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20 TN Petrleo Estudante
ma das principais fontes de energia no planeta Terra nos
temposmodernos, o petrleo tem seus primeiros registros histricos
h4000 anos a.C., quando apareceram as primeiras exsudaes
eafloramentos no Oriente Mdio (onde esto algumas das
maioresreservas do mundo).
H diversas teorias a respeito do surgimento do petrleo nomundo,
porm a mais aceita a de que ele surgiu do acmulo derestos orgnicos
de animais e plantas (plncton marinho e lacustre;algas, diatomceas,
peixes, moluscos, plantas superiores, etc.) nofundo de lagos e
mares, sofrendo transformaes qumicas ao longode milhares de
anos.
O betume (tambm chamado de pez natural) foi o
primeirohidrocarboneto usado pelos povos da Mesopotmia, do Egito,
daPrsia e da Judia, na pavimentao de estradas,
calafetao,aquecimento e iluminao de casas, bem como lubrificantes e
atlaxativo. Trata-se de uma mistura slida, pastosa ou mesmo
lquidade compostos qumicos que aflora naturalmente, mas que pode
serobtida em um processo de refino.
O uso blico (leo inflamado) comeou na era crist, pelosrabes, que
o utilizavam ainda na iluminao. H registros de queo petrleo de
Baku, no Azerbaijo, j era produzido em escalacomercial, dentro dos
padres da poca, quando Marco Plo viajoupelo norte da Prsia, em
1271.
A histria do petrleo no mundo comea na Pensilvnia (EUA),em 1859,
onde o primeiro poo de petrleo foi descoberto. Ele foiencontrado em
uma regio de pequena profundidade (21 m), aocontrrio das escavaes
realizadas hoje, que chegam a milharesde metros.
Em princpio era extrado apenas o querosene para iluminao,mas com
o advento da indstria automobilstica (Ford fabrica oprimeiro modelo
em 1896) e do avio, somado sua utilizao nasguerras, tornou-se o
principal produto estratgico do mundomoderno. As maiores cem
empresas do nosso sculo esto ligadas
PETRLEOA palavra petrleo vem do latimpetroleum, petrus, pedra e
oleum, leo,do grego pet???a???(petrelaion)leo da pedra.
U
petrleo
Foto
: Key
ston
e
por Fernanda Romero
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TN Petrleo Estudante 21
PETRLEO NO MUNDO PRODUO* CONSUMO*
PAS/REGIO 2007 Variao 2006-2007 2007 Variao 2006-2007
Amrica do Norte 13.665 - 0.5% 25.024 0.4%
Amrica Sul/Central 6.633 - 3.6% 5.493 5.0%
Europa e Eurosia 17.835 1.5% 20.100 -2.0%
Oriente Mdio 25.176 -1.8% 6.203 4.4%
frica 10.318 3.2% 2.955 4.6%
sia/Pacfico 7.907 0.3% 25.444 2.3%
TOTAL MUNDIAL 81.533 -0.2% 85.220 1.1%*Milhes de barris/dia
Fonte: BP
Foto
: Key
ston
e
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22 TN Petrleo Estudante
ao automvel ou pelo petrleo.E os nomes de John Rockeffeler(que
fundou a Standard Oil em1870), Paul Getty, LeopoldHammer, Alfred
Nobel, NubarGulbenkian e Henry Fordtornaram-se
mundialmenteconhecidos por estarem associa-dos ao petrleo ou ao
autom-vel.
A seguir, uma breve cronolo-gia do petrleo.1859 O coronel Drake
perfura
o primeiro poo de petrleona Pensilvnia, com 21 mde
profundidade.
1868 John Rock-feller cria a Stan-dard Oil. A empre-sa deu
origem agigantes, comoExxon, Mobil e Chevron.
1876 O estado da Califrniacomea a produzir petrleoe a Rssia
passa a exportar.A cotao nesta poca estem torno de US$ 45,58.
1904 criada a Anglo-Per-sian, que no futuro se
transformaria na BritishPetroleum. Quatro anosdepois, a empresa
descobrepetrleo no Ir.
1922 A Shell descobre umpoo gigante de Maracai-bo, na
Venezuela.
1948 Descoberto poo gigantena Arbia Saudita. Comeaa recuperao
aps aSegunda Guerra Mundial.As cotaes do petrleoesto em torno de U$
15,59.
1951 Acontece a primeiracrise do petrleo devido nacionalizao dos
poosda British Petroleum no Irpelo ministro Mossadegh.
1956 Deslancha-se a segundacrise do petrleo, com anacionalizao
do Canal deSuez pelo ento presidentedo Egito, Gamal
Nasser.Inglaterra e Frana inter-vm militarmente na regioe Israel
avana sobre oMonte Sinai.
1960 Fundao da Organiza-o dos Pases Exportado-res de Petrleo
(Opep)pelos pases rabes, emBagd.
1967 D-se a terceira crise dopetrleo, decorrente da
Guerra dos Seis Dias, entreIsrael e pases rabesvizinhos.
1969 descoberto petrleo noMar do Norte.
