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GUERRA FRIA (1945-1991)
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GUERRA FRIA (1945-1991) · grandes especialistas sobre Guerra Fria, sintetizou o período com a máxima “paz impossível, guerra improvável”. A improbabilidade da guerra pela

Mar 11, 2020

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GUERRA FRIA

(1945-1991)

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O pensador francês, Raymond Aron, um dos

grandes especialistas sobre Guerra Fria, sintetizou

o período com a máxima “paz impossível, guerra

improvável”. A improbabilidade da guerra pela

elevada capacidade de destruição do mundo, em

decorrência das armas nucleares, e a

impossibilidade da paz por causa do temor e

apreensão que tais armas geravam.

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“Os 45 anos que vão do lançamento das bombas

atômicas até o fim da União Soviética não foram um

período homogêneo único na história do mundo. (...)

dividem-se em duas metades, tendo como divisor de

águas o início da década de 70. Apesar disso, a história

deste período foi reunida sob um padrão único pela

situação internacional peculiar que o dominou até a

queda da URSS.”

(HOBSBAWM, Eric J. Era dos Extremos. São Paulo: Cia

das Letras,1996)

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Conferências de Teerã, Yalta e Postdam

A cortina de ferro (discurso do Churchill)

No dia 5 de março de 1946, o primeiro-ministro britânico

Winston Churchill proferiu um famoso discurso em Fulton, no

Missouri (EUA), em que usou a expressão "iron curtain", ou

"cortina de ferro". O termo foi usado para definir a divisão da

Europa em duas partes, Oriental e Ocidental. Enquanto a

primeira estava sob controle da União Soviética, a segunda

era zona de influência dos Estados Unidos. O período

relacionado a esta divisão política e econômica é chamado

de Guerra Fria. Em seu discurso, em uma livre tradução para

o português Churchill disse: "De Estetino, no (mar) Báltico,

até Trieste, no (mar) Adriático, uma cortina de ferro desceu

sobre o continente. Atrás dessa linha, estão todas as capitais

dos antigos estados da Europa Central e Oriental. Varsóvia,

Berlim, Praga, Viena, Budapeste, Belgrado, Bucareste e

Sofia; todas essas cidades famosas e suas populações

estão no que chamo de esfera soviética, e todas estão

sujeitas, de uma forma ou de outra, não somente à influência

soviética mas também a um forte, e em certos casos

crescente, controle de Moscou."

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EUA e URSS travaram, em realidade, uma

verdadeira batalha por campos de influência, o que é

evidenciado no discurso do presidente Harry Truman

ao Congresso, em 12 de março de 1947, solicitando

auxílio econômico para a Grécia e a Turquia, para

"conter as tentativas soviéticas de subversão", como

se dizia na linguagem da Guerra Fria.

"A fim de garantir o desenvolvimento pacífico das

nações, sem exercer pressão, os Estados Unidos

assumiram a maior parte na criação das Nações

Unidas. Mas só concretizaremos nossas metas se

estivermos dispostos a ajudar povos soberanos na

manutenção de suas instituições livres e de sua

integridade nacional contra imposições de regimes

autoritários.” (Truman)

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Doutrina Truman

Truman respondeu à suposta ameaça soviética no Sudeste Europeu com uma concepção própria de política de segurança. Mesmo que o Congresso tenha aprovado o plano apenas com uma pequena margem de votos, seu efeito foi enorme: a Doutrina Truman selou não só a derrota comunista na guerra civil da Grécia, como fomentou de forma perigosa o antagonismo entre as duas superpotências, acirrando a Guerra Fria.

Segundo a teoria de Truman, o mundo estava dividido entre dois sistemas: os governo livres democráticos e os totalitários comunistas. A ajuda ao exterior, segundo formulado na sua doutrina de 1947, foi a diretriz das políticas externa e de segurança da Casa Branca durante várias décadas. Entre os acontecimentos que se seguiram estão o Plano Marshall, de reconstrução da Europa pós-guerra, alianças como a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), criada em 1949, e as intervenções na Coreia e no Vietnã.

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I. Os planos econômicos e as

alianças militares

Preocupados em manter suas áreas de influência,

ambos criaram planos com essa finalidade.

