ARTES&LAZER C2 Campo Grande-MS | Sexta-feira, 26 de junho de 2020 Fotos: Divulgação Divulgação Novelas Telinha Bianca Andrade ultrapassa meio milhão de acessos D as lembranças da minha in- fância, as que sempre me vêm à cabeça com muita saudade, eram as manhãs de domingo quando meu avô colocava na vitrola os discos do Nelson Gonçalves de que ele gostava tanto. Com 10 anos de idade eu ainda não sacava bem de quem era aquele vozeirão, mas adorava a música “Naquela Mesa”, composta por Sérgio Bittencourt, em homenagem ao pai Jacob do Bandolim, que ficou imortalizada na voz do Nelsão. Na época eu estava apaixonado por um rock alemão chamado “Ich Schau Dich An”, da banda Spider Murphy Gang, que tocava à exaustão nas estações de rádio, e obviamente só queria saber de “rocks”. Passados muitos anos, cá estou escrevendo esta homenagem a Nelson Gonçalves, cujo nascimento completou 101 anos no último domingo (21), e sabe o que aprendi me tornando fã dele? Ele teve uma vida mais rock’n’roll que muito roqueiro por aí! O “Rei da Boemia” viveu altos e baixos em seus 79 anos de existência e quase 60 de carreira. Foi de aspirante a cantor com difi- culdade para emplacar enquanto se virava em vários ofícios, entre eles o de garçom, ao maior vendedor de discos de seu tempo. Passando pelo sucesso e pelos vícios em álcool e drogas que o levaram a perder fortunas. Só para ter uma ideia nos anos 1940 e 1950, Nelson foi o artista mais popular do Brasil, e gravava pela RCA Victor, que depois passou a ser a BMG. Era a mesma gravadora do Elvis e do Frank Sinatra. Quando a gravadora achava que o samba-canção representado pelo Nelson já havia morrido, estava em declínio, ele se associa ao compo- sitor Adelino Moreira e lança “A Volta do Boêmio”, e vende milhões de cópias. Antônio Gonçalves Sobral, nasceu em Santana do Livramento, Rio Grande do Sul em 1919 e faleceu no dia 18 de abril de 1998. Cantor e compositor foi conhecido como ‘Rei do Rádio’ e é considerado um dos cantores brasileiros mais populares dos anos 1950. Sua principal caracte- rística na música era interpretar can- ções românticas e melodramáticas, com uma voz grave e empostada. Ainda na infância, Nelson Gonçalves muda-se do Rio Grande do Sul para a cidade de São Paulo, onde é criado no bairro do Brás. No colégio, recebe o apelido de “Metralha”, por causa de um problema fonético semelhante à gagueira, que o obriga a falar muito rápido. Depois de concluir o primário, trabalha como engraxate, garçom e jornaleiro. Em 1935, torna-se lutador de boxe, na categoria peso-médio, e, nessa época, já tem contato com o meio bo- êmio da música. Vai para o Rio de Ja- neiro em 1939, na tentativa de iniciar uma carreira musical em programas de calouros, mas não obtém êxito. Persiste em sua escolha pela música e, dois anos depois, consegue gravar Há 101 anos nascia Nelson Gonçalves, o boêmio da vida rock’n’roll Nelson viveu altos e baixos em quase 60 anos de carreira Marcelo Rezende, jornalista Marcelo Rezende Filme da série ‘Dupla Identidade’ é exibido na Globo pela primeira vez Cenas de beijos nas novelas serão feitas com a ajuda de efeitos especiais Os números não escondem o sucesso da volta de Bianca Andrade, a “Boca Rosa”, para o YouTube. O programa novo da influenciadora, “Boca a Boca”, já ultrapassou meio milhão de acessos em menos de 24 horas e está em terceiro lugar nos vídeos mais acessados da plataforma. No twitter, a atração ficou em primeiro lugar nos trending topics mundiais. Com muita leveza e humor, a empresária e apresentadora (que também é ex-BBB) levantou debates sociais importantes como racismo, transfobia e desigualdade social. Sofia (Priscila Steinman), a filha de Lili (Vivianne Pasmanter) e Germano (Humberto Martins) em “Totalmente Demais”, não está morta. A jovem aparece procurando Jacaré (Sergio Malheiros) na cadeia. Antes disso, porém, Sofia vai aparecer rondando Lili e Rafael (Daniel Rocha), mas sempre de costas, sem mostrar o rosto. Lili vê a filha de relance e