1973 A quarta crise do petr-leo provoca o chamadoprimeiro grande
choquecom a Guerra do YonKippur. O preo nominaldo barril saltou de
U$ 2,90para U$ 12. No ano seguin-te, acontece o embargo aopetrleo
rabe aos EUA eEuropa e as cotaeschegam a U$ 44,45 o barril.
1979 Quinta crise do petrleo,que causou o segundogrande choque,
provocadopela revoluo iraniana e aGuerra Ir-Iraque. Preosai de U$
13 para U$ 34 obarril.
1989 O petroleiro ExxonValdez derrama 40 mil mde leo no Alasca,
um dosmaiores desastres ecolgi-cos do setor.
1990 Iraque invade o Kuwaite gera a sexta crise dopetrleo.
1998 A crise financeira dasia resulta em sriosproblemas
econmicos.
Coronel Drake (com barba) em frente ao seuprimeiro poo de
petrleo, na Pensilvnia, EUA.
petrleo
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TN Petrleo Estudante 23
O preo do petrleo vaipara U$ 15,20 o barril.
2005 Cotao chega a nveisrecordes e atinge U$ 70,85o barril, com
a passagemdo furaco Katrina peloGolfo do Mxico, nos EUA,e pelo
crescimento econ-mico da China.
2006 A cotao do barril dopetrleo manteve-se acimade U$ 70 a
partir de abril,atingindo o recorde deU$ 78, em maio, em funodo
conflito entre Israel e oHezbollah, no sul doLbano. Outros
fatores,como a crescente tensoentre Estados Unidos,Coria do Norte e
Irtambm influenciam nopreo do leo no mundo.
2007 O preo do barril dopetrleo atinge, em setem-bro, novo
recorde, cotadoacima dos 90 dlares naBolsa de Nova York. A altado
petrleo impulsiona-da por temores em relaoao fornecimento do
produ-to, associados s tensesna fronteira da Turquiacom o Iraque e
peladesvalorizao do dlarfrente ao euro. A cotaodo barril j vinha
sendocrescente desde agosto,com a crise das hipotecasimobilirias de
alto risconos Estados Unidos (osubprime).
2008 Novo recorde: o preodo barril do petrleo cotado a US$
140,00.
Natureza e origemO petrleo uma
substncia oleosa,inflamvel, menosdensa que a gua, comcheiro
caracterstico ede cor variando entre o
negro e o castanho escuro.Embora objeto de muitas dis-cusses no
passado, hoje se temcomo certa a sua origem orgni-ca, sendo uma
combinao demolculas de carbono e hidro-gnio.
Admite-se que esta origemesteja ligada decomposiodos seres que
compem oplncton organismos emsuspenso nas guas doces ousalgadas
tais como protozorios,celenterados e outros causadapela pouca
oxigenao e pelaao de bactrias.
Estes seres decompostosforam, ao longo de milhes deanos, se
acumulando no fundodos mares e dos lagos, e, porserem pressionados
pelosmovimentos da crosta terrestre,transformaram-se na
substnciaoleosa que o petrleo.
Ao contrrio do que sepensa, o petrleo no permane-ce na rocha
onde foi gerado arocha matriz mas desloca-seat encontrar um terreno
apro-priado para se concentrar. Estesterrenos so denominadosbacias
sedimentares, e estasso formadas por camadas oulenis porosos de
areia, areni-tos ou calcrios. O petrleoaloja-se ali, ocupando os
porosrochosos como forma de la-gos. Ele se acumula,
formandojazidas. Ali so encontrados ogs natural, na parte mais
alta,e petrleo e gua nas maisbaixas.
A natureza complexa dopetrleo resultado de mais de1.200
combinaes diferentes de
hidrocarbonetos. E ele podeocorrer nos estados: slido asfalto;
lquido leo cru egasoso gs natural.
O petrleo constitui aprincipal fonte de energia naatualidade. O
fato de o petrleoser um recurso esgotvel, aliadoao seu elevado
valor, fizeramcom que o combustvel setornasse um elemento
causadorde grandes mudanas geopolti-cas e socioeconmicas em todoo
mundo.
Alm de servir como basepara a fabricao da gasolina,principal
combustvel para osveculos automotores utiliza-dos no mundo, tambm
resultaem vrios outros produtos,como nafta, querosene,
lubrifi-cantes, etc.
Por ser a principal fonteenergia do planeta, o petrleoj foi
motivo de algumas guer-ras. Entre elas, tm destaque aPrimeira
Guerra do Golfo, aGuerra Ir-Iraque, a luta pelaindependncia da
Chechnia e,a mais recente, a invaso doIraque por tropas
norte-ameri-canas, em 2003. Sem dvida, aexistncia de petrleo
sinni-mo de riqueza e poder para umpas. O combustvel se tornouainda
mais valorizado aps acriao, no Oriente Mdio, daOpep (Organizao dos
PasesExportadores de Petrleo), quenasceu com o fim de
controlarpreos e volumes de produo.
