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Autores : Engº Agrº Milton S. Matsushita Engº Agrº Odílio Sepulcri Méd. Vet. Luiz Augusto Pfau EMATER - Paraná Vinculada à Secretaria da Agricultura e do Abastecimento do Paraná versão 1.0 maio / 1.999 GESTÃO DA PECUÁRIA LEITEIRA GPL
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GESTÃO DA PECUÁRIA LEITEIRA GPL - odiliosepulcri.com.br · da atividade (R$ 0,31 / litro). Veja que a comparação do preço do leite com o custo do leite indica lucro, enquanto

Feb 13, 2019

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Autores :Engº Agrº Milton S. MatsushitaEngº Agrº Odílio SepulcriMéd. Vet. Luiz Augusto Pfau

EMATER - ParanáVinculada à Secretaria da Agricultura

e do Abastecimento do Paraná

versão 1.0maio / 1.999

GESTÃO DA PECUÁRIA LEITEIRAGPL

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SUMÁRIO

1. MANUAL DO USUÁRIO 1.01. Introdução .............................................................................................. 01

1.02. Informações Gerais ............................................................................... 03 1.03. Configuração básica .............................................................................. 03

1.04. Instalação da Planilha ........................................................................... 03 1.05. Operação do Sistema GPL (criação de nova planilha) .......................... 04 1.06. Operação do Sistema GPL (trabalho em planilha existente) ................. 05 1.07. Tela 02 – Índices de Atualização ........................................................... 07 1.08. Tela 03 – Rebanho ................................................................................. 09 1.09. Tela 04 – Capital Produtivo .................................................................... 10 1.10. Tela 05 – Custo de Produção de Silagem, Feno e Pasto Anual ............ 12 1.11. Tela 06 – Despesas e Receitas Efetuadas no Mês ............................... 13 1.12. Tela 07 – Pesagem Mensal do Leite ..................................................... 17

2. INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS DA BOVINOCULTURA DE LEITE 2.01. Introdução .............................................................................................. 18

2.02. Diagnóstico ............................................................................................ 21 3.03. Planejamento ......................................................................................... 24

3.04. Conceitos e definições dos Indicadores de Resultados......................... 25 3.05. Referências Bibliográficas ..................................................................... 28

3. ANEXOS 3.01. Anexo I – Tabela de vida Útil para Benfeitorias, Máquinas, Equipamentos e Animais ........................................................................................................... 29 3.02. Anexo II – Ciclo Gerencial da Atividade Leiteira .................................... 33

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GESTÃO DA PECUÁRIA LEITEIRA - GPL versão 1.0 - Mai/1.999-Mai/1.999

MANUAL DO USUÁRIO

Milton Satoshi Matsushita

Odilio Sepulcri Luiz Augusto Pfau

1. INTRODUÇÃO Segundo Gomes (1.999), a correta apropriação do custo de produção da atividade leiteira é complexa, em razão de algumas características: • Produção conjunta e simultânea de carne, leite e forragem. • Elevada participação da mão-de-obra familiar, cuja apropriação de custos é

sempre muito subjetiva. • Produção contínua na qual é feito um corte, por período, para análise anual ou

semestral. • Altos investimentos em terras, benfeitorias, máquinas e animais, cuja apropriação

dos custos também tem elevada dose de subjetividade. Em função dessa complexidade, é necessário uma boa interação do técnico,

que está determinando o custo, com o produtor, para uma interpretação dos resultados mais próximos da realidade.

A atividade leiteira tem produção conjunta de carne e leite, pois quando se trata do rebanho leiteiro tem-se como resultado a produção de leite e de animais (bezerros que nascem, novilhas que crescem, vacas que são descartadas, etc). É muito difícil separar o que vai para produção de leite e o que vai para a produção de animais. Para tanto, conforme o mesmo autor, há necessidade de utilizar uma metodologia adequada para separar tais custos.

Para separar o custo da atividade leiteira global (carne e leite) e o Custo só do leite , utiliza-se distribuir os custos proporcionalmente à renda bruta de cada setor. Exemplo: Dados hipotéticos Renda Bruta anual da atividade leiteira: • Venda anual de leite : 200.000 litros x o preço do litro de leite (R$0,25) =

R$ 50.000,00. • Venda anual de animais R$12.000,00. • Renda Bruta total da atividade leiteira R$ 50.000,00 + R$ 12.000,00 = R$

62.000,00 • Custo anual da atividade leiteira: R$ 52.000,00

Cálculos: • Composição percentual Da Renda Bruta anual do leite: R$ 50.000,00 : R$

62.000,00 = 80,6%; • Composição percentual da renda bruta anual dos animais: R$ 12.000,00 : R$

62.000,00 = 19,4%; • Renda bruta da atividade leiteira por litro: R$ 62.000,00 : 200.000 litros (l) = R$

0,31 por litro;

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• Custo da atividade leiteira por litro : R$ 52.000,00 : 200.000 litros = R$ 0,26 por litro;

Custo do leite: • Custo anual da atividade: R$ 52.000,00 x 80,6% =R$ 41.912,00; • Custo por litro de leite: R$ 41912,00 : 200.000 litros = R$ 0,21 por litro.

Conclusão: • preço do leite (R$ 0,25 / litro) é comparado com o custo do leite (R$ 0,21 / litro) e

não com o custo da atividade (R$ 0,26 / litro); • custo da atividade leiteira (R$ 0,26 / litro) é comparável com a renda bruta total

da atividade (R$ 0,31 / litro). Veja que a comparação do preço do leite com o custo do leite indica lucro, enquanto o preço do leite com o custo da atividade leiteira indica prejuízo.

No exemplo verifica-se que a venda de animais no período analisado poderá influir muito no custo de produção da atividade leiteira. Se houver a venda de muitos animais no período, o custo será baixo, ocorrendo o contrário se nada vendeu. Para calcular as receitas provenientes dos animais necessita comparar o inventário dos animais no início do ano com o inventário no final do ano (balanço animal), da seguinte forma: Número de unidades animais ( U.A.) no início do ano + Nº de U.A. nascidos + Nº de U.A. comprados – Nº de U.A. mortos – Nº de U. A. consumidos/vendidos – Nº U.A. descarte/doação = Nº de U.A. no final do an o. Uma unidade animal é calculada para um animal de 450 kg. Para efeito de cálculo consideram-se os seguintes pesos por categoria animal:

• 1 touro corresponde a 1,2 UA • 1 vaca corresponde a 1UA • 1 fêmea de 2-3 anos corresponde a 1,0 UA • 1 fêmea de 1-2 anos corresponde a 0,7 UA • 1 fêmea até 1 ano corresponde a 0,4 UA • 1 macho de 2-3 anos corresponde a 1,0 UA • 1macho de 1-2 anos corresponde a 0,7 UA • 1 macho até 1 ano corresponde a 0,4 UA

Os animais crescem, se desenvolvem e mudam de categoria durante o ano. Para efetuar esse cálculo considera-se esta mudança de categorias. Exemplo: Uma fêmea de 1-2 anos no início do ano corresponde a 0,7 UA e no final do ano terá 2-3 ano e corresponderá a 1 UA . Estas unidades animais deverão ser transformadas em valores de mercado mantendo-se sempre o mesmo preço por categoria animal, no início e no final do ano. Este cálculo é necessário para verificar se a venda de animais significa renda ou descapitalização.

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2. INFORMAÇÕES GERAIS O Sistema Gestão da Pecuária Leiteira – GPL é uma planilha desenvolvida em Excel, com o objetivo de acompanhar e analisar os custos só do leite e da atividade leiteira, diagnosticar e planejar a atividade na propriedade rural. O Sistema permite a subdivisão das propriedades em categoria de produtores, conforme seu nível tecnológico e capitalização, para que possam ser analisadas separadamente. As categorias a serem utilizadas são as mesmas do Programa Paraná 12 Meses (PS/PSM1, PSM2, PSM3, Empresário Familiar, Empresário Rural). QUADRO 1 – VARIÁVEIS CLASSIFICATÓRIAS DO PÚBLICO

VARIÁVEIS CATEGORIA

Código

ÁREA

(Ha)

CAPITAL PRODUTIVO (benfeitorias, equipa-

mentos e animais) (R$)

Participação da Mão-de-obra

Familiar (%)

Produção Diária

(litros)

PS / PSM1 1 <15 < 9.000,00 > 80 < 100 l

PSM2 2 <30 < 24.000,00 > 50 < 100 l

PSM3 3 <50 < 76.000,00 > 50 100-200 l

E.FAMILIAR 4 50-100 > 76.000,00 > 50 100-200 l

E. RURAL 5 >100 > 76.000,00 < 50 >200 l

Período de análise de atividade

A abertura do acompanhamento da 01 de janeiro de cada ano e o

encerramento será 31 de dezembro do mesmo ano. Isto permite o acompanhamento da atividade leiteira, compreendendo os períodos de leite cota (01/março a 31/agosto) e extra-cota (01/setembro a 28/fevereiro), caso haja interesse de análise desses períodos separadamente. 3. CONFIGURAÇÃO BÁSICA :

O equipamento necessário para um bom funcionamento do sistema Gestão da Pecuária Leiteira - GPL, deverá conter a seguinte configuração mínima : � Micro computador do tipo Pentium 100 Mhz � Memória RAM com 16 Mb � Unidade de disco de 3,5 “ � Windows 95 ou posterior � Excel 97 ou posterior � Espaço em disco de 10 Mb ou superior (dependendo do número de

propriedades acompanhadas) � Impressora Jato de tinta colorida

4. INSTALAÇÃO da PLANILHA :

4.1 – Manter-se na Tela Principal do Windows 4.2 – Criar uma nova pasta chamada GPL

Clicar com o botão direito do mouse

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Novo (selecionar a opção novo) Pasta (selecionar a opção pasta)

Alterar o nome da pasta : Nova pasta para GPL 4.3 – Copiar a planilha GPL – Gestão da Pecuária Leiteira.XLS para a pasta

GPL. A partir do Windows, selecionar seqüencialmente as opções abaixo : Iniciar Programas

Windows Explorer Selecionar : Disco flexível de 3½ (A:) Clicar sobre a planilha GPL – Gestão da Pecuária Leiteira.XLS e arrastar até a pasta GPL Fechar o Windows Explorer

5. OPERAÇÃO DO SISTEMA GPL – Gestão da Pecuária Le iteira (criação de nova planilha). O sistema GPL – Gestão da Pecuária Leiteira poderá ser carregado a partir da tela principal do Windows, localizando e executando duplo clique sobre a pasta GPL, que mostrará todos os arquivos existentes nesta pasta. Selecionar a planilha matriz GPL – Gestão da Pecuária Leiteira para gerar as cópias com as novas propriedades.

