HISTÓRIA NATURAL DA ICTIOFAUNA DE RIACHOS DA FAZENDA EXPERIMENTAL EDGÁRDIA, BACIA DO RIO CAPIVARA, BOTUCATU, SÃO PAULO. Fernando Portella Rodrigues de Arruda Orientadora: Profª Drª Virgínia Sanches Uieda Dissertação apresentada ao Instituto de Biociências, Universidade Estadual Paulista – UNESP, Campus de Botucatu, SP, como parte dos requisitos para obtenção do Título de Mestre em Ciências Biológicas – Área de Concentração: Zoologia. Botucatu – SP 2007
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HISTÓRIA NATURAL DA ICTIOFAUNA DE RIACHOS DA
FAZENDA EXPERIMENTAL EDGÁRDIA, BACIA DO RIO
CAPIVARA,
BOTUCATU, SÃO PAULO.
Fernando Portella Rodrigues de Arruda
Orientadora: Profª Drª Virgínia Sanches Uieda
Dissertação apresentada ao Instituto de
Biociências, Universidade Estadual
Paulista – UNESP, Campus de
Botucatu, SP, como parte dos
requisitos para obtenção do Título de
Mestre em Ciências Biológicas – Área
de Concentração: Zoologia.
Botucatu – SP
2007
ii
FICHA CATALOGRÁFICA ELABORADA PELA SEÇÃO TÉCNICA DE AQUISIÇÃO E TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO
DIVISÃO TÉCNICA DE BIBLIOTECA E DOCUMENTAÇÃO - CAMPUS DE BOTUCATU - UNESP BIBLIOTECÁRIA RESPONSÁVEL: Selma Maria de Jesus
Arruda, Fernando Portella Rodrigues de. História natural da ictiofauna de riachos da fazenda experimental Edgárdia, Bacia do Rio Capivara, Botucatu, São Paulo / Fernando Portella Rodrigues de Arruda. – Botucatu : [s.n.], 2007. Dissertação (mestrado) – Universidade Estadual Paulista, Instituto de Biociências de Botucatu, 2007. Orientadora: Virginia Sanches Uieda Assunto CAPES: 20400004 1. Peixe - Ecologia 2. Ictiologia - Capivara, Rio - Botucatu(SP) 3. Zoologia 4. Hábitos alimentares
CDD 597 Palavras-chave: Bacia do Rio Tietê; Comunidade de peixes; Hábitos alimenta- res; Variação espacial; Variação sazonal
iii
RESUMO
O conhecimento da ictiofauna pode ser utilizado como uma importante ferramenta
para a adoção de medidas de manejo e conservação, sendo que os estudos de caso podem
acelerar o desenvolvimento de metodologias necessárias à adoção destas medidas. Os
conhecimentos adquiridos neste estudo constituirão uma importante fonte de informações
sobre a fauna da Fazenda Experimental Edgárdia, a qual representa um dos poucos
fragmentos naturais remanescentes do município de Botucatu (SP), servindo de refúgio
para diversas espécies animais. Dados como os apresentados neste trabalho visam somar
informações com outros diversos estudos realizados nesta área, para a adoção de medidas
de conservação e manejo adequadas, visando a preservação do ecossistema como um todo.
Além disso, são escassos os trabalhos que comparam a composição e a estrutura trófica da
ictiofauna presente em riachos com usos diferentes das margens dos corpos d’água, o que
foi priorizado neste trabalho. O presente trabalho teve por objetivo o estudo da história
natural da ictiofauna de três riachos pertencentes à Microbacia da Fazenda Edgárdia, que
apresentam uso diferencial de suas áreas marginais, a saber, com mata ciliar (Córrego da
Mata), em área de pastagem (Córrego do Pasto) e em área de várzea (Córrego da Várzea),
nas estações seca e chuvosa. Neste trabalho foram abordados os seguintes tópicos: a)
diversidade de espécies (composição, riqueza e abundância relativa), b) variação espacial e
sazonal na estrutura das comunidades e c) variação espacial e sazonal na partilha de
recursos alimentares. A variação espacial foi analisada em escala de meso-habitat,
comparando os três riachos da mesma microbacia, e em escala de micro-habitat,
comparando no Córrego da Mata a partilha dos recursos entre as espécies de peixes de
trechos de corredeira, rápido e poção.
Palavras-chave: Bacia do Rio Tietê, variação sazonal, variação espacial, comunidade de
peixes, hábitos alimentares.
iv
“Ando devagar porque já tive pressa E levo esse sorriso porque já chorei demais Hoje me sinto mais forte, mais feliz quem sabe Só levo a certeza de que muito pouco eu sei Ou nada sei
Conhecer as manhas e as manhãs, O sabor das massas e das maçãs, É preciso amor pra poder pulsar, É preciso paz pra poder sorrir, É preciso a chuva para florir
Penso que cumprir a vida seja simplesmente Compreender a marcha e ir tocando em frente Como um velho boiadeiro levando a boiada Eu vou tocando dias pela longa estrada eu vou Estrada eu sou
Conhecer as manhas e as manhãs, O sabor das massas e das maçãs, É preciso amor pra poder pulsar, É preciso paz pra poder sorrir, É preciso a chuva para florir
Todo mundo ama um dia todo mundo chora, Um dia a gente chega, no outro vai embora Cada um de nós compõe a sua história Cada ser em si carrega o dom de ser capaz E ser feliz
Conhecer as manhas e as manhãs O sabor das massas e das maçãs É preciso amor pra poder pulsar, É preciso paz pra poder sorrir, É preciso a chuva para florir
Ando devagar porque já tive pressa E levo esse sorriso porque já chorei demais Cada um de nós compõe a sua história, Cada ser em si carrega o dom de ser capaz E ser feliz
Conhecer as manhas e as manhãs, O sabor das massas e das maçãs, É preciso amor pra poder pulsar, É preciso paz pra poder sorrir, É preciso a chuva para florir”.
Renato Teixeira
v
Dedico este trabalho à minha mãe Gema que sempre me deu apoio,
foi companheira e me ensinou que nunca se deve perder a esperança.
Por forças maiores infelizmente você não pôde ver a conclusão deste trabalho.
Mãe, onde quer que você esteja, sei que está olhando por mim. Portanto, dedico este
trabalho a você, um exemplo de vida que seguirei para todo o sempre. Te Amo demais.
vi
AGRADECIMENTOS
Á Profa. Dra.Virgínia S. Uieda, minha orientadora e “mãezona” durante esses seis
anos de convivência. Obrigado pela paciência e também pelas broncas que me
fizeram crescer muito durante este período.
À meu Pai que, embora não entenda muito o que faço, sempre deu apoio para que
eu fizesse meu trabalho. Além disso, gostaria lhe agradecer por toda a paciência e
amor que teve comigo nos últimos anos, pois eles não foram muito fáceis, e só nós
sabemos o que enfrentamos neste período. Te Amo demais. Você é fundamental
para minhas conquistas.
À minha namorada Mariana. Vida, conhecer você foi o melhor que pôde me
acontecer, pois com você aprendi o verdadeiro significado da palavra amor. Você
abriga todas as qualidades que um homem admira em uma mulher. Espero poder
passar toda minha vida a seu lado. Te Amo demais.
A Katharina E. Esteves e Edmir D. Carvalho pelas críticas e sugestões valiosas para
o trabalho.
Aos meus amigos Alexandre (Lê), Alessandra, Anaísa, Daniel, Delego, Gisela,
Oreochromis niloticus (Linnaeus, 1758) Onil Tilápia do Nilo
Capítulo I
21
Tabela 3 – Abundância absoluta (N) e relativa (%) das espécies de peixes coletadas em três riachos da Microbacia da Edgárdia, por estação do ano (ES = estação seca, agosto a outubro de 2005; EC = estação chuvosa, março e abril de 2006).