Hoje, os dez maiores produ-tores de petrleo do mundo so:Arbia
Saudita, Rssia, EstadosUnidos, Ir, China, Mxico,Canad, Emirados
rabesUnidos, Venezuela e Noruega.
Bacias sedimentaresAs rochas sedimentares so
derivadas de restos e detritosde outras rochas
preexistentes.
Exxon Valdez
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24 TN Petrleo Estudante
O intemperismo faz com que asrochas magmticas, metamrfi-cas ou
sedimentares estejamconstantemente sendo altera-das. O material
resultante transportado pela gua, pelovento ou pelo gelo e, por
fim,depositado como um sedimento.Deve haver, ento, uma com-pactao
ou cimentao domaterial para ele se transformarem rocha
sedimentar.
O Brasil possui 6.430.000km de bacias sedimentares,dos quais
4.880.000 km emterra e 1.550.000 km em plata-forma continental. No
entanto,para a formao de petrleo necessrio que as bacias te-nham
sido formadas em condi-es muito especficas. Emgeral, so reas em que
suces-ses espessas de sedimentosmarinhos foram soterrados agrandes
profundidades.
Grande parte dos hidrocar-bonetos explorados no mundointeiro
provm de rochassedimentares. Se se falar emidade, praticamente 60%
pro-vm de sedimentos cenozicos,pouco mais de 25% de
depsitosmesozicos e cerca de 15% desedimentos paleozicos. NoBrasil,
a maior parte da produ-o est ligada a sedimentosmesozicos. Existem
dois tiposde bacias petrolferas: onshore eoffshore.Onshore quando a
bacia terrestre. So originadas deantigas bacias
sedimentaresmarinhas.Offshore quando a bacia estna plataforma
continental ou aolongo da margem continental.
Quase todas as baciaspetrolferas brasileiras encontra-se
offshore. A explorao depetrleo onshore reduzida no
Brasil, devido ao baixo potencialde nossas bacias em terra
nacomparao com as jazidasdescobertas em guas profundas.
Condies para formaoInicialmente deve haver a
matria orgnica adequada gerao do petrleo. Este materialorgnico
deve ser preservado daao de bactrias aerbias.O material orgnico
depositadono deve ser movimentado porlongos perodos. A
matriaorgnica em decomposio porbactrias anaerbias deve sofrer aao
de temperatura e pressopor perodos longos.
O incio do processo deformao do petrleo estrelacionado com o
incio dadecomposio dos primeirosvegetais que surgiram na
Terra.Grande parte dos compostosidentificados no petrleo deorigem
orgnica, mas at que amatria chegue ao estado deextrao so necessrias
condi-es especiais e o ambientemarinho rene tais condies.
No ambiente marinho est aplataforma continental, a regioque mais
produz matriaorgnica. Os mares rasostambm podem receber
grandeaporte de matria orgnica.Embora semelhante ao carvoquanto
composio (hidrocar-boneto), o petrleo possui certascaractersticas
especiais: por serfluido pode migrar para almde sua fonte geradora
e acumu-lar-se em estruturas sedimenta-res. O petrleo em geral
ocorreem rochas sedimentares deposi-tadas sob condies marinhas.
Os egpcios utilizavam opetrleo como um dos elemen-tos para o
embalsamamento deseus mortos, alm de emprega-rem o betume na unio
dosgigantescos blocos de rochas
Distribuio dos blocos de explorao de petrleo, de acordo com a
Nona Rodada de Licitaes, ANP.
petrleo
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TN Petrleo Estudante 25
das pirmides. No continenteamericano, os incas e os
astecasconheciam o petrleo e, aexemplo dos povos da Mesopo-tmia, o
empregavam na pavi-mentao de estradas.
O petrleo aproveitado pelascivilizaes antigas era aqueleque
aflorava superfcie dosolo. Uma das peculiaridadesdo petrleo a
migrao, ouseja, se ele no encontrarformaes rochosas que, porserem
impermeveis, o pren-dam, sua movimentao nosubsolo ser constante,
com aconseqente possibilidade deaparecer superfcie.
A partir de 1920, os trans-portes terrestres, martimos eareos
passaram a consumirquantidades cada vez maioresdo novo combustvel.
J em1930, surgiu a indstria petro-qumica, tendo como base opetrleo
na produo de nume-rosos equipamentos, objetos,produtos, etc.
Nessa poca, o subprodutoindesejvel passou a ser oquerosene, ento
pouco utiliza-do. Apenas com o advento dosavies a jato, em 1939,
essecombustvel voltou a ser consu-mido em grande escala.
Dessa forma, a indstria derefino teve grande impulso,garantindo
o abastecimento demilhes de veculos e o funciona-mento dos parques
industriais.A gasolina passou a ser oprincipal derivado do
petrleo,enquanto ocorria uma amplia-o do sistema de
estradas,exigindo mais asfalto. Em 1938,30% da energia consumida
nomundo provinham do petrleo.