Do lado norte-americano, o PLANO MARSHALL

(1947), programa de ajuda financeira para a

reconstrução da Europa, cujos objetivos eram

fortalecer os países capitalistas e anular a influencia

do comunismo na Europa Ocidental, foi oferecido

para todos os países europeus, sem restrições. A

Iugoslávia, país libertado da presença nazista pelo

guerrilheiro Josip Broz, o Tito, foi a única nação

socialista a receber ajuda do Plano Marshall,

revelando uma independência que incomodava a

URSS. Depois da II Guerra Mundial, Tito estabeleceu

um país formado por varias etnias e nacionalidades

(Eslovênia, Croácia, Servia, Montenegro, Macedônia

e Bósnia- Herzegovina).

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Em relação às alianças militares, o governo

Truman preconizou a OTAN, Organização do

Tratado do Atlântico Norte, tratado de defesa

mutua cujo principio fundamental era um sistema

defensivo que supunha que um ataque a um pais

membro significava um ataque contra todos os

signatários. Ironicamente, sua única ação foi após

a Guerra Fria, em 1999, quando a organização

bombardeou a Iugoslávia do ditador Slobodan

Milosevic, acusado de promover genocídio contra

a população albanesa do Kosovo.

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O Macarthismo:

No dia 9 de fevereiro de 1950, Joseph McCarthy,

senador por Wisconsin, anunciou num discurso que

tinha uma lista com nomes de mais de duzentos

funcionários que eram “comunistas”. O "mcarthismo"

teve um efeito aterrorizador para milhões de cidadãos.

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A URSS, por sua vez, para atender as

“democracias populares” – Bulgária, Romênia,

Polônia, Hungria, Tchecoslováquia e Albânia -

organizaria a COMECON (1949), espécie de

bloco econômico dos países socialistas e o Pacto

de Varsóvia (1955), que tinha os mesmos

objetivos da OTAN e foi acionado duas vezes: em

1956, contra os húngaros e em 1968, na

chamada Primavera de Praga.

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II. Disputas por áreas de influência

A) Europa

O primeiro campo de disputa da Guerra Fria foi o continente europeu.

Pela Conferencia de Potsdam, a Alemanha ficaria dividida em quatro zonas de ocupação. A Alemanha ficaria dividida pelo embate ideológico em Republica Federal da Alemanha (ocidental) e Republica Democrática da Alemanha (Oriental). A cidade de Berlim, capital da Alemanha, também seria dividida. Os norte-americanos, interessados em fazer propaganda do regime democrático e capitalista contra o socialismo soviético, começaram a investir vultuosas somas na economia berlinense como forma de desenvolver sua parte de ocupação. Neste período, deu-se o inicio do Milagre Alemão, devido aos investimentos realizados em Berlim ocidental, localizada dentro da zona de ocupação soviética.

O programa de desenvolvimento da economia alemã começou a provocar problemas no lado comunista, que estabeleceu um bloqueio aos acessos à cidade de Berlim Ocidental como forma de forçar os americanos a abandonarem a cidade.

Os americanos responderam com a criação de uma ponte aérea como forma de manter o abastecimento da cidade.

Em 1961, durante a presidência de Kennedy e do líder soviético Nikita Kruschev, os comunistas ergueram o Muro de Berlim para evitar a fuga da população para o ocidente.

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B) Ásia

1. Japão e China

Em 1° de outubro de 1949, o Partido Comunista Chinês

tomou o poder e proclamou a República Popular da

China. Com a Revolução Comunista, o Japão passou a

receber auxilio dos EUA. O governo norte-americano

diminuiu as reparações exigidas ao governo japonês,

revogou as leis antitruste da administração Mac Arthur

(1945-48) e concedeu auxilio financeiro para a

reconstrução do país. O “Plano de Dez Anos” (1961-70)

previu a duplicação da riqueza nacional de modo que,

na década de sessenta, o crescimento do Japão, na

taxa média anual de 11%, foi o mais elevado do

mundo.

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2. Coréia

Terminada a Segunda Guerra Mundial, a Coréia foi ocupada por tropas estrangeiras, segundo o acordo de Potsdam: os soviéticos acima do paralelo 38 e os norte americanos abaixo. O pretexto era garantir a liberdade da Coréia, eliminando-se por completo a presença japonesa. No entanto essa divisão e a ocupação militar refletia o início da Guerra Fria, ou seja, o início da disputa imperialista entre as duas superpotências.