Mata Pasto Várzea ES EC ES EC ES EC
Espécies
N % N % N % N % N % N % C. modestus - - - - - - - - 3 0,8 3 3,4
Ordem Characiformes Família Curimatidae Cyphocharax modestus (Fernández-Yépez, 1948) Cmod - - ES/EC Família Crenuchidae Characidium zebra Eigenmann, 1909 Czeb ES/EC ES - Família Characidae Aphyocharax dentatus Eigenmann & Kennedy, 1903 Aden ES - ES Astyanax altiparanae Garutti & Britski, 2000 Aalt ES/EC ES/EC ES/EC Astyanax cf. eigenmanniorum (Cope, 1894) Aeig - ES/EC - Astyanax fasciatus (Cuvier,1819) Afas - - ES Astyanax scabripinnis (Jenys, 1842) Asca ES/EC ES - Hyphessobrycon eques (Steindachner, 1882) Hequ - - ES Piabina argentea Reinhardt, 1867 Parg - - ES Serrapinnus notomelas (Eigenmann, 1915) Snot - EC ES/EC Família Erythrinidae Hoplias malabaricus (Bloch, 1794) Hmal - ES/EC EC Ordem Siluriformes Família Callichthyidae Corydoras aeneus (Gill, 1858) Caen - ES EC Família Loricariidae Hypostomus ancistroides (Iheringi, 1911) Hanc ES/EC ES/EC - Hisonotus sp. Hiso ES/EC - - Família Heptapteridae Imparfinis borodini Mees & Cala, 1989 Ibor - ES - Imparfinis mirini Haseman, 1911 Imir ES/EC EC - Rhamdia sp. Rham ES - EC Ordem Gymnotiformes Família Gymnotidae Gymnotus carapo Linnaeus, 1758 Gcar - ES/EC ES/EC Ordem Cyprinodontiformes Família Poeciliidae Phalloceros caudimaculatus (Hensel, 1868) Pcau ES/EC ES/EC ES/EC Ordem Perciformes Família Cichlidae Crenicichla britskii Kullander, 1982 Cbri - - ES Geophagus brasiliensis (Quoy & Gaimard, 1824) Gbra - ES/EC ES/EC Oreochromis niloticus (Linnaeus, 1758) Onil - - ES
Capítulo II
40
Tabela II – Síntese da estrutura trófica observada nos três riachos pertencentes à
Microbacia da Edgárdia, nas duas estações do ano (ES- estação seca, EC- estação
chuvosa).
Características Mata Pasto Várzea
ES EC ES EC ES EC
Nº de espécies de peixes (Es) 9 7 11 9 12 9
Nº de recursos consumidos (Re) 12 13 14 14 12 12
Densidade de recursos (Re/Es) 1,3 1,9 1,3 1,6 1 1,3
Nº de ligações tróficas (Li) 48 39 61 58 65 51
Densidade de elos (Li/Es) 5,4 5,6 5,5 6,6 5,4 5,6
Nº de espécies consumindo:
1-5 itens 6 2 6 4 6 3
6-10 itens 3 5 3 4 6 6
mais de 10 itens 0 0 2 1 0 0
Capítulo II
41
Figura 1 – Microbacia da Fazenda Edgardia (em A e área preta em B), localizada na
margem esquerda do Rio Capivara, e sua localização na Bacia do Rio Capivara (área cinza
em B) e no Município de Botucatu (B), Estado de São Paulo (C). 1 = Córrego da Mata, 2 =
Córrego do Pasto, 3 = Córrego da Várzea.
A
Rio Capivara
B
C
Botucatu
1
2
3
A
Rio Capivara
B
C
Botucatu
A
Rio Capivara
A
Rio Capivara
B
C
Botucatu
B
C
Botucatu
C
Botucatu
1
2
3
Capítulo II
42
ESPÉCIE COM VARIAÇÃO SAZONAL NA DIETA
ESPÉCIES INSETÍVORAS Figura 2a – Porcentual (IA%) dos alimentos consumidos pelas espécies de peixes coletadas no Córrego da Mata, nas estações seca (barras brancas) e chuvosa (barras pretas). MOR-matéria orgânica, ALG-alga, TEC-tecameba, FUN-fungo, ANE-anelídeo, ARA-aracnida, MIC-microcrustáceo, MOL-molusco, NEM-nematoda, PLA-platelminto, IAQ-inseto aquático, ITE-inseto terrestre, FEX-fragmento de exoesqueleto, FVE-fragmento vegetal, ESC-escama. Siglas das espécies de peixes na Tabela I. Número (N) e comprimento padrão (CP mínimo e máximo em mm) dos indivíduos com conteúdo digestivo.
AscaN= 15; CP= 29-50
16,8
53,4
26,1
3,6 0,10
2040
6080
100
MO
R
ALG
TEC
FUN
AN
E
ARA MIC
MO
L
NEM PL
A
IAQ
ITE
FEX
FVE
ESC
AscaN= 26: CP= 28-74
7,4 4,6
38,149,8
<0,0 0,20
20406080
100
MO
R
ALG
TEC
FUN
AN
E
ARA MIC
MO
L
NEM PL
A
IAQ
ITE
FEX
FVE
ESC
CzebN= 4; CP= 35-59
0,6 2,2 1,9
91,6
3,20
20
4060
80
100
MO
R
ALG
TEC
FUN
AN
E
ARA MIC
MO
L
NEM PL
A
IAQ
ITE
FEX
FVE
ESC
CzebN= 4; CP= 53-60
0,4 0,2
82
17,80,2
0,2
0
20
4060
80
100
MO
R
ALG
TEC
FUN
AN
E
ARA MIC
MO
L
NEM PL
A
IAQ
ITE
FEX
FVE
ESC
ImirN= 24; CP= 37-79
0,2 0,1
71,2
27,3
0,10,6
<0,00
20406080
100
MO
R
ALG
TEC
FUN
AN
E
ARA MIC
MO
L
NEM PL
A
IAQ
ITE
FEX
FVE
ESC
ImirN= 22; CP= 46-71
1,6 0,2
42,552,9
2,7<0,0<0,00
20
4060
80
100
MO
R
ALG
TEC
FUN
AN
E
ARA MIC
MO
L
NEM PL
A
IAQ
ITE
FEX
FVE
ESC
AdenN= 1; CP= 22
87,5
12,5
020406080
100
MO
R
ALG
TEC
FUN
AN
E
ARA MIC
MO
L
NEM PL
A
IAQ
ITE
FEX
FVE
ESC
RhamN= 1; CP= 52
2,3 2,711,4
76
7,6
0
20
40
60
80
100
MO
R
ALG
TEC
FUN
AN
E
ARA MIC
MO
L
NEM PL
A
IAQ
ITE
FEX
FVE
ESC
Capítulo II
43
ESPÉCIES ONÍVORAS
ESPÉCIES DETRITÍVORAS
Figura 2b – Porcentual (IA%) dos alimentos consumidos pelas espécies de peixes coletadas no Córrego da Mata, nas estações seca (barras brancas) e chuvosa (barras pretas). MOR-matéria orgânica, ALG-alga, TEC-tecameba, FUN-fungo, ANE-anelídeo, ARA-aracnida, MIC-microcrustáceo, MOL-molusco, NEM-nematoda, PLA-platelminto, IAQ-inseto aquático, ITE-inseto terrestre, FEX-fragmento de exoesqueleto, FVE-fragmento vegetal, ESC-escama. Siglas das espécies de peixes na Tabela I. Número (N) e comprimento padrão (CP mínimo e máximo em mm) dos indivíduos com conteúdo digestivo.
