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.. . ISBN 85-7013-058-9
GUIA PARA UTILIZAO DA CDU Um guia introdutrio para o uso e
aplicao da Classificao Decimal Universal
I.C. Mcllwaine Com captulo sobre Aplicaes On Line por
A. Buxton
Traduo de Gercina ngela Borm Lima
MCT CNPq IBICT
AdrianaSumrio P
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ISBN 85-7013-058-9
GUIA PARA UTILIZAO DA/CDU
Um guia introdutrio para o uso e aplicao da
Classificao Decimal Universal
I.C. Mcllwaine Com captulo sobre Aplicaes On Line por
A. Buxton
Traduo de Gercina ngela Borm Lima
Professora da Escola de Biblioteconomia da UFMG
N.Cham. 025.451V1165 .Pl Autor Mcllwaine, la Ttulo Guia para
utilizao da CDU
11111111111111111111111111111111111111111111111111
PUC Minas - BH 02169310
Braslia, DF
2!956-1
Ministrio da Cincia e Tecnologia (MCT) Conselho Nacional de
Desenvolvimento Cientfico e Tecnolgico (CNPq)
Instituto Brasileiro de Informao em Cincia e Tecnologia
(IBICT)
1998
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.;.ouu i tU\::> t.J/J... i-'UU'~. ~!.NPu.c-j ' F;::: L O H
r-..~~ l ZO" ., T,.... B) .. ~;.~ rx. 1\i , t::: ..-c;:~TR r,. ~
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P.o_ :-.:.' .v._.::!'f.LO_.;:..;~'>.Ll. .J..L_
rxtA:JSZ_;_Q_~_~ Oc:t . 1\CE~{O: ~'5G_q__ .. __ I
~199J,'Feoer6Intemacional de Informao e de Documentao (FID).
(Edio revisada, 1995).
Direitos desta edio cedidos ao Instituto Brasileiro de Informao
em Cincia e Tecnologia (IBICT) proibida a reproduo de qualquer
parte desta obra sem a prvia autorizao do IBICT.
1998, IBICT
Mcllwaine, I.C. Guia para utilizao da CDU: um guia introdutrio
para o uso
e aplicao da Classificao Decimal Universal/ I.C. Mcllwaine,
traduo de Gercina ngela Borm Lima.--Edio revisada de 1995.--
143p. ; 21x 29cm.-- (srie FID occasional paper;n.5) com captulo
sobre Aplicao On Line por A Buxton
ISBN 85-7013.058-9 I.Ttulo.II. Srie
CDU 025.45cdu (036)
Instituto Brasileiro de Informao em Cincia e Tecnologia SAS
Quadra 5, Lote 06, Bloco H CEP 70070 914 Braslia-DF- Tel.: (061)
217 6262 Fax: (061) 226 2677 E-mail: http://www.ibict.br
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Apresentao da traduo em portugus
A CDU uma linguagem amplamente utilizada pelas bibliotecas
brasileiras na classificao de seus acervos, bem como pelas escolas
de biblioteconomia no ensino da representao temtica . A traduo do
Guide to the Use of UDC visa, portanto, a facilitar o processo de
aprendizagem e emprego da CDU por bibliotecrios, professores e
alunos na lngua portuguesa.
Este guia escrito de maneira clara e objetiva e, devido farta
apresentao de exemplos, tornou-se uma ferramenta til e prtica na
aplicao da CDU. A autora freqentemente aponta conexes existentes
entre diversas classes e subclasses do esquema, estabelecendo
relaes de incluso, similaridade, falsa similaridade e oposio entre
elas, o que facilita uma deciso objetiva no momento da
classificao.
Optou-se por manter, junto traduo dos termos do glossrio, os
termos originais em ingls, para facilitar possveis consultas na
bibliografia na lngua inglesa e tambm porque parte desta
terminologia ainda no est consolidada no portugus.
Para a conferncia dos nmeros de classificao nos exemplos citados
ao longo do guia, tomou-se como referncia a CDU-Edio-Padro
Internacional em Lngua Portuguesa (IBICT,1997). Tanto esta
edio-padro quanto o Guide to the Use of UDC (FID, 1995) foram
baseados no Arquivo-Mestre de Referncia da CDU. Entretanto, a
atualizao e reviso peridica dos dados deste arquivo implicaram
diferenas entre as notaes de alguns exemplos citados no guia.
Outro problema a que os usurios deste guia devero estar atentos
diz respeito a alguns exemplos que refletem modificaes ocorridas da
CDU-Edio Mdia em Lngua Portuguesa (2a ed., IBICT, 1987) para a
CDU-Edio-Padro Internacional em Lngua Portuguesa (IBICT, 1997):
1. Omisso de subdivises dentro de algumas classes, e.g. 368.412
2. Omisso da classe 532 3. Agrupamento das subdivises 931-Histria
Antiga e 94-Histria Medieval e
Moderna em Geral sob uma nica classe, i.e. 94-Histria Geral. 4.
Ampliao da classe 531-Mecnica gerando modificaes na representao
dos
conceitos; e.g. a subdviso 531.716, que inclua o conceito Rguas,
passa a representar apenas o conceito Leitos Fluidificados.
Gercina ngela Borm Lima Professora do Departamento de
Biblioteconomia da UFMG Belo Horizonte, agosto de 1998
-
SUMRIO Introduo
........................................................................................................................
7
Antecedentes da CDU
.....................................................................................................
9 Histrico
................................................................................................................
9 Natureza da classificao
....................................................................................
lO
Base disciplinar
.......................................................................................
11 Princpios fundamentais
.........................................................................
11
Implementao prtica da teoria
.........................................................................
12 Descrio de classe
.................................................................................
12 Nmero de classe
....................................................................................
13
Descrio e estrutura da CDU
.....................................................................................
15 Tabelas principais
...............................................................................................
15 Notao
...............................................................................................................
15 Aplicao em diferentes contextos
.....................................................................
17 Flexibilidade da CDU
.........................................................................................
1 7
Classificao analtico-sinttica
.............................................................. 1 7
Classificao facetada
.............................................................................
18 Ordem de citao
.....................................................................................
21 Anlise de assunto
...................................................................................
25
Concluso
............................................................................................................
27
Observaes sobre a aplicao prtica
.......................................................................
29 Uso do ndice para o esquema
.............................................................................
29 Subdiviso paralela
..............................................................................................
29 Referncias
..........................................................................................................
30 Recuo
...................................................................................................................
30 reas relacionadas
...............................................................................................
31 Edies em outras lnguas
...................................................................................
31 Criao de um ndice alfabtico de assunto
........................................................ 32 Catlogo
de autoridade
........................................................................................
32
Sumrio do contedo da classificao
........................................................................
33
Tabelas auxiliares da CDU
..........................................................................................
39 Princpios fundamentais das tabelas auxiliares
................................................... 39 Dgitos
finais
........................................................................................................
41 Aplicao das tabelas auxiliares
.........................................................................
.42 Tabelas de auxiliares comuns
.............................................................................
.42
Tabela Ia- Coordenao. Extenso
........................................................ .42
Coordenao. Adio
..................................................................
.42 Extenso consecutiva
..................................................................
.43
Tabela Ib - Relao. Sub grupamento. Ordenao
................................... .43 Relaes simples
..........................................................................
43
5
-
Ordenao
....................................................................................
45 Sub grupamento
............................................................................
45 Tabela I c - Auxiliares comuns de lngua
..................................... .46
Tabela Id- Auxiliares comuns de forma
................................................ .47 Tabela Ie-
Auxiliares comuns de lugar
.................................................. .47 Tabela I f-
Auxiliares comuns de raa e nacionalidades .........................
.49 Tabela Ig- Auxiliares comuns de tempo
................................................. 50 Tabela Ih -
Especificao de assunto por meio de notaes
que no pertencem CDU
.................................................... 52 Tabela li-
Auxiliares comuns de ponto de vista
..................................... 53 Tabela Ik-03- Auxiliares
comuns de materiais ...................................... 54
Tabela Ik-05- Auxiliares comuns de pessoas e carectersticas
Pessoais
............................................................................
54 Seo 11: Tabelas auxiliares especiais
...................................................... 55
Ordem de arquivamento na CDU
....................................................................
59
Classes principais da CDU
................................................................................
61 Classe O- Generalidades
..........................................................................
61 Classe 1 -Filosofia; Classe 2- Religio
.................................................. 61 Classe.3-
Cincias Sociais
.......................................................................
66 Classe 5 -Matemtica e Cincias Naturais
.............................................. 75 Classe 6- Cincias
aplicadas. Medicina. Tecnologia .............................. 75
Classe 7 - Arte, Recreao, Diverses, Esportes
................................... 1 07 Classe 8 - Linguagem e
Literatura
......................................................... 113
Classe 9 - Geografia, Biografia e Histria
............................................ 115
Usos da CDU
.....................................................................................................
119
Aplicaes online (por A. B. Buxton)
.............................................................. l25
Vantagens na utilizao da CDU em pesquisa de assunto online
......... .125 Nmeros da CDU e softwares de recuperao da informao
............... 128 ETHICS
..................................................................................................
131 Recomendaes para o uso da CDU em sistemas online
....................... 13 5
Glossrio
...........................................................................................................
137
6
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INTRODUO H trinta anos (antes da edio deste guia em ingls em
1993), a British Standards Institution publicou o BS JOOOC: Guide
to the UDC de Jack Mills. Esse guia tem sido fundamental para quem
utiliza a classificao da CDU em todo o mundo, tanto pela exposio
clara dos princpios fundamentais da classificao, que precisam ser
assimilados antes de sua aplicao, como pela maneira como orienta
sua aplicao prtica. Entretanto, a necessidade de um novo guia se
fazia sentir j h algum tempo. A CDU progrediu nestes ltimos trinta
anos: muitas sees, utilizadas como exemplos no guia original, foram
revisadas e mudou-se tambm toda a forma de gerenciamento da CDU.
Alm disto, a classificao disponvel hoje, em Haia, se encontra em
uma base de dados cujo formato automatizado permite um controle
muito maior sobre o rpido processo de reviso e implementao de
decises.
O presente guia objetiva uma ajuda puramente prtica queles que
estudam a CDU e que a utilizam diariamente em algum tipo de sistema
de informao. No existe aqui a inteno de prover informaes tericas
sobre a classificao, como ocorre nos estudos de Mills. H duas razes
para isto. Primeiro, os alunos de escolas de biblioteconomia e
cincia da informao atualmente estudam os princpios de anlise
facetada como uma primeira abordagem organizao de assunto. O que
era considerado novidade h trinta anos, hoje no mais. Atualmente
interessa no apenas queles que criam ndices em bibliotecas e
sistemas de informao, mas tambm aos que lidam com a recuperao em
todos os seus aspectos. Segundo, existe hoje grande nmero de livros
bsicos sobre classificao em bibliotecas que trazem seus princpios
tericos bsicos. Por isto, so apresentados aqui apenas os princpios
da Classificao Decimal Universal.
Toma-se inevitvel, porm, quando se escreve sobre esquema de
classificao, a utilizao de alguns termos com os quais o leitor
possa no estar familiarizado ou termos que levem a uma interpretao
errnea. Por isto mesmo, um glossrio foi anexado ao final deste
guia, onde diversos termos usados no decorrer do texto so definidos
sucintamente. Quando conveniente, estes termos aparecem em negrito
no corpo do trabalho. O negrito tambm usado para cabealhos e nomes
das classes. A utilizao da aspa simples significa que evitou-se a
extrao do texto das tabelas da classificao.
