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Equipe Teologia do Corpo – Brasil www.teologiadocorpo.com.br Catequese “Teologia do Corpo” de João Paulo II
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Gvtc Tema 05 Celibato

Jul 25, 2015

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Page 1: Gvtc Tema 05 Celibato

Equipe Teologia do Corpo – Brasil

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Catequese “Teologia do Corpo” de João Paulo II

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Alguns discípulos se escandalizam com a doutrina do matrimônio (Mt 19, 10) e chegaram a dizer: “Se essa é a situação do homem perante a mulher, não é conveniente casar-se.

Jesus Cristo usa este diálogo para ensinar que:

“...há eunucos que o são desde o ventre de suas mães, há eunucos tornados tais pelas mãos dos homens e há eunucos que a si mesmos se fizeram eunucos por amor do Reino dos céus”. (Mt 19, 12).

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“Para responder à pergunta dos discípulos, ou antes, para esclarecer o problema por eles referido, Cristo

recorre a outro princípio. A continência, é observada por aqueles que na vida

fazem tal opção "para o Reino dos Céus", não pelo fato de "não ser conveniente casar-se", ou seja, pela razão de um suposto valor negativo do matrimônio mas em vista do particular valor que está ligado

com tal escolha, que é necessário descobrir e adotar pessoalmente como própria vocação. E por isso diz Cristo: "Quem puder compreender, compreenda".

Pelo contrário, imediatamente antes diz: "Nem todos compreendem esta linguagem, mas apenas aqueles a

quem isso é dado".

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“A continência para o Reino dos Céus, como fruto de uma opção, é uma exceção a respeito do outro estado, isto é, daquele de que o homem "desde o princípio" se tornou e se mantém participante no curso de toda a existência terrena.”

“Aquele "não desposar-se" escatológico será um "estado", isto é, o modo próprio e fundamental da existência dos seres humanos, varões e mulheres, nos seus corpos glorificados”.

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“Na tradição do Antigo Testamento, o matrimônio, como fonte de fecundidade e de procriação relativamente à descendência, era um estado religiosamente privilegiado: e privilegiado pela revelação mesma. Sobre o fundo desta tradição, segundo a qual o Messias devia ser "filho de Davi", era difícil entender o ideal da continência. Tudo perorava em favor do matrimônio: não só as razões de natureza humana, mas também as do Reino de Deus”.

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A “virgindade" escatológica do homem ressuscitado (...) revelará (...) o

absoluto e eterno significado esponsal do corpo glorificado na união com o

próprio Deus, mediante a visão d'Ele "face a face"; e glorificado, também,

mediante a união de uma perfeita intersubjetividade, que unirá todos os

"participantes do outro mundo", homens e mulheres, no mistério da

comunhão dos santos.”

“A continência terrena "por amor do Reino dos Céus” é indubitavelmente um sinal que indica esta verdade e esta realidade”.

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“Toda a vida de Cristo, desde o princípio, foi uma discreta mas clara separação daquilo que no Antigo Testamento tão profundamente determinou o significado do corpo...

A história do nascimento de Jesus encontra-se certamente em linha com a revelação daquela "continência por amor do Reino dos Céus", de que falará Cristo, um dia, aos Seus discípulos...”

“A divina maternidade de Maria é também, em certo sentido, uma superabundante revelação daquela fecundidade do Espírito Santo, a que o homem submete o seu espírito, quando livremente escolhe a continência ‘no corpo’: precisamente, a continência ‘por amor do Reino dos Céus’”.

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“O matrimônio de Maria com José (em que a Igreja honra José como esposo de Maria e Maria como esposa dele), encerra em si, o mistério da perfeita comunhão das pessoas, do Homem e da Mulher no pacto conjugal, e ao mesmo tempo o mistério daquela singular "continência por amor do Reino dos Céus": continência que servia, na história da salvação, para a mais perfeita "fecundidade do Espírito Santo".

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“Mais ainda, [a divina maternidade de Maria] era, em certo sentido, a absoluta plenitude daquela fecundidade espiritual, uma vez que precisamente nas condições nazaretanas do pacto de Maria e José no Matrimônio e na continência, se realizou o dom da encarnação do Verbo Eterno: o Filho de Deus, consubstancial ao Pai foi concebido e nasceu como Homem da Virgem Maria”.

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A “continência deve demonstrar que o homem, na sua mais profunda constituição, é não apenas "duplo", mas também

(nesta duplicidade –masculinidade e feminilidade) está "só" diante de Deus com Deus.”

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“Não se pode de nenhum modo ver [na continência] uma negação do valor essencial do matrimônio; antes, pelo contrário, a continência serve indiretamente para colocar em relevo o que na vocação conjugal é perene e mais profundamente pessoal, o que nas dimensões da temporalidade (e, ao mesmo tempo, na perspectiva do "outro mundo") corresponde à dignidade do dom pessoal, ligado ao significado esponsal do corpo na sua masculinidade ou feminilidade.”

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“As palavras de Cristo, que derivam da divina profundidade do mistério da redenção, permitem descobrir e reforçar aquele laço, que existe entre a dignidade do ser humano (do homem ou da mulher) e o significado esponsal do seu corpo. Permitem compreender e realizar, com base naquele significado, a liberdade completa do dom, que num modo se exprime no matrimônio indissolúvel, e no outro mediante a abstenção do matrimônio por amor do Reino de Deus.

Por estes caminhos diversos, Cristo desvela plenamente o homem ao homem, tornando-lhe conhecida a "sua altíssima vocação". Esta vocação está inscrita no homem segundo todo o sue compositum psicofísico, precisamente mediante o mistério da redenção do corpo”.

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Todas as citações são das catequeses do Papa JPII