Criar uma nova planilha (nova propriedade). Após executar o duplo clique sobre a pasta GPL, selecionar e dar duplo clique sobre a planilha matriz GPL – Gestão da Pecuária Leiteira , que apresentará a tela abaixo com uma planilha em branco, que deverá ser salva com um nome que identifique o produtor, seguindo os passos abaixo :

TELA 01 – TELA PRINCIPAL DO GPL – Gestão da Pecuári a Leiteira Planilha GPL

Autores :Engº Agrº Milton S. MatsushitaEngº Agrº Odílio SepulcriMéd. Vet. Luiz Augusto Pfau

EMATER - ParanáVinculada à Secretaria da Agricultura

e do Abastecimento do Paraná

versão 1.0maio / 1.999

GESTÃO DA PECUÁRIA LEITEIRAGPL

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A partir da tela principal do sistema, selecionar seqüencialmente as opções abaixo :

Arquivo Salvar c omo

Salvar e m : selecionar a pasta GPL Nome do arquivo : PedroSilva-D

(abreviatura do diagnóstico da propriedade do sr. Pedro da Silva)

Salvar

E na seqüência fechar a planilha. Obs.: Repetir esta seqüência de operações para cada novo produtor a ser

digitado. Nenhuma informação deverá ser digitado na planilha matriz GPL – Gestão da Pecuária Leiteira , esta deverá ser mantida inalterada para servir de base para gerar novas planilhas. 6. OPERAÇÃO DO GPL – Gestão da Pecuária Leiteira (t rabalho em planilha

existente).

a) Abrir uma planilha já existente (com informações de uma propriedade existente).

Após executar o duplo clique sobre a pasta GPL na tela principal do Windows, selecionar e dar duplo clique sobre a planilha desejada, que será aberto, permitindo a entrada de dados, emissão de relatórios e gráficos.

Para facilitar o uso do sistema GPL – Gestão da Pecuária Leiteira , utilizamos o seguinte padrão : a1) Nomenclatura das planilhas : Entrada de Dados - planilhas iniciadas com ED

ED-Índice : Identificação do produtor e da propriedade. Índices de preços que devem ser atualizados mensalmente. ED-Rebanho : Composição mensal do rebanho – mortes, vendas/consumo, compra, nascimento, descarte/doação. ED-Capital : Forrageira, capital em benfeitorias, máquinas e equipamentos. ED-Silagem : Custo de silagem, pasto anual de inverno, feno ou pasto anual de verão. ED-Custos : Receitas mensais e despesas efetuadas e consumidas no mês. ED-Produção : Pesagem mensal do leite. ED-Qualidade : Pagamento ou desconto por qualidade.

Relatórios – planilhas iniciadas com Rel

Rel-Custos : Relatório das receitas e despesas mensais da propriedade, totais e média do período. Quadro de resumo, indicadores técnicos e econômicos da atividade leiteira total e só do leite.

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Rel-Resumo : Relatório com resumo dos principais indicadores técnicos e econômicos da atividade leiteira total e só do leite. Rel-Produção : Relatórios de pesagem mensal do leite.

Gráficos – planilhas iniciadas com Gr

Gr-CustosAtiv : Gráfico de linha demonstrando mensalmente a evolução da renda bruta, custo variável, custo operacional efetivo, custo operacional total e custo total da atividade leiteira total. Gr-CustosLeite : Gráfico de linha demonstrando mensalmente a evolução da renda bruta, custo variável, custo operacional efetivo, custo operacional total e custo total só do leite. Gr-Leite : Gráfico de linha demonstrando a evolução da produção mensal, média do período de cota e extra-cota, e média anual. Gr-Preço : Gráfico de barras com análise comparativa por litro de leite, contemplando a renda bruta, custo variável, custo operacional efetivo, custo operacional efetivo mais a depreciação, custo operacional e custo total. Gr-Produção : Gráficos com a produção mensal de cada animal em produção.

a.2) Forma de apresentação das células : Somente é permitido incluir, alterar ou excluir dados das planilha de entrada de dados (iniciadas por ED), e cujas células possuem o fundo em cor amarelo claro. Por outro lado as células com fundo em cor verde claro estão todas protegidas, porque apresentam automaticamente os resultados de cálculos.

a.3) Identificação : Os campos contendo as informações da identificação não precisam ser digitados da segunda tela em diante, uma vez que o sistema trará estas informações da tela anterior.

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TELA 02 – ÍNDICES DE ATUALIZAÇÃO Planilha ED-Índice

Número de meses acompanhados : Informar o número de meses em que a propriedade está sendo acompanhada (com dados digitados). Região : Nome da região onde está localizada a propriedade em estudo. Município : Nome do município onde está localizada a propriedade.

Comunidade : Nome da comunidade onde está localizada a propriedade do produtor em estudo. Produtor : Informar o nome do produtor que está sendo acompanhado / estudado.

Período de análise : Informar o período inicial em que a propriedade está sendo analisada, digitando-se sempre o mês/ano. Ex: Jan/99.

Categoria (1 a 5) : Informar a categoria a que pertence o produtor, conforme quadro 1 do presente manual.

1.1. Índices para atualização : Metodologia de coleta de dados e informações :

A coleta de dados é de responsabilidade do técnico. Ela será feita através de visitas mensais à propriedade acompanhada, às cooperativas, com informações do produtor e com observações visuais “in loco” do técnico. A qualidade da informação, baseada em fatos e dados é de fundamental importância para uma análise confiável da exploração, e para que suas conclusões

12

a

1.1. ÍNDICES PARA ATUALIZAÇÃO :

Mão-de-obra permanente (Fam.+Contrat.) (Eq. D.H./mês)

1.2. OUTRAS INFORMAÇÕES DA PROPRIEDADE :

Retribuição ao Fator Terra (%)

1 - Identificação : Nº de meses acompanhados :

Vida útil média (nº lactações por vaca)

Município :Produtor :

Jan/99 Dez-99

Região :Comunidade :Período de Análise : Categoria (1 a 5) :

EMATER - ParanáVinculada à Secretaria da Agricultura e do Abasteci mento do Paraná

GPL - Gestão da Pecuária Leiteira

Mar-99 Abr-99Fev-99Indicadores Jan-99

Qualidade - Valor acrescido ou descontado - R$ / litroProteina - Valor acrescido ou descontado - R$ / litro

Valor do salário mínimo (mensal) - R$

Preço Médio do Leite Cota (média mensal) - R$ / litroPreço Médio do Leite Extra-Cota (média mensal) - R$ / litroGordura - Valor acrescido ou descontado - R$ / Kg

Valor do dólar comercial de compra (média mensal)-R$/US$

Valor descarte Matrizas (Preço carne) - R$ / cab.

Área Total (própria + arrendada) da Propriedade (Ha)

Retribuição aos Outros Fatores de Capital (%)

Superfície Agrícola Útil (SAU) da Propriedade (Ha)

Renda Bruta Total da Propriedade (R$ / ano)

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possam contribuir decisivamente na diminuição dos riscos da tomada de decisão e ação por parte do produtor.

Informar os valores dos indicadores conforme solicitado no quadro apresentado na tela 02. Os indicadores a seguir deverão ser preenchidos mensalmente, junto com as informações da propriedade : valor do salário mínimo do mês em reais; valor médio do dólar comercial de compra; preço médio do leite cota; preço médio do leite extra-cota; preço médio do mês da gordura, proteína e qualidade. Os indicadores seguintes deverão ter seus valores mantidos constante durante todo o ano de acompanhamento : valor de descarte das matrizes (preço de carne), vida útil média das matrizes em números de lactações por vaca; retribuição ao fator terra (uniformizar em 3 % ao ano); retribuição aos outros fatores de capital – benfeitorias, máquinas, equipamentos, pastagens, animais de produção e circulante (uniformizar em 6 % ao ano).

Obs.: Depreciação (R$ / mês) Considerar a depreciação dos animais de produção somente nos seguintes

casos: Matrizes – quando se tratar de sistemas de produção altamente

especializado, onde produzem somente leite não possuindo as fases de cria, recria com produção das matrizes. Neste caso as matrizes são adquiridas já cobertas, próximo da fase de cria.

Quando for considerada a depreciação das matrizes, deverá ser preenchido a vida útil média (nº de lactações por vaca). Quando a vida útil for deixada como zero, não será calculada a depreciação das matrizes.

1.2. Outras informações (de toda propriedade) : Os indicadores seguintes deverão ser coletados de toda a propriedade, não

só da atividade leiteira, durante todo o ano : • área total (própria + arrendada) da propriedade (Ha); • superfície agrícola útil (ha); • mão-de-obra permanente (familiar + contratada) (eq. dias homens / mês) • renda bruta total da propriedade (R$/ano).

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TELA 03 – REBANHO Planilha ED-Rebanho

Os campos seguintes devem ser digitados seguindo a seqüência apresentada

na tela de entrada de dados do rebanho. 3.1, 3.2, 3.3 – Nascimentos e descartes de bezerros : Valor dos animais (R$/cab.) - informar o valor de cada animal em produção.

Este valor deve ser constante durante o ano para a mesma unidade animal, para evitar que haja aumento ou diminuição de patrimônio com a variação do preço do mesmo animal, portanto deverá ser preenchido no início do ano e estes valores permanecerão até o final do ano.