Mas as duas crises sucessivasdo petrleo (1951 e 1956) levarama
uma reconsiderao da polticainternacional em relao a esseproduto, e
os pases dependentes
do petrleo intensificaram a buscade fontes de energia
alternativas.Microorganismos marinhos (cha-mados plnctons), na
ausncia deoxignio, se transformaram, aolongo de milhes de anos,
nosconstituintes do petrleo (hidrocar-bonetos, animais, tiolcoois,
etc.).
Comercialmente, existemdois tipos de petrleo: o leve(de onde
tirada a gasolina) eo pesado (com maior proporode querosene e leos
combust-veis). O petrleo leve tem maiorcotao no mercado mundial,por
causa do elevado consumode gasolina.
O petrleo possui umamistura de compostos orgnicos,na qual
predominam os alcanos. a mais importante fonte deenergia (atravs da
queima dosalcanos) e constitui a matria-prima da indstria
petroqumica,responsvel pela manufatura demilhares de produtos de
consu-mo dirio, tais como: plsticos,adubos, corantes,
detergentes,lcool comum, acetona, gshidrognio, etc.
As maiores reservas depetrleo (mais de 50%) mundiaisesto nos
pases banhados peloGolfo Prsico. Os lenis petro-
No alto, batimetria das Bacias de Santos, Campos e do Esprito
Santo.Logo abaixo, exemplo de uma seo ssmica.
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26 TN Petrleo Estudante
lferos ocorrem em cavidadesque podem atingir at 7.000 mde
profundidade, no continenteou em plataformas submarinas.Juntamente
com o petrleoencontra-se gua salgada e gsnatural (sob presso).
Migrao e reservatriosChamamos de migrao o
caminho que o petrleo faz doponto onde foi gerado at ondeser
acumulado. Devido altapresso e temperatura, oshidrocarbonetos so
expelidosdas rochas geradoras, e migrampara as rochas adjacentes.A
partir da migrao queo petrleo ter chances de seacumular em um
reservatrioe formar reservas de interesseeconmico.
A migrao ocorre em doisestgios: Migrao primria: movi-mentao dos
hidrocarbonetosdo interior das rochas fontes epara fora destas;
Migrao secundria: emdireo e para o interior
dasrochas-reservatrios.
A prxima etapa a acumu-lao. Devido a falhas estrutu-rais no
subsolo, ou ento devidoa variaes nas propriedadesfsicas das rochas,
o processo demigrao interrompido e oshidrocarbonetos vo se
acumu-lando nas rochas-reservatrios,as quais devem ser porosas
epermeveis, pois o petrleopode ser encontrado nos espa-os
existentes nestas rochas, eele s poder ser extrado se arocha for
permevel. A rocha,ou conjunto de rochas, quedever ser capaz de
aprisionaro petrleo aps sua formao,evitando que ele escape, so
asarmadilhas.
Derivados do petrleoTodos derivados de petrleo
passam por processos bsicosde refino em destilao atmosf-rica e a
vcuo, conhecida comodestilao fracionada e divi-dem-se em diversas
categoriascomo: Lubrificantes que vm dabetuminosa: os leos
minerais,graxos, sintticos. Combustveis base degasolina, leo
diesel, leocombustvel, querosene deaviao, gases naturais. Insumos
para petroqumica:nafta, gasleo. Outros: solventes, asfalto,coque,
parafinas.
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petrleo
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TN Petrleo Estudante 27
Os derivados mais conheci-dos so: gs liquefeito (GLP) ougs de
cozinha, gasolinas,naftas, leo diesel, querosenesde aviao e de
iluminao,leos combustveis, asfalto,lubrificantes,
combustveismartimos, solventes, parafinase coque de petrleo.
Armadilhas do petrleoTambm conhecidas por
trapas, so estruturas geolgi-cas que permitem a acumulaode leo
ou gs. So as rochasou conjunto de rochas quedevero ser capazes de
aprisio-nar o petrleo aps sua forma-o, evitando que ele escape.
A armadilha ideal deveapresentar:1. Rochas-reservatrio
adequa-das, ou seja, porosidade entre15% e 30%; 2. Condies
favor-veis para a migrao do petrleodas rochas-fonte para as
rochas-reservatrio (permeabilidadedas rochas); 3. Um
selanteadequado para evitar a fuga dopetrleo para a superfcie.
RefinoApesar de a separao da
gua, leo, gs e slidos produ-zidos ocorrer em estaes ou naprpria
unidade de produo, necessrio o processamento erefino da mistura de
hidrocarbo-netos provenientes da rocha-reservatrio, para a
obtenodos componentes que seroutilizados nas mais diversasaplicaes
(combustveis,lubrificantes, plsticos, fertili-zantes, medicamentos,
tintas,tecidos, etc.).
As tcnicas mais utilizadasde refino so:1. destilao,2.
craqueamento trmico,3. alquilao4. craqueamento cataltico.
ExploraoO ponto de partida na busca
do petrleo a explorao,atividade em que se realizamos estudos
preliminares para alocalizao de uma jazida. Paraidentificar a
localizao dopetrleo e decidir qual a melhorforma de extra-lo de
poos emterra ou no mar, o homem usaconhecimentos de Geologia
eGeofsica.