Em 1947, formaram-se dois governos, sendo que apenas o do sul foi reconhecido pela O.N.U. No ano seguinte constituíram-se dois Estados autônomos: A República Popular Democrática da Coréia (ao norte com o sistema comunista) e a República da Coréia ( ao sul, com o sistema capitalista). Em 1949, a maior parte das tropas estrangeiras retirou-se do país.

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A Guerra da Coréia, que perdurou de 1950-3,

começou quando o norte, apoiado pela União

Soviética e pela China Comunista, atacou a Coréia do

Sul de tendência capitalista, com o objetivo claro de

unificar a península. Caracterizada como uma guerra

limitada, empregou armas convencionais e

equilibrada, não houve vencedores. No final, a guerra

terminou no mesmo ponto que começou, no paralelo

38.

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3. Vietnã

A Guerra do Vietnã foi um conflito armado que ocorreu no Sudeste Asiático entre 1959 e 1975, mas que tem sua origem em 1954, quando os franceses foram expulsos da região após a batalha do Dien Bien Phu, ficando o Vietnã dividido, como a Coréia: norte comunista e sul capitalista.

Em 1887, a Indochina, que englobava o Vietnã, Laos e Camboja, foi conquistada e submetida ao colonialismo francês. A França, em 1940, foi ocupada pelos alemães, cessando seu domínio sobre a região. No ano seguinte, 1941, os japoneses ocuparam toda a Indochina, com o consentimento do general Pétain, o que levou à formação do movimento de resistência nacionalista, comandado pelo Vietminh (Liga Revolucionária para a Independência do Vietnã).

O Vietminh era liderado por Ho Chi Minh, dirigente comunista, que após a derrota do Japão na Segunda Guerra proclamou a independência da República Democrática do Vietnã (parte norte). Terminada a Segunda Guerra, os franceses não reconheceram o governo de Ho Chi Minh e tentaram, a partir de 1946, recolonizar a Indochina, ocupando as regiões do Laos, Camboja e o Vietnã do Sul, desencadeando a Guerra da Indochina, que se estendeu até 1954, quando os franceses foram derrotados na Batalha de Dien Bien Phu.

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No mesmo ano, realizou-se a Conferência de

Genebra, na qual a França retirava suas tropas e

reconhecia a independência da Indochina,

dividida em Laos, Camboja, Vietnã do Norte e

Vietnã do Sul. Pela Conferência de Genebra, o

paralelo 17 estabelecia a divisão entre Vietnã do

Norte — governado pelo líder comunista Ho Chi

Minh — e Vietnã do Sul governado pelo rei Bao

Dai, que colocou Ngo Dinh Diem como primeiro-

ministro.

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A guerra colocou em confronto, de um lado, a

República do Vietnã (Vietnã do Sul) e os Estados

Unidos, com participação efetiva, porém secundária,

da Coréia do Sul, da Austrália e da Nova Zelândia; e,

de outro, a República Democrática do Vietnã (Vietnã

do Norte) e a Frente Nacional para a Libertação do

Vietname (FNL). A China, a Coréia do Norte e,

principalmente, a União Soviética prestaram apoio

logístico ao Vietnã do Norte, mas não se envolveram

efetivamente no conflito.

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Em 1965, os Estados Unidos enviaram tropas para

sustentar o governo do Vietnã do Sul, que se

mostrava incapaz de debelar o movimento

insurgente de nacionalistas e comunistas, que se

haviam juntado na Frente Nacional para a Libertação

do Vietname (FNL). Entretanto, apesar de seu

imenso poderio militar e econômico, os norte-

americanos falharam em seus objetivos. Em 1975,

dois anos depois da desocupação dos EUA, o Vietnã

foi reunificado sob governo socialista, tornando-se

oficialmente, em 1976, a República Socialista do

Vietnã.

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C) América

1. Cuba

A ilha cubana também entrou para o universo dos conflitos neste período. No início do século XX, Cuba sofria forte influência do Big Stick norte-americano. Desgastada com a administração corrupta e claramente favorável ao capital estrangeiro, o povo começava a se inquietar.