Os campos discriminados por categoria deverão ser digitados mensalmente : nº de animais no início do mês, nº de mortes de animais, nº de animais vendidos e/ou consumidos, nº de animais comprados, nº de bezerros e bezerras nascidos e nº de animais descartados ou doados. No final de cada ano será feito um balanço animal, comparando o rebanho do início do ano com o rebanho do final do ano, conforme explicado na página 2 do presente manual.

3.3. Vacas inseminadas : Informar o número de vacas ou novilhas inseminadas no mês do levantamento.

12

a -

3. REBANHO

ini- mor- venda com- nas- desc/ ini- mor- venda com-cio tes cons. pra cim. doaç. cio tes cons. pra

(cab) (cab) (cab) (cab) (cab) (cab) (cab) (cab) (cab) (cab)

3.3. VACAS INSEMINADAS

Novilhas 2 a 3 anosMachos 1 a 2 anos

EMATER - ParanáVinculada à Secretaria da Agricultura e do Abasteci mento do Paraná

GPL - Gestão da Pecuária Leiteira

1 - Identificação : Nº de meses acompanhados :

Comunidade :

Bezerras (até 1 ano)

Vacas em lactação

TourosNovilhas 1 a 2 anos

Região :

Jan-99 Mai-99 Jun-99

Jan/99 Dez/99Período de Análise :

Mar-99 Abr-99CATEGORIA Fev-99

Município :Produtor :Categoria :

3.1. e 3.2. - COMPOSIÇÃO DO REBANHO, MORTES E COMERCIALIZAÇÃO EM NÚMERO DE CABEÇAS

Bezerros (até 1 ano)

CATEGORIA

Vacas secas

Fev-993.3. NASCIMENTOS E DESCARTES DE BEZERROS

Vacas Inseminadas

Valorunitário

(R$ / cab)

Jan-99

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TELA 04 – CAPITAL PRODUTIVO Planilha ED-Capital

Os campos seguintes devem ser digitados seguindo a seqüência apresentada

na tela de entrada de dados de capital. FORRAGEIRA :

Informar o % de ocupação do solo com a forrageira nos 12 meses do ano. Exemplo : napier = 100 % de ocupação; aveia = 50 % de ocupação, pois ocupou a área durante 6 meses e os 6 meses restantes foram ocupados por outra cultura; o valor em R$ / ha da terra nua e a área em ha com pastagem perene, napier, cana, leguminosas, silagem, feno e pastagem anual de inverno.

12

a -

uso

ativ.

uso VU * VU *

ativ. total amp.

uso VU * VU *

ativ. total amp.

VU * VU *

total amp.

De Leguminosa

Para Silagem

Para Feno

Pastagem Anual Inverno

Forrageira

De Pastagem perene

De Napier

De Cana

-

-

-

-

construção

-

-

Área

(Ha)

-

-

Reforma forma (R$)

Comunidade :

sidual (%) forma (R$)(R$)

Terra Nua

(R$/Ha)

Valor Total

(R$)

1 - Identificação :Município :Região :

Valor re-Reforma

Nº de meses acompanhados :

Produtor :

CAPITAL EM BENFEITORIAS : * VU total e amp. = meses

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SISTEMA DE ACOMPANHAMENTO LEITEIRO

DataAquisição (R$) sidual (%)

Jan-99 Dez-99

DataValor re-Valor Novo

Período de Análise : Categoria :

DataESPECIFICAÇÃO

CAPITAL EM MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS : * VU total e amp. = meses

Data Valor Novo Valor re- Valor re-

SUPERFÍCIE FORRAGEIRA (pastagens perenes) : * VU total e amp. = meses

ESPECIFICAÇÃO Data Valor Novo Valor re- Data Valor re-Implantação (R$) sidual (%) Reforma forma (R$)

De Pastagem pereneDe NapierDe CanaDe Leguminosa

ESPECIFICAÇÃO

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Observação - as áreas não podem ser repetidas, a somatória de todas as áreas de forrageira deve totalizar a área de pastagens da propriedade, sem repetição.

CAPITAL EM BENFEITORIAS : Tem o objetivo de informar as benfeitorias da propriedade disponíveis para a produção de leite e seu percentual de utilização que irá influir no custo do mesmo. Estes dados deverão ser coletados no início do ano e atualizados sempre que houver alteração (construção ou reforma de benfeitorias).

Especificação : informar todas as benfeitorias que são utilizadas na produção de leite.

% de uso : informar o percentual em que esta benfeitoria é utilizada na produção de leite.

Ex.: Estábulo 100%; armazém – 10% de utilização para a produção deleite. Data de construção : informar a data em que a benfeitoria foi construída. Valor novo : informar o valor total para construir uma benfeitoria no mesmo

padrão da atual. Vida útil (V.U.) total : informar a vida útil total da benfeitoria em nº de meses. Valor residual em (%) : informar o valor residual em percentual da benfeitoria

após esgotada a vida útil (valor da sucata). Anexo 1. Data da reforma : informar se a benfeitoria foi reformada e em que data. Valor da reforma : (R$) informar o valor gasto na reforma da benfeitoria. Vida útil (V.U) ampliada : informar o total de vida útil restante após a reforma,

em número de meses – tabela (anexo 1). CAPITAL EM MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS :

Tem o objetivo de informar o capital disponível em máquinas e equipamentos disponíveis para a produção de leite, em sua totalidade ou com uso parcial, expresso em percentual de uso.

O seu preenchimento segue o mesmo raciocínio utilizado para benfeitorias. Valor residual em (%) : informar o valor residual em percentual das máquinas

e equipamentos após esgotada a vida útil (valor da sucata). Em geral o seu valor residual varia de 5 % a 15 %. Como referência seguir a tabela (anexo 1).

SUPERFÍCIE FORRAGEIRA (PASTAGENS PERENES) : Este campo tem a finalidade de calcular a depreciação das forrageiras

perenes. O seu preenchimento segue o mesmo raciocínio utilizado para benfeitorias e máquinas e equipamentos.

Data de implantação : informar a data em que foi implementada a pastagem perene.

Valor novo : informar o valor correspondente ao custo atualizado da implantação da pastagem.

Vida útil : informar o n° de meses correspondente à vida úti l da pastagem. Geralmente para pastagem perene são utilizados 60 a 96 meses (5 a 8 anos).

Valor residual : para efeito de superfície forrageira considerar o valor residual zero.

Data da reforma : informar a data em ocorreu a reforma na pastagem. Valor da reforma : informar o valor correspondente ao custo da reforma da

pastagem. Vida útil (V.U) ampliada : informar o número total de meses restante, após a

ampliação da vida útil com a reforma. Para informar sobre as forrageiras napier, cana e leguminosa seguir o mesmo

raciocínio utilizado para pastagem perene.

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CUSTO DE PRODUÇÃO DE SILAGEM, FENO E PASTO ANUAL DE INVERNO Planilha ED-Silagem

Os campos seguintes devem ser digitados seguindo a seqüência apresentada

na tela de entrada de dados de silagem. Esta planilha é composta de três custos : silagem, feno e pasto anual de

inverno, cujo preenchimento segue o mesmo raciocínio para todos.

12

a -

Custo médio (R$ / Kg)

RESUMO DO CUSTO DE PRODUÇÃOSILAGEM

Produção Total (Kg) -

- Total de Despesas (R$)-Produção Total (Kg)

FenoRESUMO DO CUSTO DE PRODUÇÃO

RESUMO DO CUSTO DE PRODUÇÃOPASTO ANUAL DE INVERNO

Produção Total (Kg) -

- Custo médio (R$ / Kg)- Colheita : Total de Despesas (R$)

Tratos culturais :

Insumos :

DESPESAS Quantidade Valor (R$)

Preparo do Solo :

Pasto anual de inverno -

Custo de Produção de Pasto Anual Inverno (total)PRODUÇÃO Quant. (Kg) Perdas (%)

Silagem

Insumos :

Quant. (Kg)

Tratos culturais :

PRODUÇÃO

Colheita :

EMATER - ParanáVinculada à Secretaria da Agricultura e do Abasteci mento do Paraná

GPL - Gestão da Pecuária Leiteira

Município :1 - Identificação : Nº de meses acompanhados :Região :

-Colheita :

Tratos culturais :

Insumos :

DESPESAS Quantidade Valor (R$)

Preparo do Solo :

FenoPRODUÇÃO

- Perdas (%)Quant. (Kg)

Custo de Produção de Feno

Perdas (%)

DESPESAS Quantidade Valor (R$)

Comunidade :

Preparo do Solo :

Custo de Produção de SILAGEM (total)

-

Período de Análise :Produtor :

Jan-99 Dez-99 Categoria :

Custo médio (R$ / Kg) - Total de Despesas (R$) -

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A segunda planilha que está preenchida como feno, permite alteração inclusive da exploração, podendo ser alterado para pastagem anual de verão ou outra forragem utilizada na atividade leiteira.

Produção : Silagem, feno e pasto anual de inverno. Quantidade (Kg) : informar a quantidade total em Kg produzida. Perdas (%) : informar em % as perdas que ocorrem normalmente no

processo de utilização da silagem, feno. Indicar efetivamente as perdas ocorridas na propriedade.

Preparo do solo : Informar as despesas ocorridas com preparo do solo as quantidades e os valores referentes ao custeio da área total.

As despesas que são apropriadas à este item são : Combustível, lubrificante, reparo de máquinas, aluguel de máquinas, mão-de-obra contratada, mão-de-obra familiar (proporcional a 13 salários mínimos por ano), despesas com tração animal quando for o caso.

Insumos : informar as despesas ocorridas com insumos (quantidade e valor) no custeio total (fertilizantes, sementes, fungicidas, inseticidas, herbicidas, etc).

Tratos Culturais : informar as despesas ocorridas com tratos culturais (quantidade e valor) no custeio da área total.