A reconstruo da histriageolgica de uma rea, pormeio da observao
de rochase formaes rochosas, determi-na a probabilidade da
ocorrn-cia de rochas-reservatrios.
A utilizao de mediesgravimtricas, magnticas essmicas permite o
mapeamentodas estruturas rochosas ecomposies do subsolo.A definio
do local com maiorprobabilidade de um acmulode leo e gs tem por
base asinergia entre a Geologia, aGeofsica e a
Geoqumica,destacando-se a rea de Geoen-genharia de
Reservatrios.
TransportePelo fato de os campos
petrolferos no serem localiza-dos, necessariamente, prximosdos
terminais e refinarias deleo e gs, necessrio otransporte da produo
porembarcaes, caminhes,vages ou tubulaes (oleodu-tos e
gasodutos).
DistribuioOs produtos finais das
estaes e refinarias (gsnatural, gs residual, GLP,gasolina,
nafta, querosene,lubrificantes, resduos pesadose outros destilados)
so comer-cializados com as distribuido-ras, que se incumbem
deoferec-los, na sua formaoriginal ou aditivada, ao consu-midor
final.
Unidades de produo(plataformas)Fixa plataforma com estruturade
sustentao fixa sobre o solomarinho, cujas pernas soestaqueadas no
fundo do mar.
Plataforma fixa alto-elevatria
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28 TN Petrleo Estudante
Esta estrutura pode ser metli-ca, chamada jaqueta metlica,ou de
concreto. A profundidadeno local de posicionamento daplataforma no
supera os 100 a120 m. O Brasil possui diversasplataformas fixas,
com jaquetametlica, como em Enchova eGaroupa.
Fixa alto-elevatria (jack-uprig) plataforma com estruturade
sustentao que se apiasobre o fundo marinho, mas quepossui altura
varivel. Temlimite de profundidade ditadopelo comprimento das
pernasde sustentao. A plataformaflutua at seu local de
posicio-namento, quando as pernas desustentao descem at o fundodo
mar, posicionando a estrutu-ra. Este tipo de plataforma
podeexecutar operao de produoe perfurao, ou ambos.
FPSO (floating, production,storage and offloading) plataforma
flutuante em umcasco modificado de um navio,em geral um petroleiro.
Repre-senta uma unidade de produode petrleo flutuante, comunidade
de armazenamento,unidade de processamento esistema de transbordo
(transfe-
rncia) do petrleo produzido.Tambm podem ser construdosnavios
especificamente paraeste objetivo. Nas bacias sedi-mentares
brasileiras h muitosexemplos de FPSOs operando,tais como as P-34,
P-43, P-48,P-50 e P-53.
FSO (floating, storage andoffloading) plataforma flutuan-te cuja
nica diferena quandocomparada FPSO no produ-zir hidrocarbonetos,
somente osarmazena e promove seu trans-bordo (transferncia para
naviosaliviadores ou dutos).
FPDSO (floating, production,drilling, storage and offloa-ding)
plataforma flutuantede produo de petrleo e gs,perfurao, armazenagem
etransbordo da produo. Estadescrio aplica-se tambm aoFPSO, exceto
quanto perfura-o (drilling).
FPS (floating productionsystem) sistema de produoflutuante, cuja
denominaopode se aplicar a uma platafor-ma semi-submersvel.
Semi-submersvel plataformana qual a superestrutura estapoiada
sobre conjunto deflutuadores que ficam poucoabaixo do nvel do mar.
Pode-mos exemplificar com as plata-formas P-20, P-25, P-26, P-51
eP-52. Pode realizar operaesde produo de hidrocar-bonetos,
processamento eoffloading (transferncia doleo), mas no de
armazena-gem. No possui limites deprofundidade at o fundo domar,
pois flutua na superfcie.
Sonda de perfurao (semisub-mersible drilling, drillship)
plataforma ou navio usado pararealizar perfuraes no solomarinho
(offshore), objetivandoverificar a existncia de hidro-carbonetos,
delimitar campo,etc. Possui uma torre de perfu-rao, na qual os
componentesso montados para a realizaoda operao.
Spar plataforma flutuanteapoiada sobre um ou maiscilindros
metlicos. Uma estru-tura metlica poder comple-mentar este cilindro.
Possuisistemas de produo, processa-mento e transbordo. Poderpossuir
risers rgidos.
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FPSO P-53
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A semi-submersvel P-52
petrleo
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TN Petrleo Estudante 29
O ciclo do petrleo
Em 1938, foi perfurado oprimeiro poo de petrleoem territrio
nacional. Foino municpio de Lobato, nabacia do Recncavo Baiano.Com
a criao do Conselho deNacional de Petrleo (CNP), ogoverno passou a
planejar,organizar e fiscalizar o setorpetrolfero.
Em 1953, Getlio Vargascriou a Petrobras e instituiu omonoplio
estatal na extrao,transporte e refino de petrleono Brasil; monoplio
exercidoat 1995. Com a crise do petr-leo, em 1973, houve a
necessi-dade de se aumentar a produ-o interna para diminuir
aimportao de petrleo, mas aPetrobras no tinha capacidadede
investimento.