PcauN= 73; CP= 10-37
20,3
78,5
1,1<0,0<0,0
<0,0<0,0<0,0
02040
6080
100
MO
R
ALG
TEC
FUN
AN
E
ARA MIC
MO
L
NEM PL
A
IAQ
ITE
FEX
FVE
ESC
PcauN= 93; CP= 14-34
2,6 0,116,4
2,7 0,2<0,0 <0,0
78,0
02040
6080
100
MO
R
ALG
TEC
FUN
AN
E
ARA MIC
MO
L
NEM PL
A
IAQ
ITE
FEX
FVE
ESC
AaltN= 24; CP= 30-66
19,310,3
34,9 35,4
0,1 <0,0<0,0 <0,0<0,00
20406080
100
MO
R
ALG
TEC
FUN
AN
E
ARA MIC
MO
L
NEM PL
A
IAQ
ITE
FEX
FVE
ESC
AaltN= 28; CP= 30-70
0,5
60,1
18,221,1<0,0 0,1
<0,0
020406080
100
MO
R
ALG
TEC
FUN
AN
E
ARA MIC
MO
L
NEM PL
A
IAQ
ITE
FEX
FVE
ESC
HancN= 6; CP= 43-81
0,1 4,0<0,0
95,8
0
20
40
60
80
100
MO
R
ALG
TEC
FUN
AN
E
ARA MIC
MO
L
NEM PL
A
IAQ
ITE
FEX
FVE
ESC
HancN= 6; CP= 30-80
96,9
0,1 30
2040
6080
100
MO
R
ALG
TEC
FUN
AN
E
ARA MIC
MO
L
NEM PL
A
IAQ
ITE
FEX
FVE
ESC
HisoN= 30; CP= 20-34
<0,0<0,0
99,9
<0,00
2040
6080
100
MO
R
ALG
TEC
FUN
AN
E
ARA MIC
MO
L
NEM PL
A
IAQ
ITE
FEX
FVE
ESC
HisoN= 35; CP= 19-33 100,0
<0,0<0,00
20
40
60
80
100
MO
R
ALG TE
C
FUN
AN
E
AR
A
MIC
MO
L
NEM PL
A
IAQ
ITE
FEX
FVE
ESC
Capítulo II
44
ESPÉCIES COM VARIAÇÃO SAZONAL NA DIETA
Figura 3a – Porcentual (IA%) dos alimentos consumidos pelas espécies de peixes coletadas no Córrego do Pasto, nas estações seca (barras brancas) e chuvosa (barras pretas). MOR-matéria orgânica, ALG-alga, TEC-tecameba, ANE-anelídeo, ARA-aracnida, MIC-microcrustáceo, MOL-molusco, NEM-nematoda, PLA-platelminto, IAQ-inseto aquático, ITE-inseto terrestre, FEX-fragmento de exoesqueleto, FVE-fragmento vegetal, PEI-peixe. Siglas das espécies de peixes na Tabela I. Número (N) e comprimento padrão (CP mínimo e máximo em mm) dos indivíduos com conteúdo digestivo.
AaltN= 13; CP= 36-80
0,19
81
6,7 2,3<0,00,9
020
4060
80100
MO
R
ALG
TEC
AN
E
ARA MIC
MO
L
NEM PL
A
IAQ
ITE
FEX
FVE
PEI
AaltN= 34; CP= 11-69
0,610,3
28,8
4,1
37,618,6
<0,0<0,0
<0,0<0,00
20
40
60
80
100
MO
R
ALG
TEC
AN
E
ARA MIC
MO
L
NEM PL
A
IAQ
ITE
FEX
FVE
PEI
HmalN= 4; CP= 70-113
78,2
417,8
020406080
100
MO
R
ALG
TEC
AN
E
ARA MIC
MO
L
NEM PL
A
IAQ
ITE
FEX
FVE
PEI
HmalN= 14; CP= 13-83
0,4
96,4
0,3 2,90
20406080
100
MO
R
ALG
TEC
AN
E
ARA MIC
MO
L
NEM PL
A
IAQ
ITE
FEX
FVE
PEI
PcauN= 30; CP= 12-36
2,5 8,526,4
2,1
60,4
<0,0<0,0<0,0
<0,0<0,0
<0,0<0,0
020406080
100
MO
R
ALG
TEC
AN
E
ARA MIC
MO
L
NEM PL
A
IAQ
ITE
FEX
FVE
PEI
PcauN= 54; CP= 13-34
4,1 6,8 6,1 0,6
82,3
<0,0<0,0
<0,0<0,00
20406080
100
MO
R
ALG
TEC
AN
E
ARA MIC
MO
L
NEM PL
A
IAQ
ITE
FEX
FVE
PEI
Capítulo II
45
ESPÉCIES INSETÍVORAS Figura 3b – Porcentual (IA%) dos alimentos consumidos pelas espécies de peixes coletadas no Córrego do Pasto, nas estações seca (barras brancas) e chuvosa (barras pretas). MOR-matéria orgânica, ALG-alga, TEC-tecameba, ANE-anelídeo, ARA-aracnida, MIC-microcrustáceo, MOL-molusco, NEM-nematoda, PLA-platelminto, IAQ-inseto aquático, ITE-inseto terrestre, FEX-fragmento de exoesqueleto, FVE-fragmento vegetal, PEI-peixe. Siglas das espécies de peixes na Tabela I. Número (N) e comprimento padrão (CP mínimo e máximo em mm) dos indivíduos com conteúdo digestivo.
GbraN= 9; CP= 30-62
0,3
28,4
69,0
1,80,30,3<0,0<0,0
0
20
40
60
80
100
MO
R
ALG
TEC
AN
E
ARA MIC
MO
L
NEM PL
A
IAQ
ITE
FEX
FVE
PEI
GbraN= 52; CP= 11-117
0,4 0,1
59,5
20,28,111,0
<0,0<0,00,40,3
<0,0 <0,00
20
40
60
80
100
MO
R
ALG
TEC
AN
E
ARA MIC
MO
L
NEM PL
A
IAQ
ITE
FEX
FVE
PEI
GcarN= 1; CP= 148
0,310,6
86,2
2,90
20
40
60
80
100
MO
R
ALG
TEC
AN
E
ARA MIC
MO
L
NEM PL
A
IAQ
ITE
FEX
FVE
PEI
GcarN= 14; CP= 19-187
30,7
66,0
3,2<0,0<0,0<0,0
<0,0<0,00
20406080
100
MO
R
ALG
TEC
AN
E
ARA MIC
MO
L
NEM PL
A
IAQ
ITE
FEX
FVE
PEI
CzebN= 1; CP= 58
92,6
7,4
0
20
40
60
80
100
MO
R
ALG
TEC
AN
E
ARA MIC
MO
L
NEM PL
A
IAQ
ITE
FEX
FVE
PEI
AscaN= 17; CP= 19-47
30,5
9,6
57,8
2,1<0,0<0,0
<0,0<0,0
<0,00
20
40
60
80
100
MO
R
ALG
TEC
AN
E
ARA MIC
MO
L
NEM PL
A
IAQ
ITE
FEX
FVE
PEI
IborN= 3; CP= 17-24
48,9 50,4
0,70
20406080
100
MO
R
ALG
TEC
AN
E
ARA MIC
MO
L
NEM PL
A
IAQ
ITE
FEX
FVE
PEI
CaenN= 3; CP= 31-40
2,2
41,556,3
0
2040
6080
100
MO
R
ALG
TEC
AN
E
ARA MIC
MO
L
NEM PL
A
IAQ
ITE
FEX
FVE
PEI
Capítulo II
46
ESPÉCIES INSETÍVORAS (continuação)
ESPÉCIES ONÍVORAS
ESPÉCIE DETRITÍVORA Figura 3c – Porcentual (IA%) dos alimentos consumidos pelas espécies de peixes coletadas no Córrego do Pasto, nas estações seca (barras brancas) e chuvosa (barras pretas). MOR-matéria orgânica, ALG-alga, TEC-tecameba, ANE-anelídeo, ARA-aracnida, MIC-microcrustáceo, MOL-molusco, NEM-nematoda, PLA-platelminto, IAQ-inseto aquático, ITE-inseto terrestre, FEX-fragmento de exoesqueleto, FVE-fragmento vegetal, PEI-peixe. Siglas das espécies de peixes na Tabela I. Número (N) e comprimento padrão (CP mínimo e máximo em mm) dos indivíduos com conteúdo digestivo.
