanto tempo fosse preciso. Ele olhou para um lado e para

outro tudo era escuridão. Lembrou-se da historia de Daniel na cova dos leões e como ele

havia se salvado porque acreditara em Deus. Então disse: ―– Senhor Deus, me ajude!‖.

Ele não ouviu a voz do Senhor, mas o rugido do leão do lado de fora que fez tremer todos

os ossos de seu cansado corpo. Passaram se horas e de vez em quando o caçador ouvia o

rugido do leão que estava a sua espera do lado de fora. Um dia se findou e ele estava

imóvel dentro do buraco. Dois se passaram. Três, quatro, cinco... No sétimo dia pela

manha ele ainda pode ouvir o rugido do leão lhe dizendo que não havia desistido de querer

come-lo. Sem forças e quase com esperanças desvanecidas ele pode ouvir a voz de Deus

que lhe dizia: ―- Vire se, de cinco passos para sua direita e ande mais para o fundo deste

buraco‖. Andar mais para o fundo? Mas como? Pensou ele. Há tantos dias sem comer ele

estava sem condições, não tinha forças para fazer nada, mas em um impulso de

sobrevivência tateou no escuro e se direcionou conforme a ordem divina ao fundo do

buraco, que na verdade era uma caverna e pode contemplar uma pequena luz ao longe.

Depois de uma hora caminhando chegou a uma saída. Esta saída estava ao lado da

nascente de um grande rio que abrigava em suas margens varias árvores frutíferas que

serviram para o restabelecimento do caçador que concluiu que havia sido salvo por um

grande milagre. Grato por tão grande livramento ao retornar para sua cidade se

reconciliou na igreja que ele havia deixado quando criança e se tornou mais tarde um

obreiro da obra de Deus.

Muitas vezes o diabo nos encurrala como um leão e espera o melhor momento para

nos destruir. Qual é a nossa solução? Ouvir a voz de Deus e dar cinco passos para sermos

vitoriosos:

O primeiro é ouvir e não ignorar a voz de Deus.

O segundo é obedece-la.

O terceiro é nos distanciarmos do leão.

O quarto é deixar que a luz da palavra de Deus possa nos levar ao lugar de

repouso e desfrutar da paz e alegria que nos é oferecida.

O quinto é ser grato por tudo que Deus fez por nós, o amando e servindo-o.

Page 25: Historias que edificam   animando vencedores

25

A mulher de fé

No nordeste brasileiro existem épocas de grande seca.

O povo para sobreviver tem de buscar água em lugares distantes, pois nem sempre

os caminhões do governo que transportam água dão assistência em todos os municípios.

Assim era também a situação da cidadezinha de Pouca Água. Lá a água era pouca mesmo

e o povo muito sofrido. Todos acordavam muito cedo, mais ou menos às três horas da

madrugada para caminhar uns quinze quilômetros para buscar água com um pote de barro

de cinco a dez litros na cabeça. A realidade do povo de Pouca Água era cercada de

dificuldade e estavam distantes de Deus até que certo dia pelo Espírito Santo um

evangelista chegou à cidadezinha e anunciou o evangelho. Muitos se converteram a

palavra do Senhor e logo se formou uma congregação de crentes fervorosos que viviam em

oração. Certo dia os irmãos resolveram se unir para buscar a Deus em prol de chuvas,

pois a mais de um ano a seca castigava a pobre cidade. Todos se uniram em oração e

durante um período de três horas oraram e oraram. Findando a oração todos foram para

casa, à oração havia começado às dezesseis horas e terminado a dezenove. No dia seguinte

como de costume todos acordaram as três da madrugada para buscar água naquele lugar

distante de sempre. Todos, menos uma irmã, a qual foi procurada entre os cidadãos que

iam unidos buscar água. Ela não estava. Resolveram bater em sua casa. Ela estava

dormindo. Quando indagada por estar dormindo e não ter se despertado para buscar a

água pelos próprios crentes que no dia anterior oraram com ela, respondeu: ―- Orei ao

Senhor e nele confiarei, ainda hoje em nossa cidade choverá‖.

Devemos orar e acreditar no que estamos pedindo. Quem ora e não acredita nunca

receberá nada. Através da fé daquela irmã naquele mesmo dia Deus enviou chuva para

cidade de Pouca Água que teve de mudar de nome. A cidade por causa das orações de uma

mulher de fé passou a se chamar Abundante Água.

Page 26: Historias que edificam   animando vencedores

26

Detergente Divino

Mariazinha era menininha muito inteligente e questionadora que vivia a pedir

explicações a sua mãe. Dona Gertrudes ficava de cabelo em pé toda vez que Mariazinha

lhe formula aquelas perguntas que teria de ter jogo de cintura para responder. Certa

segunda-feira, logo após o período diurno de ensino Mariazinha chegou em casa, guardou

a camiseta e a blusa do uniforme escolar, porém a calça pôs para lavar. Fez a lição de

casa e ao terminar o almoço observando sua mãe lavar a louça se pôs a perguntar:

- Mãezinha ontem o pastor disse que o sangue de Jesus limpa a todos nós do

pecado. Como pode ser isto, pois hoje quando estava brincando na escola cai,

machuquei o joelho e o sangue que saiu sujou toda minha calça. Se o sangue

suja, como o de Jesus pode lavar em vez de sujar?

- Mariazinha... Mariazinha... Você e suas perguntinhas. Sorrindo falou

alegremente com a filha e no pensamento orou: ―Dá-me sabedoria Senhor!‖.

- Eu quero saber mãezinha, eu não entendo. Replicou Mariazinha.

- Lembra daquele detergente baratinho que comprei semana passada filha?

- Sim, não valia nada, eu lembro que foi isso que a senhora disse, em vez de

limpar parecia sujar a louça. Disse a Menina.

- E este outro que comprei e estou usando você viu como é diferente?

- Ele limpa melhor e é mais caro mãezinha.

- Isso mesmo, assim também é o sangue de Jesus minha filha. O sangue de todos

os homens é como aquele detergente ruim em vez de limpar ele suja, ele não

serve para limpar, mas o de Jesus é como este detergente melhor que comprei,

ele tem o poder de limpar o homem da sujeira do pecado!

Page 27: Historias que edificam   animando vencedores

27

A Balsa

Na região Norte do Brasil existem lugares inacessíveis aos automóveis e até mesmo

pelo meio normal de locomoção – ―as pernas‖, é necessário usar uma balsa para

atravessar um mar de água doce e chegar as vilas onde vivem pessoas muito carentes do

amor de Deus. Não medindo esforços um pregador decidiu levar a palavra de Deus para

aqueles que moram além do mar doce e usou a experiência da trajetória da balsa para

ilustrar aos cidadãos daquele lugar como todos os homens podem chegar perto de Deus.

Ele disse: - Moradores da Vila Tal, vejam como é difícil chegar aqui. O carro que tentasse

vir aqui ficaria afundado no grande rio, pois ele foi feito para rodar em ruas e não para

flutuar na água. A pé não se pode chegar aqui, pois o homem não consegue desafiar a lei

da gravidade e andar sobre as águas. Para vir aqui a nado só se for um nadador

profissional e olhe lá, pois estamos cercados de muita água. Sem a balsa o que seria de

cada um de nós? Sem nosso amigo que a pilota e o dinheiro que pagamos a passagem

como chegaríamos do outro lado? Saibam que da mesma maneira que estas muitas águas

nos separam do outro lado e se constituem uma barreira que devemos transpor quando

precisamos ir até a cidade grande, entre cada um de nós e Deus existe também uma

barreira que é muito maior que as essas águas. A barreira do pecado. E não existe

nenhuma maneira de cada um de nós chegarmos perto de Deus com nossos esforços ou

coisas que inventamos. É necessário utilizar a balsa que é o Senhor Jesus, pois Ele é o

único meio de transpormos o mar do pecado e chegarmos perto de Deus. Jesus é o piloto

que nos leva a Deus e o custo da passagem Ele já pagou morrendo em nosso lugar e a

única coisa que Ele exige para podemos entrar em sua balsa é a fé e a obediência.