O texto e os exemplos foram baseados no Arquivo-Mestre de
Referncia, a base de dados citada acima. Exemplos de edies de
classificao especficas foram evitadas tanto quanto possvel, mas
quando ocorrem, a fonte claramente indicada. Este procedimento
pareceu ser o mais sensato, uma vez que a inteno apresentar um guia
para aqueles que trabalham de fato com classificao e tambm porque
este trabalho provavelmente ser traduzido para vrias lnguas, alm do
ingls. Como prope-se uma obra de utilizao internacional autnoma,
nenhuma bibliografia foi acrescentada. Quando relevante, so feitas
referncias a algumas fontes teis nas notas de rodap.
Inevitavelmente, muitos pontos derivaram de minha experincia no
trabalho com o International medium edition: english text
(BSJOOOM),l985-88. A incluso de um esquema detalhado do contedo de
classificao e de sumrios de classes mais complexas tambm reflete as
dificuldades que encontrei ao usar este texto. As tabelas de
7
-
elementos qumicos da classe 54, que sero omitidas na prxima edio
desta verso, foram tambm includas porque tm sido muito teis num
contexto mais prtico.
As circunstncias histricas que levaram criao do esquema de
classificao e sua estrutura atual de gerenciamento so abordadas
sucintamente e seguidas por um sumrio dos princpios tericos nos
quais este esquema est baseado. Seguem alguns conselhos da aplicao
prtica do esquema e um sumrio de seu contedo. O corpo do guia
dedicado explicao da aplicao prtica do esquema, acompanhada de
exemplos; primeiro com os auxiliares comuns, depois com cada classe
principal. Exemplos de nmeros e ttulos reais classificados pelo
esquema so apresentados para auxiliar o classificador numa situao
prtica em que deve-se estar atento s variaes e combinaes
alternativas pelas quais podem ser expressos.
O Guia conclui com uma seo onde so sumariadas suas diversas
aplicaes e com um captulo sobre aplicaes online, escrito por A. B.
Buxton. Pretende-se que esta obra seja regularmente atualizada e
publicada em diversas lnguas, apropriadamente adaptada a cada
edio.
Durante toda a compilao do Guia, contei com a ajuda considervel
de membros do FID, do CDU Consortium e da British Standards
Institution. Particularmente, dois membros da Fora Tarefa criada
pela Diretoria de Administrao da CDU em 1989, professor Nancy
Williamson e Dr. Gerhard Riesthuis, leram o texto e fizeram muitos
comentrios e sugestes. Agradeo tambm equipe tcnica do British
Standards Institution, especialmente Geoffrey Robinson, por seus
comentrios. A assistncia do diretor da CDU, doutor Frits Oomes, foi
fundamental ao despertar minha ateno para pressuposies que fiz que
no seriam claras para os novatos ao ambiente da CDU,
particularmente na conferncia de nmeros nos muitos exemplos que
ocorrem em todo o texto. Acima de tudo, entretanto, deixo aqui meus
agradecimentos a David Strachan, ex-diretor Tcnico da CDU, cuja
leitura e re-leitura paciente do texto, acompanhada de inmeras
correes e sugestes, permitiu a elaborao deste Guia.
I.C. Mcllwaine Setembro de 1993.
8
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ANTECEDENTES DA CDU
Histrico
No final do sculo XIX, os belgas Paul Otlet e Henry La Fontaine
conceberam a idia de criar uma lista abrangente de tudo que havia
sido escrito, desde que foi criada a impresso, resultando no
Rpertoire bibliographique universel. 1 Seu objetivo aproximou-se
muito daquele que, hoje, a IFLA almeja em seu programa para o
Controle Bibliogrfico Universal (Universal Bibliographic Contra!).
Eles comearam a criar sua lista em cartes e a organiz-los
sistematicamente. Buscando um esquema de classificao apropriado,
decidiram adaptar a Classificao Decimal de Dewey, que j se
encontrava na sua quinta edio. Em 1895, este esquema continha
apenas alguns milhares de subdivises, mas sua notao apresentava
grande potencial de utilizao universal, devido sua ampla aplicao
dos algarismos arbicos.
Otlet e La Fontaine expandiram o esquema de classificao de Dewey
para atender suas prprias necessidades e adicionaram alguns
mecanismos sintticos e tabelas auxiliares que, com o tempo,
transformaram a estrutura exclusivamente numrica da Classificao
Decimal na estrutura bem mais flexvel e detalhada da Classificao
Decimal Universal. A primeira edio completa desta nova classificao
foi publicada entre 1905 e 1907 como o Manuel du rpertoire
bibliographique universel, incluindo cerca de 33.000 subdivises e
um ndice alfabtico com aproximadamente 38.000 entradas.
Posteriormente, esta classificao passou a preceder, em
importncia, a lista que deveria organizar e, quando sua segunda
edio foi publicada no perodo de 1927-33, a idia original de ser
apenas uma ferramenta para o Rpertoire bibliographique foi adotada
no desenvolvimento da Classification dcimale universelle, ou CDU,
como um sistema de classificao bibliogrfica para qualquer fim. A
segunda edio dobrou de tamanho e juntamente com as adies e correes
subseqentes, tem sido usada como base para todas as edies e tradues
posteriores. Historicamente, as lnguas bsicas da CDU tm sido o
francs, o alemo e o ingls. A utilizao de mais de uma lngua tem se
mostrado importante para manter a universalidade do esquema,
tendncia que dever se manter no futuro, sendo que uma delas dever
ser sempre o ingls.
A organizao fundada por Otlet e La Fontaine, que inicialmente
tinha a responsabilidade de elaborar a lista bibliogrfica e,
subseqentemente, assumir a responsabilidade de editar o esquema de
classificao resultante, foi nomeada como Institut International de
Bibiographie, freqentemente referido como Instituto de Bruxelas,
devido localizao de seu escritrio central. O Instituto passou por
vrias dificuldades na dcada de 20 e, em 1931, mudou-se para Haia.
Em 1937, o nome foi mudado para Fdration International de
Documentation (FID). Desde a dcada de 30, os direitos de publicao
tm sido cedidos pela administrao da FID (que a partir de 1991 passa
a ser um consrcio de editoras conhecido como UDC Consortium) a
outras organizaes para a elaborao de edies especficas ou edies em
outras lnguas.
1 O livro The Universe ofinformation de W. B. Rayard (Moscou:
Viniti, 1975; FID 520) apresenta uma descrio completa deste
trabalho e uma retrospectiva histrica da CDU.
9
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Existem edies da CDU de escopos variveis e em diversas lnguas.
Em qualquer idioma, pode ser editada em verses completas ou
abreviadas, embora o termo "verso abreviada" tenha a um significado
relativo e, por isto mesmo, no utilizado de maneira estritamente
padronizada. Edies abreviadas e semi-abreviadas so as verses mais
comuns, mas edies em vrios volumes foram apresentadas ao longo dos
anos em diversas lnguas como o ingls, russo e alemo alm,
naturalmente, do original francs.
Na dcada de 80 e comeo dos anos 90 aconteceram algumas mudanas
no sistema. Aps estud-las, a Fora Tarefa do Desenvolvimento do
Sistema CDU (Task Force for UDC System Development), criada pela
Diretoria Administrativa da CDU, apresentou diversas recomendaes no
primeiro semestre de 1990. A partir da criou-se o Arquivo-Mestre de
Referncia, contendo cerca de 60.000 classes, que podem ser lidas
automaticamente. Esta referncia constitui a verso autorizada atual
do esquema de classificao e propriedade do grupo de editores do UDC
Consortium (mencionados anteriormente que incluem a FDC), a quem
cabe o controle e licenciamento de verses ou edies em outras
lnguas.
Natureza da classificao
O carter universal da CDU baseia-se na cobertura da totalidade
do conhecimento humano dentro de um sistema de classificao.
apropriado para uma gama variada de objetivos, desde a organizao e
especificao detalhada de grandes colees de documentos ou realia, at
a organizao de listas que documentam a existncia destes itens e sua
recuperao por assunto. Sua flexibilidade de classificao possibilita
agrupar todas as referncias de um assunto particular, auxiliando o
especialista na busca de informaes relacionadas a seus interesses
(geralmente restritos), colocando-as no contexto mais amplo de
campos afins.
A CDU freqentemente descrita como um esquema de classificao
geral, como a Classificao Decimal Dewey, a Classificao da Library
of Congress e a Classificao Bibliogrfica de Bliss. O termo geral
pode ser aplicado de duas maneiras, significando que a classificao
incorpora todos os campos do conhecimento ou que pode ser aplicado
em colees que cobrem a totalidade do conhecimento. O conceito de
universalidade contido no nome da CDU inclui estes mesmos
objetivos, mas tambm sugere que sua utilizao apropriada em todo o
mundo. Sua tradicional dependncia da cooperao internacional em
relao sua reviso e administrao a fortalece como um esquema
bibliogrfico geral universal. Reforando este fato, est sua aplicao
prtica em um grande nmero de pases, especialmente naqueles do mundo
no anglfono.
A meta de uma abordagem equilibrada, que sua universalidade
sugere, algumas vezes obscurecida superficialmente pela prpria
notao. Por causa da estrutura original, a diviso da notao no
evidente. Alguns assuntos, como Lngua, Histria e Literatura,
dependem muito da combinao de um nmero comparativamente pequeno de
conceitos, enquanto que muitas das cincias puras, e mesmo um nmero
ainda maior de suas aplicaes, requerem uma grande enumerao de
detalhes dentro das tabelas, como pode ser observado numa rpida
comparao das ~lasses 5 e 6 com as classes 8 e 9 do esquema.
10
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O esquema tambm tenta prover uma abordagem mais universal e mais
internacional do que qualquer um dos seus competidores.
Presentemente, quando a padronizao e interesse no controle
bibliogrfico universal so assuntos importantes, a CDU apresenta
grande potencial, especialmente quando se tem em vista a cooperao
na Europa. Afinal, foi primeiramente idealizada com este propsito.
Sua notao, baseada em algarismos arbicos, tem uma natureza to
expressiva que a subordinao e a coordenao ficam freqentemente
evidenciadas, tomando-se, por isto, apropriada para a busca
automatizada.
Base Disciplinar
A CDU baseada na organizao do conhecimento universal em reas.
necessrio esclarecer o termo rea, que pode ser definido como um
campo fundamental de estudo, como por exemplo, Filosofia, Cincias
Exatas, Cincias Sociais, Histria e Religio. Estas reas so formadas
por grupos que subdividem-se em subreas como Fsica, Qumica,
Economia, Cincias Polticas etc. Para os propsitos da classificao
bibliogrfica estratgico identificar campos do conhecimento
geralmente reconhecidos, que se caracterizam por apresentarem
objetos de estudo especficos, mtodos com perguntas distintas,
treinamento especializado de profissionais, a existncia de
associaes de classes profissionais ou prticas, departamentos em
faculdades e universidades, servios de informao especializados etc.
Esta abordagem da organizao do conhecimento pela maneira como
ensinado e estudado fornece um conjunto familiar de evidncias a
partir das quais pode-se construir a estrutura bsica.
A CDU baseada em classes. Uma classe pode ser definida como um
conjunto cujos membros tm alguma coisa em comum. Elas podem ser
simples ou compostas. Uma classe simples uma subdiviso direta.