O governo brasileiro, diantedessa realidade, autorizou aextrao
por parte de gruposprivados, atravs da lei doscontratos de risco.
Se umaempresa encontrasse petrleo,os investimentos feitos
seriamreembolsados e ela se tornariascia da Petrobras naquela
rea.Caso a procura resultasse emnada, a empresa arcaria sozi-nha
com os prejuzos da pros-peco.
Foram feitos dez contratoscom empresas nacionais e
estrangeiras, mas nenhumaachou petrleo. Desde 1988,com a
promulgao da Consti-tuio Federal, esses contratosesto proibidos, o
que significaa volta do monoplio de extra-o da Petrobras.
Em 1995, foi quebrado omonoplio da Petrobras naextrao,
transporte, refino eimportao de petrleo e seus
derivados. Desde ento, oEstado pode contratar empresasprivadas
ou estatais que queriam atuar no setor.
Possuindo 13 refinarias, 11delas pertencentes Unio, oBrasil
ainda precisa importarleo refinado. O petrleosempre refinado junto
aoscentros, ou seja, prximo aosgrandes centros consumidores,isso
ajuda a diminuir os gastoscom transportes.
Em 1973, o Brasil produziaapenas 14% do petrleo queconsumia, o
que nos colocavanuma posio bastante frgil etornava a nossa economia
suscet-vel s oscilaes externas no preodo barril. J em 1999, o
pasproduzia cerca de 62% das neces-sidades nacionais de
consumo.
Essa diminuio da depen-dncia externa relaciona-se descoberta de
uma importantebacia petrolfera em alto-mar, naplataforma
continental deCampos, litoral Norte do estadodo Rio de Janeiro.
Hoje essabacia ainda responsvel pormais de 65% da produonacional de
petrleo.
Ainda na plataforma conti-nental, destacam-se os estadosde
Alagoas, Sergipe e Bahia,que juntos so responsveis porcerca de 14%
da produo do
no Brasil
P-2, o primeiro navio-sonda a operarna Bacia de Campos
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30 TN Petrleo Estudante
petrleo bruto. No continente, area mais importante Mosso-r,
seguida do RecncavoBaiano.
Mais da metade do petrleoconsumido no Brasil gasto nosetor de
transporte, cujo modelode desenvolvimento o rodo-viarismo. Essa opo
a quemais consome energia no
transporte de mercadorias epessoas. Por isso h a necessi-dade de
o pas investir emtransportes ferrovirios ehidrovirios, para
diminuircustos e o consumo de umafonte no renovvel de energia.
A sociedade atual ou socie-dade da informao extrema-mente
dependente do petrleo
para o seu desenvolvimento.Como se trata de um combust-vel fssil
e, portanto, de umafonte de energia no renov-vel, suas reservas
esto seesgotando pouco a pouco.Apesar dos srios impactoscausados ao
meio ambiente,sua alta viabilidade econmicafaz com que ele continue
sendoexplorado.
Aps a quebra do monoplioda Petrobras, surgiram diversosnovos
players na explorao.Criou-se, ento, em 1998,Agncia Nacional do
Petrleo(ANP), rgo subordinado aoMinistrio de Minas e
Energia,encarregado da regulamentaodas atividades de
explorao,refino, armazenagem, transpor-te e consumo de petrleo.
Em suma, a histria do petr-leo no Brasil pode ser dividida
emquatro fases distintas:1. At 1938, com as exploraessob o regime
da livre iniciativa.Neste perodo, a primeirasondagem profunda foi
realiza-da entre 1892 e 1896, no muni-cpio de Bofete, estado de
SoPaulo, por Eugnio FerreiraCamargo.2. Nacionalizao das riquezasdo
nosso subsolo, pelo governofederal e a criao do ConselhoNacional do
Petrleo, em 1938.3. Estabelecimento do monop-lio estatal, durante o
governode Getlio Vargas que, a 3 deoutubro de 1953, promulgou aLei
2004, criando a Petrobras.Foi uma fase marcante nahistria do nosso
petrleo, pelofato de a Petrobras ter nascidodo debate democrtico,
aten-dendo aos anseios do povobrasileiro e defendida pordiversos
partidos polticos.4. Flexibilizao do monoplio,conforme a Lei 9.478,
de 6 deagosto de 1997.
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Auto-suficinciaA decreto de nacionalizao
de Evo Morales, presidente daBolvia acabou ofuscando
ascomemoraes do governobrasileiro pela auto-suficinciaem petrleo no
Brasil, anuncia-da 10 dias antes, em 21 de abrilde 2006, durante o
incio dasoperaes da plataforma P-50,na Bacia de Campos, quecontou
com a presena dopresidente Luiz Incio Lula daSilva. A estrutura a
maior emoperao no Brasil, acrescen-tando produo nacional 180mil
barris de petrleo diaria-mente.