Page 28: Historias que edificam   animando vencedores

28

A Bacia

Num belo dia de domingo pela manhã uma professora da escola dominical foi

inspirada pelo Espírito Santo e explicou para sua classe de crianças de seis a oito anos

como o Senhor Jesus podia lavar o homem dos seus pecados e deixa-lo limpo e porque nem

todos queriam ficar limpos do pecado. Ela como em todos os domingos reuniu os alunos e

orou com eles deixando-os logo em seguida brincar durante duas horas no parquinho que

ficava atrás da igreja. Ao terminar às duas horas de brincadeiras ela chamou-os para

retornar a sala de aula e notou que as crianças tinham ficado com as mãos bem sujas de

terra e os colocou em fila para lavá-las em uma grande bacia que estava em sua mesa,

depois que cada um lavou as mãozinhas e se dirigiu para seu lugar na sala ela disse:

- Quem gostou das brincadeiras?

Todos levantaram as mãos e disseram:

- Eu!

A professora perguntou:

- Quem ficou com a mão suja?

- Só o Joãozinho professora. Respondeu um dos meninos.

Então a professora perguntou novamente:

- Quem lembra da lição da semana passada?

- A lição nos ensinou sobre que cada um de nós pode ser limpo do pecado pelo

sangue de Jesus. Disse uma menina.

- Muito bem - Disse a professora e continuou – O pecado é como a sujeira que

estava nas mãozinhas de vocês, mas quando cada um decidiu vir lavar nesta

grande bacia a suas mãos ficaram limpas. Somente Joãozinho ficou com as

mãos sujas, porque não quis lavá-las.

- Jesus é como a água desta bacia que tira o pecado assim como tirou a sujeira

das nossas mãos professora?

- Isto mesmo Zezinho. Respondeu a professora e ainda perguntou. Quem

entendeu a explicação sobre como Jesus nos limpa de nossos pecados?

- Eu. Todos juntos levantaram as mãos, inclusive Joãozinho.

- Agora que todos sabemos que o pecado é tão ruim como a sujeira nós sempre

pediremos para o Senhor Jesus nos lavar para que sempre fiquemos limpos.

A alegria da professora foi muito grande, pois não só ensinou higiene pessoal para

seus alunos, mas também a palavra que dá vida eterna e antes de fazer a oração final para

encerrar a escola dominical viu Joãozinho se aproximar de sua mesa e lavar suas

mãozinhas e dizer:

- Lavei as mãos e nesta oração quero que a bacia de Jesus também limpe a

sujeira do meu pecado professa!

A professora sorriu e orou com as crianças agradecendo a Deus por mais uma aula

abençoada.

Page 29: Historias que edificam   animando vencedores

29

O Metrô

Um homem que anunciava a palavra de Deus próximo a uma estação do Metrô foi

indagado por um ouvinte:

- Será que algum comedor de arroz e feijão vai conseguir ir ao céu? A passagem

deve ser muito cara! Ao acabar de falar começou a rir.

Ele respondeu:

- Caro amigo, à volta de Jesus está próxima de acontecer. O preço da passagem

para ir ao céu é a fé e a mensagem – ―O evangelho‖ é como um trem do metrô

que tem um percurso a cumprir. Ele tem inicio e final. Como o metrô tem que

percorrer várias estações para chegar ao seu destino, assim também é a

mensagem do evangelho. Cada dia que passa é como uma estação que o metrô

do evangelho para e chama pessoas para embarcar. A viagem parece ser muito

longa, e muitos pensam que ela nunca terminará, mas não devemos nos enganar

porque assim como a viagem teve inicio também terá final, pois chegando o

momento da parada na última estação, ou melhor, no último dia e quando isto

ocorrer o metrô do evangelho vai conduzir cada um que estiver nele ao destino

final que é estar para sempre ao lado de Jesus. Tanto você e eu não devemos

estar preocupados se o metrô do evangelho vai chegar ou não ao final de sua

viagem, mas devemos nos preocupar em estar dentro dele para poder

contemplar o céu onde está nosso Deus.

Page 30: Historias que edificam   animando vencedores

30

As Duas Sementes

Um palestrante cristão contava aos irmãos de certa igreja a importância do

evangelho ser ensinado as crianças desde de sua tenra idade pelos pais e a própria igreja.

Ele mostrou livros, brinquedos, revistas, desenhos, vídeos e etc. No final de sua palestra

ele comparou as crianças a uma sementinha que deveria ser cuidada e passou um vídeo

mostrando a trajetória de duas sementes.

A primeira foi colocada em solo ruim e era regada de vez em quando e foi adubada

poucas vezes durante a fase de crescimento. Como era um vídeo onde todos puderam ver o

que acontece com uma semente que germina e é mal cuidada. Um processo de vários meses

condicionado em apenas alguns minutos. A sementinha mal cuidada se tornou uma planta

pequena, raquítica e feia. Não tinha forças nem para dar frutos e o seu final foi à morte.

A segunda foi colocada em um bom solo e era regada diariamente, bem adubada no

tempo certo germinou e seu crescimento foi maravilhoso. O vídeo que encurtou o tempo de

meses mostrou também em minutos o desenvolvimento desta nossa plantinha que cresceu e

se tornou uma árvore bonita e que deu frutos que davam água na boca.

Ao final ele concluiu aos ouvintes:

- Se desprezarmos a oportunidade dada por Deus aos pais e a igreja de ensinar o

evangelho aos nossos filhos eles serão seres humanos vazios da graça divina e

feios por causa do pecado e destinados à morte eterna. Se utilizarmos bem

nossas virtudes e dons e unidos ensinarmos o evangelho as nossas crianças

além de receberem a vida eterna serão os futuros trabalhadores de um imenso

campo para nosso grande Deus.

Page 31: Historias que edificam   animando vencedores

31

O dentista divino

Num consultório dentário dois amigos discutiam sobre a salvação. Um era

descrente e dizia que era impossível um homem mau que fez coisas terríveis se tornar uma

pessoa mudada. Isto nunca pode acontecer! Afirmava ele.

O amigo cristão simplesmente disse:

- Parece que você nunca restaurou um dente. A mudança que ocorre em um homem

é como a restauração de um dente. O dente sozinho não pode ser restaurado e dependendo

da carie ele pode até ser arrancado e jogado fora, mas graças à intervenção do dentista o

dente mais cariado pode ser restaurado se tornando bom novamente. Assim também é a

mudança que ocorre no homem pecador, ele é semelhante ao dente e está cariado

(danificado) pelo pecado. O dentista divino que é Jesus Cristo o restaura e o muda de tal

maneira que ele se torna um dente bom. E neste dente bom se deve usar o fio dental da

oração para retirar as caries e a pasta de dente da palavra para mantê-lo limpo.

Page 32: Historias que edificam   animando vencedores

32

O mais fiel entre os homens

Sonhei que me foi incumbida uma tarefa muito difícil, teria que achar o mais fiel

entre os homens. Como a voz daquele que me ordenava transmitia uma urgência tão

profunda sai tão rápido a essa procura que me via como uma águia que voa com todo o

ímpeto. As minhas andanças foram muitas e comecei a alistar aquilo que vi em toda a

terra.

1) Conheci um homem que possuía uma riqueza tão grande que mal podia ser

calculada e que antes de sua morte a distribuiu totalmente num gesto de caridade para

auxiliar várias pessoas necessitadas. Disse comigo certamente é este o homem que

procurava, todavia ouvi a mesma voz que me incumbira desta missão a dizer: ―A sua

busca ainda não cessou‖.

Então sai e continuei a procurar...

2) Caminhei e caminhei e achei um grande evangelista que ao levantar as suas

mãos milhares eram curados de suas enfermidades, porém não era ele quem eu procurava.

Continuei minha procura até que...

3) Encontrei um que também era notável, homem muito inteligente, um grande

pesquisador que criou uma vacina que beneficiou milhares e milhares de pessoas que

estavam sentenciadas a morte, todavia também não era ele.

Não podia desistir de minha missão e por isso a jornada foi estendida e ...

4) Achei um que era inventor e que criou inumeráveis invenções. Ao contemplar a

lista que apontava para milhões que foram beneficiados por elas não tive dúvidas em dizer

é este quem eu procurava, todavia a minha procura deveria continuar, pois ainda não era

ele.

Eu dizia comigo a onde ele está? Quando estava quase a desanimar...

5) Em uma terra longínqua conheci um homem que por sua grande capacidade de

governar transformou seu país numa nação prospera e feliz. Nunca havia andado em um

lugar que todos não reclamavam de nada e tudo era tão bem organizado. Quando pensei

em escrever que a minha busca havia terminado ouvi a mesma voz a dizer para continuar a

minha procura.

