Grupo de Teatro Medicina da FMUSP: a história de uma sensibilidade que não morre nunca e se reinventa sempre Irmãs de berço histórico, o teatro e a medicina ocidental foram idealizados por um povo que sabia refletir, recriar e tratar os elementos da tragicomédia que é a existência humana. Se Dionísio e Asclépio nunca se juntaram na mitologia para promover a união entre médicos e artistas (porque decerto faziam parte de uma mesma concepção do humano e do divino), talvez caiba a nós, meros mortais, a sensibilidade para enxergar na arte uma ponte para uma formação médica e pessoal mais humanizada. Pautados na arte-educação e na humanização como nortes fundamentais, e motivados pela necessidade de expressão artística insuficientemente atendida pelo academicismo das cátedras, um grupo de estudantes da Faculdade de Medicina da USP remexe a história de sua instituição e decide refundar o Grupo de Teatro Medicina (GTM). Foto: Grupo de Teatro Medicina
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Grupo de Teatro Medicina da FMUSP: a história de uma sensibilidade que não
morre nunca e se reinventa sempre
Irmãs de berço histórico, o teatro e a medicina ocidental foram idealizados por um povo que sabia
refletir, recriar e tratar os elementos da tragicomédia que é a existência humana.
Se Dionísio e Asclépio nunca se juntaram na mitologia para promover a união entre médicos e
artistas (porque decerto faziam parte de uma mesma concepção do humano e do divino), talvez
caiba a nós, meros mortais, a sensibilidade para enxergar na arte uma ponte para uma formação
médica e pessoal mais humanizada.
Pautados na arte-educação e na humanização como nortes fundamentais, e motivados pela
necessidade de expressão artística insuficientemente atendida pelo academicismo das cátedras, um
grupo de estudantes da Faculdade de Medicina da USP remexe a história de sua instituição e decide
refundar o Grupo de Teatro Medicina (GTM).
Foto: Grupo de Teatro Medicina
Buscamos nas atividades do GTM não só adquirir uma sólida linguagem artística e os meios de
expressá-la devidamente, como também desenvolver e solidificar uma série de experiências e
valores que abrangem o processo formativo humano: solidariedade, autonomia, pluralismo,
consciência de grupo, tolerância e liberdade.
Vemos no GTM o potencial que a arte provê de não só externalizar as necessidades, dúvidas e
anseios que existem no interior de nossos seres, mas também o de lançar um novo olhar para
dentro e revisitar a si mesmo, ponto fundamental do processo de humanização.
Os ensaios e exercícios de orientação teatral, corpo e voz acontecem às terças e quartas, das 19:00
às 22:30, no Departamento de Medicina Preventiva da Faculdade de Medicina da USP.
"O grupo, no momento, produz a peça "Lembrar é Resistir", de Analy A. Pinto e Izaias Almada, que
aborda uma época do nosso passado ainda aberta em ferida: a ditadura militar. Versando sobre
repressão política e tortura, apresentamos a montagem não-convencional no Porão da Faculdade
de Medicina da USP, nos dias 23, 24, 28 e 29 de novembro, às 19h30."
Integrantes: Agatha Mourão, Amanda Monteiro, Andressa Louzada, Anne Caroline, Arthur Danila,
Bruna Polese, Danilo Bacic, Emmanuel Longa Filho, Fábio Rodrigues, Fernando Torres, Gabriella