Colheita : informar as despesas ocorridas com a colheita (transporte, picagem, ensilagem, quantidade e valor) no custeio da área total.

Observação : informar as despesas efetivamente ocorridas para evitar duplicação ou omissão de despesas.

Exemplo : quando usar trator próprio para o preparo do solo, relacionar as despesas com combustível, manutenção e reparos do trator e não o custo da hora de aluguel do trator. Deve-se informar o que realmente custa ou o que efetivamente se paga. TELA 06 – DESPESAS EFETUADAS NO MÊS E CONSUMIDAS PE LOS ANIMAIS

NO MÊS Planilha ED-Custos

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a -

DESPESAS EFETUADAS NO MÊS E CONSUMIDAS PELOS ANI MAIS NO MÊS EM ESTUDO

RECEITAS DA PROPRIEDADE NO MÊS

- -

Venda de animaisServiços prestados terc.Outras receitas explor.

Leite consumido propr.Leite fabricação derivados

Venda derivados do leiteVenda esterco

Teor de gordura no leiteLeite cotaLeite excessoRemuneração qualidade

Outras desp. variáveis

ESPECIFICAÇÃOQuantidade Valor (R$)

Período de Análise :

ESPECIFICAÇÃOJan-99

Valor (R$)

Produtor :Jan-99 Dez-99

-

EMATER - ParanáVinculada à Secretaria da Agricultura e do Abasteci mento do Paraná

GPL - Gestão da Pecuária Leiteira

Região :Comunidade :

Pasto anual de inverno

Mar-99Quantidade Valor (R$)

Fev-99Quantidade Valor (R$)

Fev-99Quantidade Valor (R$)

Jan-99Quantidade Valor (R$)

- -

- -

Mão-de-obra familiarMão-de-obra fixa contrat.Mão-de-obra eventualSilagem

Leite vendido consumidor

Consertos benf./instal.

Aluguel de máquinas

Consertos máq./equip.

INSS (Funrural)Energia elétrica

Material higiene/limpeza

Leite ácido

- - Feno

Impostos, taxas, ITR

Transporte do leite

Juros de financiamento

Adubo

VacinasMedicamentos

Lubrificantes

CombustívelMilho (rolão ou grãos)Semem

Agrotóxicos usados expl.

Mar-99

Ração vacas lactaçãoRação vacas secasRação novilhasRação bezerrasRação machosLeite dado a bezerros

Sal comumSal Mineral

Resíduos para alimentação

1 - Identificação : Nº de meses acompanhados :

Categoria :

Quantidade

Município :

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DESPESAS EFETUADAS NO MÊS E CONSUMIDAS PELOS ANIMAI S NO MÊS EM ESTUDO Estes campos devem ser digitados mês a mês, sendo composto por quantidade e valor, e sempre deverão conter os totais utilizados no mês. Informar somente os custos ainda não informados nas planilhas anteriores.

Mão-de-obra familiar : informar a quantidade de mão-de-obra familiar em dias (oito horas) utilizada na exploração durante o mês. Esta quantidade deve ser corrigida para 176 horas de trabalho por mês. O que corresponde a 22 dias de 8 horas trabalhados por mês (22 x 8 = 176 horas/mês).

Exemplo : se uma pessoa trabalha 8 horas por dia na exploração de leite durante 30 dias, totalizando 240 horas/mês. Corrigindo este valor temos : 240 / 176 = 1,36. O que corresponde a 1,36 pessoas trabalhando na exploração, respeitando-se os finais de semana e feriados.

Para mão-de-obra fixa e eventual, informar os número de dias trabalhados e também o valor pago.

Silagem, Feno e Pasto de inverno : nestes campos somente devem ser digitados as quantidades utilizadas no mês. O valor será calculado automaticamente, a partir do custo unitário definido na planilha ED-Silagem .

Ração para vacas, novilhas, bezerros e machos : informar a quantidade de ração dada no mês à cada categoria animal e o valor total respectivo do custo da ração dada.

Leite dado a bezerros : informar a quantidade mensal de leite utilizada para os bezerros e seu respectivo preço. Resíduos para alimentação : informar a quantidade mensal de resíduos utilizados para alimentação dos animais e o respectivo custo. Informar somente os resíduos alimentares que já não foram citados em outros itens como ração e silagem. Sal comum e mineral : informar a quantidade em kg mensal de sal utilizada na alimentação dos animais e seu respectivo preço total.

Combustível : informar a quantidade de combustível mensal e seu valor utilizado na produção de leite. Atenção para não repetir as quantidades já citadas no custo da forragem (silagem, feno e pasto anual de inverno) para não duplicar os custos.

Milho grãos ou rolão : citar a quantidade mensal em kg e seu valor utilizado na alimentação dos animais (citar o preço de custo e não de mercado).

Sêmem : informar a quantidade de doses de semem utilizadas mensalmente e seu respectivo valor.

Adubo : informar a quantidade de adubo mensal e seus respectivos valores utilizados para a produção de alimentos. Citar somente o adubo não informado nos custos de produção de silagem, feno e pasto anual de inverno. Também não deverão ser relacionados os adubos utilizados em reforma de pastagem, estas devem ser lançadas como valor de reforma na planilha ED-Capital . Vacinas : informar o valor mensal gasto com vacinas. Medicamentos : informar o valor mensal gasto com medicamentos.

Lubrificantes : informar o valor mensal gasto com lubrificantes utilizadas nas máquinas e motores da exploração leiteira. Citar somente a quantidade que não foi relacionada em silagem, fenação, pastagem de inverno e reforma de pastagem.

Material higiene/ limpeza : informar o valor mensal gasto com material de limpeza para higienização das instalações e equipamentos.

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Transporte do leite : informar o valor pago para o transporte do leite. Se o leite for transportado com veículo próprio informar despesas reais para este transporte (combustível, lubrificante, reparos), etc.

Agrotóxicos usados na exploração : informar o valor gasto em agrotóxico. Somente os não citados anteriormente.

Consertos de benfeitorias e instalações : informar o valor das despesas com tais consertos. Não incluir o valor de reformas que já foi computado na planilha ED-Capital em benfeitorias. Considere como conserto aqueles gastos que melhoram as condições físicas das benfeitorias e instalações, porém sem modificar a vida útil do bem.

Consertos de máquinas/ equipamentos : seguir o mesmo raciocínio de benfeitorias. Informar o valor das despesas com tais consertos. Não incluir o valor de reformas, já computados na planilha ED-Capital em máquinas e equipamentos. INSS (FUNRURAL) : informar o valor mensal pago na venda do leite e eventualmente de animais, derivados e subprodutos.

Energia elétrica : Consideram-se somente as despesas realizadas na condução da atividade leiteira.

Quando a energia tem uso comum com outras atividades, as despesas devem ser rateadas pelo critério da Renda Bruta. Exemplo : Se a renda bruta total de uma propriedade é de R$100.000,00, sendo R$75.000,00 proveniente da pecuária de leite, esta assume 75% da despesa com energia elétrica. Juros de financiamento : Informar o valor dos juros efetivamente pagos de crédito rural referente ao custeio da atividade leiteira (custo variável).

Impostos, taxas / ITR : Informar o valor gasto com impostos e taxas, proporcional para a atividade leiteira e rateada por 12 meses, apropriando em cada mês a parcela correspondente.

Aluguel de máquinas : Informar o valor do aluguel pago na contratação de máquinas para a atividade leiteira. Outras despesas variáveis : Informar, se houver, outras despesas variáveis com a atividade leiteira e que não foram relatadas nos itens anteriores.

RECEITAS DA PROPRIEDADE NO MÊS

Teor de gordura no leite : Informar o teor médio mensal total da gordura do leite em percentual. Leite cota : Informar a quantia e o valor total mensal de litros de leite cota comercializados.

Leite excesso : Informar a quantidade e o valor total mensal de litros de leite excesso comercializados. Remuneração qualidade : Informar a quantidade e o valor total mensal referente à remuneração da qualidade do leite, que não foram citadas nos itens anteriores. Leite vendido consumidor : Informar a quantidade e o valor total mensal de litros de leite vendidos ao consumidor. Leite ácido : Informar a quantidade em litros e o valor total mensal de leite ácido comercializado. Leite consumido na propriedade : Informar a quantidade mensal de litros de leite consumidos na propriedade e o seu valor total.

Leite fabricação derivados : Informar a quantidade total em litros utilizados para a fabricação de derivados de leite.

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Venda de derivados do leite : Informar o valor total da venda mensal de derivados de leite. Venda de esterco : Informar a quantidade e o valor total mensal referente à venda de esterco. Venda de animais : Informar a quantidade de cabeças de animais vendidos no mês e o valor total desses animais. Serviços prestados terceiros : Informar, quando for o caso, o total de receitas de serviços prestados para terceiros proveniente da estrutura organizada para a produção de leite. Outras receitas de exploração : Informar outras receitas provenientes da exploração leiteira que ainda não foram referidas nos itens anteriores. TELA 07 – PESAGEM MENSAL DE LEITE Planilha ED-Produção

PESAGEM MENSAL DO LEITE

Inicialmente devem ser cadastrados o número e o nome dos animais, e a data de início de produção. Se o animal já está produzindo desde o ano anterior, preencher o campo data de início com o primeiro dia do início do período de análise. Todos os meses devem ser preenchidos a data da pesagem do leite, e a produção total diária em litros, de cada um dos animais acompanhados. Estas informações devem ser digitados a partir da ficha do controle leiteiro.