Daquele lugar parti...

6) E cheguei num lugar onde todos cantavam e cantavam. Conheci também outro

que para mim era mais que notável, era um compositor de músicas que fez alegrar milhões

e milhões com suas canções. Pessoas que estavam à morte sorriam ao ouvir suas melodias,

crianças pulavam, homens e mulheres cantavam suas canções, todavia também não era

este.

A procura estava muito difícil, porém não podia parar, aquela voz que me ordenou

essa missão parecia viva dentro de mim e por isso continuei...

7) Encontrei um homem que era sábio e entendido e através dos seus escritos fez

muito bem a milhões, mas ainda não era ele aquele a quem procurava.

8) Quando disse a mim mesmo: desisto! Vi um homem a certa distância e para mim

ele não demonstrava ter dons que sobrepujavam aos que encontrei anteriormente, porém

ao chegar perto observei que o seu rosto brilhava, suas palavras transmitiam vida e suas

Page 33: Historias que edificam   animando vencedores

33

atitudes demonstravam que ele era diferente. Naquele instante pude ouvir aquela voz que

me transmitira à missão de encontrar o mais fiel entre os homens dizer que eu o havia

encontrado. Então pude compreender que o mais fiel entre os homens era aquele que como

um espelho refletia a imagem de nosso Senhor Jesus Cristo.

Page 34: Historias que edificam   animando vencedores

34

A máquina humana

Ao ler que o ser humano era uma verdadeira máquina,

Resolvi fazer um curso de instalador e comecei a instalar.

Instalei amizade na vizinhança e começou a funcionar.

No trabalho o companheirismo mudou o ambiente.

Em casa o amor e cumplicidade resolveram os problemas.

A paciência ajudou vários pais a criar seus filhos.

Na escola o incentivo foi suficiente para levantar vários gênios.

A honestidade mudou o quadro do governo.

Com misericórdia e compreensão cessou as brigas no bairro inteiro.

A única dificuldade foi convencer outros a iniciar este curso,

Pois a manutenção dos serviços é mais trabalhosa do que a instalação,

Deus é quem o diga.

Por acaso você não quer se candidatar, caro amigo?

Page 35: Historias que edificam   animando vencedores

35

O piloto sem fé

Um piloto estava sobrevoando a região de manguezais, quando seu avião sofreu

uma falha mecânica e se precipitou em rumo a destruição, colidindo com uma montanha.

Ele porém, saltou de paraquedas caindo no topo de uma arvore no meio do manguezal.

Estava ele numa pequena área de terra rodeada de águas. Para ser mais exato ele estava

em uns cinco metros quadrados de terra seca. A água era muito barrenta e escura de tal

forma que não era possível ver o fundo. Isto não seria um grande problema se pelo menos

ele soubesse nadar. Para complicar ainda mais a situação ele havia se lembrado que

naquela região existiam jacarés e piranhas, fato que o deixou espavorido. Além disso, ele

estava ferido em seu ombro esquerdo e havia perdido muito sangue, precisava urgente de

primeiros socorros e de ir ao hospital mais próximo. Ao passar o tempo a angustia

começou a tomar conta de seu ser, sua situação ficou cada vez pior devido ao ferimento. À

vontade de sair era grande, tão grande quanto o medo de se afogar. Foi ai que ele se

lembrou de Deus e disse: - Senhor Deus, se o Senhor existe, por favor, me tire daqui. Então

ele ouviu a voz do Senhor a falar ao seu coração: - Você quer mesmo sair daí?

- Sim, como quero! Disse ele.

- Você lembra que Moisés passou pelo mar vermelho? Perguntou Deus.

- Sim lembro Senhor. Respondeu Ele.

Deus continuou falando:

- E que meu filho Jesus andou por cima das águas?

- Sim me lembro de tudo isto Senhor. Respondeu novamente.

- Muito bem! Saia andando por cima destas águas. Ordenou-lhe Deus.

- Não posso Senhor, não sei nadar e ainda estou com o ombro bem

machucado. Replicou tristemente.

A tristeza virou um medo crescente, que o impulsionou a subir na arvore em que estava

preso seu paraquedas querendo achar alguma segurança e ali ficou até que o machucado

virou uma grande gangrena e ele acabou morrendo. Pouco tempo depois de sua morte,

alguns homens que caçavam crustáceos e estavam andando pela água barrenta do mangue

que não era superior a trinta centímetros de altura, viram o corpo morto entre os galhos

da arvore e disseram: - Pobre homem, não deve ter dado tempo de descer desta árvore e

vir andando para nossa vila que fica a uns quinze minutos daqui.

Page 36: Historias que edificam   animando vencedores

36

O pescador de sonhos

Ao falar sobre sonhos um palestrante pediu que sua plateia de cerca de cinquenta

pessoas o seguissem. Sem saber para onde iam entraram num ônibus que os levou a um

pesqueiro que se situava próximo ao auditório da palestra. Ao descerem do ônibus cada

um ficou se perguntando o porquê da interrupção da palestra e o motivo de estarem num

pesqueiro. O palestrante apenas pediu para sua plateia observa-lo. Este entrou num barco

e foi até certo ponto do pesqueiro e com a vara na mão jogou o anzol e pescou. Pescou

quatro grandes peixes e voltou. Ao descer do barco disse:

- Os sonhadores se assemelham a pescadores que pela determinação de lançar as

suas varas no mar do coração retiram para realidade seus sonhos. Os quatro

peixes que retirei do mar simbolizam os quatro princípios que vocês devem ter

para fazer que os sonhos se tornem realidade. O primeiro é possuir o sonho, o

segundo acreditar que ele pode se tornar realidade, o terceiro é a coragem de

lutar por ele, o quarto é a determinação de não esmorecer encontrando

dificuldades.

Page 37: Historias que edificam   animando vencedores

37

A pipa

Um homem caminhava por um parque desconsolado. As coisas estavam difíceis,

sua empresa estava falindo, as dividas estavam cada vez mais altas e seus pensamentos

eram tão desanimadores que o direcionavam ao suicídio. De repente ele parou e começou

a observar vários garotos que empinavam pipas. As pipas eram belas e estavam cruzando

os céus num majestoso espetáculo de beleza e animação. Crianças sabem fazer uma

verdadeira festa com seus brinquedos. Porém, entre eles um menininho estava triste e com

a cabeça baixa estava a chorar. O homem desconsolado tirou forças de onde não tinha e

disse ao menino:

- Não chore menino.

- Minha pipa não sobe e não tem jeito dela subir.

- Lógico que tem jeito eu vou te ajudar. O homem desconsolado falou.

Quando era criança o homem desconsolado gostava muito de empinar pipa e

conhecida muito sobre esta brincadeira. Por isso, conseguiu arrumar a pipa do menino e

ainda conseguiu coloca-la no alto e ambos sorriram. Ao final do dia o homem

desconsolado não estava mais desconsolado, mas bem melhor. E para completar seu dia

ele pode ouvir daquele simples menino uma frase que ergueu seu ânimo:

- Obrigado meu caro amigo. Sozinho eu nunca poderia fazer minha pipa subir,

mas graças a sua ajuda olhe onde ela está.

As palavras do menino ecoaram em seus pensamentos durante horas e por fim, o

homem que outrora estava desanimado, teve uma impulsão divina de ânimo. Deixou de

lado a ideia de suicídio, propôs segurar nas mãos amigas que lhe tinham sido estendidas,

dividiu suas preocupações com sua família e amigos. Lutou e com apoio dos familiares e

funcionários a empresa novamente se estabilizou. A maior lição disso tudo ele pode contar

às pessoas que lhe perguntaram como conseguiu tirar a empresa da falência resumindo na

seguinte frase:

- ―Nenhuma pipa defeituosa pode subir sem auxilio, pois existem momentos que

precisamos de ajuda e o apoio de mãos ajudadoras. Sem elas tudo se torna

muito difícil, porém com elas ao lado temos a virtude necessária para

alcançarmos a vitória‖.