Dentro da classe Botnica, por exemplo, cada planta seria uma classe
simples. Uma classe composta formada pela interseo de dois ou mais
tipos de conceito distintos (ou faceta) dentro da mesma classe
como, por exemplo, fisiologia botnica, patologia botnica, ecologia
botnica etc. Numa classificao geral como a CDU, classes principais
so as grandes classes que dividem o conhecimento antes de qualquer
anlise de faceta ou aquelas que no pertencem a classes mais
abrangentes. Isto est freqentemente relacionado com a distribuio da
notao na CDU, por exemplo, Classe l-Filosofia, 2-Religio, 3-Cincias
Sociais etc. Isto pode ser til, mas tambm enganoso, uma vez que
muitas classes principais anotadas com um nico dgito contm mais de
uma rea que faz jus ao status de classe principal (veja a estrutura
das classes, p. 29-33): Classe 1 Filosofia e Psicologia, Classe 6
Tecnologia, Medicina e Engenharia. Casos em que duas classes se
interceptam como, por exemplo, no ttulo Matemtica para Engenheiros,
so algumas vezes chamados de classes complexas. Na CDU, combinaes
como esta so freqentemente expressas com a utilizao de dois pontos
(veja p.38-40).
Princpios fundamentais
Como todos os outros esquemas gerais de classificao em uso
atualmente a CDU um aspecto da classificao. Por isso, os fenmenos
so subordinados ao aspecto do qual so extrados. Isto significa que
um fenmeno pode ocorrer em mais de uma classe como, por exemplo,
ovos em ornitologia, em culinria, em acasalamento animal etc.
11
-
A CDU uma classificao hierrquica, o que significa que cada
subdiviso pode ser ainda subdividida em seus componentes lgicos.
Isto feito com a aplicao sucessiva dos princpios de diviso, que
podem ser (i) genricos ou (ii) todo/parte.
(i) Uma (ou um tipo de) relao genrica aquela que identifica a
ligao entre a classe e seus membros ou espcies. Na CDU, sua
utilizao mais comum se d nas cincias biolgicas, mas ocorre em toda
a classificao como, por exemplo, na Educao
373 373.3 373.5 373.54
Tipos de escolas que ministram educao geral Escola primria. Nvel
elementar Escola secundria Escolas que levam ao preenchimento dos
requisitos para ingresso numa universidade
(ii) Uma (ou parte de uma) relao todo/parte pode ser aplicada,
por exemplo, s partes do corpo humano, e.g. ouvido - ouvido mdio; s
disciplinas, e.g. biologia - zoologia; s localizaes geogrficas,
e.g. Europa- Itlia Central - Lazio -Roma; e s estruturas sociais
hierrquicas, e.g. Organizao da Igreja Catlica-Parquias catlicas
-Pastorais catlicas. As classes resultantes podem estar em uma
posio de coordenao ou subordinao entre si. Classes subordinadas
sucessivamente so denominadas cadeias (e.g., Literatura- Literatura
inglesa-Drama ingls- Drama Elizabetano- Shakespeare- Hamlet). Um
grupo de classes coordenadas denominado renque, ou seja, um
conjunto de classes mutualmente exclusivas derivadas da aplicao de
uma caracterstica especfica de diviso (como Poesia Inglesa, Drama
ingls, Fico inglesa) ou idade de pessoas ou lista de naes (como
Frana, Alemanha, Espanha, Portugal, Itlia, Grcia etc.).
A CDU uma classificao sinttica, onde as classes enumeradas so os
elementos construtivos atravs dos quais as classes compostas e
complexas podem ser denotadas pelos diversos mecanismos de notao
sinttica apresentados nas p.37-52. Isto permite a formulao de
conceitos por combinao, sem que seja necessria uma dependncia dos
geradores da classificao para predizer a necessidade desta
combinao.
Implementao prtica da teoria
A tabela da CDU compreende entradas de classes sistematicamente
arranjadas. Uma entrada de classe na CDU pode ter vrios
componentes, mas h dois que devem estar sempre presentes: a descrio
de classe e o nmero de classe, ou seja, o termo e seu smbolo de
notao.
Descrio de classe
A descrio de classe ou termo a essncia da entrada de classe. Ela
define o conceito dentro de seu contexto hierrquico, descrevendo-o
com exatido em linguagem natural. A primeira e, muitas vezes, nica
parte da descrio o termo primrio, que pode ser uma palavra ou
frase. Esta pode ser seguida por termos adicionais (sinnimos)
que
12
-
expressam o conceito. Estes termos adicionais so particularmente
importantes quando um ndice verbal est sendo construdo para uma
sequncia classificada, uma vez que eles sugerem sinnimos e termos
alternativos que podem ser preferidos pelos usurios. So tambm
importantes para aqueles interessados em desenvolver classificaes
ou tesauros especializados, uma vez que normalmente apresentam um
excelente fonte de terminologia.
Termos de vocabulrios tcnicos ou de especialistas foram includos
na CDU, mas procurou-se deixar bem claro os seus significados.
Alguns problemas especficos ocorrem quando o mesmo termo usado com
significados diferentes tanto por diferentes linhas de pensamento
dentro de uma rea, quanto pela utilizao da mesma lngua em pases
diferentes ou pela utilizao do mesmo termo com significados
inteiramente diferentes em contextos diversos, por exemplo, anlise
em matemtica e em qumica. Este problema parcialmente minimizado
pela utilizao de uma classificao e no de uma indexao verbal, uma
vez que o arranjo sistemtico esclarece o contexto no qual o termo
ocorre, diferentemente de quando este termo tomado como uma palavra
isolada apenas.
Dentro da classificao, cada conceito definido em seus prprios
termos, ao invs da listagem de classes subordinadas. Qualquer
conceito deve ocorrer em um local somente dentro de uma dada
hierarquia. Em algumas edies, os conceitos so agrupados para
indicar uma coleo abrangente de termos, alguns dos quais so ento
especificados individualmente em nveis inferiores. Isto sugere que
um termo especfico pode ocorrer antes de sua posio real, de maneira
que a classe 6 possa ser encimada como Cincias aplicadas. Medicina.
Tecnologia (somente 61/619 cobre Medicina). Da mesma :!''Jrma:
504.06
.062
.062.2
.062.4
Proteo do meio ambiente. Administrao da qualidade ambiental
Proteo, uso racional e renovao dos recursos naturais Uso racional
dos recursos naturais Renovao, recuperao, restaurao dos recursos
naturais
onde 504.602 denota o conceito de proteo e .062.2/.4 denota
conceitos de gerenciamento.
As especificaes na CDU so denotadas por:
1) subdiviso direta da classe 2) adio de nmeros auxiliares 3)
ligao da notao de um dado assunto a um outro por meio de sinais de
conexo.
A aplicao deste meios de especificao explicada nas p.37-52.
Nmero de classificao
O nmero de classificao (nmero da CDU) a parte notacional da
entrada de classe/conceito. um cdigo usado para representar a
classe, determinando o local daquela classe dentro do esquema de
classificao. Pode ter a forma de um algarismo
13
-
arbico nico (no seu nvel mais alto) ou uma sequncia de
algarismos arbicos ou uma sequncia combinando algarismos arbicos e
sinais prprios da CDU. A notao da CDU baseada em algarismos arbicos
arranjados de acordo com o sistema decimal. A notao pode ser
ampliada como nas fraes decimais e o seu tamanho geralmente reflete
o nvel hierrquico. Conceitos de nveis equivalentes dentro de uma
determinada classe ou seo normalmente tm nmeros de mesmo tamanho.
Entretanto, h diversos locais em que os nveis inferiores de
hierarquia so comprimidos em um renque de notaco que preserva a
sequncia decimal, mas mantm os nmeros menores, por exemplo, em 596
- Vertebrados em geral ou na enumerao de Instrumentos musicais em
681:
681.818.11.4- Instrumentos de metal 681.818.5/.8 - Instrumentos
de sopro de madeira
14
-
DESCRIO E ESTRUTURA DA CDU A CDU urna linguagem de informao para
indexao e recuperao. Apresenta-se na forma de classificao para ser
usada com o objetivo de indexar documentos, tanto corno entidade
fsica (nas estantes ou em fichrios) ou corno representao desta (em
cartes ou arquivos de computador). A CDU pode ser comparada a um
dicionrio que define termos, colocando-os em seus prprios
contextos. Atravs do mesmo smbolo de notao para denotar um conceito
especfico, pode auxiliar na traduo de urna lngua para outra, urna
vez que os smbolos permanecem constantes independentemente da lngua
usada nas tabelas.
Tabelas principais
As tabelas principais compreendem as seguintes classes:
O Generalidades 1 Filosofia. Psicologia 2 Religio. Teologia 3
Cincias sociais2 4 (Atualmente vaga) 5 Matemtica e Cincias Naturais
6 Cincias aplicadas3 7 Arte. Recreao. Divertimento. Esporte. 8
Lngua. Lingstica. Literatura.4 9 Arqueologia. Geografia. Biografia.
Histria
Todas as classes podem ser mudadas dependendo da
necessidade.
Notao
A notao tem duas funes bsicas. A primeira e mais importante
mecanizar a ordem. A segunda apresentar um potencial de expresso,
refletindo o planejamento da CDU de acordo com uma hierarquia, de
maneira que a adio de um outro dgito implica na subdiviso do renque
precedente. Freqentemente, mas no sempre, a adio de mais um dgito
suplementar indica um tpico subordinado:
596 597 597.1 597.2 597.3
597.5 597.53
Vertebrados Peixes Acrnios (Leptocrdios). Branquiostorndeos.
Peixe-lanceta. Ciclostrnatos (Marsipobrnquios), e.g. Larnpreias
Elasrnobranchii (Plagiostornata). Peixes cartilaginosos, e.g.
Tubares Teleostei. Peixes dotados de esqueleto sseo Lophobranchii.
Catosteorni, e.g. Peixe-espinho
2 A classe 3 inclui sociologia, antropologia cultural,
demografia, poltica, economia, direito, administrao, assistncia
social, educao, divertimento. 3 A classe 6 inclui medicina,
tecnologia, agricultura, transporte, negcios, administrao,
indstria. 4 A classe 8 tambm inclui filologia.
15
-
597.54 597.55 597.553 597.553.1 597.553.2
Plectognathi, e.g. Peixe-sol Physostomi Malacopterygii
Clupeidae, e.g. Arenque Salmondeos, e.g. Salmo etc.
Nestes exemplos, a notao d a impresso que Vertebrados e Peixes
so coordenados, o que incorreto. Entretanto, isto encurta a notao
de forma que, quando a enumerao de tipos de peixes semelhantes
aparecer na hierarquia inferior, o tamanho da notao possa expressar
a subordinao.
Na CDU, cada dgito deve ser visto como uma frao decimal, menor
que uma unidade. Assim, 5 ser seguido por 50 at 59, 59 por 590/599,
antes de se chegar a 6. Entre 591 e 592 aparecem todas as
subdivises de 5911591.9. Nesta juno, um ponto introduzido para
facilitar a leitura e os nmeros longos so divididos por pontos
depois de cada grupo de trs nmeros:
6 62 622 622.2 622.23 622.233 622.233.4
Cincias Aplicadas Engenharia Minerao Operaes de minerao Escavaes
de minas Perfurao para exploso Perfuradores de martelo
A notao numrica utiliza os numerais disponveis de duas maneiras.