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a -

EMATER - ParanáVinculada à Secretaria da Agricultura e do Abasteci mento do Paraná

GPL - Gestão da Pecuária Leiteira

1 - Identificação : Nº de meses acompanhados :Região : Município :Comunidade : Produtor :Período de Análise : Jan-99 Dez-99 Categoria :

Mar-99 Abr-99 Mai-99nome do animal início

PESAGEM MENSAL DE LEITEData Jan-99 Fev-99ANIMAIS

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INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS DA BOVINOCULTURA DE LE ITE

Odilio Sepulcri Milton S. Matsushita

Luiz Augusto Pfau 1. INTRODUÇÃO: Em qualquer país capitalista o que se espera de uma empresa ou de qualquer atividade econômica é a geração de riqueza . Para identificar a riqueza gerada, basta calcular tudo o que se produz para o mercado ou consumo, menos tudo o que se gasta para produzir. Como resultado tem-se a riqueza gerada ou o valor agregado que poderá ser positivo ou negativo. Conforme apresentado na fórmula a seguir: (Receitas – Custos = Lucro ou Prejuízo). A sobrevivência de um empreendimento, dentre outros fatores, dar-se-á pela sua capacidade de gerar lucro.

O cenário atual caracteriza-se por acentuado ambiente concorrencial e acelerada evolução tecnológica. Cada vez mais as decisões precisam ser tomadas com agilidade, rapidez e precisão (Pozzebon & Freitas; Revista de Administração, out-dez/1996).

Os avanços contínuos na tecnologia de comunicação, na ciência da computação, na ciência da informação e nos sistemas de informação geram progressos sociais e econômicos substanciais, tornando a informação mais disponível, acessível e útil, subsidiando a tomada de decisões. Segundo Freitas (1997, p.25), a eficácia no tratamento da informação depende, em grande parte, da forma com que ela é administrada e do bom entendimento de certos conceitos e relações. Não é concebível que um importante e “caro” recurso não seja tratado com um grau de seriedade e competência que assegure à organização, na figura dos usuários, um bom suporte informacional. O setor agropecuário, mesmo com a necessidade de manejar um grande volume de informações, apresenta um maior grau de resistência a mudanças, não conseguindo acompanhar a evolução dos demais setores, ficando marginalizado dos avanços da informática aplicada. Tofler (apud Freitas et al.,1997, p.28) acredita que a informação é mais importante do que os fatores terra, trabalho, capital e matéria prima.

A maior atenção dos agricultores está voltada aos aspectos tecnológicos, onde muitas culturas já estão sendo desenvolvidas com tecnologias modernas e com alta produtividade da terra, porém com utilização deficiente das informações.

Percebe-se pelos estudos existentes no Paraná, que há possibilidade de ganhos nas propriedades rurais com uma eficiente gestão das informações, que gere indicadores padrões, facilitadores e agilizadores de tomada de decisões.

Os desafios crescentes que a modernidade e a globalização introduziram nas empresas, só poderão ser superados através da melhoria na qualidade e na velocidade das informações a serem utilizadas para a tomada de decisões.

Segundo Tapscott et al. (1995, p. XXI e XXII), “a tecnologia da informação está passando por sua primeira mudança de paradigma – impulsionada de um lado pelas exigências de ambientes empresariais novos e competitivos, e, por outro lado, pelas profundas mudanças ocorridas na natureza dos computadores”.

“Mudança de paradigma é fundamentalmente uma nova maneira de ver alguma coisa. A mudança de paradigma é freqüentemente exigida em função de

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novos desenvolvimentos ocorridos em ciência, tecnologia, arte e outras áreas de atuação”.

A sociedade moderna passa por mudanças significativas em todos os setores, onde a informação e a tecnologia de informação são elementos fundamentais e podem representar o diferencial competitivo entre as organizações que serão vencedoras ou fracassadas. A sua evolução devem ser acompanhadas pelos homens e pelas organizações. A defasagem tecnológica ocorre a partir do momento em que o homem não conhece ou não utiliza as novas tecnologias que são desenvolvidas e incorporadas ao trabalho de determinada área. Para o pleno entendimento do trabalho a ser desenvolvido, é oportuno descrevermos alguns conceitos básicos : Dado e informação :

“...pode-se entender o dado como um elemento da informação (um conjunto de letras ou dígitos) que, tomado isoladamente, não transmite nenhum conhecimento, ou seja, não contém um significado intrínseco” Bio (1988, p.29); “Dados são materiais brutos que precisam ser manipulados e colocados em um contexto compreensivo antes de se tornarem úteis” Burch & Strater (apud Freitas et al.,1997,p.26); “Informação é um dado processado de uma forma que é significativa para o usuário e que tem valor real ou percebido para decisões correntes ou posteriores” Davis (apud Freitas et al.,1997, p.26);

Podemos dizer que dado é um conjunto de fatos e valores (numéricos, alfabéticos, alfanuméricos ou gráficos), sem significado próprio. Informação é o conjunto de dados organizados, definido pelo ser humano, com significado próprio para uma aplicação específica. Sistema de informação e Tecnologia da informação :

“O sistema de informação da empresa é o conjunto interdependente das pessoas, das estruturas da organização, das tecnologias de informação – hardware e software -, dos procedimentos e métodos que deveriam permitir à empresa dispor – no tempo desejado – das informações de que necessita – ou necessitará – para seu funcionamento atual e para sua evolução”. “Tecnologia da informação é todo e qualquer dispositivo que tenha capacidade para tratar dados e ou informações, tanto de forma sistêmica como esporádica, quer esteja aplicada no produto, quer esteja aplicada no processo”. Cruz (1998, p.20);

Segundo Freitas et al.,1997, p.34 “A competitividade do mercado está sempre exigindo dos competidores respostas rápidas e eficientes. A informação é, sem dúvida, um importante fator de diferenciação. A velha frase informação é poder deve ser complementada com informação é vantagem competitiva .

Para tanto, a empresa rural necessita-se medir e analisar os resultados, identificar os pontos críticos para agregação de valores e aprimorá-los, controlar as operações para garantir os resultados esperados.

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Neste sentido, o primeiro passo em qualquer atividade agropecuária é a apuração dos indicadores de resultados: Quanto dinheiro minha propriedade / empresa rural está gerando? Quanto dinheiro está custando para operá-la? Quais são os fatos e dados que gerarão os indicadores para medir os resultados? Feito isto, se o produtor / empresário rural está satisfeito com os resultados, procede-se a melhoria contínua e repete-se o processo produtivo, mantendo-se o padrão de qualidade e produtividade já atingidos. Por outro lado, se os resultados não satisfazem os objetivos do produtor / empresário rural, deve-se buscar as causas desse resultado insatisfatório, fazendo um diagnóstico para identificar onde se encontram as causas dos problemas que afetam os resultados da empresa ou da atividade, para orientar a tomada de decisão e ação para correção do problema (planejamento). A tomada de decisão e a ação correta estão tornando-se cada vez mais importantes na gestão das propriedades / empresas rurais. Diariamente surgem problemas (resultado indesejável de um trabalho, ou de um processo), que precisam ser resolvidos, dificultados pelos recursos escassos de pessoal, de tempo ou de custeio. Toma a melhor decisão quem tem a melhor informação . Assim, identificar bem os problemas, suas causas e priorizá-las é uma questão fundamental na tomada de decisão. Para isto é necessário métodos que privilegiem fatos e dados concretos.

Este processo de diagnóstico e planejamento passa pelas seguintes etapas:

• Identificar o problema que restringe o rendimento máximo da atividade; • Observar o problema; • Analisar as causas do problema; • Buscar alternativas para solução do problema; • Avaliar as alternativas que agregam valor; • Escolher a melhor alternativa para solução do problema; • Agir para corrigir o problema.

As causas dos resultados insatisfatórios na atividade leiteira decorrem de processos ineficientes ou mal gerenciados. Esta ineficiência poderá estar nas áreas de domínio da propriedade / empresa rural a seguir:

• Na área comercial ou de marketing: como estão as relações com os clientes e fornecedores na cadeia produtiva e qual a eficiência das operações de compra e venda;

• Na área técnica ou de produção: em função da tecnologia inadequada ou aplicada incorretamente, do baixo desempenho e baixa qualidade das pastagens, do baixo desempenho e qualidade do rebanho;

• Na área humana: em função de pessoal com baixa capacitação, trabalhador sem condições de trabalho, desmotivados, com salários baixos, falta de reconhecimento, falta de definição clara de atribuições gerando ineficiência operacional;

• Na área de finanças: em função da falta de controle e de previsão de entrada e saída de dinheiro, da falta de análise de viabilidade dos investimentos, da falta de elaboração de orçamentos, da aplicação de recursos em atividades não produtivas ou de baixo retorno econômico;

• Na área administrativa / gerencial: em função de falta de planejamento , falta de organização da propriedade, da deficiência da direção e do

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comando da propriedade na implantação do plano de produção. Na falta de controle e registros das ações em função de falta de instrumental apropriado, da falta de hábitos de anotações, gerando deficiência no sistema de informações internas e externas da propriedade, o que acarretará em riscos na tomada de decisão, podendo afetar o processo de geração de riquezas .

2. DIAGNÓTICO:

Diagnóstico é o resultado da análise de um sistema de informações da propriedade/ empresa e de seu ambiente de negócio, que consiste em coletar dados, registrar, medir, analisar, ordenar, processar, sintetizar as informações e compará-las com uma situação desejada e possível (onde estou, onde quero e posso chegar).

Para o diagnóstico da atividade leiteira, num primeiro momento, busca-se ampliar, expandir as observações e análise em todos os setores da atividade, numa visão abrangente e global, mapeando-se os pontos fortes, fracos, restrições, riscos e oportunidades que afetam seus resultados. Um diagnóstico nesta visão enfocará todo o processo produtivo, ou seja, suas entradas, processamento, saídas e suas relações com clientes e fornecedores na cadeia produtiva. (fluxograma anexo II).

2.1- O diagnóstico e a análise no enfoque das recei tas: • Calcular e analisar a renda bruta - RB anual da e sua distribuição mensal; • Calcular e analisar o preço de venda dos produtos; • Analisar o atendimento e as relações com os clientes; • Analisar o leque de produtos que compõem a renda bruta; • Analisar qual produto contribui com maior percentual da renda bruta; • Medir e analisar a qualidade dos produtos; • Calcular e analisar o valor agregado ao produto.