Page 38: Historias que edificam   animando vencedores

38

Dar corda

Dois homens de grande importância pública entraram numa relojoaria e discutiam

sobre como levar o país crescer novamente, sendo que há anos a economia estava

estagnada. O relojoeiro recebeu o relógio de um daqueles homens e ao abri-lo para

verificar o motivo pelo qual este não funcionava também ouvia a discussão que até então

não houvera progredido em rumo a uma solução. Um dizia – a saída é mais um

empréstimo. O outro dizia o jeito é criar mais um imposto. Em meio há minutos acalorados

de planos e mais planos para mudar a realidade do país o relojoeiro disse:

- O relógio tem tudo para funcionar, as engrenagens estão nos lugares e suas

peças são de excelente qualidade o que está faltando é o senhor dar corda nele,

pois ele parado no tempo além de não funcionar pode enferrujar.

- Obrigado. Disse o dono do relógio e foi se retirando com seu amigo quando o

relojoeiro lhe disse:

- O nosso país tem tudo para crescer. Basta dar corda na educação, dar corda na

produção agrícola, dar corda à produção cientifica, dar corda na redução de

gastos desnecessários, dar corda às campanhas anticorrupção, dar corda a

políticas de apoio aos pobres e não parar no tempo diante das prioridades que

indicam que os governantes estão interessados em governar para o povo e não

para si mesmos.

Page 39: Historias que edificam   animando vencedores

39

O mundo precisa de energia

A energia elétrica é um beneficio fabuloso para toda a humanidade com ela

podemos usar aparelhos que fazem inúmeros trabalhos ao nosso favor e ainda podemos em

noites escuras ter a claridades das lâmpadas graças a ela, a dona eletricidade. Porém em

uma noite que parecia como qualquer outra aconteceu um blecaute e a cidade caiu em uma

escuridão total durante alguns minutos. Na hidroelétrica que fornecia toda eletricidade da

cidade houve uma pane no seu sistema causando um grande transtorno a todos. Graças à

intervenção dos técnicos e profissionais da área o problema foi resolvido, mas a situação

exposta nos jornais do dia seguinte proporcionou ao pastor de uma igreja formular a

seguinte ilustração:

―O mundo precisa da energia para realizar diversas atividades que sem a

facilidade que ela promove até mesmo durante o dia seria difícil fazer e ainda é de

conhecimento de todos que as noites sem ela tornariam o mundo mergulhado em trevas. A

palavra de Deus é a energia que ilumina o mundo que está mergulhado em trevas

continuas. Deus é a hidroelétrica que envia energia para este mundo mediante aos cabos,

ou, seja, a pregação da igreja é a energia que todos estão precisando para não viverem em

trevas. A mentira, a ganância, a cobiça, o roubo, o adultério, o homicídio , o vicio, o

sacrilégio e o pecado em geral deve ser dissipado pela luz do evangelho.‖

O Pastor concluiu o discurso dizendo:

―Querida igreja, não deixemos o mundo mergulhado em trevas!‖

Page 40: Historias que edificam   animando vencedores

40

A vida volúvel daqueles que se dizem

cristãos e não conhecem nada sobre sua fé

Eram 20h45 minutos e o culto da igreja cristã do bairro de Vila Incerteza havia

terminado. Todos os membros estavam satisfeitos com o sermão que ouviram. Parece que

todos eles tinham quase certeza que conheciam aquele que eles cultuam todos os

domingos. Enquanto a multidão que saia das portas do templo se deslocava aos seus lares

a pé ou se direcionavam para seus automóveis uma cena chamou a atenção deste escritor.

Um homem aparentando cinquenta anos de idade e uns trinta de cristão estava sendo

entrevistado por um repórter do diário escarnecedor. A entrevista foi mais ou menos

assim:

Repórter: - Você é cristão?

Entrevistado: - Sim.

Repórter: - Você conhece Cristo?

Entrevistado: - Sim.

Repórter: - Você conhece Deus?

Entrevistado: - Sim.

Repórter: - Você conhece o Espírito Santo?

Entrevistado: - Sim.

Repórter: - Você conversa com eles?

Entrevistado: - Sim.

Repórter: - Você acredita neles?

Entrevistado: - Sim.

Repórter: - Como você afirmou que conhece a Cristo, O Espírito Santo e a Deus, me diga

como eles são.

Entrevistado: - Eu não sei como eles são.

Repórter: - Como não? Se você diz que os conhece, conversa e acredita neles como não os

conhece?

Entrevistado: - Eu acho...

Repórter: - Quem acha não tem certeza.

Entrevistado: - Meu pastor diz que eles existem, e ele sempre fala a verdade.

Repórter: - Quer dizer que o seu pastor conhece a Trindade?

Entrevistado: - Lógico que sim.

Repórter: - Será que ele aceitaria ser entrevistado?

Entrevistado: - Sei não. Ele é um homem muito ocupado, estou esperando uma visita dele a

uns três anos e ele ainda não teve tempo.

Repórter: - Obrigado, depois eu vejo se consigo agendar com seu pastor uma entrevista.

Entrevistado: - Você pode tentar.

Repórter: - Você lê a Bíblia?

Entrevistado: - De vez em quando.

Repórter: - É verdade que a Bíblia diz que Deus tarda mais não falha?

Page 41: Historias que edificam   animando vencedores

41

Entrevistado: - Sim, já li isso nela.

Repórter: - Também está escrito que Deus escreve certo por linhas tortas?

Entrevistado: - Não tenho certeza, mas acho que sim. Outro dia ouvi o irmão fulano de tal

dizer que na Bíblia isto estava escrito e ele lê a Bíblia muito mais que eu.

Repórter: - Os pastores afirmam que existe um céu e por isso eu gostaria de saber se você

acredita nisto, pois ninguém ainda viu este tal de céu.

Entrevistado: - Eu acredito, mas ainda não tinha parado para pensar nisto.

Repórter: - Quer dizer que vocês cristãos não pensam?

Entrevistado: - Não é bem assim. Agente quer tudo mastigado.

Repórter: - Quer dizer que o quê o pastor fala é lei e vocês nem conferem na Bíblia?

Entrevistado: - É mais ou menos assim.

Repórter: - Acho melhor você mudar de religião, pois, você nem sabe se o que você ouviu é

verdade e você também nem tem o interesse de pesquisar.

Entrevistado: - Sabe que você tem razão.

Repórter: - A minha religião é meu emprego e o céu é minha casa.

Entrevistado: - Acho que vou adotar essa religião também.

Ao final da entrevista o repórter do diário escarnecedor teve a matéria para seu

jornal e ainda pode desenvolver uma tese para o seu mestrado intitulada: ―A vida volúvel

daqueles que se dizem cristãos e não conhecem nada sobre sua fé!‖

Moral da história: quem não conhece o que está escrito na Bíblia fala o que não

está escrito, concorda com o que não é bíblico, critica a verdade e pode ser induzido a

deixar a sua fé.‖

Page 42: Historias que edificam   animando vencedores

42

O chuveiro da graça e a fé

Numa das aulas do discipulado de uma igreja cristã o catecúmeno perguntou ao

professor como pela fé a pessoa tem condições de receber o perdão dos pecados mediante

o sangue de Cristo Jesus. O professor com muita paciência explicou tudo o que entendia

por salvação começando pela morte substitutiva de Jesus por cada um dos homens e

também pela redenção, justificação, adoção, graça e a importância da fé finalizando com a

seguinte ilustração:

O pecado é uma espécie de sujeira impregnada no ser humano. Nós sabemos que

toda sujeira que o homem acumula em seu corpo deve ser limpa por uma questão de

higiene e prevenção. A sujeira pode fazer uma pessoa até adquirir doenças e etc. O quê

cada um de nós faz parar limpar a sujeira do nosso corpo? Utilizamos o chuveiro.

Sabonete, xampu e água são nossas armas para limpar nosso corpo. Mas o quê isso tem

haver com o pecado? Podemos ilustrar que a sujeira do pecado deve ser limpa no chuveiro

da graça que derrama o sangue de Jesus que é semelhante à água que não mancha, mas

limpa e utilizando o sabonete da palavra e o xampu da oração podem fazer em nosso corpo

uma lavagem completa e eficaz. Mas onde a fé entra nessa história? A água do chuveiro

não cai sem que abramos o registro, o sabonete e o xampu não podem limpar nada se não

tomarmos eles em nossas mãos e esfregarmos o corpo e os cabelos. A fé é semelhante à

mão que abre o registro e esfrega o sabonete no corpo e o xampu nos cabelos. A fé é

totalmente necessária para que os efeitos maravilhosos da graça possam ser eficazes em

nossas vidas.