Primeiro, como nmeros principais de 1 a 9 com suas subdivises e
segundo, como nmeros auxiliares. Estes ltimos so nmeros que,
acrescentados aos nmeros principais, expressam facetas adicionais
do assunto como ponto de vista, formas, reas geogrficas, subdivises
cronolgicas etc. Quando forem de aplicao comum, so encontrados nas
tabelas especiais que precedem a classificao principal e se forem
usados somente em casos especiais, aparecem no incio da seo da
classificao qual se referem. Muitos nmeros auxiliares so
distinguidos por smbolos e sinais especficos, os quais so
explicados nas p. 37-52.
Os auxiliares so a caracterstica mais inovadora da CDU, pois
permitem a construo de nmeros compostos (sntese). Um nmero extrado
de um determinado lugar das tabelas e citado isoladamente, seja um
nmero principal ou um auxiliar, um nmero simples, por exemplo,
(410) ou 622. Um nmero criado por sntese, utilizando elementos
extrados de mais de um lugar das tabelas, um nmero composto, por
exemplo 622+669 ou 622(410).
Existem dois os tipos principais de notao auxiliar: comum e
especial. Os auxiliares comuns indicam caractersticas recorrentes
gerais. J as subdivises auxiliares especiais indicam caractersticas
recorrentes locais. Maiores detalhes sobre a natureza e aplicao dos
auxiliares comuns e especiais so dados nas p.40-52.
Existem cinco tabelas de conceitos recorrentes gerais, que podem
ser usadas tanto isoladamente, se for o caso, como para qualificar
conceitos:
16
-
Tabela
Ic ld I e I f Ig
Auxiliares comuns de lngua Auxiliares comuns de forma Auxiliares
comuns de lugar
Smbolo
Auxiliares comuns de raa e nacionalidade Auxiliares comuns de
tempo
=
(0 ... ) (119) (= ... ) " lf
Estas subdivises consistem em tabelas numricas em que os
conceitos so enumerados e agrupados hierarquicamente. Neste
sentido, so semelhantes s tabelas principais, mas distinguem-se
delas pelos smbolos prprios que precedem, ou encerram o nmero. Sua
aplicao ser descrita nas p. 40-46.
Alm dos auxiliares comuns, diversas classes apresentam tabelas
especiais listando conceitos de aplicao apenas local, acompanhadas
de sua notao distinta. Sua descrio apresentada nas p. 50-52 e estas
so tambm discutidas nas notas sobre a aplicao das classes
individuais.
Aplicao em diferentes contextos
O usurio deve ter conscincia de suas necessidades antes de
implementar o esquema, qualquer que seja o seu fim. O detalhamento
e potencial para combinao de conceitos do margem para grande
flexibilidade. essencial distinguir, por exemplo, entre a
necessidade de arranjo na estante, que requer uma abordagem rgida e
comparativamente mais simples, e a necessidade de sistemas de
acesso mltiplo, onde a notao representa cada conceito no documento,
o qual pode ser pesquisado separadamente. Isto pode ser feito em
qualquer sistema de acesso mltiplo, mas especialmente efetivo em um
sistema automatizado. Em todo caso, deve-se manter um registro das
decises locais que foram tomadas para sua aplicao, de forma que o
mesmo mtodo aplicado seja seguido consistentemente. (veja Catlogo
de autoridade, p.28).
Flexibilidade da CDU
A flexibilidade da CDU uma de suas caractersticas mais
importantes. Permite mudanas na ordem de citao (veja p.lS-23),
acesso mltiplo e grande especificidade, que pode ser adaptada para
circunstncias individuais. A distino entre as classificaes
analtico-sinttica e facetada importante.
Classificao analtico-sinttica
Uma classificao analtico-sinttica aquela em que ambos processos
de anlise e sntese acontecem, ou seja, aquela em que estes
conceitos se subdividem em elementos simples (anlise) e, ento, so
combinados (sntese). Isto no implica, entretanto, que os conceitos
e termos expressos na tabela de classificao sejam simples na sua
essncia -podem ser compostos e combinados entre si, ou combinados
com conceitos simples. Por isto, um esquema analtico-sinttico no
automaticamente facetado, embora todos os
17
-
esquemas facetados sejam, pela prpria natureza,
analtico-sintticos. H muitos termos combinados na CDU, por isto ela
no pode ser descrita como um esquema facetado. Por dispor de um
mecanismo poderoso que permite a unio de uma parte da classificao
com qualquer outra, pode ser descrita como uma classificao
analtico-sinttica.
Classificao facetada
Um esquema de classificao totalmente facetado (como a
Classificao de Dois Pontos) enumera somente termos simples nas suas
tabelas. Esquemas como este so construdos sobre uma base
cuidadosamente elaborada, de maneira que uma anlise consistente
dentro de uma rea ou classe principal produza conjuntos de termos
organizados em disposies derivadas da aplicao de um princpio
simples e especfico da diviso. Em Agricultura, por exemplo, as
facetas incluem a faceta Culturas agrcolas (apresentando termos
como trigo, cevada, plantas oleaginosas, cravo etc.), a faceta
operaes (com termos como semeadura, colheita etc.) e a faceta
agentes (fertilizantes, pesticidas etc.). Cada um destes renque
consiste em termos simples que podem ser combinados de acordo com
uma ordem que estabelecida antes que a classificao entre em operao
(veja ordem de citao na p.18-23) ou que possam ser pesquisados
individualmente em um sistema automatizado.
Se o princpio de facetas fosse levado s ltimas consequncias em
uma classificao geral, muitas dos renques sugeridos acima para
Agricultura no seriam enumeradas realmente sob Agricultura, mas
teriam de aparecer em outros lugares na classificao. Culturas
agrcolas, por exemplo, so plantas e, portanto seriam encontradas em
Botnica, onde todas as plantas so enumeradas e qualquer uma delas
que for utilizada para fins econmicos, pode ser utilizada para
ampliar o renque em Agricultura. Esta caracterstica permite futuras
expanses, quando, por exemplo, uma planta que ainda no explorada
comercialmente, passa a ser no futuro. Mas isto tambm resulta em
uma ordem que no til ao fazendeiro, que est mais preocupado com o
tipo de planta que ele deseja plantar ou a poca do ano em que ele
deve plantar e colher. Assim, a ordem que apropriada para o botnico
e a ordem que necessria na Agricultura sero diferentes: esta ltima
(a) ter termos mais seletivos e (b) necessitar selecionar e
distinguir as plantas que so desejveis (culturas agrcolas),
daquelas que so indesejveis (pragas), uma distino que, em princpio,
no feita pelo botnico.
Esta duplicao de termos em classes diferentes no ideal e requer
bom senso na seu agrupamento, mas traz o benefcio de resultar numa
notao menor. Por isto, a CDU adota esta abordagem pragmtica. Se
houver necessidade de futuras extenses, por exemplo, no caso de uma
planta ou animal ser utilizado para fins de alimentao ou de
manufatura, a notao pode ser ampliada atravs do uso das tabelas de
Biologia em 58/59 e da ligao por meio de dois pontos.
Uma classificao totalmente facetada no permite a listagem de
qualquer combinao de termos nas tabelas, e exige que cada conceito
seja representado por termos simples. A CDU no totalmente facetada,
mas os princpios da anlise facetada so inerentes sua estrutura e tm
sido empregados com a conscincia de que seu uso excessivo tomaria
as tabelas mais difceis de usar e no mais fceis. Por exemplo, em
cada indstria de manufaturados os produtos, processos e maquinaria
so enumerados separadamente e podem ser combinados sinteticamente.
Mas cada grande indstria tem
18
-
81BLIOTECA DA PUC Q MG
sua prpria enumerao de facetas, o que parece ser uma soluo
melhor na prtica de indexao e recuperao do que tentar elaborar
listas nicas com todos os processos de manufatura e sua maquinaria.
H, tambm, diversas ocasies em que um termo composto melhor do que
uma combinao de termos simples. O termo receptor de televiso
composto, pois existem outros tipos de receptores, como receptor de
rdio; apesar disso tratado como um conceito simples e pode ser mais
til se expresso
. s assim:
Esta prtica ocorre largamente na CDU, onde, em muitos lugares h
uma considervel enumerao de conceitos compostos. Isto significa que
o usurio deve estar atento estrutura do esquema e no deve
sintetizar conceitos utilizando recursos como os dois pontos,
quando uma combinao j foi feita dentro das tabelas. Entretanto,
existem certas parte~ da classificao onde a abordagem totalmente
facetada, i.e. o assunto dividido em categorias simples e cada
conjunto de termos o resultado da aplicao individual de uma
caracterstica. Um exemplo de uma seo da CDU onde este princpio fot
absolutamente aplicado pode ser encontrado na Classe 504 - Meio
ambiente:
504
504.03
504.05
.052
.054
.055
.056
. 058
504.06
504.062 .2 .4
CINCIA AMBIENTAL. AMBIENTOLOGIA Subdivises auxiliares especiais
para 504
ASPECTOS SOCIAIS E SCIO-ECONMICOS DO IMPACTO PROVOCADO PELO
HOMEM NO MEIO AMBIENTE. ECOLOGIA SOCIAL
EFEITOS NEGATIVOS DA ATIVIDADE HUMANA SOBRE O MEIO AMBIENTE
[EFEITOS] Esgotamento ou exausto dos recursos naturais devido sua
superutilizao ou mal-uso Efeitos de materiais nocivos. Poluio
Efeitos de fatores fsicos. Efeito de vibrao, rudos, calor (poluio
trmica) etc. Destruio, e.g. :355.4 Por guerras
Efeitos de fenmenos naturais modificados pela ao do homem, e.g .
efeito do escoamento superficial de guas
PROTEO DO MEIO AMBIENTE. ADMINISTRAO DA QUALIDADE AMBIENTAL
[PROTEO E CONTROLE] Proteo, uso racional e renovao dos recursos
naturais Uso racional dos recursos naturais Renovao, recuperao,
restaurao dos recursos naturais
5 Os termos simples, composto e complexo ocorrem freqentemente
na literatura da classificao. Simples e composto foram definidos na
p.9. Na CDU, termos simples so expressos por nmeros simples,
normalmente das tabelas principais, mas ocasionalmente das tabelas
auxiliares, e.g. Ie - Auxiliares comuns de espao. Conceitos
compostos so freqentemente expressos no esquema por meio de
subdivises auxiliares especiais. Um assunto complexo (como
observado na p.9), quando dois conceitos normalmente distintos se
interceptam (e.g. Matemtica para engenheiros), geralmente
representado, mas no exclusivamente, por dois pontos ou por um
auxiliar comum.
19
-
.064 .2
.3
.4
504.3 .31 .32 .35 .37 .38
504.4 .42 .43 .45 .453 .454 .455 .456 .47
504.5 .53 .54 .55
504.7 .72 .73 .74 .75
Controle de qualidade ambiental. Controle da poluio Medidas
utilizadas em cincia da conservao. Anlise da situao ambiental
Sistemas e dispositivos de controle da qualidade ambiental.
Sistemas de monitoramento. E.g. :528.8 Tcnicas de sensor remoto
Medidas em engenharia de conservao
MEIO AMBIENTE ATMOSFRICO. [AMBIENTE- ATMOSFERA] Estrutura
atmosfrica Radiao atmosfrica. Temperatura atmosfrica Ventos.
Turbulncia V apor d'gua. Precipitao Clima
MEIO AMBIENTE HIDROSFRICO [AMBIENTE- HIDROSFERA] Ambiente
ocenico e martimo Meio ambiente do lenol fretico. Aquferos. Fontes
Ambientes de gua doce. guas superfciais interiores Meio ambiente
fluvial. Rios. Correntes fluviais Meio ambiente flvio-marinho.
