1 GESTÃO DA DOENÇA CRÓNICA ENTREVISTA MOTIVACIONAL Osvaldo Santos, 2012 Causas de morte em Portugal (2009) Comportamento e mortalidade/morbilidade responsável por 50% da mortalidade associada às 10 principais causas de morte responsável por 75% da mortalidade associada ao cancro adesão ao tratamento (60% - pouca efectividade do tratamento)
11
Embed
Gestão da Doença Crónica - Entrevista Motivacional£o da Doença Crónica... · Princípios da entrevista motivacional . Title: Gestão da Doença Crónica - Entrevista Motivacional.ppt
This document is posted to help you gain knowledge. Please leave a comment to let me know what you think about it! Share it to your friends and learn new things together.
Transcript
1
GESTÃO DA DOENÇA CRÓNICA
ENTREVISTA MOTIVACIONAL
Osvaldo Santos, 2012
Causas de morte em Portugal (2009)
Comportamento e mortalidade/morbilidade
Ø responsável por 50% da mortalidade associada às 10 principais causas de morte
Ø responsável por 75% da mortalidade associada ao cancro
Ø adesão ao tratamento (60% - pouca efectividade do tratamento)
2
Teia causal de factores de risco e patologias (Modelo de prevenção de doença crónica)
OECD Health working paper 48. Paris: OECD, 2009.
A dificuldade…
Ø Após 12 meses: menos de 25% mantêm dieta (e.g., Dansinger, Gleason, Griffith, Selker, & Schaefer, 2004)
Mas também…
Ø Após 6 meses de práHca de acHvidade Jsica estruturada: 50% mantém-‐se (Dishman, 1991);
Ø Menos de 50% dos doentes mantém adesão à medicação necessária para efeito terapêuHco (Sabaté, 2003; Meichenbaum & Turk, 1987)
Ø Após 12 meses sem fumar, só 25–50% dos ex-‐fumadores se mantêm absHnentes.
3
UK House of Lords’ Science, 2010
O que se sabe sobre como se pode influenciar o comportamento?
Como conjugar diferentes níveis/tipos de intervenção de forma a garantir acções mais efectivas?
Promoção da adesão/concordância terapêu9ca
LITERACIA (FUNCIONAL) DE
SAÚDE
MOTIVAÇÃO -‐ -‐ -‐
PERCEPÇÃO DE AUTO-‐EFICÁCIA
ESTRATÉGIAS -‐ -‐ -‐
PLANOS DE ACÇÃO
AUTO-‐GESTÃO DA DOENÇA/SAÚDE
InformaHon MoHvaHon Strategy (IMS) Model
Mar9n et al. Improving pa9ent adherence: a three factor model to guide prac9ce. 2010
4
Por que razão é tão diHcil?...
Ø As intenções apenas explicam 28% da variância comportamental (Sheeran, 2002)
Ø Ambiente favorável a comportamentos patogénicos (publicidade, baixo preço alimentos hipercalóricos, tecnologia freeze-‐friendly)
Ø Redes sociais à efeito “contágio” da obesidade (Christakis & Fowler, 2007)
à Opção individual à Implica percepção individual de auto-‐eficácia à MúlHplos comportamentos
Ø Decisão/gestão individual
Ø AutomaHsmos comportamentais (alimentares, de acHvidade Jsica, …)
Ø Rácio “tempo terapêu9co / tempo exposição a escolhas comportamentais” desfavorável:
60min / (7dias*16horas*60min) = = 60min/6720= = 0.89% à 99.1% do tempo a fazer escolhas (maior parte delas, automáHcas)
Modelos de escolha inter-‐temporal Modelo de Ainslie (1975; 2001)
6
Mitos sobre adopção de novos comportamentos
Mudar é simples...
... Basta força de vontade
As pessoas não mudam
“I've been on a constant diet for the last two decades. I've lost a total of 300 kg”
Emily Brown
A directividade é eficaz
COM-B system: a framework for understanding behaviour
Como nasce um comportamento?
Michie & West. Behaviour change theory and evidence: a presentation to Government. 2012
7
COM-B system: a framework for understanding behaviour
Como se mantém um comportamento?
Manutenção do
comportamento ?
Como puderam imaginar todos esses sábios que o homem precisa de uma vontade normal virtuosa? Onde foram buscar essa ideia de que o homem precisa de desejar de maneira sensata e proveitosa? O homem só precisa de uma coisa: querer com independência, custe o que custar essa independência e quaisquer que sejam as consequências que dela derivem. (Fiodor Dostoiévski ,1864 (In: “a voz subterrânea”)
8
Auto-‐determinação Deci & Ryan, 1985; 2000)
Tendência inata para crescimento pessoal & bem-estar
Expressar empatia selectiva: refletir percepções/crenças sem as corrigir
Desenvolver discrepância entre comportamentos e valores Evitar argumentação Lidar com resistência sem confronto (empatia / validação) Apoiar/promover auto-eficácia