ImirN= 1; CP= 50
100
020406080
100
MO
R
ALG
TEC
AN
E
ARA MIC
MO
L
NEM PL
A
IAQ
ITE
FEX
FVE
PEI
AeigN= 13; CP= 23-57
0,18,5
23,9
0,8
43,3
23,4
<0,0<0,0
<0,0<0,00
20
40
60
80
100
MO
R
ALG
TEC
AN
E
ARA MIC
MO
L
NEM PL
A
IAQ
ITE
FEX
FVE
PEI
AeigN= 21; CP= 14-50
3,1 0,1 4,9 4,5<0,0
4443,4
<0,00
20
40
60
80
100
MO
R
ALG
TEC
AN
E
ARA MIC
MO
L
NEM PL
A
IAQ
ITE
FEX
FVE
PEI
SnotN= 1; CP= 21
74,1
1,2
24,7
020406080
100
MO
R
ALG
TEC
AN
E
ARA MIC
MO
L
NEM PL
A
IAQ
ITE
FEX
FVE
PEI
HancN= 4; CP= 36-52
91
0,18,80,1
020406080
100
MO
R
ALG
TEC
AN
E
ARA MIC
MO
L
NEM PL
A
IAQ
ITE
FEX
FVE
PEI
HancN= 8; CP= 30-45
12,90,9
86,2
020406080
100
MO
R
ALG
TEC
AN
E
ARA MIC
MO
L
NEM PL
A
IAQ
ITE
FEX
FVE
PEI
Capítulo II
47
ESPÉCIES COM VARIAÇÃO SAZONAL NA DIETA
Figura 4a – Porcentual (IA%) dos alimentos consumidos pelas espécies de peixes coletadas no Córrego da Várzea, nas estações seca (barras brancas) e chuvosa (barras pretas). MOR-matéria orgânica, ALG-alga, TEC-tecameba, ANE-anelídeo, ARA-aracnida, MIC-microcrustáceo, MOL-molusco, NEM-nematoda, PLA-platelminto, IAQ-inseto aquático, ITE-inseto terrestre, FEX-fragmento de exoesqueleto, FVE-fragmento vegetal, ESC-escama, PEI-peixe. Siglas das espécies de peixes na Tabela I. Número (N) e comprimento padrão (CP mínimo e máximo em mm) dos indivíduos com conteúdo digestivo.
GcarN= 3; CP= 166-289
0,1 0,4 0,10,8
98,7
0
20
40
60
80
100
MO
R
ALG
TEC
AN
E
ARA MIC
MO
L
NEM IA
Q
ITE
FEX
FVE
ESC
PEI
GcarN= 25; CP= 21-195
0,4
54,9
23,30,1
21,3
<0,0 <0,0<0,0
0
20
40
60
80
100
MO
R
ALG
TEC
AN
E
ARA MIC
MO
L
NEM IA
Q
ITE
FEX
FVE
ESC
PEI
GbraN= 9; CP= 27-106
0,1 0,5 1,3 1,2
93,9
0,22,21,40,3<0,0
0
20
40
60
80
100
MO
R
ALG
TEC
ANE
ARA
MIC
MO
L
NEM IAQ ITE
FEX
FVE
ESC
PEI
GbraN= 2; CP= 44-48
3,1 1,5
42,3
6,20,8
46,2
0
20
40
60
80
100
MO
R
ALG
TEC
AN
E
ARA MIC
MO
L
NEM IA
Q
ITE
FEX
FVE
ESC
PEI
PcauN= 1; CP= 17
100
0
20
40
60
80
100
MO
R
ALG
TEC
AN
E
ARA MIC
MO
L
NEM IA
Q
ITE
FEX
FVE
ESC
PEI
PcauN= 1; CP= 14
66,7
33,3
0
20
40
60
80
100
MO
R
ALG
TEC
AN
E
ARA MIC
MO
L
NEM IA
Q
ITE
FEX
FVE
ESC
PEI
SnotN= 40; CP= 15-32
20,31,1
<0,0<0,0<0,0
<0,0<0,0
78,5
020406080
100
MO
R
ALG
TEC
ANE
ARA
MIC
MO
L
NEM IAQ ITE
FEX
FVE
ESC
PEI
SnotN= 20; CP= 11-23
0,5 0,6
32,0
0,9
63,3
0,12,6
020406080
100
MO
R
ALG
TEC
AN
E
ARA MIC
MO
L
NEM IA
Q
ITE
FEX
FVE
ESC
PEI
Capítulo II
48
ESPÉCIES INSETÍVORAS
ESPÉCIES CARNÍVORAS
Figura 4b – Porcentual (IA%) dos alimentos consumidos pelas espécies de peixes coletadas no Córrego da Várzea, nas estações seca (barras brancas) e chuvosa (barras pretas). MOR-matéria orgânica, ALG-alga, TEC-tecameba, ANE-anelídeo, ARA-aracnida, MIC-microcrustáceo, MOL-molusco, NEM-nematoda, PLA-platelminto,IAQ-inseto aquático, ITE-inseto terrestre, FEX-fragmento de exoesqueleto, FVE-fragmento vegetal, ESC-escama, PEI-peixe. Siglas das espécies de peixes na Tabela I. Número (N) e comprimento padrão (CP mínimo e máximo em mm) dos indivíduos com conteúdo digestivo.
AdenN= 30; CP= 18-33
3,7 0,6
51,142,7
0,10,61,2
<0,0 <0,00
20
40
60
80
100
MO
R
ALG
TEC
AN
E
ARA MIC
MO
L
NEM IA
Q
ITE
FEX
FVE
ESC
PEI
CbriN= 1; CP= 75
2
98
0
20
4060
80
100
MO
R
ALG
TEC
AN
E
ARA MIC
MO
L
NEM IA
Q
ITE
FEX
FVE
ESC
PEI
AfasN= 15; CP= 26-38
30,5
9,6
57,8
2,1<0,0<0,0
<0,0<0,0
<0,00
2040
6080
100
MO
R
ALG
TEC
AN
E
ARA MIC
MO
L
NEM IA
Q
ITE
FEX
FVE
ESC
PEI
RhamN= 1; CP= 38
11,3 9,9
78,9
020406080
100
MO
R
ALG
TEC
AN
E
ARA MIC
MO
L
NEM IA
Q
ITE
FEX
FVE
ESC
PEI
HmalN= 8; CP= 15-116
0,1 0,3 7,0
74,0
0,19,03,0 6,0
020406080
100
MO
R
ALG
TEC
AN
E
ARA MIC
MO
L
NEM IA
Q
ITE
FEX
FVE
ESC
PEI
CaenN= 5; CP= 16-45
0,4 3,921,4
37,8 36
0,50
20
4060
80
100
MO
R
ALG
TEC
AN
E
ARA MIC
MO
L
NEM IA
Q
ITE
FEX
FVE
ESC
PEI
HequN= 8; CP= 21-25
1,3 1,519
0,1
59,7
18,3
0
20
40
60
80
100
MO
R
ALG
TEC
AN
E
ARA MIC
MO
L
NEM IA
Q
ITE
FEX
FVE
ESC
PEI
Capítulo II
49
ESPÉCIES ONÍVORAS
ESPÉCIE DETRITÍVORA
Figura 4c – Porcentual (IA%) dos alimentos consumidos pelas espécies de peixes coletadas no Córrego da Várzea, nas estações seca (barras brancas) e chuvosa (barras pretas). MOR-matéria orgânica, ALG-alga, TEC-tecameba, ANE-anelídeo, ARA-aracnida, MIC-microcrustáceo, MOL-molusco, NEM-nematoda, PLA-platelminto,IAQ-inseto aquático, ITE-inseto terrestre, FEX-fragmento de exoesqueleto, FVE-fragmento vegetal, ESC-escama, PEI-peixe. Siglas das espécies de peixes na Tabela I. Número (N) e comprimento padrão (CP mínimo e máximo em mm) dos indivíduos com conteúdo digestivo.
AaltN= 11; CP= 17-41
0,4 0,6 0,1
23,31,4
59,1
14,70,10,3
020406080
100
MO
R
ALG
TEC
AN
E
ARA MIC
MO
L
NEM IA
Q
ITE
FEX
FVE
ESC
PEI
AaltN= 11; CP= 27-77
17,51,9
28,1
4,9
39,4
7,5 0,6<0,0 <0,0
020406080
100
MO
R
ALG
TEC
AN
E
ARA MIC
MO
L
NEM IA
Q
ITE
FEX
FVE
ESC
PEI
OnilN= 10; CP= 165-207
73,6
26,4
0
20
40
60
80
100
MO
R
ALG
TEC
AN
E
ARA MIC
MO
L
NEM IA
Q
ITE
FEX
FVE
ESC
PEI
PargN= 8; CP= 20-34
63
23,613,3
020406080
100
MO
R
ALG
TEC
AN
E
ARA MIC
MO
L
NEM IA
Q
ITE
FEX
FVE
ESC
PEI
CmodN= 3; CP= 27-34
99,1
0,90
20
40
60
80
100
MO
R
ALG
TEC
AN
E
ARA MIC
MO
L
NEM IA
Q
ITE
FEX
FVE
ESC
PEI
CmodN= 3; CP= 27-34
0,2 0,1
99,7
020406080
100
MO
R
ALG
TEC
AN
E
ARA MIC
MO
L
NEM IA
Q
ITE
FEX
FVE
ESC
PEI
Capítulo II
50
Figura 5 – Porcentual dos tipos de hábitos alimentares definidos para as espécies de peixes
coletadas nos três riachos amostrados da Microbacia da Edgárdia.