A luta contra o ditador Fulgêncio Batista começou a partir de 1953, quando foi organizado o ataque ao Quartel de Moncada, na cidade de Santiago, no dia 26 de julho. O objetivo do ataque era realizar a tomada das armas, porém o ataque foi um fracasso e Fidel Castro e seu irmão Raul foram presos. Fidel foi condenado a 15 anos de prisão. Contudo, dois anos depois, em 1955, foi anistiado por em razão da pressão pública que havia sobre Batista.

Fidel e seu irmão se exilaram no México e de lá organizaram novamente o movimento a fim de retornar à Cuba para derrubar o governo. Derrotado, Fulgêncio Batista fugiu e se exilou na República Dominicana em 1º de janeiro de 1959. Logo após a derrota, Fidel Castro se intitulou primeiro-ministro e pouco a pouco foi concentrando o poder em si.

Algumas medidas iniciais do novo governo incluíram a realização da reforma agrária, acabando com os grandes latifúndios existentes na ilha, e a nacionalização de empresas estrangeiras, afetando diretamente os interesses dos Estados Unidos na ilha.

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D) A corrida espacial e a guerra da propaganda

“Momento histórico, simples resultado do desenvolvimento

da ciência viva

Afirmação do homem normal, gradativa sobre o universo

natural

Sei lá que mais

Ah, sim! Os místicos também profetizando em tudo o fim do

mundo

E em tudo o início dos tempos do além

Em cada consciência, em todos os confins

Da nova guerra ouvem-se os clarins

Guerra diferente das tradicionais, guerra de astronautas nos

espaços siderais

E tudo isso em meio às discussões, muitos palpites, mil

opiniões

Um fato só já existe que ninguém pode negar, 7, 6, 5, 4, 3, 2,

1, já!

E lá se foi o homem conquistar os mundos lá se foi

Lá se foi buscando a esperança que aqui já se foi”

Gilberto Gil (Lunik 9)

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1957: a URSS envia o satélite artificial “Sputnik” e a

cadela Laika como tripulante do “Spitnik II”

1958: EUA e o satélite “Explorer I”

1961: URSS envia Yuri Gagarin sendo o primeiro

homem a efetivamente viajar no espaço, transportado

pela nave “Vostok I”

1968: EUA lança como resultado do Projeto Apollo:

Neil Armstrong na Lua

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Os movimentos de contestação:

O movimento hippie e o papel da contracultura

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O movimento feminista

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O movimento pelos direitos civis

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A Primavera de Praga (1968) e a Comuna de Paris

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III. A Guerra Fria e o processo de

descolonização afro-asiático Dentre os fatores que colaboraram com o processo de

descolonização, tanto externos, quanto internos, podemos citar: decadência europeia gerada como uma consequência do final da II Guerra Mundial; o nascimento da Guerra Fria e o subsequente apoio das novas superpotências: EUA e URSS; o apoio da ONU, devido à defesa ao princípio da autodeterminação dos povos; a emergência do nacionalismo em alguns países da África e da Ásia, responsáveis também pelo surgimento das lideranças coloniais e da Conferência de Bandung, realizada na Indonésia no ano de 1955.

Com o fim da II Guerra Mundial, a Europa perdeu o tradicional papel de centro político e sem condições para mantere um domínio econômico e militar nas suas colônias, ocorre a decadência dos grandes “impérios colonialistas”. Simultaneamente, os movimentos independentistas adquiriram uma forma mais organizada a partir da Conferência de Bandung (1955), conduzindo ao processo chamado de “descolonização afro-asiática”.

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Descolonização Afro-asiática – “pode ser descrita como

um processo histórico, primordialmente político, ocorrido

em especial após a Segunda Guerra Mundial, e que se

traduziu na obtenção gradativa da independencia das

colonias europeias situadas na Ásia e na África. Teve

seu ritmo regulado quer pelas formas de luta dos povos

colonizados na conquista de sua independencia, quer

pela política de ‘concessões’ de autonomia, diferentes

segundo a potencia colonizadora e, sobretudo, a

especificidade de cada território”.