Desembocadura de rios. Esturios . Lagos. Reservatrios. Lagoas
Pntanos. Charcos Meio ambiente glacial. Gelo. Neve
MEIO AMBIENTE LITOSFRICO [AMBIENTE- LITOSFERA] Solo Paisagem.
Ecologia de paisagem Interior da terra
MEIO AMBIENTE BIOSFRICO [AMBIENTE- BIOSFERA] Reino microbiano
Vegetao. Reino vegetal Reino animal Ecologia humana e meio
ambiente
Colocando a classificao desta maneira, uma tabela totalmente
facetada formada em um espao pequeno, permitindo a combinao de
elementos simples, como desejvel, e em uma ordem que melhor se
adapta a cada caso.
Uma classificao facetada normalmente deve listar somente termos
simples dentro de categorias bem distintas. Estes termos podem ser
combinados no momento da entrada (e.g. na construo de nmero de
chamada), o que resulta em um sistema que pode ser descrito como
pr-coordenado; ou podem ser combinados (se usados, por exemplo, em
sistemas online) no momento da busca, o que resulta em um sistema
que pode ser descrito como ps-coordenado.
20
-
Ordem de Citao Se a classificao for usada pr-coordenadamente com
o objetivo de arquivamento ou organizao de livros em estantes no
contexto de uma biblioteca, para a criao de uma listagem sistemtica
em OPAC (Online Public Automatic Cataloging) ou para gerar
bibliografias por assunto, deve-se introduzir ordem e regras para
garantir consistncia, o que chamado de ordem de citao. A ordem
prescrita deve refletir a maneira pela qual a maioria deseja que o
material seja organizado. A combinao de termos isolados resulta na
reunio de todas as informaes sobre o tpico que visto como interesse
primrio e na disperso das informaes sobre outros conceitos. Por
isto, essencial decidir quais conceitos devem ser agrupados e quais
devem ser prontamente dispersos. Esta deciso depender dos objetivos
para os quais se usa a classificao. Contextos variados demandam
permutaes diferentes do mesmo grupo de conceitos.
Ao usar a CDU, perfeitamente possvel expressar muitos conceitos
traduzindo-os nos smbolos do esquema de classificao. tambm possvel
recuperar todos os conceitos individualmente, desde que a seo
apropriada da classificao tenha sido satisfatoriamente escolhida.
Embora os problemas de ordem de citao em recuperao ps-coordenada
comum e automatizada sejam mnimos, os problemas na organizao de
estantes e de arquivos so enormes, uma vez que s possvel colocar um
documento em apenas um lugar, o que exige que a ordem selecionada
seja consistente. Mesmo se o catlogo online for usado, o raciocnio
semelhante, uma vez que muito til percorrer a sequncia classificada
para se ter uma idia do que ela contem sobre um determinado
assunto. No contexto da biblioteca, com catlogo classificado, os
problemas de disperso destes relativos dispersos so superados pela
entrada mltipla e o ndice do catlogo.
Quando se decide sobre a ordem de citao, deve-se considerar os
tipos de facetas que ocorrem no largo espectro das diferentes reas
de conhecimento. As seguintes categorias so as que ocorrem mais
freqentemente em documentos:
Subdivises comuns Forma do documento Tempo. Aspectos histricos
Espao. Subdivises de lugar Pesquisa, educao, comunicao e informao
sobre o assunto; aspectos
administrativos e legais Influncia e relaes com outras reas
Princpios e teoria Agentes
Aes
Pessoas e organizaes Instalaes e equipamentos
Processos Operaes
Propriedades Materiais Partes Entidades inteiras Sistemas de
entidades
21
-
Esta a ordem na qual os materiais so comumente organizados na
estante ou na seo de novas aquisies. Apresenta um arranjo que vai
dos elementos mais abstratos para os mais concretos. Uma tabela
criada desta maneira chamada de tabela invertida. Quando esta srie
traduzida em uma ordem de citao, para que se construa um dado nmero
de chamada com a combinao dos elementos, ela invertida, de tal
forma que todos os materiais sobre o aspecto mais importante sejam
mantidos juntos. O arranjo mais utilizado conhecido como a ordem de
citao padro, que aproveita a estrutura do esquema, como pode ser
observado abaixo. Novamente, fundamental ser consistente onde as
decises se fizerem necessrias. A ordem de citao padro apresenta a
seguinte estrutura:
Coisa - Tipo - Parte - Material - Propriedade - Processo -
Operao - Agente - Espao -Tempo
Esta ordem pode ser ajustada a situaes individuais, mas til t-la
como guia. Uma das vantagens da CDU sua flexibilidade de adaptar a
ordem de citao s necessidades locais. Deve-se observar, entretanto,
que se o esquema for usado para o intercmbio de informaes, todos os
usurios devero adotar a mesma ordem de citao. H muitos lugares onde
esta ordem j est embutida nas hierarquias listadas e,
conseqentemente, na estrutura do esquema. O seguinte excerto
condensado da tabela em 52 demonstra a maneira como isto
acontece:
52
52-1 -12 -121 -123
-3 -323 -325 -327
-4 -42 -43 -44
-5 -52 -54 -55
-6 -62
ASTRONOMIA
Subdivises auxiliares especiais
Modo de tratamento. Mtodos de trabalho Pesquisa inicial Objetos
no-identificados Hipteses iniciais
Propriedades e fenmenos, especialmente geomtricos Posio
Movimento Rotao
Processos de corpos e sistemas Interaes entre corpos dentro de
sistemas. Colises Condensao. Acrscimo Desintegrao. Separao. Perda
de massa
Estgios no desenvolvimento de corpos e sistemas Origem. Formao.
Cosmogonia Evoluo. Mudana de estado ou de estrutura Estabilidade.
Equilbrio
Processos de radiao Emisso. Luminescncia
22
-
-64 -65
8 -82 -83 -834 -816 -8.3 7
520 .I .2 .22 . 3
.6
520.6.02 .03 .04 .05 .07 .08
520.62 .64 .66 .68 .8
521
523
. 1
.3
.8
.81
.83
.84
.85
.86
.87
.2
.21
Transferncia radioativa Propagao
Partes e caractersticas de sistemas individuais Interior. Regio
central. Cabea (coma) do cometa Superfcie. Caractersticas da
superfcie Superfcie slida. Litosfera Oceanos. Hidrosfera
Fotosfera
Divises principais INSTRUMENTOS E TCNICAS ASTRONMICAS
Observatrios Telescpios astronmicos Telescpios pticos para fins
gerais Instrumentos auxiliares. Instrumentos de registro .
Instrumentos para ambientes especficos
Subdivises auxiliares especiais Instrumentos instalados em
aeronaves Instrumentos instalados em bales Instrumentos instalados
em foguetes Instrumentos instalados em satlites Instrumentos
instalados em sondas espaciais Instrumentos para observaes
colocados na Lua e em outros corpos celestes
Divises principais Detectores de ondas eletromagnticas.
Espectrmetros. Polarmetros Analisadores de plasma (in situ).
Analisadores de ons. Magnetmetros Detectores de partculas
supratrrnicas Detectores de poeira Tcnicas de observao, medida,
anlise
ASTRONOMIA TERICA. MECNICA CELESTE Mecnica celeste. Princpios
gerais de astronomia mecnica . Determinao da rbita Aspectos
astromtricos de eclipses, trnsitos, ocultaes Eclipses do sol e da
lua Fenmenos de satlites e anis Trnsitos de planetas pelo Sol
Ocultaes pela lua Ocultaes por planetas e seus satlites Ocultaes
por cometas
O SISTEMA SOLAR Propriedades gerais do Sistema Solar Leis de
distribuio planetria
23
-
524
.23
.24
.3
.31
.34
.4
.41
.42
.43
.44
.45
.46
.1
.3
.31
524.31.01 .02 .04 .08
524.6 524.62
.63
.64
.66
.68
Conjunes e oposies Movimentos do Sistema Solar no espao Lua.
Sistema Terra-Lua A Terra como corpo astronmico Lua. Selenologia
Planetas e seus satlites. Planetologia Mercrio Vnus Marte Planetas
menores (Planetides. Asterides) Jpiter Saturno
ESTRELAS. SISTEMAS ESTELARES. O UNIVERSO Raios csmicos. Raios
csmicos primrios Estrelas Estrelas de acordo com luminosidade e
tipos espectral
Subdivises auxiliares especiais Estrelas supergigantes. Estrelas
da classe I Estrelas gigantes. Estrelas das classes 11 e Ill
Estrelas subgigantes. Estrelas da classe IV Estrelas ans e subans.
Estrelas da classe V
Divises principais
A Galxia. Via-Lctea Parmetros estruturais da Galxia Regio local
da Galxia. Vizinhana do Sol Centro galtico. Ncleo da Galxia Braos
espiralados da Galxia Halo da Galxia
Atravs de uma exame desta seo da tabela juntamente com as
categorias listadas na ordem de citao padro possvel identificar os
elementos individuais:
COISAS TIPOS
PARTES
MATERIAIS PROPRIEDADES PROCESSOS
524 524.31.01 524.31.02 524.31.03 524.6 524.63 524.64 -8
subdivises
No aplicvel -3 subdivises -4 subdivises
Universo. Estrelas, etc. Estrelas supergigantes Estrelas
gigantes Estrelas subgigantes, etc. A Galxia Regio local da Galxia
Centro galtico, etc. Partes e caractersticas de sistemas
individuais
Propriedades e fenmenos Processos dos corpos e sistemas
24
-
OPERAES -1 subdivises
AGENTES 520
Modo de tratamento. Mtodos de trabalho, etc. Instrumentos e
tcnicas astronmicas
Isto demonstra diversos tipos de conceitos que podem ser
identificados dentro da ordem de citao padro. A nica omisso
Materiais, que no apropriado a esta rea.
Em locais onde a estrutura do esquema no tem uma ordem de citao
embutida, o usurio tem a opo de seguir a ordem mais apropriada para
sua necessidade individual. A deciso a respeito da ordem de citao
pressupe uma compreenso dos princpios da anlise facetada. A CDU,
providencialmente, promoveu esta abordagem na organizao de assunto,
mas na sua aplicao prtica, o usurio deve registrar todas as decises
a respeito da ordem escolhida e suas razes no catlogo de autoridade
(veja tambm p. 28).
Anlise de Assunto
necessrio tomar algumas decises para aplicar, com sucesso, uma
classificao analtico-sinttica como a CDU. Uma delas a ordem de
citao que melhor de adapta situao local. Sob este prisma, ao
classificar um documento especfico, o indexador ou classificador
deve seguir alguns procedimentos.
Primeiro, deve-se determinar o assunto do documento, seguindo os
seguintes passos:
(i) Identificar a principal rea de conhecimento em discusso (ii)
Selecionar a classe principal apropriada (iii) Separar os vrios
conceitos contidos no documento e design-los ao
grupo especfico determinado pela frmula de ordem de citao padro
(i.e. distinguir Agentes, Processos, Operaes etc. de cada um)
(i v) Seguir a ordem de combinao que foi escolhida para o
sistema em questo e reagrupar os elementos, colocando as notaes da
CDU nesta ordem
Segundo, deve-se considerar a forma em que o material
apresentado. Isto pode estar relacionado com
(i) A apresentao em relao o significado do assunto, e.g. tratar
da histria ou leis sobre um determinado assunto, ou ter conexes com
outras reas (estas formas so algumas vezes descritas em livros
didticos ou de classificao como formas internas). Estes conceitos
podem ser expressos na CDU tanto por meio da notao da Tabela ld-
Auxiliares comuns de forma ou, se o conceito apropriado no estiver
na tabela, por meio da combinao com dois pontos.