Unidade flutuante do tipoFSPO (produz, processa,armazena e escoa
o leo e ogs), a P-50 responde sozinhapor 11% de todo o leo
extradono pas. Alm de produzirpetrleo, a plataforma temcapacidade
de comprimir seismilhes de metros cbicos degs natural e de estocar
outros1,6 milho de barris de petr-leo. Problemas na
plataforma,porm, atrasaram em doismeses a to sonhada
auto-suficincia sustentada. A estatal
fechou o ano com produo dequase 2 milhes de barris pordia 200
milhes a mais que oconsumo mdio do pas, de 1,8milho de barris por
dia.
De acordo com o conceitoadotado pela Petrobras, a
auto-suficincia conquistada apartir do momento em que
hdisponibilidade de petrleoproduzido nos campos nacio-nais em
volume igual ou supe-rior ao consumo e capacidadede refino do pas
para atender demanda do mercado brasileiro.
Pr-Sal Uma longa histriaTupi. Este o nome informal
do campo de petrleo quecolocou os holofotes da inds-tria
internacional de petrleosobre o Brasil. Na seqnciavieram Jpiter e
os demaiscampos do chamado pr-sal:Parati, Carioca, Bem-te-vi
eCaramba, entre outros, porenquanto.
O pr-sal, uma rea que seestende por 800 km, do EspritoSanto a
Santa Catarina, e podeconter bilhes de barris de leoequivalente
(boe). Somente nocampo de Tupi, na bacia de
Santos, a reserva estimada pelaestatal de entre 5 e 8 bilhesde
boe.
O Brasil tomou conhecimen-to da chamada camada do pr-sal em
novembro de 2007,quando a Petrobras veio apblico informar sobre a
desco-berta do megacampo de Tupi,na Bacia de Campos. Mas opotencial
desta nova fronteiraexploratria j tinha sido objetode reportagem na
revista TNPetrleo, que em 2002 entrevis-tou o gelogo e especialista
emssmica Mrcio Rocha Mello,dono da HRT, empresa quedesde aquela
poca vem apro-fundando os conhecimentossobre o assunto atravs
depesquisas baseadas na ltimapalavra em tecnologia dassmica com
imagens em 3D(modelagem composicional 3Dde sistemas de
petrleo).
Na entrevista de 2002,Rocha Mello abordou as pes-quisas feitas
no pr-sal, eadiantou, com base nos estudosrealizados pela HRT, o
que viriaa ser confirmado cinco anosdepois, com o anncio
dadescoberta do Campo de Tupi.
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32 TN Petrleo Estudante
Todo o futuro de explorao depetrleo no Brasil foi
anunciadonaquela reportagem da TNPetrleo, assegura ele.
Sobre o campoRocha Mello explica que a
funo do sal segurar opetrleo. Segundo ele, trata-sede uma camada
impermevel,que funciona como se fosse umatampa. E quando no
estfraturada, segura todo o leodebaixo dela. Por
coincidncia,explica, a rocha que gera todo opetrleo das bacias de
Santos,Campos e Esprito Santo estdebaixo do sal.
Dessa forma, todo o petr-leo que descobrimos antes dopr-sal
escapou por falhas oufraturas dessa camada, e sedepositou nos
reservatrios dops-sal, como acontece na Baciade Campos. Nas reas em
queo sal est intacto, todo o leoest guardado. H alguns anos
Iara
as pessoas diziam que o princi-pal problema eram as
condiesfsicas desses reservatriosultraprofundos. Que seriapreciso
atravessar uma camadamuito espessa de sal e que atemperatura seria
muito alta,talvez at superior a quepossibilitasse a preservao
dehidrocarbonetos, explica.
O gelogo diz que, naopinio dessas pessoas, o queestivesse l
embaixo estariadestrudo. Outras diziam queno pr-sal havia a rocha
quegerou o leo, mas no tinha arocha-reservatrio. Mas depoisda
primeira perfurao, a duraspenas, descobriu-se que setratava de um
paradigmainfundado, porque o sal no s selante, mas tambm tem
umacondutividade muito grande decalor, permitindo que l embai-xo
fique mais frio. E por serflexvel, age como se fosse umcolcho, e no
permite que a
presso seja transmitida para asoutras camadas.
Essa formao tem quase2.000 km, e se estende desde oEsprito Santo
a Santa Catarina.Isso quer dizer que existe umarea de 2.000 km onde
asmesmas condies geolgicasde Tupi podem se repetir vriasvezes, e
que podemos descobrirmais dois, trs, quatro, seis oumais campos
como o de Tupisem nenhum problema, asse-gura Rocha Mello.
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TN Petrleo Estudante 33
2003/2007 Explorao -Levantamentos ssmicos,interpretao dos
dadosgeolgicos e perfurao depoos exploratrios. Nessaetapa foi feita
a estimativa daquantidade de petrleo quepode ser extrada em Tupi:
8bilhes de barris
Maro de 2009 Teste de longadurao - Um dos itens dafase de
avaliao da descober-ta, em que se analisam ascaractersticas do
reservatrio.Est prevista uma produode 30.000 barris por diadurante
o teste. Ao final, serfeita a Declarao de Comerci-alidade, atestado
de viabilida-de econmica a ser entregue ANP.