Figura 6 – Porcentual dos tipos de hábitos alimentares definidos para as espécies de peixes
coletadas nos três riachos amostrados da Microbacia da Edgárdia, por estação do ano.
insetívoro carnívoro onívoro detritívoro
Geral
0% 20% 40% 60% 80% 100%
Mata
Pasto
Várzea
insetívoro carnívoro onívoro detritívoro
Estação Seca
0% 20% 40% 60% 80% 100%
Mata
Pasto
Várzea
Estação Chuvosa
0% 20% 40% 60% 80% 100%
Mata
Pasto
Várzea
Capítulo II
51
Figura 7 - Desenho esquemático da estrutura trófica da ictiofauna do Córrego da Mata, nas estações seca (acima) e chuvosa (abaixo). Itens alimentares consumidos (elipses): MOR-matéria orgânica, ALG-alga, TEC-tecameba, FUN-fungo, ANE-anelídeo, ARA-aracnida, MIC-microcrustáceo, MOL-molusco, NEM-nematoda, PLA-platelminto, IAQ-inseto aquático, ITE-inseto terrestre, FEX-fragmento de exoesqueleto, FVE-fragmento vegetal, ESC-escama. Siglas das espécies de peixes (retângulos) na Tabela I.
Hanc
PLA
Pcau Imir
FVE
ANE
Aalt
Czeb MIC
Hiso
Asca
ITE FVE
MOR
FUN
IAQ
TEC
ITE
ARA
FEX
NEM
ALG
Hanc
TEC
Aden
Aalt Imir
ITE
MOL
Czeb
Rham
MIC
Hiso
Asca
FVE FVE
ALG
MOR
ESC FEX
ARA
ITE
IAQ
ANE
Pcau
Capítulo II
52
Figura 8 - Desenho esquemático da estrutura trófica da ictiofauna do Córrego do Pasto, nas estações seca (acima) e chuvosa (abaixo). Itens alimentares consumidos (elipses): MOR-matéria orgânica, ALG-alga, TEC-tecameba, ANE-anelídeo, ARA-aracnida, MIC-microcrustáceo, MOL-molusco, NEM-nematoda, PLA-platelminto, IAQ-inseto aquático, ITE-inseto terrestre, FEX-fragmento de exoesqueleto, FVE-fragmento vegetal, PEI-peixe. Siglas das espécies de peixes (retângulos) na Tabela I.
Aeig
TEC
Ibor
GbraImir
ITE
MOR
Gcar
Caen ALG
Asca
Aalt
FVEFVE
NEM
ARA
ITE
FEX
IAQ
MIC
MOL
PLA
ANE Hanc
Czeb
PEI
Hmal
Gcar
MOR
AaltGbra
ITE
FEX
Pcau
MIC
Aeig
Hanc
FVEFVE
ALG
TEC
ITE
ARA
NEM
IAQ
PLA
ANE Hmal
Imir
MOL
PEI
Snot
Capítulo II
53
Figura 9 - Desenho esquemático da estrutura trófica da ictiofauna do Córrego da Várzea, nas estações seca (acima) e chuvosa (abaixo). Itens alimentares consumidos (elipses): MOR-matéria orgânica, ALG-alga, TEC-tecameba, ANE-anelídeo, ARA-aracnida, MIC-microcrustáceo, MOL-molusco, NEM-nematoda, IAQ-inseto aquático, ITE-inseto terrestre, FEX-fragmento de exoesqueleto, FVE-fragmento vegetal, ESC-escama, PEI-peixe. Siglas das espécies de peixes (retângulos) na Tabela I.
Snot
TEC
Cmod
GbraAalt
FVE
MOL
Aden
Parg
MIC
Afas
Onil
FVE
MOR
FEX
ITE
ARA
ESC
ALG
IAQCbri
Gcar
NEM
Pcau
Hequ
SnotTEC
Cmod
Gbra
Aalt
FVE
Caen
MIC
Hmal
FVE
MOR
FEX
ITE
ARA
ALG
IAQGcar
Pcau
Rham
ITE
ANE
MOL
PEI
Capítulo II
54
CÓRREGO DA MATA
CÓRREGO DO PASTO
CÓRREGO DA VÁRZEA
Figura 10 – Porcentual (IA%) dos alimentos consumidos pelas espécies de peixes coletadas nos diferentes córregos (Mata, Pasto e Várzea), nas duas estações do ano. MOR-matéria orgânica, ALG-alga, TEC-tecameba, FUN-fungo, ANE-anelídeo, ARA-aracnida, MIC-microcrustáceo, MOL-molusco, NEM-nematoda, PLA-platelminto, IAQ-inseto aquático, ITE-inseto terrestre, FEX-fragmento de exoesqueleto, FVE-fragmento vegetal, ESC-escama, PEI-peixe.
Estação seca
34,4
7,718,8
6,70,30,3
30,4
1,1<0,0
<0,0<0,0<0,00
20
40
60
80
100
MO
R
ALG
TEC
FUN
AN
E
ARA MIC
MO
L
NEM PL
A
IAQ
ITE
FEX
FVE
ESC
Estação chuvosa
21,4
3,616,518,5
39,1
<0,0<0,00,1<0,00,7<0,0
<0,0<0,0
0
20
40
60
80
100
MO
R
ALG
TEC
FUN
AN
E
ARA MIC
MO
L
NEM PL
A
IAQ
ITE
FEX
FVE
ESC
Estação seca
6,0 1,1 0,2
37
9,1
37,8
7,1 2,0<0,0<0,0<0,0<0,00,2
<0,00
20
4060
80
100
MO
R
ALG
TEC
AN
E
ARA MIC
MO
L
NEM PL
A
IAQ
ITE
FEX
FVE
PEI
Estação chuvosa
27,815,1
36,2
0,515,9
4,3<0,0<0,0
<0,00,1
<0,0<0,0<0,0
0
20
4060
80
100
MO
R
ALG
TEC
AN
E
ARA MIC
MO
L
NEM PL
A
IAQ
ITE
FEX
FVE
PEI
Estação seca
11,00,3 0,2 0,2
42,9
0,4
31,8
0,19,2
2,10,11,8
0
20
4060
80
100
MO
R
ALG
TEC
AN
E
ARA MIC
MO
L
NEM IA
Q
ITE
FEX
FVE
ESC
PEI
Estação chuvosa
0,5 0,1
23,8
1,8
38,5
7,015,4 1,910,1
0,20,7<0,0<0,0 <0,0
0
20
4060
80
100
MO
R
ALG
TEC
AN
E
ARA MIC
MO
L
NEM IA
Q
ITE
FEX
FVE
ESC
PEI
CAPÍTULO III
PARTILHA DE RECURSOS ENTRE AS ESPÉCIES DE PEIXES DE UM RIACHO DE CABECEIRA
PERTENCENTE À MICROBACIA DA EDGÁRDIA (BACIA DO RIO TIETÊ, BOTUCATU, SP)
Trabalho a ser submetido à publicação na revista Biota Neotropica.