Após, tenta-se responder as seguintes questões: Pode-se aumentar as receitas mantendo-se os mesmos custos? Pode-se obter melhores preços nos produtos produzidos? Quais itens poderão estar influenciando na diminuição das receitas? 2.2- O diagnóstico e a análise no enfoque dos cust os:

• Calcular e analisar os custos variáveis totais da atividade – CVT; • Calcular e analisar os custos operacionais efetivos – COE; • Calcular e analisar os custos operacionais totais – COT; • Calcular e analisar os custos fixos – CF; • Calcular e analisar os custos totais – CT; • Calcular e analisar as perdas, desperdícios, ociosidades que estão

aumentando os custos; • Calcular e analisar o custo por unidade do produto; • Analisar o atendimento e as relações com os fornecedores.

Após, tenta-se responder as seguintes questões: Quais itens contribuem com maiores percentuais de custos? Qual o custo por unidade de produto em relação ao preço de venda? Pode-se reduzir os custos operacionais mantendo-se as mesmas receitas? É possível reduzir os custos fixos mantendo-se as mesmas receitas?

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Pode-se adquirir insumos com a mesma qualidade a preços menores? Pode-se conseguir insumos substitutivos a preços mais baixos e com a mesma eficiência? 2.3- O diagnóstico, a análise no enfoque das marge ns e do fluxo financeiro (desempenho parcial e global):

• Calcular e analisar a margem bruta – MB da atividade por fator de produção envolvido (terra, capital e trabalho);

• Calcular e analisar a margem líquida da atividade – ML; • Calcular e analisar o lucro da atividade – L; • Calcular e analisar o retorno do capital aplicado na atividade (lucro /

capital); • Elaborar e analisar o fluxo mensal de entrada e saída de dinheiro; • Calcular e analisar o ponto de equilíbrio do produto – PE.

Após, tenta-se responder as seguintes questões: As margens estão cobrindo todos os custos; Como está a sobrevivência da atividade no curto e no longo prazo; O fluxo de entrada e saída de dinheiro permite o giro da atividade sem dependência de dinheiro externo; O retorno do capital é compatível com seu custo oportunidade? O ponto de equilíbrio está muito próximo da renda bruta?

2.4- O diagnóstico, a análise no enfoque do cliente e do mercado: • Analisar quem são os clientes; • Analisar quais são as exigências dos clientes; • Analisar que tipo de produto tem melhor preço; • Analisar quais as características que o produto deve ter; • Analisar como o produto deve ser classificado e embalado? • Analisar em que época do ano o produto tende a ter melhor preço; • Analisar quem são os concorrentes; • Analisar se possui diferencial competitivo que o destaca dos concorrentes; • Analisar se existe condição de competir nesse mercado. 2.5- O diagnóstico, a análise no enfoque da eficiên cia técnica,

operacional e de seus coeficientes técnicos: A eficiência de um determinado processo produtivo depende tanto do nível tecnológico empregado (padrão tecnológico), nível de insumos utilizados para sua transformação, como da eficiência das operações realizadas, envolvendo conhecimento, precisão, pontualidade e oportunidade (padrão operacional). Neste campo deve-se analisar a produção de forragem e o uso do solo, a reprodução animal, a produção animal, a estrutura produtiva e sua escala de produção, a área humana (gerência e trabalhadores).

2.5.1- A eficiência técnica, operacional da produçã o de forragem e do uso do solo:

• Analisar a área com forragem e calcular a disponibilidade de forragem durante todo o ano (cálculo de oferta e demanda);

• Medir e analisar a qualidade da forragem disponível; • Calcular e analisar a produtividade da forragem em quilogramas de

matéria seca por área; • Medir, analisar a fertilidade do solo e seu uso sustentável;

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• Analisar a apropriação da forrageira ao animal e às características do solo e clima;

• Analisar o percentual de área com forrageira em relação à área total da propriedade;

• Analisar a disponibilidade e a qualidade da água de superfície.

2.5.2- A eficiência técnica e operacional da reprod ução animal: • Medir e analisar o intervalo entre partos; • Analisar a idade do primeiro parto; • Medir e analisar o número de dias de lactação por vaca; • Medir e analisar o percentual de mortalidade dos bezerros; • Analisar a data de parição e de secagem; • Analisar a data da inseminação e a confirmação de prenhez; • Medir e analisar o intervalo entre o parto e o primeiro serviço.

2.5.3- A eficiência técnica e operacional da produç ão animal: • Medir e analisar a produtividade por vaca e por área (l/vaca/ano, l/ha/ano); • Calcular e analisar o percentual de vacas sobre o rebanho total; • Calcular e analisar o percentual de vacas em lactação em relação ao total

de vacas do rebanho; • Medir e analisar o número médio de bezerros produzidos por vaca e por

ano; • Analisar a dinâmica do rebanho por categoria animal (período em que

permanece em cada área de pasto); • Medir e analisar o escore corporal; • Analisar e checar o calendário sanitário do rebanho; • Verificar os exames das doenças de rotina.

2.5.4- A eficiência técnica, operacional da estrutu ra produtiva da

propriedade e sua escala de operação: • Analisar o tamanho e a qualidade do rebanho; • Analisar o tamanho das instalações, sua adequação e uso; • Analisar a disponibilidade de máquinas, equipamentos, sua adequação e

uso; • Medir e analisar os resultados físicos da produção (volume produzido):

produção total de leite, produção total de animais, diferença real de inventário animal;

• Calcular e analisar o capital total da propriedade/ empresa rural.

2.5.5- A eficiência técnica ,operacional e gerencia l da área humana: • Analisar o número total de pessoas, o número de equivalente-homem

(Eq.h) e o número total de dias disponíveis para o trabalho na propriedade durante o ano;

• Analisar a produtividade dos trabalhadores e o uso efetivo da mão-de-obra;

• Analisar a motivação dos trabalhadores; • Analisar a gerência e suas relações com os trabalhadores, clientes,

fornecedores e as operações de compras e vendas;

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• Analisar se existe consenso dos objetivos entre os trabalhadores; • Analisar o conhecimento dos trabalhadores em relação aos itens de

controle e verificação; • Analisar a disponibilidade do tempo e o seu uso efetivo correlacionado

com o ciclo biológico da produção; • Medir e analisar a realização de retrabalho e de trabalho que não agrega

valor; • Analisar as capacitação, o conhecimento dos trabalhadores em relação

aos padrões tecnológicos e operacionais para atingir os resultados.

2.6- O diagnóstico e a análise no enfoque da susten tabilidade : • Analisar a emissão de poluentes e seu destino; • Analisar a segurança da saúde do trabalhador e do consumidor; • Analisar o uso de produtos químicos e agroquímicos no sistema produtivo

que deixam resíduos tóxicos nos alimentos e no ambiente; • Analisar a flexibilidade do sistema produtivo; • Analisar o crescimento e a possibilidade de perpetuação do sistema

produtivo. Feito isto, num segundo momento, busca-se focar, fazer uma classificação seletiva, priorizar as restrições, gargalos ou pontos críticos, que limitam os resultados da atividade, especialmente naqueles que agregam valor e são alavancadores dos resultados, através das conclusões do diagnóstico.

2.7- Conclusões do Diagnóstico: Após ter sido feita a análise de toda a atividade, deve-se sintetizar o diagnóstico nos pontos a seguir:

2.7.1- Análise interna da propriedade/ empresa: • Pontos fortes observados na atividade leiteira. Estes pontos deverão ser

mantidos no próximo planejamento; • Pontos a serem melhorados. Relacionar os pontos alavancadores dos

resultados que agregam valor ao produto; • Restrições à obtenção dos resultados. Sempre há um recurso que limita o

rendimento máximo da atividade. Como tirar o máximo possível desse recurso?

2.7.2- Análise externa da propriedade/ empresa: Riscos e ameaças. O que pode não dar certo e como diminuir tais riscos;

Oportunidades e perspectivas. Verificar no ambiente de negócio, numa visão de decisão estratégica , oportunidades de maior retorno via expansão da produção, maior produtividade, maior agregação de valor, maior retorno pela redução de custos, redução de riscos, etc. 3- PLANEJAMENTO: Planejar é o ato de pensar, prever, comparar, refletir, analisar os caminhos alternativos e escolher o melhor; é organizar antecipadamente o que deverá ser feito para atingir os resultados esperados: o que produzir? Para que produzir?

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Quanto produzir? Quando produzir? Para quem produzir? Com que qualidade ou padrão, Quanto custa? Quanto dinheiro espero de minha atividade?

De posse da conclusão do diagnóstico da atividade leiteira deve-se priorizar sua solução em função dos objetivos do produtor / empresário, da demanda de recursos, de sua disponibilidade ou de seu benefício / custo. Pode-se melhorar os resultados da atividade leiteira através do aporte de conhecimento , do aporte de capital , ou de ambos. O aporte de conhecimento ou de capacitação exige pouco capital, geralmente está afeto à tecnologia de processo, ao como fazer, executar as operações no momento certo, aplicar a tecnologia corretamente e com precisão. Isto leva à redução de perdas, a eliminar os desperdícios, eliminar as ociosidades, aumentar a produtividade (controle sanitário, alimentar, reprodutivo e produtivo) e faz com que o rebanho funcione em condições plena de produção, conforme seu potencial. O aporte de capital, geralmente, está ligado à tecnologia de produto e à escala de produção. A tecnologia de produto está ligada aos insumos, máquinas e equipamentos. A escala de produção está ligada à ampliação da estrutura produtiva. Diante desta análise e do comportamento do mercado, o produtor deve decidir :

• Se mantém o sistema de produção atual, melhorando sua eficiência através do aporte de conhecimento;

• Se melhora o sistema atual através do aporte de conhecimento e capital para investimentos produtivos;

• Se muda o sistema atual através de mudanças estruturais e de escala, com aporte de conhecimento e de capital.