(Pereira, José Maria Nunes. África, um novo olhar. RJ:

Cadernos CEAP, 2006, P. 55-6)

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A Conferência de Bandung foi realizada em 1955 na

Indonésia. Nessa reunião, que ficou conhecida como

“cooperação econômica e cultural afro-asiático”, estavam

reunidas 29 nações desses dois continentes que defendiam o

seguinte lema “paz e promoção social em igualdade de

direitos” como forma de combater o racismo e a dominação

estrangeira.

Dentre os principais princípios defendidos, destacam-se o

respeito aos direitos fundamentais, de acordo com a Carta da

ONU; reconhecimento da igualdade de todas as raças e

nações, grandes e pequenas; a não-intervenção e não-

ingerência nos assuntos internos de outro país, também

conhecido como a “Autodeterminação dos povos” e o

princípio de “não alinhamento”. Lembremos que o mundo

vivia o período da Guerra Fria, período que EUA e URSS

buscavam áreas de influencia.

Os países afro-asiáticos, então, mostrariam oposição ao que

era considerado colonialismo ou neocolonialismo dos

Estados Unidos da América, da União Soviética ou de outra

nação considerada imperialista. A partir dessa postura

diplomática e geopolítica de equidistância das

superpotências, surgiria os países do chamado Terceiro

Mundo.

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1. Descolonização da Ásia

No processo de descolonização da Ásia, foi importante

a produção de um pensamento anticolonial que uniu os

povos do continente contra o inimigo comum. Surgiu

uma corrente de pensamento denominada “asiatismo”,

que pregava a união de esforços para romper o jugo

colonial europeu e defendia “a Ásia para os asiáticos”.

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A respeito da descolonização das colonias francesas,

a França procurou manter suas colônias pela força

militar, desencadeando guerras sangrentas na

Indochina, sobretudo Vietnã e Argélia. Por isso, os

historiadores dominaram esse processo de

“descolonização violenta”. Um dos marcos da luta

asiática pela libertação foi, justamente, a batalha de

Dien Bien Phu, em 07 de maio de 1954, quando as

forças do Vietnã venceram a França.

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Diferente da França, a Grã-Bretanha assumiu uma estratégia de conceder a independência para as suas colônias como forma de manter os laços econômicos, o que ficou sendo conhecido como “processo pacífico”.

Na Índia, a partir da década de 1920, Mohandas Gandhi e Jawarharlal Nerhu passaram a liderar o movimento de independência da Índia. Gandhi pregava a desobediência civil e a não-violência como meios de objeção à dominação inglesa, transformando-se na principal figura do movimento indiano pela independência.

A perda do poder econômico e militar pela Inglaterra após a Segunda Guerra Mundial retirou-lhe as condições para sustentar sua dominação na Índia. Em 1947, os ingleses reconheceram a independência indiana, que levou — em função das rivalidades religiosas — à formação da União Indiana, governada por Nerhu, com maioria hinduísta, e do Paquistão Ocidental e Oriental, governado por Ali Jinnah, da Liga Muçulmana, com maioria islâmica. O Ceilão também se tornara independente, passando a ilha a se denominar Sri-Lanka, com maioria budista.

A independência da Índia resultava de um longo processo de lutas nacionalistas, permeadas pelas divergências religiosas entre hinduístas e muçulmanos, o que levou, em 1949, ao assassinato de Gandhi. A fragmentação completa se concluiu quando o Paquistão Oriental, em 1971, sob liderança da Liga Auami, separou-se do Paquistão Ocidental, constituindo a República de Bangladesh.

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2. Descolonização da África

Na África, no início do século XX, em todo o continente

africano apenas a Libéria era independente. Doravante

a esse período, teve início uma modesta iniciativa de

instaurar a autonomia política das colônias. Entre os

pioneiros, destacam-se o Egito nos anos 20, a África

do Sul e a Etiópia, ambos nos anos 40.

Em alguns casos, a arma de luta era a religião.

Samuel Kimbango, em 1921, no Congo Belga (atual

República Democrática do Congo), foi líder de uma

revolta que deu origem a uma religião de contestação

ao colonialismo: o Kimbanguismo.

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Fora da África, africanos e africanas se articularam na Europa, assim como os afrodescendentes nas Américas, criando uma série de manifestações no sentido de valorizar as culturas africanas e dos povos negros no mundo. Junto com as lideranças asiáticas também empenhadas na descolonização de seus países, promoveram o que se chamou naquele tempo de uma “avalanche dos povos de cor”. Ideias como a Negritude e o Panafricanismo saíram das mentes talentosas de militantes africanos e afrodescendentes e foram transformados em armas de luta ao formar consciências.