Capítulo III
55
CAPÍTULO III
PARTILHA DE RECURSOS ENTRE AS ESPÉCIES DE PEIXES DE UM RIACHO
DE CABECEIRA PERTENCENTE À MICROBACIA DA EDGÁRDIA (BACIA DO
RIO TIETÊ, BOTUCATU, SP)
RESUMO
A análise das alterações na estrutura da comunidade e na riqueza de espécies ao longo de
gradientes ambientais tem sido um importante tema abordado em pesquisas desenvolvidas
em riachos. No presente trabalho o objetivo foi verificar se a variação no gradiente
ambiental de um riacho de cabeceira era acompanhada por mudanças na partilha dos
recursos espacial, temporal e trófico da ictiofauna. O gradiente ambiental foi analisado na
escala espacial de meso-hábitat, sendo amostrada separadamente a comunidade de peixes
dos trechos de rápido, corredeira e poção, e na escala temporal sazonal, com amostras em
dois meses na estação seca e dois na estação chuvosa. Os meso-hábitats de rápido e
corredeira apresentaram abundância e riqueza semelhantes entre si e menores do que no
poção. Estes dois trechos também se assemelharam quanto aos índices de diversidade
(2,022 e 2,310, respectivamente) e equitabilidade (0,471 e 0,589). O poção, apesar de
apresentar os maiores valores de abundância e riqueza de espécie, apresentou os menores
índices de diversidade e equitabilidade (1,571 e 0,249, respectivamente). Quanto à
variação sazonal, o valor maior de diversidade na estação chuvosa do rápido e poção pode
estar relacionado com um aumento da área do trecho neste período de maior pluviosidade.
Por outro lado, nas corredeiras o maior stress ambiental causado pelo aumento da
velocidade da correnteza na estação chuvosa pode estar relacionado com a menor
diversidade nesta estação. No poção foram encontradas mais espécies com variação
sazonal na dieta, quando comparado aos outros dois trechos. Os porcentuais de hábitos
alimentares também salientaram as diferenças espaciais na estrutura trófica, com
predomínio de insetivoria no poção, principalmente na estação seca, de insetivoria e
detritivoria na corredeira e de detritivoria no rápido, principalmente na estação seca.
Tabela 5 – Síntese da estrutura trófica observada nos três micro-habitat do Córrego da
Mata, nas duas estações do ano (ES- estação seca, EC- estação chuvosa).
Características Rápido Corredeira Poção
ES EC ES EC ES EC
Nº de espécies de peixes (Es) 5 7 7 6 9 6
Nº de recursos consumidos (Re) 9 12 11 9 11 11
Densidade de recursos (Re/Es) 1,8 1,7 1,6 1,5 1,2 1,8
Nº de ligações tróficas (Li) 17 31 32 23 33 30
Densidade de elos (Li/Es) 3,4 4,4 4,6 3,8 3,6 5,0
Capítulo III
69
Figura 1 – Vista geral do Córrego da Mata (A), com os três micro-habitat detalhados nas
fotos à direita: corredeira (B), poção (C) e rápido (D).
A
B
C
D
Capítulo III
70
ESPÉCIE COM VARIAÇÃO SAZONAL NA DIETA
ESPÉCIES INSETÍVORAS Figura 2a – Porcentual (IA%) dos alimentos consumidos pelas espécies de peixes coletadas no trecho de Rápido do Córrego da Mata, nas estações seca (barras brancas) e chuvosa (barras pretas). MOR-matéria orgânica, ALG-alga, TEC-tecameba, ANE-anelídeo, ARA-aranha, MIC-microcrustáceo, NEM-nematoda, PLA-platelminto, IAQ-inseto aquático, ITE-inseto terrestre, FEX-fragmento de exoesqueleto, FVE-fragmento vegetal, ESC-escama. Siglas das espécies de peixes na Tabela I. Número (N) e comprimento padrão (CP máximo e mínimo em mm) dos indivíduos com conteúdo digestivo.
AscaN= 3: CP= 59-40
0,8 5,6
28,2
64,9
0,60
20406080
100
MO
R
ALG
TEC
FUN
AN
E
ARA MIC
NEM PL
A
IAQ
ITE
FEX
FVE
ESC
AscaN= 1; CP= 35
9,1
90,9
0
20
4060
80
100
MO
R
ALG
TEC
FUN
AN
E
ARA MIC
NEM PL
A
IAQ
ITE
FEX
FVE
ESC
ImirN= 10; CP= 71-46
1,6
22,8
68,7
6,9<0,0 <0,00
20
4060
80
100
MO
R
ALG
TEC
FUN
AN
E
ARA MIC
NEM PL
A
IAQ
ITE
FEX
FVE
ESC
ImirN= 8; CP= 74-37
0,3 0,2
71,4
27,8
0,30
20
40
60
80
100
MO
R
ALG
TEC
FUN
AN
E
ARA MIC
NEM PL
A
IAQ
ITE
FEX
FVE
ESC
CzebN= 2; CP= 54-53
1,7
96,7
0,80,8
0
20
4060
80
100
MO
R
ALG
TEC
FUN
AN
E
ARA MIC
NEM PL
A
IAQ
ITE
FEX
FVE
ESC
Capítulo III
71
ESPÉCIES DETRITÍVORAS
ESPÉCIE ONÍVORA Figura 2b – Porcentual (IA%) dos alimentos consumidos pelas espécies de peixes coletadas no trecho de Rápido do Córrego da Mata, nas estações seca (barras brancas) e chuvosa (barras pretas). MOR-matéria orgânica, ALG-alga, TEC-tecameba, ANE-anelídeo, ARA-aranha, MIC-microcrustáceo, NEM-nematoda, PLA-platelminto, IAQ-inseto aquático, ITE-inseto terrestre, FEX-fragmento de exoesqueleto, FVE-fragmento vegetal, ESC-escama. Siglas das espécies de peixes na Tabela I. Número (N) e comprimento padrão (CP máximo e mínimo em mm) dos indivíduos com conteúdo digestivo.
PcauN= 37; CP= 29-15
0,1 0,111,3 3,4 0,1
85,0
02040
6080
100
MO
R
ALG
TEC
FUN
AN
E
ARA MIC
NEM PL
A
IAQ
ITE
FEX
FVE
ESC
PcauN= 17; CP= 28-16
13,1 1,4<0,0<0,0
85,4
0
2040
6080
100
MO
R
ALG
TEC
FUN
AN
E
ARA MIC
NEM PL
A
IAQ
ITE
FEX
FVE
ESC
HancN= 3; CP= 50-35
99,7
0,2 0,10
2040
6080
100
MO
R
ALG
TEC
FUN
AN
E
ARA MIC
NEM PL
A
IAQ
ITE
FEX
FVE
ESC
HancN= 1; CP= 45
99
10
2040
6080
100
MO
R
ALG
TEC
FUN
AN
E
ARA MIC
NEM PL
A
IAQ
ITE
FEX
FVE
ESC
HisoN= 15; CP= 33-20
99,7
0,2<0,00
20
4060
80
100
MO
R
ALG
TEC
FUN
AN
E
ARA MIC
NEM PL
A
IAQ
ITE
FEX
FVE
ESC
HisoN= 16; CP= 33-19
<0,0
100,0
<0,00
20
40
60
80
100
MO
R
ALG
TEC
FUN
AN
E
ARA MIC
NEM PL
A
IAQ
ITE
FEX
FVE
ESC
AaltN= 2; CP= 56-54
9,9
46,5 42,3
1,40
20406080
100
MO
R
ALG
TEC
FUN
AN
E
ARA MIC
NEM PL
A
IAQ
ITE
FEX
FVE
ESC
Capítulo III
72
ESPÉCIE COM VARIAÇÃO SAZONAL NA DIETA
ESPÉCIES INSETÍVORAS Figura 3a – Porcentual (IA%) dos alimentos consumidos pelas espécies de peixes coletadas no trecho de Corredeira do Córrego da Mata, nas estações seca (barras brancas) e chuvosa (barras pretas). MOR-matéria orgânica, ALG-alga, TEC-tecameba, ANE-anelídeo, ARA-aranha, MIC-microcrustáceo, NEM-nematoda, PLA-platelminto, IAQ-inseto aquático, ITE-inseto terrestre, FEX-fragmento de exoesqueleto, FVE-fragmento vegetal, ESC-escama. Siglas das espécies de peixes na Tabela I. Número (N) e comprimento padrão (CP máximo e mínimo em mm) dos indivíduos com conteúdo digestivo.