DADOS GERAISBM-S-11 (rea do Tupi): Reservatrios: carbonticos
de
origem microbial VREC: 5 a 8 bilhes barris de
leo equivalente (boe) Profundidades dos reservat-
rios: 5.000 a 6.000 m Temperatura do leo no reserva-
trio: 64 C Camadas de sal com at 2 mil
metros de espessura Qualidade do leo: 28o API Razo Gs-leo: 220
m/m Viscosidade: 1,14 cP Teor de CO2 no gs: 8 a 12% Baixo potencial
para asfaltenos
2010 Plano de desenvolvimento-Dimensionamento da infra-estrutura
e da logstica deproduo do petrleo e do gsencontrados, com a
instalaodas primeiras plataformas, navios-tanque, dutos e
terminais.
Dezembro de 2010 Projeto-piloto- Verificao da viabilida-de da
produo em largaescala. A previso produzir100 mil barris por dia
nessaetapa.
2012 Produo- Escoamento doproduto, desde o poo at oterminal,
para a comercializaodo petrleo e do gs - com asrefinarias ou o
comrciointernacional. Estima-se queTupi chegue a produzir 500
milbarris por dia.
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34 TN Petrleo Estudante
A AGNCIA NACIONAL DOPETRLEO, GS NATURAL EBIOCOMBUSTVEIS (ANP),
implan-tada h dez anos pelo Decreto2.455, de 14 de janeiro de 1998,
o rgo regulador das atividadesque integram a indstria dopetrleo e
gs natural, e a dosbiocombustveis no Brasil.
Autarquia federal, vinculada aoMinistrio das Minas e Energia,
aANP responsvel pela execuoda poltica nacional para o
setorenergtico do petrleo, gsnatural e biocombustveis, deacordo com
a Lei do Petrleo (Lei9.478/1997).
A ANP regula, ou seja, estabe-lece regras por meio de
portarias,instrues normativas e resolu-es; contrata promove
licita-es e celebrar contratos emnome da Unio com os
concessio-nrios em atividades de explora-o, desenvolvimento e
produode petrleo e gs natural; fiscaliza as atividades das
indstriasreguladas, diretamente ou median-te convnios com outros
rgospblicos.
Entre outras atribuies, aANP: promove estudos geolgicose
geofsicos para identificao depotencial petrolfero, regula aexecuo
desses trabalhos,organiza e mantm o acervo deinformaes e dados
tcnicos;realiza licitaes de reas paraexplorao, desenvolvimento
eproduo de leo e gs, contrataos concessionrios e fiscaliza
ocumprimento dos contratos;calcula o valor dos royalties
eparticipaes especiais (parcela dareceita dos campos de
grandeproduo ou rentabilidade) a
serem pagos a municpios, aestados e Unio; autoriza efiscaliza as
atividades de refino,processamento, transporte,importao e exportao
depetrleo e gs natural; autoriza efiscaliza as atividades de
produo,estocagem, importao e exporta-o do biodiesel.
Tambm autoriza e fiscaliza asoperaes das empresas quedistribuem
e revendem derivadosde petrleo, lcool e biodiesel;estabelece as
especificaestcnicas (caractersticas fsico-qumicas) dos derivados de
petr-leo, gs natural e dos biocombust-veis e realiza permanente
monito-ramento da qualidade dessesprodutos nos
pontos-de-venda;acompanha a evoluo dos preosdos combustveis e
comunica aosrgos de defesa da concorrnciaos indcios de infraes
contra aordem econmica.
No exerccio de suas funes,a ANP atua como promotora
dodesenvolvimento dos setoresregulados. Colabora, assim, para
aatrao de investimentos, aperfei-oamento tecnolgico e capacita-o
dos recursos humanos daindstria, gerando crescimentoeconmico,
empregos e renda.
A ANP firmou-se tambmcomo um centro de refernciaem dados e
conhecimento sobre a
indstria do petrleo e gs natural:mantm o Banco de Dados
deExplorao e Produo (BDEP),realiza pesquisas peridicas
sobrequalidade dos combustveis esobre preos na comercializaodesses
produtos, e promoveestudos sobre o desenvolvimentodo setor.
E atua nos segmentos deexplorao e produo (upstream).Nesse
segmento, a ANP adminis-tra e fornece dados tcnicossobre bacias
sedimentares;promove estudos para delimitarreas para explorao,
desenvolvi-mento e produo de petrleo egs natural; realiza as
licitaespara a concesso daquelas reas;e fiscaliza o cumprimento
doscontratos de concesso, queestabelecem duas fases:1. Explorao: em
um perodo dedois a oito anos, as empresasvencedoras das licitaes
adqui-rem estudos, buscam petrleo egs e avaliam se suas
eventuaisdescobertas so comercialmenteviveis; 2. Produo: se o
con-cessionrio considerar comercialuma descoberta, submeter ANP um
plano de desenvolvimen-to, com sua viso das potenciali-dades do
campo, sua proposta detrabalho e previso de investi-mentos para, em
seguida, iniciar aproduo propriamente dita.
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