Page 43: Historias que edificam   animando vencedores

43

A televisão

A televisão quebrou. A entrada auxiliar para entrar o dvd e assim poder assistir

filmes, clips e etc não funcionava e por isso levei-a ao conserto. Durante quinze dias ela

funcionou muito bem até que aconteceu de novo, quebrou. Eu via a imagem e não ouvia o

som. Que coisa mais chata! Mandei-a para o conserto novamente. Durante um mês ela

permaneceu excelente, porém, aconteceu de novo, só que desta vez não tinha imagem

somente a som. Foi-se para o conserto. Passados alguns meses pifou, nada estava

funcionando e ao leva-la novamente ao conserto foi me dito que não dava mais para

arruma-la. O jeito foi joga-la fora, espero que pelo menos ela possa servir como material

reciclável. No lixo a televisão foi apanhada por um rapaz que levou para sua casa e

resolveu conserta-la. Para mim não tinha mais jeito, mas para ele era o contrario, aquela

televisão iria ficar novinha em folha. Ele um excelente técnico em eletrônica e a arrumou

de tal maneira que seu desempenho passou a ser melhor do que antes. Com esse

acontecimento comecei a pensar que homem é semelhante a uma televisão quebrada.

Apesar de ter sido criado a imagem de seu criador o pecado o danificou e como no caso da

entrada do dvd ele esta sempre se recusando a se conectar com Deus e ter os ensinamentos

divinos que irão lhe conduzirão a vida eterna. Também como no momento em que a

imagem funcionada e o som não saia, o pecado faz com que o homem não ouça a voz de

sua consciência e por isso anda de uma maneira desordenada. No outro caso em que ela

estava sem imagem, mas com o som, eu pude refletir que o homem por causa do pecado

anda apagando a imagem do Senhor de sua vida e o som de sua alma pedindo socorro é

semelhante ao pedido de conserto para televisão. Por fim, o pecado é tão terrível e tomou

conta do homem de um jeito que parece que não existe mais solução para ele e por isso seu

destino é ser jogado fora, no inferno. Ainda bem que o melhor técnico do mundo muda essa

situação. Jesus faz como aquele rapaz que consertou a televisão que foi jogada fora e a fez

funcionar novamente e de uma maneira melhor. Jesus retira o pecado, conserta o homem

e faz com que ele possa ter condições de viver de uma maneira melhor estando conectado

com o céu, recebendo e transmitindo a palavra de Deus e refletindo sua imagem.

Page 44: Historias que edificam   animando vencedores

44

O inimigo do Rei

Em uma terra remota há muitos anos atrás viveu um poderoso Rei que reinou sobre

muitos povos. A trajetória de sua historia foi marcada por inumeráveis vitórias e sua

fama voou por todos os lugares. Mas como aos homens está ordenado viverem uma

única vez, ele seguiu o caminho de todos, nasceu, cresceu, envelheceu e por fim iria

como qualquer homem morrer. Antes de sua morte, chamou o príncipe herdeiro e

disse:

- Como eu, você enfrentará muitos inimigos e não deve de maneira nenhuma

teme-los.

- Procurarei vence-los. Respondeu o príncipe.

- Sei disso meu filho. Mas quero que você saiba que de todos os inimigos que

você enfrentar, um deles vai ser o mais forte de todos.

- Quem é ele meu pai? Indagou o jovem príncipe.

- Agora você não poderá entender o que estou falando, mas para o dia em que

você estiver em grande aflição e perigo tenho preparado está caixinha para te

direcionar a vitória. Neste dia, somente neste dia, me prometa que abrirá está

caixinha e então você conhecerá seu maior inimigo. Falando com bastante

dificuldade o rei deu está ultima ordem.

- Sim meu pai, como me pediste assim farei. O príncipe em lagrimas jurou ao

velho rei e viu o seu ultimo suspiro.

Anos se passaram e em muitas batalhas o jovem rei lutou, mas nunca se esqueceu

das palavras de seu pai. Ele sabia que cedo ou tarde teria que encontrar o tal inimigo que

seu pai lhe falara e por isso fortaleceu seu reino com todo tipo de armas bélicas de sua

época e seu país foi considerado uma grande potencia.

Um dia porem, uma grande nação se levantou contra seu reino. Era uma nação

muito forte e valente que havia conquistado muitos povos e venceu parte do exercito do

jovem rei. A angustia, a dificuldade e aflição que seu pai falará havia chegado. Mas ele já

estava conhecendo seu inimigo sem precisar olhar dentro da caixinha e ele via que não

tinha jeito de mudar o que já era inevitável—a derrota era certa.

Certa manhã prevendo que o reino seria destruído e quase sem forças para lutar

resolveu olhar dentro da caixinha qual era esse tal inimigo que ele tinha de conhecer para

vence-lo. Abriu a caixinha e ficou olhando-a por longo tempo. Reuniu as tropas que

restaram e partiu para a batalha decisiva e foi vitorioso.

Dias depois, em comemoração sobre a vitória que ele conquistará, relembrou as

palavras de seu pai e agradeceu pela caixinha que ele havia deixado para lhe mostrar

como ele poderia vencer seu maior inimigo. O jovem rei falou:

- Hoje tenho o prazer de comemorar está grande vitória. Não tive de vencer em

primeiro lugar a espada ou a flecha, nem cavalos ou canhões, mas ao olhar

para aquela caixinha dada pelo meu saudoso pai, vi uma chapa de latão

polida e que mostrava minha imagem distorcida e continha um bilhete que

dizia: teu maior inimigo é você mesmo. Aquele reflexo distorcido não era eu,

por isso, compreendi que se quisesse ser um vencedor teria que vencer a mim

mesmo, e depois, vencer outros inimigos menores.

Page 45: Historias que edificam   animando vencedores

45

Sonhos e foguetes

Certo palestrante desafiou seus ouvintes com a seguinte pergunta: - Vocês querem

ver seus sonhos subirem e cruzarem os céus? Logicamente todos disseram que sim.

Ele continuou:

- Os sonhos são semelhantes a foguetes. Um foguete para subir necessita de

combustível, designer e mecânica. Aquele que não pôde contemplar o foguete do seu

sonho subir é porque não o desenhou, não o projetou, não fez o seu designer direito. E

também não fez manutenções, não se preocupou com sua mecânica e por fim, não colocou

combustível suficiente. Por isso o desanimo venceu e o foguete não decolou. Mas quero

dizer que cada um de vocês devem projetar seus sonhos, saber como eles são e lutar para

construí-los. E ainda devem fazer sua manutenção, cuidar dele, organiza-lo, trocar alguma

peça que não está funcionando bem, mas nunca joga-lo fora e por fim colocar muito, mais

muito combustível de perseverança para poder vê-lo cruzar os céus.

Page 46: Historias que edificam   animando vencedores

46

Auto-Estima

Conta-se que na antiguidade havia dois guerreiros e atletas imbatíveis que se

chamavam Estima. A única coisa que diferenciava os dois era a cidade em que nasceram.

Um havia nascido na cidade Auta e outro na cidade Baixo. Assim eram conhecidos: Auto-

Estima e Baixo-Estima. Em tudo que eles disputavam se sobressaiam sobre os demais e no

fim se confrontavam e caiam prostrados e esgotados de tal maneira que em tudo

empatavam. Nas corridas, lutas, natação, jogos e etc. somente a palavra empate existia a

favor dos dois. Até então nunca se soube qual era o melhor, porém, este impasse passou a

incomodar até os deuses que se propuseram a resolver este dilema propondo uma corrida

pela estrada da vida inteira. Durante a corrida os dois oponentes correriam carregando

enormes cestos nas costas e neles deveriam colocar pedras ao passarem por sete cidades

maravilhosas e os vales que lhes opõem. e que não podem ser evitados durante a corrida

na estrada da vida inteira. Os vales são: vale do desânimo, da calúnia, da humilhação, do

desespero, da murmuração, do ceticismo, da desesperança. Destes vales sairiam as pedras

que tentariam frustrar essa disputa de titãs.

Antes de começar a corrida, na linha de largada a deusa da sabedoria entregou a

ambos uma chave e lhes disse: - O vencedor será aquele que cruzar a linha de chegada

portando o seu cesto e abrir a caixa que contêm o grande prêmio dessa corrida.