(ii) A forma fsica, e.g. como jornal, vdeo, enciclopdia etc.
quando nestes casos deve-se aplicar um nmero apropriado da Tabela
Id. Em alguns casos, esta tabela pode ser ampliada, por exemplo,
a(s) Ingua(s) de um dicionrio podem ser representadas com a Tabela
Ic.
25
-
Maiores explicaes e exemplos so dados na seo seguinte, que trata
da aplicao dos diversos auxiliares.
Somente nesta fase que deve-se observar os requisitos locais.
Por exemplo, pode-se ter decidido que em uma situao especfica,
seria melhor arranjar todos os peridicos especializados juntos ou
arquivar todos as obras em uma determinada lngua juntas. A CDU
permite este procedimento, que ser exemplificado na prxima seo, mas
a quebra da ordem de citao desta maneira deve resultar de medidas
decisrias consistentes e, por isto mesmo, registradas no catlogo de
autoridade.
Uma vez que o documento foi analisado em seus elementos simples,
a estrutura das tabelas da CDU auxilia no reagrupamento das partes
constituintes. O procedimento normal ser selecionar primeiro, das
tabelas principais da CDU o nmero junto com qualquer um dos
auxiliares especiais. Depois, deve-se escolher as notaes ligadas
por um dos mecanismos de conexo (como os dois pontos) e finalmente,
aplicar os nmeros das tabelas auxiliares comuns. A ordem para
aplicao geralmente comea com os auxiliares de Pessoas e Materiais,
seguidos pelos auxiliares comuns de Ponto de vista, depois os de
Lugar e Tempo e finalmente, de Forma e Lngua.
Os exemplos dados anteriormente para Astronomia e Meio ambiente
demonstram que em muitos casos a ordem de citao j est embutida na
estrutura das tabelas, o que facilitar a anlise do indexador. Da
mesma forma, um arranjo como
677.02 677.05 677.051.122
Processos da indstria txtil Maquinaria e equipamento txtil
Equipamento, mquinas para tratamento das matrias-primas antes da
dissoluo ou fuso. ~677.021.122
demonstra que o processo dentro da Indstria txtil, notado como
.02, so subordinados maquinaria usada, notada como .05. Em 616/618-
Patologia, doenas individuais so listadas com duas tabelas
auxiliares; a primeira introduzida por -00, indicando sintomas e a
segunda introduzida por -0, indicando tratamento. Esta a ordem
lgica, uma vez que o procedimento normal no tratar uma doena at que
os sintomas se manifestem. As observaes seguintes sobre classes
individuais sugerem combinaes teis e demonstram a importncia de se
fazer primeiro uma anlise cuidadosa, aplicando em seguida a
classificao para, finalmente, registrar a deciso no catlogo de
autoridade.
Concluso
Este livro tem o objetivo estrito de ser um guia para aplicao da
CDU. Foi necessrio, nesta seo, mencionar vrios pontos que tratam da
teoria da classificao bibliogrfica em geral. Estes pontos so
devidamente tratados em diversos livros sobre este assunto,
26
-
os quais deveriam ser consultados para um estudo mais
aprofundado dos diversos pontos apresentados.6
6 Segue uma seleo de obras em ingls sobre a teoria da
classificao bibliogrfica:
AITCHISON. J. e GILCHRIST, A. Thesaurus construction: a
practical manual. 2 ed. Londres: Aslib, 1987. (especialmente a seo
F) CHAN, L. M. Subject analysis: a source book. Lttleton, Col.:
Lbraries Unlimited, 1985. FOSKETT, A. C. The subject approach to
information. 4.ed. Londres: Bingley, 1982. MILLS, J. e BROUGHTON,
V. Bliss bibliographic classification. vol.l. Introducton and
auxiliary schedules. Londres: Butterworths, 1987. ROWLEY, J. E.
Organising knowledge. 2.ed. Aldershot: Ashgate, 1992. VICKERY, B.
C. Faceted classification: a guide to the constructon and use
ofspecial schemes. Londres: Aslib, 1960.
27
-
OBSERVAES SOBRE A APLICAO PRTICA Uso do ndice para o esquema
Deve-se lembrar que o ndice de qualquer edio publicada da CDU
uma ajuda adicional ao classificador, e no um meio primrio de
classificao. Ao classificar um documento, procede-se anlise de
assunto, como discutido nas p.23-24 e, uma vez decidida a rea de
assunto qual pertence o item em questo, deve-se examinar a seo da
classificao que trata daquela rea de assunto. Quando a seo for
encontrada, o ndice deve ser usado para conferir a propriedade da
classe selecionada e a localizao dos assuntos afins. Classificar
somente pelo ndice uma prtica perigosa. A estrutura
analtico-sinttica da CDU toma este um procedimento leviano, uma vez
que o ndice deve ser usado apenas como um indicador para as
tabelas.
Subdiviso paralela
Quando uma parte da classificao subdividida como uma outra, isto
indicado com o smbolo~.
611
611.1/.8 .1
ANATOMIA Subdivises principais ANATOMIA SISTEMTICA. RGOS
Angiologia. Sistema cardiovascular. Vasos sanguneos 611.11/.14 ~
616.11/.14 i.e. 611.11
.12
.13
.14
.16
Pericrdio Corao. Endocrdio. Miocrdio Artrias. Aorta Veias Vasos
capilares
Estes nmeros so criados tomando-se parte da notao em
616.11/.14:
616.1/.9 PATOLOGIA ESPECIAL .1 Patologia do sistema circulatrio,
vasos sanguneos. Doenas
cardiovasculares .11 Pericrdio. Epicrdio .12 Corao. Doenas
cardacas. Doenas dos trios, aurculas, cmaras,
ventrculos, vlvulas .
. 13 Artrias
.131 Artria pulmonar
.132 Aorta
.14 Veias
A classificao criada por subdiviso paralela, tomando as notaes a
partir de 616 para expandir conceitos similares em todo o esquema.
Os nmeros afetados so indicados em itlico e negrito. Quando a
subdiviso paralela acontece, as subdivises
29
-
resultantes so paralelas tabela de referncia, mas so normalmente
bastante distintas conceitualmente, de maneira que haveria
recuperao indevida se, ao contrrio, os dois pontos fossem usados.
Por exemplo, as subdivises de 611.3 e 616.3 so paralelas, mas uma
pessoa que busque Anatomia do estmago, no desejaria recuperar ao
mesmo tempo todos os itens da patologia do estmago.
Referncias
Para chamar a ateno aos aspectos relacionados a um dado assunto,
a seta ~ usada para indicar Ver tambm
617.7 Oftalmologia. Afeces oculares e seu tratamento ~ 611.84;
681.784
Recuo (ou indentao)
Deve-se dar ateno especial ao recuo na hierarquia das tabelas.
Para indicar subordinao de tpicos, algumas edies omitem o nmero
principal e simplesmente fornecem a parte que segue o ponto
decimal.
576 .3 .31 .311
.3
. 31
.34
.348 .2
BIOLOGIA CELULAR E SUBCELULAR. CITOLOGIA Citologia geral
Morfologia da clula Citoplasma Estrutura do citoplasma Grnulos
.
Organelas diversas do citoplasma
Organelas de sentido especial Clios. Flagelos
Em algumas edies, como a holandesa, o nmero sempre repetido, mas
em outras edies, como a Intemational Medium Edition: English text
(1985-88) e Extensions and Corrections to the UDC at a Srie 14:3
inclusive, o nmero principal do qual forma-se a parte, no indicado.
Isto pode causar confuso se o princpio no for compreendido,
especialmente quando h mais de um ponto decimal:
616.89-008.441.3
.4
.42
.44
.45 .442
.31
.32
Perverses patolgicas
Diminuio e abolio Sitofobia. Averso patolgica ao alimento.
Anorexia nervosa
Suicdio Automutilao Psicopatologia sexual
Exibicionismo Fetichismo. Frottage
30
-
.332 Sadismo ...
Toma-se difcil manter os nmeros principais nestes casos devido
ao leiaute; o nmero para sadismo, por exemplo,
616.89-008.442.332
reas relacionadas
Quando aplica-se a classificao, deve-se tomar cuidado para no
ocorrer a classificao cruzada na designao de conceitos para uma
dada rea. Por exemplo, relaes internacionais pode remeter tanto a
Relaes internacionais em 327 como Direito internacional em 341.
Para se fazer a conexo, o procedimento normal seria confiar no
ndice alfabtico ou na busca de palavras-chave de um sistema
especfico, ao invs de se criar nmeros como 327+341, por exemplo. A
combinao de nmeros para expressar todos os conceitos de uma rea de
assunto pode resultar numa notao longa. A estrutura da CDU visa a
clareza dos componentes dos nmeros de classificao, o que toma
desnecessrio criar, aleatoriamente, nmeros de classificao muito
extensos. Uma percepo da distribuio de tpicos relacionados de
acordo com uma grande rea essencial e decisiva. Entradas adicionais
e outros mecanismos deveriam ser empregados para esclarecer a
distribuio de conceitos. Se o esquema for usado somente para busca
ps-coordenada, no h possibilidade de confuso.
Edies em outras lnguas
Muitas edies utilizam uma linha preta vertical do lado da pgina
para indicar locais onde os auxiliares so listados,
556 1 .023 1 .024 I .o2s 1 .028 1 .04 1 .06
591 1 .04 I
Hydrosphlire. Wasser im allgemeinen. Hydrologie Laboratorien und
Arbeit in Laboratorien Stationen und Feldarbeit im allgemeinen
Dienst und Netzwerke. Netzwerkplanung Reprasentative und
experimentelle Einzugsgebiete Beobachtungen. Daten. Angaben.
Aufzeichnungen Vorhersagen. Technik hydrologischer Vorhersagen
[Dezimalklassfikation. Intemationale mittlere Ausgabe. 2 Aufl.
1978]
ZOOLOGIA GERAL Fsica y qumica de las clulas y de los organismos
en general. Absorcon Qumica fisiolgica y metabolismo en general.
Composicin del cuerpo
[ Clasificacin decimal universal. Edicin abreviada espafiola. 6a
ed. 1991]
Esta no a prtica nas edies em ingls, onde prefere-se os
cabealhos ao lado da pgina, como nas Divises auxiliares especiais.
A prtica na lngua da edio em questo deve ser observada.
31
-
Criao de um ndice alfabtico de assunto
Uma caracterstica til da CDU sua habilidade de indicar fenmenos
que ocorrem em mais de uma classe. Conceitos como gua podem ser
relevantes para a oceanografia, geografia, hidrologia, sade pblica
etc. Da mesma forma, conceitos como migrantes podem ocorrer na
sociologia, poltica, direito, educao etc. A presena de um nmero
representando um conceito, independente do contexto, indica a
necessidade de indexar o termo apropriado na prtica. Por exemplo,
nas seguintes entradas do ndice, o termo e a notao para imigrantes,
-054.7, podem ser facilmente diferenciados:
Imigrantes estrangeiros: status legal: direito civil
347.176.1-054.7 Imigrantes: movimentos populares: relaes internas:
poltica 323.1-054.7 Imigrantes: grupos sociais: Sociologia
316.356.4-054.7
Catlogo de autoridade
Em uma classificao, acima de tudo, essencial para o usurio
compilar um catlogo de autoridade relacionado com a aplicao local
do esquema, no qual todas as decises devem ser anotadas. Isto serve
como um lembrete das aes que foram tomadas e estabelece uma
referncia para futuros classificadores, de forma que as geraes
futuras seguiro o mesmo procedimento de acordo com as decises
tomadas. Ser consistente essencial e, com um esquema to flexvel,
existe o perigo de se tomar diferentes decises em pocas diferentes
ou por classificadores diferentes. O estabelecimento e aderncia a
uma ordem particular de citao auxilia no s a organizao na estante
mas tambm a criao de uma sequncia classificada seja ela online,
impressa ou em ficha. Um catlogo de autoridade deve ser pesquisvel
atravs da notaes da CDU ou dos termos da linguagem natural. Este
catlogo lista todas as notaes (simples, composta ou complexa) que
esto presentes no sistema utilizado pelo usurio, com cada termo (ou
termos) expresso por esta notao.