3.1- Passos para o planejamento: • Definir os objetivos da atividade leiteira e o que falta para chegar lá; • Analisar e escolher a melhor alternativa, que agrega valor, para cada caso; • Elaborar o fluxograma do processo produtivo; • Definir as metas a serem atingidas (quantificação dos objetivos); • Definir o padrão tecnológico e operacional a ser adotado; • Definir os itens de controle e de verificação; • Fazer orçamento do custo de produção e orçamento caixa; • Fazer a análise de viabilidade dos investimentos previstos; • Fazer os cronogramas de atividades e de mão-de-obra; • Capacitar os trabalhadores nos padrões definidos e no controle dos

indicadores; • Registrar dados; • Medir e comparar os indicadores com os padrões definidos no plano; • Fazer as correções necessárias; • Monitorar e analisar os indicadores de resultado e compará-los com os

objetivos; • Padronizar, proceder a melhoria contínua e reiniciar novo ciclo.

4- CONCEITOS E DEFINIÇÕES DOS INDICADORES DE RESULTADOS:

Os conceitos dos indicadores técnicos e econômicos e financeiros usados no GPL serão detalhados a seguir para melhor entendimento:

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4.1- Indicadores de custos: Custos Variáveis (CV) – são os custos que variam com a quantidade

produzida e são consumidos totalmente durante o ciclo produtivo. São custos que deixam de existir quando se para de produzir. São considerados custos variáveis os insumos, vacinas, medicamentos, mão-de-obra temporária, manutenção de máquinas (combustível, óleo, lubrificantes e filtros) , conservação e consertos de máquinas e benfeitorias, frete, resfriamento do leite, impostos variáveis (INSS), juros sobre o custeio da produção, seguro da produção e assistência técnica (não fixa).

Custo Operacional Efetivo (COE) – são todos os desembolsos diretos ocorridos para custear a produção. Correspondem aos custos variáveis acrescidos dos custos da mão-de-obra fixa contratada e dos impostos (ITR) e taxas;

Custo Operacional Total (COT) – correspondem aos custos operacionais efetivos acrescido dos custos da mão-de-obra familiar e depreciações. São portanto todos os desembolsos acrescidos do capital que é consumido no longo prazo (depreciações) e do custo oportunidade do trabalho operacional da mão-de-obra familiar;

Custos Fixos (CF) – São os custos da estrutura da propriedade envolvidos com a produção. São todos os custos que existem na propriedade independente do volume de produção. Estes custos não poderão ser evitados mesmo com a paralisação das explorações. São considerados custos fixos: depreciação de máquinas, implementos, benfeitorias e correção do solo; mão-de-obra permanente (familiar e contratada); impostos fixos; seguro sobre o capital fixo e juros sobre o capital fixo;

Custo Total (CT) – é a somatória dos custos variáveis mais os custos fixos(nestes estão incluídos o COE e COT);

4.2- Indicadores de resultados econômicos e finance iros: Renda Bruta Total (RBT) – é a somatória de todas as receitas da atividade

leiteira, compreendendo a venda de leite, venda de derivados, venda de animais, venda de subprodutos e leite consumido na propriedade;

Margem Bruta (MB) – é a medida do resultado econômico da renda bruta obtida menos os custos variáveis (MB = RBT - CV); No curto prazo é importante que a margem bruta cubra todos os custos variáveis e os demais desembolsos diretos. No longo prazo torna-se necessário cobrir todos os custos para não haver descapitalização. A margem bruta unitária (MB/ha, MB/litro) é importante por não sofrer influência do efeito escala;

Margem Operacional (MO) – é a medida do resultado econômico da renda bruta obtida menos os custos operacionais efetivos (MO = RBT - COE);

Margem Líquida (ML) – é a medida do resultado econômico da renda bruta obtida menos os custos operacionais totais (ML = RB - COT).

Lucro (L) – é a medida do resultado econômico da renda bruta obtida menos os custos totais (L = RB - CT). No longo prazo é importante que as receitas cubram todos os custos;

Ponto de Equilíbrio PE – corresponde à quantidade mínima a ser produzidas e vendida, em certo período para que possa cobrir todos os custos em referência. Este ponto pode ser verificado para atingir o equilíbrio a nível de custos variáveis, custo operacional efetivo e custo total, calculado através da fórmula :

Ponto de equilíbrio a nível de custo variável : Quantidade = custo variável / preço do produto

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Ponto de equilíbrio a nível de custo operacional efetivo : Quantidade = custo operacional efetivo / preço do produto Ponto de equilíbrio a nível de custo total : Quantidade = custo total / preço do produto Quando o ponto de equilíbrio está muito próximo do produção total significa

que a atividade é de alto risco; Lucratividade = Lucro / Renda Bruta . Significa o retorno da atividade em

relação a receita total; Rentabilidade = Lucro / Capital total . Significa o retorno sobre o capital total

produtivo aplicado na atividade. Este índice poderá ser comparado com a rentabilidade do mercado em outros setores (custo oportunidade);

Fluxo de Caixa – é o resultado da diferença entre o total de entradas e o total de saídas de dinheiro no caixa da empresa / propriedade, no período considerado. Quando o caixa é projetado para um período futuro é denominado orçamento caixa. O fluxo de caixa difere dos conceitos de margem bruta e de margem líquida, porque são computados nas receitas, além da receita total, outros recebimentos como empréstimos contraídos para a exploração, enquanto nas saídas, além dos custos variáveis e outros custos efetivamente pagos, acrescentam-se as despesas com investimentos, pagamento de dívidas, desde que efetivamente pagos. 4.3- Indicadores técnicos: a) Produtividade – é o retorno por unidade de fator. “Produtividade é produzir cada vez mais com cada vez menos”. - Produtividade da terra = kg/ha - Produtividade do capital = lucro/Capital aplicado - Produtividade da mão de obra = Renda bruta/dias trabalhados b) Eficiência da operação de máquinas – EOM = Horas trabalhadas x 100/Horas disponíveis; c) Índice de fertilidade = Nº de fêmeas prenhes x 100/Nº de fêmeas em cobertura; d) Índice de natalidade = Nº de bezerros nascidos x 100/Nº fêmeas cobertas; e) Taxa de mortalidade = Nº de animais mortos x 100/ Rebanho total; +Índice de descarte = Nº de animais descartados x 100/ rebanho total; Densidade de lotação = Nº de unidade animal no pasto/Área ocupada pelo pasto; Intervalo entre partos – é o índice que mede o número de dias entre cada parto das matrizes avaliadas. Este controle só é possível a partir da segunda cria. Quanto mais cria houver para avaliar e fazer a media de cada animal mais preciso será esse dado Ganho médio diário de peso – GMD = Peso final – Peso inicial/Dias de avaliação; Taxa de vacas no rebanho = Nº total de vacas no rebanho x 100/ Rebanho total; Taxa de vacas em lactação = Nº de vacas em lactação x 100/Total de vacas no rebanho.

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5- Referências bibliográficas : ANTUNES, Luciano Medici; REIS, Leonardo Reneu. Gerência Agropecuária (Análise de resultados). Livraria e Editora Agropecuária, 1998. 240p. BONILLA, José A Métodos. Quantitativos para Qualidade Total na Agricultura. Contagem: Editora Littera Maciel, 1995. 344p. CAMPOS, Vicente Falconi. Controle da Qualidade Total (no estilo japonês). Bloch Editores, 1992. GOMES, Aloísio Teixeira; CASTRO, Flávio Guilhon de; ASSIS Airden Gonçalves de. Análise Técnico-econômica de Produção de Leite. Coronel Pacheco, EMBRAPA, documento n. 30. 1986. 34p. SOARES JÚNIOR, Dimas. Indicadores Econômicos Propostos para análise. Mimeografado. LIMA Arlindo Prestes de; et all. Administração da Unidade de Produção Familiar: Modalidades de trabalho com Agricultores. Ijuí: Editora da UNIJUÍ, 1995, 176p. TURRA, Flávio Enir. Análise de diferentes métodos de Cálculo de Custos de Produção na Agricultura Brasileira. Curitiba, OCEPAR, 1990. 86p. FREITAS, Henrique; et alli. (1997) Informação e decisão : sistemas de apoio e seu impacto . Porto Alegre : Ortiz, 214p. BIO, Sérgio Rodrigues (1988) Sistemas de Informação: um enfoque gerencial . São Paulo: Editora Atlas, 183p. FURLAN, J. D. (1994) Reengenharia da Informação: do mito à realidade . São Paulo: Makron Books, 132p. TAPSCOTT, D. (1997) Economia Digital : Promessa e Perigo na era da Inteligência em Rede. São Paulo: Makron Books, 367p TAPSCOTT, D. e CASTON, A. (1995) Mudança de Paradigma: A nova promessa da Tecnologia da Informação . São Paulo: Makron-McGraw-Hill, 433p. TORRES, N. A. (1989) Planejamento de Informática na Empresa . São Paulo: Editora Atlas, 218p. CRUZ, Tadeu (1998) Sistemas de Informações Gerenciais : Tecnologia da informação e a empresa do século XXI . São Paulo: Editora Atlas, 231p.