PcauN= 13; CP= 32-16
42,8
0,3 2,4
50,8
3,5 0,20
20
40
60
80
100
MO
R
ALG
TEC
AN
E
MIC
MO
L
PLA
IAQ
ITE
FEX
FVE
ESC
PcauN= 14; CP= 31-16
0,713,1
86,1
<0,00
20
40
60
80
100
MO
R
ALG
TEC
AN
E
MIC
MO
L
PLA
IAQ
ITE
FEX
FVE
ESC
CzebN= 1; CP= 54
47,4 52,6
0
20
40
60
80
100
MO
R
ALG
TEC
AN
E
MIC
MO
L
PLA
IAQ
ITE
FEX
FVE
ESC
CzebN= 3; CP= 59-35
1,3 3,9
88,3
6,5
0
20
40
60
80
100
MO
R
ALG
TEC
AN
E
MIC
MO
L
PLA
IAQ
ITE
FEX
FVE
ESC
AscaN= 2; CP= 41-37
8,6
47,1
1,2
35,9
7,2
0
20
40
60
80
100
MO
R
ALG
TEC
AN
E
MIC
MO
L
PLA
IAQ
ITE
FEX
FVE
ESC
AscaN= 11; CP= 49-29
13,4
58,9
24,7
2,8 0,20
20
40
60
80
100
MO
R
ALG
TEC
AN
E
MIC
MO
L
PLA
IAQ
ITE
FEX
FVE
ESC
ImirN= 8; CP= 70-52
0,4 0,9
48,5 49,8
0,4<0,00
20406080
100
MO
R
ALG
TEC
AN
E
MIC
MO
L
PLA
IAQ
ITE
FEX
FVE
ESC
ImirN= 13; CP= 79-43
1,4 0,5
72,8
0,1
25,2
0,1<0,00
20
40
60
80
100
MO
R
ALG
TEC
AN
E
MIC
MO
L
PLA
IAQ
ITE
FEX
FVE
ESC
Capítulo III
73
ESPÉCIES DETRITÍVORAS
ESPÉCIE ONÍVORA Figura 3b – Porcentual (IA%) dos alimentos consumidos pelas espécies de peixes coletadas no trecho de Corredeira do Córrego da Mata, nas estações seca (barras brancas) e chuvosa (barras pretas). MOR-matéria orgânica, ALG-alga, TEC-tecameba, ANE-anelídeo, ARA-aranha, MIC-microcrustáceo, NEM-nematoda, PLA-platelminto, IAQ-inseto aquático, ITE-inseto terrestre, FEX-fragmento de exoesqueleto, FVE-fragmento vegetal, ESC-escama. Siglas das espécies de peixes na Tabela I. Número (N) e comprimento padrão (CP máximo e mínimo em mm) dos indivíduos com conteúdo digestivo.
HancN= 2; CP= 80-30
14,3
85,7
0
20
40
60
80
100
MO
R
ALG
TEC
AN
E
MIC
MO
L
PLA
IAQ
ITE
FEX
FVE
ESC
HancN= 3; CP= 74-43
97,7
0,7 0,2 1,30
20
40
60
80
100
MO
R
ALG
TEC
AN
E
MIC
MO
L
PLA
IAQ
ITE
FEX
FVE
ESC
HisoN= 19; CP= 32-20
100,0
<0,00
20406080
100
MO
R
ALG
TEC
AN
E
MIC
MO
L
PLA
IAQ
ITE
FEX
FVE
ESC
HisoN= 14; CP= 33-20
99,6
0,3 0,10
2040
6080
100
MO
R
ALG
TEC
AN
E
MIC
MO
L
PLA
IAQ
ITE
FEX
FVE
ESC
AaltN= 3; CP= 55-48
0,513,5
3,5
62,1
20,3
020
4060
80100
MO
R
ALG
TEC
AN
E
MIC
MO
L
PLA
IAQ
ITE
FEX
FVE
ESC
Capítulo III
74
ESPÉCIES COM VARIAÇÃO SAZONAL NA DIETA
ESPÉCIE ONÍVORA
Figura 4a – Porcentual (IA%) dos alimentos consumidos pelas espécies de peixes coletadas no trecho de Poção do Córrego da Mata, nas estações seca (barras brancas) e chuvosa (barras pretas). MOR-matéria orgânica, ALG-alga, TEC-tecameba, ANE-anelídeo, ARA-aranha, MIC-microcrustáceo, NEM-nematoda, PLA-platelminto, IAQ-inseto aquático, ITE-inseto terrestre, FEX-fragmento de exoesqueleto, FVE-fragmento vegetal, ESC-escama. Siglas das espécies de peixes na Tabela I. Número (N) e comprimento padrão (CP máximo e mínimo em mm) dos indivíduos com conteúdo digestivo.
AscaN= 24; CP= 74-28
3,8 4,7
36,754,7
<0,0<0,0
0
20
4060
80
100
MO
R
ALG
TEC
AN
E
ARA MIC
MO
L
PLA
IAQ
ITE
FEX
FVE
ESC
AscaN= 3; CP= 37-34
34,5 27,538
02040
6080
100
MO
R
ALG
TEC
AN
E
ARA MIC
MO
L
PLA
IAQ
ITE
FEX
FVE
ESC
CzebN= 1; CP= 50
72,7
27,3
0
20
4060
80
100
MO
R
ALG
TEC
AN
E
ARA MIC
MO
L
PLA
IAQ
ITE
FEX
FVE
ESC
CzebN= 1; CP= 60
2,7
43,853,5
0
20
40
60
80
100
MO
R
ALG
TEC
AN
E
ARA MIC
MO
L
PLA
IAQ
ITE
FEX
FVE
ESC
PcauN= 43; CP= 33-14
8,2 12,81,8 0,3<0,0<0,0
76,9
0
20
40
60
80
100
MO
R
ALG
TEC
AN
E
ARA MIC
MO
L
PLA
IAQ
ITE
FEX
FVE
ESC
PcauN= 42; CP= 37-10
72,6
25,6
1,6 0,1<0,0 <0,00
2040
6080
100
MO
R
ALG
TEC
AN
E
ARA MIC
MO
L
PLA
IAQ
ITE
FEX
FVE
ESC
AaltN= 26; CP= 70-30
0,1 0,4
21,8 17,2
60,4
<0,0 <0,00
20406080
100
MO
R
ALG
TEC
AN
E
ARA MIC
MO
L
PLA
IAQ
ITE
FEX
FVE
ESC
AaltN= 21; CP= 66-30
21,45,7
33,5 39,3
0,1<0,0<0,0
<0,0<0,00
20406080
100
MO
R
ALG
TEC
AN
E
ARA MIC
MO
L
PLA
IAQ
ITE
FEX
FVE
ESC
Capítulo III
75
ESPÉCIES INSETÍVORAS
ESPÉCIES DETRITÍVORAS Figura 4b – Porcentual (IA%) dos alimentos consumidos pelas espécies de peixes coletadas no trecho de Poção do Córrego da Mata, nas estações seca (barras brancas) e chuvosa (barras pretas). MOR-matéria orgânica, ALG-alga, TEC-tecameba, ANE-anelídeo, ARA-aranha, MIC-microcrustáceo, NEM-nematoda, PLA-platelminto, IAQ-inseto aquático, ITE-inseto terrestre, FEX-fragmento de exoesqueleto, FVE-fragmento vegetal, ESC-escama. Siglas das espécies de peixes na Tabela I. Número (N) e comprimento padrão (CP máximo e mínimo em mm) dos indivíduos com conteúdo digestivo.