32
-
SUMRIO DO CONTEDO DA CLASSIFICAO O seguinte esquema no est
baseado nos termos utilizados de fato nas tabelas de qualquer edio
especfica da CDU. simplesmente um guia para o arranjo de reas e
subreas, estruturado com os termos mais comumente utilizados para
express-los.
AUXILIARES COMUNS
Tabela Ia Ib Ic Id I e If Ig Ih
li lk
Coordenao. Extenso Relao. Subgrupamento. Ordenao Auxiliares
comuns de lngua Auxiliares comuns de forma Auxiliares comuns de
lugar Auxiliares comuns de raas e nacionalidade Auxiliares comuns
de tempo Especificao de assunto por notaes que no pertencem CDU
(e.g. 119, A/Z) Auxiliares comuns de ponto de vista Auxiliares
comuns de materiais; auxiliares comuns de pessoas e caractersticas
pessoais
CLASSES PRINCIPAIS (e algumas reas e subreas listadas sob cada
uma)
o 01 02 030 050 06 069 070 08 09
1 101 11 13 14 159.9 16
2 21 22 23/28 29 291
GENERALIDADES BIDLIOGRAFIA BIDLIOTECONOMIA ENCICLOPDIAS. OBRAS
GERAIS DE REFERNCIA PUBLICAES SERIADAS. PERIDICOS ORGANIZAES E
ASSOCIAES MUSEUS JORNAIS. JORNALISMO POLIGRAFIAS. OBRAS DE AUTORIA
COLETIVA MANUSCRITOS. OBRAS RARAS E NOTVEIS
FILOSOFIA. PSICOLOGIA Natureza e funo da filosofia Metafsica
Filosofia da mente Sistemas filosficos PSICOLOGIA Lgica.
Epistemologia
RELIGIO. TEOLOGIA TEOLOGIA NATURAL A BBLIA CRISTIANISMO RELIGIES
NO-CRISTS Estudo e histria comparada das religies
33
-
292 293 294 294.3 294.35 294.5 294.553 295 296 297 298 299
299.512 299.513 299.52
3 304 308 311 314 316 32 327 33 34 341 343.9 35 355/359 36 364
368 369 37 39 391 392/394 395 396
5 502 504 51 52 528 529
Religies gregas e romanas da Antiguidade. Mitologia clssica
Religies dos povos germnicos e leto-eslavos Religies do hindus
Budismo Jainismo Hindusmo Sikhismo Zoroastrismo. Mitrasmo Judasmo
Isl. Maometanismo Religies e movimentos religiosos recentes Outras
religies Confucionismo Taosmo Xintosmo
CINCIAS SOCIAIS Questes sociais. Prtica social Sociografia.
Estudos descritivos da sociedade Estatstica Demografia SOCIOLOGIA
POLTICA Relaes internacionais ECONOMIA DIREITO. JURISPRUDNCIA
Direito internacional Criminologia ADMINISTRAO PBLICA. GOVERNO
CINCIA MILITAR ASSISTNCIA SOCIAL Servio Social Seguro Seguro social
EDUCAO ETNOLOGIA. FOLCLORE Vesturio Costumes Etiqueta FEMINISMO
CINCIAS NATURAIS Estudo e conservao da natureza Cincia
ambiental. Ambientologia MATEMTICA ASTRONOMIA Geodsia, Cartografia
Cronologia
34
-
53 54 548 549 55 551.5 551.7 552 553 556 56 57 572 573 574 575
576 577 578 579 58 59
6 61 619 62 621 621.3 621.38 622 623 624 625.1/.5 625.7/.8
626/627 628 629 63 630 6311634 635 636/638 639 64 641/642
FSICA7 QUMICA8 Cristalografia Mineralogia CINCIAS DA TERRA
Meteorologia. Climatologia Estratigrafia Petrologia Geologia
econmica Hidrologia PALEONTOLOGIA CINCIAS BIOLGICAS Antropologia
Biologia geral Ecologia Gentica Citologia Bioqumica. Biofsica
Virologia Microbiologia Botnica Zoologia
TECNOLOGIA CINCIAS MDICAS Medicina veterinria ENGENHARIA9
Engenharia mecnica Engenharia eltrica Dispositivos eletrnicos
Minerao Engenharia militar Engenharia civil Engenharia ferroviria
Engenharia rodoviria Engenharia e construo hidrulica Engenharia de
Sade Pblica Engenharia de veculos de transporte AGRICULTURA E
CINCIAS E TCNICAS AFINS S il vicul tura Administrao de
estabelecimentos agrcolas Horticultura Criao de animais domsticos
Caa. Pesca ECONOMIA DOMSTICA Preparao dos alimentos. Refeies
7 Uma expanso mais completa desta classe dada na p. 74. 8 Uma
expanso mais completa desta classe dada na p. 75. 9 Um sumrio mais
completo desta classe dado nas p. 86-87.
35
-
643/649 65
651 654 655 656 657 658 659 66 669 67/68
69
7 71 72 73 74 7451749 75 76 77 78 79 791.43 792 793 794
796799
8 80 81 811 82 821
9 902 903 904 908 91
Administrao e equipamento domstico Organizao e administrao da
indstria, comrcio e comunicaes Administrao de escritrios
Telecomunicaes IMPRESSO. PUBLICAO. COMRCIO DE LIVROS SERVIOS DE
TRANSPORTES E SERVIOS POSTAIS Contabilidade Administrao de empresas
Publicidade. Propaganda. Relaes pblicas TECNOLOGIA QUMICA10
Metalurgia INDSTRIAS, ARTES INDUSTRIAIS E OFCIOS DIVERSOS 11
INDSTRIA DA CONSTRUO
ARTE PLANEJAMENTO REGIONAL ARQUITETURA ARTES PLSTICAS DESENHO
ARTES APLICADAS PINTURA ARTES GRFICAS FOTOGRAFIA MSICA RECREAO.
DIVERSES Cinema Teatro Dana Jogos de mesa e tabuleiro Esporte
LNGUA, LINGUSTICA, LITERATURA FILOLOGIA LINGUSTICA Lnguas
LITERATURA Literatura das diversas lnguas
GEOGRAFIA, BIOGRAFIA, HISTRIA ARQUEOLOGIA Pr-histria Restos
culturais dos tempos histricos ESTUDOS DE REA GEOGRAFIA
10 Uma expanso mais completa desta classe dada na p. 97. 11 Uma
expanso mais completa desta classe dada na p. 101.
36
-
929 929.5 929.6 93/99 930 930.25 930.27 931 94 940 950 960
970/980 990
BIOGRAFIA Genealogia Herltica HISTRIA Cincia da histria Arquivos
Epigrafia, Paleografia Histria antiga12 Histria geral Histria da
Europa Histria da sia Histria da frica Histria das Amricas Histria
da Oceania, das Regies polares, Australsia etc.
12 Classe extinta na Edio-Padro Internacional em Lngua
Portuguesa (1997), cujo conceito foi deslocado para a classe 94,
que passou a ser expressa com 0~auxlio das tabelas auxiliares.
37
-
TABELAS AUXILIARES DA CDU
Princpios fundamentais das tabelas auxiliares
Cada edio estabelece, no incio das tabelas, os smbolos
auxiliares comuns e subdivises na Tabela I com observaes sobre sua
aplicao e, na Tabela li, os smbolos e tcnicas dos Auxiliares
Especiais. As subdivises auxiliares especiais denotam
caractersticas com recorrncia local. As tabelas de auxiliares
fornecem notao para:
(a) relaes e (b) conceitos recorrentes
As subdivises auxiliares comuns consistem de tabelas numricas,
nas quais os conceitos so enumerados e arranjados hierarquicamente.
Neste sentido, elas se parecem com as tabelas principais, mas
distinguem-se pelos smbolos prprios que precedem ou encerra o
nmero. Algumas caractersticas, tais como tempo e local, so
relevantes para praticamente todos os fenmenos, enquanto outras,
como lngua e forma documentria, tomam-se relevantes no momento em
que o fenmeno passa a ser o assunto de um documento. Quando uma
dada caracterstica de diviso se repete na classificao, conveniente
e mnemnico expressar a faceta resultante com a mesma notao, onde
quer que ela ocorra, o que tambm toma possvel destacar e arrolar em
separado os algarismos que a exprimem. Desta forma, teoricamente
possvel ligar estas notaes a cada um dos nmeros de classificao das
tabelas principais, permitindo, assim, uma representao mais
especfica de qualquer conceito do sistema. Quando usadas desta
maneira, elas exigem um smbolo adicional para identificar a
caracterstica de diviso (um indicador de faceta); por exemplo, os
dgitos de I a 9 tm diferentes significados, mas quando eles esto
dentro de parnteses, indicam que a faceta de lugar est sendo
citada,
(44) Frana
enquanto que as aspas indicam faceta de tempo,
"1944" O Ano de 1994
Alguns destes smbolos tm mais de um objetivo, e seu significado
depende do dgito que segue imediatamente; por exemplo, o primeiro
parntese pode ser seguido de um O, denotando forma,
(03) Obras de referncia
ou seguido de 1 a 9, denotando lugar
(3) Mundo Antigo
A parte numrica da notao auxiliar pontuada a cada terceiro
dgito, como ocorre nas tabelas principais, como no seguinte exemplo
da Tabela le Auxiliares comuns de lugar:
39
-
(729.724) St. Kitts-Nevis-Anguilla
Uma exceo a Tabela lg- Auxiliares comuns de tempo (veja p.
45-46)
Os auxiliares comuns dividem-se em dois grupos: os auxiliares
independentes e os dependentes, que encontram-se nas Tabelas Ic a
Ig - Auxiliares comuns de lngua, forma, lugar, grupo tnico e tempo.
Embora possam estar apropriadamente ligados a qualquer nmero da
CDU, podem tambm ser usados independentemente, para formar um nmero
de classificao completo de um documento. Se ficasse decidido que um
conceito especfico seria expresso atravs de apenas um determinado
auxiliar, na classificao de mapas, por exemplo, isto poderia ser
feito citando o auxiliar de lugar apropriado da Tabela Ie.
Igualmente, enciclopdias gerais ou publicaes peridicas cobrindo um
grande nmero de assuntos, podem ser classificadas com a Tabela ld
-Auxiliares comum de forma; podem tambm ser divididos por um outro
auxiliar comum, e.g. enciclopdias podem ser subdivididas por lngua
(Tabela lc), e peridicos podem ser subdivididos por tempo (Tabela
lg).