A estrada da vida inteira possuía um único começo, mas duas trilhas opostas a

cada corredor. Por ter trilhas opostas os dois adversários não se veriam em nenhum

momento. A prova duraria dezesseis dias e ao som das trombetas os deuses disseram: -

Que comece a disputa!

Baixo-Estima e Auto-Estima correram e correram. Eles chegaram a cidade de

Ânimo para vencer e a cruzaram já no primeiro dia deixando-a em poucas horas para trás

e seguindo a tarde pelo vale do desânimo foram abordados por um gigante que lhes falou:

- Para prosseguir você deve carregar a pedra do desânimo. Sem contestarem nada

colocaram a pesada pedra no cesto e continuaram a corrida até que findou o primeiro dia.

No segundo dia após passarem pela cidade de Boa Fama outro gigante os abordou no Vale

da Calúnia e como aquele do dia anterior lhes disse que para prosseguir deveriam levar a

grande pedra da calúnia no cesto. Outra vez, sem contestarem nada colocaram a pedra e

seguiram adiante até que findou o segundo dia. Do terceiro ao sétimo dia encontram

outros gigantes que lhes acrescentaram cinco pedras grandes (humilhação, desespero,

murmuração, ceticismo e desesperança) que em tudo lhes dificultaram a viagem. Ao

dormirem no final do sétimo dia todos os dois estavam esgotados e sem forças para

prosseguir. O esforço para carregar aquelas pedras exigiu demais de cada um, porém eles

eram determinados e realmente os melhores homens de sua época.

Ao raiar do oitavo dia Baixo-Estima resolveu prosseguir e tentar terminar a corrida

usando todas as suas forças, porém, acabou desfalecendo e no meio do caminho morreu.

Auto-Estima ao colocar o cesto em suas costas com as sete pesadas pedras

começou a pensar nas palavras da deusa da sabedoria: “Aquele que cruzar a linha de

chegada com o cesto nas costas será o vencedor!” E disse consigo mesmo: ―Ela não disse

Page 47: Historias que edificam   animando vencedores

47

que deveríamos cruzar a linha de chegada com o cesto e as pedras!” Por isso, lançou as

pedras fora e venceu a corrida. Cruzou a linha de chegada, abriu a caixa e viu que lá

estava uma flor de satisfação colhida no vale da vida vitoriosa.

A maior lição que essa metáfora pode nos passar é que durante nossa trajetória

nesta vida encontramos gigantes que querem nos matar obrigando a cada um de nós a

carregar pedras pesadas e assim destruir nossos sonhos, nossa vida social, emocional e

física, mas a exemplo de Auto-Estima devemos lançar essas pedras fora e prosseguir

adiante e vencer.

Page 48: Historias que edificam   animando vencedores

48

A roda e o talento

Toda pessoa tem um talento natural que ao ser utilizado pode beneficiar a si mesmo

e aos demais, basta apenas encontra-lo.

Conta-se numa antiga lenda que nos primórdios da humanidade um homem das

cavernas ao cortar arvore para lenha e para fazer objetos como lança e etc. teve a ideia de

fazer um objeto redondo. No inicio aquele objeto não servia para nada. Os concidadãos

daquela comunidade até zombavam do inventor dizendo: ―Pra quê serve isso?‖ E riam-se.

Um deles até pegou o objeto redondo de madeira e jogou no fogo dizendo: ―Pelo menos

serve para queimar!‖

O homem das cavernas se entristecia, porém perseverante dizia aos companheiros:

―Ainda vou descobrir a utilidade deste objeto e ele nos ajudará muito!‖ Ao ouvir isto, aí

que os zombadores caçoavam mais.

Depois de um longo tempo nosso inventor observando a dificuldade de carregar

alimentos, madeira e etc. começou a pensar no que poderia ser feito para facilitar a tarefa

de locomoção de coisas. Com raiva por ter inventado uma coisa inútil, resolveu desfazer-se

dela e jogou, montanha abaixo. Ao fazer isto, ele observou que seu objeto redondo girava,

ou melhor, rodava e rodava percorrendo assim uma longa distância. Então ele teve a ideia

de unir dois daqueles objetos redondos ligados por uma madeira comprida. Ele montou o

que nós chamamos hoje de carroça e aquele objeto redondo mostrou sua utilidade e é

conhecido como roda. Sua invenção não beneficiou apenas aquela comunidade, ela viajou

por muitas cidades e países e ainda atravessou o tempo beneficiando o mundo até os dias

atuais.

Se descobrir o talento que há em você, não o esconda, pois poderá ver que

benefícios virão não somente para si, mas para aqueles que estiverem ao seu redor e talvez

viajar distâncias que você nunca imaginou.

Page 49: Historias que edificam   animando vencedores

49

Os dois murais

A dois grafiteiros foi incumbida a tarefa de pintar um mural retratando o seguinte

tema: A sociedade perfeita.

O primeiro desenhou uma cidade, pessoas andando de mãos dadas, pessoas

sorrindo, crianças brincando, pessoas realizando várias atividades. Ele então disse a

respeito de seu mural: As pessoas estão sempre fazendo alguma coisa e por isso são

sempre felizes e acrescentou. ―A ocupação faz a sociedade se aperfeiçoar!‖

O segundo desenhou apenas dois homens em várias ações. Na primeira os dois

estavam conversando. Na segunda pareciam discordar. Na terceira concordavam com

algo. Na quarta estavam a ponto de brigar. Na quinta se abraçavam. Na sexta e última

figura os dois estavam construindo uma linda casa que fazia parte de uma grande e linda

cidade. Ele então falou acerca de seu mural: ―A sociedade perfeita é aquela que sabe

vencer diferenças, conviver de uma maneira inteligente e que busca o bem comum!‖

Page 50: Historias que edificam   animando vencedores

50

Impressão permanente

Um famoso perfumista ao ser entrevistado respondeu a seguinte pergunta: Qual a

razão do sucesso de sua linha de fragrâncias e o possível fracasso de seu maior

concorrente?

―A primeira impressão é a que fica? Já ouvi muitos dizerem isto, e sobre nossa

linha de fragrâncias temos aplicado o que há de melhor no quesito designer o que

contribuiu muito para nosso sucesso, mas sem dúvida o conteúdo é o mais importante, pois

a qualidade faz com que nosso produto seja desejado, apreciado e recomprado quando de

seu termino‖.

O interessante dessa afirmação é que a transferindo para o viver diário, ela nos

ensina que a beleza exterior pode conquistar a atenção, olhares, elogios e despertar o

desejo, porém, se o que está no interior for ruim, ou seja, a pessoa for soberba, arrogante,

mentirosa, desonesta e etc. com certeza irá destruir a primeira impressão.

Page 51: Historias que edificam   animando vencedores

51

A melhor maneira de ver o mundo

Um artista plástico e inventor desenvolveu uma luneta multicolorida e numa festa

em seu apartamento no último andar com uma vista panorâmica de toda cidade

cognominada maravilhosa resolveu testa-la. Por voltas das duas horas da manhã ele

reuniu os convidados e brindou a melhor maneira de ver o mundo. Os convidados se

alegraram, porém, não entenderam direito o que ele queria dizer. O artista então disse:

―Em meio a muitas reflexões descobri que o mundo pode ser enxergado de várias formas e

cores‖. Então ele convidou todos a olharem a cidade por sua luneta. Na primeira olhada

todos enxergaram-na escura com a imagem deformada fazendo a cidade maravilhosa

perder seu costumeiro brilho. A seguir ele apertou um botão e a luneta começou a passar

uma a uma as lentes de cores diferentes até chegar a uma lente multicolorida mostrando a

cidade maravilhosa de várias perspectivas. Ao final ele disse: ―A melhor maneira de ver o

mundo é através de lentes que mostrem a sua verdadeira forma e cor. Essas são apenas um

exemplo, pois cada um deve escolher a sua maneira‖.

Page 52: Historias que edificam   animando vencedores

52

O rei da pequena ilha

Um marinheiro experiente sofreu um naufrágio. Somente ele havia sobrevivido e

chegado a uma pequena ilha. Esta ilha tinha dez coqueiros e uma caverna que cabia o

náufrago e mais um pequeno espaço. O tempo foi passando e ele foi sobrevivendo dos

cocos que ia colhendo. Comia a carne do coco e bebia sua água. Muitos dias se passaram

e o marinheiro passou a perder o juízo. Imaginava-se um grande rei, o rei da pequena ilha.