decide descobrir o que aconteceu. Ela procura o homem que causou o acidente e descobre que tinha uma mulher com ele no carro. Germano e Rafael acham que Lili está se sentindo culpada por estar namorando o ex da filha. Mas Fabinho (Daniel Blanco) também vê a irmã e decide investigar o que aconteceu. Eles só não imaginam é que ela tenha voltado atrás de dinheiro. “Eu fiz empréstimos em nome da falecida Sofia Bocaiúva Monteiro. Sabia que ninguém pede atestado de óbito quando você faz um empréstimo? Sorte da Nina, né? Só que alguém descobriu que tinha um estelionatário se fazendo passar pela Sofia, a pobre herdeira que morreu. Algum filho da mãe descobriu o meu truque e a fonte secou. Eu tava ótima, feliz, viajando por aí, vivendo a minha vida. (firme) Mas agora eu preciso de dinheiro e é você que vai me ajudar!”, diz ela ao ex-amante. o primeiro disco pela RCA Victor, gravadora com a qual mantém vínculo durante a maior parte da carreira. A parceria com Adelino Moreira produz alguns dos maiores sucessos de Nelson. Juntos, compõem can- ções como “Fica Comigo Esta Noite”, “Escultura”, “Êxtase” e “Mariposa”, além das que são assinadas apenas por Adelino e emplacam na voz de Nelson, como “A Volta do Boêmio” e “Meu Vício é Você”. Nelson usa uma técnica vocal que conjuga com su- cesso afinação, harmonia, respiração, tônicas e divisão de palavras. Sua interpretação imprime aos boleros, tangos, foxes e quaisquer outros es- tilos que canta uma expressividade considerada marcante e singular. Ao mesmo tempo em que emenda sucessos, gozando de grande popu- laridade, Nelson passa a frequentar “inferninhos”, ambientes tradicional- mente marginais do Rio de Janeiro, como a Lapa, onde ganha fama de ma- chão e mulherengo. No fim da década de 1950, começa a consumir cocaína compulsivamente, e em 1966 é preso por porte de drogas, depois de ter che- gado a abandonar a carreira artística em 1962. Recuperado do vício nos anos 1970 e 1980, continua gravando com frequência, construindo uma carreira numericamente superlativa: 300 compactos e 120 LPs, num total de 50 milhões de discos – 15 discos de platina e 41 discos de ouro. Com toda essa vida conturbada, que se inicia depois da consagração como cantor e interfere em sua po- pularidade a partir dos anos 1960, Nelson Gonçalves segue importante para a música brasileira, tanto pela qualidade técnica de sua voz quanto por ter marcado uma era de ouro específica de produção e consumo da música no Brasil. Hoje quem coloca os discos de Nelson Gonçalves na vitrola, em meio a LPs de Rolling Stones e Elvis Presley, nos domingos sou eu. Sempre que escuto ele can- tando “Aquela Mesa” sinto muitas saudades do meu avô. Que nostalgia boa. Valeu, Nelsão! Lembram do Edu, o psicopata que Bruno Gagliasso fez na série “Dupla Identidade”? A segunda temporada nunca saiu do papel, mas o filme “Dupla Identidade: o Filme”, oriundo da série, vai ser exibido pela primeira vez na Globo, na quarta, dia 1º de julho, no “Cinema Especial, depois de “Fina Estampa”. Na história criada por Gloria Perez, Ray (Débora Falabella) se envolve com Edu (Bruno Gagliasso), um jovem que leva uma vida absolutamente comum, de rapaz adorável e amigo ideal. O que ela nem desconfia, é que ele é um assassino em série que mata por puro prazer. No elenco também estão Luana Piovani, Marcello Novaes e Marisa Orth. O departamento de efeitos visuais/especiais da Globo vai dobrar de tamanho no próximo mês para dar conta de todas as solicitações que serão feitas para a volta das gravações das novelas, no dia 27 de julho. As cenas de beijos e abraços serão feitas com a ajuda dos efeitos especiais. Sequências em que os personagens estão em locais que não têm cenário na cidade cenográfica vão ser realizadas em conjunto com esse departamento. “Usar efeitos visuais, sempre que possível, para diminuir os riscos das nossas gravações”, diz o protocolo de segurança para o retorno das gravações das novelas. Sofia não está morta e volta atrás de dinheiro