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ANEXO I TABELA DE VIDA ÚTIL PARA BENFEITORIAS, MÁQUINAS, EQ UIPAMENTOS E ANIMAIS

VIDA ÚTIL BENFEITORIAS ANOS MESES HORAS TAXA

V.R. (%) TAXA

C.R. (%) Açudes 20 240 0 100 Arame Liso 16 para Cerca Elétrica 10 120 0 100 Bezerreiro 20 240 20 100 Cercas 15 180 0 100 Cochos 10 120 0 100 Curral 30 360 20 100 Depósito Ração 20 240 20 100 Eletrificador para Cerca 05 60 0 100 Estábulo 25 300 20 100 Galpão para Aves 15 180 10 100 Galpão para Máquina 30 360 10 100 Instalação para Confinamento 30 360 20 100 Instalações Hidráulicas 20 240 10 100 Paiol 30 360 20 100 Sala de Ordenha 20 240 20 100 Secador de Grãos 12 144 10 100 Silo a granel 30 360 20 100 Silo Alvernaria 30 360 20 100 Silo Trincheira 20 240 0 100 Tanque combustível subterrâneo 30 360 - - Transformador (Energia Elétrica) 15 180 20 100 Troncos 20 240 0 100

V.R.: VALOR RESIDUAL C.R.: CONSERVAÇÃO E REPAROS (% gasto na vida útil t otal)

VIDA ÚTIL MÁQUINAS, IMPLEMENTOS E EQUIPAMENTOS ANOS MESES HORAS

TAXA V.R. (%)

TAXA C.R. (%)

Adubadeira 3 linhas c/riscador 10 120 2000 5 80 Adubadeira de Cobertura- cana 10 120 2000 5 80 Aplicador de inseticida solo 10 120 500 5 80 Arado 2 discos 26"-reversível 10 120 2000 5 30 Arado 3 discos 26" – reversível 10 120 2000 5 30 Arado Arruador 10 120 1000 5 30 Arado Tração Animal 10 120 2000 5 30 Arrancadeira de batata (discos) 10 120 1000 5 30 Balança 15 180 - 5 0 Bateria de cereais 10 120 2000 10 80 Bomba manual para desinfecção 10 120 320 0 5 Bosque de papelão (casulo) 3 36 - 0 0

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MÁQUINAS, IMPLEMENTOS E EQUIPAMENTOS

VIDA ÚTIL TAXA V.R. (%)

TAXA C.R. (%)

Botijão de gás P 13 10 120 - 0 0 Botijão de gás P 45 10 120 - 0 0 Carregadeira CNP-8 - Santal 10 120 10000 15 80 Carreta 2 rodas - 2 t 10 120 4000 5 40 Carreta 4 rodas - 4 t 10 120 4000 5 40 Carreta graneleira - 7 t 10 120 2500 5 40 Carreta recolhedora de pré-secado 10 120 2500 5 80 Carreta tanque - 2000 l 10 120 4000 5 20 Carreta tanque -3000 l 10 120 4000 5 20 Carroça - 4 rodas 10 120 - 5 5 Carroça 4 rodas (pneu) 10 120 - 5 5 Ceifadeira (Tarup) 5 60 - 5 5 Cobridor de cana c/pulveriz. 2 linhas 10 120 2000 5 20 Colhetadeira - plat. Fixa 10 120 3000 20 80 Cultivador 7 enxadas 10 120 2000 5 40 Cultivador T.A 5 enxadas 10 120 1000 5 30 Cultivador/adubo - oper. Tríplice 10 120 2000 5 80 Debulhador Nogueira 50/90 sc/h 10 120 2000 10 80 Desensiladeria de silagem 10 120 1000 10 50 Distrib. Calcário arrasto - 2000 kg 10 120 1500 5 40 Distrib. Calcário hidráulico - 600 kg 10 120 1500 5 40 Distrib. Líquidos 400 l 10 120 1500 5 20 Distrib. NPK 600 kg 10 120 1500 5 40 Distrib. Sólidos - 5 t 10 120 1500 5 125 Distrib.Uréia - 4 discos 10 120 1000 5 40 Enfardadeira 10 120 1200 30 70 Enleiradeira dupla p/fenação 10 120 1000 10 50 Enleiradeira simples p/fenação 10 120 1000 10 50 Enleirador de palhiço DMB 10 120 2000 10 20 Ensiladeira 1 linha 10 120 500 10 80 Ensiladeira 2 linhas 3 bocas NH 10 120 2000 30 80 Entre linhas c/tanque 4 linhas 10 120 2000 0 50 Escarificador 7 pés 10 120 2000 5 30 Espalhadeira dupla p/fenação 10 120 1000 10 50 Espalhadeira simples p/fenação 10 120 1000 10 50 Ferramentas e Utensílios 3 36 - 0 0 Fresadora de batatas 3 linhas com 10 120 1200 20 80 Grade aradora 14 discos 24" 10 120 2000 5 60 Grade aradora 16 discos 24' 10 120 2000 5 60 Grade aradora 18 discos 24" 10 120 2000 5 60 Grade aradora 20 discos 26" 10 120 2000 5 60 Grade aradora 20 discos 28" 10 120 2000 5 60

V.R.: VALOR RESIDUAL C.R.: CONSERVAÇÃO E REPAROS (% gasto na vida útil t otal)

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VIDA ÚTIL MÁQUINAS, IMPLEMENTOS E EQUIPAMENTOS ANOS MESES HORAS

TAXA V.R. (%)

TAXA C.R. (%)

Grade niveladora 20 discos 18" 10 120 2000 5 60 Grade niveladora 24 discos 18" 10 120 2000 5 60 Grade niveladora 28 discos 20" 10 120 2000 5 60 Grade niveladora 32 discos 18" 10 120 2000 5 60 Grade niveladora 36 discos 18" 10 120 2000 5 60 Grade niveladora 42 discos 20" 10 120 2000 5 60 Grade niveladora Tração Animal 10 120 2000 5 60 Lança chamas 15 180 - 0 5 Limpador de valetas 10 120 2000 20 250 Mesa para retirada de casulos 10 120 - - Misturador de alimentos 10 120 4000 20 70 Moinho úmido/rosca/fita transp.M 10 120 2000 20 100 Motor elétrico 10 120 - 5 40 Motor óleo 10 120 - 5 0 Ordenhadeira Mecânica 10 120 - 0 5 Ordenhadeira ES.PX 10 120 - 0 5 Picadeira tracionada 10 120 2000 5 40 Picadeira forragem c/motor elétrico 15 180 - 5 40 Plantadeira/adubadeira Tr. Animal 10 120 1200 5 30 Plantadeira 8 linhas - 4m 10 120 2000 10 80 Plantadeira de batatas 2 linhas 10 120 1200 10 80 Plantadeira PAR/SLC 3,2m 10 120 2000 10 8 Plantadeira/adubadeira 5 linhas 10 120 2000 10 80 Pulverizador de barrras – 400 l 10 120 1500 0 80 Pulverizador - 2000 l 10 120 1500 0 80 Pulverizador c/ar - 2000 l 10 120 1500 0 80 Pulverizador costal manual 10 120 1500 0 80 Pulverizador costal motorizado 10 120 1000 0 80 Pulverizador e barras 600 10 120 1500 0 80 Resfriador de leite 10 120 - 0 80 Roçadeira l,60/1,80 m 10 120 2000 10 40 Roçadeira dupla 10 120 2000 10 60 Rolo destorroador 10 120 1500 5 50 Rolo faca 10 120 2000 5 40 Scraper 10 120 2500 10 30 Segadeira condicionadora 5 60 2000 20 50 Segadeira simples 10 120 1000 10 50 Semeadeira/adubadeira - 13 linhas 10 120 2000 10 80 Semead. Adubad. TD 220-15 linhas 10 120 2000 10 80 Semeadeira TD 300 ou similar 10 120 2000 10 80 Subsolador 10 120 2000 5 20 Subsolador c/contr. Remoto 5 pés 10 120 2000 10 70

V.R.: VALOR RESIDUAL C.R.: CONSERVAÇÃO E REPAROS (% gasto na vida útil t otal)

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VIDA ÚTIL MÁQUINAS, IMPLEMENTOS E EQUIPAMENTOS ANOS MESES HORAS

TAXA V.R. (%)

TAXA C.R. (%)

Subsolaldor c/contr.remoto 7 pés 10 120 2000 10 70 Sulcador - l Linha 10 120 2000 5 20 Sulcador 3 lnhas 10 120 2000 5 20 Sulcador c/adubadeira – DMB 10 120 2000 5 20 Tratores 10 120 12000 15 60 Trilhadeira 10 120 2000 10 80 Triton 2,30 m 10 120 1600 20 70 Turbo atomizador 2000 l 10 120 1500 0 40 Turbo atomizador – 600 l 10 120 1500 0 40 Veículo Utilitário 10 120 - 15 60

V.R.: VALOR RESIDUAL C.R.: CONSERVAÇÃO E REPAROS (% gasto na vida útil t otal)

VIDA ÚTIL ANIMAIS ANOS MESES HORAS

TAXA V.R. (%)

TAXA C.R. (%)

Cavalo 10 120 - - - Rebanho Bovino - - - - - Boi de carro 10 120 - - - Burro e Muares 15 180 - - - Matrizes Bovino 7 84 - - - Touro 5 60 - - -

Para os animais de produção, considerar o valor res idual igual ao preço para abate (preço de carne).

VIDA ÚTIL CULTURAS PERMANENTES ANOS MESES HORAS

TAXA V.R. (%)

TAXA C.R. (%)

Cafezal comercial 10 120 - - - Pomar comercial 15 180 - - - Pastagem Perene 8 96 - -

V.R.: VALOR RESIDUAL C.R.: CONSERVAÇÃO E REPAROS (% gasto na vida útil t otal)

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Anexo II

CICLO GERENCIAL DA ATIVIDADE LEITEIRA

DIAGNÓSTICOECONÔMICO

.R BRUTA

.M BRUTA

.RETORNO CAPITAL

NEGATIVA

DIAGNÓSTICOTÉCNICO

GERENCIAL

POSITIVA SATISFAZM. CONTÍNUA

MANTER PADRÃO

Sim

Não

RECURSO HUMANO

MERCADOFORNECEDORESCLIENTES

PRODUÇÃOPRODUTIVIDADE

QUALIDADETECNOLOGIA

ENTRADASAÍDA

R$

INFORMAÇÃOORGANIZAÇÃO

CONTROLE

INDICADORES TÉCNICOSINDICADORES ECONÔMICOSINDICADORES FINANCEIROSESCALA DE OPERAÇÃORESULTADOS FÍSICOS

CONCLUSÃO DO DIAGNÓSTICOP.Fortes, P. A Melhorar

Restrições, Riscos e AmeaçasOportunidades e Perspectivas

PLANEJAMENTO

PROPOSTA DE MUDANÇA

DO SISTEMA

PROPOSTA DEMELHORIA

DO SISTEMA

IMPLANTARACOMPANHAR

REGISTRAR MEDIRAVALIAR