Como rei solitário que era, o náufrago dava ordens e mais ordens a si mesmo. Anos se

foram e ele se acostumou a viver apenas consigo e para si mesmo. Mas algo muito ruim

aconteceu, os dez coqueiros ficaram enfermos e começaram a morrer. E cada um produziu

o último coco, o que o marinheiro logo tratou de colher e guardar. Agora ia ser uma

questão de tempo para o pior chegar, a sua fonte alimento havia se esgotado. Quando tudo

parecia perdido, ao longe ele avistou um navio vindo em direção a sua ilha. O capitão

estava com uma luneta e viu uma pessoa na ilha e direcionou o navio para ela. O pobre

náufrago ia ser resgatado. Os anos de solidão iriam ser substituídos pelo convívio entre

pessoas, ele iria saborear comidas e bebidas diferentes. Ele teria a liberdade da ilha com

paredes de água. Ao fitar durante algum tempo o navio vindo em sua direção o marinheiro

tomou a atitude mais irônica que aquele momento lhe proporcionava. Pegou os dez cocos e

correu para dentro do buraco gritando: ―Não, não! Vocês não irão roubar meus cocos e

nem minha maravilhosa ilha‖. A cada instante o navio se aproximava mais e mais. Ao

chegar perto da ilha e não avistar ninguém, o capitão achou ter tido apenas uma ilusão,

confundido algum dos coqueiros secos com uma pessoa e por isso virou o navio em direção

oposta e foi se embora. O náufrago ficou só com seus dez cocos e a ilha, morrendo um

pouco depois de consumir o último coco.

Page 53: Historias que edificam   animando vencedores

53

Os três talheres

Os talhares se envolveram numa discussão que pretendia determinar qual deles

seria o instrumento mais importante para o bem estar dos homens. Cada um falou se auto

proclamou:

A colher: - Para os homens se servirem de sopa, gelatina, doces, adoçar eu sou

essencial e por isto, o melhor instrumento.

A faca: - Sem mim os homens ficariam sem condições de cortar carnes, massas,

frutas, bolos e etc. então por isto, sou o mais importante instrumento.

O garfo: - Sou necessário para enrolar o macarrão, segurar carnes, saladas, frutas

e etc. e sem mim tudo seria difícil, então é obvio que o instrumento que sobressai sobre

todos sou eu.

No meio da discussão os três talheres foram levados para mãos que não os

conheciam bem. Um homem que nunca havia estado em meio a civilização que se utiliza de

talheres estava prestes a aprender como usá-los, porém, antes de ser um mestre na arte de

utilizá-los cometeu equívocos que iremos descrever:

Com a colher tentava cortar um suculento bife, mas não conseguiu e por isto,

amaldiçoou-a.

Com o garfo tenteou tomar um pouco de sopa e sem sucesso também amaldiçoou

aquele que para si era um instrumento imprestável.

Com a faca não foi diferente, ele tentou enrolar o macarrão, tomar sopa e gelatina,

sem sucesso, porém, findou também amaldiçoando-a.

Os três talheres se puseram a chorar, pois, de repente cada um se viu insignificante.

Depois de algum tempo o homem rude que as havia amaldiçoado foi ensinado e aprendeu

utiliza-las. Ele tomou sopa com a colher e ainda adoçou suco e bebeu. Com o garfo

segurou um suculento bife e juntamente com a faca o cortou e ainda elas juntas foram

usadas para este saborear feijão, arroz, macarrão e salada. Ao final da refeição ele

levantou os três talheres e os abençoou.

Os três compreenderam que sozinhos suas realizações eram ínfimas ou nulas, mas

quando utilizados em equipe se superavam e cumpriam sua missão (servir) recebendo

palavras de gratidão e benção!

Page 54: Historias que edificam   animando vencedores

54

O fósforo, a vela e o fogo

Foram dadas por Deus ao fósforo, a vela e ao fogo missões:

Ao fósforo foi incumbida a missão de durante alguns segundos iluminar e fornecer

calor para breves realizações, pois logo sua vida se extingui, contudo não a sua missão.

A vela foi incumbida a missão de com a ajuda do fósforo iluminar e fornecer calor

durante horas podendo chegar até mesmo a dias, mas como a parafina que lhe dá forma

juntamente com o pavio se consome também sua vida se esvai, porém, sua missão não.

Ao fogo foi dada a missão permanente entre os homens de fornecer iluminação e

calor. Para isto, lhe foi lhe concedido condições de se formar e de se extinguir tantas vezes

quanto fosse necessário, bastando somente contratar alguns auxiliares.

Ainda que sejamos ferramentas diferentes em ação e realização o importante é que

fazemos parte da mesma missão.

―Apenas descubra a sua!‖

Page 55: Historias que edificam   animando vencedores

55

A cabeça e o corpo acompanham o coração

Conta-se que uma escola da periferia de uma grande cidade era rotulada como a

escola da bagunça. A anarquia e o desinteresse pelo estudo era tão grande que nenhum

diretor conseguia ficar mais que três meses na direção desta e por este motivo em uma

reunião da diretoria regional de ensino os coordenadores escolares procuravam alguém

que pudesse mudar a situação daquele recinto escolar, mas todos os nomes indicados

recusaram a proposta até que foi apresentado o nome de um professor recém formado.

Pela necessidade e pelas muitas recusas ele foi aprovado por unanimidade e aceitando o

desafio poucas dias depois foi empossado em seu cargo. Ao iniciar sua gestão tentou fazer

mudanças a força, suspendeu alunos, retirou atividades, ridicularizou alguns e depois de

seis meses não viu progresso algum e apesar de ter quebrado o recorde de permanência.

As férias de julho chegaram e o diretor resolveu viajar e distrair a mente, pois já estava

cogitando entregar os pontos e desistir, porque parecia impossível mudar a índole

daqueles adolescentes. Ele viajou para o int4erior de seu estado indo para a fazenda de

seus tios que há anos não via passando o mês de férias longe de toda agitação da cidade

grande. Leite fresco, frutas, queijo, carne, bolo e tudo o ele desfrutou — sem agrotóxico

saúde e gosto são impecáveis. Certo dia de manhã quando o Sol começava a despontar viu

seu primo no curral com um cavalo diferente dos outros que ele costumava a ver. Este era

arredio, bravo e não permitia que ninguém lhe tocasse, mas seu primo era persistente e

todo dia ia ao encontro do cavalo selvagem e lhe oferecia comida. Aos poucos aquele

homem foi quebrando a barreira imposta pelo animal e foi lhe conquistando e em alguns

dia já estava pronto para servir de montaria. Aquilo impressionou o Diretor em férias a tal

ponto deste lhe perguntar: - Qual o motivo do sucesso no amansar aquele cavalo que

parecia indomável? Ele lhe respondeu: - Primo, primeiro nós conquistamos o coração e

depois a cabeça e o corpo o acompanharão!

Ao voltar a cidade grande e a famosa escola da bagunça seu comportamento

mudou, ele procurou conhecer cada aluno problemático e começou interagir com a família

deste. Procurou conhecer o talento que estava escondido em cada um. O discurso de

reprovação virou um chamado ao despertar para um futuro melhor. Os últimos seis meses

do ano letivo foram transformados e seguindo o conselho de seu primo aquele diretor

conquistou o coração daqueles jovens e o resto veio junto transformando a escola da

bagunça em uma escola modelo.

Page 56: Historias que edificam   animando vencedores

56

Amor, esforço e fé

A ambição quando vista como motivo para buscar crescimento é significativa na

vida do ser humano, mas quando ela passa a ser peça motriz para o viver acaba sendo

algo prejudicial, pois cega valores e virtudes que são positivas e essenciais para uma vida

social.