A maioria dos auxiliares independentes tm indicadores de faceta,
os quais mostram o incio e o fim do smbolo, por exemplo, parnteses
e aspas, sendo que as notaes introduzidas por estes podem ser
inseridas no meio do nmero (a nica exceo a notao para Tabela Ic -
lnguas; procedimentos especiais so tomados quando for necessrio).
Isto permite a alterao da ordem da citao desejada em casos
particulares, tornando possvel vrios arranjos,
(410) ( 41 0)622.33 622(410).33 622.33(410)
Gr-Bretanha. Reino Unido da Gr-Bretanha e Irlanda do Norte
Gr-Bretanha- minerao de carvo Minerao- Gr-Bretanha- carvo Minerao
de carvo- Gr-Bretanha
As subdivises auxiliares especiais, diferentemente daquelas dos
auxiliares comuns, no so listadas em um nico lugar e, por definio,
no tm uma aplicabilidade to abrangente. Ocorrem em diversos locais
das tabelas e expressam conceitos que so recorrentes, mas que se
situam numa faixa limitada de assunto. A maioria das subdivises
auxiliares especiais so enumerativas. A nica exceo o apstrofo em
certas partes do esquema, como em 54 - Qumica, onde tem uma funo
sintetizadora. Subdivises especiais so aplicveis somente onde
indicadas e a mesma notao pode ser usada com um significado
diferente. So sempre listadas como sufixo de outros nmeros e no
podem ser usadas independentemente. Aparecem geralmente logo abaixo
do nmero principal, onde so vlidas. Se nenhuma outra indicao for
dada, elas so aplicveis em todas as subdivises diretas daquele
nmero. Por exemplo, sob 621.22 esto listadas as subdivises
auxiliares especiais 621.22.01 at .O 18. No existe nenhuma instruo
em relao sua aplicabilidade; por isto, podem ser usadas como
sufixos para o prprio 621.22, ou para os dgitos que seguem 621.22;
e.g .. 01 at .018 podem ser extrados e adicionados a qualquer nmero
principal de 621.221 at 621.227.3. Assim:
621.22.018 Eficincia. Potncia. Provas de desempenho (e.g.
maquinaria hidrulica em geral)
40
-
implica a possibilidade de:
621.227.1.018 Eficincia, potncia e provas de desempenho de
carneiros de Montgolfier
Da mesma forma, em 621.3, a srie permite a seguinte construo de
nmeros:
621.3.01 621.3.025 621.396.662.019.3
Engenharia eltrica - teoria Corrente alternada Sintonizao de
rdio e mecanismos de regulagem -fatores de segurana
sempre explicado em notas a aplicao destas subdivises
auxiliares, assim como qualquer limitao de seu emprego. Deve-se
prestar muita ateno a estas instrues. Elas ocorrem somente no incio
destas tabelas e no so repetidas nas pginas subseqentes, e.g. na
entrada para 62-1/-9 existe uma observao afirmando que estes
auxiliares especiais so aplicveis em 62/69 exceto quando observado;
em 62-3 h uma observao dizendo que 62-3 e subdivises no so
aplicveis em algumas sees de 62/69, e observaes correspondentes
aparecem no incio de cada seo, onde os auxiliares 62-3 ... no so
aplicveis.
Subdivises auxiliares especiais podem tambm ocorrer junto com
outras sries de auxiliares, por exemplo, no comeo da Tabela Ie-
Auxiliares comum de lugar. Elas podem ser usadas na forma em que
aparecem,
(1-22) (1-772)
Vilas. Vilarejos. Aldeias reas no-desenvolvidas,
subdesenvolvidas.
onde (1) significa lugar em geral, ou em conjuno com outro nmero
extrado da tabela,
(450) (450-22) (450-772)
Itlia Vilas da Itlia Regio subdesenvolvida da Itlia
Um nmero composto formado desta maneira continua sendo um
auxiliar, que pode qualificar um nmero principal, e.g.
338.439.4(450-772) Economia da produo de alimentos em regies
subdesenvolvidas da Itlia
Das notaes usadas nos auxiliares especiais, trs tipos principais
so descritos e diferenciados nas Tabelas auxiliares, Seo 11
(p.50-52): a srie do hfen -11-9, a srie do ponto zero .01/.09 e
srie do apstrofo '1/'9. (.O quase sempre utilizado para introduzir
subdivises auxiliares especiais, mas existem algumas excees).
41
-
Dgitos finais
Existe uma outra ferramenta usada em certos lugares, de maneira
similar s tabelas auxiliares, mas sem nenhum indicador de faceta. o
uso de auxiliares com trs pontos .. 1/ ... 9, os quais so chamados
de dgitos finais. O uso dos pontos simplesmente indica o espao para
ser preenchido com outra notao. Um exemplo ocorre em 539.12
-Partculas elementares e simples. Ao adicionar os dgitos finais,
deve-se observar a regra de pontuao de colocar um ponto depois do
terceiro dgito consecutivo:
Decaimento 539.12 .. .13 539.121.3 539.128.4 539.128.413
Decaimento das partculas em geral Partculas alfa Decaimento das
partculas alfa
Ento os dgitos ... 13, significando Decaimento podem ser
adicionados diretamente a 539.128.4- Partculas alfa, para designar
539.128.413- Decaimento das partculas alfa.
A prtica varia em diferentes sees da classificao. Em algumas
classes, como as citadas acima, os dgitos finais podem ser
adicionados a qualquer nmero na tabela. Em outras classes, por
exemplo 661.8 - Compostos qumicos, podem ser adicionados somente
nas subdivises do nmero no qual eles esto listados. Observaes so
dadas sobre este procedimento.
Um caso especial do uso dos dgitos finais ocorre em 7.03, onde
eles so usados como dispositivo recomendando a ordem de citao que
intercala o auxiliar de lugar em um determinado ponto:
7.034 ... 5 Alto renascimento
pode ter um nmero de rea inserido
7.034(450)5 Alto renascimento na Itlia
Deve-se observar que os trs pontos so apenas um mecanismo para
evidenciar o leiaute das tabelas e nunca devem aparecer nas notaes
reais.
Aplicao das tabelas auxiliares
Seo I: Tabelas auxiliares comuns
A Tabela I mostra todos os auxiliares comuns, comeando com os
mecanismos de ligao em Ia e Ib, seguidos pela notaes para os
auxiliares de Ic at Ik.
Tabela Ia- COORDENAO. EXTENSO
Seo 1- Coordenao. Adio Smbolo:+ (adio)
42
-
O smbolo de coordenao+ (adio) une dois ou mais nmeros da CDU
separados (no-consecutivos) para indicar um assunto composto para o
qual no existe um nmero simples.
(44+460) 622+669
Frana e Espanha Minerao e metalurgia
Seo 2- Extenso consecutiva Smbolo: I (barra oblqua)
O smbolo de extenso I (barra oblqua) liga o primeiro e o ltimo
de uma srie de nmeros consecutivos da CDU para formar um conceito
mais abrangente, ou uma srie de conceitos.
(718) 5921599 6111612 629.7341.735 6431645
Os pases do continente americano Zoologia sistemtica
[equivalente a 592+593 ... ] Biologia humana [e.g. anatomia e
fisiologia: 611+612] Aeronaves mais pesadas do que o ar (aerdinos)
A casa e equipamento domsticos
A segunda parte do nmero da srie de conceitos contem tambm todas
suas subdivises e.g. 6111612 implica em 6111612.899 (a ltima
subdiviso de 612).
Se o nmero que segue a barra oblqua contem mais de trs dgitos e
comea com o mesmo grupo de nmeros do precedente, ele pode ser
abreviado pela omisso dos dgitos comuns a ambos, desde que o
primeiro item depois da barra oblqua seja um ponto decimal, ou um
smbolo auxiliar. Por exemplo, 629.7341.735 significa 629.734 e
629.735, onde 629 comum aos dois e no precisa ser repetido, e .734
coordenado com .735.
O uso deste dispositivo esconde os nmeros individuais dentro do
grupo delimitado pela barra oblqua ( I ) e a informao classificada
aparece em um s lugar em uma dada lista classificada. Isto no
apropriado se cada nmero precisa ser recuperado individualmente e,
neste caso, a barra oblqua no deve ser usada, e.g.
546.321.35 Metais alcalinos mais importantes
so melhor classificados como
546.32 546.33 546.34 546.35
Potssio Sdio Ltio Rubdio
Tabela lb- RELAO. SUBGRUPAMENTO. ESTABELECIMENTO DA ORDEM
Relao simples Smbolo: : (dois pontos)
43
-
O smbolo de relao usado para ligar dois ou mais nmeros da CDU.
Diferentemente do smbolo de adio e da barra oblqua (Tabela la), os
dois pontos restringem ao invs de ampliar os assuntos que liga,
e.g.
17:7 341.63( 44:450) 628.463:692.758
631.111.4:502.4
tica em relao com a arte Arbitragem de disputas entre Frana e a
Itlia Sistemas de coleta de lixo que utilizam escoadores de lixo
Localizao de fazendas em reservas naturais
Os nmeros em ambos lados dos dois pontos podem ser invertidos,
dependendo onde a nfase necessria. Se assim preferido, os dois
primeiros exemplos acima poderiam ser expressos assim:
7:17 341.63(450:44)
Arte em relao com a tica Arbitragem de disputas entre Itlia e
Frana
Relaes que ocorrem freqentemente incluem aquelas descritas na
literatura sobre classificao como fases. Elas podem representar uma
rea ou sub-rea tratada para um tipo particular de usurio, como por
exemplo, Matemtica para engenheiros, Alemo para cientistas etc. ou
que freqentemente chamada de fase discriminatria. A relao pode ser
de natureza geral, onde dois conceitos precisam ser ligados, por
exemplo, Tratados entre Inglaterra e Alemanha; pode representar uma
comparao entre dois assuntos, uma anlise de suas diferenas ou
discutir a influncia de um assunto sobre outro, por exemplo, A
influncia da Bblia na literatura Inglesa. Na CDU, todas estas
relaes so expressas atravs do uso de dois pontos. Eles so um
mecanismo extremamente til, o que toma a CDU superior em relao s
classificaes concorrentes, que no apresentam caracterstica
semelhante. Mas deve-se observar que os dois pontos tem outros usos
alm de simplesmente expressar relaes de fase, por exemplo, podem
ser usados para expressar conceitos subordinados. No possvel
distinguir estes diferentes usos, uma vez que o mesmo smbolo usado
para todos eles, ento
658.512.2:681.3 Desenho industrial em relao a computadores e
processamento de dados
no indica se os computadores so o instrumento ou o objeto do
desenho (design com auxilio do computador ou, ento, design de
computadores). Mudando a ordem dos elementos neste nmero composto
no modifica, em princpio, o seu significado; dito na Tabela Ib que
a relao reversvel e que A:B assim como B:A tem o mesmo significado.
Porm, em usos particulares, a ordem pode tomar-se importante.
Conceitos subordinados podem ser indicados, at um certo ponto,
atravs do uso de subgrupamentos algbricos e smbolos de
estabelecimento de ordem. Isso, de certa maneira, ajuda o usurio a
esclarecer relaes entre assuntos. Os colchetes podem ser usados
como meio de subgrupar os conceitos de acordo com a notao e os dois
pontos duplos ( :: ) podem ser usados para estabelecer a ordem.
Isso significa que um conceito subordinado pode no ser intercalado
com um superbordinado, como acontece se
44
-
somente os dois pontos simples ( : ) forem usados. Esta
caracterstica particularmente til quando o conceito expresso pela
notao combinada um elemento simples para indexao e recuperao,
633.1::632 Pragas de culturas de gros