A negritude foi um movimento originado no pós-Segunda Guerra, de valorização das culturas negras, destacando suas contribuições para a humanidade. Seus principais formuladores pretendiam que os negros assumissem com orgulho suas heranças africanas, não só na África como em todas as áreas da Diáspora. Acreditavam e defendiam a idéia de que os valores tradicionais africanos ajudariam a tornar o mundo melhor.

O Panafricanismo abrangeu o conjunto de idéias que surgiu entre os afro-descendentes envolvidos na luta contra a segregação racial no Caribe e Estados Unidos, no final do século XIX e inicio do XX. Pregava uma união entre os negros no mundo, tendo por base suas origens, seus sofrimentos e suas lutas. Inicialmente, era uma militância no plano cultural e centrada nas Américas, mas logo assumiu um caráter de movimento político, principalmente após o Congresso Pan-africano de 1945, realizado em Manchester. O Congresso adotou a Declaração dos Povos Colonizados, redigida pelo ganense Kwame Nkrumah, que termina com as palavras: “Nós proclamamos o direito, para todos os povos colonizados, de assumirem seu próprio destino... Povos colonizados e povos oprimidos de todo o mundo, uni-vos!”. Passou então a reivindicar uma ação coletiva para a independência dos países africanos. A luta contra o racismo se fortaleceu junto à luta pela descolonização africana, articulando duas frentes de combate pela soberania e dignidade dos africanos e de seus descendentes.

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O primeiro país do Continente Negro a conseguir a

independência foi Ghana, a ex-Costa do Ouro, de

domínio inglês, em 1957. Nos anos 60 do século XX,

mais de vinte novos países africanos, surgiram como

resultado das independências.

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No entanto, as colônias portuguesas na África tiveram

que enfrentar ainda mais tempo de guerra, até

meados dos anos setenta, quando a ditadura

salazarista foi derrubada, na chamada “revolução dos

Cravos” e a social democracia de Mário Soares iniciou

a negociação para a libertação das colônias de

Angola, Moçambique, Guiné-Bissau e aos

arquipélagos de Cabo Verde e de São Tomé e

Príncipe. Por isso, no caso de Portugal, os

historiadores definem o processo de descolonização

como “tardio”.

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Em Angola, o culto a uma deusa de nome Maria, que

iria libertar os negros, deu base a uma revolta em

1960, na região de Cassanje.

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Em outros casos, a revolta armada era realizada em

forma de guerrilhas, como o movimento Mau Mau, no

Quênia e as guerrilhas organizadas no Congo Belga,

na Argélia e nos Camarões.

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A África do Sul e a luta contra o apartheid

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A conquista da autonomia política não significou a

paz nesses países, nascidos em grande parte da

luta anticolonial e não de uma construção de

fronteiras que fosse fruto da história local. O

contexto social de muitos países após a libertação

foi marcado pela instabilidade, conflitos armados e

dependência econômica.

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IV. O fim da Guerra Fria

Podemos afirmar que a crise nos países socialistas

funcionou como um catalisador para o fim da Guerra

Fria. A falta de concorrência, os baixos salários e a

escassez de produtos causaram uma grave crise

econômica. A falta de democracia também gerava uma

grande insatisfação popular.

A partir de 1985, o premier da União Soviética, Mikhail

Gorbachev, iniciou a implementação do seu programa

de reformas, que incluía a Glasnost (reformas políticas

priorizando a liberdade) e a Perestroika

(reestruturação econômica).

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A presidência dos EUA nos últimos anos da Guerra

Fria esteve nas mãos de Ronald Reagan. Seu

mandato estendeu-se por quase toda a década de

1980. Teve início em 1981 e permaneceu no poder

até 1989. Mesmo com uma decadência acentuada

da União Soviética, as práticas ainda eram muito

relacionadas à disputa ideológica entre capitalistas e

comunistas. No período em que Reagan esteve no

poder ainda havia a grande preocupação dos

estadunidenses em fazer oposição à influência

soviética no mundo, sendo esta a tônica de seu

governo.

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Fim da URSS

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