ImirN= 3; CP= 54-45
0,8
67,9
31,3
020406080
100
MO
R
ALG
TEC
AN
E
ARA MIC
MO
L
PLA
IAQ
ITE
FEX
FVE
ESC
ImirN= 4; CP= 64-55
3,4
77,5
0,318,1
0,8<0,00
20
40
60
80
100
MO
R
ALG
TEC
AN
E
ARA MIC
MO
L
PLA
IAQ
ITE
FEX
FVE
ESC
RhamN= 1; CP= 52
2,3 2,711,4
76
7,6
0
20
40
60
80
100
MO
R
ALG
TEC
AN
E
ARA MIC
MO
L
PLA
IAQ
ITE
FEX
FVE
ESC
AdenN= 1; CP= 22
12,5
87,5
020406080
100
MO
R
ALG
TEC
AN
E
ARA MIC
MO
L
PLA
IAQ
ITE
FEX
FVE
ESC
HancN= 2; CP= 81-4499,0
1,00
20
40
60
80
100
MO
R
ALG
TEC
AN
E
ARA MIC
MO
L
PLA
IAQ
ITE
FEX
FVE
ESC
HancN= 1; CP= 75
100
0
20
40
60
80
100
MO
R
ALG
TEC
AN
E
ARA MIC
MO
L
PLA
IAQ
ITE
FEX
FVE
ESC
HisoN= 1; CP= 34
100,0
0
2040
6080
100
MO
R
ALG
TEC
AN
E
ARA MIC
MO
L
PLA
IAQ
ITE
FEX
FVE
ESC
Capítulo III
76
Figura 5 – Porcentual dos tipos de hábitos alimentares definidos para as espécies de peixes
coletadas nos três microhabitats amostrados no Córrego da Mata, Microbacia da Edgárdia.
Figura 6 – Porcentual dos tipos de hábitos alimentares definidos para as espécies de peixes
coletadas nos três microhabitats amostrados no Córrego da Mata, Microbacia da Edgárdia,
Figura 7 - Desenho esquemático da estrutura trófica da ictiofauna do trecho de Rápido do Córrego da Mata, nas estações seca (acima) e chuvosa (abaixo). Itens alimentares consumidos (elipses): MOR-matéria orgânica, ALG-alga, TEC-tecameba, FUN-fungo, ANE-anelídeo, ARA-aracnídeo, MIC-microcrustáceo, PLA-platelminto, NEM-nematoda, IAQ-inseto aquático, ITE-inseto terrestre, FEX-fragmento de exoesqueleto, FVE-fragmento vegetal, ESC-escama. Siglas das espécies de peixes (retângulos) na Tabela III.
Hanc
PLA
Imir Pcau
FVE
ANE
Asca Czeb
FEX
Hiso
Aalt
FVE
MOR
FUN
NEM
ITE
MIC
IAQ
ESC
ALG
FEX
Imir Pcau
FVE
IAQ
Hanc
ARA
Hiso
ITE
MOR
ALG
TEC
FVE
MIC
Asca
Capítulo III
78
Figura 8 - Desenho esquemático da estrutura trófica da ictiofauna do trecho de corredeira do Córrego da Mata, nas estações seca (acima) e chuvosa (abaixo). Itens alimentares ingeridos (elipses): MOR-matéria orgânica), ALG-alga, TEC-tecameba, ANE-anelídeo, MIC-microcrustáceo, MOL-molusco, PLA-platelminto, IAQ-inseto aquático, ITE-inseto terrestre, FEX-fragmento de exoesqueleto, FVE-fragmento vegetal, ESC-escama. Siglas das espécies de peixes (retângulos) na Tabela III.
Hanc
PLA
Imir Pcau
FVE
ANE
Czeb Asca FEX
Hiso
FVE
ALG
ITE
MIC
IAQ
MOR
FEX
Imir Aalt
FVE
IAQ
Czeb
TEC
Hiso
FVE
MOR
ALG
ANE
ITE
MIC Hanc
ITE
Pcau
Asca MOL
ESC
Capítulo III
79
Figura 9 - Desenho esquemático da estrutura trófica da ictiofauna do trecho de poção do Córrego da Mata, nas estações seca (acima) e chuvosa (abaixo). Itens alimentares ingeridos (elipses): MOR-matéria orgânica, ALG-alga, TEC-tecameba, ANE-anelídeo, ARA-aracnídeo, MIC-microcrustáceo- MOL-molusco, PLA-platelminto, IAQ-inseto aquático, ITE-inseto terrestre, FEX-fragmento de exoesqueleto, FVE-fragmento vegetal, ESC-escama. Siglas das espécies de peixes (retângulos) na Tabela III.
ARA
Pcau Aalt
ITE
MIC
Hiso
TEC
Rham
FVE
MOR
ESC
FEX
ITE
MOL
Asca
FVE
Hanc
Imir
IAQ
Aden
Czeb ANE
Aalt
TEC
Pcau Asca
FVE
IAQ
Hanc
Czeb
MIC
Imir
ITE
FEX
ITE
PLA
MOR
ARA
FVE
ALG
ANE
CONCLUSÕES GERAIS
Conclusões Gerais
80
CONCLUSÕES GERAIS
Na Microbacia da Edgárdia, a análise espacial, ao nível meso-hábitat (riachos da
mesma microbacia), e sazonal da composição da ictiofauna mostrou:
Uma comunidade mais homogênea no Córrego da Mata, sem grande dominância de
espécies oportunistas e sem grandes alterações sazonais na estrutura da ictiofauna,
estabilidade ambiental provavelmente fornecida pela preservação da mata ciliar.
Maior abundância e menor diversidade e equitabilidade no Córrego do Pasto, onde
ocorreu dominância de P. caudimaculatus.
Maior riqueza de espécies no Córrego da Várzea, ambiente com comunicação
direta com o Rio Capivara através dos bancos de macrófitas.
Variação sazonal na estrutura da ictiofauna, com valores menores de abundância e
maiores de riqueza na estação seca, quando um conjunto de espécies transitórias se
associa à comunidade residente.
Menores valores de similaridade para o Córrego da Várzea provavelmente
relacionados com suas características fisiográficas e hidrológicas próprias e
bastante distintas dos outros dois riachos estudados, com uma mudança sazonal
bastante evidente na sua estrutura, e conseqüentemente na composição da sua
ictiofauna.
Na Microbacia da Edgárdia, a análise espacial, ao nível meso-hábitat (riachos da
mesma microbacia), e sazonal da estrutura trófica da ictiofauna mostrou:
O Córrego da Mata apresentou maior estabilidade sazonal na dieta das espécies de
peixes, reforçando a grande importância da mata ciliar para a manutenção do
equilíbrio do riacho.
Os córregos nas áreas de pasto e de várzea mostraram variação sazonal na dieta das
espécies de peixes, o que pode estar refletindo uma maior instabilidade ambiental a
que estes córregos estão submetidos, devido à ausência de mata ciliar tamponando
o ambiente contra as flutuações nas características ambientais.
Nos três riachos e nas duas estações do ano foi verificada uma grande importância
de insetos aquáticos como fonte alimentar e uma predominância do hábito
insetívoro.
Quanto à organização trófica, no geral foi observada maior riqueza de espécies e
maior número de ligações tróficas durante a estação seca, porém os valores de
Conclusões Gerais
81
densidade de elos (relação entre o número de ligações tróficas e de espécies) e de
recursos (relação entre o número de recursos consumidos e o número de espécies)
foram mais elevados na estação chuvosa, nos três riachos, mostrando maior
complexidade da estrutura trófica durante este período.
No Córrego da Mata, a análise espacial, ao nível micro-hábitat (rápido, corredeira
e poção), e sazonal da ictiofauna mostrou:
Os micro-hábitat de rápido e corredeira apresentaram abundância e riqueza de
espécies de peixes semelhantes entre si e menores do que no poção. Estes dois
micro-habitat também se assemelharam quanto aos índices de diversidade e
equitabilidade.
O micro-hábitat de poção, apesar de apresentar os maiores valores de abundância e
riqueza de espécie, apresentou os menores índices de diversidade e equitabilidade.
Quanto à variação sazonal, o valor maior de diversidade na estação chuvosa do
rápido e poção pode estar relacionado com um aumento da área do micro-hábitat
neste período de maior pluviosidade. Por outro lado, nas corredeiras o maior stress
ambiental causado pelo aumento da velocidade da correnteza na estação chuvosa
pode estar relacionado com a menor diversidade nesta estação.
No poção foram encontradas mais espécies com variação sazonal na dieta, quando
comparado aos outros dois micro-hábitat.
Os porcentuais de hábitos alimentares também salientaram as diferenças espaciais
na estrutura trófica, com predomínio de insetivoria no poção, principalmente na
estação seca, de insetivoria e detritivoria na corredeira e de detritivoria no rápido,