Conta-se que uma jovem ambiciosa sonhava com um futuro promissor, algo como

nascer virado para lua. Ela era noiva de um jovem honesto e trabalhador, porém não

havia continuado o ensino superior após terminar o médio e ao seu ver uma atitude de

conformidade com sua situação—ser pobre, aí, morava o motivo de várias vezes ela pensar

em terminar seu compromisso, o fato da pobreza do rapaz a incomodava, apesar de o

amar. Depois de muito pensar concluiu que deveria colocar fim naquele compromisso que

não lhe traria um futuro promissor e decididamente comunicou ao rapaz suas intenções,

este, que lhe amava muito ainda que em vão tentou persuadi-la: - Dê-me uma chance e

você verá que ainda irei vencer. Ela riu-se e disse: - Talvez sim, mas eu não pagarei para

ver. Foram suas últimas palavras. Ele tentou por várias vezes reatar o compromisso, mas

ela já estava namorando um rapaz da faculdade em que estudava e que possuía sonhos tão

grandes quanto os seus. Apesar de não amá-lo casaram-se e mudaram para cidade

grande. Ao final de duas décadas tinham crescido consideravelmente em suas carreiras,

haviam adquirido além da casa em que moravam mais uma que estava alugada e sua

renda total inseria-os na classe dos que conseguiam sobreviver razoavelmente. Apesar de

ter uma pequena estabilidade a já senhora olhava a vida com outros olhos, suas conquistas

não foram tão formidáveis como nos sonhos e um vazio lhe incomodava muito, o homem

que escolhera para lhe ajudar mesmo depois de tantos anos não fez florescer o amor e

dentro de si imperava dia e noite a seguinte interjeição: - ―Poderia ter sido diferente!‖. Ao

visitar sua mãe em uma época de férias e passando próximo a um bar que estava poucos

quarteirões da casa de sua parentela observou que um homem que saia deste e entrara

num carro importado de alto valor lhe era familiar. Ao chegar na casa de seus pais foi

aquela alegria. Há anos ela não vinha visitá-los e a desculpa era a correria da vida na

cidade grande. Depois de se acomodar e desfrutar da comunhão familiar saboreando

aquele maravilhoso café que só a mãe sabe fazer ela lembrou daquele homem que saia do

bar próximo dali e perguntou: - Mamãe, você tem notícias do Antônio?

Seu ex-noivo, querida? Respondeu ela.

Sim. Como ele está? Casou? Mudou de vida?

Oh! Sim. Pelo que sei está ótimo. Casou, tem três filhos lindos e uma esposa que

aparenta ser a mulher mais feliz do mundo.

Que bom! Mas e ai, ele melhorou, cresceu, tem pelo menos um bom emprego?

Bom emprego!? Minha filha, você fez a pior besteira do mundo se separando daquele

rapaz que lhe amava tanto, pois hoje em dia ele é o dono da maior empresa da nossa

região.

Não acredito!

Page 57: Historias que edificam   animando vencedores

57

Pode acreditar. Depois que você se foi demorou para ele se recuperar, mas enfim,

conseguiu. Depois de um ano entrou na faculdade, recebeu uma bela promoção, casou,

trabalhou mais uns cinco anos e decidiu abrir uma empresa e se deu bem. Inclusive

ontem mesmo ele deixou o convite para a festa de quinze anos de sua filha que será

realizado no maior salão de festa de nossa cidade.

Uma lágrima verteu da ex tão ambiciosa que hoje era apenas uma incomodada com

a situação, pois compreendeu que por uma preocupação relativamente pequena perdeu

mais do que um futuro promissor, mas o grande amor de sua vida, pois a ambição e o

desejo de conquista rápida impediram-na de ver o grande potencial daquele que ela

julgou nunca crescer na vida.

Moral da história: ―Um verdadeiro relacionamento é formado de amor, esforço e

fé. Amor para compreender e perdoar. Esforço para buscar melhoras e a fé para

acreditar que a pessoa que amamos pode crescer!‖

Page 58: Historias que edificam   animando vencedores

58

A janela do coração

Quando uma casa é construída formassem primeiro os alicerces e depois paredes,

quartos, teto e coloca-se portas, janelas. As janelas servem para permitir a entrada de luz

e a circulação de ar e nesse ponto podemos notar que elas trazem benefícios, porém, outro

dia deixei-a aberta para como de costume e me ausentei por algumas horas, nesse ínterim,

o tempo mudou, o Sol se foi e nuvens surgiram e começou a chover. Havia deixado sapatos

e livros próximos a janela e estes foram encharcados e a água se espalhou por toda sala. O

que era benefício me causou certo transtorno. Tive um trabalhão a fazer—limpar e secar

toda a sala. Os sapatos que pretendia usar aquela noite foram usados cinco dias depois.

Os livros foram colocados ao Sol quando este apareceu, mas ainda sim alguns estragaram.

E por que isto ocorreu? Falta de prudência. O tempo nesta cidade costuma mudar e

sabendo disto o prejuízo poderia ser evitado. O bem se tornou em mal, porém deste

acontecimento pude extrair uma metáfora:

―O coração é uma espécie de casa, tem paredes, quartos, telhado, porta e janelas.

Cada parte tem sua função, porém neste momento quero voltar a atenção a janela do

coração que tem função especial. Ela serve para capitar luz e ar que estão ao seu redor, ou

seja, conhecimento, boas ações, palavras que edificam e tudo aquilo que possa ser

proveitoso para o crescimento emocional e espiritual. No entanto, devemos estar atentos

para os momentos de tempestades que simbolizam os males que querem entrar no coração

e tomar a seguinte atitude: ―É necessário fechar esta janela, pois o trabalho de limpeza

aqui é maior do que na outra casa!‖

Page 59: Historias que edificam   animando vencedores

59

O milagre da boa alimentação

Um homem não sabia o quê fazer para a produção de sua fábrica aumentar e sua

firma crescer. Também pudera ir de mal a pior, pois sua ignorância e palavras

depreciativas aos empregados eram tais que ninguém possuía ânimo para se auto superar.

Um certo dia ele foi assaltado e ferido na cabeça acabou desmaiando. Um padeiro o

socorreu e o conduziu a sua casa. Lá ele recobrou os sentidos, mas precisou permanecer

um dia inteiro com o padeiro. Ele notou que os funcionários trabalhavam felizes e o

movimento naquele lugar era tão grande que disse consigo mesmo: ―-Preciso deste ânimo

em minha fábrica!‖. Num certo momento ele viu um funcionário errar e ser corrigido com

seriedade, mas também com cordialidade e respeito. Se fosse eu já xingava — pensou.

Perguntou ao padeiro qual era o segredo do seu sucesso nos negócios.

Para explicar o padeiro fez dois pães. Um bonito e nutriente e o outro era feio e

sem proteínas e disse:

_ O pão é um dos alimentos mais antigos da humanidade. Veja estes dois pães, um é

bonito, nutriente e atrativo e quem dele se alimentar poderá suprir suas necessidades

físicas e continuar a viver. O outro é feio, sem proteínas e desinteressante até para comer.

Ninguém quer comê-lo. Como o pão é um alimento para nosso corpo físico as palavras se

constituem um alimento para nosso emocional e espiritual. Para mim e para você que

somos lideres nosso maior bem são nossos colaboradores e clientes. Sem nossos clientes

não existe razão para nosso negócio e como somos apenas um só e não vários, temos

grande necessidade da ajuda dos nossos colaboradores que se tornam uma extensão de nós

mesmos a nossos clientes. Nossos colaboradores precisam se alimentar com o melhor pão

para crescer, se fortalecer e viver, ou podem comer o pior pão que não suprirá suas

necessidades fazendo-os adoecer e nosso negócio ruir.

Ele então entendeu que a influência animadora de sua empresa provinha dos pães

que distribuíra durante anos a seus empregados e tomou a atitude que qualquer homem

inteligente faria e contemplou em sua empresa o milagre que uma boa alimentação faz.

Page 60: Historias que edificam   animando vencedores

60

O homem que quase chegou

No porto quase belo vivia um pescador a quase quinze anos.

Ele morava na vila dos quase satisfeitos e todo dia pescava quase setenta peixes

que poderiam ser classificados como quase grandes.

Quase sempre acordava de madrugada para começar seu trabalho quase antes dos

outros pescadores que eram quase rivais naquele quase mar de água doce. Sua vida era

quase perfeita e ele quase não tinha sonhos.

Quase conseguia conquistar seus objetivos.

Quase era feliz.

Quase não se via em problemas.

Quase não chorava.

Quase comia bem.

Quase não falava dos outros, quase não mentia.

Quase era um bom pai e esposo.

Quase era um bom profissional e religioso.

Quase sempre ia a igreja.

Quase sempre pagava suas dividas.

Quase acreditava que existia um céu.

Quando morreu quase chegou neste céu.

Reflexão: ―Se vivermos indecisos e nunca sairmos de cima do muro seremos

aqueles que nunca terão nada e ainda por cima precisarão se conformar apenas com o

simples desejo de chegar perto de seus objetivos‖.